View
214
Download
0
Category
Preview:
DESCRIPTION
Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 22 de maio de 2015.
Citation preview
EDIÇÃO 23 – 04 DE SETEMBRO DE 2015
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
02.09.2015
Para reduzir mortes de animais nas rodovias, Câmara
analisa construção de ecodutos
Ecoduto é apontado como solução para reduzir mortes de animais nas
estradas
A Câmara dos Deputados avalia projeto de lei que obriga concessionárias e
estados a instalarem ecodutos na malha viária de todo o país. As estruturas são
pontes ou túneis parecidos com passarelas de pedestres, mas são construídas
com vegetação e terra para imitar o ambiente da região e garantir segurança para
os animais.
Os ecodutos deverão ser exigidos nas obras de construções ou ampliações de
rodovias e incluídos em Estudos de Viabilidade Técnica e Estudos de Impacto
Ambiental. A instalação pode ser subterrânea ou aérea, a depender das
características da fauna e condições do relevo de cada região.
Se aprovado o projeto, as rodovias deverão contar com a estrutura em três anos.
“Tem sido noticiado, com certa freqüência, a morte por atropelamento de
diversos animais nas rodovias visto que elas, muitas vezes, acabam interceptando
fisicamente um corredor ecológico natural. Imprescindível, portanto, que se
analisem as barreiras físicas existentes em áreas de trânsito da fauna, de forma a
se prever a construção de estruturas que propiciem a segurança na travessia da
fauna.”, consta na justificativa.
Prevenção
Especialistas da fauna brasileira e de outros setores tomaram a iniciativa de
buscar preservar as vidas de animais silvestres que muitas vezes são vítimas de
acidentes nas estradas brasileiras. Os trabalhos no combate aos atropelamentos
são realizados no Mato Grosso do Sul e devem ser ampliados para todo o país.
O Rede Estrada Viva, como é chamado o projeto, reúne dados sobre a fauna, os
índices de mortalidade dos animais nas rodovias e busca sensibilizar o público,
além de atuar na formatação de estratégias com a finalidade de reduzir os
atropelamentos.
Os números preocupam. Pesquisa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de
Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras, calcula que 450 milhões de
animais silvestres sejam atropelados todos os anos no Brasil. Além dos prejuízos
incalculáveis, os mais importantes e impactantes são as perdas de vidas de
animais e humanas, já que quando bichos de médio e grande parte estão
envolvidos em choque com veículos, geralmente o acidente é muito grave. Outra
consequência deste índice alarmante é a perda da biodiversidade no país.
Para se ter ideia da dimensão deste problema, de 2013 a 2014, mais de 1,1 mil
carcaças de 25 espécies de animais silvestres foram encontradas em três trechos
de pouco mais de 1 mil quilômetros de rodovias do Mato Grosso do Sul.
Entre os animais que mais morrem nas estradas daquele estado estão cachorro do
mato, tatu peba, tamanduá bandeira, tamanduá mirim e capivara. “O problema é
de fato muito grave e acontece por uma série de razões, entre elas, a negligência
do motorista, que muitas vezes ultrapassa a velocidade permitida”, afirma
Patrícia Medici, coordenadora da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta
Brasileira (IPÊ).
Algumas ações já contribuíram para a preservação da fauna. Em 2006, no Pontal
do Paranapanema no Estado de São Paulo, num trecho que corta o Parque Estadual
Morro do Diabo, foram instaladas placas educativas e radares a fim de reduzir os
atropelamentos de fauna. A iniciativa foi suficiente para reduzir a mortalidade de
antas de uma média de seis por ano para uma a cada três anos.
31.08.2015
Uso diurno do farol baixo deve se tornar obrigatório em
rodovias
Atualmente, acionamento das luzes só é previsto em túneis e à noite
Um projeto de lei que tramita pela
Câmara dos Deputados deve alterar o
Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Na última sexta-feira (28), a Comissão
de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJC) aprovou o relatório
que referente ao PL 5070/13 que
torna obrigatória a utilização de farol
baixo em rodovias também durante o
dia.
Proposto pelo deputado Rubens Bueno, o projeto altera os artigos 40 e 250 do
CTB, inserindo as rodovias no contexto. Pela lei atual, o uso do farol baixo é
obrigatório durante a noite e nos túneis providos de iluminação pública.
A justificativa utilizada pelo autor é de que muitos acidentes registrados em
rodovias têm como causa a pouca visibilidade por parte dos motoristas, já que
“os designs modernos dos veículos e as novas cores utilizadas veem contribuindo
para ofuscá-los no meio ambiente mesmo durante o dia”.
Vale mencionar que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) já sugere há 17
anos que os motoristas trafeguem pelas rodovias com faróis baixos mesmo
durante o dia. A recomendação, porém, não é acatada com grande frequência.
Agora, o projeto de lei deve ser enviado ao Senado, onde será revisado. Caso seja
aprovado, entra em vigor de imediato e fará com que os motoristas que
descumprirem a norma recebam quatro pontos (infração média) na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH) e arquem com multa de R$ 85.
01.09.2015
O descompasso tarifário das concessões brasileiras
O elevado custo das tarifas dos serviços públicos concedidos tornou-se tema
recorrente no Brasil. Contudo, pouco se discute sobre como tais tarifas são
definidas e como a forma de definí-las pode influir na eficiência dos serviços
prestados.
Um ponto nevrálgico desta discussão gravita ao redor da Taxa Interna de Retorno
(TIR). No setor da infraestrutura, a TIR funciona como importante referência para
a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro das concessões e, também,
como instrumento para que os serviços a serem concedidos sejam potencialmente
rentáveis e, por isso, atrativos a possíveis investidores.
Todavia, em diversos casos, os concessionários têm os seus índices de
rentabilidade - através da TIR - atrelados às condições macroeconômicas
existentes à época da licitação dos serviços concedidos, independentemente das
variações ocorridas no país durante a execução dos contratos de concessão, que,
não raro, estendem-se por mais de duas décadas.
Confunde-se, neste ponto, a regra da inalterabilidade da equação econômico-
financeira do contrato com uma falaciosa impossibilidade de alteração da TIR - o
que, paradoxalmente, acaba por desequilibrar a aludida equação.
Seria o mesmo se, atualmente, os bancos garantissem, aos investimentos feitos na
década de 90, quando a Selic chegou a superar os 45%, rentabilidades atreladas às
taxas de juros que eram praticadas à época.
A raiz do problema é um equívoco conceitual, consistente na indevida
transmutação da TIR em garantia absoluta de rentabilidade ao investidor, pois se
o contrato não gera a rentabilidade prevista inicialmente, acaba revisto,
normalmente com o aumento das tarifas cobradas dos usuários.
