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Fatos sobre a barragem I da mina Córrego do Feijão
Ag
en
da
1. Dados Básicos
2. Laudos
3. Esclarecimentos B1
3
1. Dados Básicos: a Barragem I não recebia rejeitos desde 2016 e encontrava-se em
detalhamento do projeto de descaracterização
A Barragem I foi desativa em julho/2016
Após a desativação, várias melhorias foram realizadas na estrutura visando a preparação para a sua descaracterização:
1) Bombeamento de água do reservatório
2) Desvio das nascentes que abasteciam o reservatório para galerias laterais
3) Instalação de 9 piezômetros e 9 INAs (Indicador de Nível de Água) adicionais (total 94 piezômetros e 41 INAs)
4) Processo de automatização de 46 piezômetros
5) Instalação de câmeras, sirenes e radares
1
2
Foto aérea – 14/04/2016 Foto aérea – 06/07/2018
4
2. Laudos: a Barragem I foi auditada em 2018 e declarações de estabilidade foram emitidas nos
meses de março, junho e setembro. Em dezembro, obteve-se licença ambiental relacionada à
descaracterização da barragem
Jun DezMar Set
23/03/18
Tractebel
12/06/18
Tüv Süd
25/09/18
Tüv Süd
Licença obtida em
12/12/18
Nenhuma obra
havia sido
iniciada antes
do rompimento
Nota: a solicitação da licença para descaracterização da barragem foi protocolada em agosto/2015
5
3. Esclarecimentos B1: é importante detalhar algumas informações sobre a Barragem B1 de
Feijão que estão sendo divulgadas na imprensa
Nível de água –
laudo técnico
independente
Eventos
Sísmicos - não
detectados
Fator de
Segurança
Demais pontos
Laudo Tüv Süd
6
Fotos comprovam que a água das nascentes a montante da B1 foi captada em canaletas e
direcionada para fora da barragem
Tubulação direcionando a água
para o reservatório metálico
Reservatório metálico
parcialmente enterrado
Tubulação direcionando a água
para o sistema extravasor
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Pela indicação dos piezômetros da estrutura havia sistematicamente redução do nível de água
na barragem, conforme o gráfico de leituras piezométricas abaixo
Leitura de 5 min em 5 min
A Tüv Süd menciona nos
relatórios de Revisão
Periódica (Jun/18) e de
Auditoria (set/18) a QUEDA
nos níveis piezométricos
Data das Leituras (mensais)
Ele
va
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(m)
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No processo de automatização dos piezômetros, o parecer técnico independente constatou
que os dados estavam corretos
9
Em 2018, foi iniciada instalação de DHPs para redução do nível do lençol freático, conforme
recomendação da Tüv Süd
Foi recomendação da Tüv Süd o
rebaixamento do lençol freático
Estava sendo realizada a instalação de
drenos horizontais profundos (DHP)
Durante a execução foi verificada uma
alteração no carreamento de sólidos pela
água
Assim que observado, a perfuração foi
paralisada
Foi verificada a normalidade da estrutura
após 24hrs
874
875
876
877
878
879
880
881
09/a
br
11/m
ai
11/ju
n1
5:3
0:0
0
11/ju
n1
6:0
0:0
0
11/ju
n1
6:3
0:0
0
11/ju
n1
7:0
0:0
0
11/ju
n1
7:2
2:0
0
11/ju
n1
8:0
4:0
0
11/ju
n1
8:2
0:0
0
11/ju
n1
9:2
5:0
0
12/ju
n0
9:1
5:0
0
12/ju
n1
5:3
1:0
0
13/ju
n0
9:3
1:0
0
13/ju
n1
5:3
7:0
0
14/ju
n0
8:3
6:0
0
14/ju
n1
4:2
2:0
0
15/ju
n0
9:3
7:0
0
PZM 09 BARRRAGEM I - CFJ
Monitoramento PZM 09
Foi verificada a
normalidade após 24hrs
Normalidade da medição
09/a
br
11
/ma
i
15:3
0
16
:00
16
:30
17
:00
17
:22
18
:04
18
:20
19
:25
09:1
5
15
:31
09
:31
15
:37
08
:36
14
:22
15/ju
n
11/jun 12/jun 13/jun 14/jun
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Análises preliminares indicam que não houve evento sismológico antes do rompimento da
barragem
Estação
sismológica de
Feijão
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O relatório da Tüv Süd indicava que a barragem de Feijão tinha fator de segurança que atendia
às normas vigentes
Condição Não Drenada
Condição Eventual
Rede de fluxo em
Condição Normal
de Operação
FS mínimo
preconizado em
norma igual a 1,50.
