View
239
Download
1
Category
Preview:
Citation preview
8/12/2019 Hildebrando Accioly
1/62
FUNDAAO ALEX' \NDREDEGUSMO FUNDAOALEXAMOREOe GUSMO
Prcs idc ite EmbaixadorJeronimoJMoscardo
HildebrandoAc c i ol y CnsndorJurdicodaMbasirro/'n.
8/12/2019 Hildebrando Accioly
2/62
EditoraQiiartierLatin doBrasilEmpresaBrasileira,fitndaclaem20denovembro de2001
RuaSantoAmaro,316-Centro-SoPaulo-CEP01315-000 Veiidas;(11)3101-5780/vendas@qiiartierlatin..n-(,hr
Contato:cdiiom@qiiarliaiaim.art.brwww.quartierlatvn.art.br
Coordenaoeditorial;VinciusVieiraCoordenaodepr od u o :PaulaPassarell
Diagrainao:LucasdeSouzaCartaxoVieiraRevisogramatca!:Raimundo JosAlvesdo sSantos
Capa;MiroIssamuSawadaACCIOI.A,Hidcbiando"Ti-jratlodcDireitoliiKnv.icion;ilPi>liC().
Vol,I-
SoP;mJo;
CHiirricr
Liirin,
20J9.
jj.71"?IW
ISBN85-7674-4!5-5
SumrioIVefcio3*'edioliistricaporPaviloBorbaCasella 'Prctcio2-'edio?i
Introduo,25 CaptuloI~Conceito,finalidadeenoesgeraisdodireitointernacionalpbl ico 26
SeoI-OcfinioeDivises26 Seoli -Realidadedaexistncia destadisciplinajur dic a3Seo111-Fiindamento36 SeoIV-'bntes6 /'SeoV-RelaesentreoLireitoI.riternacionalPblicoeo
DireitoInterno 1Captido11~Desenvolvimentohistricodasrelaesinternacionais
cdodireitointernacionalpbl ico 'Captuk.)IIT-Codificaociodireitointernacionalpbli co1
PrIMIR.-VI\1TF.1.Direito iiitcriiaconaiPblico. .Acci tonlou]>-ArC!:ij.Ixntcomr:iinclusoOcvjiMiqucrpiirftiii;.
8/12/2019 Hildebrando Accioly
3/62
26-Tk-xa.)!.)D':. -V'-::.[Captulo
CONCETO,FINALIDADEENOESGERAISDODIREITOSNIERNACONALPBLCO
SeoIDefnoeDvises
1.Avidadospov os,emsuasmtuasrelaes,hdeserregidanecessariamentepo rnormasouregrasqu eaordenemel!icdemum sentido Jurdico.Na sociedadeinternacional dehoje,ativ'aeagitada,enaquaiamterdependnciarecprocadosEstadoscomoqu eseacentu acadavezmais,essanecessidadesentidaaindamaisvivamiente.Da qu esetenhadesenvolviciomuitonosltimostemposoestudodosistemanormativoreguladordetaisrciaeseaoqualsecionomedeDireitonternacionaiPblicoouDireitodasCientes\
2.inmeras t msidoasdefiniesdadasaessadisciplinajur dic a.Muitas
delas,sem dvidaa
niasoria,seconcihavamnaitiutdeque amesmaseaplicavato-somenresrelaesdosEstadosentresi.E
certo,po r m, que,em facedo sratosedaorientaoiiirdicaque liojcprev ale ce,semelhantesdefiniesn oseaiu.stamrealidade.
Comefeito,atesesegundoaqualoEstadoonicosujeitode direitoseobrigaesnocampointernacional,doutr inadominanteaindaem comeosdestesculo,\'aisendoabandorutdapo rtodapar -1 Noloco:ie h expresso Di-riio usu."![.misu)ive/:7r5 doqijs.''a
Otitra,algijn;..i.;lorGS aconsidcrcmsi!5v:'\'(hpra:ki/.i! cn-jvi>: coRc.K-vnos.N-stc; scnEdo.vei.o->eF.contudo,infundado riceio.especiaEmeneporca.-ejoxpreiocongrdarvnuiine osciiversoipovos.Truyoi(rundamcnrosdeDi:>r'r:r:A\r>-:"v AcCit )l.-2jte',atalpo nt oqu ealgunsautores,maisavanados,ichegaramasustentarquest>hom.em,oindivduo,po ssu italqualidade.i'\oqu efr/.eram,po rexemplo,Nic ola sPolitis'eGeorgesSceie".
N ovamostolonge.Co mefeito,se,po rumlado,admitimos,conicorrente,qu eoshomenssoos\'erdadeirosben efi ci rio sdedireitoseobrigaesinternacionais,po routrolado,iulgamosinipos- sivelnegaraoEstado,comotal,ape rso na li da deinternacional.
N averdade,esabidoque,namaioriado scasos,oDireitodas Gentes,aoreconhecerdireitosaosindivduos,ou ao impor-ihesobrigaes,ofazmediantenormasdirigidasaosEstadosrespcct\ 'os\Ma sno menose.xatoque,comosugerem,algunsautores,taK'cz
po rum atendnciada comunidadeinternacionalpar aoestabelecimentodeumidireitosupranacional, oindivduote malcanadodiretamenteacategoriadepe sso ainternacionar \
Istopost o,entendemosque sepo der definiroDireitoInternacionalPblicocomosendooconjuntoderegrasouprin cp iosdestinadosaregerosdireitosedeveresinternacionaistantodos Estadosedecertosorganismosinterestatais,quantodosindivduos'.
3.Arazodeserdo .Direitodas Gentes,pr im or di al me nt e, aconservaodapr p ri asociedadeoucomunidadedos Estados,poi sque,
pa raaexistnciadesta,comodisse,co mrazo,L-ouisLeFur,lhe pre cis oumdireito.
Poderan.Tosdizer,contudo,quesuamalidadeobemcomumda sociedadeinternacional,medianteamanutenodasboasrelaes,ou2SeaundoindicouVVili-srdB.Cowles,cloii'rin.=fisoexistiuH":eraclsicri
8/12/2019 Hildebrando Accioly
4/62
28-IRAlAiJ.)i:)f.DlRIt)i,\Tl:Ki\'A l)\AI.PUiCJ-V()!. Idaconvivnciaharmnicaentreospovosisto,entreosmembros desasocieciade'',"Essebemconnum"-Ic-seemLeFur"-"conporra emprimeiro lugaraconser\'aodosmembros dasociedade;em seguida,sendesenvohnientosobotrplicepont odevistamaterial,intelectualemoral".Nobastam, porem, aconsen-aoe odesenvolvimentode cadamembrodo gaipo;necessrioainda,numacomunidadetorosamenteinterdependente,amanutenodasboasrelaesentreseusmembros.
4.EI/citoafirmar-sequeoDireitoInternacional Pblicoseapresentasobdoisaspectos;umtenco,ooutroprtsco.O primei roseroDireito Internacionalracionalouobjetivo,queservedenorma inspiradoraoudefundamentoaosegruido,isto,aoDireitoInternacional
posi tivo", ecompreendeosprincpi osdejustiaquedevemgovernarasrelaesentreospovos'OsegnndoresidtadoacordodosEstadosoudefatosjurdic osconsagradosporuniaprti caconstante'"'.ODireitoInternacionalposit ivosubdivide-se,pois,emconvencional{ouescrito)ecostumeiro(ounoescrito);aqueledecorredasestipulaes dostratadosouconvenes;esteresulta'docostume*'.
5.Costumadizer-sequeoDireitodasGentescomumouquandoseaphca a todaa comunidadeinternacional'''equeparticular
da dOilck' .ipaix.p.177, /.e-cyj'i\rxl>prohlp nwj,ckicko';',p.1.ePrccV.,n'9.p.11. Cl.. 1.Ddosl,-!Hintcrniitior.h !.\'!'., nc.>.i cp.127: lOiifTO.irbtAv, ri-gh-'f:;ri(hquc:d Ch .dcVi ssc hor//',.-'Orr's e v?nro; ; pi/ :. p. U.15,d7.q-j e"odircilo
intc-naciana!poshvocaniulcqutec.cbQunviopiic.iacitfvanasrclacs entrosi.i-dos.emoij
8/12/2019 Hildebrando Accioly
5/62
30-Tsaajo!.kDiKt.iVi! /\LPi.uuc;..: \ ' ' . y . . idospr ob le ma squ eexistamousurjamco mmaiorfreqnciaentreospa s esdoContinentee" devamse rrcsoh-idospe ioD i r e i t oInternacionalPblico'"
Qiie,po r m,exatamente,nope ns am en to deseusdefensores,ochamadoDireitoInternacionaiAmericano?AlejandroAlv ar ezodehniuem1952comosendo''oconjuntodeins t i tuies ,de
pri nc pi os,deregras,dedoutrinas,deconvenes,decostumesepr tic asque,nodomnio dasrelaesinternacionais,sopr p ri assrepbl icasdo NovoMundo"''.Hpo uc osanos,emo p i n i o dissidente,na questode-asioentreaC olmbiaeoPeru,decididaa20denovembrode1950,pre cis oumelhorosentidodaexpresso,ecomoque orestringiu,aodizerqu epo rela"sede\-eentender -fiocomosepoder iapens arecomomuitaspessoaspensa ram,tir/iDir ei oInt ernaci ona lpecu liaraoA'ovo Mundoeinteiramente distinto doDire ito In te rnac iona luniversaloconjuntodo spr in c pi os ,convenes, costumes,pr t ic as ,instituiesedoutr inasqu esopr p ri ossRepblicasdoNo vo i\undo"\
'epcs,po r m, emcursorealizado na Haiaem 1947, sustentou aindaateoria de
que,aoladodoDireitonternacionai
universal,"comum a
todososjjovoscivilizados'',existemdireitosintcrn.acjonaisregionais,ou'direitospar tic ul are saplicveisexclusivamen_tcacertasregiesdo mundo",osquais"derrogamem pa rt eodireitouniversal"--"'.
Na verdade,par eceinegveloreconhecimento emtodoom.undocivilizadodosmesmospo stu lad ossuperioresdejusti a,dosmesmos
prin cp ios jur di cos essenciaisoufundamentais.Aunidadedodireito,pois,admitidacon-ioexistente,tantonotocanteaosindivduosquan-
'.-..' \};y!:i':o.p. Ci. 5ciie's./'!er."irM'h; r :r c. Cj;--.,;--,>> siSLc-iitS;i';J;..Soc-ciiot.ila iof!qit.' vercom cnsJkdfjLiposioridirclOf fe-ioruts.
iA'.i.- !>1tonasrelaesentreEstados,istono impede,decerto,que,em certasregiesgeogrficas,ascircunstt-iciassociaisoueconmicas,seivo
pol tica s,conduzamaoestabelecim.ento,entreEstados,decertasn.or-mas de comportaanento pecu liar esa taisregies,nocontrrias,contudo,aoDireUoIf.e rnacionalgeralouuniversal,pois ,segcuadoaexpress-odeScheiiner--',"noemanamdeum aconscinciajur di cadiferente"-'-'.
7.Entreosautores,usualaaplicaoaoDireitodas Gentesda divisoexisten.tenodireitointerno,entredireitoconstitucional edireitoadministrativo.
Ten-s-seassimcomodireitointernacionalpb lic oconstitucionaloconjuntodcnormasgeraisqu egovernan-asociedadeinternaciona'edeterminamaorganiz-aodospod ere sincumbidosdeagiredequereremnomedacomunidade,be mcomoadiscriminaodasrespectivascompetncias-'.Refere-sespessoa sjurdicasinternacionais,desdesuaorigenici-"orn-aoatsuae\'tn.ioeliiesindicaosdireitosedeveres-.Odireitointernacionalpii bli coadministrativocorrespondeento
aoestLidodascomissescrepartiesinternacionais,cadavezmaisnumei-osas,eaodaorganizaoefunciofiamcntodo sserviosp bl i cosinternacionais"'-'.
Buscam-anteeouti'(jsinternacionalistasforamaindannaisl o n g enasdivisesousubdi\-ises,mencionandotam.bm;a)odireitouiternacio-2SL'-v:.;5p,nn -932)Lc-rur.npp->2o-.).30,ors-!"jp.::::i.;;
Oo tir.indf-eprinCsdi'r.ncssc- ONprr:"::':,::...n,'iC'cjiardodois!r"e'n.-c;o:0!iiKnjn\y-:Kscsproc-m;
.'oonc.dr[:!Tidi roi oi.ntcrn.-icionaOnico,Jtoicpara ioiX'?'d-'--'C'50a!i::7.'inicn;osirbUiiacionai.re ,lc)d[.'e'roaptcadoo-macomunidd:dcOstdoseri'.":"{::arirGp6':'>larjicwi.v:.ii.:r!5U"3sovidcosnoioCiSjUCaoprobicfii.rijsiru.ornriC!0:-o;s.".C:'.Ci":- de Vissche','fi)i}or!e.c.rv'2\.p.16:Bu?:
8/12/2019 Hildebrando Accioly
6/62
32'TKAi:\r.x") oiDRjrr)Inn:-\v-v. iON;.\iVuv.ko-Voi.Ina]pb lic ocivil,queabrangeoestudodecertosmodosdeadquirire
per derapro pri eda deinternucional,be mcomooscontratosemsuasdiversasformasemanifestaes; h)odireitointei-nacionalpbli copenal ,quecompreendeoexame das sanesdetodaespcieaplicveisentreas
pessoa sjur dic asinternacionais;c)odireitointernacional pbl icoprocessual,que seocupadajust ia internacional,sobtodasasformas ''\
8.N o raroqu eseaponteoDireitoInternacional Privado comoum ramo do Direitodas Gentes,tomado em sentido genrico.Riccar-doMonacomostraco mniuita clareza qu esemelhanteidian opo de seraceita,po rq ua nt oosmbitosnormativosde u medooutroquaseno t mcaracteres comuns.Enquanto oseoundo"correspondeaum ordenamento ju rd ic oe,poi s,aum amstituiosocial,outrotanto noocorreco moDireitoInternacional Privado,qu eno um ordenamento originrio eno te matrsde sine macomunidade dosEstados,n em um entesemelhanteaesta"-''.
Seo IIReALDAOCdaEXfSTNCtADESTADISCIPLINAjURD lCA 9.Apesardoqu eapr ti cainternacionalve mmostrando,muitos
autorest mnegadoaexistnciaou,pel omenos,ovalorjur dico do DireitodasGentes'-.
l,ns.41e43,p.40. Cr.R.Monfporlnnjon oentro
sujeitosde
Direi to
IncemKOncil,
m;is
eniro
sujeitosdedirctoinl'M!.
HiLDiK,\Nt:>( >Ac
8/12/2019 Hildebrando Accioly
7/62
34-TjArA[)oDr.Dlic)nilr-va./kjn-m.P-i.CO- Vo:..!irenum,aumconjuntoderegrasdecortesia,ou,quandomuito,demoralinternacional Da recusarem-lheeficciaju r dic a.
