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Mantenedora
ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO
RENOVADO OBJETIVO
Mantida
UNIVERSIDADE PAULISTA
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO
DE
LETRAS
Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Espanhola
APÊNDICE II
São Paulo – SP
2
Sumário
MANUAL DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES ................................... 3
MANUAL DE TC ...................................................................................... 12
REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE
ACOMPANHAMENTO/ORIENTAÇÃO .................................................... 13
ORIENTAÇÕES DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
PARA O CURSO DE LETRAS ................................................................ 48
REGULAMENTO DO TRABALHO DE CURSO ...................................... 58
REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES .................. 62
REGULAMENTO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE .............. 67
REGULAMENTO DAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO ........................... 68
LABORATÓRIO DE ESPANHOL ............................................................ 73
3
MANUAL DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Índice
1. Apresentação
2. O que são atividades complementares
3. Objetivos gerais das atividades complementares
4. Conteúdos gerais (práticas e atividades)
5. Atividades: valores equivalentes em horas
6. Ficha das atividades complementares e horas equivalentes válidas
7. Documentação a ser anexada à ficha das atividades complementares
8. Orientações – elaboração de relatórios
9. Cotas máximas
10. Modelo de ficha
11. Considerações finais
4
Orientações – Atividades Complementares
1. Apresentação
Este documento apresenta um guia geral sobre as atividades
complementares da UNIP (Universidade Paulista), para os cursos de Letras –
Licenciatura em Língua Portuguesa, Língua Portuguesa e Língua
Inglesa/Língua Portuguesa e Língua Espanhola – para a modalidade EAD,
gestão SEI e SEPI. O presente documento fornece definições, objetivos
gerais, diretrizes amplas e sugestões, a fim de contemplar os conteúdos
constantes do Projeto Pedagógico de Letras.
2. O que são atividades complementares?
As atividades complementares são componentes curriculares obrigatórios
constantes dos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação da UNIP, em
consonância com as respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais.
As atividades complementares possibilitam o reconhecimento, por
avaliação, de habilidades, conhecimentos e competências do aluno, inclusive
adquiridas fora do ambiente escolar, incluindo a prática de estudos e
atividades independentes, transversais, opcionais e de caráter
interdisciplinar, especialmente nas relações com o mundo do trabalho, nas
ações de extensão junto à comunidade e no envolvimento inicial com a
pesquisa acadêmica.
3. Objetivos gerais das atividades complementares
Alguns dos objetivos gerais a serem alcançados com a introdução das
atividades complementares nos Projetos Pedagógicos dos cursos da UNIP
são:
• complementar a formação profissional, cultural e cívica do aluno pela
realização de atividades extracurriculares obrigatórias, presenciais ou à
distância;
• contribuir para que a formação do futuro egresso seja generalista,
humanista, crítica e reflexiva;
• despertar o interesse dos alunos para temas sociais, ambientais e
culturais;
• estimular a capacidade analítica do aluno no estudo e na avaliação de
situações novas;
5
• auxiliar o aluno na identificação e resolução de problemas, com uma
visão ética e humanista;
• integrar alunos de cursos distintos e ampliar o escopo de seus
interesses;
• incentivar o aluno na participação de projetos e ações sociais;
• promover situações que exijam posturas de tomadas de iniciativas e
revelem o espírito empreendedor dos alunos;
• dispor o conhecimento e a vivência acadêmica com as comunidades
externa e interna;
• incentivar procedimentos de investigação científica.
