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I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré. Tema: Diversidade. 2010.
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1
Tema: Diversidade
2010
I Coletânea do Concurso
de Redação
Unidade Tamboré
2
A versão digital deste livro encontra-se no site da Escola Morumbi
www.escolamorumbi.com.br
3
Prefácio .......................................................... 5
A chance de um convívio ................................... 6
A diversidade entre os seres humanos ................. 7
A graça da vida ............................................... 8
A ignorância oculta nossa capacidade................... 9
A igualdade na diferença ................................... 10
A individualidade não vive sozinha ......................
A lei da vida .....................................................
11
12
A nossa essência .............................................. 13
A outra classe .................................................. 14
A riqueza da diversidade ................................... 15
Aceitar para evoluir .......................................... 16
Acima de tudo diferente .................................... 17
Conscientização é a sua decisão ......................... 18
Diferenças no mundo ....................................... 19
Diferentes, mas no fundo todos iguais ................. 20
Diferentes nas igualdades e iguais nas diferenças . 21
Diversidade...................................................... 22
Diversidade ou igualdade ................................... 23
Diversidade, por que não? ................................. 24
sumário
4
Exclusão social. Quem irá detê-la?.......................
Nosso maior defeito ..........................................
25
26
Nunca se feche a novas descobertas .................... 27
O ciclo sóciocultural ......................................... 28
O desafio do (ser) humano.................................. 29
O diferente nunca é igual, e daí? ......................... 30
O mundo desigual ............................................. 32
Respeito é bom ................................................. 33
Respeito é bom e todos merecem ........................
Ser diferente é ser igual .....................................
34
35
Ser ou não ser, eis a questão .............................. 36
Somente ganhos ...............................................
Uma conclusão diferente ....................................
37
38
Vivendo e aprendendo ....................................... 39
Cartas de leitor ................................................. 40
sumário
5
O Concurso de Redação, promovido pelo departamento de Orientação Pedagógica e
o Corpo Docente da Escola Morumbi, teve como objetivo despertar e incentivar nos
alunos o interesse, o domínio e a criatividade na produção textual. Todos os alunos,
do 6⁰ ano do Fundamental II ao 3⁰ ano do Ensino Médio participaram.
O EIXO TEMÁTICO foi DIVERSIDADE. A pesquisa para aprofundamento do tema
contou com a participação dos professores de geografia, história, ciências, inglês,
espanhol. Os gêneros textuais foram trabalhados pelos professores de redação,
segundo o planejamento do curso de redação para cada ciclo.
A música dos Engenheiros do Hawaii - Há tantos quadros na parede / há tantas
formas de se ver o mesmo quadro / há tanta gente pelas ruas / há tantas ruas e
nenhuma é igual a outra [...] - e a música dos Titãs - Os homens são todos iguais
(...) /Brancos, pretos e orientais / Todos são filhos de Deus (...) - foram dois dos
textos da coletânea apresentada como subsídio para a proposta O desafio de se
conviver com a diferença e as formas de relacionamento que podem ganhar
novos contornos em decorrência das diferenças sociais, políticas, religiosas e
culturais.
Todos os alunos puderam refletir sobre a importância de conviver com a diferença e
preparar um texto sobre o assunto, escolhendo uma destas três modalidades:
carta, dissertação argumentativa e narração. Houve uma avaliação dos textos, e os
selecionados estão reunidos nesta coletânea, que representa o trabalho
desenvolvido nesse projeto.
Profª Márcia Romano
prefácio
6
A chance de um convívio A história que passo a contar ocorreu há alguns anos na minha escola. A instituição
que eu frequentava era conhecida por ser a escolha da maioria dos pais bem-
sucedidos para matricular seus filhos. Entretanto a história de Sônia era um pouco
diferente.
Sônia, negra, alta e corpulenta, entrou, no primeiro dia de aula, acompanhada pelo
orientador Maia. Segundo ele, a novata ganhara uma bolsa de estudos na escola,
por meio de um projeto do governo direcionado a crianças carentes.
Passaram-se semanas, meses, e a garota continuava isolada. De fato seu pior
momento era a hora do almoço, quando, no grande refeitório, as diferenças
ficavam mais evidentes. Inteligentes junto com os que tinham dificuldades, jamais;
patricinhas não se misturavam; e acima de tudo, brancos nunca eram vistos com
negros. Mas nem mesmo no último grupo Sônia parecia encaixar-se; assim,
escolhia sentar-se sozinha.
Durante uma aula de redação, a professora pediu-nos que fôssemos à biblioteca e
que, em duplas, escrevêssemos sobre diversidade. Tive a iniciativa, levantei-me e
convidei Sônia como parceira para realizarmos a atividade; ela aceitou de pronto.
No momento da apresentação, lemos um documento oficial que trazia as seguintes
ideias: A diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades
que caracterizam os grupos e a sociedade. Li esse trecho e passei a palavra a
Sônia, que continuou: Nesse sentido constitui o patrimônio comum da humanidade
e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e
futuras.
Não sei dizer ao certo qual foi o impacto causado pelos trabalhos. Porém, com mais
algumas semanas, outros acanhados também deram um passo à frente. E é assim
que sempre devemos agir, dando chance à interatividade e às diferenças que cada
um de nós possuímos.
Giovanna Amorim Ranieri – 2º EM
7
A diversidade entre os seres
humanos
Há alguns anos, adolescentes atearam fogo em um índio e foram presos. O fato é
que somos todos diferentes e precisamos ter essa consciência para respeitar o
outro, seja ele diferente em aparência, etnia, cultura, ideia ou até fisicamente.
Somos todos seres humanos e nisso sempre seremos iguais.
Em minha opinião os seres humanos deveriam aprender a conviver e a respeitar
uns aos outros, de modo diferente dessa loucura que é hoje em dia: aluno não
respeita professor, adulto não respeita criança, magro não respeita gordo, e vice-
versa.
Acredito que precisamos mudar e aprender a conviver respeitando o outro e
deixando as diferenças de lado, tendo assim um mundo melhor.
Porém existem alguns aspectos em que deveríamos ser iguais. E por exemplo, na
generosidade, na forma de viver (classe social), nas condições de trabalho, na
educação e em muitas outras coisas. Afinal todos temos os mesmos direitos.
Gustavo de Mello Albuquerque – 7º B
8
A graça da vida
A diversidade é algo muito importante para o ser humano, é o que nos difere dos
outros, é a diferença que nos ajuda a escolher e classificar.
Nós, seres humanos, queremos nos dar bem na vida, temos estruturas corporais
semelhantes, temos um ciclo de vida, etc.; essas são igualdades. Porém também
temos diferenças, como nossas preferências, nossas opiniões, pensamentos,
objetivos, características físicas, etc.
A vida nos mostra que todos nós temos diferenças, ou seja, somos diferentes.
Temos igualdades, ou seja, somos iguais. Se nós não conseguíssemos ver essas
diferenças e igualdades, a vida não teria graça.
O ser humano e outros seres vivos que existem precisam ter um motivo para viver.
Se não houvesse diversidade, para que descobriríamos ou aprenderíamos História e
Geografia? Todos os seres humanos pensam em ser iguais, mas todos também
querem se destacar. Por isso eu acredito que somos diferentes e ao mesmo tempo
iguais.
Laura Carolina Vehanen – 7º A
9
A ignorância oculta nossa capacidade
Os humanos pararam de pensar por si mesmos. A sociedade mastiga os conceitos e
estabelece padrões, poupando a maioria de uma reflexão maior. O erro é que
estamos seguindo esse rebanho, caminhando lentamente para o matadouro.
