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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ASSÉDIO MORAL CONTRA TRABALHADORES
(AS) EM EDUCAÇÃO.
Por: Nivea Theodoro Xavier da Costa
Orientadoras
Prof. Mestra Adélia Maria Oliveira de Araújo
Prof. Mestra Marcella da Silva Estevez Pacheco
Vitória
2010
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
ASSÉDIO MORAL CONTRA TRABALHADORES (AS) EM
EDUCAÇÃO
A DA SILVA ESTEVEZ PACHECO MARCELLA DA SI
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Pedagogia
Empresarial.
Por: Nivea Theodoro Xavier da Costa
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, Ser Supremo, pela sua providência
divina, realização de uma especialização.
Ao Instituto Candido Mendes por ter proporcionado
desenvolvimento profissional e rompimento de barreiras.
À minhas orientadoras Adélia Maria Oliveira de Araujo e
Marcella da Silva Estevez Pacheco, pela atenção e
carinho ao meu trabalho e realização deste sonho,
responsáveis pelo meu sucesso na jornada acadêmica.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a meus pais por ter me
proporcionado meus estudos na colaboração da
minha cidadania e a todos que contribuíram na
conclusão desta especialização.
5
RESUMO
O tema assédio moral esta sendo bastante discutido e abordado apesar de ser
um tema bastante antigo e ganhou atualidade com o processo de flexibilização
e competitividade que intensifica e generaliza o problema nos ambientes de
trabalho. As empresas estão mais preocupadas com a qualidade de vida e
trabalho dos colaboradores do que o lucro da empresa. Pois funcionário
insatisfeito gera prejuízo na empresa, tendo como conseqüência a falência do
empreendimento. As políticas públicas estão surgindo para dar um basta a
esta jornada de humilhações que faz milhares de vitimas. Pessoas do mundo
todo sofrem ou já sofreram o assédio. É necessário que o assunto torne
abrangente em todas as áreas profissionais da Sociedade, pois nota-se que o
fator humano é importante para o desenvolvimento, organização e lucro dos
negócios numa empresa.
È necessário reformular a gestão de pessoas, ponto alto do sucesso de
qualquer empreendimento.
6
METODOLOGIA
Esta pesquisa será construída com base em leituras feitas em livros, revistas,
periódicos, jornais, internet referente ao Assédio moral em ambientes de
trabalho e o porquê de ocorrer este forma abusiva no presente setor.
Listo então os autores que terei como referência nesta pesquisa: Maria
Aparecida Alkimin, Regina Célia Pezzuto Rufino, Adélia Araujo e Helenice
Feijó, Marco Antonio Larosa e Fernando Arduini Ayres, Antonio de Lima
Ribeiro, Antonio David Cattani, Adélia Araujo, Helenice Feijó de Carvalho e
Maria Lucia Moreira. E também a cartilha do SINDIUPES, SINDBANCARIOS,
SEPE e SINEDUC e sites especializados.
A partir da obra de Marco Antonio Larosa e Fernando Arduini Ayres “Como
produzir uma monografia”, baseiam-se minhas pesquisas sobre a elaboração
de projetos de pesquisa, monografias e trabalhos científicos.
As autoras Maria Aparecida Alkimin, Regina Célia Pezzuto Rufino, Adélia
Araujo e Helenice Feijó com suas respectivas obras “Assédio Moral na Relação
de Trabalho”, “Assédio moral no Âmbito da Empresa” e “Comportamento
Humano no Ambiente Produtivo” contêm passagens sobre as questões do
Assédio moral, o objeto principal da monografia.
Abordagens acerca de Autonomia, Círculos de controle de qualidade, Saúde
mental e Saúde do trabalhador encontrei na obra “Dicionário Critico sobre o
Trabalho e Tecnologia” de Antonio David Cattani”. Já na obra “Gestão de
Pessoas” de Antonio de Lima Ribeiro e aborda Ambientação do novo
funcionário.
Encontrei o Assédio moral no serviço público na reportagem de Alexandre
Minassa e no livro Psicopedagogia Empresarial o referido assunto do
relacionamento humano na empresa através do especialista da Educação e
Gestão.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPITULO I Assédio moral – Conceito 11
CAPITULO II - Assédio moral contra Trabalhadores (as) em Educação/
Legislação 24
CAPITULO III - O que fazer: O Papel do Pedagogo(a) Empresarial/
Pesquisa de campo 37
CONCLUSÃO 48
ANEXOS 50
BIBLIOGRAFIA 71
INDICE 73
FICHA DE AVALIAÇÃO 75
8
INTRODUÇÃO
Ao final do século XX e inicio do século XXI, surgiram muitas inovações,
devido a mudanças advindas da era Mecanicista. As mudanças atuais que
ocorrem a todo o momento fazem com que as empresas acompanhem toda
esta revolução obrigatoriamente, numa velocidade muito rápida. Pois a
empresa que não acompanhar toda esta evolução infelizmente ficara
desatualizada e esta fadada a fechar o empreendimento. São necessários que
haja desenvolvimento e investimentos nas áreas de gestão de pessoas,
tecnologia e principalmente no fator humano pois pessoas são o maior valor
das Empresas cuja responsabilidades no fracasso ou sucesso do
empreendimento. Estão vindo a tona questões mais complexas relacionado ao
trabalho e relações humanas nas organizações.
Empresas discutem a influencia do comportamento na produção e mudanças
sociais no comportamento dos trabalhadores e estão preocupadas com a
cidadania Corporativa e na elaboração de regulamentos para a punição das
práticas de Assédio moral.
Diante de comprovações de pesquisas no campo organizacional descobriu que
há necessidade de mudar as relações com trabalhadores e Sociedade, pois
influencia o comportamento humano na produção e organização do trabalho.
Infelizmente essa realidade não é diferente nas escolas, na qual existe várias
relações sociais. Na docência, em que é exercida majoritariamente por
mulheres, é freqüente a prática do assédio moral, como reprodução da
opressão de gênero incutida na sociedade.
O presente trabalho tem por finalidade identificar a incidência dessa pratica
abusiva dentro das instituições, no objetivo de contribuir com empregados e
empregadores, os diferentes atores sociais que interagem com o mundo do
trabalho e negócios, identificando ações e atitudes que caracterizam o “Assédio
9
Moral” e num processo de reflexão e conscientização, na adoção de posturas,
e programas que resgatem o respeito e a dignidade, criando um ambiente de
trabalho gratificante e propício como conseqüências na produtividade do
trabalho, qualidade de vida e geração de cidadania.
Assim, a questão do Assédio moral nas escolas motiva como escolha do tema
para este trabalho, aprofundado em várias leituras e pesquisas de obras. São,
portanto objetivos desta pesquisa em identificar e conhecer as formas do
assédio moral em como se dá em todos os setores da empresa, promover
discussão, em palestras e dinâmicas com os profissionais da Educação em
torno de novas e saudáveis formas de relações de trabalho, no âmbito dos
serviços de educação, a fim de preservar a saúde, a integridade psicofísica e a
dignidade dos trabalhadores de Educação e elaborar plano de registro e ação
contra o assédio moral no âmbito educacional.
O assédio moral acontece em que a atividade laboral é desenvolvida nos meio
ambientes de situações estressantes, em todas as condições de trabalho, do
perfil da vitima, do agressor e do modelo de administração. De modo geral,
está voltado à adaptação do trabalhador a regras internas da administração,
podendo se caracterizar como exercício do abusivo poder da direção, o qual se
dissemina em todo corpo de trabalhadores
Esta monografia é contemplada por 03 capítulos. No primeiro capitulo se refere
ao conceito de Assédio moral na orientação de toda sociedade e profissionais
de todas as áreas no conhecimento do tema para uma melhor qualidade de
vida.
No segundo capítulo esta focado nos professores de escola publica e privada
abordando a ocorrência do Assédio na área de trabalho educacional e
descreve em conceito, características e sintomas, a síndrome de Burnout que
afeta a maioria dos profissionais da Educação, sendo mais afetados os
professores e feitas algumas reflexões sobre a legislação na sua aplicabilidade
para o combate deste psicoterror, buscando apontar as soluções, penalidades
e correções necessárias para uma melhor qualidade de vida e cidadania.
10
No terceiro capitulo foi realizado uma Pesquisa de campo, no intuito de
conhecer idéias e opiniões dos profissionais acerca do tema em forma de
Entrevista e com propósito também de passar informações e resoluções de
duvidas sobre o mesmo. Será feito uma breve descrição do papel do
pedagogo na área de trabalho na elaboração de projetos no combate do
assédio moral apresentando algumas sugestões para formações e lutas para
socialização e gestão de conflitos, para o bem estar e qualidade de vida dos
colaboradores.
11
CAPITULO I
ASSÉDIO MORAL
CONCEITO
É muito comum ocorrer o Assédio moral nas escolas, na qual atinge toda a
comunidade Educacional, sendo os mais agredidos, os professores. Este tema
é bastante antigo e esta sendo bastante discutido, trazendo à tona várias
reflexões. É bastante incutido no dia a dia do trabalhador e as pessoas vêem
este tipo de violência com normalidade. É uma forma de violência psicológica
cada vez mais comum.
