Informação Quântica com Átomos e Fótons - USPaxpfep1.if.usp.br/~mmartine/verao2.pdf · Arturo...

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InInformaformaççãoão QQuânticauântica comcom

ÁÁtomos e Ftomos e Fóótonstons

Protegendo Informação com Mecânica Quântica

Prof. Marcelo MartinelliLaboratório de Manipulação Coerente de Átomos e Luz

PADCT

http://axpfep1.if.usp.br/~mmartine

A página:

ConteConteúúdodo

• 1a Aula – Princípios de Criptografia.Computação “Clássica”Computação Quântica.AplicaçõesSistemas experimentais

• 2a Aula – Princípios de Criptografia QuânticaCriptografia com um fótonEmaranhamentoCriptografia com feixes intensos

IntroduIntroduççãoão

• Vimos que computadores quânticos podem revolucionar a teoria da informação. Se praticáveis, podem levar a modeloshíbridos de computação, ou a novos conceitos na arquitetura de computadores.

• Entre outras consequências, tornam obsoleto o sistema maisseguro (e prático) de criptografia.

• É possível empregar a MQ para proteger a informaçãotransmitida entre dois pontos?

Criptografia com chave simCriptografia com chave siméétrica: trica: a chave a chave éé comum comum ààs duas estas duas estaççõesões

Para lembrar... criptografia...Para lembrar... criptografia...

Bloco de cifras de utilização única (1918)

Bloco de cifras de utilização única (1918)

Se a chave é aleatória, é usada apenas uma vez e tem o mesmotamanho da mensagem, oferece segurança absoluta. MAS, como distribuir as chaves? Como gerar chaves aleatórias?

Medidas em MQ - um pouco de formalismo• Ouvimos falar muito que o observadorperturba a medida em MQ. Como issoacontece?

•Função de onda ψ → VETOR DE ESTADO | ψ >

OBSERVÁVEIS → OPERADORES (matrizes)

• Exemplos com estados de polarização daluz (sistemas de dois níveis em geral). POLARIZADOR: filtro de polarização, só permite a passagem de umacomponente de polarização.

Medidas de Polarização• Polarizador serve como instrumento de medida. Como representar medida de polarização H?

observável 0001

A →⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛=H

Autovalores e autovetores⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛=⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛=

10

: 0 ; 01

:1 VH

• REGRAS QUÂNTICAS

1) Resultado de uma medida é NECESSARIAMENTE um AUTOVALOR do observável (operador) sendo medido.

2) Medida é equivalente a PREPARAR um estado: após a medida de um autovalor, o estado do sistema é o autovetor (auto-estado) correspondente.

• PRINCÍPIO DE INCERTEZA DE HEISENBERG

→ impossibilidade de se medir, com precisão absoluta, simultaneamente duasgrandezas cujos OPERADORES NÃO COMUTAM

Criptografia quântica

Bennett e Brassard em 1984 (BB84)

Artur Ekert em 1991 (emaranhamento)

BB84 - O canal quântico

Aparato para BB84

Lab. do Prof. Ph. Grangier, Orsay RND #

É possível construir uma “copiadora” quântica?

| ψ >

| ψ >?

| ψ >

| s >

U

U( | ψ > ⊗ | s > ) = | ψ > ⊗ | ψ >

U( | φ > ⊗ | s > ) = | φ > ⊗ | φ >⇒ < φ | ψ > < s | s > = ( < φ | ψ > )2

⇒ < φ | ψ > = ( < φ | ψ > )2 ⇒ < φ | ψ > = 0 ou 1

Clássico Quântico?

• Impossibilidade de “clonar” um bit é um resultado fundamental da Mecânica Quântica e uma das diferenças em relação àMecânica Clássica. Resultado é consistente com o princípio de incerteza (noção de que a medida introduz, em geral, umaperturbação no sistema). É um dos ingredientes essenciais para o aumento de segurança na criptografia quântica.