4. Conteúdos gerais (práticas e atividades)
Práticas que podem compor as atividades complementares:
• participação em grupos de pesquisas da UNIP ou de outras Instituições,
preferencialmente em grupos de pesquisa cadastrados no Diretório dos
Grupos de Pesquisa do Brasil, do CNPq;
• participação em programas de Iniciação Científica para discentes;
• produções bibliográficas técnicas, culturais, bibliográficas e artísticas
(ou equivalentes), excluindo Trabalhos de Cursos e monografias
obrigatórias;
• visitas a museus, exposições, centros culturais e feiras (ou
equivalentes);
• visitas técnicas, especialmente as supervisionadas e orientadas;
• presença em simpósios, congressos, seminários, oficinas, cursos,
palestras, saraus e eventos científicos;
• apresentação de trabalhos em congressos e eventos científicos;
• leituras: livros, ensaios, artigos técnicos, artigos de jornais e de revistas
especialidades e atualidades;
• frequência em peças teatrais, mostras cinematográficas e sessões de
cinema;
6
• análises de filmes e documentários;
• realização de cursos extracurriculares;
• participação em projetos e ações sociais, além de atividades de
extensão comunitária;
• participação em sarau e/ou eventos do curso de Letras.
Sugestões de conversões de atividades nos valores equivalentes em
horas
Atividade Carga horária
Visitas técnicas (empresas e museus – parte
administrativa – visão de empresa/estrutura). 10 horas
Atividades científicas (participação em congressos, seminários, palestras, defesas de dissertação e tese).
10 horas
Atividades culturais (filmes – acervo próprio e/ou cinema, teatro, teatro infantil, shows, feiras, exposições,
patrimônios culturais, cidades históricas, museus, memoriais etc.).
10 horas
Atividades assistenciais (voluntariado). 10 horas
Palestras TV WEB (para acessar as palestras da TV WEB, acesse o site www.unip.br, clique no link TVWEB e
escolha as palestras).
05 horas
Palestras ao vivo no polo de apoio presencial 10 horas
Atividades esportivas (torneios, jogos, cursos de dança etc.).
10 horas
Produção acadêmica (artigos publicados em jornais
e/ou revistas – trabalho feito pelo aluno e publicado). 10 horas
Cursos extracurriculares (cursos extracurriculares – línguas, extensão, treinamento, disciplinas optativas).
20 horas
Visitas a instituições (incluindo escola-modelo, creches,
berçários, SESI, SESC, SENAC, SENAI, ONGs com assistência educacional, laboratórios de pedagogia [microensino e multimeios], hospitais e clubes com
brinquedoteca).
10 horas
Participação em fóruns de discussão: ambientais,
sociais, culturais. 10 horas
Leituras (livros, materiais publicados em jornais, revistas
ou periódicos e artigos referentes ao curso ou disciplina). 10 horas
7
6. Ficha das atividades complementares e horas equivalentes válidas
As atividades realizadas pelo aluno devem ser relatadas por ele mesmo
em documento específico denominado de ficha de atividades
complementares.
Nessa ficha, o aluno deve citar o título sintético da atividade, a data de
realização e a atribuição de horas equivalentes, segundo critérios específicos
do curso.
O portfólio das atividades complementares será entregue durante o curso
em ambiente eletrônico. Ao término de cada semestre, o aluno deverá
entregar até a data estabelecida no calendário acadêmico do seu curso os
comprovantes impressos no polo de apoio presencial, juntamente com a
ficha de controle (apresentada a seguir), destacando todas as atividades que
foram inseridas no referido semestre em ambiente eletrônico. Tais
comprovantes devem corresponder ao material disponibilizado anteriormente
no ambiente eletrônico (link de postagem).
As horas equivalentes atribuídas a cada atividade e que forem de fato
validadas pela equipe da UNIP Interativa serão somadas e, se atingirem o
valor mínimo a ser cumprido no semestre letivo, resultarão em média
suficiente para a aprovação do aluno. O valor mínimo de horas equivalentes
a ser cumprido em determinado semestre letivo consta do Projeto
Pedagógico do Curso de Letras da UNIP e pode variar de série (semestre)
para série.
8
Modelo de ficha
7. Documentação a ser anexada à ficha das atividades
complementares
Cada atividade descrita pelo aluno na ficha das atividades
complementares deverá estar acompanhada de documentações
comprobatórias, resumos e/ou relatórios.