“O assédio moral ou agressão psicológica é um
fato social que ocorre no meio social, familiar,
estudantil e, mais intensamente, no ambiente de
trabalho, abrangendo tanto o setor privado como a
Administração Publica (Alkimin, p.37, 2009).”
O assédio moral é uma conduta abusiva contra o valor moral e integral do
individuo com gestos, palavras, comportamentos com uma sistemática
repetições ameaçando a dignidade do mesmo e muitas vezes, diante deste
momento psicoterror no trabalho, a vitima se sente tão incapaz, se sente tão
medíocre a ponto de cometer suicídio ou se vê forçada a pedir demissão pela
situação tão lastimável. “São freqüentes e repetitivas toda sorte de
repreensões, cobranças, ameaças, intimidações, constrangimentos e
humilhações” (Barreto, 2006, p. 40). É necessário cada vez mais que criem
políticas e programas voltados para essa área no conhecimento e superação
dos indivíduos que sofrem. Dar um basta nesta situação.
12
1.1. Características
Caracteriza-se por atos e situações humilhantes e constrangedoras na
exposição dos trabalhadores de forma bastante intensa em uma empresa
efetivamente na jornada de trabalho. O autor Rufino (2006) caracteriza a
violência psicológica da seguinte forma:
“A violência psicológica se configura por meio de
diversas práticas vexatórias. Porém, é a pratica
reiterada e durante um certo lapso temporal,
deixando a vitima em situação de humilhação e
desestabilizada emocionalmente que configurará
o fenômeno (Rufino,2006, p.61).”
De acordo com informações extraídas do site www.assediomoral.org, o assédio
tratado no âmbito trabalhista “caracteriza-se pela degradação deliberada das
condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos
chefes em reação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva
que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a
organização. O Assédio Moral é uma experiência deploradora e subjetiva que
acarretando prejuízos práticos e emocionais para o colaborador e
desestruturando toda uma organização do trabalho, e o assediado apresenta
como reação, um quadro de varias misérias como física, psicológica e social
duradoura. Pode levar a vitima a um processo de destruição, na qual a mesma
se sente incapacitada e levando ao suicídio, o chamado bullicídio. “A
humilhação no trabalho envolve os fenômenos vertical e horizontal”
(SINDIUPES, 2008, p. 7).
http://www.assediomoral.org/
13
Rufino (2007, p. 79) classifica o assédio da seguinte maneira:
a) Assédio vertical descendente – quando o terror
psicológico é perpetrado por um superior hierárquico, ou na
grande maioria dos casos, pelo próprio empregador (sócio
da empresa ou pessoa física que contrata o
empregado),classificamos o assédio como vertical
descendente. Este tipo de violência moral é a mais
corriqueira em razão do empregador ou superior
hierárquico possuir o poder diretivo, e extrapolar neste.
Assédio vertical ascendente – apesar de raro, este tipo de
humilhação também ocorre nas relações trabalhistas. É o
assédio de baixo para cima, em que um descendente ou
uma coletividade, pratica atos vexatórios contra o superior
hierárquico.
Um chefe inexperiente pode demonstrar insegurança ao (s)
seu (s) subalternos, tendo suas determinações
desobedecidas ou hostilizadas, as quais podem evoluir
num comportamento de deboche e desrespeito.
b) Assédio horizontal – este tipo é desencadeado pelos
próprios colegas de trabalho que ocupam o mesmo
patamar hierárquico. O medo causado pela alta
competitividade, aguça praticas individualistas, e de
tolerância aos abusos dos superiores hierárquicos,que
sustentam a cultura do contentamento geral. Entretanto, a
busca e melhores resultados para uma maior produtividade
e, por conseqüência, melhoria no salário, leva à
intolerância como os colegas mais morosos, passando para
a discriminação dos “improdutivos”, humilhando-os. A
competição sistemática entre os trabalhadores incentivada
pela empresa provoca comportamentos agressivos e de
indiferença ao sofrimento do outro
14
Infelizmente este mecanismo de estimular os trabalhadores para um melhor
rendimento no trabalho na imposição de metas para receber o bônus ou um
salário melhor, estimula a competitividade entre os membros do grupo, mas
nem sempre funciona da melhor maneira, pois muitas vezes o grupo é
homogêneo e cada um tem a sua maneira de trabalhar e o ritmo de
desenvoltura no trabalho. “No momento em que, no mundo globalizado, os
negócios muitas vezes atropelam o Ser humano” Junior (apud Ribeiro, 2006,
p.10).
Neste mundo globalizado, há uma forte demanda de competição tendo
conjuntamente o forte impacto da tecnologia e mudanças, como desafios
externos, na qual incentiva toda sorte de competições. “ A vantagem
competitiva das empresas esta na maneira de utilizar o conhecimento das
pessoas, colocando em ação de modo rápido e eficaz, na busca de soluções
satisfatórias (Ribeiro, 2006, p. 1).” E então, leva àqueles mais céleres e com
perfil mais agressivo profissionalmente, a assediarem os colegas mais
morosos, culpando-os caso não atinjam a meta imposta pelo empregador.
Minassa (2009) destaca que “sua intensificação tem-se verificado por força de
um desmedido e incontrolável processo de mundialização (globalização)”, uma
vez que a concorrência entre os grupos oligopólios tornou-se acirrada. No setor
publico, entrementes, a lógica de missão mostra-se bem diversa, pois o ato de
assediar não esta relacionado com a produtividade, mas sim com questões de
poder.
Alem do assédio moral, existe também outro tipo de assédio: o sexual. Ele é
diferente do moral e também acontece na área de trabalho. Rufino (2007)
afirma que muito se confunde o assédio moral com o assédio sexual.
Enquanto o primeiro objetivo é manter a vitima sob o seu domínio, anulando
toda sua capacidade de resistência ou oposição, fazendo e cumprindo
exatamente o que determina o opressor, por um determinado lapso de tempo,
o segundo procura apenas dominar e persuadir a vitima sexualmente e pode se
caracterizar pela pratica de condutas em um único momento. Millioni (2009)
refere o assédio sexual “à tentativas de obtenção de “favores” sexuais, quase
15
sempre sugeridos por homens (e mulheres) em posto superior ao da pessoa
assediada.” O assédio sexual se configura como uma pratica criminosa.
Observa que quando o assediador ou agressor tem uma posição alta na
hierarquia de alguma empresa, constantemente ele assedia as pessoas
isoladamente e designa tarefas incompatíveis ao cargo e complicadas para o
colaborador fazer, é como uma forma de vingança, devido a rejeição sexual.
É assunto extremamente polêmico, na medida em que não são claros, pelo
menos juridicamente, os divisores entre a redução propriamente dita e a quase
chantagem em que vem se configurando o assédio sexual, afetando
profundamente as pessoas, especialmente as de sexo feminino, vitimas mais
freqüentes desse ato deplorável (Millioni, 2006, p. 26).
1.2. Evolução
A agressão vem de forma sutil, inocente, a ponto de a pessoa agredida ter a
sensação de não esta lesada, levando tudo em tom de brincadeiras e na
tranqüilidade. Mas a situação se repete com muita freqüência e a vitima se
sente humilhada, ridicularizada, estigmatizada, desestabilizada e fragilizada. O
agressor age desta forma com intuito de destruir a vitima e ameaça todos que
testemunham a situação, espalhando o medo em forma de dominação, como
por exemplo, a demissão, então o meio ambiente do trabalho se tornar
desagradável para todos.
De acordo com informações extraídas do site
www..sindbancariospe.com.br/assediomoral.htm, o medo do desemprego e da
vergonha de virem a ser humilhados, também associado ao estimulo constante
á competitividade, os torna coniventes com o processo. É comum os colegas
de trabalho romperem os laços afetivos com a vitima a reproduzirem as ações
e os atos do (a) agressor (a) no ambiente de trabalho. É o que se chama de
pacto de tolerância e do silencio no coletivo.
http://www.sindbancariospe.com.br/assediomoral.htm
16
Segundo Barreto (2006,) “o rebaixamento contagia o coletivo, que evita se
identificar com o transgressor produzindo e silenciando”. Infelizmente, através
deste relacionamento de tolerância e medo entre colaboradores e a chefia, se
constrói o Assédio Moral, quando não mesmo, incitado ou influenciado, o
reproduzem; daí ser chamado também de “mobbing”, violência coletiva, na qual
todo o grupo participar deste ato criminoso.
