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8/14/2019 Interao Em Blogs e Twitter
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CENTRO UNIVERSITRIO NEWTON PAIVA
FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS - FACISA
CURSO DE JORNALISMO
A interao enquanto caracterstica comum entre Blogse
Raquel Graciele Camargo
BELO HORIZONTE
DEZEMBRO DE 2008
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Raquel Graciele Camargo
A interao enquanto caracterstica comum entre Blogse
Monografia apresentada ao Curso de Jornalismo na reade Comunicao Social, da Faculdade de CinciasSociais Aplicadas, do Centro Universitrio Newton Paiva,como requisito parcial para obteno do ttulo de Bacharelem Jornalismo, sob a orientao do professor LeonardoMagno.
Belo Horizonte
Dezembro de 2008
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Agradecimentos
Diante de tantas pessoas especiais que tiveram participao fundamental paraa concluso desse trabalho, nem me atrevo a citar nomes.
impossvel deixar de agradecer fortemente cada um dos meus familiares,
desde aqueles que vivem comigo diariamente, at aqueles que vemos
eventualmente.
Os amigos que descobri no perodo da faculdade tambm tm todo o meu
respeito e agradecimento, j que me ajudaram a amadurecer. Os queridos
amigos de internet, aqueles blogueirose usurios do Twitter, que foram as
principais fontes de inspirao desse estudo, e tambm aqueles que deixaram
de ser apenas relaes virtuais e se tornaram mais que presentes em minha
vida.
Professores e amigos pesquisadores da comunicao tambm foram
norteadores para mim nesse trabalho, e a eles sempre serei grata.
Por fim, agradeo todos que colaboraram para a concluso desse trabalho e
a concretizao desse desejo.
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Raquel Graciele Camargo
A interao enquanto caracterstica comum entre Blogse
Monografia apresentada junto ao
Curso de Jornalismo do Centro
Universitrio Newton Paiva, como
requisito parcial obteno de
Ttulo de Bacharel.
Orientador: Prof. Leonardo Magno
__________________________________________________________
Leonardo Magno (Orientador) - Centro Universitrio Newton Paiva
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Belo Horizonte, 02 de Dezembro de 2008
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Resumo
Esta monografia apresenta um estudo sobre a presena da interao nos blogse no microblogTwitter, a tendo como caracterstica comum entre ambos.
O objetivo que guiou o estudo era verificar como a interao em cada um dos
meios, alm de mostrar tambm sua importncia e como colabora para a
constante evoluo da comunicao.
Para o estudo, foram observados conceitos relacionados internet, aos meios
de publicao, e para aplicar as anlises prtica foram escolhidos dois blogs
e dois microblogs.
Palavras-chave: microblogs, blog, redes sociais, Twitter, interao
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Lista de Ilustraes
FIGURA 1 Idade mdia e gnero de blogueiros no mundo ........................... 15FIGURA 2 - Categoria de blogs ........................................................................ 16FIGURA 3 - Estimativa de alcance dos sites Twitter.com, Jaiku.com, Plurk.com
e Pownce.com no mundo, segundo o site Alexa. Escala de aproximadamente 1
milho de visualizaes. .................................................................................. 19
FIGURA 4 Distribuio de usurios do Twitter pelo mundo .......................... 19FIGURA 5 - tela inicial do Twitter. Usada conta de uso pessoal da autora para
exemplificar as pginas internas do microblog ................................................. 22FIGURA 6 - Imagem do aplicativo Twittervision ............................................... 26FIGURA 7 - tela do mashup feito para a Super Tera-Feira . ....................... 27FIGURA 8: Imagem da mensagem enviada pelo estudante ............................ 28FIGURA 9 - Imagem da notcia sobre o terremoto publicada pela Folha On Line
s 21:27 ........................................................................................................... 29FIGURA 10 - Imagem da mensagem enviada por usurio comentando
terremoto s 21:04 ........................................................................................... 30FIGURA 11 - Imagem de mensagem em resposta ao comentrio anterior, s
21:04 ................................................................................................................ 30FIGURA 12 - Imagem do blogDia de Folga ..................................................... 36FIGURA 13 - Imagem do blogDia de Folga ..................................................... 37
FIGURA 14 - Imagem do blogDia de Folga ..................................................... 40
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FIGURA 15 - Imagem de comentrios do post Revista Feed-se Especial
Democracia, do blogDia de Folga .................................................................. 42FIGURA 16 Imagem de comentrios do post O Escafandro e a Borboleta,
do blogDia de Folga ........................................................................................ 44FIGURA 17 - Imagem de comentrios do post Parece Pouco?, do blogDia de
Folga ................................................................................................................ 45FIGURA 18 - Imagem do campo de comentrios que aparece no fim de todos
os posts do blog Dia de Folga. ......................................................................... 46FIGURA 19 - Imagem da pgina inicial do blogQuerido Leitor ........................ 47FIGURA 20 - Imagem da pgina inicial do blog Querido Leitor mapeada ..... 48FIGURA 21 - Imagem do postDia Nacional do Livro, do blogQuerido Leitor 52
FIGURA 22 - Imagem da janela pop-up de envie este post do blogQueridoLeitor ................................................................................................................ 53FIGURA 23 - Imagem do emailenviado pelo sistema de envio de postdo blog
Querido Leitor ................................................................................................... 54Figura 24: Imagem de trecho comentrios do post32 de milhes de dlares
pouco, do blog Querido Leitor ......................................................................... 55FIGURA 25 - Caixa da sala de bate papo inserida dentro do blog Querido Leitor
......................................................................................................................... 56FIGURA 26 - Tela do Twitterquando includo o caractere @. O ttulo da caixa
automaticamente mudado para a ao (reply) .............................................. 57FIGURA 27 - Imagem de mensagens encontradas que citaram em algum
momento @lumonte ......................................................................................... 58
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FIGURA 28 - Conversao feita atravs do Twitter, organizada visualmente
atravs do aplicativo Twader............................................................................ 59FIGURA 29 - Conversao feita atravs do Twitter, organizada visualmente
atravs do aplicativo Twader............................................................................ 60FIGURA 30 - Reproduo da pgina inicial onde se insere os nomes dos
usurios do Twittere da resposta dada pelo sistema (nope, que uma gria
usada na Internetcomo a palavra no) ......................................................... 61FIGURA 31 - Mensagem de @lumonte postada atravs do Twitter................. 62FIGURA 32 - Mensagem publicada por Lu Monte onde aparece o uso de um
emoticon:). ....................................................................................................... 62FIGURA 33 - Mensagem enviada por Rosana, onde ela reporta o linkde uma
notcia acompanhado de um comentrio ......................................................... 63FIGURA 34 - Tela do Twitterquando includo o caractere d. O ttulo da caixa
automaticamente mudado para a ao (direct message) ................................ 64
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Sumrio
1 DO INCIO DA INTERNETAT A ASCENSO DO TWITTER..................... 91.1 Internet....................................................................................................... 91.2 Blogs........................................................................................................ 121.3 Microblogs............................................................................................... 171.3.1 Twitter. ....................................................................................................201.3.2 Aplicativos .............................................................................................. 241.3.3 Instantaneidade ...................................................................................... 272 METODOLOGIA .......................................................................................... 32
3 ANLISE DA INTERAO ......................................................................... 36
3.1 Interao em blogs .................................................................................. 363.1.1 Dia de Folga ........................................................................................... 363.1.2 Querido Leitor .......................................................................................... 463.2 Interaes no Twitter .............................................................................. 574 CONCLUSO .............................................................................................. 65
5 REFERNCIAS ............................................................................................ 67
Anexo A - transcrio do email enviado no dia 30 de outubro de 2008 blogueira Rosana Hermann, criadora do blogQuerido Leitor. .................. 71
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1 Do incio da Internetat a ascenso do Twitter
1.1 Internet
No auge da Guerra Fria, em 1969, pesquisadores do setor pblico e privado foram
contratados nos Estados Unidos para desenvolver uma rede para a ARPA
(Advanced Research Projects Agency)1. A demanda era elaborar um sistema que
fosse capaz de interconectar computadores de qualquer tipo, possibilitando tambm
a operao de armazenamento de dados e de processamento de todos.
Para realizar o primeiro experimento, aps muitas pesquisas, quatro locais foramescolhidos para serem os ns iniciais da rede: Network Measurements Centerda
Universidade da Califrnia em Los Angeles (UCLA), Instituto de Matemtica
Interativa Culler-Fried da Universidade da Califrnia em Santa Brbara (UCSB),
Universidade de Utah e o Instituto de Pesquisas de Stanford(SRI). Obtendo sucesso
logo no incio, mais estudos foram feitos sobre o assunto e em 1972 uma mostra
pblica da rede foi feita, apresentando j recursos que indicavam o incio da Internet
que conhecemos hoje, como o correio eletrnico. A partir da, cada ano era umpasso dado para a consolidao da mesma no mundo.
