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Revisão dos conceitos preliminares essenciais ao estudo da Filosofia.

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Filosofia,

Luiz Salvador de Miranda-Sá Jr.

Filosofias

Filosofia,

Luiz Salvador de Miranda-Sá Jr.

Filosofias

São quatro os obstáculos ao conhecimento da

verdade: a frágil e indigna autoridade, o costume, a

opinião do povo indouto e a própria ignorância dissimulada por

conhecimento fictício Rogério BACON (c1212-

c1290)

O Conhecimento pode ser definido como a

apropriaçãopelo sujeito cognoscente de

propriedades de um objeto.

Primeiro, existiu o conhecimento comum ou

espontâneo.

Depois, surgiu a filosofia e esta gerou todas as

ciências fáticas (naturais, do homem e da

sociedade) e as formais (matemática, lógica).

A Filosofia se dividiu em Filosofia da

Natureza (physis) e Metafísica.

Desde então existe profunda interação entre

a Filosofia (alicerce de todos os conhecimentos

válidos e confiáveis) e a(s) Ciência(s) (superestrutura

do conhecimento superior).

Tendências Ideológicas que

influem nas Ciências

O Problema Fundamental da Filosofia é Ontológico e

opõe o

•IDEALISMO•e o

•MATERIALISMO====

Monismo e Dualismo

Idealismo

“A lei da mente é implacável.•que você pensa, cria;

•o que você sente, atrai;•o que você acredita, torna

realidade.”

O segundo, é Gnosiológico e opõe os

•REALISMO•NOMINALISMO•FENOMENISMO

O terceiro, Metodológico, opõe os

RACIONALISTAS aosPOSITIVISTAS, estes

aosANTIPOSITIVISTAS

(sociais e psicológicos) e aos

INTEGRACIONISTAS.

Como se vê, antes de pensar em qualquer doutrina filosófica, é necessário decidir

sobre essas questões preliminares que

induzirão filosofias distintas

Muitas tendências filosóficas (visões

particulares do mundo, escolas do pensamento filosófico, ideologias) se

mostram capazes de exercer influência nos

procedimentos de aquisição e aplicação de qualquer conhecimento

científico.

Destas, algumas reduzem o conhecimento a uma de suas fontes (sensações,

raciocínios, intuição) e, por isto são denominadas reducionismos, porque

reduzem a totalidade a uma de suas partes, tais como:

Empirismo (ou empiricismo) doutrina filosófica que pretende a experiência representada pelos

sentidoscomo única fonte de conhecimentom; reduz o

conhecimento à sensibilidade. (Locke, Hume, Condilac, Stuart-Mill) e, de certa forma, inclui a Fenomenologia

(Husserl, Heidegger, Jaspers), o Positivismo (Comte) e o Neoposivismo

(Carnap, Ryle, Austin, Wittgenstein, Feigl), pois todas estas tendências

filosóficas conservam o denominador comum de natureza empiricista.

Fenomenismo - tendência filosófica que tem o conhecimento como sempre incompleto porque se

resume à aparência das coisas.Racionalismo - tendência filosófica que exclusivisa o raciocínio como fonte do conhecimento (Platão,

Spinoza, Leibnitz, Kant);Intuicionismo - pretende que o conhecimento provém só da intuição (independente da sensibilidade e da razão).

Outras, reduzem o conhecimento a um de seus processos (descrição, redução

ao objetivo ou subjetivo), estas são:Realismo Crítico (Jolivet) que encerra

uma combinação eclética dos empirismos e dos racionalismo, evitando

todos os preconceitos; Idealismo - tendência filosófica que

sustenta a supremacia do ideal (espíritos, idéias, palavras), o dualismo idealista pretende apenas a existência

do ideal, negando todas as manifestações da matéria como ilusórias

(o idealismo monista ou solipcismo).

Materialismo é a filosofia monista que vê na matéria (que inclui o

conceito de energia) a expressão de tudo que existe no universo. (Marx sustenta o materialismo dialético e

Bunge, o materialismo emergentista).