Os maismoderadosdentreessesit imosnegadorescomoqueselimitamapreciaodemerosaspectosdarealizaododireito.Alegam,assim,afalta deum alurisdiocoercitiva.Entretanto,aprpria iistriadacivilizaomostraqueostribunaisnonasceramcomasprimeirasmanifestaes davidaju r di ca .Porout rolado,sabidoquedesdemuitofoi sentida,naesferadasrelaesinternacionais,anecessidadedeseremediaressafalha.Da oprogressoque teveajus tiainternacional,aprincpiomeramentearbitrai,superadadepoispelacriaodeum acortedejusti adecarterpermanente.
Everdadequeaforacoerciii 'adasdecisesproferidaspo ressesrgoste mt idopo rbase,quaseunicamente,aboa-ou aboavonta dedaspartes.AOrganizaodasNaesUnidas,sebemqueaindanouniversal,j lhesfornece,noentanto,certaforaobrigatria.
Finalmente,ecomojust ament eobservaWalz-'-',"nosedeveperderdevistaque,nombitododireito,ot r ibunalsentraemunesparaoscasose.xcepcionais(relativamentepoiiconumerosos)nosquaisanormaju r di ca noalcanaseusefeitosnormais isto,paraoscasosemquenosecumpre".
13.Muitosautores,contudo,insistemnaalegaodequeaoDireitodasGentesnopodeserreconhecidocarterju r di co ,po rlhe faltarpodercoercitivo.
E,porm,essencialparaaexistnciadanormajur di caumatoracoati\'aque aampare?Vriosjuri stas contemporneos onegam, Hermann Jarrheis,po rexemplo,escreveu;'acoaonoumelementoessencialdodireito;maisainda:inevitvelquecertasnormasdodireitoexistamsemsergarantidaspornormasdecoao"''.Maisrecentemente, Iruyol38 Op dl.,p.2/3.39 H.jfirrhi5."OaRc-chi:",r.o C.&.iy.Lp.373.MirceaDjuvfX qiniiidiacje
an.losejaeisencialdclcdircilo"Ltoridemcnidei jukiiqoeposituendros;insL-rnaCionti",kd-C.,64,!938-M.p.584).A.Messineodiz que"n;-;iododireitodolado decoaooupode coercitivo"(// kKf:rr\u!or.iihndidorin p.!5M.AguilarNavarrolop.di...1,p.106)admiie"queacoaonoeierrsentoessencialaocroto,iicexistecoaocomoq-?iodeufndirriir) ma Wshingion,1944,p..]!:eMareSi.KoTr.j-.vic/. -t'''iwnr.:>:%mostra,com clai-eza,ainexistnciadeumaequivalnciaentreodireitoeafora:''nemtodanormaqueconsegueimpor-sedireito, nem odireitoconsegueup.por-sesempredemodoabsoluto".Eacrescentaque"aequaodireito=foraconseqnciadeum vcioinicial,queconsisteemnociistingLiircku-amenceonuindodo sereododeuer
14.Sem dvida,contudo,podeadmit ir-seque,emprincipioeconformeensinaGiorgiodei 'V'ecchio'S"odireitoessencialmentecocr-d-vcfeque'"ocarterdacoercibilidadedist ingueasnormasju rd ica sdetodaoutraespciedenormas".Essecarterpareceevidentenasnormas jur di cas positivas.DondeLe Furdizer' que asanosem.ostra"comoumaconseqncianatural,senonecessria,daefetividade do direito,oti,melhor,desuapositi-vdade.
Entretanto,oDireitodasGentes,emborasejaaindaumdireito incompleto"' ou,comodi zDelVecchio"",noseencontreaindanumalasede"formaopositivamente completa"eistoexplica,segundoesteltnno,"porqueacoaonoapareaneleperfeitamente deter-mmadaeregulada"-,noesttotalmentedesprovidodesanes,que residem,nosnaoradaopiniopbiica,mastambmematosconcretos,taiscomoarupturadereiaes,ousodaretorsooudecerrasrepreslias,oempregodatoraarmadaemaocoletiva'.Porf im,valemencionarqueKelsen,combasenateoriapuradodtrciio,nohesitaem af irmarqueoDire i toInternacional,apesardeser"direitopr imi t ivo" ,possuitodososelem.entosessenciaisdeumaordemju rd ica eque"um aordemcoercitivano mesmosentidoem queodireitonacional:obrigaosEstadosaumdeterminadocom-40/eO..F..:3.!0.4 i-ynir}:d;/e.'4-ed..pp.1(1"-iOo.
diid:o!,p.I iti.I.eTtir,iv.">rvlodeixadeiniiirer""odir;--:ionocoriportanccessiri;imenencoaoposiiiva,potpiblieon.losc-riddireito":h',i>;;ei-;.pp.!.'1-33;.
43L;Lierp:tchu"Rgleignr.iesdudroi:deEapaix'",R.d.C..62,1937-5V.p_109.VVaIziop-p,K>6'cii.?qLieurs'!esiudodcUdoqueODireiloinernacoaa?.iuUr!iict'"direiio".ebemqt,;c>epoconheccrpeculrridades.44Opc.- .p.i iG.45rnj>oi.opCL,p.iO;VV!;.opai..p.27S-276:yLacambra,opc;!..p.361.Lega;di;
queoDirciioIniernactonaiPblico,porfa[iu;er!.o.isto.oof.iado.pa.raociimprnien!.od
8/12/2019 Hildebrando Accioly
8/62
36-TratahC)[:DiHrinIntk.vi)..iPt.:!.S!itri-Vtn.|po rt am en to ,aoestabelecersanescontraocomportamento contrrio".Taissaiiesso"asrepresliaseagiierra"""'.
15.Paraanegaodovalorju rd ico doDireitodasGentes,tamb msefalanopo uc ocasoco mqu eestadisciplinamuitasvezestratada, ou, antes,nasviolaesqu esofre.Ma s fatoqu easviolaesocorremigualmenteemrelaoaodireitointerno.Sejacomofor,averdadequ eoDireitoInternacional,e mgeral,obedecidoeosEstadospr oc ur amsempremostrarolsafirmarqu eorespeitam *'.
Seoili Fundamento
16.Opr ob le ma dofundamentodo DireitodasGenteste m grande importncia, po rq ue da maneirade oencarar ou,melhor,deoresolverpo d em decorrerconseqCinciasmuitodiversasnasoluodequestesdeordeminternacional.Po routrapa rt e, dofundamento quesepo de deduziraforaouovalorobrigatrio dasregrasounormasdo direitoemapreo.
Da cjueoassuntoliajasidomuitodisctitidoetenhadadolugarformaodevriasescolasoudoutrinas,dasquaisnoslimitaremos amencionarasmaisconhecidas.
17.Os doisgrandestelogos espanhre-cursoresdo Direitodas Gentesmoderno, foramospri mei ros afornecerelementospar aoesclarecimento daquestodasbasesdessedireito"'.46 h B.Aires.94fv.p.23;i.O'.,do
mesmo p.9.>:"()cir.M5omcrncionacumoordomnormtjlivd,otjmaordeni unis-rsifrrvidenorif-isv/iHdas".
-17 Cr.Sirjo>nrischerVViIlini. of\'ock'rnInwrn.ttofhi in London,1933,p.32;P.M.Brown.TheLegalErecisotRecontion", A.!..4-1(1950),p.6if.WUrcSt-Korowk.y.(o,o.c:i..p.2).idmic,comccruco?tdcexagfi-ro,"riint-ncciddodireitointcrnKonal",masnoporlhe CirnjeriiKfdicocsim.
8/12/2019 Hildebrando Accioly
9/62
36-RAIWjO:>i.Disi:Tv"j In:Tk\;Vi:.:: ViPl -V':,H.=asntesesocialdaunidadeedadiversidadehumanasequeconst i tuiabaseuniversaldoDireitodasGentes"" \
NaconcepodeSurez.acomunidadcinternacionaluma decorrnciadaprpr iaexistnciadeEstadosseparados,masinterdependentes.Aconseqncia naturaldacomunidade ,po rsuavez,anecessidadedeumaeiinternacional; e,portanto,oDireitodasGentestempo rbaseaditacomunidade. AessnciadeseuconceitoixuidamcncaldascKicdadeuiternaciona
estnafamiosaemuito citadapassagemdeseu"TractatusdeL.egibu?acDeojegi sl ato rc (aparecidopelaprimeirave?,em1612.emCoimbra),naquaescreveuque"ogovernohum.ano,emboradivididoem naeseremosdiferentes,temcertaunid-ade,nosespecfica,mastambm quasepolticaemoral,resultantedopreceitonaturaldoamoredacandademtua,que sedevemestenderarodos,mesmoaosestrangeiros,cdequalquernaoqueelessejam".Eacrescentou:"Sebemquecadacidacieindependente,cadarepbncaecacareinoconstituaemSIunnacomuniciadepcreitaeformadapc:irseusmeiribros,cadaumadessascomunidadesctambm,decertouodo,mcnibrodesseconjLintoqueognerohumano.Nunca,comefeito,essascomunidadespodemseparadamentebastar-seasimesmas,apontodenoteremnecessidadedeseuau.xliorecproco,desuaassociao,desuaunio,querparaseunuiiorbem-estaresuagrandeutilidade,querporcausadeuma necessidadeedeuma indignciamorai,comoaexperinciaofaz,notar.Poristo,elasprecisamdealgim.idireitoqueasreiaeasordeneconvenientementenessegneroderelaesedesociedade.Postoqueistoserealizeemgrandeparteemvirtudedarazonatural,istonosefaznem suicientemente,nem diretamente,emtodososcasos,eestaarazopo rque certosdireitosespeciaispuderamserestabelecidos peloscostumesdessasmesmasnaes"'-'.S- .c?cde e -s temFrowjiScr-tl, .'/S:; (.or.:r:\OuO-'iO' Ur.v,
VVihingror, p.127:'"ihoonrir i i io i :o -j .:rxpos:o. f.-'l dud:oii
HiLilE.iKANiOAvi.X-1-39Surez,entretanto,apesardeadmitirecomprovararelaontim.a
dodireitodasgentescomodireitonatural''tambm oscontrape,um,aooutro,aodizer,po rexemplo,que' ' tudooquededuzidocom evidnciados princpios naturaisestmscritonocoraodos homens'.tudoistodedireitonatural",eacrescentarque,"aocontrrio, ospreceitosdoDire i todasGentestoramintroduzidospelolivreconsent imentodoshomens:detodaahumanidadeoudeumamaioria" Kproxeplaju ri sgetiiiunabhominiiisinlrodv-cv.suntpa rarhit r iumciconsemum,nv eintotahomrnumcomnmnitate,Sveinmaioripartef'.Aci iegouoilustregranadino(cognominado Docorey-imius)aumacop.cepvoluntarista e,po rassim,dizer,contratualdoDire i todasgentes,aqualfezBarciaTrellesdeclararqueogrande jes ut aespanhol"def in iutalvezdeformainsupervelacomunidadedasnaes,masno soubedesprender-sedovoluntarismo,queapoucaniia{ernpequencce)apreciavelmentesuau.minosaconcepo"''".
Seiacomofor,Surezteveograndemritode,com" lgicapenetrante" -segundoaexpressodeVerdross-havermostrado:pru-nci-ro,aexistncia deum;sociedadeoucomunidadedenaes;depois,ofatode
queoDire i todasGentesdimanada
apreciaoedojul ga
mentocomuiTidoshontens,atra\'sdodireitonatural;rmalmente,c|ueodireitodasgentesnotemisuaonte,apenas,narazonatural.mastambmnoscostumesdospovosounaes-",
vi";,TV.:':pdccrc"!rjuoS-Liro-.es""!:!!'].;nr,'.so)'?.'nimoorig":..?':"oivj-o r.pc-snrd: d:\LC!:!o,corr.af.bCii-!Jivers'---'
jj ov os esobsefddo.un id -dcpo i i icAofrforo'don-jndon!ejririrurnid>amor;;mcsencrdia. ivOeestende'.todoohomcns,!nck;>ive strtingcfro?,scj.i loropovoaqueDocir.p-34-2S.
S(>V..porexijmpio.O,}i f v roii.c\U3:'"i!;OSXVIeXVil i .57D-l iv ro!l.co.pXV l .;V-8. i-mjgij.-l op-ri.'.li. X:.,
(>.o:idpr;nc!pc>d;: droitpL:olr.P?.rh.950 .p.27A.robrr:maissovfrocon-!o doClo:cx!r,iiu>.10i/er;oor!>.
iv.v;-ncicion-!!Pblico".Alis ,o:ne?mo
8/12/2019 Hildebrando Accioly
10/62
40-TraiaoooDikitonna.onai -VVjj.18.Grco,queviveudofimdosculoXV Iameadosdosculo
XVTI"",fund;n'a oDjieitodasGentes,aomesmotenipo,num direitonauira,cujovalor eraintrnseco,enum direitovoluntrio,resultante doconsentuiientodasnaes.
Pareceinegvel,nessepo nt o,amflunciadeSuarezsobreosbiomestreholands.Esteltimo,alis,no escondeusuabr an deadmi-
Oraoporaquele seupredecess or.Co m efeito, segundoMera(apoiado emScorraille),Grcioescreveu,numadesuasepstolas,datadade15 de outubrode1633,que Suarez era umfilsofoeumtelogodetal
pene tra oquedificilmentesepode riaindicarquemcomeleemparelhasse."Almdisso,noDe JureBelli"~acrescentaMerca-'citafi'eqentemcnteotratadoDas Leis,uniadasobrassquaismaisdeveuaormaodoseupen sa men to jur dicoepoln co""'.
Na concepogrocianaque sedesprendedoDeJureBelliarPaas,odireitonatnralnosefundanavontadedivina,nemdependedomandatodeautoridade alguma:tem valorprp rio. "Consistecmcertosprin cpio sdarazos(/dictatumrect.aerattonis)quenosfazemconhecerquandouma aomoralmentehonestaoudesonesta,segundosuaconformidadeoudesconformidadecomuma naturezarazovelesocivcfDa naturezasociveldohomem,essedireitotirasuaora,mastalnaturezaconsideradacomoimutvel,eporistoodireitonaturalapresentaromesmocarter.NaopiniodeGrcio,
osprin cpio sdessedireitosoclaroseevidentesporsimesmos,tantooumaisquantoascoisasqueconhecemospelosentidoexterno"''.Eomesmodireitoserealizaria"aindaqueconcedssenios, oquesenopod efazersemhorrvelcrime,quenohDeusouque,seesteexiste,elenoseinteressapelascoisashumanas"''".