1.3. Formas de Assédio Moral no trabalho
De acordo com Menezes (apud Paroski, 2003, p. 1), existe um rol numeroso
de situações em que pode haver assédio moral, pela sua repetição ou
sistematização, de forma mais concreta que as formas sutis:
1) rigor excessivo; 2) confiar tarefas inúteis ou
degradantes; 3) desqualificação ou críticas em público; 4)
isolamento ou inatividade forçada; 5) ameaças explícitas
ou veladas; 6) exploração de fragilidades psíquicas e
físicas; 7) limitação ou proibição de qualquer inovação ou
iniciativa do trabalhador; 8) impor obrigação de realizar
autocríticas em reuniões públicas; 9) exposição ao
ridículo (Por exemplo: impor o uso de fantasias, sem que
isso guarde relação com sua função, e inclusão no rol
de empregados com menor produtividade); 10)
divulgação de doenças e problemas pessoais de forma
direta ou pública; 11) agressões verbais ou através
de gestos; 12) atribuição de tarefas estranhas à atividade
profissional do empregado, para humilhar e expor as
situações vexatórias, como lavar banheiros, fazer
limpeza, levar sapatos para engraxar ou rebaixar
de função (de médico para atendente de portaria, por
exemplo); 13) trabalho superior às forças do empregado;
14) sugestão para pedido de demissão; 15) ausência
de serviço ou atribuição de metas dificílimas ou
17
impossíveis de serem cumpridas; 16) controle de tempo
no banheiro; 17) divulgação pública de detalhes íntimos;
18) instruções confusas; 19) referência a erros
imaginários; 20) solicitação de trabalhos urgentes para
depois jogá-los no lixo ou na gaveta; 21) imposição
de horários injustificados; 22) transferência de sala por
mero capricho; 23) retirada de mesa de trabalho e
pessoal de apoio; 24) boicote de material necessário à
prestação dos serviços, além de instrumentos como
telefone, fax e computador; e 25) supressão de funções
ou tarefas.
Tem que estar atento as atitudes do chefe ou dos subordinados ou colegas em
relação a nós no meio ambiente de trabalho, pois muitas vezes pela falta de
informações, se deparamos com essas situações e não tomamos conta de que
é a pratica do assédio moral e levamos essa situação naturalmente. É preciso
sim, se informar em como se trata o assédio, combater e ser solidário com o
próximo. Se não acontece agora, podemos ser surpreendidos futuramente
com esta pratica criminosa.
1.4. Danos do Assédio Moral à Saúde
Um risco invisível constitui a humilhação, mas é bastante concreto nas
situações de trabalho e a saúde dos trabalhadores (as), que é uma das formas
mais poderosas de violência sutil nas relações organizacionais, repercutindo
freqüentemente em mulheres e pessoas adoecidas. Sua reprodução se realiza
invisivelmente nas praticas perversas e arrogantes das relações autoritárias na
empresa e sociedade. De acordo com Araujo & Feijó (2007), “a vitima pode
estar inteiramente estigmatizada como paranóica, e suas queixas não são
atendidas.” A humilhação repetitiva e prolongada tornou-se pratica costumeira
no interior das empresas, indiferença pelo sofrimento dos (as) trabalhadores
(as), que mesmo adoecidos (as), continuam trabalhando.
18
A pessoa assediada começa a trabalhar no regime do medo, se sente
ameaçada a todo momento, produzindo acima das suas forças, não sendo
valorizada e ocultando suas queixas. Com toda esta situação, o assediado
começa a adoecer. São atitudes como estas que reforçam o medo individual ao
mesmo tempo em que aumenta a submissão coletiva construída e alicerçada
no medo. Segundo Rufino (2007) “essa situação se complica para aqueles
mais fracos, ou para os adoecidos, os quais, freqüentemente, são culpados
pela queda da produção, desqualificação profissional, até mesmo pelo
desemprego”.
“As situações de limitação podem prejudicar o desempenho dos
empregados que pode levar a insatisfação dos empregados que
pode levar a insatisfação com o trabalho e a frustração de
expectativas ocasionando, muitas vezes o abandono do
emprego ou doenças inexplicáveis. Mas nesse mesmo ambiente
organizacional com limitações, também podemos encontrar
comportamentos de cidadania organizacional (Araujo & Feijó,
2007. P.15).”
O (a) trabalhador (a) humilhado (a) ou constrangido no trabalho (a) passa a
sentir depressão, angustia distúrbios do sono, conflitos internos e sentimentos
confusos que reafirmam o sentimento de fracasso e inutilidade, afetando a sua
vida em todos os sentidos. As emoções são constitutivas de nosso ser,
independente do sexo. Rufino (2007) destaca que “o sofrimento moral ligado
ao trabalho pode, dessa forma, ser considerado pelo paciente como símbolo de
uma fraqueza pessoal” .
Entretanto a manifestação dos sentimentos e emoções nas situações de
humilhação e constrangimentos é diferenciada segundo o sexo enquanto as
mulheres são mais humilhadas e expressam sua indignação com choro,
tristeza, ressentimentos e magoas, estranhando o ambiente ao qual identificava
como seu, os homens sentem-se revoltados, indignados, desonrados, com
raiva, traídos e tem vontade de vingar-se. Sentem-se envergonhados diante da
19
mulher e dos filhos, sobressaindo o sentimento de inutilidade, fracasso e baixa
auto-estima. Isolam-se da família, evitam contar o acontecido aos amigos,
passando a vivenciar sentimentos de irritabilidade, vazio, revolta e fracasso. Na
opinião de Rufino (2007), “às vezes, a pessoa pode procurar atenuar esses
sofrimentos, com o uso demasiado de drogas”.
Segundo Alkimin (2009), o dano não se limita a diminuição, perda ou prejuízo
material ou patrimonial, pois, no caso do assédio moral, o dano sofrido pela
vitima é mais amplo, gera prejuízos à profissionalização do trabalhador (perda
de chances e progresso na carreira e conseqüentemente elevação salarial), à
sua saúde física e psíquica, à personalidade, bem como a dignidade moral,
atingindo em primeiro plano o “patrimônio moral” do trabalhador, sem afastar a
repercussão na esfera patrimonial da vitima. Para Cahali (2009) é “tudo aquilo
que molesta gravemente a alma humana, ferindo-lhe gravemente os valores
fundamentais inerentes à sua personalidade.”
Para Alkimin (2009) o dano moral se designa da seguinte maneira:
“A expressão ‘dano’ não se limita à diminuição, perda ou
prejuízo material ou patrimonial, pois, no caso do assédio
moral, o dano sofrido pela vitima é mais amplo, gera prejuízos
à profissionalização do trabalhador (perdas de chances e
progresso na carreira e consequentemente elevação salarial),
à sua saúde física e psíquica, à personalidade, bem como à
dignidade moral, atingindo em primeiro plano o “patrimônio
moral” do trabalhador, sem afastar a repercussão na esfera
patrimonial da vitima. (ALKIMIN, 2009, p.15).”
Margarida Barreto (2006) apresenta uma diferença entre o assédio moral e o
dano moral dizendo que o assédio moral "mostra-se diferente do dano moral
que não pressupõe assimetria hierárquica e repetição do ato, mesmo quando
reconhecemos que tanto um como o outro, atinge a identidade e dignidade”.
O dano moral viola direitos e tem como conseqüências prejuízos nos atos e
ações ilícitas, impostos ao outro. O assédio moral pode começar com olhares
20
de ironia, chegando à visibilidade dos apelidos que estigmatizam e que, ao
longo do tempo, vão se tornando explícitos e bastante repetitivos, causando
sofrimentos no individuo, como dor e tristeza.
“Os trabalhadores assediados moralmente passam a
conviver com depressão, palpitações, tremores,
distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos,
dores generalizadas, alteração da libido e pensamentos
ou tentativas de suicídios que configuram um cotidiano
sofrido. É este sofrimento imposto nas relações de
trabalho que revela o adoecer, pois o que adoece as
pessoas é viver uma vida que não desejam, não
escolheram e não suportam (SINDIUPES, 2008, p. 19).”
É preciso consultar a Constituição, pois faz todos refletir os sofrimentos e
anseios das vitimas que almejam por uma resposta ao sofrimento. O assunto
é bastante complexo, pois muitos teóricos contestam em dizer que não é
possível indenizar ninguém por danos morais, pela impossibilidade de
quantificar a dor. Rufino(2007) destaca “a visão de pessoas que diz não ser
possível punir ninguém por um crime grave, porque não seria nunca suficiente”.
Mas não se pode concorda com o planeta possa funcionar sem punições. pois
ninguém é perfeito, nada é perfeito. Na Constituição Federal (1988), há de se
notar em seu famoso art. 5º, V: “é assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem”.
Moura (2000) considera que “um quadro severo de assédio moral também
possa desencadear Burnout e PTSD”. De acordo com a cartilha do SINEDUC
a PTSD tanto pode surgir após um grande evento único, como pode, também,
resultar de uma acumulação de muitos incidentes individuais menores. E
constata que se o individuo não se cuidar, pode surgir a síndrome de Burnout.
De acordo com Maes (2004), o transtorno de estresse pós-traumático (PTSD)
pode ser entendido como a perturbação psíquica decorrente e relacionada a
um evento fortemente ameaçador ao próprio paciente ou sendo este apenas
http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf005.htm
21
testemunha da tragédia. O transtorno consiste num tipo de recordação que é
melhor definido como revivescência pois é muito mais forte que uma simples
recordação. Na revivescência além de recordar as imagens o paciente sente
como se estivesse vivendo novamente a tragédia com todo o sofrimento que
ela causou originalmente. O transtorno então é a recorrência do sofrimento
original de um trauma, que além do próprio sofrimento é desencadeante
também de alterações neurofisiológicas e mentais.
O transtorno de estresse pós-traumático é um muito comum na vida diária,
porém pouco conhecido, como também nas décadas passadas foram
desconhecidos, porém freqüentes os transtornos de pânico, fobia social,
obsessivo compulsivo. O estresse pós-traumático é diferente de outros
transtornos de ansiedade e da maioria dos transtornos mentais pois acontece
diante de fator externo.