Documentações a serem anexadas à ficha de atividades complementares:
Atividade Documentação
Visitas técnicas Declaração assinada e carimbada.
Atividades científicas Apresentação do relatório com comprovante (cópia) de participação nesses eventos (crachá, comprovante de
inscrição e/ou participação).
Atividades culturais Ingresso original anexado.
Atividades assistenciais/voluntárias Declaração da instituição assinada e carimbada.
Palestras TV WEB UNIP Apresentação de resumo crítico da palestra assistida (para ver as palestras da TV WEB, acesse o site<www.unip.br>,
clique no link TV/WEB e escolha as palestras).
Atividades esportivas Apresentação de comprovante de participação e relatório (não são válidas atividades assistidas).
Produção acadêmica Cópia do sumário da publicação no qual o artigo, de autoria do aluno, foi publicado.
9
Cursos extracurriculares Certificado de conclusão e/ou participação (são aceitos apenas cursos concluídos). Para as disciplinas optativas, é
necessário que o aluno acesse a secretaria virtual/menu acadêmico/histórico acadêmico, constando sua aprovação, e
o envie juntamente com os relatórios de cada uma das disciplinas. Não são válidos boletos, atestados de matrícula e comprovantes de inscrição. O envio do comprovante/histórico
deverá ser feito após o fechamento da disciplina, comprovando a aprovação.
Visitas a instituições Declaração da instituição assinada e carimbada.
Fóruns de discussão Print-screen do fórum do qual o aluno participou seguido de relatório/resumo.
Leituras Apresentação do material lido, cópia frente e verso da capa dos livros/matérias/artigos com apresentação de resumo
crítico.
8. Orientações – elaboração de relatórios
Redigir um texto contendo o seguinte:
I. Identificação
Identificação do curso, identificação pessoal: nome, número de Registro
Acadêmico (RA) e sigla de turma.
II. Identificação da atividade
Atividade desenvolvida (visita a museu, leitura de livro...).
Local, data e duração da atividade (se for o caso).
Pessoa ou entidade responsável (curador do museu, autor do livro...).
Frase síntese.
III. Texto
Introdução – objetivo.
Desenvolvimento – relato cronológico da atividade, com detalhes e
avaliações.
Conclusão – sugestões ou recomendações a partir do exposto, ou
retomada sintética do exposto.
10
IV. Anexos (ingressos, fotos etc.)
V. Local e data do relatório
VI. Assinatura
Observação – linguagem a ser utilizada: sóbria, objetiva (centrada no
objeto), precisa, sem elogios ou exageros, denotativa, simples e correta.
9. Cotas máximas
Com a intenção de fazer com que os alunos diversifiquem as atividades
desenvolvidas em dada série (semestre), a equipe da UNIP Interativa pode
estabelecer cotas máximas, em horas, para cada tipo de atividade.
10. Considerações finais
Não serão aceitos resumos “prontos” obtidos da internet ou de outra fonte
similar de consulta.
As leituras de artigos incluem artigos técnicos, científicos, de jornais e de
revistas especializadas. A equipe da UNIP Interativa estabelecerá os
assuntos, as referências e as fontes válidas.
Além da frequência a mostras cinematográficas, também podem ser
considerados comparecimentos em sessões de cinemas, segundo critérios
próprios da coordenação do curso de Letras da UNIP.
Somente serão validadas como cumprimento de horas de atividades
complementares as atividades que correspondem ao período do aluno em
curso.
O aluno que não tiver validado o número mínimo de horas necessárias
para a aprovação deverá realizá-las integralmente na série subsequente, ou
deverá fazer todas elas antes do final do curso. A coordenação do curso de
Letras da UNIP Interativa poderá considerar as horas já cursadas, porém
insuficientes para aprovação (ou seja, o aluno poderá “completar as horas
não cumpridas no semestre anterior”).