Considera-se que at o fim dos anos 80, a Internet era um obscuro brinquedo
tecnolgico usado basicamente por pequenos grupos de fanticos por
computadores (Dizard, 2000, p.24). O projeto iniciado na Guerra Fria, transformado
na rede mundial de computadores, ganhou propores maiores rapidamente mesmo
no sendo algo popular. Segundo Dizard Jr. (2000), a rede se expandiu em 50% a
cada ano durante a dcada de 90, sendo impulsionada principalmente pelo interesse
dos usurios comuns de computadores na World Wide Web e nas outras
ferramentas disponveis na Internet.
Qual era o objetivo desses cientistas de fato pouco claro, afora a metageral de desenvolver a interconexo de computadores. A inteno explcita
1 ARPA (Advanced Research Projects Agency): Agncia de Projetos de Pesquisa Avanada doDepartamento de Defesa dos Estados Unidos
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era otimizar o uso de recursos computacionais caros mediantecompartilhamento de tempo on-line entre centros de computao. Noentanto, o custo da computao baixou rapidamente e o compartilhamento
de tempo deixou de ser uma necessidade fundamental (Castells, 2003,p.20)
O potencial da Internet est sustentado na habilidade de superar barreiras que
impediam o acesso a uma massa de informao para consumidores comuns. O que
fica claro que a Web dispe de mais informao do que todos os meios de
comunicao de massa americanos oferecem combinados (Dirzard, 2000, p.25).
A Internet um ambiente capaz de esparzir informaes, tendo como difusores os
usurios, que so tratados como pontos da rede segundo Castells (2003). Alm
disso, ela tambm (e principalmente) um ambiente de intercmbio informativo,
onde os processos de representao da realidade tornam-se mais complexos que
nos meios tradicionais de comunicao de massa, uma vez que a realidade na rede
se refaz a cada nova interferncia de um internauta, de acordo com Alzamora
(2004, p.102).
Na concepo de Ortiz, o espao composto por uma base social, e pode sertratado como um circuito locomotivo que gera a necessidade de sinalizao de
rea para orientar os sujeitos inseridos no sistema. Sempre complementado pelos
signos mundializados, que permitem fcil entendimento, o espao est vulnervel
desterritorializao e flexibilidades geogrficas, devido globalizao. A velocidade
das tcnicas leva a uma unificao do espao, fazendo com que os lugares se
globalizem. Cada local, no importa onde se encontre, revela o mundo, j que os
pontos dessa malha abrangente so susceptveis de intercomunicao (ORTIZ,1994, p.106).
Quando a webcomeou a se tornar popular, o que mais se falava dela erauma tal de interatividade que, sob o ponto de vista atual, era limitada esimplria, pois significava apenas a capacidade de exercer o livre-arbtrio,escolhendo uma opo entre um conjunto de ofertas. Hoje diferente. medida que o indivduo pode INTERFERIR no contedo e REDISTRIBU-
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LO, a informao muda de papel, se torna matria-prima e demandamanipulao (RADFAHRER, 2007 grifos do autor).2
Embora a Teoria da Informao afirme que a comunicao seguida atravs dafrmula emissor->mensagem->meio->receptor, na Internet diferente, por causa da
interao existente nela (Primo, 2007).O novo modelo, ento, seria: webdesigner->
site -> Internet
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interatividade, uma vez que esta assume nova roupagem nas diferentesmdias (Escobar, 2007, p. 3).
Todas as aes colaborativas e o ativismo projetados usando a Internet comoferramenta tm detalhes que devem ser observados e diferenciados do que costuma
acontecer na sociedade fora da web, uma vez que a interao dentro dela tem
novos caminhos.
Na sociedade potencialmente hiperconectada, a cultura vive aspossibilidades da colaborao, do ativismo em torno do compartilhamentodo conhecimento e, simultaneamente, os conflitos nascidos das tentativasde controle e manuteno da velha indstria cultural. A necessria
expanso das redes coloca em xeque os institudos modelos de reproduodos saberes e a prpria educao. O aprendizado exige a explorao dasredes de saberes e das malhas de produo de conhecimento (Pretto eSilveira, 2008, p.10).
Se baseando na informao de que na Interneta liberao do plo emissor uma
das caractersticas mais marcantes (Lemos, 2005), inmeras manifestaes
socioculturais contemporneas apresentam que a circulao de informao em alta
velocidade prova a necessidade e emergncia das vozes e dos discursos que eram
reprimidos e ocultados pelas mdias anteriores ao seu advento. Aqui a mxima tem de tudo na Internet, pode tudo na Internet (Lemos, 2005, p.2).
1.2 Blogs
Concebido por Jorn Barger, em dezembro de1997, o termo weblog3 se refere uma
poderosa ferramenta de comunicao pela Internete surgiu com base na derivao
web log4. Barger criou tal neologismo para fazer referncia ao site que havia criado
para publicar textos pessoais, permitindo comentrios e links para outras pginas dainternet. A partir do termo weblogvrios outros neologismos foram criados, dentre
3Weblog: O prprio Jon Barger falou o termo na pgina.4 - Web log: o termo Web vem de World Wide Web(rede de alcance mundial). A expresso Logcomeou a ser usada na internet fazendo referncia informaes de processamento de dados.
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eles blog5, um dos mais usados atualmente, que foi citado pela primeira vez em
maio de 1999 por Peter Merholz.
Levando em questo os formatos das pginas, para classificar alguma como blog,
basicamente so observadas as seguintes caractersticas:
a) Postagens (ou posts6, como tambm chamado) freqentes feita em ordem
cronolgica inversa (o documento mais recente em cima e o mais antigo no
fim);
b) Espao para comentrios de leitores a cada postagem, oferecendo a
possibilidade de interao. (Primo, 2008)
Por causa de sua gnese, os blogscostumam receber o esteretipo que do conta
de que so sempre pginas dedicadas a escritos particulares e contedo
classificado como dirio pessoal. Os autores Nardi, Schiano e Gumbrecht (2004)
abordam o tema, contudo apresentam um texto discrepante ao falar da comparao
entre blogse pginas ntimas.
O blogno um mundo fechado, mas parte de um espao comunicacionalmaior no qual vrios meios, e comunicao face a face tambm podem serusados. Blogs, portanto, se diferem de dirios privados, sendo de naturezatotalmente social (Nardi, Schiano e Gumbrecht, 2004, p 225).
J Schittine (2004) prefere encarar o termo como vtima de uma armadilha da
linguagem. A palavra uma contradio em si mesma, uma contrao entre web
(pgina na internet) e log (dirio de bordo). Por isso o uso da expresso 'dirio
ntimo na Internet' para substituir o termo blog (Schittine,2004 p 12).
Tal funo para blogs continua a ser praticada, entretanto possvel perceber a
existncia de inmeras pginas com as mesmas caractersticas tcnicas que contm
textos no-pessoais, muitas vezes informativos, publicitrios e jornalsticos. O termo
blog no faz referncia apenas a um texto, mas tambm a um programa e um
5Blog: o termo foi usado pela primeira vez em maio de 1999 por Peter Barger. Publicao onde otermo apareceu em < http://web.archive.org/web/19991013021124/http://peterme.com/index.html>6Posts: publicao feita no blog
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espao, sendo assim blog indica um espao onde blogueiros e
leitores/comentaristas se encontram. (Primo e Smaniotto, 2006b, p. 1).
Essa ferramenta, no ciberespao, possibilita a pluralizao de vozes e ocontato social se desassociando das mdias de controle, as mass media, ereeditando prticas antigas como os dirios pessoais (Lemos, 2002, p.02).
Os blogsganharam popularidade entre os internautas em 1999, quando softwares7
de edio de sites foram criados. Os programas que ofereciam tal servio sem que a
pessoa precisasse dominar linguagens de programao se difundiram rapidamente
e, conseqentemente as pginas com caractersticas de blogs rapidamente se
tornaram populares, conforme afirma Blood.
A criao de um software que permitiu aos usurios postar rapidamenteentradas em templatespredefinidos levou a uma exploso de dirios curtos,mas o formato cronolgico inverso permaneceu como uma constante. esse formato que determina se uma pgina da web um Weblog (Blood,2003, p.61).
Tendo conscincia das condies da materialidade do meio, fato que para definir o
objeto como blog /texto no necessrio ter como critrio o blog /programa que se
usa para fazer o mesmo.
As ferramentas de blognormalmente no determinam um limite mximo decaracteres por post. Como o blog/programa no pode compreender o que publicado (se trata-se de uma poesia, uma foto, ou um conjunto aleatrio decaracteres), j que a semntica lhe estranha, no pode impor que osposts sejam necessariamente curtos nem que sigam um certo gnerodiscursivo. Logo, as definies de blogscomo publicao de microcontedoou como dirio ntimo na Internetrevelam suas limitaes, pois relacionamum tipo especfico de blog /texto ao uso do blog /programa. (Primo eSmaniotto, 2006b, p. 2).
A presena e atividade dos blogsna Internet capaz de modificar toda a rotina e
situao do ciberespao.
importante perceber os blogs como modificadores da topologia dociberespao. A cada novo post, a cada novo comentrio, e a cada novo link,os blogs atuam de modo a reconfigurar a Internet, alterando as redes,
7 - Softwares: so programas que auxiliam a elaborao e publicao de sites. No caso de blogs,existem programas que facilitam a escrita e exibio do material nas pginas, no exigindo trabalhode programao para a organizao visual do mesmo. Existem servios de blogagem que sogratuitos e online, como Blogger (gratuito), Wordpress (gratuito ou pago) e Typepad (pago).