Este imbróglio gera duas distorções imediatas. A primeira é o incentivo à
ineficiência, pois através da TIR, a administração estabiliza a rentabilidade do
concessionário, sem considerar a sua eficiência na prestação dos serviços. Assim,
diminuem-se os incentivos para a redução dos custos, pois a despeito de quais
sejam estes o Poder Público, além de cobrir-lhes, ainda garante uma margem
mínima de lucro ao concessionário.
A segunda consequência é óbvia e já foi apontada pela Secretaria de Fiscalização
de Desestatização e Regulação do Tribunal de Contas da União. Em contratos de
longo prazo, como é o caso da generalidade dos contratos de concessão, a
existência de uma TIR fixa pode onerar desproporcionalmente o usuário, gerando
lucros extraordinários para o concessionário ou vice-versa.
Esta hipótese, infelizmente, se materializou no último decênio, porquanto a
lucratividade dos concessionários - atrelada à TIR inicial - permaneceu intocada,
gerando lucros muito maiores do que qualquer investimento com riscos
comparáveis disponível no mercado. Lucros estes que, além de custeados às
expensas dos usuários, foram frutos não da eficiência do concessionário, mas da
mera melhora do quadro econômico brasileiro.
A análise de casos concretos evidencia a magnitude do ônus indevido suportado
pelos usuários de concessões licitadas durante a década de 90. Por exemplo, nas
rodovias concedidas no Rio de Janeiro, ao fim do século passado, a TIR é de
17,58% na Dutra, 17,99% na Rio-Teresópolis e 19,85% na Via Lagos. Em alguns
outros contratos do mesmo período tal taxa chegou a ser fixada em 24%. Por
outro lado, a TIR máxima aprovada pelo TCU referente às concessões rodoviárias
realizadas em 2013 - todas com diversos investidores interessados - foi de 7,2%.
Um exemplo concreto bem ilustra o ponto. Em junho de 2015, com a celebração
de novo contrato de concessão, o pedágio da Ponte Rio-Niterói passou de R$ 5,20
para R$ 3,70 - uma redução de cerca de 30%. Tal diferença pode ser atribuída,
dentre outros fatores, à equivocada petrificação da TIR então vigente (16,62%),
instituída em 1995, quando da última licitação, e até então jamais alterada.
Por outro lado, uma TIR estática pode também, a depender da dinâmica
econômica, gerar graves prejuízos aos investidores privados. Por exemplo, as
concessões licitadas até 2013, que adotaram taxas de retorno de cerca de 7%, se
não corrigidas em breve, mostrar-se-ão igualmente descompassadas com a cena
econômica hoje delineada, desta vez, em prejuízo dos concessionários.
Prova disto é que, devido as consideráveis oscilações econômicas em curso, o
Ministério da Fazenda elevou, no mês passado, para 8,5% e 9,2% as Taxas Internas
de Retorno referente às novas concessões de aeroportos e rodovias federais,
respectivamente.
A distorção, portanto, em todos os casos, não está na TIR estabelecida no
momento da licitação, mas na sua incólume manutenção durante todo o período
de execução do contrato de concessão.
O atual modelo tem feições lotéricas, trata-se de um jogo de azar que ora pode
conduzir o concessionário a lucros excessivos e desarrazoados, ora pode implicar
prejuízos incalculáveis e injustos. Na perspectiva do usuário, igualmente, o
modelo atual tanto pode, como ocorreu nos últimos anos, acarretar superlativos
ônus indevidos, como pode levar a tarifas que, de tão baixas, inviabilizem a boa
prestação de serviços.
Uma engenharia tarifária livre de distorções, calcada numa Taxa Interna de
Retorno flutuante - atualizada periodicamente em consonância com as variações
macroeconômicas experimentadas pelo país - certamente é um aperfeiçoamento
urgente a esse modelo, que tantos benefícios já gerou aos usuários e ao Brasil. Só
assim será possível conciliar as necessidades de (i) atrair investimentos privados,
(ii) promover amplo acesso aos serviços públicos concedidos e (iii) avançar em
termos infraestruturais, sem se dilatar, ainda mais neste cenário de grave crise
econômica e arrecadatória, os já astronômicos gastos públicos.
João Paulo da Silveira Ribeiro é advogado e membro da Comissão de Direito
Administrativo da OAB/RJ.
João Pedro Accioly Teixeira é acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.
31.08.2015
DNIT inicia regularização das “faixas de domínio” das
rodovias federais
Um dos principais passivos das estradas brasileiras acaba de entrar para a agenda
de resolução de conflitos do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT). A regularização das faixas de domínio das rodovias e
ferrovias do país começa a ser executada ainda este mês, e terá como piloto a BR-
070 (DF/GO/MT).
Com o lançamento do Programa Federal de Faixas de Domínio, o ProFaixa, o DNIT
formaliza o início da titulação das faixas de domínio – que são as áreas dos
perímetros urbano e rural que compreendem a pista das estradas até 40m de cada
lado, incluindo os canteiros, pontes, viadutos, túneis e acostamentos.
O ProFaixa vai formalizar a propriedade da rodovia e respectivas margens,
identificando os terrenos e seus antigos donos, delimitando seus contornos e
transferindo-os em definitivo para a União. Em outras palavras, as rodovias que já
existem de fato agora também vão passar a ter dono de direito, com papel
passado no cartório.
“Precisamos padronizar um modelo de regularização que sirva para todas as
unidades federadas. Temos que incluir neste processo as rodovias rurais e os
trechos urbanos e ferroviários”, alertou o diretor de Planejamento e Pesquisa do
DNIT, Adailton Cardoso Dias.
As etapas de regularização patrimonial consistem no levantamento documental
de matrículas e registros dos imóveis lindeiros; na definição de limites físicos das
áreas; e na criação de uma metodologia de monitoramento posterior à titulação.
O lançamento do ProFaixa acontece na Superintendência do DNIT em Goiânia, dia
31 de agosto, às 14h30. O DNIT tem prazo de 20 anos para executar o programa.
01.09.2015
Mailson: 'Sinto que o pessimismo ficou excessivo em
relação à crise econômica'
Para o ex-ministro, o governo já adotou algumas medidas em direção à
retomada da confiança.
O ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega afirmou nesta terça-feira, 1, que
tem percebido um pessimismo excessivo em relação à crise econômica do Brasil.
"Eu ando por aí e vejo as pessoas achando que a economia vai afundar, e isso não
é verdade. A economia vai piorar antes de melhorar, mas não vai entrar em
colapso. Não vamos virar a Argentina nem a Venezuela", disse.
