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Comissões de Direitos Humanos e da Verdade vão analisar depoimento da presidente publicadopelo EM. Especialistas esperam que divulgação estimule outras pessoas a darem testemunho

POLÍTICA

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A AO astronauta Buzz Lightyear, umdos protagonistas do filme de estreiada Pixar, Toy story (1995), tem umgrito de guerra que marcou a históriado cinema: “Para o infinito e além!”.

Criações mudaram a Comunicação:Aos 56 anos, o fundador daApple,Steve Jobs, perdeu a luta contra um raro tipo de câncer no pâncreas.

Futuro da maçã fica indefinido: “O mundo raramente vê alguém que teve oimpacto profundo que Steve teve. Foi uma grande honra trabalhar com ele.

As marcas que Steve Jobs deixou nas indústrias da música, do cinema,da computação e da telefonia são indeléveis. Ninguém duvida que astendências ditadas pelo chefe daApple, tido como intolerante por muitosde seus subordinados, redefiniram os rumos bilionários de um negócio quesimplificou a tecnologia a ponto de torná-la objeto de desejo.

“O mundo raramente vê alguémque teve o impacto profundo queSteve teve. Foi uma grande honratrabalhar com ele”Bill Gates, cofundador da Microsoft

O mundo perdeu um visionário.E talvez não exista maior tributoao sucesso de Steve do que o fatode que boa parte do mundo ficousabendo de sua ida através dos

Ser o homem mais rico do cemitérionão me interessa. Ir para a camaà noite dizendo que fizemos algomaravilhoso, isso importa para mim.

O astronauta Buzz Lightyear, um dos protagonistas do filme de estreia da Pixar, Toystory (1995), tem um grito de guerra que marcou a história do cinema: “Para o in-finito e além!”. Foi exatamente a direção que a indústria da animação tomou depoisque Steve Jobs colocou seu dedo de Midas nesse negócio. Expulso da Apple em1985, fundou a Next e em 1986 comprou da Lucas Film o pequeno estúdio de

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EDSON LUIZ E LARISSA LEITE

Brasília – As comissões de Direitos Huma-nos e da Verdade da Câmara se reunirão paradiscutir quais procedimentos o Legislativo vaitomar em relação aos depoimentos da presi-dente Dilma Rousseff sobre a tortura que so-freu durante a ditadura. Os documentos, di-vulgados com exclusividade pelo Estado deMinas desde domingo, se referem a declara-ções da presidente dadas em 2001 ao Conse-lho de Defesa dos Direitos Humanos de MinasGerais (Conedh-MG). O caso já é analisado pe-la Comissão da Verdade do governo federal,que enviou uma pesquisadora a Belo Hori-zonte para buscar os papéis.

Para especialistas, a divulgação do depoi-mento prestado pela presidente DilmaRousseff deve estimular que novas declara-ções venham à tona, ou mesmo que outraspessoas tenham interesse em tornar públi-ca a sua experiência relacionada à tortura noregime militar.

De acordo com o presidente da Comissãode Direitos Humanos da Câmara, DomingosDutra (PT-MA), as revelações são assustado-ras. “Os fatos mostrados são chocantes”, ob-servou o deputado, ressaltando que vai fazeruma reunião com sua colega Luiza Erundina(PSB-SP), que coordena a Comissão da Verda-de da Casa, para verificar as providências quedeverão ser tomadas. “Documentos como osque o Estado de Minas publicou servemtambém como reflexão para que a popula-ção tenha ódio de ditaduras. E eles só se tor-naram público graças à democracia, onde aimprensa é livre”, acrescenta.

Na avaliação da diretora para o Brasil doCentro pela Justiça e Direito Internacional(Cejil), Beatriz Affonso, a recém-criada Co-missão da Verdade deve oferecer esse espa-ço aos cidadãos. “O estado deve isso à socie-dade, a possibilidade de que se conheça ahistória dessas pessoas. Apesar do depoi-mento de Dilma, o foco das comissões esta-duais não era colher depoimentos seme-lhantes”, afirma Beatriz.

Ela explica que os militantes deveriamapenas provar que haviam sido presos ou ti-nham sido perseguidos políticos. “O fato deter sido torturado ou não aumentava a legi-timidade, não interferia na reparação que apessoa pudesse conquistar. Assim, o depoi-mento não era estimulado”, diz. SegundoBeatriz, os depoimentos devem ser colhidospela comissão com uma infraestrutura ade-quada. “Muitas vítimas têm vontade de queos outros saibam o que aconteceu, mas têmdificuldade em compartilhar. Nunca se senti-ram encorajados para isso, em nenhum es-paço. Por isso, a comissão deve oferecer esseespaço formal, com atendimento psicológi-co, pois falar sobre o tema não deixa de seruma revitimização”, defende.

Em seu depoimento, a presidente relatatodas as formas de tortura sofrida quandofoi presa, principalmente em Juiz de Fora,onde havia um local usado pela repressão,até então desconhecido dos historiadores.

LEIA AMANHÃMAIS DETALHES SOBRE A TORTURA SOFRIDA PORDILMA EM MINAS NO PERÍODO DA DITADURA

Documentos como os que o Estado de Minas publicouservem também como reflexão para que a populaçãotenha ódio de ditaduras. E eles só se tornaram públicograças à democracia, onde a imprensa é livre”

■ Domingos Dutra (PT-MA), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara

THIAGO VELOSO/OIMP/D.A PRESS – 11/5/12