Os materialismos sintetizam as anteriores (razão e sensações,

raciocínio e experiência, intelecto e intuição, análise e síntese,

influências internas e externas, objetividade e subjetividade,

cognição e emoção, indução e dedução, natureza e cultura).

Em Psiquiatria destacam-se os termos

GRAFOS e LOGOS

Regis de Morais destaca que a palavra grega logos tem dois sentidos em português, pode

significar razão e inteligibilidade, que corresponde a suas duas

dimensões conceituais: a lógica e a metodológica, a explicação e o

entendimento. Regis de Morais, J.F., Ciência e

Tecnologia, Ed. Cortez & Moraes, S.Paulo, 1976, p. 44.

Que é a Filosofia?

•Amor à sabedoria.

•Amor à verdade, ao conhecimento verdadeiro.

Definição atual da Filosofia

Disciplina científica formal que estuda os conceitos e as hipóteses mais gerais da

existência e a cognoscibilidade humana.

Fundamentos da Filosofia?

•O Dualismo,

•O Monismo.

Disciplinas da Filosofia?

•Ontologia (metafísica), •Gnosiologia,•Metodologia,

•Lógica e•Ética.

O que fundamenta toda Ontologia?

• Materialismo,

• Idealismo.

O que fundamenta toda Gnosiologia?

•O Realismo,

•O Fenomenismo.

É comum que os pouco instruídos e quem tenha

algum interesse nisso limitem o estudo e a

aplicação da Filosofia à Metodologia e à Ética.

Outras Disciplinas Quase Filosóficas

• Cosmologia (megafísica),• Antropologia (filosófica)e• Psicologia(pré científica).

O que é Verdade?

√ Verdade fática,

√ Verdade lógica e √ Verdade convencionada.

O que é Certeza?

A convicção e segurança de saber a verdade, de que

uma proposição é verdadeira, enquanto não

for verificada falsa.

O que diferencia a Convicção ou

Certeza da Fé?

Exigências da VerdadeSaber que

As aparências enganam,

os interesses e as ideologias desviam.

A busca da verdade exige:

Esforço e dedicação, modéstia e

honestidade,amor pela verdade e liberdade (objetiva e

subjetiva).

O que compromete a liberdade

Superstição, ignorância, interesses,

desonestidade, neurose,

alienação e subjugação (objetiva e

subjetiva).

Mas, sobretudo, a busca da verdade exige:

Disciplina, racionalidade, rigor, métodos confiáveis e

honestidade.

Conhecimento é a forma pela qual alguém sabe

sobre o mundo e sobre si mesmo.

A Filosofia ou conhecimento filosófico é uma modalidade de conhecimento.

Ou melhor, o conhecimento consiste

na apropriação pelo sujeito cognoscente de proprie-dades do objeto

que estiver sendo conhecido por ele.

Existem três modos de conhecer:

- o conhecimento vulgar ou senso comum,

- o conhecimento filosófico e

- o conhecimento científico.

O conhecimento comum (senso vulgar, senso comum): é mais

ou menos espontâneo, impreciso assistemático e

casual; superficial e associativo, auto-contraditório e acrítico, fragmentário e ametódico. É dirigido pelas características formais e pela aparência e

impressão superficial das coisas e se refere a objetos

específicos.

Mescla opinião e crença, dados cognitivos e afetivos; mas se

caracteriza por não ter compromisso com o rigor, a

exatidão, a comprobabilidade ou a veracidade. É

predominantemente subjetivo e mesmo quando se refere a

fatos objetivos, sofre decisiva influência da subjetividade, é acrítico, não inclui a dúvida,

nem qualquer outro critério de verdade; é heterogêneo e

contraditório consigo mesmo.

O Conhecimento Vulgar não persegue a coerência ou a

objetividade de suas informações entre si ou com o

restante do conhecimento, nem se dirige pela

confrontação com a realidade, além de que valoriza mais os elementos qualitativos que os quantitativos de seu objeto de

estudo em seu modo de conhecer.