Para o ex-ministro, o governo já adotou algumas medidas em direção à retomada
da confiança, como interromper as intervenções
nos preços da Petrobras. "O setor privado reage a
incentivos, e já começou a reagir. Hoje
osjornais deram que já há uma intensificação do
processo de substituição de importações, como
consequência da depreciação do câmbio",
afirmou.
Além disso, aponta Mailson, as previsões indicam
que a inflação vai "despencar" no próximo ano, movimento que, segundo ele,
"seria a maior queda da inflação desde o Plano Real". "Isso interrompe o processo
de corrosão inflacionária dos salários", explicou. Na avaliação do ex-ministro,
também há uma acumulação dos estoques que, com o tempo, será alinhada com a
demanda dos consumidores.
Apesar da crítica ao excesso de pessimismo, Mailson considera que a perda do
grau de investimento das agências de classificação de risco "é praticamente
certa". "Há um mês eu não achava isso, mas hoje eu acho", disse.
Em relação à presidente Dilma Rousseff, Mailson insistiu que o impeachment não
é a solução e que ele não trabalha com essa possibilidade em seu cenário. Para
ele, Dilma tem 80% de chance de continuar no cargo até o fim do mandato. Ainda
assim, não poupou críticas à gestão da presidente. "Ela será uma presidente com
terceiro pior desempenho econômico e a segunda gestão a ter dois anos seguidos
de recessão (considerando 2015 e 2016)", afirmou.
Sobre o orçamento enviado pelo governo ao Congresso, Mailson disse que a
presidente peca em esperar dos parlamentares uma solução para os problemas
fiscais do País. "O Congresso sempre foi irresponsável com o orçamento. A
solução depende de iniciativa do Poder Executivo, a partir da sua articulação com
lideranças do Congresso", disse.
31.08.2015
Ministro dos Transportes manda ANTT informar aumento
de pedágio com antecedência
Saiu publicado no Diário Oficial de hoje Portaria do Ministério dos Transportes
que na prática determina que a ANTT informe com 10 dias de antecedência
qualquer aumento de pedágio que será praticado. A medida visa evitar situações
constrangedoras como ocorreu na sexta-feira dia 21, quando a ANTT publicou o
aumento de pedágio no trecho Rio-Juiz de Fora, com quase 25% de majoração,
aproximadamente 6 horas depois de já estar em vigor como determinava
Resolução da própria Agência. Periodicamente o Estradas.com.br tem reclamado
desta política da ANTT de autorizar aumentos as vésperas da entrada em vigor,
prejudicando os usuários. Alguns usuários interpretam como tentativa da ANTT
de evitar discussões, apresentando o fato consumado. A prática se revela ainda
mais duvidosa na medida em que os aumentos estão muito acima do previsto em
contrato. A justificativa tem sido que estão compensando os prejuízos causados
pela isenção de cobrança de pedágio de eixo suspenso de caminhão vazio. A
ANTT não apresenta nenhum cálculo ou estudo que justifique a diferença, parece
apenas aceitar como bons os dados informados pelas concessionárias de
rodovias. Como são cálculos complexos, não há justificava alguma para publicar o
aumento no dia que entrou em vigor. Veja a Portaria publicada hoje.
GABINETE DO MINISTRO DOS TRANSPORTES
PORTARIA Nº 228, DE 28 DE AGOSTO DE 2015
O MINISTRO DE ESTADO DOS TRANSPORTES, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 87, inciso II, da Constituição Federal
Considerando o disposto no item c do parágrafo único do artigo 26, do Decreto-
Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, que define medidas para o exercício da
supervisão ministerial; e considerando a necessidade de conhecimento prévio dos
reajustes e revisões tarifárias realizadas pela Agência Nacional de
Transportes Terrestres – ANTT, que influem diretamente nas políticas públicas
conduzidas por este Ministério, com vistas a harmonizar as políticas e
programações do Governo com o setor de atuação da entidade; resolve:
Art. 1º A Secretaria de Fomento para Ações de Transportes deste Ministério,
deverá comunicar ao Ministro de Estado dos Transportes os reajustes e revisões
tarifárias dos serviços públicos previstos no inciso VII do art. 24, da Lei nº
10.233, de 05 de junho de 2001, aprovados pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres – ANTT, com 10 (dez) dias de antecedência às publicações no Diário
Oficial da União.
31.08.2015
Testes de uso de drogas nas fiscalizações de trânsito
poderão entrar em vigor em menos de um ano
Testes que ainda estão sendo estudados detectam dezenas de drogas
pela saliva, como cocaína, maconha e opiáceos
Como já ocorre com o bafômetro para o consumo de álcool, o Brasil
deve passar a fazer testes de uso de drogas durante as fiscalizações
de trânsito em menos de um ano.
Quem afirma é o assessor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito),
Daniel Cândido, em audiência pública realizada na Comissão de Viação e
Transportes da Câmara dos Deputados, no dia 25/8. Cândido também disse na
ocasião que a análise de produtos com essa finalidade começou há poucas
semanas.
Por meio dos testes que estão prestes a serem implementados, são capazes de
detectar dezenas de drogas pela saliva, como cocaína, maconha e opiáceos.
Estima-se que em aproximadamente seis meses a avaliação do equipamento será
concluída nas câmaras temáticas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), do
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Pode, então, surgir uma minuta de resolução do Contran para regularizar o uso,
como ocorreu com o bafômetro”, afirmou.
De acordo com o presidente da ABC (Associação Brasileira de Criminalística),
Bruno Telles, em 2013, a incidência de drogas ilícitas em acidentes aumentou um
ponto percentual e chegou a 13%. Cada morte em rodovia, segundo o dirigente,
pode chegar a custar R$ 200 mil somente em atendimento médico e hospitalar, o
que onera muito os cofres públicos.
02.09.2015
Secretaria cria departamento exclusivo para transporte de
cargas
Divisão ficará responsável por planejamentos pertinentes ao setor, tais como a
definição vias adequadas e de horários para a circulação de veículos de
abastecimento na cidade
O transporte de cargas ganhou na manhã desta segunda-feira (31) um
departamento exclusivo dentro da Secretaria Municipal de Transportes (SMT). O
prefeito Fernando Haddad e o secretário responsável pela pasta, Jilmar Tatto,
assinaram o decreto que cria a Divisão de Transportes de Cargas do
Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV).
“Sei da importância do setor para
a riqueza da cidade de São Paulo.
Nós temos que considerar a carga
como um subtipo de transporte
coletivo porque estamos tratando
da coletividade, estamos cuidando
do abastecimento de 12 milhões
de pessoas. Se esse abastecimento
não ocorrer da melhor maneira
possível, toda a cidade é
impactada”, afirmou Haddad.