Ensinam-nos a dirigir um carro, uma empresa, a exercer uma profissão, mas nos
ensinam a governar nossos pensamentos?
Tecnologicamente, estamos muito avançados. Mas, em questões como o
comportamento, estacionamos na Idade Média, presos a conceitos e complexos de
superioridade. O preconceito, cultural e historicamente, nunca se extingue. Alguns,
como racismo e homofobia, vão sendo amenizados. Mas, enraizado, o preconceito
redobra e ganha novas formas, de acordo com os valores vigentes numa sociedade.
Além do que, subjugamos o próximo mais por uma necessidade de autoafirmação
do que por desprezo. O branco, racista, se coloca num patamar acima dos
diferentes etnicamente. O homem, menosprezando a mulher, ganha espaço
socialmente e no trabalho.
Nós, humanos, somos capazes de muito quando pensamos por nós mesmos. Martin
Luther King, por exemplo, inspirou e inspira a sociedade até hoje. O segredo é não
acharmos apenas quem tem pensamento parecido, mas aceitar novas perspectivas
e aprender com elas; não nos limitar a um plano linear de ignorância, e, sim, nadar
na diversidade.
Luisa Passero Fontan e Silva – 9º A
10
A igualdade na diferença
Como conviver com a diversidade que existe? Essa é uma pergunta que todos, em
algum período de sua vida, devem fazer-se, pois a dificuldade em aceitar o
diferente está presente na natureza humana.
Com o avanço tecnológico, com as transformações da sociedade, a relação e o
contato com outras etnias ficaram mais constantes. O modo de viver, as diferentes
culturas estão dividindo os mesmos espaços.
Entretanto a aproximação desses diferentes grupos nem sempre é feita de maneira
harmoniosa. O contato entre os diferentes tem sido conturbado em muitos lugares
e situações. Dessa maneira o número de conflitos causados pela diversidade étnica,
religiosa, cultural vem aumentando expressivamente em todo o mundo.
É possível perceber um grande preconceito racial ou cultural em países
desenvolvidos, principalmente na Europa, com altos índices de xenofobismo em
relação aos afrodiscendentes e aos latino-americanos. Em alguns casos, não se
permite a permanência dessas pessoas, alegando que tornam a imagem do país
inferiorizada.
Apesar de todas as diferenças que existem entre os seres, de alguma maneira,
todos são iguais e especiais, merecendo ser respeitados com igualdade entre todos,
independentemente de sua raça, cultura, religião, aparência ou cor.
Dalton Salgueiro – 1º EM
11
A individualidade não vive sozinha
Anteparo. A palavra sintetiza a dificuldade do mundo em conviver com as
diferenças existentes. O homem busca construir uma barreira que cerca os seus
próprios interesses e dificuldades, individualizando e restringindo-os. Sendo assim,
uma comunidade ou mesmo cultura convive num mundo diversificado, o que pode
causar conflitos ou até o caos.
Essa diversidade explica o motivo de ninguém ser igual a ninguém, porém entre os
” ninguéns” alguns se identificam, formando grupos, esses interligados a um grupo
maior, a humanidade. A peculiaridade desse paradoxo descreve a harmonia
preexistente e, posteriormente, a desordem característica do ser humano, pois
como diz Rousseau: “O homem em sua natureza é bom, a sociedade é que o
corrompe.”
Durante a 2ª Guerra Mundial, o holocausto sintetizou o preconceito e a cobiça, em
seu estado extremo, existente na mente humana, representando uma venda a
qual não permitiu que os nazistas enxergassem o outro lado.
Na música “Ninguém = Ninguém”, o trecho “Há tantas formas de se ver o mesmo
quadro” permite a associação com o bilateralismo existente em todas as
diferenças, e todo o problema surge da individualização, do monolateralismo.
Dessa forma, as diferenças são necessárias, pois são elas que onstroem o mundo.
Porém, se a diversidade não é aceita, ou seja, não se enxergam múltiplas faces,o
caos é instaurado, e a individualidade não vive sozinha.
Gabriel César Prévidi -3º EM
12
A lei da vida
Sempre pensei que conviver com o diferente fosse ruim, mas agora eu penso
diferente, penso que por fora as pessoas podem ser ma-ra-vi-lho-sas, mas por fora
podem ser um horror! Muitas vezes as pessoas são horríveis por fora, mas por
dentro seus corações brilham como um cristal.
Pode ter gente morena, loira, alta, baixa; falando outra língua, falando a mesma
língua, entre outros. Mas nós não deveríamos ter preconceito com ninguém.Você
deve se por no lugar dessas pessoas e sentir como elas sentem, tenho certeza que
você não iria gostar.
Mas se você não concorda comigo e é preconceituoso(a), pense no caso de Michael
Jacson e reflita...
Pode acreditar que por dentro cada um tem um defeito, até você! E você mesmo(a)
leitor(a) pode pensar que não tem, tente descobri-lo e melhorá-lo.
Já tive vários amigos, e um deles teve câncer. Foi tão otimista que conseguiu se
recuperar! Então se você quer ajudar as pessoas, as apóie e as deixe curtir a vida!
Andréa Isabel H. de Carvalho - 6º T
13
A nossa essência
Em toda a história da humanidade o homem nunca esteve sozinho, pois é natural
querer compartilhar suas ideias e experiências com outras pessoas. Normalmente,
mantemos uma amizade e convivemos com aquelas que são mais parecidas
conosco, esquecendo que é aceitando as diferenças que nós seremos mais
humanos.
Ao longo da história do mundo, algumas sociedades não souberam lidar com essas
diferenças, sejam elas raciais, culturais ou religiosas. O melhor exemplo é o
holocausto: milhares de judeus foram mortos por não serem arianos, porque os
alemães então se julgavam superiores a eles. Apesar do que se aprendeu com
isso, houve recentes genocídios na África, além do apartheid.
Mas, como os Titãs já diziam, “aquele que une é o que separa”. Ao conviver com
uma pessoa até então diferente, aceitamos como ela é e nos surpreendemos ao
encontrar muitas coisas em comum, além de aprendermos também com a
diversidade, e isso supera qualquer diferença.
Então, no ano da biodiversidade, vamos aprender com o nosso passado a ser
pessoas mais tolerantes, que com vivem e aceitam as diferenças. Pois moramos no
mesmo planeta e, acima de tudo, somos todos seres humanos.
Dominique Costa - 2º EM
14
A outra classe
Estudo na escola Morumbi desde que tinha três anos. Fiquei um ano e meio
estudando no período da tarde, quando, então, me mudei para o período da
manhã.
A partir do ano em que me mudei para a manhã, eu fiquei sempre na mesma
classe, com as mesmas pessoas. Fiz uma melhor amiga, éramos grudadas, tão
amigas que alguns pensavam que fôssemos irmãs gêmeas. Infelizmente, no início
deste ano, ela saiu da escola.
Percebi, então, que umas meninas não falavam mais comigo, outras eram falsas,
poucas as verdadeiras. Foi aí que eu decidi: já que minha amiga mudou para uma
escola onde não conhecia ninguém, eu vou mudar para uma classe onde não
conheço ninguém. Mudei de sala e hoje tenho mais amigos nesta do que na outra
sala, e as pessoas que eu pensava que seriam as mais chatas transformaram-se
em minhas melhores amigas.
Aprendi que é bom conviver com o diferente, você tem amigos diferentes, com
características diferentes, culturas diferentes... E isso é bom. Sem a diferença, tudo
seria igual e chato!