O conhecimento científico é estruturado e adquirido

sistematicamente acerca de um objeto definido; voltado para ir

além das características da aparência, buscando os

elementos essenciais dos objetos ou fenômenos. Nas ciências, o

estabelecimento da causalidade deve fugir a toda explicação

aparente e superficial.

Cada ciência particular é uma teoria ou um sistema de teorias

a cerca de seu objeto. Estrutura-se da forma para o

conteúdo, da aparência para a essência, da simplicidade para

a complexidade e dos casos particulares para generalidades

cada vez mais amplas, num processo permanente de

retroalimen-tação cognitiva.

Características identificáveis nas ciências fáticas e em todas as suas manifestações teóricas

e práticas (Bunge)

A noção de fato se refere ao que é dado pela experiência

(conhecimento espontâneo, originado em ter sido vivido pelo indivíduo cognoscente) ou pelos sentidos (íntegradas através da

senso-percepção).

a) uma ciência fática sempre se limita aos fatos (qualquer atividade

científica se inicia no estabelecimento dos fatos e está

limitada ao estudo destes fatos como acontecimentos ou objetos reais,

ainda que possam ser objetivos ou subjetivos (mas, neste último caso,

devem ser objetiváveis), e dos fenômenos que se dão nos fatos ou

nas relações entre eles), e sua elaboração e suas conclusões não

devem ultrapassar os fatos;

b) a atividade científica transcende os fatos só em suas conclusões - por sua natureza, o resultado da atividade científica se dirige sempre para além dos

fatos e objetos estudados, assim, cria novos fatos e se orienta para

além dos eventos que lhes acontecem, as ciências sempre buscam explicação, origem e conseqüências dos objetos e

fenômenos que estuda;

c) toda ciência consiste em um corpo de conhecimento fundamental e

inicialmente analítico de seu objeto (conhecimento iniciado na

evidenciação e nominação, segue pela descrição e a explicação,

trajetória lógica que vai do simples ao complexo, do particular ao geral, da forma ao conteúdo, da aparência à essência - em busca de meios de

quantificar e registrar fielmente os fenômenos porque a exatidão da descrição influi mais ou menos positivamente na qualidade da

explicação);

d) todo conhecimento científico é especializado, porque se refere a

um objeto especial a um segmento da natureza, da

sociedade ou do pensamento humano (apenas no sentido de

que o conhecimento científico e a investigação da ciência se

referem a um objeto específico e sempre especificado, nunca a um

método especial ou, muito menos, a um especialista);

e) todo conhecimento científico deve ser

comunicável de forma clara e precisa, da maneira a mais

exata possível, tanto no que diz respeito aos seus

enunciados, seus problemas, quanto à solução destes

problemas e às conclusões permitidas por sua atividade;

f) para isto, a ciência necessita criar sua própria

linguagem inventando símbolos para expressar seus conceitos mais importantes e,

muitas vezes, criar uma sintaxe que lhe seja própria (mas estes símbolos devem ser simples e ter significado

exato, preciso e serem universalmente entendidos);

g) toda ciência ou conhecimento científico deve ser verificável empiricamente e criticável na

prática e em teoria (suas conclusões devem poder ser submetidas a verificação ou

comprovação mediante experimentais ou lógicas que

sejam suficientes para comprovar seu teor de verdade que, geralmente, se refere à sua

sintonia com a realidade);

h) o conhecimento científico é metódico, sistemático e geral (seus

procedimentos de investigação devem atender às exigências da

metodologia científica, ser organizados como um sistema

teóri-co consistente e devem estar voltados para descobrir o que há de geral e essencial nos diversos

níveis de com-plexidade dos fenômenos que estuda e suas

conexões com os demais);

i) a ciência é legal (concretiza-se na descoberta das leis que regem seu objeto e permitam generalizar, seja este um grande campo da natureza, do homem ou da

sociedade ou se resuma a um único objeto ou fenômeno natural, humano ou sócio-

cultural);

j) o conhecimento científico é explicativo e

preditivo (não se contenta com descrever, mas visa explicar e prever, ainda

que sua explicabilidade e previsbilidade sejam

relativas);

l) a ciência é aberta, um saber público (sem barreiras "a priori") e deve poder ser adquirido e aceito (não dependendo de iniciação ou

capacitação sistemática, ao contrário das profissões, podendo

ser estudado, conhecido, verificado e praticado por todos,

como um conhecimento público e um sistema de saber aberto que a

ciência é);

m) toda ciência é útil, porque busca a verdade e

a emprega não apenas para prever e explicar o

mundo, mas para modificá-lo, de modo a atender às necessidades humanas.

