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Filosof ia, Luiz Salvador de Miranda- Sá Jr. Filoso fias

Filosofia, filosofias

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Revisão dos conceitos preliminares essenciais ao estudo da Filosofia.

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Filosofia,

Luiz Salvador de Miranda-Sá Jr.

Filosofias

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Filosofia,

Luiz Salvador de Miranda-Sá Jr.

Filosofias

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São quatro os obstáculos ao conhecimento da

verdade: a frágil e indigna autoridade, o costume, a

opinião do povo indouto e a própria ignorância dissimulada por

conhecimento fictício Rogério BACON (c1212-

c1290)

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O Conhecimento pode ser definido como a

apropriaçãopelo sujeito cognoscente de

propriedades de um objeto.

Page 5: Filosofia, filosofias

Primeiro, existiu o conhecimento comum ou

espontâneo.

Depois, surgiu a filosofia e esta gerou todas as

ciências fáticas (naturais, do homem e da

sociedade) e as formais (matemática, lógica).

Page 6: Filosofia, filosofias

A Filosofia se dividiu em Filosofia da

Natureza (physis) e Metafísica.

Page 7: Filosofia, filosofias

Desde então existe profunda interação entre

a Filosofia (alicerce de todos os conhecimentos

válidos e confiáveis) e a(s) Ciência(s) (superestrutura

do conhecimento superior).

Page 8: Filosofia, filosofias

Tendências Ideológicas que

influem nas Ciências

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O Problema Fundamental da Filosofia é Ontológico e

opõe o

•IDEALISMO•e o

•MATERIALISMO====

Monismo e Dualismo

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Idealismo

“A lei da mente é implacável.•que você pensa, cria;

•o que você sente, atrai;•o que você acredita, torna

realidade.”

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O segundo, é Gnosiológico e opõe os

•REALISMO•NOMINALISMO•FENOMENISMO

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O terceiro, Metodológico, opõe os

RACIONALISTAS aosPOSITIVISTAS, estes

aosANTIPOSITIVISTAS

(sociais e psicológicos) e aos

INTEGRACIONISTAS.

Page 13: Filosofia, filosofias

Como se vê, antes de pensar em qualquer doutrina filosófica, é necessário decidir

sobre essas questões preliminares que

induzirão filosofias distintas

Page 14: Filosofia, filosofias

Muitas tendências filosóficas (visões

particulares do mundo, escolas do pensamento filosófico, ideologias) se

mostram capazes de exercer influência nos

procedimentos de aquisição e aplicação de qualquer conhecimento

científico.

Page 15: Filosofia, filosofias

Destas, algumas reduzem o conhecimento a uma de suas fontes (sensações,

raciocínios, intuição) e, por isto são denominadas reducionismos, porque

reduzem a totalidade a uma de suas partes, tais como:

Page 16: Filosofia, filosofias

Empirismo (ou empiricismo) doutrina filosófica que pretende a experiência representada pelos

sentidoscomo única fonte de conhecimentom; reduz o

conhecimento à sensibilidade. (Locke, Hume, Condilac, Stuart-Mill) e, de certa forma, inclui a Fenomenologia

(Husserl, Heidegger, Jaspers), o Positivismo (Comte) e o Neoposivismo

(Carnap, Ryle, Austin, Wittgenstein, Feigl), pois todas estas tendências

filosóficas conservam o denominador comum de natureza empiricista.

Page 17: Filosofia, filosofias

Fenomenismo - tendência filosófica que tem o conhecimento como sempre incompleto porque se

resume à aparência das coisas.Racionalismo - tendência filosófica que exclusivisa o raciocínio como fonte do conhecimento (Platão,

Spinoza, Leibnitz, Kant);Intuicionismo - pretende que o conhecimento provém só da intuição (independente da sensibilidade e da razão).