É importante ter conhecimento da Síndrome de Burnout, que tem como
característica o estresse ocupacional, em que a pessoa esta exaustiva tanto
fisicamente como emocionalmente, tornando-se alguém agressivo e muitas
vezes irritante. Rufino (2007) sintetiza “o Burnout que é o conhecido stress por
acumulo de trabalho”.
Freqüentemente, o problema está relacionado com o meio ambiente do
trabalho. Então a síndrome de Burnout afeta principalmente profissionais que
mantém contato constante com o próximo ou todo tipo de publico, um bom
exemplo são médicos, enfermeiros, professores, psicólogos, policiais, etc
O homem tem capacidade em lidar com situações estressantes sem que isso
deixe cicatrizes, da mesma forma que os vasos sanguíneos são capazes de
suportar elevações da pressão arterial durante o exercício físico normalmente.
Porém há limites a partir dos quais o funcionamento mental fica perturbado.
Claro, isso ocorre quando os estímulos e mecanismos de enfrentamento e
suporte contra estresse ficam fracos diante da grande demanda de estímulos
serem bastante fortes. Segundo Rufino (2007) “existem também, normas sobre
a saúde do trabalhador mas a maioria é inespecífica”.
22
1.5. Sintomas causados pelo Assédio moral
De acordo com a pesquisa do órgão SINEDUC, destaca-se os principais
sintomas decorrentes do Assédio:
Impotência, amenorréia, frigidez; deficiente
concentração; esquecimento; dificuldades na
aprendizagem; perda do sono; indecisão;
pesadelos; ansiedade; perda do senso de humor;
insegurança; bulimia; crises de choro;
dores generalizadas; palpitações, tremores;
sentimento de inutilidade; insônia ou sonolência
excessiva; depressão; diminuição da libido; sede de
vingança;
aumento da pressão arterial; dor de cabeça;
distúrbios digestivos; tonturas; idéia de suicídio; falta
de apetite; falta de ar; passa a beber; tentativa de
suicídio.
Os laços afetivos que permitem a resistência, a troca de informações e
comunicações entre colegas, se torna “alvo preferência” de controle das
chefias se “alguém” do grupo, transgride a norma instituída. A violência no
intramuros se concretiza em intimidações, difamações, ironias e
constrangimento do “transgressor” diante de todos (as) como forma de impor
controle e manter a ordem, Junior (apud Ribeiro 2006) afirma:
“Gestão de pessoas, algo tão difícil e tão fácil ao mesmo tempo.
Difícil pela diferença individuais entre os seres humanos, fácil
porque todo ser humano nada mais quer do que ser tratado com
justiça. Uma correta gestão de pessoas é o mais importante
fator que permite as empresas alcançar com mais facilidade
seus objetivos” JUNIOR (apud RIBEIRO ,2006 p, 9).”
23
Para que as pessoas se respeitam mutuamente no local de trabalho é
necessário e fundamental o desenvolvimento de relações de trabalho mais
solidárias e cooperativas, como projeto de socialização, exterminando no
máximo as práticas competitivas que se assentam na negação do outro,
resultando num ambiente propício à produtividade do trabalho e na auto-estima
e realização pessoal dos colaboradores formando uma sociedade mais justa e
cidadã, com serviço de educação de qualidade para todos.
24
CAPITULO II
ASSÉDIO MORAL CONTRA TRABALHADORES(AS) EM
EDUCAÇÃO/ LEGISLAÇÃO
O (a) professor(a) exerce varias atuações na sua profissão, gerando tensões e
que notadamente é considerado como um qualquer funcionário sendo
vuneravel a ordens determinadas pelas Secretarias de Educação na qual
servem de pretexto para a pratica do ato abusivo, Assédio moral. É uma
função exercida majoritariamente por pessoas do sexo feminino e que
infelizmente são as que mais sofrem.qualquer forma de agressão. “A função de
professor(a), cargo exercido pela maioria de mulheres, subentende as ações
de praticas preconceituosas, discriminações, opressões do gênero, que
freqüentemente deslancha para o assédio moral (SINDIUPES, 2008, p.23).”
Na pesquisa da CNB/CUT (2005) afirma que “numa sociedade branca e
machista, os preconceitos com relação à orientação sexual são ainda mais
graves”.
É de lamentar que muitos profissionais da educação, principalmente sofrem
muitas pressões direta e indiretamente, no quesito assedio moral, e que não
são valorizados nem por governantes, alunos, gestores, coordenadores, os
pais e o pior: pelos próprios colegas. Além disso, o posicionamento dos alunos
em sala de aula também contribui para um maior desgaste. Em muitos casos, a
indisciplina é a grande responsável por uma eventual sensação de frustração e
até a desmotivação do profissional.
Segundo Menezes (2006) ”não são raros os professores que se queixam da
falta de interesse dos alunos e assumem a culpa por este fato acreditando que
deveriam dominar as mais diferentes técnicas para estimular o aprendizado.”
Esta situação faz com que muitos e muitos professores não voltem ao trabalho
devido a doenças surgidas no trabalho, licenças constantes, mudanças de
funções e empregos. Cada vez mais estes números crescem e é necessário
rever os conceitos e a ética profissional. Na verdade precisa rever muitas e
25
muitas questões para serem refletidas, discutidas e trabalhadas, como por
exemplo, o papel do professor e sua autoridade diante dos alunos.
É importante estar atento a esta síndrome, pois abrange esgotamento
psicológico, despersonalização dos profissionais e disfunções no desempenho
profissional e também pode causar complicações de saúde decorrentes do
stress crônico e deterioração da qualidade de vida.
Observa-se também que ao lidar com trabalhadores de secretarias de
Educação, os profissionais são tratados com desdém ou são subestimados na
inteligência, péssimo atendimento nas resoluções de seus problemas ou em
processos seletivos, a ponto de fincar determinações absurdas ao professor,
como se ele fosse uma pessoa incapacitada do seu cargo.
2.1. A Síndrome de Burnout
O Assédio Moral traduz-se por ações e situações no ambiente de trabalho que
humilham, desrespeitam e constrangem o trabalhador. O Assédio Moral, assim
como os baixos salários, as precárias condições de trabalho, o autoritarismo e
outras mazelas que vivem nas escolas publicas e privadas, sejam eles de
qualquer rede, somam-se para tornar-se o trabalho, um fardo difícil para ser
levado. Isso termina em causar sérios problemas de saúde. “Os primeiros
sintomas originários do assédio moral são muito parecidos com o stresse”
(Minassa, 2009, A tribuna). Inclusive tem a SINDROME DE BURNOUT, como
doença própria da categoria.
Segundo Menezes (2006) a razão para a incidência da síndrome está ligada, "a
desvalorização do professor, seja ela por parte do sistema, dos alunos e da
própria sociedade, é um dos maiores agentes para a ocorrência do Burnout".
Como o profissional adoece pelas precárias condições de trabalho e jornadas
excessivas, muitas autoridades, muitas vezes, vai a publico falar que se tira
constantes licenças e insinuam que são falsas, na qual abaixa a auto-estima e
26
desmoraliza o profissional. Geralmente isso é feito em jornais de grande
circulação, na insistência em depreciar o profissional.
Segundo Cabral (2009) a Síndrome de Burnout é uma doença psicológica
caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional. Tal
esgotamento ocorre por causa de grandes esforços realizados no trabalho que
fazem com que o profissional fique mais agressivo, irritado, desinteressado,
desmotivado, frustrado, depressivo, angustiado e que se avalia negativamente.
Um dos sinais marcantes da doença é quando a pessoa dedica
incessantemente no trabalho com desejo obsessivo de ser o melhor e que
mede sua auto-estima no poder de realização e sucesso profissional. “Na
negação do padecer, esperam ser reconhecidos e recompensados com
tratamento digno” (Barreto, 2006, p.80). Quando não é reconhecido no
trabalho, então ele entra em frustração, pois sente a necessidade de se auto-
afirmar.
Menezes (2006) lembra que “o fato mais curioso na síndrome de Burnout é
que ela atinge trabalhadores motivados, que reagem a este desequilíbrio
trabalhando ainda mais. Um dos pesquisadores do Burnout, Farber, discute
como tema central deste sofrimento a discrepância entre “o que o trabalhador
investe no trabalho e aquilo que ele recebe, ou seja, os resultados obtidos.” Por
isso, volta à questão do não reconhecimento e desvalorização do professor"
2.2. Caracterização e Desenvolvimento
É notória a ânsia de toda classe docência a expectativa de férias com
sentimento de cansaço e fadiga e insatisfação do trabalho tendo como
resultado o esgotamento físico e psicológico. A burnout de professores é
conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um
sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade
de lecionar gradualmente diminui.
http://www.brasilescola.com/psicologia/sindrome-burnout.htm##
27
Menezes(2006) destaca que “o Burnout em professores pode ser caracterizado
por um estresse crônico produzido pelo contato com as demandas do ambiente
acadêmico e suas problemáticas.” Infelizmente há uma degradação do
sistema, que vá além da ação direta dos professores, e ocorre muito a
sensação de impotência perante a classe e cada vez mais acentuada”.