Júlia Hanek Ferreira de Albuquerque Pinto - 6º A
15
A riqueza da diversidade
A diferença nos cerca, ela está em todo lugar. Nós somos diferentes, únicos, como
diz a música da banda Engenheiros do Hawaii “Ninguém=ninguém”, mas muitas
vezes temos dificuldades em respeitar essas diferenças.
Elas deveriam unir as pessoas e não fazer o inverso, separá-las. Aprender sobre
outras culturas, costumes e línguas deveria aumentar nossa curiosidade pelo outro.
A diferença é a maior riqueza do nosso mundo. Toda essa diversidade, não só de
pessoas e culturas, mas de plantas, animais e paisagens também, é o que torna o
nosso mundo interessante.
O ser humano, desde antigamente, tem a mania da aversão a tudo o que é
diferente dele próprio. Como odiar a diferença, se estamos cercados por ela? O
racismo e o preconceito são exemplos dessa aversão. O fato de ainda existirem
atos tão preconceituosos e racistas é a prova de que o ser humano ainda é
primitivo. Preconceito e racismo, essas duas palavras representam ignorância e
falta de cultura. Nós temos que expandir os horizontes da nossa mente para
enxergarmos realmente a riqueza da diversidade que nos cerca.
Apesar das diferenças, nós todos temos uma coisa em comum: somos seres
humanos. Exercemos os mesmos direitos e devemos ser tratados igualmente com
respeito. Este é o direito que cada ser humano tem e que não pode ser negado.
Todos merecem ser respeitados, independente de cultura, raça, cor, religião, etnia.
Somos todos iguais.
Isabella Mi Hyun Kim - 9º A
16
Aceitar para evoluir
O mundo está cada vez mais interligado, as pessoas habitam cidades gigantescas,
os meios de comunicação estão cada vez mais rápidos e acessíveis e, por
consequência, o acesso aos mais variados tipos de informação é mais fácil. Porém,
ainda assim, as pessoas têm uma dificuldade imensa em aceitar o outro e esse
outro inclui todas as pessoas que são diferentes de nossos padrões.
A concentração populacional nas cidades de certa forma força a convivência de
grupos de pessoas antagônicos, o que pode levar tanto à compreensão do outro
quanto à geração de conflitos.
Infelizmente, é da terrível natureza humana não aceitar o diferente e sempre tentar
sobrepujá-lo, pois, para nós, apenas o nosso ponto de vista está correto e, se o
outro não o aceita, ele deve ser forçado a pensar da mesma forma ou será
eliminado.
Chegamos a um ponto de nossa evolução em que esse comportamento predatório
contra nós mesmos não é mais aceitável, pois nós temos os meios para dialogar
com os outros, resolver nossas diferenças para que um dia o sonho utópico de uma
Terra em paz e unida sob uma única bandeira se torne realidade.
Felippe Augusto Pinheiro Samburgo - 9º B
17
Acima de tudo diferente
O que se espera ao adentrar num museu? Obras que são idênticas em todos os
aspectos? Da mesma forma um corpo: se todo órgão fosse olho, como ficaria a
audição? Assim deve ser encarada a diversidade.
O grupo Titãs insiste em dizer que Os homens são todos iguais; apesar de soar
muito poético, vejo um engano nessa idéia. Afinal, se todas as obras são iguais,
não haveria necessidade de criar mais que uma. Como já foi mostrado
anteriormente, não são vários ouvidos que formam um corpo, e sim vários
membros e órgãos diferentes, que desempenham funções diferentes.
As pessoas são diferentes, e por isso possuem diferentes funções na sociedade em
que vivem e aprendem com o outro pela diversidade. Para o funcionamento da
sociedade (corpo) é preciso que cada um exerça sua função e seja respeitada sua
particularidade. Quando uma padecer, que as outras partes ajudem como se
fossem ajudar a si mesmas, sem levar em conta as diferenças.
O ser humano não é capaz de viver sozinho. É necessário um ombro para se apoiar,
alguém que lute a nosso favor. Portanto respeitar as diferenças e a diversidade leva
a preservar a coletividade e a humanidade.
Matheus Rezende Lino – 2º EM
18
Conscientização é a sua decisão
Com a descoberta da América e a escravidão africana houve a mistura de
europeus, africanos e ameríndios, contribuindo para que houvesse, não apenas a
miscigenação étnica, mas também a cultural.
No mundo todo é possível reconhecer pessoas de etnias diferentes em cada
esquina, e em muitos países, negros, brancos, orientais, árabes vivem próximos.
Isso ocorre, principalmente, nos países onde a miscigenação foi maior, na América
Latina e na África.
Porém, em certas regiões, como o sul dos Estados Unidos e alguns lugares da
Europa, há discriminação em larga escala. Muitos são os casos de pessoas que são
contratadas com salários menores, ou deixam de ser contratadas, por preconceito.
A xenofobia ainda existe em nosso mundo, e nada é feito contra isso.
A única solução visível seria a conscientização da população mundial de que todos
somos iguais. Entretanto a opção de respeitar o próximo, se passar a enxergar a
diversidade como algo que torna o mundo mais rico e mais belo, é uma decisão
individual.
Davi Frare – 1º EM
19
Diferenças no mundo
A diversidade é muito boa para o nosso planeta, pois nós podemos descobrir coisas
novas e também aprofundar nossos conhecimentos.
Quando eu viajo, sinto e vejo muitas diferenças nas pessoas e descubro muitas
coisas.
Eu adoro viajar, não só para me divertir, mas também para aprender. Cada país
tem sua cultura, e o que eu acho mais legal na diversidade é isto: nós podermos
aprender com o diferente.
Um dia, quando eu estava em Portugal, fui a um restaurante com os amigos
portugueses de meu pai, e eles pediram camarão. Quando eu fui experimentar o
camarão caiu no meu dedo e eu percebi que ele era frio. Eu não queria mais
experimentar, porque eu achei que era ruim, porém, quando experimentei, achei
muito bom.
Normalmente é isso que as pessoas fazem, julgam só pela aparência (ou, no meu
caso, por ser gelado), mas depois descobrem que não é o que pensavam.
A diversidade é o que sustenta o nosso planeta, e sem a diversidade o planeta não
seria... diferente!
Juliana Cintra – 6º T
20
Diferentes, mas no fundo todos iguais
Desde que nascemos, estamos cercados por diferenças, sejam elas culturais,
religiosas, sociais ou políticas. Com o passar dos tempo, as diferenças só
aumentam; o convívio humano passa a ser obrigatório e para alguns mais difícil do
que se pensa. A diversidade é grande e acaba exigindo muito de nós, afinal as
diferenças estão presentes em todos os lugares, nas escolas, no trabalho, em
espaços públicos, na vida em geral.
Podemos achar que somos diferentes, e até somos, mas o que muitas vezes não
percebemos é que no fundo somos todos iguais. Diferentes na maneira de agir, de
pensar, no aspecto físico, mas iguais por sermos todos, sem exceção alguma, filhos
de Deus. É isso que muitas pessoas esquecem, e para elas rejeitar as diferenças
torna-se mais fácil do que aceitá-los.
Evitar ou conviver? Uma pergunta que deve passar na cabeça de várias pessoas ao
se depararem com algo novo. E evitar pode parecer muito mais fácil, afinal quem
vai querer dividir espaço com aquele que nem sequer é igual a você? Mas evitar
nem sempre é possível e querendo ou não conviver com as diferenças, o próximo
sempre fará parte da sua vida, e sua família é a maior prova disso.