Juntoataldireito,conforme vimos,Gnxiocolocavaoutrodireito,quetirasua origemdavoitadedealgumserinteligente; odireitovoluntrio.Convm, todavia, esclarecerqueodireitookmtrio, naidiadeGrcio,sedivideemdireitodivinoedireitohumano,segiuidoderiveda50 V.irtVcin""'73.61 M.P. Surt i', Combf.pp .2.10/2.39
RoUivmeAt'filosoti.idodireito,coruie-sej.doA/t v ed o(!.
8/12/2019 Hildebrando Accioly
11/62
42 -fKArAX./OtDitiV.)I.NTtRNUiONiAiPutiCO-\'Oi. >dade geraldos Estados. Porm, essaleinatural spod eri apro du zi r"obrigaesimperfeitas",isto,no passveisdesano pel a forae,port an to,suscetveisdeservioladasimpunementepel osEstados.Assim,deacordoco messaopinio,sasregrasdedireitopositi\oteriamforaobrigatria, sessedireitoterraverdadeiraautoridade.21.A escolapos itiv ist afoilevadaaexageros, em virtudedo hege-
lianismo,par aoqualoEstadoopo de rabsolutonaterra,sendoobe mdoEstadoasupremalei.
Baseadosnessapr emi ssa ,Hegel(1770-1831)esuaescolasustentaramqu eoDireitoInternacionalseflindanavontadedosEstados. OEsta,do,quandoconcluitratados,quandoassumecom.promissos,n oseachaigadopo restessenoatopo nt oem qu esua\-onrade assmiodecide,po rq ue elesemantmacunade seuscompromissos.
22.Opo sit ivi smo ,em suafasecontempornea assumiuvriosaspe cto s,nosquaissereflete,comomuitobe massinala TruyoP,adificuldadedeencontrarsoluopar aopr ob le madafundamentaodo DireitoInternacional.Realmente,onde,naausnciadeum anormasuperiorvontadedo sEstados,encontrarasbas esslidasdesuasregras?Comoconciliaropr in c pi odasoberania absolutado sEstados co mospre cei tos doDireitoInternacional?
Veremos,emseguida,algumasdasteoriasque,dentrodopositivismo,t mpr oc ur ad oresolveressasquestes.
23.Comecemospela doutrina daauto-imiraooudaauto-obrigao doEstado,aqualdurantecertotempogozouciealgumavoga.Seg\indo essadoutrina,oDixeitoInternacionalseRindanavontademetafsicado Estado,que,para asnecessidades de suasrelaesco m osouffosEstados, estabelecelimitaesaoseupod erabsoluto.OEstadoseobrigaparaconsigoprp rio, por que talasuavontade.ODireitodas Gentes sobrigatrio por qu eoEstadocapazdelimitarasimiesmo.Aidiadaqualderivaateoria,realmente,adequ eoEstado,comoentidade soberana,no po de ser subordinadoanenhumaauto
ridadesiiperior.D o n d eanecessidadedeat ovoluntrioseupar aoestabelecimentodenormasobrigatriasentretodos.
A.Trtiyol,FundnuTitosde ('''blfco.r.i
Hh'Oji-AN},)AiriO\\-43Ofundadordessa doutrina,quempr im ei ro aformulou,pa re ce ter
sidoPtter'' '.i\Iasquemadesenvolveu epr op ag ou :oi,pr in ci pa lme n te, Jellinek,conhecidojur istacontemporneo,pro fes sorda UniversidadedeHeidelberg' ' \
Verdrossmostrouqu eelaexistiue mpocamuitomaisantigado qu esepo de ri aimaginar.Comefeito,j naR omaantiga,ac|uestodo fundamentodo Direito dasGentes encontrara,po rassimdizer,amesm.asoluo.Paraosromanos,segundoobservaesseinsigneinternacionalista'todocompromissointernacional setorn.avairrevogvel ,quandosancionadoporumjuranaentoda spartescontratantes.Po resseju ra me nt o, cadau ma destassesujeitava
pu ni odo sdeusespr p rio s,no casode n orespeitarocompromisso.Aessasanosedavaonomedeexecratio.Ne ss epr oc ess o,est,
poi s,narealidade,averdadeiraorigem,ou apr im ei ra idia,da doutrinadaauto-limitaodosEstados,
Ma sospr p ri os romanos, contormeVerdrossobservc)u'sentiamanecessidadede um a base superiorvontadedoEstado.Assimc]ue
pr oc ur av am conrpletaraauto-limitaoco maobrigaodecadaPastado
pa raco masua divindade.
24.Essateorian oresisteu ma crticasria.C oniefeito,comopo de a idiada foraobrigatriados tratados impor-sevontade li\'redo Estado,senocm virtudedequalquercoisasuperioraessavontade?Eatcontraditrio dizer-seque um aregradedireitoobrigatria,quandoseadmitequ eelaapenasoresultadodeum a\'on.tadelivre,de uniavontade,po rt an to ,discricionria,qu epo de ,repentinamente,n oquerermaisrespeitartalregra.
um erro,poi s,bas earodireitosobreamera vontadedoEstado.Apro pos i oinversaque sepod er admitir-conormedisseLe nir'69Lepir -.rA sdudrok ciewp.?n,f).22,di.noen:,inlo, quequamapropspt-b
printciravo:foiIheritig.70Posioqs-EGderondidaprincipalmentenaAtemAnh,i. qs$p-dcJuSrirtaloveun-sf
8/12/2019 Hildebrando Accioly
12/62
44-Trataij.) o:DistiidI,n-i:rnaio.\ \!IkmCcI-Vo!,.I25.Quaseconcomitantemente comadoutrinadaautolimitao,
hojecompletamenteaban
8/12/2019 Hildebrando Accioly
13/62
46l 'RA"Ar.lO >: rnlN:ir.KNACiO\AiPijKJCr" -V(X-130.Kelsen, Verdross,Anzilotti eoutrosiniernacionalistascontem-
po nu ic ospe rc cb er am -n oclLiramenteecombater
8/12/2019 Hildebrando Accioly
14/62
48-TratadcjODiftsronitrxackjna['hico-\'o\. IMa s sua concepoda just ia era subjetivae,po rta nt o,facilmentearbitrria.Comefeito,e!echegouaadmitirqu eodireitoobjetivo,rendocomofxndamentoosentimentodejustia ,seimpeaohomem;mas,em suadoutrina,essedireitocriadopei ohomem,poi sderiva dosentimentoda jus ti aque semanifestanamassadosindivduos.Aesterespeito,deseobservar,qu eosentimento dajust iano
dependede um amaioriae anterioresuperiorvontadedo homem, qu esoadquiregraassuarazo.Assim,Duguit n ofornecebas esuficienteerazovelpa raavalidadedodireitointernacional.
33-AdoutrinadodecanodaFaculdadedeDireitodeBordusexerceugrandeinflunciasobreum do smaisrespeitadosinternacionalistascontemporneos;GeorgesScee.
Scelle,comoDuguit,tevedesdelogoomritodecombater,co minteligncia evigor,ovelhodogmadasoberaniaabsolutadoEstado. Combateu igualmente ape rso na li da de do Estado,queaseuver,n o
pass ade' \mi fin7fu'7io social,u mmododeserdeum acoletividadepol ti cafixadanu mterritriodeterminado enaqualsedesenvolveuum aordem,ju r di ca aiitnomaeu ma organizaoinsiituconaf"\Su aescolaconhecidacomoteoriabiolgicapo rqu eeleconsiderouodireitocomoumfenmenobiolgicoParteeladopr in cp io deque aconservaodoequilbriosocialexigenecessariamenteforascoercifivasqu esoaresultantedasleisnaturais aqu esesubordina mtodososmembrosdomesmogrupo;econcluiqu etaisforas,sociaisecoletivas,sooriginariamentedeordembi ol gi ca .Dessemodo,o direito,que incluapr im it iv am en te codasessasforascoercitivas,tambmde origembiolgica''.
Aseu ver,aconjunoda ticaedo pode r(ou,antes,da "forasocialecoletivapr og re ssi va me nt eorganizada")qu econstitui "afonte
pr of un da oumaterialda ordemjurdica'"''.7 Sclc?,Crv-s.p.82.88 Scee.'RgiesgnralesdudroiieU R. dC ... 4G,p.33S.Rousseau{PntC{p
8/12/2019 Hildebrando Accioly
15/62
tO-ISAT\'\!")O;rD:Kt::rn iC!i--Vry .i34. Opro e sso rJeanSpiropoulos,jur ist agregomuitoconhecido,o
quai,deincio,semostrarafavorvelescoladodireitonaturalouracionai,mudoudeidiaseconvices,pr oc ur an docriarum ano\-ateona,chamada opiniociomlnanLe.
Essadoutrina,expostacomlarguezaennsua"Theoriegnraledu droitinternationa,pub lica daem1930,seesforapordemolirtodasasteoriasanterioressobreafundamentaodo Direitodas Gentes.Pretende,assim,demonstrarquerodasasestruturas]uridcassoiguaimciiteadmissveis,dependendosuaaceitaoourejeiodopon todevistaemqueojuri stasecoloque.A seuver,todososconceitosseriamafirmaesapriorsticaseteriam,unicamenteumvalorrelativo.Deiitr
8/12/2019 Hildebrando Accioly
16/62
-Trata)oi;)t:Ds!ro >i:RN!\( ir>N.\tPOtiuco-Vx. IKelscn,desdeocomeo,combateuaconcepodualistado direi
to,aderindofrancamente doutrinamonista.No spr im ei ro stempos,po r m,haviapr efe rid oosistemadapr im az ia dodireitointerno,tornando,assimodireitointernacional meradependnciadaquele,ou, antes,delefazendoodireitoexternodoEstado.Maistarde,po r m,
po rinfluncia deu mde seuspri mei ros discpulos,isto,de Verdross -segundo informa Kunz''' ele foilevadoamudardesistema,passandoaadmitirapr im az ia dodireitointernacional.ParaKelsen,osistemamonista, base adona pri maz ia dodireitointerno,facilitavaatarefadeencotrarum abasedevalidadejur dica :seriaavontadedoEstado.Aderindo pri maz iadodireitointernacional,elese\'iulevadoapro cura rtalbasenaregrapacta sun tw.r-vanda.Esta- diz ele-"earazodavalidadedostratados,e[oitantoafont edetododireitocriadopo rtratados".Ma sodireitointernacional tambmcostunieiro.Ondeencontrar,ento,abasepara aviidadedesteliltimo?Kelscnno seemb;u'aa;''Aforaobrigatriadodireitouiternacionalrepousa,em ltimaalada,nu mpre ssu pos tofundamental:nahiptesedequ eocostumeinternacionalum tatocriadordedireitoEstahiptesepod eserchamadaanormabsica.N oum aiorniadedireitopositi vo,nocriadaporatosda vontadede sereshumanos;pre ssup osta pelos juristas aointerpretarem ju ri di ca men teocomportamentodosEstados""'.
dalegiumd.uicdosnorm.isnio poraii:-gurno umdever","toprprioKesen""dis.eLeFur-"quominsistenessadistinotundamenuiqueeleestbeleceu
Se in eoSof lcn.o5o!h!7,oDewr qu*caractc-iza a jE.:'rdic.vo oiee"10suscchVeldevGriicioexperimental-Ae>:istnciadessedevernocabsoiuiamenieprovadapeiofsiodo quetalcomportamentohumanoroiobservadonummottieniodado".
106 Kelsen.Pnnciph.i.p.314.A teriant:irmiitivadeKcIsen .-ipoiada vriosautorescontemporneos,entreosquaisP.Guggenhcim("Trait".,p.7)eeaniiuillicr,ucmmsc/eDrodInernittOfalPub fic, Paris,1950,p-8-D'\z Truyol, em"Docirines contemporsinesdudroit cSorensen,l.e.s.ouacCdadroiiin ie rnut ionaf .Copenhague,194(>,jxWilchcs,Icnouvndroi l d\:>1948.p.12;R.Ajo,Sc:K-f\/.
8/12/2019 Hildebrando Accioly
17/62
;>4-UArAO-:.)D:;Rl:"C1.\ A.jO-VM -V.JL-J37.Outropo nt odadoutrinadeKelsenqu ete msidoobjetode
iindadascrticasaqueleemqu econtundeoEstado,coroocomunidadejur di ca, co mseupr p ri oordenamentojur d ico '"' ."OEstadocomopes soa ju rd icadisseele "ape rso ni i ca o deum ordenamentojurd ico"'Essaidentidade,noentanto,par ece difcildeser
pro vad a,cantomaisquantosabidoqu eoEstadoposs uielementosqu enadat mqu everco mameracriaodenormas"".
38.Keisen,recusando-seaadmitir apo ssi bi lid ad edeum fundamentoobjetivopar aodireito,viu-sedecertomodoobrigadoaapelar
par asuanormahipottica. Na realdacle,oemimentechefedaEscol?,deVieraestraK-c7,roais
pert odadoutrinaobjetivadoque eleousariacon:ess~lo-Fazendoabstraodoelementoracionalquedominatodoodireitopos iti vo' '',eleim"ocaaindemonstrvel Grundnortn comobase detodooseusistema-comoque reconhecendo, dessaforma,aexistnciadealguma coisaacima da vontadedo homem,ou, conforme ase.xpressesdeMircea Djuva-ra'', aidiadeumimperativoticoracional,aidia normarivadajustia.
39.C omoquerqu eseja,onorm.ativismiokelsenianouicapazdedemonstraravalidadedanormafundamental
{Grundnorni)eatde
indicarquaisoscritriosdestaChega-seassim,cadavezmais,conclusodequesedevebu,scara
razodaobrigatoriedadedodireitoforadombitodesuasnormaspositivas"'';de que impossveleLiminar-sedo dureitoaidiadeum ajusti a
e!a valoremesnosua deser?"-pergunuSceiios C'.':.';;.:;;:eh-D;Oi'fubUcnodrno, i95 3,p.55).
no Kelscn,Toriagenrale,p.56,1i'i p.20 Kn2 A.['erciiatkouncz, hc.a:.,p.230.Charlesde%sche (ThorieseiRtJs DroiEn[errr,vJona
PbJic-i95Xp.90) dizqsjtessaidcniilicaoenirpEslsdof;iormas,"so tempo.irreaieproiundimenjoperigos.]!"pifJprpriaconcopcSoobjelvadodir-2it>."i\'o cabsavj-tamentecomocomplexodenormns'-acrescentaCh.riVisschr-"que vOmTo-;tjmrrem relaesunscornosouiro, adquirirdireiso-eassumirrespons.-bidcides".