A síndrome se reconhece em alguns sintomas como falta de energia, alegria,
entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias,
concentração, autoconfiança e humor e também sentimentos de exaustão, de
frustração, de incapacidade, carregar o estresse pra casa, irritabilidade e
insatisfação e culpa no trabalho. Com o prolongamento e a intensidade das
ações repetitivas de assédio durante a jornada laboral, o processo se agrava
com a instalação de grave quadro depressivo da pessoa visada.
Seu surgimento é lento, cumulativo, normalmente não é percebido pelo indi-
víduo que, geralmente, se recusa a acreditar que esteja acontecendo algo com
ele. Caracteriza-se por três fatores que podem aparecer associados, mas que
são independentes: exaustão emocional, despersonalização e baixo
envolvimento pessoal com o trabalho.
Infelizmente todos os trabalhadores de educação são vitimas em potencial,
pois além da jornada diária, tem que se atualizar com leituras, corrigir trabalhos
e provas, planejar, preparar e ministrar aulas, adicionando a outras atribuições
e situações impostas a sua carga horária. “Também costumam ser alvo de
assédio moral as vitimas que são extremamente dedicadas ao trabalho”
(Alkimin, 2006, p. 45).
Essa doença faz com que a pessoa perca parte do interesse com o trabalho,
de forma que as coisas deixem de ter importância e qualquer esforço pessoal
parece inútil ou mesmo como perda de seu investimento afetivo. Geralmente
sente-se exausto, desgastado, não agüenta mais e desiste, entra em Burnout.
O professor (a) encontra com sobrecarga de trabalho, problemas de
desenvolvimento na carreira, impossibilidade de promoção, falta de segurança
na posição, clima organizacional negativo, falta de participação nas decisões,
28
falta de autonomia, excessiva formalização, falta de apoio por parte da direção,
condições de risco no trabalho, insuficiente nível salarial, trabalhar em vários
turnos, contato com a clientela problemática, falta de especificidade de função,
falta de preparação e formação, expectativas irreais e aulas massificadas,
vandalismo, agressões, baixos salários, Falta de reconhecimento e respeito,
assédio moral no trabalho. “Ser demitido é sentido como castigo; a
desobediência e o castigo angustiam e atormentam a existência, pois “hoje” o
emprego é mais importante do que tudo” (Barreto, 2006).
Com isso, Menezes (2006) destaca a importância de:
“Treinar habilidades de auto-controle, identificação de
pensamentos negativos, controle do estresse, utilização
de apoio social com a equipe, além de trabalhar a
informação sobre os aspectos de sua carência como
profissional. Estas seriam algumas das alternativas para
combater o estresse profissional na busca pelo bem-estar
e melhor qualidade de vida (Menezes, 2006, p. 1).”
Silva (2008, p.32) destaca algumas estratégias utilizadas pelos professores
para lidar com o estresse são:
01- Descanse e relaxe sem se odiar ou se culpar por
isso;
02- Respire profundamente;
03- Dê-se 15 minutos antes de cada jornada e faça
uma coisa agradável;
04- Alegre seu ambiente com música, flores ou
peças de decoração;
05- Faça uma atividade de lazer pelo menos uma
vez por semana;
06- Estabeleça metas em sua vida e prioridade de
suas atividades ;
29
07- Adote hábitos alimentares mais saudáveis e
procure fazer exercícios periodicamente;
08- Estabeleça um momento durante o dia para
relaxar;
09- Evite cobrar-se o tempo todo e permita que as
coisas aconteçam conforme seu próprio ritmo;
10- Converse com os amigos e colegas sobre os
seus sentimentos. Não guarde apenas para você
suas frustrações;
11- Analise como você ocupa seu tempo;
12- Aprenda a dizer não. Assuma apenas a
responsabilidade das tarefas que pode cumprir;
13- Aprenda a delegar tarefas. Você não é
indispensável
De acordo com informações extraídas do site www.guiatrabalhista.com.br, o
combate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho, exige a formação de um
coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais: sindicatos,
advogados, médicos do trabalho e outros profissionais de saúde, sociólogos,
antropólogos e grupos de reflexão sobre o assédio moral. Estes são passos
iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e
violências e que seja sinônimo de cidadania.
2.3. Legislação
O assédio moral esta cada vez mais notório com as legislações trabalhistas. A
maioria das organizações estão preocupadas com a qualidade de vida
do trabalhador, destaca-se a OIT, Organização Internacional
do Trabalho, fundada em 1919 com o objetivo de promover a justiça social.
Alkimin (2006) ressalta que “o assédio moral, embora se trate e conduta ilícita,
não encontra regulação própria no Direito do Trabalho, Civil ou Penal”.
http://www.guiatrabalhista.com.br/
30
No Brasil encontra-se em fase de implementação e desenvolvimento numa
legislação especifica, que qualifique o Assédio Moral.
Enquanto não há lei especifica, porem, na própria CLT – Consolidação das Leis
do Trabalho há dispositivos que permitem enquadrar processos de assedio
moral inclusive no que diz respeito à saúde, relacionando suas conseqüências
como doença relacionada ao trabalho. No campo dos direitos humanos e da
cidadania, também, há possibilidades de proteção, via Código Civil.
(Sindibancariospe, 2000, p.29 )
De acordo com Alkimin (2009, p.105) no congresso Nacional, há Projetos de
Lei Federal que visam tipificar criminalmente o assédio moral no ambiente de
trabalho:
a) Projeto de Lei Federal 4.742/01, que introduz o art. 146-A no código Penal
Brasileiro.
Art. 146-A. desqualificar, reiteradamente, por meio de
palavras, gestos ou atitudes, a auto-estima, a segurança
ou a imagem do servidor publico empregado em razão de
vinculo hierárquico funcional ou laboral.
Pena: Detenção de 3 (três) meses a um ano e multa.
O substitutivo a esse Projeto visa inserir no CP o art. 136-A, com a seguinte
redação:
Art. 136-A. depreciar, de qualquer forma e
reiteradamente a imagem ou o desempenho de servidor
publico ou empregado, em razão de subordinação
hierárquica funcional ou laboral,sem justa causa, ou tratá-
lo com rigor excessivo, colocando em risco ou afetando
sua saúde física ou psíquica.
b) Projeto de Lei Federal 5.971/01, introduz no Código Penal Brasileiro o
crime de “Coação Moral no Ambiente de Trabalho”, através do art. 203-
A, com a seguinte redação:
31
Art. 203-A. Coagir moralmente empregado o ambiente
de trabalho, através de atos ou expressões que tenham
por objeto atingir a dignidade ou criar condições de
trabalho humilhantes ou degradantes, abusando da
autoridade conferida pela posição hierárquica.
Pena: detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Rufino (2007) destaca-se o Projeto de Lei n. 4.742/01, da autoria do Deputado
Federal Marcos de Jesus, o qual estabeleceu o art. 146-A no Código Penal,
com o propósito de cada vez de alterar os códigos e que o Deputado Aldir
Cabral, alterou o texto original e após uma série de justificativas, entendeu que
a matéria deveria ser tratada no Capítulo Relativo a Periclitação da Vida e da
Saúde, logo após o crime de maus-tratos, com o número 136-A.
De acordo com informações extraídas do site www.assediomoral.org (2004),
diante da ausência de uma legislação acerca do tema Assédio Moral e de uma
vivência sindical, nas observações de relações de trabalho que destruíram o
trabalhador, gerando uma produção precária e baixo auto estima no mesmo,
instigou o deputado Mauro Passos, de âmbito federal, traçar um Projeto
inovador de lei, PL 2369/03. A lei foi relatada pelo deputado Vicentinho (PT),
com voto pela aprovação, na comissão de Trabalho, de Administração e
Serviço Público da Câmera, em 28 de abril de 2005.
Segundo Passos (2005) a proposta prevê pena também para o empregado que
pratica o assédio, apesar de o empregador ter adotado as medidas cabíveis
para evitar o problema. "A insubordinação e indisciplina, neste caso, poderá
levar à demissão", explica o deputado. O principal aspecto do assédio moral é
que tem como objeto ou efeito a degradação das relações de trabalho. A sua
proibição e a sanção, caso seja praticado, visam a melhoria das relações
trabalhistas, trazendo dignidade e respeito à execução do contrato de trabalho.
O assédio esta relacionado aos problemas de falta de informação, organização
do trabalho, e a falta de política de pessoal adequada no intuito de respeitar o
colaborador pertencente a instituição ou empresa. A legislação extrapola a
http://www.assediomoral.org/
32
questão trabalhista e parte para os direitos básicos de todo o cidadão. O
assédio moral além de ser um crime, é ato ilícito trabalhista gerando prejuízos,
dano moral, com direito à indenização. As empresas são responsáveis pelo
ambiente de trabalho, que deve ser saudável. É o gestor ou o responsável que
determina a política do setor de Recursos Humanos e decide sobre a qualidade
das relações dentro do Empreendimento.
2.3.1. Legislação no âmbito municipal
Em 23 de agosto de 2002, foi aprovada a Lei Estadual no 3921, que
veda o assédio moral no trabalho, no âmbito dos órgãos, repartições ou
entidades da administração centralizada, autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista, do poder
legislativo, executivo ou judiciário do Estado do Rio de Janeiro, inclusive
concessionárias e permissionárias de serviços estaduais de utilidade ou
interesse público, e dá outras providências.