A medida atende a uma antiga reivindicação do setor, que antes deveria se
reportar ao Departamento de Transportes Públicos (DTP). A nova divisão tratará
das demandas específicas do segmento, tais como cargas especiais, produtos
perigosos e autorizações.
“Uma das funções desse departamento é estudar uma melhor circulação desses
veículos na cidade, o que passa pela discussão dos horários de circulação e pela
ampliação ou não dos VUCs (veículos urbanos de carga) – veículos de
abastecimento muito presentes, principalmente no centro expandido”, disse
Jilmar Tatto.
O secretário também acrescentou que caberá à divisão uma otimização da
fiscalização de tais veículos. “Vamos aprimorar do ponto de vista da fiscalização
para evitarmos, por exemplo, cargas perigosas trafegando pelas vias da cidade
sem aviso e monitoramento adequado”, afirmou.
Na prática, a Divisão de Transportes de Cargas terá como atribuições o
planejamento e a proposição de ações para a melhoria do tráfego de caminhões e
da logística de abastecimento em parceria com a Companhia de Engenharia de
Trânsito (CET). Caberá a ela mapear, regulamentar e adequar todas as atividades
de trânsito e transporte de carga, estipulando não somente os melhores horários,
mas também as vias mais apropriadas.
Entrega noturna
Também estará sob responsabilidade do departamento recém-criado a entrega
noturna de cargas, cujo projeto-piloto aconteceu entre outubro de 2014 e março
de 2015, em um perímetro da região oeste formado pelas marginais Tietê e
Pinheiros, as pontes da Freguesia do Ó e da Casa Verde e as vias Marquês de São
Vicente, Pompéia, Heitor Penteado, Dr. Arnaldo e Pacaembu.
O sistema de entregas aplicado nessa região foi desenvolvido por um grupo
técnico criado em 2013, em diálogo com todos os atores do segmento, em
especial os transportadores e grandes redes de comércio. A implantação foi
realizada em parceria com 15 empresas, entre lojas de rua, shopping centers e
home centers. As entregas eram realizadas das 21h às 5h.
“Essa administração está vendo a carga da maneira como ela deve ser vista. Não
dá para conviver em uma cidade como São Paulo sem o abastecimento. Nós vamos
deixar de concorrer com os demais veículos e com os coletivos durante o dia na
cidade de São Paulo. Vamos utilizar o sistema viário no momento em que ele está
subutilizado”, afirmou Manoel Sousa Lima Júnior, presidente do Sindicato das
Empresas de Transporte de São Paulo (Setcesp). O projeto-piloto deverá ser
ampliado nos próximos meses.
Durante a cerimônia de assinatura do decreto, o secretário Jilmar Tatto lembrou
ainda que a Prefeitura realiza uma pesquisa inédita sobre circulação de cargas na
cidade. O estudo Origem e Destino de Cargas está levantando dados junto a
empresas de serviços, indústria, comércio, construção e coleta de resíduos.
Segundo Tatto, mais de mil questionários foram distribuídos e cerca de 400 deles
já foram respondidos. O projeto está vinculado à política pública de
reorganização do espaço viário e de melhoria da mobilidade urbana.
02.09.2015
Governo retira exigência em leilões de rodovias
Para atrair mais empreiteiras
pequenas e médias, o governo
resolveu fazer novas
mudanças nos próximos
leilões de rodovias federais. A
partir de agora, não haverá
mais nenhuma exigência de
patrimônio líquido mínimo
para quem quiser entrar nas
disputas. O objetivo é remover
entraves para a participação
de grupos menores nos
leilões, bem como de
empresas estrangeiras, conforme explicou ao Valor a secretária-executiva do
Ministério dos Transportes, Natália Marcassa.
Na última rodada de concessões de estradas, a Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) definiu um valor mínimo de patrimônio líquido para habilitar
empresas interessadas nos leilões. Esse montante ficava entre R$ 400 milhões e
R$ 870 milhões, dependendo dos investimentos no trecho oferecido à iniciativa
privada. A mesma exigência estava na minuta de edital da Rodovia do Frango, um
corredor logístico de 460 quilômetros no Paraná e em Santa Catarina, que foi
discutida com investidores em audiência pública e estabelecia um valor de R$ 430
milhões.
Na nova versão do edital, que foi enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU)
na segunda-feira, o governo abriu mão da cláusula de patrimônio líquido. A
decisão valerá para os 14 outros lotes de rodovias que o governo quer leiloar até
o fim de 2016. De acordo com Natália, essa mudança não foi motivada pela
Operação Lava-Jato, mas reflete um estímulo à maior concorrência nos leilões.
À exceção da BR-050, assumida por um "pool" de dez construtoras de pequeno ou
médio porte, todas as concessões de rodovias feitas entre 2013 e 2014 foram
arrematadas pelos grandes grupos nacionais - boa parte controlados por
empresas envolvidas na Lava-Jato. O patrimônio líquido era visto como uma
barreira à diversificação dos concorrentes. Empreiteiras menores teriam
dificuldades em atingir os valores mínimos exigidos pelo governo. Enquanto isso,
Natália Marcassa: objetivo é remover entraves para estimular concorrência
as estrangeiras costumam ter um nível de endividamento mais alto e patrimônio
menor nos balanços.
"Com essa tacada, o governo toma uma boa iniciativa", diz o presidente da
comissão de obras públicas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC), Carlos Eduardo Lima Jorge. Ele considera que, para o sucesso da segunda
etapa do programa de concessões, não se pode manter a dependência das
gigantes do setor. "Há claramente uma necessidade de abrir espaço para os
grupos médios", enfatiza Lima Jorge.
O executivo afirma que já esperava uma redução da exigência de patrimônio
líquido, mas não o fim da cláusula. "Isso ajuda as empresas menores daqui e
facilita a entrada de companhias de fora", acrescenta. Segundo ele, é nítido o
interesse das construtoras pequenas e médias nos leilões de rodovias, inclusive
como forma de gerar novas fontes de receitas. "Quem depende de recursos do
OGU [Orçamento Geral da União] ficou a ver navios."
Lima Jorge expõe, no entanto, uma preocupação: não escancarar as portas para
construtoras estrangeiras e prescindir das empresas nacionais. "O ideal seria
fomentar condições para trabalhemos em parceria", pondera.
Para o especialista em infraestrutura Luís Felipe Valerim Pinheiro, sócio do VPBG
Advogados, a retirada da exigência de patrimônio líquido deve mesmo aumentar a
concorrência e diminuir a barreira de entrada para estrangeiros nos leilões. Sem
outros mecanismos que garantam a presença de empresas saudáveis nos
certames, porém, corre-se o risco de deixar as futuras concessões nas mãos de
"aventureiros".