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Outras, reduzem o conhecimento a um de seus processos (descrição, redução

ao objetivo ou subjetivo), estas são:Realismo Crítico (Jolivet) que encerra

uma combinação eclética dos empirismos e dos racionalismo, evitando

todos os preconceitos; Idealismo - tendência filosófica que

sustenta a supremacia do ideal (espíritos, idéias, palavras), o dualismo idealista pretende apenas a existência

do ideal, negando todas as manifestações da matéria como ilusórias

(o idealismo monista ou solipcismo).

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Materialismo é a filosofia monista que vê na matéria (que inclui o

conceito de energia) a expressão de tudo que existe no universo. (Marx sustenta o materialismo dialético e

Bunge, o materialismo emergentista).

Os materialismos sintetizam as anteriores (razão e sensações,

raciocínio e experiência, intelecto e intuição, análise e síntese,

influências internas e externas, objetividade e subjetividade,

cognição e emoção, indução e dedução, natureza e cultura).

Page 20: Filosofia, filosofias

Em Psiquiatria destacam-se os termos

GRAFOS e LOGOS

Regis de Morais destaca que a palavra grega logos tem dois sentidos em português, pode

significar razão e inteligibilidade, que corresponde a suas duas

dimensões conceituais: a lógica e a metodológica, a explicação e o

entendimento. Regis de Morais, J.F., Ciência e

Tecnologia, Ed. Cortez & Moraes, S.Paulo, 1976, p. 44.

Page 21: Filosofia, filosofias

Que é a Filosofia?

•Amor à sabedoria.

•Amor à verdade, ao conhecimento verdadeiro.

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Definição atual da Filosofia

Disciplina científica formal que estuda os conceitos e as hipóteses mais gerais da

existência e a cognoscibilidade humana.

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Fundamentos da Filosofia?

•O Dualismo,

•O Monismo.

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Disciplinas da Filosofia?

•Ontologia (metafísica), •Gnosiologia,•Metodologia,

•Lógica e•Ética.

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O que fundamenta toda Ontologia?

• Materialismo,

• Idealismo.

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O que fundamenta toda Gnosiologia?

•O Realismo,

•O Fenomenismo.

Page 27: Filosofia, filosofias

É comum que os pouco instruídos e quem tenha

algum interesse nisso limitem o estudo e a

aplicação da Filosofia à Metodologia e à Ética.

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Outras Disciplinas Quase Filosóficas

• Cosmologia (megafísica),• Antropologia (filosófica)e• Psicologia(pré científica).

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O que é Verdade?

√ Verdade fática,

√ Verdade lógica e √ Verdade convencionada.

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O que é Certeza?

A convicção e segurança de saber a verdade, de que

uma proposição é verdadeira, enquanto não

for verificada falsa.

Page 31: Filosofia, filosofias

O que diferencia a Convicção ou

Certeza da Fé?

Page 32: Filosofia, filosofias

Exigências da VerdadeSaber que

As aparências enganam,

os interesses e as ideologias desviam.

Page 33: Filosofia, filosofias

A busca da verdade exige:

Esforço e dedicação, modéstia e

honestidade,amor pela verdade e liberdade (objetiva e

subjetiva).

Page 34: Filosofia, filosofias

O que compromete a liberdade

Superstição, ignorância, interesses,

desonestidade, neurose,

alienação e subjugação (objetiva e

subjetiva).

Page 35: Filosofia, filosofias

Mas, sobretudo, a busca da verdade exige:

Disciplina, racionalidade, rigor, métodos confiáveis e

honestidade.

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Conhecimento é a forma pela qual alguém sabe

sobre o mundo e sobre si mesmo.

A Filosofia ou conhecimento filosófico é uma modalidade de conhecimento.

Page 37: Filosofia, filosofias

Ou melhor, o conhecimento consiste

na apropriação pelo sujeito cognoscente de proprie-dades do objeto

que estiver sendo conhecido por ele.

Page 38: Filosofia, filosofias

Existem três modos de conhecer:

- o conhecimento vulgar ou senso comum,

- o conhecimento filosófico e

- o conhecimento científico.