• A Mecânica Quântica tem outro “recurso” que não estádisponível na Mecânica Clássica: a possibilidade de haveremaranhamento entre partículas distintas, gerando correlaçõesnão-locais. A inexistência desse recurso no “mundo” clássico édemonstrada pela violação de desigualdades de Bell.

EPR e Desigualdade de BellAnybody who is not shocked by quantum theory has not understood it.

Niels Bohr

O exemplo de EPR

|ψ⟩ ≅ δ(x1 – x2 – L)δ(p1 + p2) (localizada em x1 – x2 e p1 + p2)

Uma medida de x1 fornece x2, assim como uma medida de p1fornece p2. Mas x2 e p2 não comutam! ↔ [x, p] = i ħ

A conclusão de EPR

Se (1) é falso, então (2) também é falso! Portanto, (1) deve ser verdadeiro: a teoria quântica, embora forneça previsões corretas, deve ser incompleta. As medidas devem apenas revelar estados jápré-existentes, ainda não descritos pela teoria.

A resposta de Bohr

Bohr introduz a noção de complementaridade, mas sua resposta não contém elementos que permitam descartar o programa proposto por EPR.

As desigualdades de Bell

Somente em 1964/1966 o “paradoxo” de EPR se tornou mais interessante para a comunidade de físicos. O irlandês John Bell conseguiu demonstrar uma desigualdade que deveria ser satisfeita por teorias de variáveis ocultas que respeitassem a condição de localidade. Seria possível realizar testes experimentais.

12

3

(a) 11, 22, ou 33: RR e GG com mesma freqüência; jamais RG ou GR

(b) 12, 13, 21, 23, 31, 32: RR e GG com mesma freqüência, ¼do total; ¾ do tempo RG ou GR (com mesma freqüência)

1 23 1 2

3

(a) Partículas têm instrução do tipo: RRR, RRG, RGR, RGG, GRR, GRG, GGR, GGG. Para explicar o caso (a), basta supor que as partículas emitidas são sempre idênticas.

(b) Vamos analisar o caso (b) de acordo com essa hipótese. Suponhamos que as partículas tenham a instrução RRG. Dos seis arranjos possíveis, só nos casos 12 e 21 lâmpadas de mesma cor acenderão. Como todos os arranjos são supostos aleatórios, o mesmo vale para as instruções RGR, RGG, GRR, GRG e GGR. Nos casos RRR e GGG, as lâmpadas sempre acenderão com a mesma cor. Portanto, a probabilidade de termos lâmpadas de mesma cor no caso (b) deveria ser superior a um terço, enquanto os resultados fornecem apenas um quarto!

Conclusão: experiência é incompatível com descrição em termos de conjunto de instruções bem definidas a priori.

Como fazer isso na prática? Podemos, por exemplo, fazê-lo com partículas de spin meio, num estado do tipo

2

↑↓ − ↓↑

Os detetores são dispositivos tipo Stern-Gerlach com três posições possíveis: alinhados, ou a ± 120o. A probabilidade de medir spins opostos vale cos2(θ/2). Os detetores são codificados com cores invertidas. Desigualdades foram obtidas por J. S. Bell, Physics 1, 195 (1964). Medidas foram feitas por: S. J. Freedman and J. S. Clauser, Phys. Rev. Lett. 28, 938 (1972) e A. Aspect, J. Dalibard, and G. Roger, Phys. Rev. Lett. 47, 1804 (1982).

Clauser, Horne, Shimony e Holt (CHSH)

Desigualdades em forma mais apropriada para teste experimental

Freedman e Clauser (PRL, 1972)

Fótons têm mesma polarização, embora a polarização de cada um não esteja bem definida. ⇒ estado emaranhado.Einstein: conceito de quanta de luz édifícil.

Anton Zeilinger: “photons are clicks onphotodetectors”.

Experiências mais recentes nos grupos de Anton Zeilinger e Nicolas Gisin

Geração de Fótons Gêmeos por PDC (tipo II)

Estado gerado é emaranhado.