O conhecimento filosófico deve ser considerado uma forma

radical e rigo-rosamente diferente do conhecimento vulgar e do científico. Um

saber valora-tivo de construtos não sujeitos à observação ou à experimentação e abrange a totalidade universal desses,

até, as causas e conseqüências últimas. Ocupa-

se da essência e do valor de tudo que existe no mundo..

Sumo dos Critérios de Cientificidade

Objetividade e Especificidade, Exatidão.

Verificabilidade e Sistematicidade,

Fidedignidade e Validade, Reprodutibilidade.

•Os conhecimentos científico e filosófico são modalidades

particulares do conhecimento geral, existem como

aperfeiçoamentos dele.

•Seu entendimento exige o entendimento prévio do

conhecimento geral.

O conhecimento filosófico, ou ciência das generalidades,

caracteriza-se pela extensão ilimitada de seu

objeto. Generaliza e valoriza sobre tudo o que

existe. É o saber mais extenso e válido possível e

sempre destinado a ser empregado em benefício

da humanidade.

Os cinco problemas fundamentais do conhecimento

que influem em todas as suas formas, são:

1. a cognoscibilidade, 2. a gênese cognitiva, 3. a essência do conhecimento, 4. o valor da intuição e 5. a veracidade e verossimilitude ou verossemelhança do conhecimento.

Não existe uma só resposta que com aprovação unânime acerca

dos problemas sobre o conhecimento humano.

Deixando de lado as concepções supersticiosas que situam-na em

alguma divindade, é possível identificar diversas posições

naturais e contraditórias acerca do tema.

A posição eclética

A questão central parece ser: existem duas modalidades de conhecimento; uma teórica,

especulativa, racional e mediata; e outra, imediata e sensível

(decorrente das sensa-ções e percepções). Como em outras

situações análogas ou semelhantes, na resolução deste problema, a verdade parece estar

no meio e não nos extremos teóricos.

Ecletismo e Sincretismo

Ecletismo é uma síntese que se faz de conceitos, proposições ou

teorias sem prejuízo da arquitetura lógica do resultado.

Sincretismo é a mistura de idéias sem qualquer compromisso com a

lógica ou a harmonia fática do procedimento.

A cognoscibilidade

Há três respostas possíveis para o proble-ma da

cognoscibilidade: 1. os que afirmam que o mundo

pode ser conhecido (dogmáticos, materialistas e

idealistas objetivos); 2. os que afirmam que o

conhecimento é impossível (os agnósticos e os idealistas

subjetivos); e

3. os que julgam que o mundo pode ser conhecido, mas nunca

confiável e eficiente-mente (cépticos, subjetivistas,

objetivistas, os relativistas, os pragmatistas ou utilitaristas).

O dogmatismo é modalidade radical de cognoscibilismo, os

dogmáticos sustentam que todo conhecimento é evidente por si

mesmo, tal como se apresenta aos sentidos ou como atividade

racional ou intuitiva.

Também há o dogmatismo dos que crêem no conhecimento revelado, no pensamento mágico. O que não é conhecimento como foi definido

aqui.

Os idealistas subjetivos negam a possibilidade de conhecer,

pretendem que as limitações sensoriais e racionais e as peculiaridades individuais

incomunicáveis, impedem o conhecimento objetivo.