Page 39: Filosofia, filosofias

O conhecimento comum (senso vulgar, senso comum): é mais

ou menos espontâneo, impreciso assistemático e

casual; superficial e associativo, auto-contraditório e acrítico, fragmentário e ametódico. É dirigido pelas características formais e pela aparência e

impressão superficial das coisas e se refere a objetos

específicos.

Page 40: Filosofia, filosofias

Mescla opinião e crença, dados cognitivos e afetivos; mas se

caracteriza por não ter compromisso com o rigor, a

exatidão, a comprobabilidade ou a veracidade. É

predominantemente subjetivo e mesmo quando se refere a

fatos objetivos, sofre decisiva influência da subjetividade, é acrítico, não inclui a dúvida,

nem qualquer outro critério de verdade; é heterogêneo e

contraditório consigo mesmo.

Page 41: Filosofia, filosofias

O Conhecimento Vulgar não persegue a coerência ou a

objetividade de suas informações entre si ou com o

restante do conhecimento, nem se dirige pela

confrontação com a realidade, além de que valoriza mais os elementos qualitativos que os quantitativos de seu objeto de

estudo em seu modo de conhecer.

Page 42: Filosofia, filosofias

O conhecimento científico é estruturado e adquirido

sistematicamente acerca de um objeto definido; voltado para ir

além das características da aparência, buscando os

elementos essenciais dos objetos ou fenômenos. Nas ciências, o

estabelecimento da causalidade deve fugir a toda explicação

aparente e superficial.

Page 43: Filosofia, filosofias

Cada ciência particular é uma teoria ou um sistema de teorias

a cerca de seu objeto. Estrutura-se da forma para o

conteúdo, da aparência para a essência, da simplicidade para

a complexidade e dos casos particulares para generalidades

cada vez mais amplas, num processo permanente de

retroalimen-tação cognitiva.

Page 44: Filosofia, filosofias

Características identificáveis nas ciências fáticas e em todas as suas manifestações teóricas

e práticas (Bunge)

A noção de fato se refere ao que é dado pela experiência

(conhecimento espontâneo, originado em ter sido vivido pelo indivíduo cognoscente) ou pelos sentidos (íntegradas através da

senso-percepção).

Page 45: Filosofia, filosofias

a) uma ciência fática sempre se limita aos fatos (qualquer atividade

científica se inicia no estabelecimento dos fatos e está

limitada ao estudo destes fatos como acontecimentos ou objetos reais,

ainda que possam ser objetivos ou subjetivos (mas, neste último caso,

devem ser objetiváveis), e dos fenômenos que se dão nos fatos ou

nas relações entre eles), e sua elaboração e suas conclusões não

devem ultrapassar os fatos;

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b) a atividade científica transcende os fatos só em suas conclusões - por sua natureza, o resultado da atividade científica se dirige sempre para além dos

fatos e objetos estudados, assim, cria novos fatos e se orienta para

além dos eventos que lhes acontecem, as ciências sempre buscam explicação, origem e conseqüências dos objetos e

fenômenos que estuda;

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c) toda ciência consiste em um corpo de conhecimento fundamental e

inicialmente analítico de seu objeto (conhecimento iniciado na

evidenciação e nominação, segue pela descrição e a explicação,

trajetória lógica que vai do simples ao complexo, do particular ao geral, da forma ao conteúdo, da aparência à essência - em busca de meios de

quantificar e registrar fielmente os fenômenos porque a exatidão da descrição influi mais ou menos positivamente na qualidade da

explicação);

Page 48: Filosofia, filosofias

d) todo conhecimento científico é especializado, porque se refere a

um objeto especial a um segmento da natureza, da

sociedade ou do pensamento humano (apenas no sentido de

que o conhecimento científico e a investigação da ciência se

referem a um objeto específico e sempre especificado, nunca a um

método especial ou, muito menos, a um especialista);

Page 49: Filosofia, filosofias

e) todo conhecimento científico deve ser

comunicável de forma clara e precisa, da maneira a mais

exata possível, tanto no que diz respeito aos seus

enunciados, seus problemas, quanto à solução destes

problemas e às conclusões permitidas por sua atividade;