Criptografia Quântica com fótons emaranhados

Alice e Bob recebem fótons de pares emaranhados em estados do tipo

Eles fazem medidas de polarização variando aleatoriamente o eixo do

polarizador. Comparando as direções por um canal clássico, conseguem extraira “chave”.

Finalmente, Alice manda uma mensagem codificada a Bob através de um canal clássico: só ele pode ler, pois é o único a possuir a chave.

20 11 0 −

“Venus von Willendorf ”

T. Jennewein, C. Simon, G. Weihs, H. Weinfurter, and A. Zeilinger, Phys. Rev. Lett. 84, 4729 (2000)

www.idquantique.com

•Main features

• First commercial quantum key distribution system

• Key distribution distance: up to 60 km

• Key distribution rate: up to 1000 bits/s

• Compact and reliable

www.magiqtech.com

Mas a proposta original de EPR envolvia variáveis contínuas, posição e momento.

Variáveis contínuas do campo EM

E(t)=X cos(ωt)+ Y sen(ωt)

E(t)=Re[α exp(iωt)]

X

Y p

q

φ

|α |

observáveis

∆2X∆2Y=∆2p∆2q>1

Heisenberg

α = X + i Y

Vantagens de variáveis contínuas

• Preparação “incondicional” de estados (a cada inversode largura de banda).

• Medidas com alta eficiência de detecção (eficiênciamaior que 95%).

• “Complete Bell detection” com detecção homodina e beamsplitters.

• “Drawbacks”: estados não são perfeitos, dependem do grau de squeezing; maioria dos experimentos envolvemestados gaussianos, com função de Wigner ≥ 0.

Como medir emaranhamento?• Critério “EPR” [M. D. Reid, PRA 40, 913 (1989), M. D. Reid and P. D. Drummond, PRL 60, 2731 (1988) & PRA 40, 4493 (1989)]

Separability ⇒

•Critério DGCZ

Como gerar emaranhamento?

Estados comprimidos a

b

d

c

α1out(t)

α2out(t)

α0in(t)

O bombeio gera pares de fótons (sinal e complementar) no interior da cavidade.

A correlação é medida pela subtração das fotocorrentes dos detetores.• Quanto maior o tempo de integração, maior a correlação.

• Se este for muito inferior ao tempo de vida do fóton na

cavidade, não observamos correlações quânticas.

i2∝|α2out|2

-

Analisadorde Espectro

i1∝|α1out|2

PBS

Oscilador Paramétrico Ótico

Compressão de Ruído em Feixes Gêmeos

0,0 22,5 45,0 67,5 90,0 112,5 135,0 157,5 180,0

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1S = 0,609 ± 0,016

Ruí

do N

orm

aliz

ado

Ângulo de Rotação (graus)

N = 0,609 ± 0,016

Compressão de Ruído em Feixes Gêmeos

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,00,65

0,70

0,75

0,80

0,85

0,90

0,95

1,00Para rotação de 100 graus:N= 0,666 ± 0,028

Ruí

do N

orm

aliz

ado

Transmitância

X

Y p1

q1

φ

|α |

X

Y p2

q2φ

|α |

Signal Idler

Signal - Idler

p-

q-

X

Yp+

q+ φ+

|α+ |

Signal + Idler

bin (vacuum)

bout (transmission)

ain (input)

aout (reflexion)

Fabry-PerotCavity

Medindo a quadratura fase do feixe

Flutuações de faseintensidade

X

Y

p+

q+

Montagem

PBSλ/2OPOOPO

λ/2

Lock-in Analysis Cavity 2

Doubled Nd:YAG Laser

Photodetection and Data Analysis

Filter Cavity

KTP

Demodulating Chain

Analysis Cavity 1

-3 -2 -1 0 1 20.50

0.75

1.00

1.25

1.50

1.75

2.00

2.25 (a)

Qua

drat

ure

Noi

se (r

elat

ive

to S

QL)