Para ilustrar, a Lei Municipal n. 13.288, de 10 de janeiro de 2002, da Cidade
de São Paulo, aplicável aos servidores públicos municipais (administração
pública direta e indireta), (Gallindo, 2006, p.1) conceitua assédio moral, na
seguinte exposição:
"Para fins do disposto nesta lei considera-se assédio
moral todo tipo de ação, gesto ou palavra que atinja, pela
repetição, a auto-estima e a segurança de um indivíduo,
fazendo-o duvidar de si e de sua competência, implicando
em dano ao ambiente de trabalho, à evolução da carreira
profissional ou à estabilidade do vínculo empregatício do
funcionário, tais como: marcar tarefas com prazos
impossíveis; passar alguém de uma área
de responsabilidade para funções triviais; tomar crédito
de idéias de outros; ignorar ou excluir um funcionário só
se dirigindo a ele através de terceiros; sonegar
informações de forma insistente; espalhar rumores
33
maliciosos; criticar com persistência; subestimar
esforços.”
2.3.2. Legislação do município de Vitória
Foi extraído do site www.vitoria.es.gov.br, a lei referente o tema Assédio moral
do município de Vitória com o seguintes artigos. Em 26 de novembro do ano
de 2009, foi aprovada a lei municipal n° 7834 (vide anexo 1), no artigo 8°, que
entrou em vigor nesta data presente, do município de Vitória do Estado do
Espírito Santo com finalidade de combater o Assédio Moral contra
trabalhadores da Administração Publica Municipal, no âmbito dos órgãos,
repartições ou entidades da administração:
“Art 1°. Fica vedado o assédio moral na Administração
Publica Municipal em que o servidor é submetido a
procedimentos repetitivos que impliquem em violação de
sua dignidade, ou por qualquer forma, que sujeitem as
condições de trabalhos humilhantes ou degradantes.”
Observa-se no 2° artigo da lei 7834, conceitua sobre o assédio moral e
demonstra em como acontece as formas do ato:
“Art. 2°. Considera-se assédio moral, para fins de que se
trata esta Lei, toda ação, gesto ou palavra praticada de
forma repetitiva por aquele que, abusando da autoridade
que lhe confere suas funções publicas, tenha por objetivo
ou efeito atingir a auto-estima e a autodeterminação do
servidor, com danos ao ambiente do trabalho, ao serviço
prestado publico e ao próprio usuário [...].
No 4° artigo mostra as penalidades contra o agressor, no caso, para quem
exerça cargo de chefia na Administração Publica Municipal que cometer o
assédio contra os seus e no 6° artigo em como será aplicadas as determinadas
penalidades.
http://www.vitoria.es.gov.br/
34
“Art. 4°. [...] e sujeitará o infrator as seguintes
penalidades: I – advertências; II – suspensão;
III – demissão”.
“Art. 6°. As penalidades a serem aplicadas serão
decididas em processo administrativo, de forma
progressiva, considerada a reincidência e a gravidade da
ação”.
A discussão sobre o assédio moral ganhou visibilidade no Brasil após a
divulgação da pesquisa da Dra Margarida Barreto que apresentou dissertação
de mestrado na PUC/SP com o título “Uma jornada de humilhações””..
É necessário adotar e realizar ações e projetos educativos para um ambiente
efetivamente livre de assédio moral. Se não ocorrer, o empregador é
responsável pelo assédio moral praticado que é fator de grave
comprometimento bio-psíquico-social e exerce influência direta no
desenvolvimento da sociedade como um todo, determinando a violência e a
pobreza. Em quaisquer dos casos, romper o silêncio e buscar apoio nos
colegas, na família é fundamental. È importante, também, buscar a proteção
jurídica que o sindicato pode e deve oferecer.
Gallindo (2006, p. 1) reformula três decisões judiciais contra esta forma de
violência, mais precisamente acórdãos, a respeito de pedidos de reparação:
Assédio moral– Contrato de inação – Indenização por
dano moral. A tortura psicológica, destinada a golpear a
auto-estima do empregado, visando forçar sua demissão
ou apressar a sua dispensa através de métodos que
resultem em sobrecarregar o empregado de tarefas
inúteis, sonegar-lhe informações e fingir que não o vê,
resultam em assédio moral, cujo efeito é o direito à
indenização por dano moral, porque ultrapassada o
âmbito profissional, eis que minam a saúde física e
35
mental da vítima e corrói a sua auto-estima. No caso dos
autos, o assédio foi além, porque a empresa transformou
o contrato de atividade em contrato de inação,
quebrando o caráter sinalagmático do contrato de
trabalho, e por conseqüência, descumprindo a sua
principal obrigação que é a de fornecer o trabalho, fonte
de dignidade do empregado. Recurso improvido" (TRT –
17ª R – RO nº 1315.2000.00.17.00-1 – Relª. Sônia das
Dores Dionísa).
I – Dinâmica grupal – Desvirtuamento – Violação ao
patrimônio moral do empregado –Assédio moral –
Indenização. A dinâmica grupal na área de Recursos
Humanos objetiva testar a capacidade do indivíduo,
compreensão das normas do empregador e gerar a sua
socialização. Entretanto, sua aplicação inconseqüente
produz efeitos danosos ao equilíbrio emocional do
empregado. Ao manipular tanto a emoção, como o íntimo
do indivíduo, a dinâmica pode levá-lo a se sentir
humilhado e menos capaz que os demais. Impor
pagamentos de prendas publicamente, tais como, ‘dançar
a dança da boquinha da garrafa’, àquele que não cumpre
sua tarefa a tempo e modo, configura assédio moral,
pois, o objetivo passa a ser o de inferiorizá-lo e torná-lo
‘diferente’ do grupo. Por isso, golpeia a sua auto-estima e
fere o seu decoro e prestígio profissional. A relação
de emprego cuja matriz filosófica está assentada
no respeito e confiança mútua das partes contratantes
impõe ao empregador o dever de zelar pela dignidade do
trabalhador. A CLT, maior fonte estatal dos direitos e
deveres do empregado e empregador, impõe a obrigação
de o empregador abster-se de praticar lesão à honra e
boa fama do seu empregado (art. 483). Se o empregador
age contrário à norma, deve responder pelo ato
antijurídico que praticou, nos termos do art. 5º, X, da
CF/88. (Recurso provido)..." (TRT – 17ª R – RO n.
36
1294.2002.007.17.00.9 – Relª. Juíza Sônia das Dores
Dionísio).
Dano moral – Empregado submetido a constrangimentos
e agressão física, em decorrência de sua orientação
sexual, praticados por empregados outros no ambiente
de trabalho e com a ciência da gerência da empresa
demandada – Imputabilidade de culpa ao empregador.
Se a prova colhida nos autos revela, inequivocamente,
que o autor sofrera no ambiente de
trabalho discriminação, agressões verbais e mesmo
físicas por sua orientação homossexual, mesmo que não
pudesse o empregador impedir que parte de seus
empregados desaprovasse o comportamento do
reclamante e evitassem contato para com ele, não
poderia permitir a materialização de comportamento
discriminatório grave para com o autor, e menos ainda
omitir-se diante de agressão física sofrida pelo
reclamante no ambiente de trabalho; mormente se esta
agressão fora presenciada por agentes de segurança do
reclamado, os quais não esboçaram qualquer tentativa de
coibi-la. Se o reclamante, como empregado do
demandado, estando no estabelecimento do réu, sofre,
por parte de seus colegas de trabalho, deboches e até
chega a sofrer agressão física, e se delas tem pleno
conhecimento a gerência constituída pelo empregador,
este último responderá, por omissão, pelos danos morais
causados ao reclamante (CCB então vigente, art. 159 c/c
art. 5º, X, da CF). Sendo o empregador pessoa jurídica (e
não física), por óbvio os atos de violação a direitos
alheios imputáveis a ele serão necessariamente
praticados, em sentido físico, pelos obreiros e dirigentes
que integram seus quadros. Recurso ordinário do
reclamado conhecido e desprovido" (TRT – 10ª R – 3ª T –
RO n. )
37
CAPITULO III
O QUE FAZER: O PAPEL DO PEDAGOGO
PESQUISA DE CAMPO
A pesquisa de campo foi realizada durante os meses de janeiro e fevereiro, no
corrente ano, através de entrevistas de funcionários da Educação que
trabalham em instituições publicas e privada. Observa-se que ao fazer a
Pesquisa de Campo, a maioria dos trabalhadores, especialmente os
professores não tinham nenhum ou pouco conhecimento do assunto.
Houve a necessidade da orientação do assunto e responder questões
levantadas pelos profissionais ao termino da entrevista.
O interessante da pesquisa é a constatação de alguns profissionais que
sofreram este tipo de violência e que não sabiam que estava sofrendo o
Assédio Moral. Pode-se ver que muitos colaboradores desta área estão
desatualizados a ponto de sofrer represálias, humilhações, resultando na auto-
estima baixa e se sentirem incapazes e inúteis no trabalho e perdendo suas
identidades e até suas vidas.
O material de pesquisa é uma entrevista composta de 06 questões, com
objetivo de identificar o grau de conhecimento de cada entrevistado acerca
deste tema tão polêmico. Foram entrevistados 05 profissionais: 1 Técnica
Administrativa Escolar, 1 professor e tutor online, 1 professora de Matemática,
1 professora especialista na área de Deficiência visual e Pedagoga hospitalar,
e 1 professora inspetora e pedagoga escolar.