Page 50: Filosofia, filosofias

f) para isto, a ciência necessita criar sua própria

linguagem inventando símbolos para expressar seus conceitos mais importantes e,

muitas vezes, criar uma sintaxe que lhe seja própria (mas estes símbolos devem ser simples e ter significado

exato, preciso e serem universalmente entendidos);

Page 51: Filosofia, filosofias

g) toda ciência ou conhecimento científico deve ser verificável empiricamente e criticável na

prática e em teoria (suas conclusões devem poder ser submetidas a verificação ou

comprovação mediante experimentais ou lógicas que

sejam suficientes para comprovar seu teor de verdade que, geralmente, se refere à sua

sintonia com a realidade);

Page 52: Filosofia, filosofias

h) o conhecimento científico é metódico, sistemático e geral (seus

procedimentos de investigação devem atender às exigências da

metodologia científica, ser organizados como um sistema

teóri-co consistente e devem estar voltados para descobrir o que há de geral e essencial nos diversos

níveis de com-plexidade dos fenômenos que estuda e suas

conexões com os demais);

Page 53: Filosofia, filosofias

i) a ciência é legal (concretiza-se na descoberta das leis que regem seu objeto e permitam generalizar, seja este um grande campo da natureza, do homem ou da

sociedade ou se resuma a um único objeto ou fenômeno natural, humano ou sócio-

cultural);

Page 54: Filosofia, filosofias

j) o conhecimento científico é explicativo e

preditivo (não se contenta com descrever, mas visa explicar e prever, ainda

que sua explicabilidade e previsbilidade sejam

relativas);

Page 55: Filosofia, filosofias

l) a ciência é aberta, um saber público (sem barreiras "a priori") e deve poder ser adquirido e aceito (não dependendo de iniciação ou

capacitação sistemática, ao contrário das profissões, podendo

ser estudado, conhecido, verificado e praticado por todos,

como um conhecimento público e um sistema de saber aberto que a

ciência é);

Page 56: Filosofia, filosofias

m) toda ciência é útil, porque busca a verdade e

a emprega não apenas para prever e explicar o

mundo, mas para modificá-lo, de modo a atender às necessidades humanas.

Page 57: Filosofia, filosofias

O conhecimento filosófico deve ser considerado uma forma

radical e rigo-rosamente diferente do conhecimento vulgar e do científico. Um

saber valora-tivo de construtos não sujeitos à observação ou à experimentação e abrange a totalidade universal desses,

até, as causas e conseqüências últimas. Ocupa-

se da essência e do valor de tudo que existe no mundo..

Page 58: Filosofia, filosofias

Sumo dos Critérios de Cientificidade

Objetividade e Especificidade, Exatidão.

Verificabilidade e Sistematicidade,

Fidedignidade e Validade, Reprodutibilidade.

Page 59: Filosofia, filosofias

•Os conhecimentos científico e filosófico são modalidades

particulares do conhecimento geral, existem como

aperfeiçoamentos dele.

•Seu entendimento exige o entendimento prévio do

conhecimento geral.

Page 60: Filosofia, filosofias

O conhecimento filosófico, ou ciência das generalidades,

caracteriza-se pela extensão ilimitada de seu

objeto. Generaliza e valoriza sobre tudo o que

existe. É o saber mais extenso e válido possível e

sempre destinado a ser empregado em benefício

da humanidade.

Page 61: Filosofia, filosofias

Os cinco problemas fundamentais do conhecimento

que influem em todas as suas formas, são:

1. a cognoscibilidade, 2. a gênese cognitiva, 3. a essência do conhecimento, 4. o valor da intuição e 5. a veracidade e verossimilitude ou verossemelhança do conhecimento.

Page 62: Filosofia, filosofias

Não existe uma só resposta que com aprovação unânime acerca

dos problemas sobre o conhecimento humano.

Deixando de lado as concepções supersticiosas que situam-na em

alguma divindade, é possível identificar diversas posições

naturais e contraditórias acerca do tema.