Analysis Cavities' Detuning (relative to bandwidth)

Resultados – 27MHz Low DC

-0.75 -0.50 -0.25 0.00 0.25 0.50 0.75 1.00

0.75

1.00

1.25

1.50

1.75

2.00 (b)

Analysis Cavities' Detuning (relative to bandwidth)

Qua

drat

ure

Noi

se (r

elat

ive

to S

QL)

Resultados – 27MHz Low DC

EPR

Duan

Resultados – 27MHz Low DC

PBSλ/2OPOOPO

λ/2

Lock-in

Analysis Cavity 2

Doubled Nd:YAG Laser

Filter Cavity

KTP

Analysis Cavity 1

Correlation?Yes/No

Photocurrent

Quantum Key Distribution

ConclusãoConclusão

oDemonstramos o OPO como uma fonte de feixes EMARANHADOS, INTENSOS, e de CORES DISTINTAS !oPrevisto desde 1987!oConsequências:

Criptografia em redes de fibra ótica.Teleportação de estados quânticos entre diferentes

regiões do espectro.Problemas abertos em Ótica Quântica e Não-Linear!

Emaranhamento de três corpos!

ConclusãoConclusão

Manipulação dos estados quânticos do campo eletromagnético.

Aprisionamento de átomos pelo campo EM, controle do estado

vibracional dos átomos nas armadilhas.

Controle do estado atômico por campo EM. Emaranhamento

átomo-campo.

Testes fundamentais em Mecânica Quântica:

“gedankenexperiment” laboratório!

Aplicações em Computação e Criptografia Quânticas.

Informação Quântica

Para Saber Mais:Para Saber Mais:

O Livro dos Códigos (The Code Book); Simon Singh.

Quantum Information and Quantum Computation; Nielsen and Chuang

Quantum Cryptography, N. Gisin, R. W. Tittel, H. Zbinden (Rev.

Mod. Phys, 74, 145 (2002).

SSH Comunications Secutiry

(http://www.ssh.com/support/cryptography/introduction/)

Seminários do Convite à Física (http://fma.if.usp.br/convite/)

Paulo Teotônio (Computação);

Luis Davidovich (Descoerência);

Paulo Nussenzveig (EPR + Criptografia).

Laboratório de Manipulação Coerentede Átomos e Luz

http://axpfep1.if.usp.br/~lmcal

Paulo A. Nussenzveig – MS5Marcelo Martinelli – MS3Paulo Valente – Pos-DocAlessandro de Sousa Villar – DrKatiúscia Nadyne Cassemiro – DrHélio Zhang He – MSc

José Gabriel Aguirre Gómez Un. de ConcepciónCarlos Leonardo Garrido Alzar Un. Paris-NordLuciano Soares da Cruz Unicamp

Clodoaldo José da Silva - ICMárcio Lopes - ICFábio Moreira da Silva – ICVitor Manfrinato - ICDouglas Canducci – IC

Daniel Felinto Caltech

Antônio Z. Khoury, Kaled Dechoum (IF - UFF)Arturo Lezama (Universidad de la República, Uruguai) M. Carolina Nemes, Carlos H. Monken,

Sebastião de Pádua, Marcelo França (DF - UFMG) Flávio Caldas da Cruz, Luis de Araújo (IFGW - UNICAMP) Maria Aparecida G. Martinez (Mackenzie) Paulo H. Souto Ribeiro (IF - UFRJ) Sandra Sampaio Vianna (DF - UFPE) Lab. Kastler-Brossel - UPMC- Paris VI Inst. of Optics – Un. Erlangen – Max Planck Research GroupICFO - Institut de Ciències FotòniquesInformation Physics Group - Un. of New Mexico

PADCT

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Projetos de auxílio individual05/13587-0 (MM) e 04/07167-9 (PN) + bolsas

Institutos do Milênio Informação Quântica2001-2005 e 2006-2008

Capes-Cofecub (2003-2005)PROCAD

Aguardamossua visita!

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