"O importante é não fragilizar a execução do contrato. É preciso tomar outras
precauções", diz Valerim, que era coordenador da área de infraestrutura e energia
na Casa Civil durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Ele integrava a
equipe que discutia a elaboração de boa parte dos editais dos leilões de 2013 e
2014.
A secretária-executiva afirma que o governo está tomando uma série de cuidados
para evitar riscos de não execução contratual. Segue válida, por exemplo, a
obrigatoriedade de apresentação de garantias financeiras que endossem as
propostas feitas nos leilões. Isso pode ser feito por meio de seguro ou de fiança
bancária.
Também continua intocada a necessidade de aporte significativo para capitalizar
as sociedades de propósito específico (SPEs) que assumem as concessões. No caso
da Rodovia do Frango, a integralização de capital exigida é de R$ 200 milhões - R$
138 milhões na assinatura do contrato e o restante até um ano após a concessão.
Para leiloar esse lote, o governo ainda depende de aval do TCU. A tarifa máxima
de pedágio foi fixada em R$ 14,62 por cada 100 quilômetros e aposta-se na
concorrência para diminuí-la.
01.09.2015
Demanda por transporte internacional subiu 21,9% em
julho
Brasília, setembro de 2015 – A demanda (em passageiros-quilômetros pagos
transportados – RPK) do transporte aéreo internacional de passageiros das
empresas aéreas brasileiras apresentou crescimento pelo 17º mês consecutivo,
com aumento de 21,9% em julho de 2015, quando comparada com o mesmo mês
de 2014. A oferta internacional (em assentos-quilômetros oferecidos – ASK)
registrou o 12º mês consecutivo de crescimento, com alta de 25,2% em
comparação ao mês de julho de 2014. Ambas foram recordes para um mês nos
últimos dez anos. No acumulado de janeiro a julho de 2015, a demanda
internacional aumentou 14,7% em relação ao mesmo período de 2014. A oferta
internacional cresceu de 15,5% no período
A Gol foi a aérea brasileira que registrou maior alta na demanda por transporte
aéreo internacional de passageiros em julho de 2015, na ordem de 11,9% quando
comparada a julho de 2014. O indicador da TAM registrou alta de 11,7%.
O número de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras no
mercado internacional em julho de 2015 atingiu 697,1 mil, aumento de 21,7% em
relação a julho de 2014. Trata-se da maior quantidade de passageiros
transportados em voos internacionais por empresas brasileiras registrada para
um mês nos últimos dez anos. No período de janeiro a julho de 2015 a
quantidade de passageiros transportados acumulou aumento de 15,9% em relação
ao mesmo período do ano anterior, foram 4,2 milhões em 2015 contra 3,6
milhões em 2014
A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais (RPK/ASK) foi de
82,9% em julho de 2015, contra 85,2% no mesmo mês de 2014, representando
uma variação negativa de 2,6%.
Transporte Doméstico
A demanda (RPK) por transporte aéreo doméstico de passageiros registrou
crescimento de 8,6% em julho de 2015, comparada com o mesmo mês de 2014,
enquanto a oferta (ASK) registrou aumento de 6,2% no mesmo período. Com o
resultado de julho de 2015, a demanda doméstica completou 22 meses
consecutivos de crescimento e alcançou o seu maior nível para o mês desde o
início da série. Já a oferta doméstica apresentou o décimo primeiro mês
consecutivo de crescimento, tendo sido recorde para o mês nos últimos dez anos.
Com o resultado de julho, a demanda doméstica acumulou alta de 4,7% no ano e a
oferta acumulou aumento de 3,5% no mesmo período
Entre as principais empresas aéreas brasileiras*, Gol e Azul destacaram-se com as
maiores taxas de crescimento da demanda doméstica em julho de 2015, quando
comparadas com o mesmo mês de 2014, da ordem de 10,7% e 10,0%,
respectivamente. A Avianca apresentou crescimento de 6,9% e a TAM de 5,7%.
Avianca, TAM, Gol e Azul aumentaram a oferta, em termos de ASK, em 10,6%,
7,2%, 4,8% e 3,7% respectivamente
A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por
empresas brasileiras (RPK/ASK) em julho de 2015 foi da ordem de 83,4%, aumento
de 2,3% em relação ao mesmo mês de 2014. No acumulado do ano, o
aproveitamento doméstico foi de 80,4%, frente a 79,5% do mesmo período de
2014, o que representou melhora de 1,2%
O número de passageiros pagos transportados no mercado doméstico em julho de
2015 atingiu 9,0 milhões, aumentando 7,9% em relação a julho de 2014, e
alcançou a maior quantidade para o mês nos últimos dez anos. No acumulado de
janeiro a julho de 2015, as empresas aéreas brasileiras transportaram 56,5
milhões de passageiros, cerca de 2 milhões a mais em comparação ao mesmo
período de 2014
Considerando dados recentemente apurados junto à Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), verificou-se que o modal aéreo continua
ampliando a sua participação no transporte interestadual de passageiros de longa
distância (acima de 75 km) em comparativo com o modal rodoviário. O avião foi o
meio de transporte utilizado por 63,5% dos passageiros deste mercado no
primeiro trimestre de 2015, frente a 62% em igual período do ano passado, o que
representou uma variação positiva de 2,5%
Os dados mencionados acima estão disponíveis no Relatório de Demanda e Oferta
do Transporte Aéreo, divulgado hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC), que também contempla informações sobre carga transportada, todas
ilustradas por meio de gráficos e considerações. O relatório pode ser acessado
por meio do link a seguir:http://www2.anac.gov.br/estatistica/demandaeoferta/
O relatório de Demanda e Oferta do Transporte Aéreo é elaborado com base nas
operações regulares e não regulares das empresas brasileiras de serviços de
transporte aéreo público de passageiros
*Principais empresas aéreas brasileiras: foram consideradas aquelas que
registraram participação de mercado superior a 1%, em termos de RPK.
02.09.2015
O que deve vir primeiro: infraestrutura ou crescimento?
A carência de infraestrutura em nosso país é muito grande. Quando saímos da
região sudeste e conhecemos as periferias das cidades do norte e do nordeste,
nos chama a atenção o descaso do poder público com infraestrutura básica como
saneamento, falta de água, e esgoto lançado nas ruas e nos riachos, o que é muito
comum e forte proliferador de doenças. Com o crescimento econômico e o
aumento da frota de automóveis e motocicletas, as dificuldades de mobilidade
também deixaram de ser um problema somente das capitais do sul e do sudeste.