Page 63: Filosofia, filosofias

A posição eclética

A questão central parece ser: existem duas modalidades de conhecimento; uma teórica,

especulativa, racional e mediata; e outra, imediata e sensível

(decorrente das sensa-ções e percepções). Como em outras

situações análogas ou semelhantes, na resolução deste problema, a verdade parece estar

no meio e não nos extremos teóricos.

Page 64: Filosofia, filosofias

Ecletismo e Sincretismo

Ecletismo é uma síntese que se faz de conceitos, proposições ou

teorias sem prejuízo da arquitetura lógica do resultado.

Sincretismo é a mistura de idéias sem qualquer compromisso com a

lógica ou a harmonia fática do procedimento.

Page 65: Filosofia, filosofias

A cognoscibilidade

Há três respostas possíveis para o proble-ma da

cognoscibilidade: 1. os que afirmam que o mundo

pode ser conhecido (dogmáticos, materialistas e

idealistas objetivos); 2. os que afirmam que o

conhecimento é impossível (os agnósticos e os idealistas

subjetivos); e

Page 66: Filosofia, filosofias

3. os que julgam que o mundo pode ser conhecido, mas nunca

confiável e eficiente-mente (cépticos, subjetivistas,

objetivistas, os relativistas, os pragmatistas ou utilitaristas).

O dogmatismo é modalidade radical de cognoscibilismo, os

dogmáticos sustentam que todo conhecimento é evidente por si

mesmo, tal como se apresenta aos sentidos ou como atividade

racional ou intuitiva.

Page 67: Filosofia, filosofias

Também há o dogmatismo dos que crêem no conhecimento revelado, no pensamento mágico. O que não é conhecimento como foi definido

aqui.

Os idealistas subjetivos negam a possibilidade de conhecer,

pretendem que as limitações sensoriais e racionais e as peculiaridades individuais

incomunicáveis, impedem o conhecimento objetivo.

Page 68: Filosofia, filosofias

O solipsismo pode abranger todos objetos e fenômenos do mundo, ou referir-se a um grupo deles (sociais e psicológicos), há quem acredite

na realidade dos fenômenos naturais, mas negue realidade aos

conceitos e aos fenômenos e processos sociais porque estes

careceriam de objetividade;

Page 69: Filosofia, filosofias

•Subjetivismo afirma de que só a introspecção pode conduzir ao

conhecimento. A posição subjetivista limita o conhecimento ao que o sujeito sabe acerca de si

mesmo, sobretudo, de sua subjetividade. Para eles o

conhecimento se limita ao auto-conhecimento; o que conhe-ce

sobre o outro seria modelado sobre o conhecimento que tenha sobre si

mesmo.

Page 70: Filosofia, filosofias

O ceticismo (relativo ou absoluto) afirma a impossibilidade de

conhecer (o sujeito não pode apreender o objeto).

O ceticismo absoluto (solipsismo) e os ceticis-mos relativos: o lógico

nega o conhecimento metafísico; o ceticismo metódico - chegar ao

conhecimento verdadeiro afastando-se do falso; e o ceticismo sistemático recusa a possibilidade de alguém atingir algum conhe-

cimento verdadeiro e exato sobre algo;

Page 71: Filosofia, filosofias

O objetivismo sustenta a posição oposta, no que respeita ao

conhecimento da natureza; para eles, o objeto impõe ao sujeito

aquilo que ele pode conhecer; para os objetivistas o conhecimento verdadeiro deve se abster de conceitos valorativos (cede ao

subjetivismo o terreno da investigação filosófica, social e

humana, negando-lhes terreno na aquisição do conhecimento sobre a

natureza).

Page 72: Filosofia, filosofias

O relativismo. Os relativistas negam a possibilidade do conhecimento absoluto,

sustentam-no dependente da influência dos fatores do meio e de outras circunstâncias (como a ideologia e outras condições

culturais).

Page 73: Filosofia, filosofias

O pragmatismo (ou utilitarismo) supõe que o

conhecimento só deva ser tido como verdadeiro se for útil aos propósitos para os

quais estiver sendo elaborado. É a utilidade (ou

pragmaticidade) que sustenta a validade de

qualquer conhecimento.