As fichas de atividades complementares preenchidas e assinadas pelos
alunos e pela equipe da UNIP Interativa deverão ser encaminhadas à
secretaria do campus que as arquivará no prontuário do aluno.
11
Obs.: não serão aceitas como atividades complementares no curso de
Letras as leituras obrigatórias constantes das diversas disciplinas que
compõem o curso.
Vale a mesma regra para os filmes que constarem da lista obrigatória das
respectivas disciplinas.
12
MANUAL DE TC APRESENTAÇÃO
“É instaurador de discursividade todo aquele cuja obra
permite que outros pensem algo diferente dele.”
Michael Foucault
O Trabalho de Curso (TC) visa proporcionar aos alunos a vivência na
iniciação científica, atividade que está ligada ao desenvolvimento acadêmico
dos alunos de graduação. O TC busca ampliar os conhecimentos em relação
a temas abordados durante o curso, permitindo aos alunos a escolha daquilo
que seja de seu interesse pessoal. É, portanto, uma experiência acadêmica
orientada, vivida por alunos que cursam o sexto semestre letivo da
graduação, cursos de especialização ou de pós-graduação lato sensu. Não
há exigência de que o tema desenvolvido e pesquisado em um trabalho
monográfico seja um tema original e inédito. Há, no entanto, exigências em
relação a organização do trabalho, coerência e coesão textuais, pesquisa e
desenvolvimento do conteúdo.
Espera-se que, durante a elaboração do TC, os alunos vivenciem práticas
pedagógicas de pesquisa e discussão em atividades grupais, capazes não
somente de lhes possibilitar o aprimoramento do trabalho, mas também o
aprendizado de práticas docentes que lhes serão necessárias ao longo de
sua vida como profissionais de Letras.
Assim, espera-se que o grupo de alunos, ao escolher o tema com o qual
deseja trabalhar, faça-o livre e conscientemente, pois somente dessa forma
poderá trabalhar prazerosamente, obtendo como resultado, além de seu
crescimento acadêmico, um texto criativo e interessante a outros leitores com
o mesmo interesse.
Espera-se, ainda, que o TC ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de
articular os conhecimentos desenvolvidos ao longo da graduação, nas
diferentes disciplinas que compõem a grade curricular do curso de Letras, e
que seja também considerado pelo aluno como uma etapa que antecede
possíveis cursos de especialização, mestrado e doutorado.
13
REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE
ACOMPANHAMENTO/ORIENTAÇÃO
I. Orientações para os alunos
O TC é um trabalho a ser realizado por alunos matriculados no último
semestre. Alunos que antecipam a disciplina por motivos de transferência de
outra universidade para a Unip, ou alunos matriculados em regime de
dependência, deverão integrar-se ao sistema escolhendo o tema que mais
lhes interesse e participando, obrigatoriamente, de todas as etapas do
desenvolvimento do trabalho de pesquisa, orientação e apresentação.
Depois de selecionado o tema do TC, este será encaminhado a um dos
orientadores designados pelo curso, envolvido diretamente com a disciplina à
qual se relaciona o tema, que exercerá o papel de orientador do trabalho. A
coordenação do curso, junto aos professores, poderá também sugerir
orientadores para os trabalhos.
Orientadores e alunos se comunicaram por e-mail. A frequência e
regularidade desses contatos serão controladas pelo professor orientador e
todos os alunos deverão tomar ciência das tarefas a serem cumpridas no
período que transcorrerá entre um encontro e outro.
II. Orientações para as atividades dos alunos
Durante o tempo previsto para pesquisa e elaboração do texto do TC,
muitas atividades serão desenvolvidas pelos participantes. Essas atividades
vão desde as práticas, de cunho organizacional (por exemplo, decidir sobre
quem / quando os dados serão coletados, quando / como serão transcritos,
caso seja necessário), àquelas voltadas à construção de novos
conhecimentos, envolvendo momentos de estudo e realização de tarefas
relacionadas à cognição. É fundamental, portanto, que cada aluno escolha
diferentes maneiras para estudar. Assim, é importante pensar em tipos de
atividades a serem realizadas:
1. leitura e fichamento dos textos;
2. buscas na internet;
3. elaboração de pequenos trechos da monografia, com o
propósito de discutir o estilo do texto de cada um, reescrever e
estabelecer características para o texto final da monografia.