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criando novos ns e fluxos convergentes, divergentes e complexos.(Recuero, 2004, p. 7).
Uma dcada aps a criao do termo blog, existem cerca de 133 milhes de blogsno mundo segundo o site de indexao Technorati8. Na pesquisa divulgada no ano
passado, quando eram 112 milhes de blogs, verificou-se que cerca de 175 mil
novos blogs surgem a cada dia e mais de 1,6 milhes de posts so feitos
diariamente, tendo uma mdia de 18 atualizaes por segundo. Segundo a
pesquisa divulgada em setembro de 2008 pelo prprio Technorati, a maioria das
pessoas usa o blog como forma de auto-expresso, quantidade de pessoas
correspondente a 79%; para compartilhar pensamentos e experincias, sendo essas73%; e para conectar-se com outras pessoas que tenham afinidades de
pensamento, compondo 62% dos blogueiros.
Ainda de acordo com dados da pesquisa, 70% da blogosfera9 mundial tm
graduao concluda, 4 em cada 10 blogueiros tm renda familiar mdia de
U$75,00, 44% dos donos de blogs j tm filhos. No grfico (FIGURA 1) a seguir
(divulgado pelo prprio Technoratti), mais informaes demogrficas sobre autores
de blogs.
FIGURA 1 Idade mdia e gnero de blogueiros no mundoFonte: . Acesso em: 20/09/2008
8 Dados divulgados em < http://www.technorati.com/blogging/state-of-the-blogosphere/>. Acesso em25/09/20089 Blogosfera: termo que faz referncia ao mundo dos blogueiros
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A mesma pesquisa em questo toca no ponto do uso de blogscomo dirio pessoal,
definio defendida e quebrada por estudiosos da rea como abordado no incio
dessa pesquisa.
FIGURA 2 - Categoria de blogs
Traduo da autora: Blogs pessoais, blogs corporativos e blogs profissionais
Fonte: . Acesso em: 20/09/2008
Atravs do grfico acima, percebe-se que a maior parte dos blogueiros admite ter
blogs pessoais, com posts cotidianos e ntimos. Os blogueiros profissionais,
conhecidos tambm como pro-bloggers, so aqueles que fazem blogstambm com
objetivo de ganhar dinheiro atravs de anncios e/ou postspagos, e totalizam 46%
da blogosfera. J a categoria de blogscorporativos se refere pginas usadas por
instituies. Tal grfico permite pensarmos que, com o considervel nmero das
categorias profissional e colaborativo, podemos ter em breve a segura
caracterizao e uso de blogscomo atividade econmica.
J no Brasil, de acordo com pesquisa do Ibope/NetRatings, o nmero de usurios
brasileiros que lem blogs chegou a 10 milhes em fevereiro de 2008,
representando assim 45,5% dos internautas ativos.
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Um estudo10 realizada pelo Comit Gestor da Internetno Brasil constatou que 13%
dos 40 milhes de usurios de Internetno Brasil so blogueiros.
Uma pesquisa divulgada em maro de 2008 pelo Ibope/NetRatings afirma que as
plataformas de postagens mais usadas entre os blogueiros brasileiros o Bloggere
Wordpress. Juntas, elas tm 7, 7 milhes de usurios nicos mensais, sendo que
um ano antes eram 3 milhes. Ainda segundo o relatrio, 65% dos leitores de blogs
chegam at as pginas fazendo buscas e que a faixa etria destes de 12 a 24
anos11.
1.3 Microblogs
Desde 2004, o termo blog tem ganhado novas derivaes, como audioblog12,
fotolog13 e videologs14.
Essa tendncia a simplificar e segmentar os tipos de blogagens gerou inmeras
mudanas, at alcanar o formato conhecido como microblog.
Definindo de forma concisa, microblogs mesclam caractersticas de blogs, redes
sociais e mensageiros instantneos (conhecidos tambm como IM, de instant
messengers) (Orihuela, 2007).
Eles suportam a caracterizao de blogspelo fato de serem apresentados com as
mensagens organizadas em ordem cronologicamente inversa, conforme j citado
neste trabalho.
10 Dados divulgados em. Acesso em25/08/200811 Dados divulgados no site IDG Now. Acesso em 24 /09/200812 Audioblog: Blogs que tm udios como contedo predominante13 Fotolog: Tambm conhecido como flog. So blogs composto por fotos e imagens e com menostexto14 Videolog: Tambm conhecido como vlog. So blogs composto por vdeos e com pouco texto
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Segundo (Castells, 2003, p 110) cada vez mais, as pessoas esto organizadas no
simplesmente em redes sociais, mas em redes sociais mediadas por computador.
Tais redes sociais so caracterizadas, principalmente, pela presena de interao
em suas relaes (Recuero, 2004), assim como pode ser encontrado tambm nos
microblogs. J os IM possuem a conversao entre usurios da ferramenta, assim
como feito em comunicadores como MSN, Gtalke ICQ.
A gnese dos microblogsaconteceu no mesmo ritmo que a dos blogs. Aps terem
uma prtica pr-estabelecida, o prximo passo foi criar ferramentas para automatizar
e facilitar a atualizao dos mesmos. A idia inicial era uma pgina com um formatopara mensagens rpidas e pequenas, que poderiam ser emitidas atravs de
dispositivos diferentes alm de um computador (como telefones celulares). Os
microblogs tambm so compostos por outras caractersticas adotadas em blogs
com o passar do tempo, como trackbacks15, RSS16, blogroll17, incluso de avatar18 e
a customizao do layout19 da pgina), e se destacam pelo fato de ser especfico
para postagens curtas.
Por sua vez, o termo microbloggingseria referido ao ato de fazer micropostagens
(McFedries, 2007). As ferramentas criadas exclusivamente para microblogging
comearam a surgir em 2006. Com objetivo de oferecer espao para postagens com
contedo mais superficiais e agilidade, nasceram o Jaikue o Twitter, em fevereiro e
maro de 2006. A partir do surgimento destas, inmeras plataformas que oferecem
servio semelhante foram criadas. Abaixo um grfico (FIGURA 3) apresentando a
estimativa e a projeo de acessos de outubro de 2007 a setembro de 2008 de
15 Trackback: notificao automtica que um blog/programa envia para outro, geralmente atravs doscomentrios, avisando sobre a realizao de uma postagem em um blog que cita um post de outroblog. Tambm conhecido por linkblog, linkback e pingback.16RSS: Sigla em ingls para Really Simple Syndication. Trata-se de um sistema para agregamento decontedo que permite a indexao das alteraes que ocorram em um determinado site. Vriaspginas diferentes que disponibilizem seus contedos em RSS podem ser reunidas em um nicolocal atravs do uso de um programa agregador.17 Blogroll: Lista de blogs recomendados pelo autor de um determinado blog, geralmente disposta nabarra lateral de um blog, a qual representa os blogs que o blogueiro daquele espao costuma ler.18 Avatar: Imagem ou foto que representa a identidade do autor da pgina19 Layout: esboo que apresenta o visual da pgina e a distribuio de contedo.
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algumas das plataformas de microblogs mais usadas atualmente, Twitter, Jaiku,
Pownce e Plurk.
FIGURA 3 - Estimativa de alcance dos sites Twitter.com, Jaiku.com, Plurk.com e Pownce.com no
mundo, segundo o site Alexa. Escala de aproximadamente 1 milho de visualizaes.
Fonte: . Acesso em 27/09/2008
A seguir, um mapa (Figura 4) que aponta as partes do mundo onde o Twittervemsendo utilizado.
FIGURA 4 Distribuio de usurios do Twitterpelo mundo
Fonte: . Acesso em:
29/11/2008
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Atravs do grfico percebe-se que o Twitter tem o nmero de acessos
significativamente maior que o de seus concorrentes Jaiku, Plurk e Pownce.
Tambm possvel verificar as temporadas de pico de acesso, como aconteceu em
meados de junho de 2008, e as quedas de acesso, como em agosto de 2008.
1.3.1 Twitter
O Twitter foi um dos servios de microbloggingpioneiros, e atualmente o mais
popular20, como visto no grfico acima.
Seu projeto nasceu a partir da idia de criar uma ferramenta de comunicao interna
da empresa norte-americana Obvious Corp, de Jack Dorsey, tendo como base a
pergunta O que voc est fazendo? e limitando o nmero de caracteres postados
em 140. Em julho de 2006, quatro meses aps a criao do Twitter, o site foi
disponibilizado ao pblico, permitindo a criao de perfis e, a princpio, atualizaes
atravs da prpria pgina, de celulares (atravs de conexo com a internet ou
SMS21) e por IMs, no entanto, a popularizao da mesma s veio acontecer em
maro de 2007 (Spyer, 2007; Mischaud, 2007).