1 13 MirceaDjuvara,"LefondementdeTordrjuridiquepo-siUrendro: R.d.C.,64.}93SA\.p.570.
t 34 MirceaDjuvoira."L'idc?dsconveniionetsesmanifcsationconimo iridiqui'".nosArchive>doPhifoophi.'du0:0'''o:c''jScc:c-:;:-!0 juridicijc.X,:9;sJ,p.'iS'.
il5 G.Gurviich."Thcoriespur.i[5esde-5soiircc-dudroilpo?Jti:". "Lsproblmcde?sourcesdadroi:posifr"{Ann'j
8/12/2019 Hildebrando Accioly
18/62
56 -Trataoo :)l iRtiK nTknacs)naefOit.i CJ-Vde,.Ievidenteaexistnciadealgumacoisa,ou, melhor,de um direito"acima dodireitopositi vo"'"-';oupo rq ue oconhecimentodetalhitosevaitornandomaispal pv elco modesenvolvimento daconscinciamoraldohomem''Verdrossdi zclaramentequ e"odireitodasgentespo sit ivo no po desubsistirse messabas ededireitonatural"'''.
40,Qiie,po r m,pr ec is am ei t e, odireitonaturaP.Verdrossde -fi.ne-ocomosendo"asnormasqu eresultamda naturezaracionalesocialdo homem"'-"*.Eacrescerita que, apesarda variedade de doutrinasaseurespeito,amaiorpa rt edelassecombinamem seufundamentoe"todaspa rt em daidiadeque,po rsuanatureza,ohomemumserracionalesocial,qu eseconhececomotal"'-'.Naverdade,ningumdiscuteaafirmaodequ eoh o m e m
u msersocial.Algumasvezes,contudo,pa re cehaverquemesqueaque,almdisto,eleu mse rracional;eque,assimsendo,possuisensomoraleconscincia,atributosqu eodis t inguementreosc o m p o n e n t e sdoreinoanimal.
E graasa essesensornoral,aessa conscincia,que ele emitejulga mentosdevalor,apreciaatosou aes''",julgaosfatosqueselheapresentam;distingue entreobe meomal,obeloeofeio,overdadeiroeofalso,oritileonocivo,ojus toeoinjusto.Edessesjul gam en tos de valorqu epr ov masregrasnormativasqu eseimpemaohomem,regrascujaexistnciaconformeatrsficoudito 39) -eleconsegue1'erificar,mas cujacriaoestacimadeseualcance'-'.
I C.Rofitmen.Jhc tnCHhohcThought,St.Louis(Misouri)S-London,I9-3-7,p.15 c!.(.droi t n.iturvf. p.160;G-S.tIvoI. Lrgltdodroitinornniondi RdC ,7,9-S-l!,notaIhp.36.
122 .Miritciin,M.inAndlhe5uite.Chicononder.n.'i!v.ord!ci ion.i!.S.Mvirice1945,p.41.A.MeS-ineo,(fdirittointernazionleneliidottrinjcfo rccj 2"'ed..Roma.1944,izqueoundanienioprximododireitonauiranriAlurca "niasoundameroontogcoA dcDeus"i09).
} ilfAC-lOl.v-. 7Istobast apa racaracterizarodireitonati.iraPejus tif ica rsua invo
cao como base para avalidadedo direitoposi tivo ,validadeque decorrenatundmentedeprm cp ossuperioresvontadedolegislador'-".
41.Apr p ri adenominaodedireitonaturalindicaqu eesteconsideradocomo"conformenaturezahumana""'-.
Efato,po r m,qu eomesmote mrecebidooutrasdenominaes,taiscomo:direitoobjetivo,direitoracional,direitoideai,direitocientfico,direitotranscendente--todas,po r m,seconciliandonaidiadequ eco mqualquerdelassete mem vistasempreum conjuntoderegrasanterioresesuperioresvontadedo homem"''.
42.Qualoseucontedo,ouque pr in cp io soconstituem?Aparentemente, asteoriasne msemprecoincidemaesserespeito.
Na verdade,po r m, h apenaspe qu en as divergncias nomodode asexpor,ounasexpressesusadas.
Truyol,po rexemplo,observando qu e"anaturezahumana s uma,cmseustraosessenciais",di zqu eombitodetaispri nc pio sseredu zstendnciasfundamentaisegenricas,"deixando-seaodireito
pcxsitivoamissodcasadaptarconvenientementescircunstnciaspar tic ul are sdclugaredetempo"''-.LeFu rn oseafastousubs tancialmentedesseconceito,cpan-
doafirmouqu e"odireitonaturalouracionaisecompeessencialmentedeum p eq ue no nmero dcpr in c pi os gerais,po ristomesmoqu esedevemaplicaratodososhomens". Precisandooseu pe nsa mentoereferindo-seexpl ici tamentesobrigaesdecorrentes da 12i5oiundoM.Djiivvir.i[ 'Orolrationne!e!droitposhif",-mRi: cui 'i'Cny,I,pp.257-258)."o
iopoloquaiso. tribnis
i.i3Messineoiop.ai.,p.109)diz,inaiprecisaniente,queodireitonatural,"ditadopelohuinaia,coniplexodeprincpiosmErinsecos",podeserchamadorarr5ce/ic/t.v;fe,
"sosele rtemvistaafontet'i(rriadondesederiva";o/e/vo,"seseconsiderstafontepr.vima,arr-fen-tcriada";.-.'rMrOKe."porconstardeprincpiosininnsccosprpnanatti-re?:adohomemedavidasocia":rsdoni."porqueafaculdadequeoditaeopromulgaat:onsf:iCiciaiumin.idapeiarajro".
1.'i?.-X.ruvoi.f(;nr/afrien-'o.s-/eDerec7f.>u.
38 - Tramoo Di DiSfiro Ixtsmaciiona Plvkx) ~ Voi i At 'i-iiV - :-9
8/12/2019 Hildebrando Accioly
19/62
38-TramooDiDiSfiroIxtsmaciionaPlvkx) Voi. i%dadohomememsociedade,oinsignemestredisseaindaqu etaisobr);aescorrespondemnecessariamenteaoutrastantasrc -t>Tasdedireitoequ eestassao,"almdaobrigaoderespeitarasnormasestabelecidaspe laautoridade em vistado be mcomum,aobrigaoderespeitarumcompromissolivrementeassumido-contratoentreindivduosou tratadoentreEstados~eaobrigaoderepararum danoinjus tamentecausado"'-'.Em sntese,par ece qu esepo de concluir qu eo direitonamral com.-
pr ec nd e,emtermosgerais,ospri nc pio ssuperioresdejus ti ainscritosnarazohumana'-'".43-li, po r m,imutvel essedireito?Gnyinoucoumiuitobe mque,
"seseadmite,segundoarazo,a experincia eosentimentontimo,auniformidadedanaturezahumana,aidentidadeconstantedeseu destinoeaexistnciadeum aordemnaturalpe rm an en te derelaes entreoselementosdo mundo, seh deconcluirnecessariamenteque ospri nc pi os depu ra just ia ,qu eno somaisdo qu eum adasfacesdessaordem.,consen,'am,riomeiodasvariedadesedascontingncias desuaatuao,um carteruniversaleimutvel"'
Verdioss,contudo,pa rt in do da trmuadeS.lonisdeAquino-Ouidquidrecipitur, recipiturpermodurnrccipiencis ,di zqueda"resultaqu eaimutabilidadeda idiado direiton oincon.cilivc co madiversidadedasconcepesju r di ca ssegundoospov os",oqu eno impede"aexistnciadeum.fimdojurdico comum'"''.
dudrolnauredepuis!eXVlIesrci& etodocrinefodemo".P..dC...lj.1927-.p.309.I J TcKioCcny, p.481,nota2;j.Dtirboliay.l:ircnl-:iirid-qi-",
Or.ondc-ni-in,1945.p.43,135 Fr.Cicny.opa,p.4S5.Lc"urscrambn"::"Od=rei;0 propniUfiCni- dlci:ioc*
varive,porque- scontni ap!ic/d(1934.!,pp.285-269.explicacomctguniarrinuciaoc.rtrdotmubiiidade.3!rj!>udoodireitonaTur.:!.A.Messiirco[op.Cl-'.,p.105)'aagpaieisnj.ii!- iteri!clhed.ir o nrtv:'d:'.nt::i.:-v.!"
... "OIc?V''.i':'P'':n:(::>ckiiv/o;-!,p.lil';.Acr.sceol.!'.:,i,ric,"p:;!:.;ic.Oci:rc"-itri.'icU/rjiouob;'l!Vfir::v'\cid'.-::m
de.r':v.-"'!\-'"ent!"jiridcsindr-""Le>irids- probs-imcseir/oc(r/;;c.>{2'-ed.,1950,p..3691dissequeleFurfoi"ome':itreincontestado"darciooriade-direito,-"aFr
8/12/2019 Hildebrando Accioly
20/62
60-TRATAOOr rsTFR.V.V.K -iWiPlBK.O-Voi,.isnciaeseresumenanoodo be mcomum,obe mdo gaipo, nacto-naioumundial,que estdestinadoaregcr"'''\
Entreosseusprinc pios, est, como vimos,aregrade que oscompromissosdevem,serobservados{pactasimtser-vanda).Ma sno seconsideraqu eestaregrapo rsiscomochegaramaa d m i t i r certos internacionalistasposi ti\i stas -possa constituiroRindamentodetodoodireitodas gentes;quaado muito,seadmitir que elasejaum fundamentoindireto,pois envolveum prisicp iode justi a.Eoqueformaaessnciado direitonaturalprec isa men te aideiadeum ajListiasuperioraosfatos.
Sejacomofor,cadavezmaioronmerodosinternacionalistaspar aosquaisodireitonaturalconstituioverdadeirofundamentododireitointernacional,equ esustentam, poi s,estarnaconscinciadohomemaverdadeirabase daobrigatoriedade desteltimo' ''.
Ofatodequ eaconscinciaju r di capo ssu aoranormativa"~disseSpiropoulos' '' "bastapa radar-nos um po nt odepa rt id asuficientenoqu etocaaocarterobrigatriododireito.Dondevem ocarternormativoda conscinciajurdica?N oosabemos,ne mtam
po uc opo de re mo ssab-lo.Be msepo de ri adizerqu eocarternormativoda conscincia ju r di ca te mDeuspo rorigem".Ma sconcluiuomesmoautor,suficientedizer-sequ eodireitointernacionalsefundanaconscinciaju rd ic a' ''".
45. No direitointernacionalpo sit ivo contemporneo,tem-semencionadoumtextoem quemuitosautoresencontramaconsagraododireitonaturaleque Lauterpachtdissetersido*'golpemortalno
LeFmt,"Li)ihoi-iedudroiln.iiurel",Rxl.C...iS,l')27-ii,pp.4:)8-439.C.fl.Kr,iljbe,"L'idpinoitriiedeltJ!",R.dC-,13,I92f,.!!l,p,577.ConvmnioconHidif
8/12/2019 Hildebrando Accioly
21/62
estabelece,no artigo22,que,na faltade regrajur dic apreci saou quando,
poralgummotivo,forinaplicvelorecurso, atalosuplementar,da legislaoitaliana,ojuiz ,"tundaiido-senosprecei tosdodireitodivinoedo direitonatural,be mcomonosprin cp ios geraisdo direito carirco", darsuadecisoaplicandoocritrioqueseguiriasefosseoiegSadcr'''.
Finalmente,pare ceque sepod eregistrarcornoadesodoutrina do direitonaturaladeclaraodaComisso deDireitoInternacional das
Na e sUnidas,cmdataaindarecente,seguirdoaqual"opri nc piodaboa -feoigualmentefundamental pri nc pi odorespeitosobrigaesdeum tratado"..."'estonabaserealdo direitointernacional"'"'
SeoIV Fontes
46.Algunsautoresdivergem,muitasve2s,quantoaosentidoeaoalcancedaexpressofontesdodireitomtcrnnciorwdphliiO' 'Diversosaconfundemco moprp riofundamentodessedireito.Outrosnelaincluem apenasosdocumentosqueconsignamasregrasjurdica sinternacionaisoucertos atospbli cos que pro vai it aexistnciadetaisregras.Outros,ainda,a consideramcomosinnimo dos fatoshistricosda \dainternacional,dosq_uaispare cemdecorrerasi'eferidasregras.
Qiiando,no entanto,aquisetalaem fontesdo direitointernacional, oque temosem vistaso osmodosdetormaooumrap-ifestaodessedireito,ouosmodosdesuarealizao,ecioscjuaisdimanamdiretamenteosdireitoseasobrigaesdaspess oasinternacionais'''.
47..r\ssimententlida,aexpressocorrespondeaoqu eseestipulounoartigo38do EstatutodaCorteinternacionaldejus ti a como base i5I osexiod.li!Ciida, i rh j -secm.eT-.r.U-S-im-Sii-os>; cdro-/esijei.fi -i s .i930.pp,
254-264.C.Cj. "Iqi.i;;rion->defif? irtCry.!ij,$;r(19341.pp,.>03-304,noti30.i52 U. R\ponotineImcrnUOm!Co":'i7.'>.'ed..Milsino.Pp.i>4cididofp;cos
f-aiami?-;clJi"do5oai.rcafor-.ledod i re i ioda:;p;en-s,por qu e,em.g eral ,"coii-ni.n,pcf!recp ro co ?
e
livres
aco rd o sentroc>>
Glcidos,par
mAlrSfdc..rres.con-ivu-a/'. i5 8Lei-L/r.R6.cgnrc-sks.p.20S.Legazy.acanibra{r:o>a!hdeiDericho.p.4 3 ;}e-r\:.end
qtO"ospri ncj pO stcrasdodireiiOs oprr-tcjporundomenaisdevaiiciareunivera!fro'jsejam:pri ncr jii osdodrifilona-jrai".
t59V.oaiada2-
8/12/2019 Hildebrando Accioly
22/62
64-TR'VTa.i)(f)rDiKfn'0 IriSN\("k>n;ai.f:5!.K.x.)Voi. iNe sta mesmaordem de idiaspo de admitir-se a classificao de tais
prin cp iossugeridapo rVerdross,segundoaqualosmesmossedividem,deacordoco msuaontedireta,emtrscategoriasdistintas:1")adosprin cpi ostiradosdiretamenteda idiadedireito(porexemplo:o
pri nc piodequ etodaregradedireitodeveapresentarumcontedorazovel);2')ados pri nc pio sforaecidosimplicitamente porum ainstituiojur di ca determinada(porexemplo: opri nc pi ode qu e toda conveno
pre ssu pe
consentimento liwesobreum objeto
lcito);
e3'0
ados prin cp iosafirmadospel odireitoposi tivo dasnaescivilizadas"-'".
48.Algunsautorest mpr oc ur ad opr ec is arquaissoexatamenteessespri nc pio s.
Le Fur,po rexemplo,citoucomotais:opr in c pi odalegtima defesa,odareparaododanoinjustamentecausado(inclusiveolucrocessante),orespeitodo scompromissosassumidos,ateoriadoenriquecimentose mcausa,aexignciada bo a- fnainterpretaodo stratados,opri nc pi oda pre scr i oaciuisitivaou extintiva, oda responsabilidadepo rculpa,anoodoabusode direito'"'.