Consequência da falta de planejamento e, portanto, da demora em executar obras
de infraestrutura no tempo certo, temos a impressão de sempre estarmos
correndo atrás do prejuízo e nunca conseguirmos atender a demanda em todos os
setores que a sociedade necessita
Talvez seja um problema cultural, mas não podemos de forma passiva justificar
para sempre a falta de planejamento em todas as deficiências urbanas que temos.
É preciso colaborar e cobrar do poder público as ações no tempo certo e com a
velocidade necessária
A China tem urbanizado sua população em um ritmo nunca visto no globo. Nos
últimos anos foram 500 mil pessoas, todos os meses, mudando para as cidades,
aproximadamente uma cidade nova de Sorocaba a cada mês, e em apenas um ano
foram construídas 10 milhões de novas moradias sociais para atender essa
demanda crescente
O município de Songdo, na Coreia do Sul, é o melhor exemplo de como deveria
acontecer o nascimento de uma nova cidade. Com transporte coletivo, escolas,
universidades, museus e parques; além, é claro, de toda a infraestrutura básica e
de um grande aeroporto. Todos os investimentos foram feitos antes da chegada
das residências. Quando as pessoas chegaram já contavam com absolutamente
tudo o que é necessário para viver com qualidade de vida
Uma ferramenta bastante utilizada para financiar essas obras pelo poder público
é a "tax increment financing" (TIF) que permite a antecipação de recursos
destinados à infraestrutura urbana dando como garantia o aumento da
arrecadação gerada pelos investimentos. Um círculo virtuoso de crescimento
onde todos têm benefícios
Ao contrário de muitas cidades do mundo, que conseguem atender as demandas
de forma antecipada e preparar as cidades de forma ordenada, perdemos muito
tempo com nossa burocracia burra e ineficiente
O tempo que levamos para licenciar empreendimentos, tanto públicos quanto
privados, levam a desdobramentos com enormes prejuízos sociais e ambientais.
Ao agirmos de forma passiva e não indutora incentivamos ocupações ilegais,
aumento da favelização e crescimento desordenado de nossas cidades.
Enquanto demorarmos 20 anos para licenciar, licitar e construir um rodoanel da
nossa maior cidade, parece ser muito difícil acreditar que conseguiremos atingir o
status e competir com igualdade de condições com as grandes economias do
mundo.
Quantos anos ainda precisaremos esperar para podermos mudar o transporte
rodoviário com todos os ônus de poluição, acidentes e tempo perdido por uma
opção ferroviária, ao menos entre a capital e as principais cidades do entorno.
Obras e ações em nosso país costumam demorar décadas, e o pior, na minha
opinião, é que nos habituamos a isso e aceitamos o processo como usual.
Temos a opção de fazer um novo futuro, participando de forma efetiva das
decisões através de entidades representativas da sociedade civil organizada, além
de aprendermos a cobrar e escolher melhor nossos representantes em todas as
esferas e níveis de poder
Flavio Amary é vice-presidente do Interior do Sindicato da Habitação no
Estado de São Paulo (Secovi-SP) e escreve às quartas-feiras neste espaço -
famary@uol.com.br
02.09.2015
Aplicativo permite compra de créditos do cartão de transporte
BOM, em SP
Os usuários do transporte público na Grande São Paulo contam a partir desta quarta-
feira (2) com um aplicativo para compra de créditos do cartão BOM, aceito em ônibus
da EMTU, metrô, trens da CPTM e linhas municipais de algumas cidades.
O aplicativo BOM MOB foi disponibilizado gratuitamente para smartphones (android
e IOS) e possibilita a consulta de créditos para os cartões BOM e BOM+ (vale-
transporte comum) na função transporte. Ele também permite a consulta de saldo.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, participou do
lançamento durante o seminário da Associação Nacional das Empresas de
Transportes Urbanos. “É mais uma tecnologia à disposição do usuário", disse.
Após fazer o download, o usuário faz um cadastro com e-mail e digita o número do
cartão de transporte. O cliente tem opções de pagamento com cartões de crédito. O
valor mínimo é de R$ 5 e o máximo de R$ 100.
01.09.2015
No vermelho, Infraero avalia concessão de área comercial
de Congonhas
Solução em estudo prevê manutenção da gestão do aeroporto com a
estatal, mas administração das lojas seria terceirizada
A Infraero está estudando fazer uma concessão da área comercial do aeroporto de
Congonhas. A mudança está em avaliação no governo e a decisão deve ser tomada
no início do ano que vem, de acordo com o presidente da Infraero, Gustavo do
Vale. A concessão da área de lojas de Congonhas é uma das alternativas em
análise para reequilibrar as contas da Infraero, que vem registrando déficit após a
privatização de cinco de seus principais aeroportos em 2012 e 2013.
O ministro da aviação Civil, Eliseu Padilha, ressaltou que o governo não pretende
fazer a concessão da parte operacional de Congonhas "sob qualquer hipótese".
"Mas isso não quer dizer que não poderemos fazer uma concessão da área
comercial para uma empresa de shopping", afirmou. Vale e Padilha conversaram
com o Estado nesta segunda-feira, 1, antes de participar de um evento do Grupo
de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo.
Hoje, a Infraero precisa fazer uma licitação para alugar cada loja nos aeroportos
administrados por ela. Com a mudança, a empresa contrataria uma companhia
imobiliária para administrar as lojas e essa empresa teria autonomia para alugar
os espaços sem licitação. A operação ligada à atividade aeroportuária, como a
negociação com companhias aéreas, ainda ficaria a cargo da Infraero.
Além de Congonhas, o governo também classificou os aeroportos de Santos
Dumont, no Rio, e de Manaus como espaços prioritários e que não devem ser
concedidos completamente, disse Padilha. Uma possibilidade em avaliação é
agrupar aeroportos em Sociedades de Projetos Específicos (SPEs), que poderiam
ter sua área comercial concedida em conjunto.
O governo já procurou o setor privado para discutir a possibilidade de fazer um
projeto piloto de concessão da área comercial no aeroporto de Goiânia. A
Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (Ancab), que
reúne lojistas como Dufry, H.Stern e Grupo RA (líder na área de alimentação em
aeroportos), se manifestou contra o projeto. "Acho que existe um potencial
conflito de interesse entre o operador do aeroporto e o gestor comercial", disse o
presidente da Ancab, Miguel Costa.
Segundo ele, os lojistas ainda preferem o modelo de licitação da Infraero à
política comercial das concessionárias privadas. "Existe um lance mínimo que é
público e uma competição entre as empresas pelos espaços. Nos aeroportos
privados, há uma negociação fechada com poucos lojistas e isso na prática tornou
o aluguel muito mais caro", afirmou.