14
Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TC, os grupos
desenvolvam estratégias de aprendizagem que possam colaborar para o
resultado final do trabalho.
Ao longo do período destinado à elaboração do TC, os alunos deverão
cumprir as seguintes etapas/diretrizes:
comunicação regular com o orientador por e-mails;
entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações
do professor orientador e do professor coordenador do curso;
entrega dos exemplares em sua versão final.
Em seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão
abordadas.
III. Orientações gerais
As “dicas” a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho:
1. elaboração de relatório pelo aluno, contendo os aspectos
apresentados nas aulas gravadas ou nos e-mails enviados pelo
professor;
2. manutenção de um arquivo ou caderno para registro de
todas as possíveis citações consideradas relevantes para o
trabalho, assim como a referência bibliográfica correspondente;
3. elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e
considerados relevantes para o embasamento teórico da
monografia;
4. trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a
nova versão, dando, tanto ao orientador quanto aos próprios
alunos, a possibilidade de relembrar os comentários já feitos
em etapa e orientação anteriores.
IV. O que é uma monografia científica ou TC?
A monografia proposta ao final de um curso de graduação é um trabalho
de caráter científico e, como tal, deve pautar-se em normas internacionais
que caracterizam as pesquisas em universidades, congressos etc. Assim,
faz-se necessário que escolhamos uma referência bibliográfica sobre
questões metodológicas e, uma vez escolhida, esta deverá ser observada
15
rigorosamente na elaboração do trabalho. Embora sabendo das divergências
em relação às questões metodológicas e da necessidade de, muitas vezes,
estabelecermos comparações entre os diferentes autores que tratam dessa
questão, optamos por organizar o TC com base nas orientações da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas, utilizada por grande parte das
universidades brasileiras. Os aspectos a serem observados serão
apresentados neste documento, em momento oportuno.
Em relação às orientações para o TC, Guidin (2003) propõe, para
reflexão, alguns tópicos que poderão nortear esse trabalho acadêmico.
1. A palavra monografia corresponde, etimologicamente, a um
tratado escrito (grafia) sobre um único (mono) assunto ou tema.
2. Texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do
texto dissertativo. É, portanto, uma dissertação, ou seja, deverá
convencer o leitor das propostas lá sustentadas. No caso de
TC, é necessário que cada uma das análises se encaminhe
para um ponto determinado e que, ao final, os alunos possam
encontrar pontos em comum para atingir o objetivo analítico
final que será apresentado na conclusão do trabalho.
3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para os
trabalhos de graduação, trabalhos de mestrado e de doutorado.
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa estaria no grau
de originalidade, abrangência, aprofundamento teórico-
metodológico e enfoque analítico; com isso, não se quer dizer
que a pesquisa para o TC teria apenas um caráter de
compilação e/ou revisão bibliográfica, como propõem alguns
autores. É fundamental que os graduandos se posicionem
criticamente frente ao material pesquisado.
Victoriano; Garcia (1996/1999) consideram importante, em um projeto de
pesquisa, que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos
autores organizem-se para responder às seguintes perguntas:
1. O que fazer? A resposta é a delimitação do tema e do
problema a ser resolvido. É importante que se restrinja o
campo, pois quanto mais circunscrito estiver o objeto, melhor e
com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa
delimitação pode ser usada como título provisório do trabalho.
16
2. Por que fazer? A resposta a esta questão é a justificativa da
escolha do objeto de estudo. Nesse tópico, deverão constar a
definição e a delimitação do problema, a descrição bibliográfica
que demonstre sua relevância enquanto objeto de estudo, suas
hipóteses e sua importância para a comunidade, o que o torna
um dos tópicos essenciais do projeto.