O solipsismo pode abranger todos objetos e fenômenos do mundo, ou referir-se a um grupo deles (sociais e psicológicos), há quem acredite

na realidade dos fenômenos naturais, mas negue realidade aos

conceitos e aos fenômenos e processos sociais porque estes

careceriam de objetividade;

•Subjetivismo afirma de que só a introspecção pode conduzir ao

conhecimento. A posição subjetivista limita o conhecimento ao que o sujeito sabe acerca de si

mesmo, sobretudo, de sua subjetividade. Para eles o

conhecimento se limita ao auto-conhecimento; o que conhe-ce

sobre o outro seria modelado sobre o conhecimento que tenha sobre si

mesmo.

O ceticismo (relativo ou absoluto) afirma a impossibilidade de

conhecer (o sujeito não pode apreender o objeto).

O ceticismo absoluto (solipsismo) e os ceticis-mos relativos: o lógico

nega o conhecimento metafísico; o ceticismo metódico - chegar ao

conhecimento verdadeiro afastando-se do falso; e o ceticismo sistemático recusa a possibilidade de alguém atingir algum conhe-

cimento verdadeiro e exato sobre algo;

O objetivismo sustenta a posição oposta, no que respeita ao

conhecimento da natureza; para eles, o objeto impõe ao sujeito

aquilo que ele pode conhecer; para os objetivistas o conhecimento verdadeiro deve se abster de conceitos valorativos (cede ao

subjetivismo o terreno da investigação filosófica, social e

humana, negando-lhes terreno na aquisição do conhecimento sobre a

natureza).

O relativismo. Os relativistas negam a possibilidade do conhecimento absoluto,

sustentam-no dependente da influência dos fatores do meio e de outras circunstâncias (como a ideologia e outras condições

culturais).

O pragmatismo (ou utilitarismo) supõe que o

conhecimento só deva ser tido como verdadeiro se for útil aos propósitos para os

quais estiver sendo elaborado. É a utilidade (ou

pragmaticidade) que sustenta a validade de

qualquer conhecimento.

A Metodologia filosófica está dividida em 3 grandes tendências doutrinárias:

√ os positivismos, √ os antipositivismos e √ os ecletismos

Os positivismos caracterizam-se por: 1)objetivismo; 2)negam influência à subjetividade; 3)o conhecimento é só a descrição genera-lizadora de fatos; 4)emprega só a investigação quantitativa e (na observação e no experimento); 5)expressam posição cientificista (centrada no método científico quantificado), são agnósticos ou idealistas subjetivos; e6)recusam a explicacão.

Há tês modalidades de antipositivismo:

Antipositivismo Psicológico,

Antipositivismo Sociológico e

Antipositivismo Eclético.

•Os antipositivismos psicológico e sociológico se caracterizam por:

•1) recusa do objetivitivismo;•2) têm o C como fruto da interpretação dos fatos pelos sujeitos cognocentes; •3) negam o C como reflexo ou cópia da realidade objetiva, mas uma construção subjetiva que chamam representação; •4) pretendem que só a elaboraçao teórica ou interpretação dos fatos pelo sujeito ou sujeitos cognoscente(s) lhes dá sentido;

•4) preferem a investigação qualitativa, mas alguns combinam-

na com a quantitativa;

• 5) os antipositivistas psicológicos e sociológicos expressam as

posições do humanismo idealista ou verbalista, centrados na

problemática subjetiva ou social do ser humano.

•6) nas ciencias humanas são principalmente os construtivistas e

7) na psicologia, os psicoanalistas, principalmente

os lacanianos.

O humanismo científico, eclético ou materialista tem as seguintes

características: 1) o C está baseado na unidade da

teoria e da prática, da reflexão racional com a observação dos fatos, da elaboração racional do investigador com a verificação

empírica; 2) o C é objetivo, reflexo, imagem

ou síntese da realidade objetiva que existe fora da consciência;

3) valoriza tanto a elaboração teórica quanto a verificação

empírica;

4) os materialismos e o humanismo científico se

caracterizam pela harmonia e integração do humanismo (seja

realista, materialista emergentista em Bunge ou

dialético em Marx).

O materialismo ontológico sustenta que tudo o que

existe na realidade é material.

O materialismo gnosiológico sustenta que

todo conhecimento se refere à matéria ou a

algum produto ou qualidade da matéria ou

atribuído a ela.