Reestruturação
De acordo com Padilha, a Infraero deve ser dividida em duas empresas - a
Infraero Serviços e a Infraero Participações. A Infraero Serviços terá como sócia a
empresa alemã Fraport, administradora do aeroporto de Frankfurt, que terá
participação de 49% na companhia. Por meio dessa divisão, a Infraero poderá
disputar contratos para administrar aeroportos internacionais e até alguns dos
270 aeroportos regionais que o governo pretende reformar. "Mas ela não teria a
outorga e, por isso, não teria de arcar com os investimentos", explicou Vale.
A divisão de Participações vai reunir as fatias da Infraero em aeroportos, como os
49% que detém em Guarulhos, Viracopos e Brasília, privatizados em 2012, e de
Galeão e Confins, em 2013, e cerca de outros 60 aeroportos brasileiros. As SPEs
formadas por grupos de aeroportos ficariam abaixo da Infraero Participações.
Vale confirma que a Infraero poderá reduzir sua participação nos cinco
aeroportos já privatizados, mas diz que o porcentual ainda não foi definido.
Fontes do setor aéreo afirmam que a empresa negocia fatia de 10% nesses
aeroportos.
01.09.2015
Aplicativo ajuda deficientes visuais a usarem o transporte
público em SP
Um aplicativo lançado nesta terça-feira (1º) irá ajudar os deficientes visuais e
utilizarem o transporte público em São Paulo. O “CittaMobi Acessibilidade” é grátis
e ajuda na autonomia dos usuários. A novidade foi lançada na feira da Associação
Nacional de Empresas de Transporte Urbano, o Transpúblico, mostrou o SPTV.
O aplicativo indica, por sistema de voz e vibração, quanto tempo até a chegada ao
ônibus na parada, além de todas as informações necessárias para embarque e
desembarque. O aplicativo pode ser baixado aqui:
www.cittamobi.com.br/acessibilidade
04.09.2015
Transporte inadequado de crianças é a 3ª infração mais
registrada em GO
Em apenas uma hora de fiscalização, PRF multou quase 30 motoristas.
Infração é considerada gravíssima, com multa de R$ 191 e 7 pontos na
CNH.
A falta de cadeirinhas e assentos elevatórios nos
carros é a terceira infração mais registrada nas
rodovias federais que cortam Goiás, segundo a
Polícia Rodoviária Federal. A lei que obriga
condutores a transportar crianças em bancos
especiais completou 5 anos, mas muitos pais
ainda desrespeitam a norma. Desde então, quase
60 mil motoristas foram flagrados cometendo a
infração nas BRs de todo o país.
Segundo o assessor de imprensa da PRF, inspetor Newton Moraes, o número de
multas por falta de assentos apropriados perde apenas para o excesso de velocidade
e para as ultrapassagens irregulares. “Durante uma fiscalização, em apenas uma
hora, em um único ponto, registramos 27 infrações desse tipo”, disse.
Em um dos flagrantes feitos pela PRF, um bebê estava no banco de trás, sem
proteção. “Ele estava totalmente solto sem proteção nenhuma. Em um caso de
acidente, poderia ser uma vítima muito grave ou até mesmo fatal”, disse o policial
rodoviário federal Marcelo Azevedo. Segundo os policiais, o menor deveria estar em
um bebê conforto instalado de costas para o banco do motorista e preso pelo cinto
de segurança.
Em outro carro fiscalizado, uma mãe levava o filho com menos de dez anos no banco
da frente. Quando foi abordada pelos policiais, ela tentou justificar a infração falando
que ele já era grande e que o cinto o protegia por inteiro.
A fiscalização também encontrou pais que respeitam a norma de trânsito e
conscientizam seus filhos sobre a necessidade de usar a cadeirinha. “Para ele é mais
seguro porque criança ainda não tem muita noção. Se ele ficar solto aqui, com uma
freada brusca, pode acontecer um acidente grave”, disse o motorista Gislê Rodrigues.
De acordo com a lei, crianças de até 1 ano devem ser transportadas no chamado bebê
conforto. De 1 a 4 anos, em cadeirinhas com encosto e cinto próprio. Aqueles que
completaram 4 anos, devem ser levados em assentos com elevação para evitar que o
cinto aperte o pescoço. A partir dos 7 anos e 6 meses, não é preciso mais um banco
apropriado, mas continua sendo obrigatória a utilização do cinto de segurança do
carro.
A multa para esse tipo de infração, considerada gravíssima, é de R$ 191 e ainda
recebe sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação.
03.09.2015
Paris terá um dia sem carros para incentivar o transporte
sustentável
Ação de mobilidade sustentável acontece 27 de setembro em vias
importantes da cidade. Ao invés de carros, as ruas darão lugar a shows
e exposições
O tráfego de automóveis será
proibido em Paris, na França, no
dia 27 de Setembro das 11h às
18h em vias importantes de
doze regiões da Cidade Luz, com
exceção de ambulâncias e
viaturas policiais. A ideia é
realizar uma ação pela
mobilidade sustentável para
servir de exemplo na luta contra
a poluição, problema que já é
encarado como central por lá
Em Março, a prefeitura implantou vários rodízios para tentar melhorar os níveis
de poluição do ar, que são críticos. Nessa data, as principais avenidas e regiões
turísticas da cidade só poderão ser percorridas a pé e de bicicleta. Transportes
sobre trilhos funcionarão normalmente. Ao invés de carros, as ruas darão lugar a
shows, exposições e outras atividades para estimular a convivência no espaço
público.
Iniciativa semelhante ocorrerá em Bruxelas, na Bélgica, no dia 20 de Setembro.
Nessa data, o transporte público será gratuito. Os veículos autorizados a circular
pelas ruas da cidade não poderão ultrapassar 30 km/h de velocidade.
Comentários Os comentários não representam a opinião do jornal e são de
responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes
da publicação.
02.09.2015
Publicado plano de concessão de rodovias entre PR, SC e
RS
Programa de Logística
Ação faz parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL), com
investimentos de R$ 4,5 bilhões, e melhorias para os trechos
por Portal Brasil publicado: 01/09/2015 18h20 última modificação: 01/09/2015
18h20
O Ministério dos Transportes publicou, nesta terça-feira (1º), no Diário Oficial da
União, a aprovação do Plano de Outorga para concessão de trechos das rodovias
BR-476, BR-153, BR-282 e BR-480, para a iniciativa privada. As estradas ligam
Paraná, Santa Catarina e alcançam a divisa com o Rio Grande do Sul. A ação faz
parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL) com investimentos
previstos de R$ 4,5 bilhões.