A criao de um perfil no Twitter gratuita e simples, sendo que o site exige o
preenchimento dos campos apelido (que ser includo no endereo da pgina do
usurio), senha, email e alerta que o servio feito para pessoas acima de 13 anos
de idade. A customizao da pgina onde ficam armazenadas as atualizaes pode
ser feita a qualquer momento, assim como a alterao do avatar.
O usurio do Twitter quem comanda as mensagens que so enviadas de seu perfil
e tambm capaz de escolher de quais pessoas ele receber mensagens. A rede
que receber o contedo emitido por ele, no entanto, formada alheiamente a sua
vontade, a menos que ele torne sua conta uma pgina privada, fazendo com que
apenas pessoas autorizadas tenham acesso aos textos. impossvel indicar quem
20 O Twitterno revela o nmero exato de usurios cadastros (Mischaud, 2007). porm o site TwittDirapresenta uma estimativa diariamente se baseando na quantidade de perfis que matem atualizaesconstantes. Em consulta feita no dia 27 de setembro de 2008, ele localizou 3 115 012 usurios21SMS: Short Message Service. Torpedos, mensagens de texto que so enviadas atravs de aparelhoscelulares
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ser seu follower22. Pode-se apenas impedir que algum usurio o siga, bloqueando o
perfil. Dessa forma, o fluxo de distribuio e de formao de conversas no microblog
extremamente pulverizado e assimtrico.
A relao entre os usurios do Twitter como qualquer outra relao social, onde
cada um escolhe com quem quer interagir, conforme seus interesses e objetivos na
rede, e o mesmo pode cortar a relao ou remover o usurio da lista quando
quiser, sem ter que explicar o motivo, necessariamente.
Conforme imagem a seguir, ao efetuar login23no Twitter, o usurio v inicialmente a
caixa de postagem (acompanhada da contagem de caracteres), as postagens mais
recentes de seus followingsem ordem cronologicamente inversa, e uma sidebar24.
Nela, o nmero de pessoas que o usurio seguem, de pessoas que o seguem e a
quantidade de atualizaes j feitas aparecem no alto. Mais abaixo, constam links
para abas de replies, para visualizar apenas as mensagens respostas de outros
usurios, mensagens diretas, posts favoritos (que podem ser marcadas com um
clique), e Everyone, que vai exibir a Public Timeline25 do Twitter com as 20
atualizaes mais recentes, sem filtragem de idioma. Logo abaixo o sistema
apresenta os avatares das pessoas seguidas pelo usurio dono da pgina.
22 Follower: seguidor, usurio que assina determinado perfil e passa a acompanhar as mensagens postadas. uma espcie de assinatura de contedo.23 Login: digitar usurio e senha para ter acesso pgina de postagens.24 Sidebar: Barra lateral freqentemente encontrada em blogs com links e informaes de contato25 Public Timeline uma pgina do Twitter que exibe as ltimas postagens feitas por todos usuriosdo mundo, sem restrio geogrfica ou de seguidores.
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FIGURA 5 - Tela inicial do Twitter. Usada conta de uso pessoal da autora para exemplificar as
pginas internas do microblog
Fonte: . Acesso em: 27/09/2008
O sistema em questo tambm permite que, tudo aquilo que seja escrito sobre
determinado de assunto em conversas na plataforma, sejam seguidos,
possibilitando assim o monitoramento intenso sobre um determinado tema, termo ou
nome. O ato de seguir algo no microblog conhecido pelo termo track. Alm da
funo track, tambm existe o mecanismo de busca26 do Twittere outros criados por
programadores independentes, que cumpre funo parecida quando usados.
O Twitterpossibilita interao mtua, caracterizando assim a criao de relaes e a
construo cooperada de contedos, que gera sempre a constante atualizao do
26 Em agosto de 2008 a Obvious Corpcomprou o site www.summize.com, que era um buscador doTwittercriado por desenvolvedores independentes atravs da API do Twitter(conforme sercomentado adiante). Com isso, o microblogganhou um buscador oficial.
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sistema, favorecendo a sua conservao, alcanando o que foi citado por Vaz (2004,
p. 225): eis o sonho: com a internet, enfim, a troca de mensagens assemelha-se a
um dilogo ou ao que ocorre numa praa ou numa festa. Para responder uma
mensagem ou enviar um texto pblico nomeado a algum, o indivduo precisa usar o
caractere @ antes do nome de usurio do destinatrio antes da mensagem. Feito
esse processo, conhecido como reply27, o receptor poder ver os textos para ele
enviados em uma parte separada de sua pgina no microblog.
Conforme Castells (2003, p.108) escreve, o papel mais importante da internetna
estruturao de relaes sociais sua contribuio para o novo padro desociabilidade baseado no individualismo. No Twitter isso tambm pode ocorrer, j
que por ter caractersticas de rede social (interligao entre os usurios, que podem
interagir entre si), a estruturao interna do microblog une inmeros indivduos,
formando uma comunidade online, com fortes laos (que so criados e
intensificados pela interao, colaborao, instantaneidade e compartilhamento de
informaes) entre cada usurio, que independente e que supera os limites
geogrficos de cada um.
O Twitterpode ser considerado tambm um fenmeno comunicacional por ser um
canal de perguntas e respostas, por ter as informaes construdas de forma
colaborativa e ainda por ser um espao de divulgao, cobertura de eventos e
demais fatos. Segundo Lvy, (1999: 11), o crescimento do ciberespao resultado
de um movimento internacional de jovens ridos para experimentar coletivamente,
formas de comunicao diferentes daquelas que as mdias clssicas nos propem,
e o Twitter propenso a colaborar com isso.
A comunicao no Twitter pulverizada, assimtrica, ubqua, instantnea e
assncrona. Assim como dito anteriormente a respeito de microblogs, que agrega
caractersticas de redes sociais, blogs e IMs, mas traz como diferencial a
assncronia ao usurio, j que o poder de produzir contedo e sentido, e ao mesmo
27 Reply: mensagens-resposta enviada a um usurio do Twitter.
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tempo receber, diferencia os debates, reforando a concluso de Lvy ao falar das
invenes tecnolgicas:
Como um dos principais efeitos da transformao em curso, aparece umnovo dispositivo de comunicao no seio de coletividadesdesterritorializadas muito vastas que chamaremos de comunicao todos-todos(LVY, 2003, p.114).
O Twitter oferece ainda a possibilidade de criao de aplicativos, que so como
programas que complementam suas funcionalidades.
1.3.2 Aplicativos
Define-se softwareaplicativo (aplicativo, ou ainda aplicao) como um programa de
computador que tem por objetivo o desempenho de tarefas de ndole prtica, em
geral ligadas ao processamento de dados28.
Quando um site ou sistema criado, o desenvolvedor do trabalho pode optar em
deixar sua estrutura tcnica e arquitetura disponvel para as pessoas criarem
ferramentas que complementem o servio. Os desenvolvedores do Twitteroptaram
por essa opo, deixando assim a base do microblogacessvel aos programadores,
dando conta do termo API (Interface de Programao de Aplicativo) aberta. Por
causa dessa autonomia e liberdade dada aos desenvolvedores, centenas de
ferramentas que agregam valor ao Twitterso criadas, facilitando o uso do sistema e
o crescimento do servio.
A arquitetura aberta de informaes decorre do fato de que asferramentas de microblogs Pownce, Twitter e Jaiku possurem a APIliberada. Percebendo o potencial de colaborao da Web 2.0, algumasempresas abrem seus bancos de dados atravs de uma Interface deAplicativos (API). Essa APIpermite que os dados produzidos no contexto deum determinado site possam ser utilizados em outros contextos (Zago,2008).
28 Definio de aplicativo citada pela Wikipedia< http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_aplicativo>
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Atualizar o Twitterpelo celular sem dificuldades tcnicas, ter acesso estatsticas de
usurios de followers e followings, descobrir quais so as palavras e sites mais
citados em conversas feitas atravs do microblog: tudo isso passou a ser possvel
atravs de criaes feitas com a APIdo Twitter.
Com o acesso API do Twitter, tambm se torna possvel a criao de mashups
relacionados sistema. So chamadas de mashupsservios criados usando mais de
uma base de dados fazendo com que um atenda e complemente o outro. Em suma,
ele feito quando um programador mixa pelo menos dois servios ou aplicativos de
diferentes sites para criar algo novo e que, muitas vezes, melhor do que a somadas suas partes (Tapscott e Williams, 2007, p. 233). Tais aes do fora ao
discurso do colaborativismo na web, j que o contedo e as ferramentas
agregadoras so criados pelo prprio pblico.
O paradigma foi quebrado, e agora o telespectador no mais um entepassivo podemos cham-los de usurios. O desafio tecnolgico estlanado. Resta agora que os produtores de contedo e difusores do mesmose adaptem, evoluam e inovem luz das novas possibilidades,principalmente no tocante intensa troca de informaes (feedback
imediato) (Pretto e Silveira, 2008, p.178).