Já que a diversidade estará presente sempre, devemos aproveitar para dividir
nossas diferencias, aprender coisas novas e não apenas enxergar o lado ruim desse
convívio. Ter um bom relacionamento com o próximo e não julgá-lo por ser
diferente pode ser melhor do que parece, basta querer e aceitar.
Maria Caroline Marques Gonzaga – 1º EM
21
Diferentes nas igualdades e iguais nas
diferenças
Diversidade é basicamente diferença. Diferença no modo de ser, de pensar, de
viver, de agir, de se relacionar, etc.
O mundo se move em torno da diversidade. Cada ser vivo, embora às vezes quase
imperceptivelmente, é diferente. Cada um tem um toque especial que faz com que
nada seja igual.
Um exemplo dessa diversidade são as bolachas. Todas vêm da fábrica, em uma
embalagem colorida, dispostas uma em cima da outra, como se fossem clones.
Mas, se pegarmos duas delas para uma análise, veremos que são diferentes. Ou no
recheio ou na bolacha propriamente dita, mas são diferentes.
Também nós somos ou deveríamos ser iguais nos direitos, nos deveres, entre
outras coisas, porque afinal somos todos seres humanos.
Com isso percebemos que somos iguais nas diferenças, e diferentes nas igualdades.
Mas para Deus somos todos iguais. Portanto devemos apenas saber respeitar essas
diferenças, pois podemos aprender muito com elas.
Isabelle Hornos de Ávila – 7º A
22
Diversidade
O diferente. Ele é muito bom para nós. Com ele aprendemos muito, pois cada um
tem o seu jeito de ser. Na minha antiga escola, eu conheci uma garota chamada
Giovanna, que tinha um problema por nós desconhecido; ela simplesmente era
diferente das outras pessoas, e nós não gostávamos do seu jeito, pois pensávamos
que ela só queria nos irritar. Um dia resolvi ser amiga dela e descobri que era
superlegal! Eu queria mostrar isso para os outros, mas eles não entendiam.
Giovanna foi uma amiga com quem pude brincar normalmente, sem nenhum
problema, a quem pude contar segredos... Foi com ela que aprendi a respeitar o
diferente à sua maneira e perceber como isso é bom. Se ficarmos com alguém que
tenha o nosso jeito, goste do que gostamos e faça tudo igual a nós, inicialmente
pode até ser divertido, mas com o tempo vai enjoar, porque não será possível
experimentar algo diferente, porque não há diferença, é tudo igual a você.
Então, a frase “respeite o próximo”, também poderíamos dizê-la “respeite o
diferente assim como gostaria que o respeitassem”.
Hoje ainda ouço que, na minha antiga escola, há pessoas que rejeitam a Giovanna,
exatamente por desconhecer o diferente e não se permitir conhecê-lo, como eu
também já tinha feito. Fui preconceituosa, mas consegui perceber o quanto é bom
conhecer o diferente, e hoje não sou mais.
Laura Amaral Guimarães – 6º B
23
Diversidade ou igualdade
A diversidade é um assunto muito interessante e presente o tempo todo em nossa
vida. São vários os tipos de diversidade, entre eles a diversidade dos seres
humanos.
Em minha opinião, nós, seres humanos, somos iguais e diferentes ao mesmo
tempo. Somos diferentes em aspectos físicos, caráter, estilo, sentimentos,
condições econômicas... Os únicos aspectos que temos em comum são a vida e a
morte, já que todos morreremos um dia e, se ainda morreremos, é porque estamos
com vida. Por isso somos considerados seres ímpares, ou seja, sem par, únicos.
Muitas pessoas têm preconceito com a diferença, não a aceitam, mas é com ela que
aprendemos. É por causa dessas pessoas que não aceitam a diferença que são
praticados muitos dos atos de violência, física ou verbal, e um exemplo disso é o
bullying, que é toda agressão feita com a intenção de machucar e humilhar a
vítima.
Penso que o ser humano poderia ser igual na bondade, pois assim não haveria
tanta violência, mas infelizmente não é o que acontece.
A convivência com o igual é confortável, mas com o diferente deixa a vida menos
monótona, com mais aprendizado e novidades.
Por isso, considero muito boa a presença da diversidade em nossa vida, seja ela
qual for. Só é pena que haja muita diversidade também nessa forma de pensar.
Ana Carolina Sá Lins – 7º B
24
Diversidade, por que não?
Em minha opinião, todos os seres humanos têm aspectos iguais e desiguais.
Dentre os aspectos iguais, o mais certo é que todos nós, algum dia, alguma hora,
em algum lugar, iremos morrer. Também deveríamos ser totalmente iguais nos
direitos, mas infelizmente isso não acontece, por causa da diferenças sociais,
econômicas e culturais.
Porém, apesar de sermos iguais em certos pontos, também somos muito desiguais
em outros, como, por exemplo, nossa personalidade, que é totalmente diferente da
personalidade de outra pessoa, e nossos hábitos, pois as coisas que você está
acostumado a fazer podem ser totalmente diferentes e esquisitas para os outros.
Então, temos que aceitar a diversidade, pois ela é uma das melhores coisas que
existem, mas, apesar disso, ainda há pessoas que usam as diferenças de outra
para agredi-la.
O bullying não tem tradução certa para o português, mas podemos dizer que é uma
agressão feita alguém “diferente”.
Os agressores que praticam bullying, são quem geralmente tem alguma
característica que pode ser utilizada para a prática dessa indesejável agressão e,
por isso, eles se tornam os agressores para não serem as vítimas.
Essa agressão pode levar à depressão e até ao suicídio, e é por isso que devemos,
todos juntos, lutar contra isso, para que não exista mais nem prejudique nenhuma
pessoa inocente.
Gabriel de Mare Geras – 7º B
25
Exclusão social. Quem irá detê-la?
Ao mesmo tempo que todos nós somos iguais, temos nossas diferenças. Uns
nascem brancos; outros, negros. Uns nascem orientais; outros, ocidentais. Uns
aprendem a falar português; outros, inglês; alguns, japonês. Uns são judeus;
outros, católicos; alguns, muçulmanos. Mas todos nós somos seres humanos.
As pessoas têm que se conscientizar de que todos nós somos iguais, independente
de nossas diferenças étnicas ou raciais. Muitos acham que, só por haver alguma
diferença de cor ou de qualquer coisa, precisa haver a exclusão social para mostrar
quem é pior ou melhor. Mas não é assim, não deve ser assim. Esquece-se de
respeitar as diferenças.
É claro que não são todos que pensam assim. Há muitas pessoas que ajudam a
acabar com esse preconceito e tornam nosso mundo melhor. Cada um faz do seu
jeito: uns, música; alguns, filmes; e outros, ONGs. O importante é ajudar.
O preconceito está no mundo todo. Em alguns lugares, com imigrantes; em outros,
com negros. Mas acontece e está em todo lugar.
Onde se deve começar a ensinar é em casa, e o final disso está na mão de cada um
de nós,e das crianças, que devem ser ensinadas.
Aonde será que isso vai parar?
Só nós sabemos.
João Vitor Pereira Pinto – 9º A
26
Nosso maior defeito
Aceitar as diferenças do outro é uma das maiores dificuldades do ser humano, que
deveria aprender a lidar com elas, pois as diferenças já geraram inúmeros conflitos
em nossa história.
O mais divulgado foi o holocausto que causou o extermínio de grande número de
pessoas pertencentes a minorias étnicas.