O trecho rodoviário a ser concedido para iniciativa privada, de 460 km, é
composto pelas rodovias BR-476/PR, no trecho entre Lapa e União da Vitória; BR-
153, entre União da Vitória e a divisa SC/RS; BR-282, no trecho entre o
entroncamento com a BR-153 e o entroncamento com a BR-480; e BR-480, entre o
entroncamento com a BR-282 e Chapecó.
Além do Plano de Outorga, na segunda-feira (31), a Agência Nacional dos
Transportes Terrestres (ANTT) encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU),
para análise e aprovação, estudos relacionados ao trecho, assim como as minutas
do edital e do contrato de concessão.
O Plano de Outorga reúne os detalhes do trecho concedido, abrangendo a situação
atual e as projeções de melhorias, e tem o objetivo de subsidiar a nova concessão.
O projeto recebeu contribuições durante o período de audiência pública, enviadas
por correio, meio eletrônico e em sessões presenciais, realizadas em Chapecó
(SC), Curitiba (PR) e Brasília (DF).
Para ampliar a atratividade da disputa, foram estabelecidas regras inovadoras em
relação aos leilões anteriores de rodovias. Uma delas é a exclusão da exigência de
patrimônio líquido mínimo, mantidos os demais requisitos de qualificação
econômico-financeira necessários, e o estabelecimento de regras e prazos para a
análise de pleitos de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro.
02.09.2015
Concessão da BR-262 no ES e em MG é disputada por 26
empresas
Um dos principais objetivos é a duplicação da pista.
Publicação fixa prazo de seis meses para elaborar e apresentar
trabalhos.
Começou, nesta terça-feira (1), mais uma
fase do processo da concessão da BR-262,
que liga o Espírito Santo a Minas Gerais, à
iniciativa privada.
Concluindo uma primeira etapa de
manifestação de interesse do mercado, ao
todo, 26 empresas foram autorizadas pelo
Ministério dos Transportes para realizar
estudos técnicos para a ampliação e
duplicação do trecho.
A rodovia liga Belo Horizonte a Vitória por meio da região serrana, servindo como
corredor de exportação e importação e como rota turística. Após um leilão fracassado
em 2013, o governo Dilma Rousseff (PT) resolveu, este ano, colocar a estrada federal
dentro do Programa de Investimento em Logística (PIL).
Com o novo segmento, a extensão total passa a ser de 485,9 km com estimativa de
investimentos de pelo menos R$ 2,5 bilhões. Um dos principais objetivos é a
duplicação da pista, assegurando mais segurança e redução de custos.
Uma portaria publicada no Diário Oficial desta terça-feira (1) detalha os
procedimentos e fixa em seis meses (189 dias) o prazo de elaboração e apresentação
dos trabalhos das empresas requerentes. Esses estudos de engenharia e demais
prospecções serão aproveitados, parcial ou integralmente, na licitação do trecho
rodoviário. “Vamos trabalhar para fazer todas as concessões durante este mandado”,
declarou Nelson Barbosa, ministro do Planejamento. Os aportes para tudo virão do
BNDES. “Não faltará dinheiro”, pregou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Começa nova fase de concessão da BR-262
04.09.2015
Obras de Viracopos terão atraso maior
A entrega do novo terminal do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior
de São Paulo, prevista para este mês, foi adiada novamente pela concessionária
Aeroportos Brasil. Segundo as empresas gestoras, houve "redução no fluxo de
recursos" em 2015, o que não permitiu a conclusão da obra. O prazo contratual
para que ela estivesse pronta era 11 de maio de 2014, um mês antes da Copa do
Mundo - o atraso já chega a um ano e quatro meses.
Mesmo inacabado, o Píer A, exclusivamente internacional, chegou a ser
inaugurado antes do Mundial, para que o aeroporto pudesse receber jogadores de
sete seleções. Mas, depois, ele só voltou a receber voos internacionais no dia 14
de outubro. Hoje, esse píer recebe 38 voos por semana, e, de acordo com a
concessionária, faltam apenas "acabamentos", como instalações elétricas, ar-
condicionado e sistemas. As obras civis já foram finalizadas.
Os voos domésticos, no entanto, previstos para serem transferidos neste mês ao
local, continuam no terminal antigo. A transferência "deve ser iniciada até o fim
deste ano", diz agora a concessionária.
Quando o Estado esteve no aeroporto em maio, funcionários que trabalhavam na
construção disseram duvidar que o terminal fosse finalizado neste mês.
"Setembro? Deste ano? Muito difícil", comentou um. "Isso aí vai ficar pronto só em
2020", disse outro.
"A redução no fluxo de recursos ocorrida neste ano impossibilitou a conclusão da
obra e, consequentemente, alterou o cronograma da segunda fase da
transferência dos voos para o novo terminal", explicou a Aeroportos Brasil em
nota. "A expectativa é que parte dos recursos seja liberada neste mês de setembro
para que o ritmo da obra seja intensificado novamente."
A obra é executada pelas construtoras Constran, que pertence à UTC, e Triunfo.
No fim de abril, o aeroporto conseguiu a aprovação de R$ 633,7 milhões em
empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
mas ainda faltam os trâmites burocráticos para a liberação de todo o dinheiro.
Por descumprir o contrato, a concessionária pode ser multada pela Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) em R$ 170 milhões, mais R$ 1,7 milhão por dia
de atraso. A Anac informou que já notificou as construtoras e que "o auto de
infração encontra-se em fase final de análise na primeira instância de decisão na
agência" e que o valor da multa "será definido com a conclusão da análise."
Imprevistos.
Inicialmente orçado em R$ 2 bilhões, o valor da construção passou para R$ 3
bilhões por causa dos atrasos. A concessionária, que começou as obras em agosto
de 2012, teve de lidar com acidentes de trabalho (com dois mortos), paralisações
de funcionários e autuações do Ministério Público do Trabalho.
Em novembro do ano passado, a Justiça do Trabalho condenou a Aeroportos
Brasil a pagar R$ 800 mil por danos morais coletivos pela contratação ilegal de
trabalhadores temporários.
As obras estavam 92% concluídas em maio do ano passado. Por falta de dinheiro,
o ritmo diminuiu vertiginosamente, avançando apenas quatro pontos porcentuais
em 16 meses. Hoje esse índice está em 96%. Um dos acionistas da concessionária
é a empreiteira UTC, cujo presidente, Ricardo Pessoa, está em prisão domiciliar
por seu envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava
Jato.
AGENDA 2015
Setembro
5a edição do Salão de Inovação ABCR
14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília
XI Congresso Brasileiro sobre Acidentes
e Medicina de Tráfego
10 a 13 de setembro em Gramado (RS)
Novembro
2ª Conferência Global De Alto Nível Sobre Segurança No Trânsito
(ONU)
18 e 19 de novembro em Brasília
2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP
17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo
Recommended