3. Para que fazer? A resposta está nos propósitos do estudo,
ou seja, nos seus objetivos gerais e específicos. É fundamental
que seus objetivos sejam claros, pois eles nortearão todo o
trabalho metodológico que será desenvolvido.
4. Como fazer? A resposta está na metodologia (métodos e
técnicas) que será utilizada em seu trabalho. A metodologia é
um procedimento sistemático e formal, cujo objetivo é
encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de
técnicas científicas que permitam descobrir novos fatos ou
dados, relações ou leis em qualquer campo do conhecimento.
5. Com quem fazer? A resposta a esta questão está vinculada
às pesquisas que, por utilizarem recursos de estatística ou por
serem pesquisas empíricas, devem selecionar uma amostra
entre a população-alvo e seu estudo.
6. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo,
bibliografia. Se a pesquisa exigir trabalho com amostragem,
necessariamente, é preciso trabalhar com dados colhidos no
campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica
seja executada em centros especializados ou em bibliotecas
universitárias, cujas especialidades estão ligadas a áreas de
conhecimento específicas.
7. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das
monografias apresentadas por alunos, devido ao interesse do
assunto e da área específica, podem ser financiadas por
órgãos de pesquisa ou pela própria universidade.
8. Quando fazer? A resposta encontra-se em um cronograma,
que deve descrever, mês a mês, todos os passos que o
pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da
pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos
estabelecidos pelo orientador e pela dinâmica da pesquisa.
17
V. O que significa pensar cientificamente?
Ao afirmarmos que um TC é um trabalho acadêmico, técnico-científico,
estamos, de certa forma, dizendo que esse trabalho tem características
diferenciadas e que seu público-alvo encontra-se na comunidade científica.
Quem avalia e atribui relevância aos trabalhos científicos são leitores
acostumados a trabalhar com pesquisa e a pensar e raciocinar
cientificamente. Mas o que isso significa?
É dotado de comportamento científico o aluno que demonstra
preocupação com a qualidade dos questionamentos que faz em relação ao
foco de seu trabalho, que estabelece metas para os procedimentos de
pesquisa, que não se satisfaz com conclusões do senso comum, mas está
sempre em busca de explicar e analisar os dados de sua pesquisa.
Comportar-se cientificamente significa ser criterioso com as conclusões,
fundamentando-as em um referencial teórico ou empírico bem-selecionado e
pertinente ao tema. Significa, acima de tudo, “ter uma visão relativa dos
fenômenos e não absoluta, ou seja, estabelecer relações entre fenômenos e
não concebê-los como fenômenos isolados de um contexto”. (HUBNER,
1998)
Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem seu TC, primem pela
qualidade acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante
para que os resultados de seus trabalhos sejam validados na comunidade
científica. Espera-se que produzam textos coerentes, isentos de julgamentos
(isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em descrições que
possibilitem inferências e tomada de posições equilibradas e fundamentadas.
VI. O que faz um orientador de TC?
Na orientação do TC, atua o professor orientador de conteúdo específico,
que acompanha os alunos nas discussões sobre o tema escolhido,
auxiliando-os em relação às leituras e bibliografia indicadas para dar
sustentação teórica ao trabalho. Algumas características são fundamentais
ao professor escolhido como orientador de um TC:
- o professor orientador precisa ser um incentivador dos
alunos, motivando-os, para que elaborem um trabalho criativo;
- o professor orientador precisa ser organizado e estabelecer,
ao longo do ano, tarefas claras e objetivas ao grupo de alunos;
- o professor orientador precisa sugerir leituras aos alunos;
18
- o professor orientador poderá indicar aos alunos as
modificações a serem efetuadas no trabalho, porém, nunca
redigir trechos do trabalho.