Page 74: Filosofia, filosofias

A Metodologia filosófica está dividida em 3 grandes tendências doutrinárias:

√ os positivismos, √ os antipositivismos e √ os ecletismos

Page 75: Filosofia, filosofias

Os positivismos caracterizam-se por: 1)objetivismo; 2)negam influência à subjetividade; 3)o conhecimento é só a descrição genera-lizadora de fatos; 4)emprega só a investigação quantitativa e (na observação e no experimento); 5)expressam posição cientificista (centrada no método científico quantificado), são agnósticos ou idealistas subjetivos; e6)recusam a explicacão.

Page 76: Filosofia, filosofias

Há tês modalidades de antipositivismo:

Antipositivismo Psicológico,

Antipositivismo Sociológico e

Antipositivismo Eclético.

Page 77: Filosofia, filosofias

•Os antipositivismos psicológico e sociológico se caracterizam por:

•1) recusa do objetivitivismo;•2) têm o C como fruto da interpretação dos fatos pelos sujeitos cognocentes; •3) negam o C como reflexo ou cópia da realidade objetiva, mas uma construção subjetiva que chamam representação; •4) pretendem que só a elaboraçao teórica ou interpretação dos fatos pelo sujeito ou sujeitos cognoscente(s) lhes dá sentido;

Page 78: Filosofia, filosofias

•4) preferem a investigação qualitativa, mas alguns combinam-

na com a quantitativa;

• 5) os antipositivistas psicológicos e sociológicos expressam as

posições do humanismo idealista ou verbalista, centrados na

problemática subjetiva ou social do ser humano.

Page 79: Filosofia, filosofias

•6) nas ciencias humanas são principalmente os construtivistas e

7) na psicologia, os psicoanalistas, principalmente

os lacanianos.

Page 80: Filosofia, filosofias

O humanismo científico, eclético ou materialista tem as seguintes

características: 1) o C está baseado na unidade da

teoria e da prática, da reflexão racional com a observação dos fatos, da elaboração racional do investigador com a verificação

empírica; 2) o C é objetivo, reflexo, imagem

ou síntese da realidade objetiva que existe fora da consciência;

3) valoriza tanto a elaboração teórica quanto a verificação

empírica;

Page 81: Filosofia, filosofias

4) os materialismos e o humanismo científico se

caracterizam pela harmonia e integração do humanismo (seja

realista, materialista emergentista em Bunge ou

dialético em Marx).

Page 82: Filosofia, filosofias

O materialismo ontológico sustenta que tudo o que

existe na realidade é material.

Page 83: Filosofia, filosofias

O materialismo gnosiológico sustenta que

todo conhecimento se refere à matéria ou a

algum produto ou qualidade da matéria ou

atribuído a ela.

Page 84: Filosofia, filosofias

O “materialismo” ético sustenta que todo

comportamento dessa propriedade subjetiva

provêm de valores materiais.

Page 85: Filosofia, filosofias

O materialismo dialético. Desde Marx, a posição dialética

sobre a cognoscibilidade distingue: as totalidades de

seus segmentos particulares, as coisas de suas relações, o

fenômeno (aparência) da essência, a forma do conteúdo e relacionar a modalidade de

conhecimento com o critério de verdade empregado em sua

aferição.

Page 86: Filosofia, filosofias

O materialismo emergente (Bunge) se

fundamenta no materialismo ontológico,

mo materialismo gnosiológico, no

materialismo ético, no sistemismo e no emergentismo.

Page 87: Filosofia, filosofias

Enquanto os positivistas (empiristas, pragmatistas)

dirigem sua atenção para os objetos materiais, o

pensamento dialético se dirige para as relações entre

eles.

E mais, os positivistas só admitem que o conhecimento

provenha dos sentidos.

Page 88: Filosofia, filosofias

Denomina-se fenômeno à maneira pela qual uma coisa

se apresenta aos sentidos (sua aparência, as

informações sensoriais que comunica ao observador), enquanto a essência se

refere às sua propriedades e relações mais importantes daquela coisa (objeto ou

processo).