Um dos primeiros grandes mashups feitos envolvendo o Twitter foi lanado
exclusivamente para acompanhar o evento-poltico dos Estados Unidos conhecido
como Super Tera-Feira29, que aconteceu no dia 05 de fevereiro de 2008. Com base
no Google Maps, nas postagens feitas atravs do Twittere no aplicativo chamado
Twittervision, o mashup em questo compilava e publicava todos os comentrios
envolvendo as eleies norte-americanas em um mapa interativo. Filtrados por
palavras chaves como os nomes dos envolvidos nas eleies, as mensagens
apareciam no mapa dos Estados Unidos exatamente no desenho do Estado de onde
estava o usurio que escrevia o post.
Todos esses esforos s se tornam possveis porque, alm da reunio docontedo (possibilitado pelo uso das APIs dos programas), pode-se contar
29 Nos Estados Unidos a Super Tera-Feira (Super Tuesday) o dia em que um grande nmero deEstados realizam eleies-prvias simultaneamente para decidir quais sero os candidatos Presidncia dos partidos Democrata e Republicano, sendo assim um dia decisivo para as eleies dopas.
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com a participao e colaborao de pessoas do mundo inteiro. Se aspessoas no utilizassem o Twitterpara comentar as eleies, o mashupnofaria sentido (Zago, 2008, p.38).
Abaixo a imagem do aplicativo Twittervision(Figura 6), que tem por objetivo mostrar
atualizaes do Twitterem um mapa, especificando de onde vem a mensagem e do
mashupda Super Tera-Feira (Figura 7).
FIGURA 6 - Imagem do aplicativo Twittervision
Fonte: . Acesso em: 27/09/2008
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FIGURA 7 - Tela do mashupfeito para a Super Tera-Feira .
Fonte:
. Acesso em: 08/02/2008
Tal aplicativo possibilitou a visualizao instantnea de mensagens relacionadas s
eleies com identificao geogrfica e visual, feita em cima da figura do mapa dos
Estados Unidos.
1.3.3 Instantaneidade
Diversos usurios tm o Twittercomo fonte mais instantnea de recepo e emisso
de informaes. Com sua lngua adaptada (devido limitao de 140 caracteres),
muitos tm centralizado no microblogos contedos que antes seriam publicados em
outros locais, como seus blogs. Devido prioridade dada, o universo interno do
Twitter privilegiado pela exclusividade.
Isso tem acontecido por causa da velocidade e praticidade oferecida pelaplataforma. O tempo que uma pessoa levaria para publicar devida notcia em seu
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blog, por exemplo, bem maior que o tempo necessrio para a postagem daquele
texto no Twitter, j que sua pretenso realmente a instantaneidade.
Como exemplo da influncia do Twitterna comunicao pode-se citar o caso que
envolvia ex-primeira ministra do Paquisto, Benazir Bhutto. Blogs30 do conta de que
as primeiras informaes sobre o assassinato de Benazir chegaram atravs do
Twitter, e pela interao permitida pelo sistema, um grande debate comeou entre
os usurios.
Outra situao que apresenta mais uma funo da ferramenta foi a divulgada por
blogse sitesde notcias31, ocorrida em abril de 2008, quando um estudante foi preso
pela polcia do Cairo, Egito, ao fotografar uma manifestao. O usurio do Twitter
publicou a mensagem arrested32 (Figura 8) atravs de seu celular antes de ter o
aparelho apreendido. Amigos do estudante tomaram conhecimento da deteno
dessa forma e acionaram um advogado, que conseguiu tirar o estudante da cadeia
no dia seguinte.
FIGURA 8: Imagem da mensagem enviada pelo estudante
Fonte: Acesso em: 12/06/2008
O microblog tem atropelado a mdia tradicional, se adiantando nos fatos mais
importantes, e sendo usado para hospedar relatos e declaraes de pessoas. O
30 Apanhado geral sobre o fato e o uso do Twitter < http://blogs.zdnet.com/Howlett/?p=269>31 A notcia foi publicada em vrias pginas, dentre elas o G1 32 Arrested: Traduo: preso
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FIGURA 10 - Imagem da mensagem enviada por usurio comentando terremoto s 21:04
Fonte: . Acesso em: 12/06/2008
FIGURA 11 - Imagem de mensagem em resposta ao comentrio anterior, s 21:04
Fonte: . Acesso em: 12/06/2008
Outro fator que favorece a instantaneidade no Twitter a mobilidade. Com a
possibilidade de propagao de informaes atravs de SMS, o microblog se
destacou na web, trazendo a possibilidade de acompanhar o Twitter de maneira
mvel, atravs de celulares.
O telefone mudou dramaticamente o modo como as pessoas vivem suasvidas e enxergam o mundo. Outra mudana, com talvez a mesmamagnitude, est por vir com a mobilizao no somente do discurso mastambm com uma nova tendncia de comunicao e interao social
mediada por computadores (Katz, Aakhus, 2002,p.1).
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Alm da simplicidade do envio de mensagens para atualizar o Twitter, hoje temos
aparelhos celulares que oferecem acesso rpido internet.
Os celulares devem ser compreendidos como instrumentos que podemaumentar as possibilidades de emisso e de recepo de informaes,ampliando as probabilidades de comunicao mas no garantindo,necessariamente, um maior enriquecimento do processo comunicativo(Lemos, 2004, p. 8).
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios 2007 (PNAD)33, divulgada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) em setembro de 2008, a
presena de telefones celulares nas residncias brasileiras chega a 17,6%. O estudo
afirma tambm que o nmero de telefones mveis vem aumentando mais de 15% ao
ano desde 2002,
A comunicao falada raramente associada ao celular (3% dos casos); amaioria associa-a ao telefone (11%). Evidentemente, o celular considerado um instrumento que no muito apropriado para acomunicao, mas , talvez, mais apropriado para uma troca rpida deinformaes. (Fortunati, 2002, p.44).
Considerando que hoje o celular pode ser considerado um teletudo (Lemos, 2004)
por agregar no telefone cmera fotogrfica, televiso, cinema, difusor de mensagens
eletrnicas, receptor de notcias, atualizador de sites, localizador por GPS, tocador
de msica, gerenciador de dados pessoais, a democratizao do aparelho propicia
uma mudana na comunicao do ciberespao.
33 A pesquisa pode ser vista no site . Acesso em 28/10/2008
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2 Metodologia
Na Internet, uma das caractersticas muito citadas a capacidade de interao. Com
definio imprecisa, a interao foi definida por Rafaeli (1988,p .110) como um
termo usado amplamente com um apelo intuitivo, garantindo ainda a subdefinio
de seu conceito.
Primo (2007) j tambm fez sua definio, e o conceito definido por ele ser usado
como base nessa pesquisa, uma vez que ele trata a interao tambm no
ciberespao.
Interao ser aqui entendida como a ao entre os participantes doencontro (inter+ao). Sendo assim, preciso lembrar que interao no o mesmo que interao social. Esta ltima uma forma interativa, mas noa prpria definio de interao. Em outras palavras, existe interao entrecorpos, genes, ondas, foras, engrenagens, pessoas etc. (Primo, 2007, p13)
Na internet pode-se observar numeras formas de interao, comeando pelo
simples clique em um link, e indo at mesmo aos debates elaborados por
mensagens em fruns e pginas de comentrios.
Essa pesquisa pretende relacionar as interaes efetivadas atravs de blogse do
microblog Twitter, que hoje j considerado um novo fenmeno da comunicao,
tendo em vista os nmeros de acesso apresentados anteriormente.
A interao uma caracterstica comum e predominante nos dois meios de
publicao, e so capazes de permitir uma contnua e independente atualizao das
pginas. Pelo fato de analisarmos uma realidade social e no uma tcnica especfica
(Goode e Hatt, 1979, p421), utilizaremos o estudo de caso como recurso
interpretativo. Tal metodologia foi escolhida tambm por essa ser uma anlise
intensiva, empreendida numa nica ou em algumas organizaes reais (Bruyne,
Hermann, Schoutheete, 1991, p. 224).
A proposio deste estudo firma-se nas interaes encontradas nos dois objetos
escolhidos. Qualquer interao encontrada em blogs e no Twitter ajudaro a
evidenciar caractersticas relevantes. A anlise do estudo foi baseada em pginasescolhidas pela leitora, conforme poder ser visto a seguir, e atravs de cpias das
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pginas sero apresentadas e explicadas as formas de interao presentes.
Eventuamente sero coletadas informaes atravs de entrevistas, apenas quando
a informao buscada no estiver evidente nas pginas estudadas.
Para compreender como acontece a interao em blogs e em microblogs,
especificamente no Twitter, foi escolhida a opo de fazer estudos de casos usando
dois indivduos que tenham blogse uma conta no Twitter.
Poder ajudar na anlise o estudo feito que classifica os tipos de postagens mais
feitas no Twitter, Java et al. (2007), assim criaram uma taxonomia do que era
publicado pelos usurios.
1) banalidade cotidianas (daily chatter): este se refere ao uso com base na
pergunta feita, cumprindo o papel de dirio (este , inclusive, classificado como o
uso mais comum no Twitter);
2) conversaes (conversations): com uso do smbolo arroba (@) os usurios
podem conversar entre si, interagindo assuntos;
3) compartilhamento de informaes e URLs (sharing information/URLs): foi
verificado que 13% das postagens do Twitterpossuam algum link.