É importante ressaltar que um TC é um momento de construção de
conhecimentos e exige, portanto, que orientandos e orientador mantenham
um relacionamento cordial, de confiança, assumindo cada qual o seu papel
pedagógico. O exercício que se espera na elaboração de um TC tem
características dialógicas, isto é, orientandos e orientador têm espaço e voz
nas discussões, em busca de transformarem os conhecimentos já adquiridos.
Espera-se que as decisões a respeito do trabalho sejam tomadas com
maturidade e sempre de forma compartilhada.
VII. Como se organiza um TC?
O TC organiza-se a partir das seguintes partes:
capa;
elementos pré-textuais ou preliminares;
elementos textuais;
elementos pós-textuais.
Elementos que compõem o TC
Capa
Folha de rosto Folha de aprovação Folha de dedicatória Folha de agradecimentos Folha de epígrafe Sumário Lista de tabelas e gráficos Resumo Abstract
19
Elementos pré-textuais
ou preliminares
Introdução Desenvolvimento Conclusão Referências bibliográficas Anexos Apêndices Índices
Elementos textuais
Escolha do tema Justificativa da escolha do tema Formulação do problema Objetivos gerais e específicos Conceituação e relevância Indicação da estrutura do trabalho Exposição do tema Elementos pós-textuais Fundamentação teórica Metodologia do trabalho* Argumentação e discussão
* Segundo Traldi e Dias (1998:40), o capítulo da metodologia é facultativo:
O capítulo da metodologia é o espaço destinado a
descrever o método adotado para o desenvolvimento
do trabalho. É facultativo dedicar-se um capítulo
exclusivamente para esse fim, desde que as
informações a ele destinadas já tenham sido
expostas na Introdução. Nos estudos e nas
pesquisas em que a metodologia constitui parte
expressiva do trabalho (como nos estudos que se
utilizam de métodos quantitativos envolvendo
amostragem ou tabulação de dados), a opção pelo
destaque da metodologia em capítulo separado da
Introdução dá ao trabalho uma conotação de melhor
organização e permite revelar com mais
detalhamento as técnicas e os processos
empregados pelo autor para dar prosseguimento ao
estudo.
Descreveremos, a seguir, cada uma das partes citadas, possibilitando aos
autores do TC o exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada
uma delas.
20
1. Capa
• Alto da página: nome da instituição/departamento
• Centro da página: título do trabalho
• À direita, abaixo do título: disciplina, professor,
autores
• Rodapé da página: local/data
Exemplo: Como colocar o autor ou autores
(ordem alfabética)
Adriana Aparecida SILVA
Andréa SANGIULIANO
Luciana Souza ANDRÉ
Sebastiana ALBUQUERQUE
• Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2,5 cm
2. Elementos pré-textuais
Estes são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são
constituídos por tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.
Folha de rosto
Segue os mesmos procedimentos da capa, em relação às margens e
distribuição do texto, com pequenas modificações:
• Alto da página: nome do(s) autor(es)
• Centro da página: título do trabalho
UNIP – Universidade Paulista
Campus Alphaville
Curso: Letras
A LINGUÍSTICA EM DIFERENTES
MOMENTOS DA HISTÓRIA DE NOSSA
LÍNGUA
nome completo / RA
nome completo / RA
nome completo / RA
nome completo / RA
São Paulo
2004
Fulano de Tal
A LINGUÍSTICA EM
DIFERENTES MOMENTOS DA
HISTÓRIA DE NOSSA LÍNGUA
Trabalho Monográfico - Curso de Graduação – Licenciatura em Letras Língua Portuguesa e Língua Inglesa, apresentado à comissão julgadora da UNIP - Alphaville, sob a orientação do professor...