Guggenheimindicaapenas:oabusodedireito,aresponsabilidade internacion-al,aobrigaodarestimio doenriquecimeato ilegtimo,aexceodapres cri o liberatria,odanoindireto{lucnmicesumi)''''''-.
Monacofalaem "princpiosgeraisdedireitopos itiv o",deduzidosdas "normaspos iti vasexistentes", ed comoexemplos;opr in c pio da irretroatividadeda lei;opr inc pi ope lo qualtodofatolesivocomporta
rapportsiniornriiioniiuM".!\C.iDl\XLV,J936.p.48).H.C.GtJtloficij.e"ThoMeof>eau,op. eh.,p.122-123e895:Cuggenlieirn,i.p.i
66 - Ti-\;"a!x) iJt [IS: [o iMKNACifiNAlPCkikci - ! rii.irKw-x":Ac.::H"; -67
8/12/2019 Hildebrando Accioly
23/62
66 Ti \; a!x)iJt [IS:[o iMKNACifiNAlPCkik.ci Confederaosuaa30dedezembrode1861,numl i t gioentreaFranaeaVenezuela(questoFabiani),naqualorbitroinvocou"osprincpiosgeraisdodireitodasgentessobreadenegaodeustia.isto,asregrascomunstT:iaiorpartedaslegislaesouensinadaspeiadoutrina"'"'; odasentenade14demarode1908,entreaNoruegaeaSucia,naqualorespectivotribunal mencionou"osprincpiosun- damentaisdodireitodasgentes"'"';odasentenadeIIdenovembrode1912,entreaRssiaeaTurquia,naqualotribunallembrou"osprincpiosgeraiseocostumeemdireitointernaciona!"'"' ' ;e, nalmen-teodasentenapronunciada em13deoutubro dc1922,po rumtribu nalarbitrai constiradoentreosEstados Unidos daAmr ic aeaNoruega,sentenanaqualhouverefernciaa"princpiosdejusti aquesocomunsatodasasnaescivilizadas'ACortePermanentedeJustiaInternacional eaCorteInterna
cionaldeJustiamuitas vezesinvocaramtaisprincpios,emborasemlliesdarexatamenteadenominaoquef iguranaaneacdo artigo38doEstatuto.As sim, cm certoscasos,aprimeiradasduasCorressereferiuapenasa"princpiobemconhec ido" ,oua"pr inc p iosre- conheciciospelasnaescivilizadas",oua"princpiogcraimcntereconhecido ciodireitodasgentes'',oua"pr inc p iosgeraisebemreconhecidos'', oua"princpiogeralmente reconhecidopelalur ispru-dnciaarbitraiinternacional, bemcomopelasjur isd iesnacionais".
Noutrasocasies,ela foimaisexplcita.Istoocorreu, porexemplo,emsentenasobreaquestorelativaacenosinteressesalemesnaAltaSi -lsiapolonesa,sentenanaqualforaminvocadosclaramenteos"princpiosgeraisdedireito" ' 'h Nasegundasentena,acercacioPCiCsmoutgio, "6/ LCTur. p.70?.IfiH Ani.yseda LaHayc,p.23.169 Amy>ifdo?>LV??er!ce5.La o.4.i70 'V.L/'.,RcCii':-'! l.P-3;n.No:or'np'omib;odo t-itrt*
Po'UigdiDA-oiarsda,assiriado H.ii3doabri]de19i.>elativnie.Lfquestoi,lomol,jjp.270-272'k c5!;ip!-ido(art.2-0queoArbitrodo\'triad-cidir''b-iSi-ridi-eO'eo eo dodirckoir;:s:-:v:c':C!o.-Sv=3r'.N,'? p't?erri,-i2Sdejurihodei914,'Tiohoi.i'-'iproprTinc.'-r!-(invor.
8/12/2019 Hildebrando Accioly
24/62
8/12/2019 Hildebrando Accioly
25/62
I |l! > AC OLY
8/12/2019 Hildebrando Accioly
26/62
68-TrataioUE[iREiTOlNri:RWAc:iONAiPuBtico-Vcx.I50,Os pri nc pios geraisdodireito,comofonterealcpo rexcelncia
dodireitointernacional,t mdecertoumcarterpr ee min ent e, emrelaosfontesfor rnah ovipontivas,poisnelessebas eia o direitoposi tivo ,cujasregrasno opo de mderrogar'*'.Apesardisto, aprio rida de na aplicaopr tic ape rte nce sregrasdo direitoposi tivo ,istoe,aodireitoconvencional eaodireitoconsuetudinr io,po rq ue ordinar iamente,conformeobservaVerdross"asregrasdodireitopos iti vono so maisdoqu eacristalizaocconcretizaodo spri nc pio sgerais"e,assimsendo,no sernecessriorecorrer diretamente aestes.Istono excluium aaplicaosimultnea detaispri nc pio sedasditasregras''.
Poroutro lado,o.princpiosgerahtm,no somente valorIntcpretativo, masainda,esobretudo,odepre enc herlacunasdas outrasfontes'l
Podem,entretanto, osditospr in cp ios serinvocadoscontraum Estadoque pr et en danuncaosteradmitido?Pareceindiscutvelqu esim,po rq ua nt oelesno dependemda vontadedo sEstados'''.
51.Qiiantoschamadasfontesfo rmai so\xpos iiv as,po dedizer-se qu eso,comooafirmaScelle,"osmodosdecomprovao {constata-
tjmroE;ou." 2.r:3!>-n,p.K)5).Nomcsntonido;Lai.n.orpach."Rcglc-"cncraes dudroisdlapafx",R.dC.,62.1937-V,p.166.
iSi Un:. p.206.ir>2 Vtrdro?.s,"Leprincifxsgcnraux du droirVR.Xi.XHl,934.p.495.BniprojetodeRcsoKjo
acoad eni aj';os{odt;1933, a21'coniisodolisitulodeDiro.jionlernacionaldeciiryu que"osprincpiosgeraisdodireitoliem crtioasregras (k (iireii.0 ni:ernocontan?. 5partesonilfgio,s soapicvni; cmcasodosilnciodasconvenesedocostumainternaciona]".tnas"pokmsorvrpardinterpretarasregrasconvcncianaise doCi>s!unie".Apropsitodaproeminnciadosprincpiosjerasdedireitosobreasfoniespositivas,veja-seadianteumaci5.
8/12/2019 Hildebrando Accioly
27/62
ba ti da , co mvantagem, po r internacionalistascontemporneos; ecomo qu esepo deconsiderarcomoabandonada.
Na verdade,ospr p ri os fatosda vidainternacionalmostramaimpo ssi bi li da dedesesustentarqu eocostum.edependedoconsentimentodosEstados.Sepre val ece ssesemelhantetese,todoEstado qu efaasuaentradana comunidade internacionalestariadesobrigado de tododireitointernacionalcostumeiroanterior. Alis,como be modisseKelsen,par aaadoodo preten ciicio conseniirnentoidcio,''serianecessriopro va rqu etodososEstadosdacomunidadeinternacionalconsentiramemtodasasnormasdodireitointernacional geraipo rseuefetivocomportamento, pel apa rti cip a onoestabelecimentodocostumequ epa te nt ei aodireico"'
52-D oqu eacabamos dever,po dededuzir-sequ esedeveestabe le ce rum adiferenaentreusoecostume,sebe mqu eesteeaquelemuitasvezesseconiurdam,nalinguagemcomuna,
Enquantoocostumese.xistequandosedesenvolve ohbitoclaroecontinuodecertosatos,co maconvicodetiueosmesmos,deacordoco modireitointernacional,soobrrarrios'"",ousonodee.xistirco marepetiodeatos,massemtalconvico.
Parecerazovelexigir-sequ earepetio deatosconcordantes, co moreconhecimentoou aconvicomaisoumenosgeraiequasesempre tcitadesuanecessidade,sejacondionecessriapar aaadmissodeum aregradecostumeinernacionaimenteobrigatrioif>' Keheu.Pr-nc:phi.p.3i2. aniigjide( .mip. -n clc r-rri>i>o ck-: -5
Kciscn p. -"r!"ii;:k;s:'-.oof.que, comreido a p''jder.s.:;;; 0 ifsr;*!iioriiariE,satlecernimportncia,suficcnc".Cr.,cio ine-smoautor: Tiy}r!\i ov:ec;'c'//o p. 357.Liutrrpnch:ir;U;xdiidroidS ;ens". Xi(1934), p.437;Sc011';;,Procij. ,p. j07-30S;R. .Vlo:i.;co,
Cf'/OJ-P.opriVfUO.p.54;F.Guggenhoim,"Lesdeuxjmtr i i .d-eLicouT- inv:; Q'.tdr;:Sntcraationai", eniUifchmquoaleipr.r.cipijdudronpi:b'K:.1,p. 230; "Tivj NaSurc;O'Ci.Jior i"iaer i. , ir umEiriiar.iodei,odre-ponsablidade.c:M"nreia";:o.10re>pLK [. :v
riaquesuiodo>nacionaisdoEsiadostinidosda.-AmricaemMarrocos.!9--Co>'S.:moSocciLpr6 !) "sO aossi.ador:i.mc'icanr5. 195 i.i pp.2"\-'277.i9bC!./9...p-200-i9rrvOi-,!i, p..][2;i.CrLir.Rt- i:'- - - -pr
8/12/2019 Hildebrando Accioly
28/62
72-Tratadooe[Dire i toIn ictjACifwMPO . co-V.ji.! Se mdvida,segundoobservouLeFur",quandosete mem vista
umtratadopar ticu lar,deveseda rpr ee min n ci aaodireitoconvencional,emvirtudedopri nci pio detjueum adisposicjesj.iecialpreva lece sobreoutramaisgeral.Pode,no encanto,sucedertambmo contrrio ~isto,c]neum costumeespecialderrogueum adisposioconvencio nal,de cartergeral.Poroutrapar te, admite-se qu eum tratadono devederrogaru mcostumeslidoenotoriamente consagrado".
56. A outrafonteformaloupos iti vaotratado.Os trataclosso,em sentidoamplo,aexpressodeum acordoentredoisoumaisEstados,ou entremembrosda commiidadeinternacional.
E mrigor, conformeobservaScelle -'',po de ri am acrescentar-seaostratadosasdeclaraesunilateraisdevontade.Mas,aindasegimdoomesmoautor,taismanifestaesunilaterais, muitasvezes,soapenasum elementodeformaodesituaesjur di cas, qu essercompletadoquandoaceitoimplcitaouexplicitamentepo routroououtros membrosdacomunidadeinternacional;ealmdisto,cmcertoscasos,n ocriamabsolutamentenormas jur di cas .
57.Ostratadosdistinguem-segeralmente cm tratados-contratosetratados-leis '"\Os pr im ei ro s,namaioriadoscasos,sobil ate rais .Os outrossomultilaterais.
Os tratados-contratosso,comoonomeoindica,um aesjciedecontratoentreEstadias,eabarcamum atrocadecompromissos, paraoajustamentodesituaesbila terai souoestabelecimentodeprest ae srecprocas.Nat ur al me nt e, fazemiei entre aspart es, sofontesde obrigaesentreestas,masnoobrigam,demododgiim,osEstadcjsquenolhestenhampre sta dosuaadeso,isoladamente,pois,n oconstituemum a fonte formaldo direito internacional geral"''-;mas po de m contribuir
par asuaformao,cpandoasdisposiesouregrasqu eencerramsorepetidasem vriosoutrostratadosda mesmanatureza,adtjuirindoassimovalorjur d ico deprece itosinternacionaisconsuetudinrios. 198 LeFuf,/;c.C'.,p.20').Cl',l au crp ach t . ,'Rgiesg n ralesdud ro k dolapai x". K.d.C..62.
1937-iV,p. 166.19 9 ScaW.hc.ar.,p.312.200 Sitik,Co/r,[>.i:)72.201 V.incrin"860.M.Siberl[ILpp. condon
certoque suaforaobrigatria sexiste, emrigor,par aosEstados contratantes;mas,emgeral, suasestipulaessobretudosegrandeoiime-rode taisEstados adquiremoprest gio de regrasjur dic as internacionais.
58-Almdasreferidasfontesdo direitointernacional,socomu-menteadmitidasoutras,embora,em geral,selhesdadenominao de font esacessriasouindiretas.Taisso;alegislaoeasdecisesjud ici ri asdosEstados,adoutrinadosiiiristas,aju ri sp ru d nc ia do' tribunaisarbitraiseda scortesde jus ti ainternacionais-''. Ne sse scasos,talvezco mum aexceo,n osetratapr op ri am en tedefontes,mas antesdefatorescapazesde exercerinflunciano desemolvimentodo direito internacional ou contribuir indiretamentepa rasua formao.
Apos sve le.xceoada ju ris pr ud n cia internacional. Realmente,seestano exatamenteum mododeformaododireitointcrnacsonal,elaconstitui,pel omenos,um mododemanifestaodessedireitoc,pelo spre ced ent es, forma um aespciede costume internacional, dig'noderespeito'*'.203I,!,p.46. 204Comosabido,oiri..38,1.d,daCo rtelntcmcion
8/12/2019 Hildebrando Accioly
29/62
I
8/12/2019 Hildebrando Accioly
30/62
-Tkataiooe[DistiruInt;rn.\ciona!.IOsik.o-Vjl. Ito,eque,po risto,te malgumasvezesnecessidadedecorreo po rumpri nc pio superior,queseindicapo rjus tia oueqidade'''.
Comoquer queseja,ojui zourbitronopode, emnomedaeqidade,decidircontraodireitopositivo existente-anoserporped ido ou exigncia daspartes.Eparecetersidoestaaideiadacitada clusula doEstatutodaCorte'"
60.Tem-se discutidoa questo desaberse, comaenumerao adotadanoartigo38doEstatuto daCorte,houveaidia deseestabeleceruma ordemhierrquicadeprecednci a entreoselementosaosquaisos
juzesdoaludidotribunaldevemrecorrer,parasuasdecises.Pareceque,deacordocomtestenumhosdapoca,arespostaa
essaquestodevesernegativa'".SeoV
RelaesentreoDireitoInternacionalPblicoeoDiREtroInterno
61.Odireitointernacionalpbli cointerferefreqentemente nodireitointernodecadapais,aomesmotempoquesofreainfluncia
"Lcrp.xration domniages cnusstiu>clrangrsp,rdesmouvemenisroiuronnaircs. iurispfLiccncodelaComisionfranco-mcxicainecit-srecIcimatiorK{!9'>4-1932)"Paris1933,p.30.LeTuf if:!cmenl:y,pp.f>3,'i.>) l\/_qjucahip6;se tiienctricii cigunia tgf- fiedifiio.masqueconviieinrcconltecorcomonjiocorrespondendom,?isAscircuistuJas Cl.K.Srriipp,"Lepouvordujugeimcrnaiion!dosuuieranqiie".R.d.C..3.1,lyjQ-lI,pp.469t:470.SegtndoA.C.Ki- (. dedroi;ondcot puhhc),"
8/12/2019 Hildebrando Accioly
31/62
aosegundo.Oqueocorre,antes,umarelaodecoordenao"umequilbrioharmnico' ,comodizlnivol-- ' entreaordemjurdicadacomunidadedeEstadoseaestatalcomoreconhecimento,em'.istadobemcomumesobagidedodireitoobjetivo,daprimaziadaprimeira.