NBR 13.028/2017
Condição Drenada
Permanente
Gatilho
Liquefação
Característica do material
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O relatório da Tüv Süd indicava que a barragem de Feijão tinha fator de segurança que atendia
às normas vigentes
Condição Não Drenada
Condição Eventual
Condição Drenada
Permanente
Informações do Relatório Auditoria Técnica de
Segurança 2º Ciclo 2018
(RELATÓRIO TÜV SÜD BUREAU N° RC-SP-100/18)
Informações do Relatório Auditoria Técnica de
Segurança 2º Ciclo 2018
(RELATÓRIO TÜV SÜD BUREAU N° RC-SP-100/18)
Os Fatores de Segurança obtidos foram FS=1,93 (Seção C-C),
FS=1,76 (Seção D-D) e FS=1,60 (Seção E-E), (...)
Conclui-se que a barragem I se encontra estável para o cenário
de instabilização do talude de jusante sob a condição drenada. Os
fatores de segurança obtidos atendem à norma NBR-13028 (2017),
que preconiza fator de segurança mínimo superior a 1,50 para a
condição de operação.
Deste modo, as análises de estabilidade realizadas considerando-se um
gatilho desconhecido resultaram nos Fatores de Segurança FS=1,22
(Seção C-C), FS=1,18 (Seção D-D) e FS=1,09 (Seção E-E) (...)
A norma NBR-13028 (2017) não preconiza um fator de segurança
mínimo para o modo de falha liquefação. Entende-se, entretanto, que
para este fenômeno se desenvolver, se faz necessária a ocorrência de
um gatilho, o qual pode ser compreendido como uma solicitação
excepcional, de baixa probabilidade, sendo suficiente um fator de
segurança superior ao unitário.
Leshchinsky e Ambauen (2015), entretanto, demonstram a existência de
um erro epistêmico ao método do Equilíbrio Limite, (...). Os resultados
mostrados por aqueles autores indicam que um fator de segurança
superior a 1,05 cobre um possível erro envolvido no método de cálculo
utilizado.
Conclui-se que a Barragem I se encontra estável quanto à
liquefação do rejeito, no cenário de instabilização sob a condição não-
drenada, com FS>1,05 ao serem considerados valores médios para a
razão de resistência não-drenada do rejeito saturado.
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Nos dias anteriores ao evento, uma série de levantamentos apontou a normalidade da
barragem
17/01
Tüv Süd sinalizou o aumento
de estabilidade
18/01
Filme para levantamento
topográfico e planialtimétrico
22/01
Inspeção
quinzenal Vale
23/01
Auditoria Tüv Süd
com 9 pessoas, 3
da Tüv Süd
Fator de
Segurança não
drenado de 1,09
para 1,13
Relatório de inspeção emitido
pela Tüv Süd sem indicação de
anomalias relevantes
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17Recomendações
da Tüv Süd
9em andamento dentro
do prazo acordado8 concluídas
Recomendações são rotineiras nesse tipo de laudo e não dizem respeito a fatores de risco imediato
O relatório de 25/09/18 da Tüv Süd indicava 17 recomendações, todas atendidas: das quais 8
estão concluídas e 9 estavam em andamento dentro do prazo acordado com a Tüv Süd
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A Vale, com o objetivo de gerenciar de forma mais rigorosa suas estruturas, desenvolveu uma
metodologia de análise baseada nos conceitos da ISO 31000, que vem sendo discutida com
especialistas nacionais e internacionais
Análise de
estabilidade
Fator de
Segurança
Calculada por
auditores externos
seguindo ABNT13028
Determinístico
Gestão de Risco
Geotécnico (GRG)
Desenvolvido com
empresas externas
Probabilístico
Tratamento
Imediato
Manutenção e
controle
Zona de Atenção*
Pro
ba
bil
idad
e
Consequência
Modelo de prognóstico, com foco na ação
preventiva;
Metodologia probabilística, não faz parte da
legislação para emissão dos laudos de estabilidade
Em desenvolvimento pela Vale e cujo rigor vai além
das normas vigentes;
Governança interna da gestão de riscos ainda em
discussão e não formalizada na empresa;
Modelo de análise, limites de tolerância e de gestão
ainda em discussão com especialistas
internacionais.
(*) não significa risco iminente, mas sim a necessidade do cumprimento de recomendações
(no caso da B1: descaracterização / rebaixamento do lençol freático)
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