Outro exemplo é a questão judaico-palestina, que pode ser considerada a mais
relevante para a humanidade neste momento, por um motivo simples: se virar um
conflito nuclear, poderá acabar com o planeta. Mas é ainda mais importante por
nos mostrar como duas coisas tão parecidas, o judaísmo e o islamismo, duas
religiões irmãs de berço podem se odiar tanto.
Contudo, a questão a que devemos dar maior atenção é o racismo e a xenofobia,
pois não são práticas abertas e sim dissimuladas, o que gera uma maior dificuldade
para combatê-las.
Um dos maiores focos de racismo e xenofobia é o Ocidente Europeu, onde latinos,
judeus, árabes e pessoas do Leste sofrem intensa discriminação. Porém há um
motivo para isso: os habitantes locais se sentem roubados, uma vez que perdem
seu emprego para os imigrantes por estes cobrarem menos pelo mesmo serviço.
Cria-se um problema ainda maior, para o governo e, por consequência, para a
população local, que já há carência de trabalhadores, em razão da população
envelhecida e da baixa taxa de natalidade, e passa-se a ter menos mão de obra.
Mesmo com todos os exemplos históricos parece que ainda não conseguimos
superar nossas diferenças. Devemos aceitá-las para que sobrevivamos como
espécie, encontrando soluções cultural e economicamente viáveis.
Michel de Abreu Pereira Stockler - 9º B
27
Nunca se feche a novas descobertas
Perguntaram-me por que é bom conviver com o diferente, e eu disse: “Ah, vou lá
saber?” E essa pergunta ficou ecoando em minha cabeça, o que me fez lembrar
uma triste história que vou contar a vocês.
Era um sábado, e eu estudava para Ciências com minha mãe. Estava muito
deprimida, pois, na sexta-feira, tinha ficado sabendo de algo terrível: minhas
melhores amigas do mundo (Ana Laura, Giulia, Rafaela, Beatriz e Júlia) iam se
separar no ano seguinte. Ana, Gi e Rafa iam mudar de escola, e eu e a Júlia íamos
ficar.
Minha mãe (ela deve ler mentes, porque sempre percebe quando não estou bem)
me perguntou o que havia acontecido. Contei-lhe e ela me disse que também
mudaríamos. Chorei, bati o pé, gritei, mas pelo jeito não adiantou, porque eu estou
aqui em Alphaville fazendo esta redação! Fiquei morrendo de medo de não ser bem
aceita!
No meu primeiro dia de aula eu queria morrer. Parecia um E.T. no meio daquela
gente. Pensava no que eu tinha feito para merecer tudo aquilo e me sentia cada
vez mais sozinha.
Mas, no final, deu tudo certo, as meninas são uns amores e me acolheram
superbem. É por isso que eu digo: o diferente sempre é bom, pois com ele a gente
descobre coisas novas, que nem imaginávamos que existiam. Se não existisse
diversidade, o mundo seria chato! Nunca se feche a novas descobertas, pois você
pode perder muito com isso!
Vitória Marun Grandi - 6º A
28
O ciclo sociocultural
O homem é um dos únicos seres vivos da Terra, excluindo as bactérias, que
consegue ocupar e viver em praticamente qualquer lugar do planeta. O nosso
mundo é extremamente grande, possui diferentes regiões e cada uma com suas
características. Esse fato explica a grande diversidade sociocultural apresentada
pelo espécie humana, ou seja, em cada região do planeta surgiu uma cultura, uma
variante física (raça) que se mantiveram ou, em parte, miscigenaram-se.
Toda essa grande diversidade sociocultural gera duas consequências notáveis. A
primeira delas são as diferentes interpretações do mundo, que cada cultura
associou à sua tradição formada ao longo da história. A segunda delas pode ser,
classificada como uma sub-consequência da primeira: devido a esses diferentes
pontos de vista, há alguns choques culturais. Como todas as guerras e a própria
mistura de cultura, formando novas e, assim, destruindo suas geradoras. Ambas
têm como resultado máximo a “circulação “das culturas, pois, ao mesmo tempo que
uma se forma, outra se desfaz no decorrer do tempo.
Manter esse ciclo cultural da melhor forma possível e com equilíbrio é o que se
chama de “desafio de se conviver com a diversidade”, pois a dificuldade encontra-
se nestes pontos: como formar novas culturas, mantendo o ciclo, sem desmanchar
ou alterar profundamente a cultura anterior? Como no o exemplo da dizimação
cultural que atingiu os indígenas, provocadas pelos europeus quando houve o
encontro (incluindo o choque biológico, com as doenças que os nativos americanos
nunca viram), a cultura “arrancada“ tende a dominar completamente o menos
preparado.
As guerras são resultados naturais dos ciclos socioculturais e, apesar das grandes
catástrofes que causam, movimentam-nos, pois, quando um conflito termina, se
forma uma nova geração proveniente da mistura entre invasores e invadido,
ressaltando-se que esse fato vale somente até o ponto em que a cultura do
invadido não se altere em sua natureza.
Caio Vinícius Pinheiro Sambirijo – 3º EM
29
O desafio do (ser) humano
Respeito. Mero substantivo abstrato que não tem seu sentido plenamente
compreendido. Desde quando a humanidade nem se entendia como tal, as
divergências eram primordiais para que houvesse associação de novos modos e,
então, surgisse a evolução. Porém, apesar da obviedade do conceito, o ser humano
não parece notar no outro, que normalmente dele difere, a rica concentração de
características que podem, agregar mais que conflitar, dependendo de como se vê.
Durante nosso processo evolutivo, muitos de nossos instintos naturais foram
tortuosamente mudados. E, hoje, traços como ganância excessiva e inveja geram
um repúdio desnecessário ao outro. A dificuldade de convivência com o diferente
baseia-se em não aceitar que existe algo além do que julgamos correto. O outro
pode ser melhor, pior ou apenas indiferente. O homem habituou-se a,
simplesmente, não aceitar; o homem esqueceu-se de sua maior conquista: o ser.
Criou-se uma sociedade extremamente individualista, que se priva de nossa maior
vantagem perante outras espécies, que é a chave de comunicar-nos e intercambiar
nossos conhecimentos e culturas e, assim, usufruir da combinação dos melhores
pontos de cada lado. É claro que nunca a concordância será total e caberá a nós o
exercício da tolerância, pois aceitar-nos não nos acarreta prejuízo, porém o
contrário promove nossa autodestruição.
Precisa-se concretizar a ideia de que conciliar é acrescentar. E, quando não há
maneiras de proceder dessa forma, o respeito torna-se essencial para que
continuemos como sociedade a desenvolver-se.
Laís Caracciolo – 3º EM
30
O diferente nunca é igual, e daí?
O convívio com a diferença é algo extremamente comum e presente em nossas
vidas. Ao nos dirigirmos à escola, ao trabalho, a uma festa, ao shopping, ao nos
relacionarmos com as pessoas, estamos convivendo com as diferenças, pois as
pessoas nunca são iguais.
Você pode ir aos mesmos lugares que uma pessoa, ter a mesma classe social, a
mesma rotina, os mesmos amigos, mas nunca será igual a ela. Está na natureza
humana sermos diferentes, e isso é o que nos torna mais interessantes.
Sendo assim, poderíamos até dizer que convivemos com as diferenças, pois se
temos a capacidade de nos relacionar com as pessoas, e estas são diferentes de
nós, então sabemos conviver com as diferenças e o racismo não existe, certo?
Errado!