Semdvida,nosepodeignoiraraexistncia,freqente,denormasdodireito internocontrriassdodireito internacional. Isto,porm,noacarretaoreconhecimentodeumadistinofundamentalentreaqueleeeste.E sabidoquedoevenuialconlitosurge,ento,comoconseqncialgica,aespciedesanoconstimdapeloreconhecimentodaresponsabilidadeinternacionaldoEstadoque,naordeminterna,tenhaadotadoalgumaregradedireitocontrriaaqualquernorm.adodireitodasgentesoutenhadeixadodecumprirsuasobrigaesinternacionais.
Esseprincpioderesponsabilidade,em.taiscasos,liojegeralmenteadmitido.
i\igunstratadosdearbitragem,conformeobservouWal7/*\encaramfrancaipicnteavalidadeeventualdeatosjurdicosnacionaiscontri-iosaodireitointernacional.Nestesentido,citoueleotratadogermano-suo,dcarbitragenieconciliao,de10desetembrode1923.Poderamoscitartantbemo tratadoanlogo,entreoBrasil,eoUatguai, firmadonoRiodeJaneiroa5desetembrode1948,cujoartigo3,alneaterceira,assintdispe:"SeaquestoforsubmeddaCoite Internacional deJustiaouaum tribunalarbitraleasentenaou laudodaquelaoudestedeclanu'queadecisoadotadapelajtuisdiodomsticadapartecontratanteemcausaseacha, inteiraouparcialmente,eraoposiocomodireito internacionaleseodireitoconstitucionaldaditapartenoperniitirousimpej-feita-mentepermitirquedesapareamasconseqnciasdetaldeciso,asentenaoulaudodaCoiteoudotribunalarbitraldeverconcederreparaoeqitativapartelesada".
Isso\'emapenasconfirmaroreconhecinientodoprincpiodaresponsabilidade
internacionaldoEstadoemcasosdessanaturezaeanecessidadedaaceitaoevenmaldeuracompromissoespecial,paraatenderconveninciadamanutenodecertosaspectosdaordemestatal.2M Truyol.foncsc;'e p,26. 21 G.A.VVdIz."Lesrapporisdu droi:intcrntiorisiedi: drorinterne",R.t .C., i937-i![.rx06.
64.ACortePermanentedeJustiaInternacional,decidindo,em25dcmaiodc1926,aquestorelativaacertosinteressesalemesnaAlt aSilsiaPolonesa,disseque,"dopontodevistadodireitointernacionalcdaCorte,queeseurgo,a.sleisnacionaissomerosfatos,manifestaesdavontadeedaatividadedosEstados,domesmomodoqueasdecisesjudiciriasoumedidasadministrativas".EacrescentouqueaCortenoeradecertochamadaainterpretaraleipolonesacomotal,masanadaseopunhaaqueelasepronunciasse"sobreacjuestodesaberse,aplicandoaditaiei,aPolniaage,ouno,dcconformidadecomasobrigaesqueaConvenodeGenebrallieimpe,emrelaoA.!.emanha""-'.
Schwarzenbergerinterpretam.uitobemessaspalavrascomosignificandoque,para aCorte,asatividadesdoEstado,tanto legislativasejudicirias,quantoadministrativasepuramentepolticas,noerammaisdoquesimplesfatos,queseriam,ouno,compatveiscomodireitointernacional,e,nosegundocaso,envolveriamaresponsabih-dadedoEstado,deacordocomodireito internacional.Econcluique,nestascondies,poucoimportasabersehdoisdiferentesordenamentosjurdicos{rcalrnsofia-w),ouseodireitointernociecategoriainferiornahierarquiadasnorm.asjurdicas;oquevalequeaCortePermanentedeJustiaInternacionalmanteveocarterpreemmentedodireitointernacional'".
Idiadecerrom.odoanloga-e,nosentidoqueoranosrateress,,,aindamaisprecisa-forae.xpressapelaCorte,eiriparecerconsulv'de21defevereirode1925,api-opsitodatrocadepopulaesgrcg.iseturcas,quandoaceittuou"umprincpioevidenteporsimesmo,segundooqualumEstadoquevalidamentecontraiuobrigaesinte;nacionaisobrigadoaintroduzir,emsua legislao,asmodificacnecessriasparaasseguraraexecuodoscompromissosassumidos
V-se,pois,a,maisumavez,amanifestaodoprincpiodaprio ridadedodireitoexternosobreodireitointerno,dasuperioridade da:norm;isdoprimeirosobreasdosegundo,edanecessidadedctim.ii.216C./l/.;,,riA.r:'-'7,p.19.217G.Schwarienberger. Lv.v.],2"'ed.,p-27.2lo ,ric-8,n'. p.20.
80 - Traado de DireK) Intcrnac iONAi 5>t;!>t!C'o - Voi I hiU-iiKArciuv- 81
8/12/2019 Hildebrando Accioly
32/62
80 TraadodeDireK)Intcrnac iONAi.5>t;!>t!Co Voi.I"cooperaodosrgosestataisnamelhor realizaodosf insmarcadospelacomunidadcinternacional"' ' ' ' .
Essasuperioridade,proclamada reiteradasvezespeiaCortemundial,fo iacentuadaaindahpoucosanosemimportante econhecidodocumentodoSecretrio-GeraldasNaesUnidas,datadode5denovembrode1948,noqualselque"tratadosvalidamenteconcludos peloEstadoeregrasgeralmente reconhecidasdedireitointernacionalformam
partedaleiinternadoEstado"e"no
podemser
unilateralmenterevogadospuramentepo raonacional"-.Tambmali estditoque"u mEstadonopodeinvocaraausnciadeleisergosnacionaisprecisos,comorazoparaonocumpr imentodesuasobrigaesinternacionais"-- ' .
65.EcertoqueasConstituies demuitosEstadosexigemqueasnormasinternacionaisexpressas,po rexemplo,emtratados,devemsertransformadasemdireitonacional,parasuaexecuonaordeminterna.Aesserespeito,h,porm,queobser\'ar,desdelogo,ose-gTiinte:1")onocumprimentodetalexigncianoeximeoEstado daobrigaointernacionaF;2)asupervenincia deleinacional contrria
obrigaointernacionalnodestriestaepodeacarretararesponsabilidadeinternacional doEstado. Comoquerqueseja,alei internaprocura,geralmente,precisara
maneirapo rquesercumpridaaobrigaointernacional. 66.Nessesentido,desem-olveram-sealgunssistemas,acomeupelo
daincorporao,cujaorigemsevaibasearnaInglaterra,ondesetornoufamosooaforismo"InternationalLawispart ofthe law oftheland".Em219 Agu Mar DJ.P.,,,p.215,lio "Surveyonoroiit ion.3l L
8/12/2019 Hildebrando Accioly
33/62
AsConstituiesnacionaisdeoutrospa ses,inclusivenaEspanh arepublicana(1931),cont inhamdisposiesmaisouinenosanlogasaessas"".
AConstituio rancesade1946seguesistemaum pou codiferente.Ela reconliece,sem dinida, apri maz ia do direitodas gen.tessobreodireitointerno,cc)moofazemigualmenteasnovasConstituies daItliaedaHolanda",masostratadosdiplomticosem qu eaFranasejapart edevemser''regidumente ratificados epubl icado s",par aque tenham"foradelei".Em todocaso,terotalfora, "aindaquesejamcontrriossleisinternasfrancesas,semque,para assegurarsua aplicao,hajanecessidadedeoutrasdisposieslegisiativasalmdasque,porv entur a,tenhamsidonecessriaspar aassegurarsuaratificao"(art.26)""'.
N oBrasil,aatualConstituioFederai(1946)no nrzreferncia expressaaodireitodasgentes.Entretanto,considera-segeralmente que,em pri nc pio ,ostraacioseconvenesinternacionaisemque oBrasilpa rte ,ssoincorporadoslegislaonacionaldepoisdeaprovadospel oCongressoNa ci on al '' '.
67. Aessepr op sit o,oInstituto Americano deDireitonternacio- na],noartigo3"dopro jet odeConvenon"4,sobreasbasestunda- mentaisdodireitointernacional,apresentadoem1924aoConselhoDiretordaDnioPan-americanapar asersubmetidoantigaComissoInternacionalde JurisconsultosdoRiodefaneiro,declarouoseguinte:'' Odireitointernacionalformapar tedalegislaonacionaldecadapas.Nasmatriasque ihe correspondem,deve,po rta nt o,ser aplicadopelasautoridadesnacionais,comoleipr pri a". 226 Aa!u.iCorsEituiaorcdcrildoMxico(ari.i.Tidispeque"aConar cseocaso quanio.comooiorrecorrifreaOrcia, oBrajise!gaaacordosniornacionais queentramemvigor sempassarpeic>Co.ngressoNac:r:ai.
AditaComisso(presentementetransformadaemConselhoIntera- mcncanocieJurisconsultos)adotouoniesmoprin cpi o,nareunrode1927,niasemtermosdifcren.tescumpou comaisrestritos,conformeconstadoartigo2 dopro jeto deConvenon],,sobreasbasesfundamentaisdodireitointernacion-al,artigoassimredigido;"Odireitointer-naciondpositi voaz jarteda legislaodccadaEstado,e,nestecarter,ser,nasmatriasdeseudomnioedeacordoco maspre scri esda respectivaConstiuiio politi ca,aplicadopelas autoridadesnacionais".
68. Ness amatria,comoem muitasoutras,odogma dasoberania,s\"ezesexcitadopelonacionrJisrno, quasesempre orespons\'elpel apre -tendid.suieiode norniasinternacionaisaprec eito sdod;re-tointevio.
Ern todocaso,treqentequ ealegislaodeumEstado,muitas vezes]:)ormerasconsideraesdeordemprtica'""',tenlraemvistaapenasdeterminarouregular,pelatormaqu elhepar eamaisconveniente,aexecuodetratadosouconvenesinternacionais,pel osrgosestataiscompetentes,e,po rmeiosadequados,pr oc ur etornarconhecidostaisatos,naordeminterna.Istoe.xplicacertasformalidadesadotadasatalrespeito,namaionado sEstados.
Algunsautoresaissocliamamreefruiododireitointernoaochreitoexterne)--''',outrosfalamem tran.sformao destenaquele;outrosainda,mencionan.iohitocomoadooourc.cepododireitoexternopelo direitointerno.
69.Na\-crdade,asobrigaesinternacionais pos itiv asdirigem-seemgeralaosEstados.So estesqu easdevemobservaremsuasrelaesrecprocasefazerobservarcmsuaordeminterna.Da oaludido recursoapro ce sso sreguladospel alegislaointerna.
C omo querqu eseja,essasituao chojeera dia geralmente compr ee nd id ae,po risto,adivergnciaentremonistasedualistas,oupiu-ralistas,pe rd eum.uitodesuaacuidadeesefaianu mtrabalhode aproximaoentreesteseaqueles '".22'ieJiccMorgonstcrn."j-adiCk!PracticcandtheSupremacyofIrternatfona!l.a-.v".
i.VS..90,p.54..?.J0Sohr.;-a'.c>eriorvv;:-.via-se .Q%:adrj,D ,pp.4!-44.
Ai-uiarN.'avarro.op.C7: .I.p.207."Oessencia"- dizes-eautor-"insistirnasuperiori-dad:daordimrr.-ernacionalenarjhriatriacooperaaodosrgosestataisparaamchorrf;Mr;j:aoCOSmniarradoprJacomtjndadcinternciona!"(-bidjn].p.
84 T t j ) oOiK nii S'i blico - V(ii I Hit O ? \ vX) AcciOl y - 85
8/12/2019 Hildebrando Accioly
34/62
84-Trata j . ) oOiKrnonii S'iblico V(ii..ICaptulo[i
Desenvolvimentohstricoda srelaesnternaconaiseDOOiRElTO[NTERNAC10NALPBLiCO
70.Odireitointernacionalpbl ico,comoconjuntodenormas destinadasaregerasrelaesinternacionais,cdeorigemmoderna. Encontram-se,contudo,osrudimentosdea].gi.msdeseusprinc pios desderemotaantigidade.Algunsautoresen.Kcrgammanifestaesdessedireitoatentreosjudeu s,dotempodeIsaas,nosideaismessinicos,nasesperanasexpressasdeuma eradepazefraternidade.
A sitisaonormaidospovosantigosera,noentanto,poucopropcia formaoe desenvoKmento deum direito que lhesregesseasrelaes.Pi"imeiroqiteuido,estas erain.escassas.Os po\'osviviam,em geral, isolados.Sasguerras os aproximavam, guerras sangretitas,cruis,selvagens.
71.JnaGrcia antiga,por m, aprp riasituaogeogrficaepolticaem queseencontravamospovoshelnicosfavoreceuoaparecimentodasprimeiras instituiesconhecidasdodireitodasgentes--'232 NHo[rccnclfiiKis ccio diisgontes. mamplspD
8/12/2019 Hildebrando Accioly
35/62
es ce e rac o e ra a os eoaz;e,t am m,cont n areatas est na -
dosc. a.C-,entreascidadesjn ias deCaleiseErtria,sobreapro ibi o dousodearmasdesleaisentreosbel ige ran tes '"' .
72,Avocaojur d ica dos romanospo rforahaveriadecontribuirtambm,dcalgumasorte,par aaormaododireitointeniacioiiai. Essacontribuio,po r m,e mconseqncia decircunstnciasespeciais,oi diterente da que forneceramosgregos.Desdecedo,oespritodominador dos romanos pr oc ur ou alargarodomniode sua cidade,at tom- la,po rassimdizer,senhoradomundo.l"oradeRoma,estasqueriavernaessubmetidassua vontade e,po r istomesmo,no seadaptavaidiadeque aciaspu de sse estarligadapel areciprocidadededireitosedeveres.Evidentemente,talsituaaonio erafavor\'el aodesenvolvim.ento dodireitointerna.cional
Entretanto, aspr pri asutasem qu eaquelepo vodeguerreirosejur ist as se via freqentemenieenvolvidoimpunham-lhecertasregras,destinadasn osaconservarapaz ,masaindaaregularalgunsas
pec tos daguerra.Da ainstituiodosfeciais,cujoritual,segundo EttorePas"-","contmosgermensdodu'eitointernacional'".