Vide anexo 2 – entrevistas dos profissionais.
38
3.1. Análise de dados
Todos os dados coletados foram reunidos e analisados, conforme descrições a
seguir:
- Dados pessoais
- Conceito Assédio moral
- Assédio moral no trabalho
- Reações diante do sofrimento
- Liderança
- Legislação
3.1.1. Resultados da pesquisa
Todos os dados estão organizados através das concepções das entrevistas.
Cada um tem a sua visão sobre Assédio moral e respondem de forma
diferenciada.
A 1° entrevistada é Adriana com 18 anos de Magistério e que sofre de
pressões nestes longos anos, muita pressão psicológica tanto da diretora que
lhe chamava de ‘burra’, ‘demente’, imcompetente’ diante de alunos,
professores, da comunidade e também da comunidade, sendo ameaçada de
pauladas pela mesma. Era muito desviada do cargo, a ponto de fazer todo
tipo de serviços na escola. Quando ficava doente, estando em casa, pois não
tinha condições em ir trabalhar, a diretora sempre ligava pra ela e falava muitos
desaforos. A sua reação era sempre ficar calada e chorar muito. Hoje em dia
ela tem um quadro de stress crônico, com síndrome do pânico, muitas dores
nos ossos, depressão, ansiedade, insônia, síndrome de Burnout e esta
afastada ou melhor de licença não tendo condições em trabalhar, a ponto de
ouvir e não se sentir bem. Desconhece as leis, os seus direitos, o Burnout e
outros especificidades do assunto.
39
O 2° entrevistado é Daniel Martins Filho, que desconhece totalmente o asunto,
em que confundiu o assédio sexual com o assedio moral, na qual são assuntos
distintos. Apesar de ter já sofrido o Assédio, não tinha conhecimento do
assunto e não é conhecedor dos seus direitos e no que diz respeito a Assédio
moral. . Nota-se que é um profissional bem qualificado no seu trabalho.
O 3° entrevistada é Denise, professora de Matemática, que atua na Educação
há 15 anos, mas antes teve experiência como Bancaria, sendo formada em
Ciências Econômicas e com complementação Pedagógica em Matemática na
qual proporcionou a Licenciatura no ensino da matéria de Matematica para os
Ensinos Fundamental e Médio. Nunca teve conhecimento do tema Assédio
moral e nunca sofreu deste mártir, mas já visualizou vários colegas de trabalho
a sentir e sofrer com esta forma de crime. Também teve necessidade de ouvir
explicações sobre o assunto.
A 4° entrevistada é Izabel com formação Superior e longa experiência na
Educação Especial. Trabalha tanto com pessoas com deficiência visual e com
pessoas hospitalizadas. Apesar de nunca ter sofrido o Assédio moral, já
presenciou esta situação degradante nos colegas de trabalho, mas tem
conhecimento da pratica e destaca como Assédio moral a falta de respeito do
aluno para com o professor.
A 5° entrevistada é Penha Andreatta, funcionária com varias especializações e
atuante na área escolar Publica e Privada, Pedagoga, Inspetora e Professora e
que infelizmente sofreu o Assédio moral do próprio colega de trabalho de vários
anos, e que a situação ficou bastante desagradável, pois a pessoa não deixava
de assediá-la e como reação, ela recorreu primeiramente a ter uma conversa
amigável com o colega, mas não foi possível, levando-a a buscar os seus
direitos através da justiça e que esta sendo resolvido da melhor maneira
possível. Observa que é bastante conhecedora do assunto, não se deixa
abater e nem deixar a auto-estima cair.
40
É importante que todos tenham conhecimento do Assédio moral para que
tenha reação de buscar seus direitos, levantar a cabeça e combater este terror.
E mesmo que não esteja sofrendo, mas que tenha condições de ajudar ou
colaborar com o colega de trabalho com informações ou sendo testemunha,
pois cada um pode ser o próximo a passar por estes constrangimentos.
3.2. Papel do Pedagogo no combate ao Assédio moral
No site www.rh.com.br, Bispo (2009) dá varias sugestões para dar um basta a
onda de humilhações e intempéries do assédio moral, em que se encaixa
perfeitamente para o papel do pedagogo na empresa para tornar o ambiente
agradável e bastante produtivo para todos. Eis algumas ações preventivas:
1 - Investir em ações educativas e estimular a paz
nos relacionamentos em todos os níveis. Para isso,
os canais internos de comunicação são
indispensáveis no combate ao assédio moral.
2 - Comunicar internamente alguma informação
referente ao assédio moral, citando sempre a fonte.
Isso serve para matérias, entrevistas, promulgação
de leis, entre outros dados relevantes.
3 – Reforçar a cultura organizacional e os
colaboradores informando-os dos diretos humanos,
seja através dos direitos trabalhistas como também
pelos direitos universais do cidadão que fazem parte
dos valores internos e devem ser praticados por
todos os que atuam na companhia.
4 - Pesquisar o clima organizacional da empresa
sendo uma ótima oportunidade para saber se o
assédio moral circula pela organização fazendo
abordagem entre os funcionários para saber
exatamente se eles estão sendo
http://www.rh.com.br/
41
coagidos, humilhados, discriminados de alguma
forma, seja pelos líderes ou demais colegas de
trabalho.
5 - Criar um comitê permanente no combate do
assédio moral, no objetivo de desenvolver
procedimentos que garantam a integridade dos
colaboradores na organização. O mesmo comitê
pode, por exemplo, ser formado por representantes
dos departamentos como por funcionários
formadores de opinião, que tenham facilidade de
comunicação com os demais pares.
6 – Criar um Código de Ética que expresse
claramente a postura da empresa em relação ao
assédio moral e quais providências serão adotadas,
caso algum fato ocorra.
7 – Promover a realização de palestras em eventos
realizados pela organização como treinamentos,
encontros comemorativos é uma alternativa para
esclarecer aos colaboradores o que significa assédio
moral e as conseqüências que pode gerar à
empresa, ao assediador e à vítima.
8 - Treinar os gestores e esses, por sua vez,
tornarem-se agentes multiplicadores do assunto no
combate e na prevenção do assédio moral.
9 – Oportunizar o setor de Recursos Humanos a
abrir sempre as portas para ouvir os funcionários
inseguros de fazer a denuncia, garantindo o sigilo
dos fatos relatados.
10 - Averiguar a veracidade da denúncia para tomar
ciência do assédio e, quando o fato for constatado,
encaminha o caso rapidamente para a direção, a fim
de que as providências necessárias sejam adotadas.
42
Costa (2009) apresenta a postura essencial do gestor ou funcionário da alta
hierarquia diante dos colaboradores:
“Esse especialista deve orientar e não rotular, olhar para o todo
e não para partes de todo. Quando se observam funcionários
trabalhando, não se deve olhar como se fossem peças de uma
maquina, onde algumas devem ser trocadas. As pessoas
precisam de motivação e não manutenção. As vezes, uma
palavra de elogio do chefe ou do encarregado é suficiente
(Costa, 2009, p.32).”
Uma classificação bem-humorada dos tipos de chefes agressivos, pelas
próprias vítimas, conforme relatos feitos à médica Margarida Barreto (2000, p.
215):
1)Pit-Bull: agressivo e violento, que demite
friamente e humilha por prazer;
2) O profeta: aquele que exalta suas próprias
qualidades e tem a missão de enxugar a máquina
e, por isso, demite indiscriminadamente, mas
humilha com cautela;
3) O troglodita: é o chefe brusco, que não admite
discussão e não aceita reclamações;
4) O tigrão: esconde sua incapacidade com
atitudes grosseiras e necessita de público, pois,
quer ser temido por todos;
5) O grande irmão: primeiro banca o protetor, para
depois atacar, ou seja, aproxima-se, entra na
intimidade do trabalhador e, na primeira
oportunidade, usa o que sabe contra o empregado
para rebaixá-lo ou demiti-lo.
43
Observa que muitas vezes o chefe ou responsável ou líder de uma empresa
usa estas estratégias acima e veste um destes personagens, por muitas vezes
desconhecer e não saber gerir pessoas. Então não se atualiza e nem se
interessa no quesito Gestão. Observa o colaborador que aceita estas
estratégias esta desatualizado em relação a ética profissional e pessoal, o
próprio tema assédio, seus direitos e qualidade de trabalho e vida, achando
tudo isso na maior normalidade profissional.
3.3. O que a vítima deve fazer?
As condições ambientais podem afetar o trabalho de diversas formas. Ela
pode ter influencia positiva ou negativa para a motivação e, conseqüentemente,
para o grau de satisfação do empregado. Não existe um delimitado perfil
psicológico da vitima. Qualquer pessoa pode ser objeto deste acaso.
Para o agressor, a vítima é uma pessoa insatisfeita, que devido a sua
qualificação e desprendimento, questiona e gosta de empreender práticas e
métodos inovadores e outros na forma de organização. Araujo & Feijó (2007)
destaca que “alguns trabalhadores identificaram os perfis dos agressores
encontrados comumente nas chefias nas empresas”.