Page 89: Filosofia, filosofias

A fenomenologia (emprego deste conceito na

elaboração do conhecimento) deve ser

diferenciada do fenomenologismo (exagero,

superestimação ou exclusividade dos

procedimentos fenomenológicos para

conhecer).

Page 90: Filosofia, filosofias

Para os materialistas existem três critérios de

verdade: •o critério ideal (coerência

das proposições), •o critério fático

(compatibilidade com a realidade) e o

•o critério convencionado.

Page 91: Filosofia, filosofias

Problema da Origem do Conhecimento

Existem muitas propostas para explicar como os instrumentos

humanos atuam para que alguém possa conhecer alguma coisa e,

portanto, de qual seja a origem do conhecimento humano. Estas possibilidades explicativas são muito numerosas e situá-las

extensivamente neste texto foge aos objetivos de sua realização.

Page 92: Filosofia, filosofias

Sistemas para explicar a origem do conhecimento:

= o sensualismo e = o empirismo, = o racionalismo e =o intuicionismo, = o intelectualismo e = o realismo crítico e = os ecletismos.

Page 93: Filosofia, filosofias

O sensualismo é a doutrina filosófica que sustenta que todo

conhecimento humano se origina nas suas sensações e se limitam a esta fonte (o caráter

material das sensações fez com que o sensualismo fosse

impropriamente confundido com o materialismo filosófico

ainda que mecanicista).

Page 94: Filosofia, filosofias

O empirismo é a variante do sensualismo que consiste na doutrina filosófica que situa a

experiência do homem no mundo como fonte de todo seu

conhecimento.

O racionalismo situa na razão (e não na experiência ou nas

sensações) como a fonte de todo conhecimento.

Page 95: Filosofia, filosofias

Intuição é a crença na apreensão imediata e direta

da realidade, sem intermediação dos sentidos,

nem da razão. Intuicionismo é a opinião

que superestima ou exclusivisa a intuição como

fonte de conhecimento.

Page 96: Filosofia, filosofias

O intelectualismo, o racionalismo crítico e os

materialismos são ecléticos a partir das três anteriores que concebem o conhecimento

como originado na razão, na experiência e nas sensações (pois, as próprias percepções

são mais que soma de sensações, nas verdade, consistem em sínteses

inteligentes e afetivamente determinadas).

Page 97: Filosofia, filosofias

Outra coisa que chama a atenção nos clássicos, é a

omissão frequente da afetividade,

principalmente como elemento da motivação

para conhecer, na explicação do processo

cognitivo.

Page 98: Filosofia, filosofias

Definição de Filosofia Filosofia é o modo de conhecer que

se ocupa das regularidades universais. É o conhecimen-to

sistemático que objetiva a formulação, a análise e a solução

das principais questões de concepção do mundo, da sociedade

e do homem (inclusive sua subjetividade), configu-rado

harmoniosamente como uma visão teórica coesa e unitária sobre o universo e o lugar que o homem

ocupa nele.

Page 99: Filosofia, filosofias

O conhecimento filosófico abrange uma visão do

mundo (cosmologia) que inclui uma visão da

sociedade e da sociedade e do homem (sócio-antropo-

logia), inclusive do seu conhecimento

(epistemologia) e dos processos racionais (lógica).

Page 100: Filosofia, filosofias

Disciplinas Filosóficas

Cosmologia (concepção do mundo), Antropologia (teoria do

Homem e da Humanidade), Ontologia, teoria do objeto (ou

do ser, metafísica),Gnosiologia, teoria do

conhecimento,Lógica, teoria racional e

Metodologia teoria do método.E a Ética?

Page 101: Filosofia, filosofias

A ontologia estuda a origem, a essência, a causa primeira do cosmos, da vida e do pensamento (tudo o que existe). O termo refere o processo de estudar o objeto do conhecimento. O estudo ontológico de uma ciência cuida de seu objeto (sua definição e objetividade). Não é possível pensar em ciência ou qualquer atividade científica sem ter bem clara a noção de seu objeto de estudo.