O “materialismo” ético sustenta que todo

comportamento dessa propriedade subjetiva

provêm de valores materiais.

O materialismo dialético. Desde Marx, a posição dialética

sobre a cognoscibilidade distingue: as totalidades de

seus segmentos particulares, as coisas de suas relações, o

fenômeno (aparência) da essência, a forma do conteúdo e relacionar a modalidade de

conhecimento com o critério de verdade empregado em sua

aferição.

O materialismo emergente (Bunge) se

fundamenta no materialismo ontológico,

mo materialismo gnosiológico, no

materialismo ético, no sistemismo e no emergentismo.

Enquanto os positivistas (empiristas, pragmatistas)

dirigem sua atenção para os objetos materiais, o

pensamento dialético se dirige para as relações entre

eles.

E mais, os positivistas só admitem que o conhecimento

provenha dos sentidos.

Denomina-se fenômeno à maneira pela qual uma coisa

se apresenta aos sentidos (sua aparência, as

informações sensoriais que comunica ao observador), enquanto a essência se

refere às sua propriedades e relações mais importantes daquela coisa (objeto ou

processo).

A fenomenologia (emprego deste conceito na

elaboração do conhecimento) deve ser

diferenciada do fenomenologismo (exagero,

superestimação ou exclusividade dos

procedimentos fenomenológicos para

conhecer).

Para os materialistas existem três critérios de

verdade: •o critério ideal (coerência

das proposições), •o critério fático

(compatibilidade com a realidade) e o

•o critério convencionado.

Problema da Origem do Conhecimento

Existem muitas propostas para explicar como os instrumentos

humanos atuam para que alguém possa conhecer alguma coisa e,

portanto, de qual seja a origem do conhecimento humano. Estas possibilidades explicativas são muito numerosas e situá-las

extensivamente neste texto foge aos objetivos de sua realização.

Sistemas para explicar a origem do conhecimento:

= o sensualismo e = o empirismo, = o racionalismo e =o intuicionismo, = o intelectualismo e = o realismo crítico e = os ecletismos.

O sensualismo é a doutrina filosófica que sustenta que todo

conhecimento humano se origina nas suas sensações e se limitam a esta fonte (o caráter

material das sensações fez com que o sensualismo fosse

impropriamente confundido com o materialismo filosófico

ainda que mecanicista).

O empirismo é a variante do sensualismo que consiste na doutrina filosófica que situa a

experiência do homem no mundo como fonte de todo seu

conhecimento.

O racionalismo situa na razão (e não na experiência ou nas

sensações) como a fonte de todo conhecimento.

Intuição é a crença na apreensão imediata e direta

da realidade, sem intermediação dos sentidos,

nem da razão. Intuicionismo é a opinião

que superestima ou exclusivisa a intuição como

fonte de conhecimento.

O intelectualismo, o racionalismo crítico e os

materialismos são ecléticos a partir das três anteriores que concebem o conhecimento

como originado na razão, na experiência e nas sensações (pois, as próprias percepções

são mais que soma de sensações, nas verdade, consistem em sínteses

inteligentes e afetivamente determinadas).

Outra coisa que chama a atenção nos clássicos, é a

omissão frequente da afetividade,

principalmente como elemento da motivação

para conhecer, na explicação do processo

cognitivo.

Definição de Filosofia Filosofia é o modo de conhecer que

se ocupa das regularidades universais. É o conhecimen-to

sistemático que objetiva a formulação, a análise e a solução

das principais questões de concepção do mundo, da sociedade

e do homem (inclusive sua subjetividade), configu-rado

harmoniosamente como uma visão teórica coesa e unitária sobre o universo e o lugar que o homem

ocupa nele.

O conhecimento filosófico abrange uma visão do

mundo (cosmologia) que inclui uma visão da

sociedade e da sociedade e do homem (sócio-antropo-

logia), inclusive do seu conhecimento

(epistemologia) e dos processos racionais (lógica).