Os teciaisconstiraamum colgiodevintesacerdotes,que,nasrelaesdeRoiiacomasnaesestrangeu'as,aplicavaum direitosagrado,aoqualsedeuadenominaodcju s feiaie.Essedireitoregula\-acertasformalidadesrelativasdeclaracodcEruerra,be mcomooutras,referen-
a JL '- ' Odasaevitarorecursosarmas.Assim,porexeniplo,emcasodeofensa,dealgumpov oestrangeiro, ochefe dos Feciais, re\-estido das insgniasdeJpiterFeretrius,atravessavaafi"onteirae,pe ne tr an do no tciritrio inini-go,exigiasatisfaes,que consistiam ou narestitio dacoisadequeoofensorsehouvesseapoderadoindevidamente, ouna entregadocidpa-do,Se,apsumpra zodetrintadias,asatisfaonoeraconcedida,osfeciaisdeclaravamaguerra(Justumbelhu)formdmente,po rnieiodeum dardo,que um deles atiravanoterritrioinimigo"''.
C abia aosfeciaisdeterminarseu ma guerraerajus ta ou injusta.De acordoco moju sf ef ia le ,shaviaquatrorazesjust aspa raaguerra;a236 /ac/vPP-250e3i3-2.37 E.PiT;,/7.'
8/12/2019 Hildebrando Accioly
36/62
88 Tr-VTADOOEiJlKf!roNr[R!AiOJAi. l !;:!f:0 Vol.. "vaimarcar indelevelmente todaai'idada idadeMdiae,em particular,odireitoitirernacionaldapoca".
O traooriginaldo espiritopoi/ti codos povosdonorte, diz aindaomesmoautor'*,umaforretendnciademocrtica.Osgermanos admitiama Uberdadeindividualepara saivaguard-la criaramumsistemadeequilbrio entre asprerr ogati vasreaiseasprerro gativas populares.Ofeudalismonomaisdoque aaplicaointegraldessesistema.
Em suma,odireitoindividual estcontidonosistemagerm nicoeresultaaomesmotempodopri nc pi ocristodaigualdadeentreoshomens.
Aexpressoprti cadessedireitofoiliberdadeindividual.Eestaconduziulogicamente liberdadedoEstado,com aqualsedesenvolveoprinc pio dasoberaniainternacional.
74.Em todoesseperodo,ainfltinciadaIgrejaromanafcnpreponderante. OPapa,como chefe espiritualdaCristandade, tinha aosobreossimplesindivduos,ejulgavadoproce dimen todeunsedosoutros.Sua,sdeciseseramuniversalmenterespeitadas.Suamediaootiarbitragemresolvia litgiosee\atavaguerras.Por(lutrolado,aigrejaprocuravaimpediraprticadasguerrasprivadasentreosprncipesfeudaiseseesforavapormitigar acmeldadedecertasprticas.Assim,na poca doeudaJismo,pregavaeia,natrana,apaz.deDeus,oupa zdoienhor,que sedestinava aproibir todoato hostilcontracertaspessoasoubens;e,maistarde,sugeriaafamosatrguadeDeus,enibradaem989peloArcebipodeBorduseprocla mada em1905,no ConciodeClermont,pelopapaUrbano11emvirtudedaqualseproibiaorecurso sarmasemdeterminadosdiasdasemana,durantecertasestaesdoano'.EsabidoquemuitoscostumesbrbarosforamcondenadosnosConcliose,desdeento,comearam,acair emdesuso.
Em face dopapad o,crescia,entretanto, opod erdoimprioroma-no-germnico,cujochefepre ten deu estenderoseupod ertemporalsobreomundo.Foram,assim,inevitveisosconflitosdejuri sdi oentreopapaeoimperador.Alutaentreosdoismaisseacentuou,a24241
( (
pro ps itodachamadaquestodasinvestiduras,nosfmsdosculoX,etevecomoumdeseusprincipai sepisdiosotriunfodopapa Gregrio'11sobreoimperadorHenriqueIV.
75.AsCruzadasfavoreceramasrelaeseodesem'olvmento docomrcioentreoOrienteeoOcidenteeconcorreram,dealgumasorte,paraquesecriasseum sentimentodesolidariedadeentreasnaescrists. Foram,pois, um elementopropcio criaodeprinc
pios dedireito internacional. Outroelementoigualmentepropci ofoiaformaodevriosEstadosindependentes,fatoquemaisseacentuoucomodesaparecimentodofeudalismo.
76.SegundoOppenheim,seteforamosfatoresdeimportnciaque,nessa poca,prepa rara moterrenopara ocrescimentodasregrasdeumfuturodireitodasgentes.Essesfiitoresforamosseguintes-''"
1)Asliesdoscivilistas,queconsideravamodireitoromanocomoodireitopore.Kcelnciae,emseuscomentriosaoCorpusJris Civilis,tocavamemvriasquestesdofuturodireitointcnacional,discutindo-asluz dodireitoromano.Aoladodoscivilistas,figuravamoscanonistas,cujainflunciafoiigualmentegrande.
2) As coleesdeleismartimas degrandeimportncia,aparecidasemconseqnciadodesenvolvimentodocomrciomartimo.Entreelas,asmaisfamosasforam,porordemcronolgica:asantiqssimasleisdeRodes,queparecemter sidocolecionadas ertrcosc.VIIe oIX;aTabulaamalfitiina,cdigomartimooriundodacidadedeAmlfiequedata talvezdosc.X;asregrasou leisdeOlron, coleodedecisesdotribunalmartimo deOlron, organizadano sc.XI;oConsolatadclMare, elaboradoem Barcelona,segundounsnasproxi midades doano1300,segundooutrosnomeado dosc, XIV;asLegesWishuenses,coleodeleis martimasdosc.XIV,originriasdeWisby, nailhasuecadeGothland.Odesenvolvimentodocomrciomartimo,atestadopeloflorescerdessesdiversoscdigosmartimos,determinoumaistardeacontrovrsia sobre aliberdadedosmares,que, indiretamente, favoreceuodesenvolvimentododireitointernacional..
90-Ts.-ir.\-;oi)tD:RironvkxaciOnaPhlico-VVj;. i t"Avv.i.. .':-91
8/12/2019 Hildebrando Accioly
37/62
3)Aformaodasligasdecidadescomerciaispa raapr ot e o de seucomrcioedeseuscidados.Amaislamosadessasiigasfoiahansetica,constitisdanosculoXII.
4'-')Odesein-olvimentodocostuniedcenviarcreceberlegaespe rma ne nr es. Aoprin cpi o,sospap asmantmlegaesempase sestrangeiros.Ocostumefoi,depois,adotadopelasrepblicasitalianasdeVenezaeHorena;enofimdo sculoXV|era miutocomum.
5")Ocostumedos exrcitospe rm an en te s, oqualdatadosculo X V efavoreceuodesenvolvimentoderegrasepr tica srelativasguerra.6")ARenascenaeaReorma,Apn me r areviveuoespritodo cn.stanismo,despertando aconvicodequ eosseusp.rnic piosdeviamserobservadosemmatriainternacional,tantoquantonasrelaesinternas. A Reforma psfimdominaoespiritua,ldopa pa sobretodoom.undocivilizado edeterminouaschamadasguerrasdereligio.
7")Finalmente,osdiferentespia nos ,qu esurgiramdesdeocomeodo sc-XIV,par aoestabelecimento da pa zpe rp tua . Opr ime ir ode que setemconhecimentofoitalvezodePierreDubois,legistafrancs,que,em1305,pro p sum aalianaentretodasaspot nc ias cnsts,para ofimdemanterapaz.Duboisprevi a,no seuplan o, oestabelecimentode um tribunalpe rm an en te dearbitragempar aasoluodecontro\'cr-siasentreosmem.brosdaalianasugerida.Os rbitrosdeviamserinacessveis"aoamor,aodio,aotemor ccobia".
/7 .Ao alvorecerdosculoXVI,jhavjatantosEstadosindependentesnaEuropaqu elogoseimpsanecessidadedeselhesregularem-asrelaes,edeseconciliaremosseusinteressesepr ete ns es divergentes. Po routrolado,osdescobrimentos,resultantesdapocadas grandesnavegaes,epr in ci pa lm en te oda Amrica;a questoda liberdadedos mares;otrficodosescravossuscitaramdiscussesee.xigiramsoluesdeordeminternacional.
Foientoqu e
surgiram
osfundadoresdodireitointernacional,
comocincia.
78.Opr im ei ro detodos,em data,eomaisnotvelfoiodominicanoespanholFranciscodeVitria,qu eviveuentre1480e1546-''.
Seunome deriva do lugardenascimento:Vitria,capital da prov nc iadeAlaA'a,naBiscais.
Vitrianoeraumjuri sta,esimu mtelogo;mas,aindaiovcm,cultivouasbel as-l etr as.\''iveualgunsanosemParis,antesdeensinai'emValladolide,po rltimo,emSalamanca.Professordeteologiana universidadedessaltima cidade,eleseguiu,em suaslies,omtodoescolstico,to caroordem,monsticaaque pe rte nci a.Da aforadesuaargumentaao.
AsliesdeVitriasforampu bli cad asdepoisdesuamorte,esetornaramconhecidascomoRele ction ex1/heologicaeouRelec tioii csMorak:?-'''.Duasdestasseocupamdcmatriarelacionadacorriodireitodasgentes.Referiam-seambassituaoresultante,pa ta aEs
pa nh a, do descobrimento da Amrica. Apr ime ir a(intitulada De In dm prio7-)discutiaasrelaesdo sespanhisco mosselvagensdoNo vo Mundo, examinavaosdireitosedeveresdos pr im ei ro sem relaoaossegundoseopr ob le madadom.inao,pelaEspanha,dosterritrios americanos.Asegunda(intituladaDe In di uposterior,st-ijcdeJurebellt)tratavadasleisdeguerra,nahiptesedevirasurgiruinalutaarm.adaentreosespanhiseosaborgenesdaAmrica.AsmatnasdiscutidasnessasegundaRelcctio eramasseguintes:1)Podemoscristosfazeraguerra?2}Qualaautoridadequ epo deterodireitodedeclararefazeraguerra?3)Qiiaissooupo de mserosmoti"v-osdeumaguerrajusta? 4}Qiiepe rm it id ofazernumaguerra jus ta?
N apr im ei ra dessasReecttones,Vitnasustentouque asIncitasn.oeramterritrionidlius.Tinhamdonos,queeramoshabitantesdaquelasterras.Estesjasocupavam,mansaepa ci fic am en te ,quandoalichegaram co mosespanhis;logo,deviamospr ime ir os serconsideradoscomoverdadeirosdonos,
A esseprop sit o,pergmita-\'aVitria,corajosamente,seera licitoroubara
independnciaeoterritrioa
po"vosestrangeiros,
aindac]ue
jagos.
244ScijnioJdiirr:ii=TorrtbiinoRipoli,Oi*;prf.rcecl!ridiJ'50'5p,r5r.rio!.i
;oA(x:cxv-93
8/12/2019 Hildebrando Accioly
38/62
Nasegunda,mostroualegitimidade daguerrajusta,basead anosconceitosdeSantoAgostinhoeSoTomsdeAquino.Assinalou,ento,queadiferenadereligionoeracausajustaparaaguerra;nooeratampoucoaexpansodoImpno,nemaglriadoprnci
pe''" ."Anicacausajus taparadeclararaguerra"-acrescentou-haverrecebidoinjria,injriaquenofosseleve-''.Ma snemtudoserialcito naguerra.Er alcito,sim,"ressarcir-sedosgastosdeguerra edetodososdanosrecebidosdoinimigo,aexpensasdeseusbens",assimcomoVingarainjriarecebida"
Barthlemy'referiu-seaobradeVitnacomcertoentusiasmoaodizerqueatravsdelapassaum"grandesoprode hunranidade", queanimasuasrigorosasdedues.BrownScottnosemostroumenosentusiastadodominicanoespanhol,quandoafirmouqueeledeveterp;u:ecido,aosque oouviramnaUniversidade daSalamanca,muitoacimadoseutem
po,porq uanto"ans,elenosparecemodernoe,nalgunspontos,emavanosobreanossaprtica,senosobreasnossasidias"''''',
79.DepoisdeVitria,aLspanha dosculoX\'Iaindaforneceuoutrosnomeshistriadodesenvolvimento dodirestodasgentes.Kntreeles,siltentaram-seDomingodcSoto(1494-1560),FernandoVasquezMenchaca(1512-1569),B;iltazardeAyala(1548-1584)'e,prm cip ab mente,tranciscoSuarez(1548-161/),professor naUniversidadedeSalamancaenadeCoimbraeautordotratadoDkgihisac De o kgislaor\
245 Rcsposuihicr.-t-lf.lquosl.k)Ir),2n.i2l cl. Ir.du.If).246 Ibsder.)(p.!22).2-i7 ;>jc/witp.\2-A2A).248 io\found.iours,p.7.i-19 I,8rO\vnScou.Jhe Orioinoilniern.iiion.i}Uv.v.p.40.Vltriiileve, dvicf.i.
precursores,nios.conformoi\\zRed-lobihandcd&ndccns,p.22).Jinhiigefri dosiuncldores doHireiio cIhs foiin-i.igi.f3daport-le.tnire osprcctirsofes,citni-coIcga itaii.inoGiovannideOuello,someneimpressoem1477;IHonorlonH,dihologiensraiholiques",cursofeitosobosajspfnosdf>Ccolrcli!roo!.i.Coimbra.pp.7e81cqu?Sureirdedicou"oseugnio,asuaerudir
8/12/2019 Hildebrando Accioly
39/62
internacional p bl ic osurgiuverdadeiramentecomocinciaautnoma,sistemat7.ada"'\
Gicionasceuem Delft(Holanda),;i1.0deabrilde1583,emorreuCiTiRostock(, \lemanha),cm 1645.Desdecedo,re\-elou grandesqualidadesdeesprito,qu eaidademaduraste zconhrmar.i\uitolovem,cursouaUniversidadedeLeyde.Depois,foiFranae,emrleans,recebeuotailodedoutorem direito.VoltandoHolanda,dedicou-seao foro,sem,contudo, desprezarascinciasea literatura.Envolvendo- seem
questespol tic as
ereligiosas,
foipre so
cm1618
e
condenado
pri so perp tu a.E m1621,conseguiu fugireserefugiarnaFrana,ondetinhaamigosem,evidncia,comoopr nci pedeCondeoutros.ApsamorrecieMaurciodeNas sau ,voltouaindaHolanda,mas,no
po de nd o obterasuareabilitao,retirou-separ aHamburgo,ondeo foiencontrar, em1631,um comitdocondedeO.venscierna,paraexercerocargodeembaixadordaSucianaFrana.Aceitandoessecoircite,entrouemflmesalgumtempodepois.Aoterminarsuamisso,foiSucia,ondepou coscdemorou.Rctirando-scdeEstocolmo,seguiu
par aLbeck,quandonaufragounascostasdaPomernia, sendoentotransportadoparaRostock,ondefaleceu,com.odissemos,em1645
Apesarde
qu eosvcrd-adcirosfundadoresdodireito
internacional,
conformevimos,opre ced era m,demuitosanos,Grciojtemsidticognominadoopaidessadisciplina,talvezpo rq ueaelesede\'eo
C);>rt):Sf:)rHerbertVVrigin,c;ii7h,.-ChoJC o:A-roe;;; U-.-.-p.25j,moL'011qac c6O.O: C;.1co>fl,> pir,L.