Essa visão utópica do mundo só seria possível se o ser humano fosse diversificado
na individualidade, ou se soubesse respeitar as diferenças de grupos étnicos,
culturais, linguísticos e religiosos.
O ser humano forma grupos muito acomodados, e qualquer coisa ou pessoa que
quebre a sua rotina provoca-lhe medo e insegurança, e isso se demonstra na forma
de racismo e aversão ao novo. O ser humano moderno, num ato de extrema
ignorância, prefere afastar e rejeitar o que não lhe é familiar a aceitar e
compreender as diferenças que tornam o outro tão singular.
Já foi cientificamente comprovado que não existem, geneticamente, diferenças o
suficiente que separem brancos de negros, de árabes ou de asiáticos. Não existe
raça superior e, mesmo após isso se tornar público, muitos ainda creem na
“supremacia branca”. E isso não é um problema de educação apenas, pois, na
Europa, continente extremamente escolarizado, mais de 50% da população se
admite racista. Então qual o motivo desse comportamento irracional?
O problema é a falta de reflexão; as pessoas não param para pensar que, embora
as diferenças existam, elas não são um empecilho. O verdadeiro obstáculo é saber
respeitar as diferenças e aceitá-las ao invés de tentar mudá-las nos outros, pois
assim como eles podem parecer diferentes para você, o contrário também pode
acontecer.
Devemos, portanto, sempre idealizar que as diferenças existem em tudo e em
todos, pois somos diferentes, mas no fundo somos todos
31
iguais e devemos ter direitos e ser tratados como iguais, já que todos nós somos
seres humanos.
Rafael Sucar Koraicho – 9º B
32
O mundo desigual
Nós, seres humanos, somos iguais, mas também desiguais.
Somos iguais no físico, andamos igual - uma perna para frente, depois a outra-,
somos iguais no vestuário (claro, cada um com seu estilo, mas todos usamos
roupas), todos precisamos de água, comida, alguém para conversar; dormir,
respirar, entre uma infinidade de outras coisas, fazemos todos de uma forma igual.
Contudo, somos desiguais em algo: o pensamento. Podemos até ter as mesmas
ideias, mas o modo como cada um as formula é diferente.
A personalidade de cada um é diferente, cada um vê a vida do seu jeito, cada um
tem um objetivo na vida, e, mesmo que seja igual ao do outro, o modo como cada
um chega lá é diferente.
Portanto não é justo julgar alguém por qualquer que seja o motivo, devemos
respeitar a todos de uma forma igual, pois é a diversidade, no geral, que faz do
mundo um lugar bom!
O mundo não seria bom se todos fossem iguais. Não haveria comidas italianas,
japonesas, entre outras; não haveria as culturas africana e indígena, que são
maravilhosas.
Se fossemos todos iguais, o mundo seria um lugar chato; é com as diferenças que
ele fica melhor.
Ingrid Soga Carneiro – 7º T
33
Respeito é bom
O diferente é bom para aprendermos diversas coisas... Por exemplo, para
podermos respeitar a todos sem preconceitos.
Uma vez eu participei de uma colônia de férias e no meu grupo havia dois meninos
cegos. Eles eram gêmeos e muito legais!
Não é só porque as pessoas são diferentes que podemos julgá-las antes de
conhecê-las...
Para mim as pessoas são iguais, afinal todos temos corpo, mente, pele, ossos e
músculos. Não é?
A maioria dos taxistas não aceita cegos no carro (pois pensam que o cão - guia vai
sujar o carro), mas eles não sabem do que se trata.
Mudos, cegos, surdos: todos somos iguais! Um mundo sem diferenças seria
horrível!
Imagine: todos com o mesmo corte de cabelo, com a mesma roupa, com tudo
igual!
Seria horrível!
Cansativo ver tudo igual... Péssimo!
As pessoas têm diversas diferenças: língua, cultura, hábitos, físico, religião,
parentesco, características psicológicas, gostos... São muitas diferenças!
Respeitar é o mais importante, mesmo que existam as diferenças.
Heloisa Chaves Garcez Leme – 6º T
34
Respeito é bom e todos merecem
Eu considero que é bom conviver com o diferente porque as pessoas têm a
oportunidade de aprender a respeitar.
É muito importante ficarmos “abertos” para conhecer novas pessoas e fazer
amizade com várias delas.
A diversidade está em todo lugar. Ela existe entre países (cultura, língua, etnia...),
na natureza (animais, plantas...). E também nas pessoas (religião, deficiência,
sentimentos...).
Eu já passei por uma situação em que a diversidade estava presente. Foi no
semestre passado, quando minha mãe resolveu me colocar no vôlei, pois já tinha
feito balé a vida inteira e queria mudar de atividade.
Nos primeiros dias achei muito divertido, pois os outros participantes estavam
viajando, e eu fazia aula sozinha com a professora.
Quando todos retornaram, recebi a boa notícia de que eu havia passado de nível e,
é claro, fiquei muito feliz. Mas, nesse outro nível, as meninas eram bem mais altas
e melhores do que eu. Senti-me envergonhada e com medo de voltar para o nível
anterior, afinal tenho consciência de que não sou boa em matéria de esportes, e
sim nas demais disciplinas.
Foi então que elas começaram a falar mal de mim, a me chamar de coisas muito
desagradáveis e a dizer que eu jogava mal.
Restava-me chorar, mas somente quando saía de lá. Minha mãe, percebendo
minha tristeza, tirou-me do vôlei e me matriculou na natação, onde sou respeitada
e onde todos são amigos, sempre se ajudando.
Carolina Soares Bulcão – 6º B
35
Ser diferente é ser igual
Todas as pessoas no mundo são diferentes, e é nesse ponto que elas são iguais.
Mas não é por causa dessas diferenças que todos irão desprezar alguém, certo?
Errado. Como nada no mundo é perfeito, muitas pessoas que não são como a
sociedade determina sofrem preconceito- o que, na minha opinião, é uma futilidade
sem tamanho.
Um dos lugares onde há maior quantidade de exemplos do preconceito é a escola.
Os alunos são divididos em grupos! Isso é preconceito; todas as pessoas, de uma
forma ou outra, são iguais e não há nenhum motivo relevante para dividi-las na
escala “popularidade” (onde é que o mundo foi parar...?).
Esse é um tipo de preconceito grave, pois pode resultar em bulling, e que
estudantes já chegaram a se matar! Morreram apenas por que suas diferenças não
eram aceitas.
Mas não se engane, não é só na escola que fica o preconceito, ele está em todo
lugar, e qualquer um pode ser vítima dele.
As diferenças são uma vantagem. E são essas infinitas diferenças que fazem o
mundo ser um lugar tão apropriado para aprender e ensinar. Ser diferente é tão
normal quanto respirar.
Todos são diferentes, e é assim que deveria ser, a não ser por uma coisa: todos
têm de ser iguais na tolerância para com as diferenças.
As diferenças é que fazem o mundo girar, são elas que fazem com que ele não
fique tediosamente chato, tediosamente igual.
Maria Beatriz Guimarães Lopes – 7º T
36
Ser ou não ser, eis a questão
Afinal, somos ou não iguais?
Em minha opinião, somos diferentes, mas, em alguns aspectos, iguais. Cada um
tem um jeito de ser, um modo de vida, uma forma diferente de ver as coisas, uma
nacionalidade, religião, etnia, físico, sexo... E os aspectos iguais? Muitas pessoas
são morenas, gostam da mesma música, frequentam um mesmo lugar - por
exemplo, a escola-, vestem o mesmo uniforme e aprendem as mesmas coisas.