Page 102: Filosofia, filosofias

a disA Metafísica materialista é a disciplina filosófica que se

incumbe de estudar as feições mais gerais (e abstratas) da

realidade material.

Os metafísicos idealistas e fenomenologistas se voltam

também para o que é imaginado por filósofos e teólogos.

Page 103: Filosofia, filosofias

A gnosiologia, teoria do C ou epistemologia, é a disciplina filosófica que estuda o C em geral, inclusive o científico, a verdade, o erro; o como se

conhece, os processos utilizados para conhecer. É

com a gnosiologia ou epistemologia que se definem

as grandes diretrizes do pensamento científico.

Page 104: Filosofia, filosofias

A metodologia ou teoria dos procedimentos operatórios para

construir o C científico e suas exigências de veracidade; inclui a metodologia filosófica quanto a científica. pode ser incluída

como da lógica na maioria das sistematizações.

(Destacada aqui por sua importância relativa para o tema central deste

trabalho - a fundamentação científica da Medicina e da Psiquiatria).

Page 105: Filosofia, filosofias

Lógica - A teoria da arquitetura lógica do pensamento, da

elaboração racional das idéias, sobretudo do manejo dos

juízos, referida simplesmente como lógica (inclusive a lógica matemática, a lógica formal, a lógica dialética) que preside a construção dos conceitos, das categorias, das proposições e

das teorias científicas.

Page 106: Filosofia, filosofias

Características da Ciência Fática

Contemporânea

Page 107: Filosofia, filosofias

1. Materialista. Todo que existe realmente, dentro ou fora do

sujeito, é material, concreto. As propriedades não existem por si, são possuídas por objetos

concretos ou conceituais. Tampouco há idéias

autônomas: todas são processos cerebrais. Ex, um

número não existe na natureza nem na sociedade; só existe por

ser pensado por alguma pessoa.

Page 108: Filosofia, filosofias

2. Sistemista. Todo que existe, seja

concreto, conceitual ou semiótico, é um

sistema ou componente de algum

sistema.

Page 109: Filosofia, filosofias

3. Emergentista. Os sistemas possuem

propriedades inexistentes em seus

componentes.

Page 110: Filosofia, filosofias

4. Dinamicista. Todo que existe realmente muda. Só os objetos

conceituais (por exemplo,

matemáticos) são imutáveis, porém o são por convenção.

Page 111: Filosofia, filosofias

5. Realista. O mundo exterior ao sujeito cognoscente existe independentemente

deste e é cognoscível, ao menos parcial gradualmente.

Page 112: Filosofia, filosofias

6. Cientificista. A melhor maneira de investigar os objetos, naturais, sociais, artificiais ou conceituais, é

adotar o método científico. E a melhor maneira de avaliar os

princípios filosóficos é exibir sua compatibilidade com a ciência e a

técnica do momento; seja seu valor heurístico na investigação

científica ou técnica, seja seu valor no desenho de políticas que

objetivem o melhoramento da qualidade da vida.

Page 113: Filosofia, filosofias

7. Racioempirista. Combina dos

constituintes válidos do racionalismo e do

empirismo. Filosofia que aspira ser clara,

coerente e hipotético-dedutiva, enquanto põe suas hipóteses á prova

dos fatos.

Page 114: Filosofia, filosofias

8. Exata. Tenta exatificar idéias

intuitivas interessantes, ou seja, convertê-las

em idéias que tenham forma lógica ou

matemática precisa e ausência de

ambiguidade.

Page 115: Filosofia, filosofias

9. Agatonista. Não há direito sem dever, nem

dever sem direito. O máximo princípio moral deberia ser

«Goza a vida e ajuda a viver». Combinação de

egoísmo com altruismo, de utilitarismo com

deontologicismo, e de cognitivismo com

emotivismo.

Page 116: Filosofia, filosofias

10. Democracia integral (biológica,

econômica, política e cultural) informada

pela moral agatonista e a sociotécnica.

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