Vale salientar que diminuir ou criticar é colocar o outro em situação de
inferioridade. Fazer propaganda contra alguém é mais fácil se essa pessoa
possui características que o preconceito de cor, sexo, ideologia ou classe
social reforça como inferioridade. Há casos de assédios contra trabalhadores
com altos salários que são ameaçados de substituição por outros com menores
salários e trabalhadores que são representantes de sindicatos e associações.
“Apesar de raro, este tipo de humilhação também ocorre nas
relações trabalhistas. É o assédio de baixo para cima, em que
um descendente ou uma coletividade, pratica atos vexatórios
contra o superior hierárquico (Rufino, 2007, p. 81, 2007).”
Através da cartilha “Educar, nossa maior rebeldia” do órgão SINEDUC (2008,
p. 15), geralmente o (a) assediado (a) apresenta as seguintes características:
44
É integro e honesto (a); É saudável; Apresenta
senso de culpa; É justo (a) e equânime, com
acentuado espírito de liderança entre seus pares; É
criativo (a); É dedicado (a) ao trabalho; É mais
competente que os perversos; Reage ao
autoritarismo e recusa-se a ser subjugado; É Pessoa
portadora de deficiência;
É idoso; É mulher em grupo de homens, ou vice
versa; Tem crença religiosa e/ou orientação sexual
diferente do perverso; Pertence à minorias étnicas;
Tem limitação de oportunidades de trabalho por ser
especialista; Vive só.
O perfil do assediador é de uma pessoa sem escrúpulos que fica feliz ao
praticar ao mal a pessoas da empresa e sente prazer ao fazer o próximo sofrer
e ver o desespero do outro, na qual demonstra poder e força sem limites.
Segundo Gallindo (2006), “o assediador tem um perfil, tratando-se de uma
pessoa perversa, que se sente feliz e realizada em praticar o mal.” A tendência
desta forma de pressão é aumentar se o colaborador não bater de frente, não
se defender.
Nas precisas palavras de Jorge Luiz de Oliveira da Silva(2006):
“O assédio moral, a princípio, traz repercussões extremamente
negativas ao homem, repercutindo na seara física, psicológica,
social e econômica. Indagar os motivos que levam o assediador
a agir de forma tão violenta (uma "violência sutil") nos remete
aos caminhos da ética e da moral. O assediador é
essencialmente um indivíduo destituído de ética e de moral. O
assediador age por impulsos negativos e sem nenhuma
nobreza de caráter, revelando seu lado perverso ao verificar sua
vítima sucumbir aos poucos diante de sua iniqüidade.
Sawaia(2006) confirma que é necessário “abrir os nossos olhos
45
para um vicio insidioso, que corrompe o biológico e gera mais
sofrimento Silva (apud Paroski, 2006, p. 1).”
É necessário ética e os bons costumes em todos os serviços, no publico e
privado e em todos os cargos, desde pequeno até o alta hierarquia na
empresa, trabalhe na prevenção e combate de situações degradantes do
assedio moral e que não surja o individuo assediador para o bem-estar social,
moral, física e mental dos colaboradores e para a empresa colher os frutos
rentáveis.
No site www.assediomoral.org (2009), define as Estratégias do Agressor:
01 – Escolher a vitima e isolar do grupo. Impedir que a
vitima se expresse e não explicar o porquê. Fragilizar,
ridicularizar, inferiorizar, menosprezar frente aos pares.
02 – Culpabilizar / responsabilizar publicamente, podendo
os comentários de sua incapacidade de invadir, inclusive,
o espaço pessoal e familiar.
03 – Desestabilizar emocional e profissionalmente. A
vitima gradativamente vai perdendo sua autoconfiança e
o interesse pelo trabalho.
04 – Destruir a vitima (desencadeando novas doenças
e/ou agravando as pré-existentes). A destruição da
vitima engloba vigilância acentuada e constante.
05 – Livrar-se da vitima, que se vê forçado/a pedir licença
médica, transferência ou demissão.
06 – Impor despótica e autoritariamente ao coletivo seu
comando.
De acordo com a cartilha do SINDIUPES (2008, p, 22), há varias formas de
combater este ato criminoso, o assédio:
-Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações
sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do
http://www.assediomoral.org/
46
agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da
conversa e o que mais você achar necessário).
-Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas,
principalmente daqueles que testemunharam o fato
ou que já sofreram humilhações do agressor.
-Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora da
empresa.
-Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas.
Ir sempre com colega de trabalho ou representante
sindical.
-Exigir por escrito, explicações do ato agressor e
permanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou
R.H e da eventual resposta do agressor. Se possível
mandar sua carta registrada, por correio, guardando
o recibo.
-Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para
diretores e outras instancias como: médicos ou
advogados do sindicato assim como: Ministério
Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos
Humanos e Conselho Regional de Medicina
(ver Resolução do Conselho Federal de
Medicina n.1488/98 sobre saúde do trabalhador).
-Recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos
Trabalhadores e contar a humilhação sofrida ao
médico, assistente social ou psicólogo.
-Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas,
pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para
recuperação da auto-estima, dignidade, identidade e
cidadania.
Ao testemunhar cenas de humilhações contra o
colega, é importante que o colega de trabalho seja
solidário com a vitima. Infelizmente pode acontecer
de sermos a próxima vitima.
http://www.assediomoral.org/spip.php?article88http://www.assediomoral.org/spip.php?article88
47
3.4. Estatísticas a respeito do Assédio Moral
Constata-se no site www..sindbancariospe.com.br/assediomoral.htm em que
as mulheres hoje representam 50% da força de trabalho no Sistema Financeiro
Nacional. Mulheres e homens reagem de maneira diferente, quando vitimas de
assédio. Elas têm crises de choro, palpitações, tremores, insônia, depressão e
diminuição da libido, por exemplo. Eles padecem de depressão e insônia,
também, mas tendem ao alcoolismo e, principalmente, alimentam sede de
vingança e idéia de suicídio. Confira a tabela.
Sintomas
Mulheres Homens
% %
Crises de choro 100 -
Dores generalizadas 80 80
Palpitações, tremores 80 40
Sentimento de
inutilidade
72 40
Insônia ou sonolência
excessiva
69,6 63,6
Depressão 60 70
Diminuição da libido 60 15
Sede de vingança 50 100
Aumento da pressão
arterial
40 51,6
Dor de cabeça 50 33,2
Distúrbios digestivos 40 15
Tonturas 22,3 3,2
Idéias de suicídio 16,2 100
Falta de apetite 13,6 2,1
Falta de ar 10 30
Passa a beber 5 63
Tentativa de suicídio - 18,3
Fonte: Barreto, M. (2000, p.217) – Uma jornada de Humilhações.
http://www.sindbancariospe.com.br/assediomoral.htm
48
CONCLUSÃO
É em situações constrangedoras que se compreende melhor o assédio moral,
na qual viole a dignidade das pessoas. Existem muitos casos de profissionais
que convivem ou conviveram estas situações. E infelizmente, encontra muitos
colaboradores que não tem consciência dos seus direitos, não sabem que
estão sendo violados; em que resulta no seu desligamento da organização,
comprometendo significativamente a renda familiar.
No mundo globalizado, Era da informação, infelizmente encontra muitos
gestores e não são poucos, que não tiveram a sensibilidade de perceber as
novas tendências comportamentais dos funcionários. O que se vê
constantemente é a necessidade de todos serem felizes e realizados no mundo
do trabalho. Hoje, querem e exigem tratamento respeitoso, justo e digno.
Parece ser simples mas encontra muitos obstáculos e desafios para melhores
relações de trabalho. Acontece que em muitas organizações não estão
compatíveis com essas novas tendências e realidades.
É óbvio que as empresas não são entidades nem filantrópicas e nem
beneficentes, nem áreas de lazer, pois todas elas investem pesado nos
negócios e colaboradores, isso tudo demanda muito dinheiro na qual visa, com
todo o direito e justiça, os melhores resultados possíveis, focado no
crescimento e lucros da empresa.
Existe a normatização trabalhista específica em alguns paises para combater e
proibir o assédio moral no ambiente laboral, o que não se verifica no Brasil,
havendo apenas alguns projetos de lei federal em andamento.
49
O assédio é um fenômeno social antigo, mas de reconhecimento recente, que
deve ser observado cautelosamente, no tocante à sua caracterização jurídica.
É fundamental comprovar a natureza psicológica devido ao dano causado pelo
assédio moral a muitas pessoas, podendo ser de conduta longa no tempo e
que tenha ocasionado o desencadeamento de vários problemas psicológicos,
físico, emocional e varias doenças psíquico-emocional, sendo constatada
através de avaliações médica ou psicológica.
A prática do assédio moral no local de trabalho gera seqüelas gravíssimas nas
pessoas, como baixa autoestima, depressão, absenteísmo e problemas de
saúde: hipertensão, insônia, enxaquecas, entre outros. Então é necessário que
os dirigentes organizacionais se voltem a determinados comportamentos que
ocorrem no ambiente organizacional.
A necessidade de se preservar a saúde mental dos trabalhadores revelado em
estatísticas nacionais e mundiais, oportuniza discussões e debates sobre o
tema. Destaca os valores inerentes à própria dignidade da pessoa humana,
princípio sobre o qual se fundamentam os ordenamentos democráticos
modernos.
50
BIBLIOGRAFIA
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