Mas, vamos além, a Matemática. Isso mesmo! A Matemática é como nós, igual e
diferente. Quando resolvemos um problema, cada um tem um pensamento
diferente e há vários modos de resolver. Os números também são diferentes.
Mas não é todo mundo que aceita as igualdades, as desigualdades e diferenças. O
bullying é um exemplo disso. Pessoas são infernizadas, agredidas (e muito mais)
por outras pessoas. Todos nós somos seres humanos; por que não somos tratados
do mesmo jeito? Contudo existem as brigadas antibullying, que ajudam as vítimas
desse mal.
Fico feliz por ser diferente. Imagine se todos nós fôssemos iguais. Todos do mesmo
tamanho, mesmo sexo, corte de cabelo, mesmos pensamentos. A diversidade é que
nos desperta o interesse, nos dá liberdade de escolha.
Amanda Theodoro Calaça Vieira - 7º A
37
Somente ganhos
É bom conviver com o diferente, pois com ele se aprende mais do que com um
igual, se aprende a não ter preconceito, ou seja, a não julgar antes mesmo de
conhecer. É importante também conviver com o diferente, pois assim você conhece
mais coisas, adquire mais cultura. Se eu vir uma pessoa de outro país, vou lhe
perguntar como é lá... Então não existem brancos ou negros, loiros ou morenos,
judeus ou católicos, brasileiros ou franceses, só existem pessoas diferentes, mas
todas elas pessoas.
Muitos filmes que já vi têm a ver com a diversidade, entre eles Meu Nome é Rádio,
a história de um menino que era um pouco mais devagar do que os outros. Em A
Nova Cinderela, humilham a menina que é pobre; em Código de Honra, falam mal
de um menino judeu; em O Príncipe do Egito, após descobrir que Moisés não era
igual a Ramsés deixa de ser seu amigo.
Para mim diversidade não é diferença, e sim respeito por ela.
Roberta Peralta Perdiz Ribeiro – 6º A
38
Uma conclusão diferente
Somos, de certo modo, diferentes. Temos cores de pele diferentes, cabelos
diferentes e olhos diferentes. Além disso, temos gostos e pensamentos diferentes.
Algumas pessoas gostam de vermelho, e outras de azul. Algumas pessoas
acreditam em Deus, e outras não. Algumas pessoas gostam de futebol, e outras de
basquete. Mas não vale a pena discriminar as pessoas por causa das diferenças.
Com as diferenças, podemos descobrir coisas novas. Por exemplo, quando era
menor, eu queria jogar futebol e meu pai xadrez. Eu não queria jogar xadrez, mas
acabei jogando, e gostei. Descobri um jogo novo apenas fazendo algo diferente.
Porém, apesar das diferenças, somos sim iguais, pois somos todos seres humanos.
Todos temos um coração, todos precisamos de comida, oxigênio e água. Todos nós
ficamos alegres e tristes, todos choramos e rimos. Todos nós vivemos e morremos.
A morte é igual para todos. Não importa se somos ricos ou pobres, baixos ou altos.
Não importa se somos jovens ou velhos. Um dia nós morreremos.
Na minha opinião, somos diferentes e iguais. Não é uma conclusão estranha. É uma
conclusão diferente.
Heitor Chaves Garcez Leme – 7º T
39
Vivendo e aprendendo
Diferença é palavra que muitas pessoas estão precisando entender lidar e respeitar.
Afinal há alguém ou algo no mundo que seja igual? E se fosse, seria legal? Conviver
com o diferente é ótimo, pois aprendemos novas culturas, novos hábitos, novas
ideias. Se fôssemos iguais aprenderíamos o quê?
Lembro-me de uma época em que convivi muito de perto com a diversidade. Na
escola havia uma menina de quem eu não era nada chegada. Brigávamos o dia
todo e, graças às nossas briguinhas, consegui perceber quem eram
verdadeiramente meus amigos. Foi graças a ela que consegui enxergar meus erros
e corrigi-los, aprender que nem sempre estamos certos.
Um dia, então, resolvi comprar-lhe um presente. Está certo que também nem
sempre ajuda, mas, de qualquer forma, comprei. Quando fui entregá-lo, ela me
perguntou desconfiada:
— Para que um presente se nem somos amigas? E, além disso, não é meu
aniversário!
— Quero dizer-lhe obrigada — respondi. — Obrigada por você ser tão você e por só
existir uma de você! Não sabe o quanto isso me faz bem!
Acho que a convenci, pois me agradeceu e parecia feliz ao sair.
Sabe, não foi dar o presente que me aliviou e me fez bem, mas sim sair melhorada
por ter vivido mais uma experiência de diversidade na vida.
Luiza Danieli Agua – 6º B
40
Cartas de leitor
Produção de carta nas quais, os alunos dos 8ºs anos manifestaram-se em relação
ao tema desenvolvido na matéria “O mapa da exclusão”, assinada pelo jornalista
Rodrigo de Almeida e publicada em 03/12/2000 no jornal O POVO, de Fortaleza-CE.
Profª Cilene Gomes Brito de Almeida
41
Prezado jornalista Rodrigo de Almeida
Chamou-me muito a atenção, em seu texto “O mapa da exclusão”, o revelador
levantamento do Dieese de que no Brasil há negros que recebem salários menores
do que brancos, são maioria nos trabalhos precários, convivem mais com o
desemprego, têm menor estabilidade e estão mais distantes dos cargos de chefia.
Jamais pude imaginar que esse preconceito existisse entre nós de forma a nos
mostrar que negros, ainda hoje, são alvos de preconceito, o que é uma vergonha.
Não devemos classificar um ser humano por cor, nível social, religião ou por
qualquer coisa que seja.
Na atual sociedade, para uma pessoa ser considerada bonita ou normal, ela deve
estar dentro de um padrão e ser, de preferência, branca, alta, magra e com corpo
atlético. Eu, particularmente, sofri muito quando era menor. Por ter muitos pelos
nos braços, me excluíam, faziam piadinhas e me atribuíam apelidos.
Como nos enganamos quando preferimos nos aproximar de pessoas fortes, bonitas,
mas de inteligência alguma, a ser, por exemplo, amigos de uma chinesa, mais
cheinha, que esbanja inteligência e educação!
É o caso de uma conhecida minha que tem atraso mental. Isso afeta muito sua
vida social, pois as pessoas não se aproximam dela, embora pudessem, ao menos,
conversar. Mas não. Preferem isolar, excluir e torná-la mais uma vítima de
discriminação.
Infelizmente portadores de necessidades especiais e também idosos são grupos
tratados como peças de exposição e não como seres humanos que sentem, se
emocionam e pensam como qualquer um de nós.
Eu rezo muito, Rodrigo, para que seu texto possa conscientizar as pessoas dessa
vergonha que nos tornamos, fazer com que elas mudem suas atitudes e assim
possamos viver em harmonia.
Muito grata pela sua atenção.
Mariana Saas Kherlakian – 8º B
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Caro jornalista Rodrigo de Almeida
Após ler uma matéria sua de título “O mapa da exclusão”, fiquei por horas
pensando sobre esse assunto.
Vários motivos impedem portadores de necessidades especiais de procurar um
emprego: escadas, atividades que exijam muito movimento e, o pior deles, o
preconceito de algumas pessoas.
Não menos obstáculos têm os idosos que, por necessidade ou desejo de começar
uma vida nova, são impedidos de exercer um trabalho numa sociedade cujas
exigências são preenchidas apenas por jovens.