Disciplinas Filosóficas

Cosmologia (concepção do mundo), Antropologia (teoria do

Homem e da Humanidade), Ontologia, teoria do objeto (ou

do ser, metafísica),Gnosiologia, teoria do

conhecimento,Lógica, teoria racional e

Metodologia teoria do método.E a Ética?

A ontologia estuda a origem, a essência, a causa primeira do cosmos, da vida e do pensamento (tudo o que existe). O termo refere o processo de estudar o objeto do conhecimento. O estudo ontológico de uma ciência cuida de seu objeto (sua definição e objetividade). Não é possível pensar em ciência ou qualquer atividade científica sem ter bem clara a noção de seu objeto de estudo.

a disA Metafísica materialista é a disciplina filosófica que se

incumbe de estudar as feições mais gerais (e abstratas) da

realidade material.

Os metafísicos idealistas e fenomenologistas se voltam

também para o que é imaginado por filósofos e teólogos.

A gnosiologia, teoria do C ou epistemologia, é a disciplina filosófica que estuda o C em geral, inclusive o científico, a verdade, o erro; o como se

conhece, os processos utilizados para conhecer. É

com a gnosiologia ou epistemologia que se definem

as grandes diretrizes do pensamento científico.

A metodologia ou teoria dos procedimentos operatórios para

construir o C científico e suas exigências de veracidade; inclui a metodologia filosófica quanto a científica. pode ser incluída

como da lógica na maioria das sistematizações.

(Destacada aqui por sua importância relativa para o tema central deste

trabalho - a fundamentação científica da Medicina e da Psiquiatria).

Lógica - A teoria da arquitetura lógica do pensamento, da

elaboração racional das idéias, sobretudo do manejo dos

juízos, referida simplesmente como lógica (inclusive a lógica matemática, a lógica formal, a lógica dialética) que preside a construção dos conceitos, das categorias, das proposições e

das teorias científicas.

Características da Ciência Fática

Contemporânea

1. Materialista. Todo que existe realmente, dentro ou fora do

sujeito, é material, concreto. As propriedades não existem por si, são possuídas por objetos

concretos ou conceituais. Tampouco há idéias

autônomas: todas são processos cerebrais. Ex, um

número não existe na natureza nem na sociedade; só existe por

ser pensado por alguma pessoa.

2. Sistemista. Todo que existe, seja

concreto, conceitual ou semiótico, é um

sistema ou componente de algum

sistema.

3. Emergentista. Os sistemas possuem

propriedades inexistentes em seus

componentes.

4. Dinamicista. Todo que existe realmente muda. Só os objetos

conceituais (por exemplo,

matemáticos) são imutáveis, porém o são por convenção.

5. Realista. O mundo exterior ao sujeito cognoscente existe independentemente

deste e é cognoscível, ao menos parcial gradualmente.

6. Cientificista. A melhor maneira de investigar os objetos, naturais, sociais, artificiais ou conceituais, é

adotar o método científico. E a melhor maneira de avaliar os

princípios filosóficos é exibir sua compatibilidade com a ciência e a

técnica do momento; seja seu valor heurístico na investigação

científica ou técnica, seja seu valor no desenho de políticas que

objetivem o melhoramento da qualidade da vida.

7. Racioempirista. Combina dos

constituintes válidos do racionalismo e do

empirismo. Filosofia que aspira ser clara,

coerente e hipotético-dedutiva, enquanto põe suas hipóteses á prova

dos fatos.

8. Exata. Tenta exatificar idéias

intuitivas interessantes, ou seja, convertê-las

em idéias que tenham forma lógica ou

matemática precisa e ausência de

ambiguidade.

9. Agatonista. Não há direito sem dever, nem

dever sem direito. O máximo princípio moral deberia ser

«Goza a vida e ajuda a viver». Combinação de

egoísmo com altruismo, de utilitarismo com

deontologicismo, e de cognitivismo com

emotivismo.

10. Democracia integral (biológica,

econômica, política e cultural) informada

pela moral agatonista e a sociotécnica.

Muito Obrigado Até Logo

msaluiz@gmail.com

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