4) difuso de notcias (reporting news) a publicao de notcias tem sido uma
atividade tambm comum no Twitter. Tal funo no havia sido prevista na criao
da ferramenta, mas com a consolidao do sistema, os usurios vo criando novos
empregos para ele.
Definindo os objetos para a anlise do estudo de caso, inicialmente buscou-se
sujeitos que tivessem blog e Twitter ativos, e aps uma lista feita e filtrada foi
definido que os objetos de pesquisa sero:
Blog Dia de Folga , Twitter da blogueira Lu Monte
, blog Querido Leitor
e Twitter da blogueira Rosana Hermann
.
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As escolhas foram feitas a partir de anlises do contedo, freqncia de atividade e
potenciais interaes presentes nos blogs.
O Querido Leitor mantido pela jornalista Rosana Hermann e considerado um dos
primeiros blogsbrasileiros de sucesso, j que existe desde 2000.
O ritmo de atualizao dele intenso, tendo vrias postagens pequenas por dia
(algumas pessoais, outras informativas) e comentrios de leitores em quase todos
os posts. Dentre os dias 24 e 31 de outubro de 2008 foram contabilizadas 114
atualizaes.
No ranking34 dos 10 mil blogs mais citados no mundo, o Querido Leitor aparece
como um dos raros representantes brasileiros, conseguindo a 8.890 posio.
J o blogDia de Folga mantido pela advogada Luciana Monte, que assina como
Lu Monte.
Desde 2003 no ar, o blogcostuma apresentar postagens menos freqentes se
comparado com o blogcitado acima, porm as atualizaes costumam ser mais
aprofundadas, textos mais longos e geralmente voltados a dicas culturais e de
entretenimento. Dentre o mesmo perodo, de 24 a 31 de outubro de 2008 foram
realizadas no Dia de Folga trs atualizaes
Comentrios nas postagens so freqentes, sendo que a blogueira responsvel
responde todas as mensagens na prpria pgina de comentrios.
Este blog divulga o nmero de assinantes de RSSque possui, e at o momento
desta consulta (acesso em 08/10/2008) constavam 776 leitores.
Para apresentar as ferramentas de interao usadas em cada blogsero feitas
anlises e, ocasionalmente, experimentos como comentrios. Para compreender a
co na prtica no Twitter, tambm ser observada constantemente a atividade das
34 A posio do blog no Technoratti fica exposta prxima ao perfil que cada pgina tem no site. Acesso em: 09/10/2008
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blogueiras perante seus perfis, como respostas feitas outros usurios e uso de
mashupse/ou APIs.
No que se diz a respeito de teorias, para entender a cultura da interao sero
usados estudos feitos por Pierre Lvy, Andr Lemos, Manuel Castells, Raquel
Recuero e Alex Primo, que j desenvolvem pesquisas voltadas cibercultra.
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3 Anlise da Interao
3.1 Interao em blogs
Conforme explicado na metodologia, ser analisado o que h de interao nos blogs
Dia de Folga e Querido Leitor. Os blogsforam analisados entre os dias 10/10/2008 a
10/11/2008.
Analisemos abaixo cada um dos objetos do estudo de caso.
3.1.1 Dia de Folga
O blogDia de Folga apresenta-se da seguinte maneira (Figura 12).
FIGURA 12 - Imagem do blogDia de Folga
Fonte: . Acesso em: 25/10/2008
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A seguir (Figura 13), um mapeamento atravs de cores a partir da mesma imagem
mostrando do que se trata cada campo apresentado na pgina inicial e com legenda
a seguir.
FIGURA 13 - Imagem do blogDia de Folga
Fonte: . Acesso em: 25/10/2008
rea do post
Perfil da blogueira e canal de contato direto com a mesma
Dicas e informaes sobre ferramentas e recursos do blog
Anncios que antecedem as postagens
Marca do blog, est sempre nessa posio
Produtos a venda/Loja Virtual
Recomendao de hospedagem de sites
Link para assinatura de RSS
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O blogDia de Folga apresenta-se em trs colunas. A esquerda dedicada ao perfil
da escritora (Lu Monte), um link para contato direto com a mesma, pesquisa de
opinio com os leitores, dicas e informaes sobre ferramentas e recursos presentes
no blog, um atalho para uma srie de recomendaes de blogse sites e linksde
atualizaes de blogsescolhidos pela blogueira. J a coluna central o espao dos
novos posts, que tambm tem uma infinidade de recursos entre eles como anncios,
comentrios, posts relacionados, espao para comentrios, e compartilhadores35.
Por fim, na terceira coluna encontramos uma loja virtual, um linkde recomendao
de hospedagem de sites, link para assinatura do RSS do blog, indicao de um
outro blog que conta com a escritora na equipe e o contedo do Dia de Folgadividido por assunto, alm de informaes de direitos autorais.
Para verificar os recursos de interao padres do Dia de Folga, ou seja,
caractersticas que esto em todas as atualizaes, observemos inicialmente a
pgina do postdo dia 27/09/2008, como pode ser visto na Figura 14.
No cabealho do postso apresentados anncios em texto. Logo abaixo consta o
ttulo da postagem, seguida de data, tema, e tags36. O postem si composto por
vrios linksque indicam pginas do prprio Dia de Folga e tambm outros sites. Os
linksque so tratados tambm como ns da estrutura entre redes de computadores
e assim possibilita interao segundo Landow (1992), j que assim o leitor toma
conta do ritmo de sua leitura, podendo a fazer de formas aleatrias conforme a
escolha de clicar ou no em algum linke ordenar a abertura e leitura das pginas.
35 muito comum entre os blogueiros o uso de sites compartilhadores, conhecidos tambm comoagregadores. So sites que renem inmeros postssobre assuntos diversos, concentrando assim omximo de informaes. Alguns dos agregadores mais usados no Brasil: www.ueba.com.br,www.blogblogs.com.br, www.rec6.com.br, www.technorati.com, www.dihitt.com, www.linkto.com.br ewww.delicious.com36 Tags: so palavras chaves, descritoras, que fazem referncia a determinado contedo. Golder eHuberman (2006) estudam processo dinmico da web2.0 no qual os usurios adicionammetadados para compartilhar contedos, conhecido como indexao colaborativa (collaborativetagging).
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No fim de cada postagem constam figuras com preos, que se referem a ofertas da
loja virtual da blogueira que monetiza37 a pgina que mantm. Todos os anncios da
pgina tm avisos de que o contedo trata-se de informaes comerciais.
No rodap do blog Dia de Folga so apresentadas uma caixa para busca de
contedo, e o uso de dois gadgets38 e a assinatura constando Poltica de
Privacidade, tempo ativo do blog e aviso de direitos autorais. Um dos gadgets
usados o que insere as fotos mais recentes do Flickr, gerenciador de lbuns
virtual, em miniaturas. Com esse elemento, o leitor pode ver um pouco mais sobre a
blogueira, que posta fotos cotidianas, de fatos que muitas vezes no tem nenhumarelao aos posts. Abaixo desse h o gadgetdo BlogBlogs, que um indexador de
blogsbrasileiro. Com a configurao e incluso desse, possvel ver quem foram os
ltimos a visitarem o blog. Para ter a foto includa ali, basta ter cadastro no
Blogblogs e estar conectado. Atravs desse mesmo gadget, o leitor que tem
cadastro no site pode favoritar o blog que est visitando, visualizar as pessoas que
j o favoritou, ver o perfil da blogueira na mesma pgina, e ter mais uma opo de
RSS.
37 Monetizar um blog o ato de tentar obter lucros atravs da pgina, geralmente atravs de annciospagos ou outras possibilidades de publicidade.38 Segundo a Wikipedia, Gadget umagria tecnolgica recente que se refere a, genericamente, umequipamento que tem um propsito e uma funo especfica, prtica e til no cotidiano. Socomumente chamados de gadgetsdispositivos eletrnicos portteis como PDAs, celulares,smartphones, tocadores mp3, entre outros. Em outras palavras, uma "geringona" eletrnica. NaInternet ou mesmo dentro de algum sistema computacional (sistema operacional, navegador weboudesktop), chama-se tambm de gadgetalgum pequeno software, pequeno mdulo, ferramenta ouservio que pode ser agregado a um ambiente maio
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FIGURA 14 - Imagem do blogDia de Folga
Fonte: . Acesso em: 26/10/2008
Abaixo das figuras dos produtos, consta o recurso Leia Tambm, que apresenta
postsanteriores que tm como assunto central algo relacionado ao que est sendo
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FIGURA 15 - Imagem de comentrios do post Revista Feed-se Especial Democracia, do blogDia
de Folga
Fonte: . Acesso em: 26/10/2008
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FIGURA 16 Imagem de comentrios do post O Escafandro e a Borboleta, do blogDia de Folga
Fonte: . Acesso em: 26/10/2008
s 10h28min do dia 14/08/2008 a leitora que se identifica como Carol Rodrigues
deixou um comentrio no postem questo. Poucas horas depois, s 14h34min, a
blogueira Lu Monte respondeu, tambm atravs da ferramenta de comentrios do
post, a mensagem da leitora. Trs dias depois, o leitor que assina como Bender
tambm deixou sua mensagem pelos comentrios e, dessa vez, a blogueira levouum dia para responder. Percebe-se assim que no h uma padronizao ou prazos
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mximos para respostas de comentrios. Com a Figura 16 observa-se ainda que a
resposta por parte da blogueira nem sempre certa, j que algumas vezes ela no
deixa outro comentrio.