Quanto ao negro, que considero o mais excluído da sociedade, não é nada comum
vê-lo à frente de cargos de chefia, e sim fazendo trabalhos mais primários e de
menor remuneração. Por outro lado há rappers e chefs de cozinha negros muito
famosos e invejados por todos, o que prova que tudo não passa de uma questão de
pele, nada mais. A personalidade, o caráter, a capacidade não mudam com a cor da
pele. Para mim é como uma roupa diferente por cima do que realmente somos.
Para ser sincera, todos somos diferentes uns dos outros, seja em aparência,
preferência, personalidade... Por que julgar alguém diferente, se todos nós o
somos?
A nossa igualdade é ser diferente.
Obrigada pela atenção. Escreva mais matérias assim!
Livia Leme Grassia – 8º B
43
Prezado jornalista Rodrigo de Almeida
Li sua matéria sobre exclusão de negros, idosos e portadores de necessidades
especiais no mercado de trabalho formal.
Embora seja triste, é exatamente isso o que acontece com certas pessoas, por
preconceito de outras. A sociedade não respeita e não aceita o diferente, julgando
pessoas pela cor da pele, ou por sua idade, ou por uma necessidade especial que
tenham. O ser humano tenta construir um modelo perfeito de homem, o que é
completamente impossível, porque os diversos se completam.
Os negros não têm oportunidade porque são negros! Total absurdo, porque o ser
humano é um, o que difere são os tipos de cada pessoa, como, por exemplo, uma
que goste de Funk e outra de Punk Rock. São seres humanos iguais, com
capacidade, porém diversos em sua preferência.
O que falta hoje é oportunidade, faltam mentes abertas; os portadores de
necessidades especiais que o digam, pois sofrem muito pela falta dessas duas
coisas. São simplesmente excluídos, junto com os idosos, que são mais experientes
e, no entanto, também sofrem com a falta de oportunidade, justo eles que são os
mais preparados.
O mundo precisa melhorar!
Grato.
João Pedro de Lascio – 8º B
44
Caro editor do jornal O Povo
Após ler a matéria “O mapa da exclusão” e verificar a configuração dos três focos
de exclusão (negros, portadores de necessidades especiais e idosos) no mercado de
trabalho brasileiro em razão do preconceito, do juízo prévio que fazem dos
“considerados” diferentes, resolvi utilizar o espaço que o jornal oferece ao seu
público leitor e fazer algumas considerações.
Todos nós sabemos que conviver com o diferente não é fácil, algumas pessoas não
se dão nem ao trabalho de tentar e nunca param para pensar que, por mais
diferente que o outro seja, é igual a elas, pois somos todos seres humanos.
As pessoas não se colocam no lugar do diferente para saber o quanto deve doer ser
excluído pela diferença. Essas pessoas, a quem excluímos e discriminamos, são as
que nos abrem os olhos e nos fazem enxergar novos caminhos, nos fazem aprender
que o diferente nos acrescenta. E diferentes todos somos, é exatamente o traço
que nos faz iguais. Incapazes também não são. Nos esportes, por exemplo, quando
vejo jogos entre portadores de necessidades especiais, penso “Puxa, eu sou
perfeita, tenho braços, pernas, enxergo, mas não sei jogar o esporte que aquele
deficiente está praticando!”
Gostaria que todos parassem e se perguntassem: “Será que o diferente é tão
diferente assim ou somos nós que dizemos e os consideramos dessa forma?”
O que são a cor da pele, a idade, a deficiência? Apenas simples detalhes que não
representam absolutamente nada, não deveriam diferenciar as pessoas.
Espero que minhas palavras sejam publicadas e que sirvam pelo menos para
reflexão ou, quem sabe, mudança de postura.
Atenciosamente,
Bianca Dragoni Valente – 8º A
45
Prezado jornalista Rodrigo de Almeida
Li o seu texto “O mapa da exclusão” e me surpreendi com o que apresenta nele. E,
aproveitando a oportunidade deste espaço para o leitor, acrescento que realmente
não somos iguais em nossa aparência, cultura..., mas somos todos seres humanos.
Com certeza, como diz o texto, é difícil um idoso concorrer com um jovem de 20 e
poucos anos no mercado de trabalho brasileiro. Sabemos que a preferência pelo
jovem é grande e que a experiência do mais velho nada significa, mas a sociedade
não se ocupa disso.
Outro fato que comprova que diferenças não são bem aceitas pela sociedade é o de
o negro ainda ser discriminado pela sua cor. Como explicar que, segundo
pesquisas, receba salários menores do que os brancos, seja maioria nos trabalhos
precários, conviva mais com o desemprego, tenha menor estabilidade e esteja mais
distante dos cargos de chefia? É diferente na aparência? Sim. Mas todos nós somos
da mesma espécie.
Quanto aos portadores de necessidades especiais, a situação não é diferente. Sua
realidade de barreiras faz com que eles precisem de muita ajuda. Alguma coisa já
foi feita nesse sentido, mas é necessário muito mais. Acredito que pouco seja feito
porque quem poderia fazer não é um portador de necessidades especiais como eles
são. Só um para saber realmente como é.
A lei nos garante igualdade, mas o idoso, o negro, o portador de necessidade
especial e tantos outros sentem na pele que na prática o ser humano ainda tem
muito que aprender sobre o que seja diversidade.
Obrigada pelo espaço.
Bruna Lima Caracciolo – 8º A
46
Caro jornalista Rodrigo de Almeida
Li sua matéria publicada no jornal O Povo, de Fortaleza/CE, com o título “O mapa
da exclusão”.
Tenho 13 anos, sou estudante do 8º ano e acredito que não só no Brasil, mas em
todo o mundo, haja preconceito em todas as pessoas. Uns são contra negros,
índios. Alguns contra idosos, deficientes. Outros contra judeus, contra os mais
gordos...
Só quem é vítima do preconceito para saber o quanto se sofre com isso. Já vi
casos, por exemplo, de pessoas, acima do peso, pagarem uma taxa extra ao
cabeleireiro, por causa da cadeira em que sentaram, ou de preconceito contra
jogadores negros em estádios de futebol, exemplos que mostram que essa prática
está bem mais próxima do que pensamos. O seu texto me fez perceber isso ao
tratar da exclusão que sofrem negros, idosos e portadores de necessidades
especiais no mercado de trabalho formal brasileiro.
Sei que há medidas na tentativa de se acabar com o preconceito: leis, campanhas,
mas nada que tenha realmente alcançado êxito.
Conscientizar-se de que ele existe já é um bom começo. Aprender a lidar com as
diferenças, aceitando as pessoas como elas são, também. Afinal, ninguém é igual a
ninguém, nem muito menos melhor.
Sabe, existem tantos outros problemas piores no mundo dos quais deveríamos
cuidar, mas não, estamos discriminando pessoas, estamos discriminando a nós
mesmos. Porque pessoas são como pedras. As maiores a gente enxerga, mas é nas
menores que tropeçamos.
Atenciosamente,
Bruno Sanches Imaizumi – 8º A
47
Agradecemos a todos aqueles
que participaram desse projeto.
Elaborado e impresso pela Escola Morumbi.
48
A diferença está presente em todos os lugares, em todos os seres, em
todos os objetos. É inerente à humanidade e deve ser aceita, pois a vida se
torna interessante a partir da diversidade.
Na infinitude de possibilidades está a beleza. Podemos apreciar todas as
nuances e imaginar inúmeras combinações. São tantos tons, tantos
tamanhos, tantos formatos!
Acabamos por fim, sempre e cada vez mais, diversos...
Viva nossa humana diversidade!
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