o{5escn.vo'i!fieno&.)que on;modrnaoesscr!cia!ni&ni&catlicoemsu evoiuo.domesmomodoq::-oioiccenrt .icacSo".EnreosprecurrescaNcosdeCrcO.oproieo'VVrigh-indico-.;,porordfinicrorvolica.prltr-.iiro;Ttrf.Jaoo. Ar.brsio.SAoIcrntmo. loi-oCr}f[nn')o.SantoAgostinho,SintolicjorodeSevilhi,SoRiimunciodePcoibne-.SqTomsck:Aqufo.OHcm-nvenliirodoffriquodeSo.giiso.Crbi.Tn.nici.i Monor?onc;r, Anlivoo\'Iorc-:-iaeSivesire Cito:;,t;niscgud.-.os;e6]ogososculoXVoconvosdocoioXVii,cm
cujOSescriiossoncocuram
b
8/12/2019 Hildebrando Accioly
40/62
umgrandecongressodeEstados,pararesolverassuntosinternacionaispeioconsensonitisodaspartes.Neleestiveramrepresentadosquaserodososlistadosda ]>oca,Da paz deVestliaresultouoreco-nhecinrento,comoEstadosindependentes,daConfederaosuaedaHolanda;resultoutambmoreconhecimentodaindependnciadosdiferentesEstadosgermnicos,emnmeromuitosuperioratrezentos,sob os laosdeuma confederao, acujafrenteforam conservadoso
ImperadoreaDieta
imperial.Sua
prin cipa lconseqncia,por m,foiaconcepodoecjuilbrioeuropeu,com aadmisso,pelos
EstadosdaEuropa,dasolidariedadedeseusinteressespolticos. 83.OsculoX\aiaindaprodu ziu escritores edeulugarafatos,que
tiveramba sta nt einflunciasobreodesenvolvimentododireitointernacional. Entreosprimeiros, citam-se,porexemplo,RichardZouchouZouche(1590-1660), jurisconsult oeaidito,professornaUniversidadecieOxfordeautordoJu nsetjudicii jec ialnsivejris mlergentesetqiiaest07iumdeeodeinexplicatio,publicado em1650,eSamuel Pufendorf(16,32-1694),prof esso rdedireitodasgentesnaUniversidadedeHeidelberg enadeLundeautordosElementajurisprudentiae iim-vcnalts(1666)edotratadoDejurenaturaeetgentiuni(1672)'''.Comofatosnotveisdoditosculo,devemsermencionadosapazdoPireneus(1659),entreaFranaeaEspanha;apazdeBreda(1667),entreaInglaterrae aHolanda; asguerraspelasquaisLusXIV procu roudilataroterritriofrancs; ostratados de Aquisgrana (ALx-la-Chapelle,1668),
Ni meg nc (1678)eRysvvick(1697);o grandedecretosobrea Marinha,promulga doporLiu'sX Vem1618ecujaautoridade,cmmatriadedireitointernacionalmartimo,foiconsidervel.84.0sculox\ai i , em seuprim eiro ano,viu surgirnaEuropaum
novoreino,quedentroempou cosetornariagrandepotnci a:foiaPaissia.Algunsanosmaistarde,cmseguidapazdeNys taed t,com aSucia(1/21),aRssiatambmfoi admitida nafam lia dasnaeseimediatamentepassouatervozativanosnegciosdaEuropa.
Entre outrosfatoshistricosque,nesse sculo,tiveramdguma repercussono desenvolvimento dodireitointernacional, podem serassinala-
B SolifcZo i ch .vici?GeorgesSceEc,em ound.cin,pp.26-3 So)rGPuiVodarL
dosos seguintes:apazdeUtrecht, em1713,eadeRaestadteBaden,noanosegninte,asquaispuseramtermoguerradesucessodaEspanha, entreaFranaeaEspaniia,deumlado,e,dooutroado,aInglaterra,aHolanda, aPrrissla,PomigaleaSabia;apazde Aquisgraita,cm1748;a
pazdeParis,em176.3;aspartilhasdaPolnia,em1772,1793e1795;aindependnciadosEstadosUnidosdaAinrica,em1776;apazde Versalhes,em1783;e,finalmente, aRevoluoFrancesa,comassuasguerraseo
grandemovimentodeidias
por elasuscitado.
ARevoluoFrancesateve,semdvida,repercussesiiodireitodasgentes,aindacjuenoimediatas.Umidealdepaz edesolidariedadehumanafoipo relaproc lama do, desde oincio.Depois,figxtrou,
porexemplo,entreseusdogmasfundamentaisodireitodeHvredisposiodospovos,princ pio que,maisdeum sculomaistarde,irave-riadeterimportantesreflexosnavidainternacional.
85.EntreostratadosdosculoXVII,tiveramespecialimportnciaparaoBrasileasantigascolniasespanholasdaAmricaodeMadri,em17.50,entrePortugaleaEspanha,peloqualseanuloualinhadivisriadaspossess esport ugues aseespanholas,traadapelodeTordesilhas(1494),esedeterniinouverdadeiraUnhadelimitesentreasmesmas;eoprel imin ardeSantoIldetonso,celebradoem 1777,tambmentrePortugaleaEspanhacigualmenterelativoaoslimitesdasposses sesdosdoispases.listeltimonochegouaserexecutadoecaducoualgunsanosdepois.
Na guerrapela independnciaamericana, aFranaeos Estados Unidos, aliadoscotrtraaInglaterra (1778),adotaramaregradedireitomartimosegundoaqual,emnavioslivres,asmercadoriasdevemserlivres.
Em1780,formou-seaprim eira ga denc.uralidadearmada,encabead apelaRssiaedirigidacontraaspre tens esinglesasrelativasaocomrciodosneutros.Vinteanos depois,surgiua segundaligadeneutralidadearmada-''''.259Oprofc-sOrOr.Kuisrud,d.iUnivcfSidiic dcl.vil!o,no*;ra tad o sUnidoscijiArnrici,
numsobotnuio"ArmedNe uir Ji lit es to1870"EA./.,29.1 9 3 5 ,pp. 42.'5/447), ajrmouq u e,ancesdiich amid pr ime ir al!g;-\i -Vrli. !-:iL>r:sS:AN!X)Ai.X-9'J
8/12/2019 Hildebrando Accioly
41/62
86.C omo snternacion.alisasdessesculo,devemserlembrados, entreoutros ;C ornl iusva nBynkershoek(1.643-1/43) ,nascidoeni Middelburgo, na Holanda, antordas seguintesobras:T)edornunonurns,De foroic.gatorum,Ousstwncsju-fis pitb li \ChristiandeVVbltt(1679-1754),nascidoemBresaii,naSilsia,autoro] ia gcntiv.mmeihod.oscienfi-capert ractatimiedasImt tii tionesj ri snafuraeeigen iur rti \] czu -JacquesBurlamaqui (1694-1748), nascidoem Genebra,na Sua,autordosPrtn cipe idudroitdclaruiture.etdei Emerou'me!"ciideVatel(1714-1767), nascidoem Bouvct,nopri nc ip ad odcNe ufc ht el ,autordeLe d.rottdesgensoupnnc ipei delaloinaturelleappliquslacondutteetauxaffatresde>naticnsctdessouverams ;Georg-Fnednchi von Martens(1756-1821),nascidocm-amburt-o,na Alemanlia, autordoPrcisdudroidesgensmodernedeFEuropccujapr im ei raedioapareceuem1778edoqualsetornouba sta nte conh.ccidauma edio
pu bli cad acm1864,co mcomentrios dopub lici stapo rtu gu sSih'e3trePinheiroFerreira'""eanotaesdeCh .deVerg.
87.Apocanapokndca,marcadaporbri lha nte svitriasirancesasevriostratadosdepazqueasseguraramopr ed om n io dcNap ol eo sobregrandepart edapAiropa,no ioipro pic iaaodescp.\x)\'imcntodo direitoi.nternaclona.1.Entreosfatosdessa pocaqu emerecemmeno,nessaligeiraresenhahistrica,igiuamosblo que sosdecretadospel aInglaterracontra aFranaepo restacontraaquela,scibretudooclebrebloqueiocontinentalpr oc la ma do po rNap ole o emnovembro de1806'"'.
88. OCongresso de Vienvi(de novembrode1814aiunhode]815)consagrouaquedadeNa po le o Ieestabeleceuno"caordenidecoisasnaEuropa.Comele,asrelaesinternacionaisassumiramnovoas
pec to. Abre-seum a novaera,e m cuieosEstadoscomeama ter conscinciapre ci sadosseusdireitoseCteveres,eospo\T)sadquu'emosentimentonacional, surgido,po rassimdizer,co maRevoluoFrar,-cesa.Po routrolado,oscidadosadquirenaaconscinciadoslaosqu eosligamaogruposocialaqu epe rt en ce menasceentreosdiferentes grupossociaisosentimento dasolidariedadedeinteresses.2(>(> Siveb:'. pKiicirnr/rroirn jvlsPLic.roc,joNegciO .i'jD-joc.)Vhr.o do
laneij'0. orii1821.e eio nirsmo .mo :en"!emcj! Crter vohoucroir,iqucicroiaPoritica.
Naorganizaopo lt ica daEuropa, vriaseimportantesforamasmodificaesdeterminadaspeloCongressodeV"iena.Restabelece-ram-seantigasdinastias;pre scrc \-eu -seafamliadcBonaparte;subs-t i t u i - s eaa n t i g aConfederaodoReno,pe laContedcraoGermanca,sobapr esi d nc ianominalciaustria;criou-seorein.odo sPases-BaLxos,formadodaBlgicaedaHolanda;estabeleceu-seauniorealentreaSuciaeaNo me ga ;reconstituiu-se eneutralizou-sep er ma ne nt em e nt eaContecieraoSua;determinou-seavc)ltadaFranaaosseusantigoslimites,de1792;etc.AobradoCongressodeViena,po r m,n oselimitouaoaspecto
polti co.Assuiique eleseocupoutambmdcquestesdedireitointe;naciona.1,dcciarandoopri ncp iodapro ibi odotrficodenegros,prc;-clamandoopri nc pio da liberdadedena\'egaonos riosinternacionaiseestabelecendoum aclassiicaoparaosagentesdiplomticos.
89.Paragarantirano\-aordemdecoisas,im.aginouAiexairdre1,daRssia,sobainstigaoda bar one sadevrdener,acriaodaSanta-Aliana.Consubstanciou-se essaidianoato assinadoemPans,a26desetembrode1815,pelo simperadores daRssia,daustriaedoreidaPrssia,nocjualostrssoberanosdeclaravama"suainabai\-eldeterminao"dcspr oc ed er em, "quernaadministraodcseusEstados,qiierem suasrelaespol tica sco mquak|ueroutrogoverno",dcacordoco mospre cei tosdareligioeosdajust ia,dacaridadeeda pazASobessaaparnciamsticaereligiosa,aSantaAlianano fi):maisdoqu eum aligaciesoberanos,destinadaamanterosrespectivcs
priv ilg ioscaimporasuavontadearbitrriasobreaEuropa.90. ComaadesodaGr-B retanhaedaFrana,aSanta-Aliana
transform.ou-sena chamadaFentarquia, qu esearrogouadireodo-"negciospo lt ic osdaEuropa.Foium apocadecongressos.Aodc Ac|uisgranaouAix-la-Chapelle,em1818,sucedeuodcTroppau,cr;:1820,depoisode Laybach,em1821,po rfi modeVerona,em 1822Desteiiltim.o,resultouaintervenodaFrana,naEspanha,intervenocombatidapel aInglaterra,jentomaisoumenosdesligad; daSantaAliana.
100 -TuATAnoDOiRtiTf)LvrtRNACiONAi Putuic:o-V'ol,I H!\DfBRANIX:}AC( ](I.Y-101
8/12/2019 Hildebrando Accioly
42/62
91.Desde1810,ascolniasespanholasdaAmricavinhamrompend ooslaosc}ueaspre ndi ammetrpole.Em1822,sucedeuomesmocomanicacolniapor tugu esa existentenoNovoMundo:oBrasiltornou-seindependente,soboregimemonrquico.
Aemancipaode taiscolnias eapoltica inter\'encionista daSantaAlianalevaramopresiden teMonroe,dosEstadosUnidosda Amrica,aproclama r,emfinsde1823, afamosadoutrinaque trazseunome.
Desdealgunsanos,noentanto,sevinhadesenvolvendo certomovimentoemalgunspasesdoContinenteamericano,emfavordaidiadeunioesolidariedadeentretodos,idiaque muitomaistardesetornouabasedosistemaregionaconhecidopeladenominaodepanamencanis}no.
SimonBolvar,HenryClay,SilvestrePinheiroFerreira, JosBo- nihicio- entreoutros-foramprecu rsore sdessemovimento. Poriniciativadoprime iro,reuniu-senoPanam,cm1826,umcongressocmque oassuntoseriadiscutido,parasechegarrealizaodapretendidaunio.Mas atentativafalhou,porseraind-apre mat ura "".
92.NaEuropa,poucosanosdepois,em1830e1831,surgiramdoisnovosEstadosindependentes;aGrciaeaBlgica;aprimei ra,emancipadadaTurquia;asegunda,separadadaHolanda.
Eramnovosgolpesnosprincpios doabsolutismo,emquesebasearaaSantaj\lian a.Osistemaabsolutista,porm,s()enu1848sofreua suagrandecondenao,emvriospasesdoCotitinenteeuropeu.
93,AsegundametadedosculoXI Xfoimuitoricaem fatosquefavoreceramoprogr esso dodireitointernacionalpublico .Opri meir odelesa sermencionado aguerradaCrimia,ou,antes,oCongressoquelhepstermo,reunidoemParisem18.S6.Na guerra,travada,no
princ pio, entreaRssiaeaTurcjuia, tomarampart etambm,emfavordaltima,aFrana,aInglaterraeaSardenha.
Do Congresso,parti cipa rammaisdoispases:austriaeaPrssia.Pelotratadodepaz,firmadoa 30 demarode18.S6,aTurquiafoiformalmenteadmitida--e0m;e;iyi''titiiadasnaes;aRssia
Iii-TERMAClOALI263 Sobre.isarjgfiscodesenvolvimento niovinicnio. ilidcbran
8/12/2019 Hildebrando Accioly
Recommended