Algumas vezes as respostas pela blogueira so feitas em comentrios separados,
sendo um bloco de mensagem para cada leitor, como aconteceu no exemplo
acima, entretanto a reciprocidade aos leitores feita tambm de outra forma. Lu
Monte tambm responde, algumas vezes, seus leitores em um s comentrio,
separando as mensagens apenas antecedendo a resposta com o nome do
destinatrio, conforme apresenta a Figura 17.
FIGURA 17 - Imagem de comentrios do post Parece Pouco?, do blogDia de Folga
Fonte: . Acesso em: 29/10/2008
No sistema de comentrios usados no blogDia de Folga h recursos que ajuda o
leitor a acompanhar a discusso sem ter que voltar pgina em questo sempre.
possvel assinar o RSS exclusivamente dos comentrios feito naquele post(que na
ocasio chamado de artigo), de comentrios feitos em todo o contedo do blogou
ainda solicitar o recebimento dos mesmos atravs de email (independente de ter ou
no feito um comentrio no post), conforme pode ser visto na Figura 18.
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FIGURA 18 - Imagem do campo de comentrios que aparece no fim de todos os postsdo blogDia de
Folga.
Fonte: . Acesso em: 29/10/2008
Percebe-se assim vrias possibilidades de interao no blog Dia de Folga, o que
favorece a conversao do leitor com a blogueira e at mesmo com outras pessoas
(sejam elas tambm leitoras do blogou no).
3.1.2 Querido Leitor
O blogQuerido Leitor, da apresentadora Rosana Hermann, apresenta-se distribudo
em duas colunas, sendo que a maior delas destinada s postagens. A pgina
inicial do blogpode ser vista na Figura 19, e o mapa de caractersticas na Figura 20.
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FIGURA 19 - Imagem da pgina inicial do blogQuerido Leitor
Fonte: . Acesso em: 29/10/2008
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FIGURA 20 - Imagem da pgina inicial do blog Querido Leitor mapeada
Fonte: . Acesso em: 29/10/2008
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rea do post
Marca do blog, est sempre nessa posio
Link para assinatura de RSS
Anncios publicitrios sempre presentes nessa posio
Nmero de leitores online
ltimos comentrios feitos por leitores
Links para vdeos e foto: o primeiro um streaming41 feito pelo iPhone da blogueira, o
segundo a mesma apresentando seu currculo em vdeo. A terceira imagem trata-se da foto mais
recente do Flickrda blogueira.
rea com links da blogueira em outras redes sociais, como Twitter, e canais de contato direto
com a mesma
Espao que apresenta ltimas notcias publicadas no site Folha Online.
Na parte superior do blog, no mesmo quadro que encontra-se o nome Querido Leitor
e uma fotografia constam tambm duas abas na parte de cima, Farofa e Desde
2000. O primeiro direciona o leitor para o seu antigo site, que tem o mesmo nome
da aba. O mesmo s aberto atravs do site Web Archive, que recupera a imagem
de pginas que j saram do ar. J o segundo leva o leitor ao blogdo antigo site
Farofa, cuja pgina ainda est no ar, porm desatualizada desde dezembro de 2000.
41Streaming(fluxo, ou fluxo de mdia em portugus) uma forma de distribuir informao multimdianuma rede atravs de pacotes, segundo a Wikipedia. freqentemente utilizada para distribuircontedo multimdia atravs da Internet. Em streaming, as informaes da mdia no so usualmentearquivadas pelo usurio que est recebendo a stream(a no ser a arquivao temporria na memria
do sistema ou que o usurio ativamente faa a gravao dos dados) - a mdia geralmente constantemente reproduzida medida que chega ao usurio se a sua banda for suficiente parareproduzir a mdia em tempo real. Isso permite que um usurio reproduza mdia protegida por direitosautorais na Internetsem a violao dos direitos, similar ao rdio ou televiso aberta.
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Abaixo, apresenta-se o ttulo Sobre o Blog que traz links e informaes da
blogueira. Links para um currculo em texto, para um blog institucional mantido
tambm por ela, para os arquivos de material j publicado no Querido Leitor, e
tambm de seus perfis no Twitter, Blip.fm44 e por fim, no Flickr. Um pouco a seguir
h o linkpara a compra de seu livro publicado.
Aps isso, aparecem mais informaes do blog, acompanhados do email de contato.
Selos com a marca do bloge com um contato de acessos compem esse espao.
A segunda coluna se estende ainda apresentando mais de cinqenta linksque so
classificados como Blogs de amigos, textos meus, links. Nessa mesma lista o link
para o Twitterde Rosana volta a aparecer.
Abaixo, uma rea com o nome Arquivo apresenta links de postagens desde de
08/06/2003 at a semana mais recente.
Por fim, a segunda coluna se encerra com links com o ttulo Template by, que
fazem referncia ao visual da pgina, um selo do Uol Blog(que hospeda o site) e doperfil do blogno Technoratti.
J os postspublicados no Querido Leitor so sempre marcados com um cone (um
dedo apontando o ttulo do contedo). Logo em seguida aparece todo o postem si,
que finalizado com a assinatura um beijo, um browse, um aperto de mouseda
Rosana Hermann, seguido do horrio exato da publicao, como pode ser visto na
Figura 21.
44 Blip.Fm uma rede social que consiste em postagem de msicas com mensagens curtas,parecidas com a do Twitter. possvel adicionar outros usurios ao seu perfil e interagir com elesatravs dos textos que acompanham as postagens.
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FIGURA 21 - Imagem do postDia Nacional do Livro, do blogQuerido Leitor
Fonte: . Acesso em: 29/10/2008
Aps a assinatura do post, disponibilizada uma opo tambm de interao do
leitor, onde ele pode recomendar e encaminhar aquele texto para algum atravs de
email, bastando clicar em envie este post e preencher a janela pop-up(Figura 22).
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FIGURA 22 - Imagem da janela pop-up de envie este post do blogQuerido Leitor
Fonte: . Acesso em: 29/10/2008
Tal recurso oferece ao leitor a possibilidade de compartilhar aquilo que foi lido comoutras pessoas atravs de email, ou at mesmo salvando a publicao na prpria
caixa de emails.
A pessoa que recebe o email com a indicao do post v apenas o link daquela
postagem, como pode ser visto na Figura 23 (capturada atravs de um teste feito
pela autora).
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FIGURA 23 - Imagem do emailenviado pelo sistema de envio de postdo blogQuerido Leitor
Fonte: . Acesso em: 29/10/2008
Abaixo do recurso Envie este post, consta em letra mais clara permalink, que o
endereo especfico daquela postagem podem ser usados em casos de trackbacks,
e por fim, o nmero de comentrios j feitos com o linkque abre os mesmos em uma
janela pop-up.
A seguir, na Figura 24, a imagem da pgina de comentrios do Querido Leitor, onde
mostra um trecho de mensagens deixadas pelos leitores do blog.
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Figura 24: Imagem de trecho comentrios do post 32 de milhes de dlares pouco, do blog
Querido Leitor
Fonte: . Acesso em: 29/10/2008
Aps buscar em inmeros postsque demonstrassem interaes entre a blogueira e
seus leitores atravs da pgina de comentrios, foi enviado um email Rosana
Hermann perguntando se tal relacionamento era feito. Na resposta, Rosana
informou que l todos os comentrios, uma vez que cada um passa por sua
moderao, mas responde apenas alguns. Os comentrios deixados pela dona do
blogaparecem em vermelho junto s demais mensagens, que costumam estar em
fonte preta (Anexo A).
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naquele momento e se o usurio que enviou mensagens encontra-se ainda
conectado ou no pgina no momento do acesso.
O blog Querido Leitor, portanto, tambm d inmeras oportunidades para que o
leitor interaja naquele ambiente.
3.2 Interaes no Twitter
Conforme visto anteriormente, existem algumas possibilidades de interao dentro
do Twitter. A mais bsica, e constante delas, a conversao que feita com uso
do caractere @ precedendo o nome do destinatrio da mensagem (Figura 26).
FIGURA 26 - Tela do Twitterquando includo o caractere @. O ttulo da caixa automaticamente
mudado para a ao (reply)
Fonte: . Acesso em 25/11/2008
Tendo em vista o que foi definido na metodologia, aqui sero analisadas interaes
feitas no Twitterde cada uma das blogueiras selecionadas, Lu Monte (que no Twitter
@lumonte) e Rosana Hermann (que no Twitter @rosana).
importante observar que no Twitter, nem sempre as interaes so recprocas.Muitas vezes uma mensagem publicada fazendo referncia a um outro usurio e o
emissor no obtm resposta do mesmo. Isso pode ocorrer pelo simples fato do
destinatrio realmente no querer responder, ou ainda por ele no ter visto a
mensagem, uma vez que o Twitter apresente os replies de forma deficiente: s
aparecem na aba repliesmensagens que tiveram o seu nome com @ no incio. Se
a referncia pessoa estiver no meio do texto, este no ser filtrado pelo sistema.
Para o usurio saber quem falou dele em algum momento (independente desse
mecanismo de replies), pode ser usado o sistema de busca do prprio Twitter, j
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citado anteriormente. Pelo fato desse buscador ser pblico, possvel saber
tambm quem falou de quem, uma vez que repliesno so particulares (Figura 27)
FIGURA 27 - Imagem de mensagens encontradas que citaram em algum momento @lumonte
Fonte: . Acesso em: 29/02/2008
Enquanto comentrios sustentam conversaes nos blogs, no Twitterpodemos ver a
troca de mensagens com o mesmo papel. Disso decorre a associao que se
costuma fazer entre microblogse servios de mensagem instantnea, como MSNMessengere Google Talk (Zago, 2008, p. 35).
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Atravs do aplicativo Tweader47, possvel visualizarmos mensagens que
apresentam a interao mais comum no Twitter(a troca de replies, j citada acima),
de forma mais organizada, como um bate-papo (Figura 28)
FIGURA 28 - Conversao feita atravs do Twitter, organizada visualmente atravs do aplicativo
Twader.
Fonte: . Acesso em 31/10/2008
Tambm possvel a participao de mais de uma pessoa em um s assunto, j
que o Twitterapresenta a pulverizao como caracterstica (Figura 29).
47 Tweader: disponvel em
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FIGURA 29 - Conversao feita atravs do Twitter, organizada visualmente atravs do aplicativo
Twader
Fonte: . Acesso em 25/11/2008
Na figura acima possvel vermos, em ordem cronologicamente inversa, a pergunta
da usuria Lu Monte e a resposta de outros dois usurios, referente mesma
mensagem. A segunda mensagem de cima para baixo ainda apresenta Lu Monte
interagindo com a pessoa que se identifica como Guezth, ao agradecer a resposta.
Em seguida, o usurio chamado Arcanjo envia um texto referente mensagem
apresentada no final da imagem, e citando ainda um outro usurio do Twitter,
boombust no assunto, fazendo assim mais uma conexo.
Atravs do Twitter, comum os blogueiros divulgarem postsde seus blogs e, em
algumas vezes, debater e conversar sobre contedos do mesmo atravs do
microblog, e no atravs da parte de suas pginas determinadas para comentrios e
tal tipo de interao.
Essa interao entre usurios do Twitter no dependem diretamente da
reciprocidade. Um usurio pode responder o outro mesmo que apenas um deles osiga, no tornando a relao recproca. O mesmo exemplo da Figura 29 pode ilustrar
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isso. A usuria que se identifica como Dannyfofolete segue Rosana, entretanto o
oposto no acontece.
Um aplicativo chamado Does Follow (Figura 30) capaz de mostrar se um usurio
segue um outro, bastando apenas incluir seu nome de identificao no Twitter.
FIGURA 30 - Reproduo da pgina inicial onde se insere os nomes dos usurios do Twittere da
resposta dada pelo sistema (nope, que uma gria usada na Internetcomo a palavra no)
Fonte: . Acesso em: 31/10/2008
Na figura 31 possvel vermos uma mensagem postada por Lu Monte, onde alguma
novidade de seu blog divulgada atravs de um link. O endereo indicado
( se refere indiretamente ao blog da mesma.. Ele foi
enviado com este nome por ter sido compactado48, uma vez que o Twitter limita as
postagens em 140 caracteres, conforme j explicado.
48 Existem vrios sites de compactao de links. Eles criam um novo linkpara o endereo informado,com menores caracteres, mas se acessados redirecionam o usurio para a pgina indicada peloemissor. Compactadores freqentemente usados no Twitter: ,
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FIGURA 31 - Mensagem de @lumonte postada atravs do Twitter
Fonte: . Acesso: 10/11/2008
Assim como em chats, no Twittertambm comum o uso de emoticons, fato que j
foi citado anteriormente (Figura 32).
Talvez os emoticonssejam a marca mais prototpica da transmutao que
se reflete na escrita do chat , pois sinais de pontuao, letras, nmeros eoutros caracteres so combinados, a fim de transmitir emoes e outrasmanifestaes de uma comunicao face a face. (ARAJO, 2003, p. 100)
FIGURA 32 - Mensagem publicada por Lu Monte onde aparece o uso de um emoticon:).
Fonte:. Acesso em: 10/11/2008
Conforme citado na taxonomia feita sobre o contedo do Twitter, tambm freqente o uso do sistema para difuso de notcias diversas
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Muitos usurios reproduzem ltimas notcias ou comentam sobre eventosatuais no Twitter. Alguns agentes ou usurios automatizados postamatualizaes como boletins sobre o clima ou novas histrias a partir de RSS
feeds. Esta uma aplicao interessante do Twitterque surgiu por conta doacesso fcil API do desenvolvedor (Java et al., 2007, p. 8)
A prxima ilustrao (Figura 33) conta uma mensagem postada pela Rosana,
fazendo um comentrio relacionado notcia que pode ser lida ao clicar no link. O
endereo indicado por ela segue para a pgina do jornal internacional Dallas News49
com uma notcia envolvendo o Twitter, o Youtubee as eleies norte-americanas.
FIGURA 33 - Mensagem enviada por Rosana, onde ela reporta o linkde uma notcia acompanhado
de um comentrio
Fonte: . Acesso em: 10/11/2008
A possibilidade de comunicar de forma privada com outros usurios no Twitter
tambm caracteriza uma relao de interao. O Twitter permite o envio de
mensagens diretas e particulares para pessoas que so suas seguidoras, e o
recebimento do mesmo tipo de mensagem proveniente de pessoas que so
49 A notcia est disponvel em
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seguidas pelo o usurio. Para enviar uma mensagem direta, basta usar o caractere
d antes do nome de usurio e o texto (Figura 34).
FIGURA 34 - Tela do Twitterquando includo o caractere d. O ttulo da caixa automaticamente
mudado para a ao (direct message)
Fonte: . Acesso em 25/11/2008
Tendo visto tais possibilidades de interao no Twitter, podemos afirmar que a
agilidade, pulverizao de conversaes e disseminao de informaes so
caractersticas relevantes no que se trata a comunicao feita atravs do microblog.
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4 Concluso
A possibilidade de interao presente nos blogse no Twitter o que d sentido a
tais pginas. Conforme informaes apontadas nesta pesquisa, tanto os blogs
quanto microblogs tm nmeros de acessos considerveis, se tornando notveis
meios de publicao. Com a interao como caracterstica de cada uma das
ferramentas de publicao, o contedo que passa por ali toma rumos diferentes e
ganha um dinamismo particular, se comparado a outros meios.
Atravs de dados informados neste trabalho, podemos ver que nos blogs comum
observarmos a interao sendo apresentada de inmeras formas, como em
comentrios, possibilidade de envio de emails, conversao atravs dos
comentrios, e demais servios disponibilizados por widgets.
J no Twitter, a primeira vista, a interao menor, no entanto o que acontece a
reduo das formas de representao da interao, se comparadas com os blogs,
uma vez que a troca de mensagens (replies) pelo microblog muito intensa, fazendo
com que a interao seja proporcionalmente forte e presente. O Twittertambm se
torna particular devido a sua assincronia da interao feita ali, j citada nesta
monografia.
Pode parecer que a interao se faz mais presente nos blogsque nos microblogs,
mas tal impresso fica evidente pelo fato de se ter inmeras formas de expresso da
mesma no primeiro. O que acontece no Twitter pura interao tambm, entretantoela se apresenta de forma mais nica: atravs dos replies. Vez ou outra a mesma se
apresenta atravs de usos de aplicativos. A pulverizao de informaes grifa
tambm a particularidade do servio, trazendo um diferencial s interaes
conhecidas at ento na Internet.
Portanto, percebe-se que a interao uma das caractersticas mais importantes
para a constante evoluo e ampliao de contedo, tanto nos blogs quando no
Twitter. Cada uma a sua maneira, com suas particularidades, os blogse o Twitter,
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por fim, tm a interao enquanto caracterstica comum, porm, cada um levado
de acordo com sua particularidade.
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Anexo A - transcrio do email enviado no dia 30 de outubro de 2008 blogueira
Rosana Hermann, criadora do blogQuerido Leitor.
Ol Rosana,
tudo legal?
Como havia comentado recentemente, estou estudando seu blog na
minha monografia. Tenho uma dvida sobre o blog: voc costuma
responder comentrios dos leitores? Caso sim, como? Na prpria pginade comentrios, em privado? Se respondeu algum recentemente, se
puder me envie o link por favor?
Muito obrigada pela ateno novamente,
Raquel Camargo
Resposta:
RAquel
Eu leio todos os comentrios pois eu os aprovo um a um
Respondo a alguns, em vermelho. Tenho um cdigo no template para que
minha resposta fique destacada a no se confunda com o que o leitor
escreveu.
s voc ver nos comentrios.
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