São Paulo
2004
21
• À direita, abaixo do título: explicação sobre a natureza do trabalho
• Rodapé da página: instituição/local/data
• Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2,5 cm
• Verso da página: ficha catalográfica (a ser elaborada pelo bibliotecário
da instituição, contendo os dados bibliográficos necessários para que a
obra seja catalogada na biblioteca da universidade; deve incluir
palavras-chave, fornecidas pelos autores)
A folha de rosto é a única da monografia na qual o verso existe texto. As
demais páginas deverão conter texto em apenas um dos lados.
- Folha de aprovação
Essa página destina-se às observações/avaliações da banca
examinadora do trabalho.
- Folha de dedicatória e folha de agradecimentos
Nessas páginas, que são opcionais, o autor apresenta mensagens
pessoais. Na folha de dedicatória, o autor deverá elaborar um texto curto,
dedicando o trabalho a alguém. Não há uma regra para a utilização da
página, no entanto, é comum encontrarmos a dedicatória à direita, da
metade da folha para baixo. Normalmente, escolhe-se, para dedicar o
trabalho, alguém que tenha tido uma relação direta com o autor, durante a
elaboração do trabalho: um familiar, um professor etc. Já na folha de
agradecimentos, o autor agradecerá àqueles que efetivamente contribuíram
para a elaboração da monografia, como: professor orientador, professores
envolvidos com o trabalho, agências financiadoras.
Banca Examinadora
_________________
_________________
_________________
São Paulo
2004
22
- Folha de epígrafe
Esta também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia
apresentará um excerto de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo
conteúdo tenha relação com o tema desenvolvido na monografia. Poderão
ser escolhidas epígrafes para cada um dos capítulos da monografia, se for
da preferência do autor.
- Sumário
Aqui o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na
monografia. A palavra “sumário” deverá aparecer no topo da página, em
letras maiúsculas, sendo seguida, dois ou três parágrafos abaixo, de todos
os intertítulos contidos no trabalho. A estética da página do sumário deverá
ser observada, de forma que os títulos e subtítulos apareçam destacados,
estando padronizada e obedecendo a recuos da margem esquerda, também
padronizados.
De acordo com a ABNT, a numeração em algarismos arábicos deverá ter
início somente na página em que se iniciar o texto propriamente dito,
contando-se, porém, as páginas que o antecedem. Essa numeração deverá
aparecer no topo da página, do lado direito. Alguns autores optam por
numerar, com algarismos romanos, as páginas a partir do sumário até o
abstract. Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da
folha de rosto até a folha de epígrafe), a página do sumário deverá ser
numerada com o algarismo romano vi (letras minúsculas) e a página que
contiver a introdução do trabalho dará início à numeração em algarismos
arábicos (1, 2, 3...).
SUMÁRIO
Resumo................................................................3
Introdução ...........................................................4
Capítulo I: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho)..........8
Capítulo II: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho)..........23
Capítulo III: nome do capítulo
(indicar cada uma das seções do trabalho)..........48
Considerações finais..........................................54
Referências Bibliográficas...............................59
Fontes eletrônicas.............................................61
Anexos..............................................................62
Iconografia (se houver)....................................66
23
- Lista de tabelas e gráficos
Nessa página, o autor apresentará uma relação das ilustrações ou
explicações (abreviaturas, siglas), na ordem em que aparecem no texto,
indicando a(s) página(s) de sua localização.
- Resumo
Esta é uma página importante do trabalho monográfico. É ela que, num
primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve
ser um texto conciso, com aproximadamente 300 palavras – em fonte Arial
ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento entre linhas simples –,
em que o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando
os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que
deram sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa fornecer ao
leitor elementos que lhe permitam decidir sobre ler ou não o trabalho, em
função da relevância para seu próprio contexto.
Resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho,
organizado por meio de frases e nunca em tópicos enumerados.
Após o texto do resumo, deverão aparecer as palavras-chaves sugeridas
pelo autor como referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um
exemplo de resumo monográfico:
RESUMO
Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de
educadores de diferentes segmentos da escolaridade vem sofrendo
transformações e seu interesse tem-se modificado em relação às atividades
didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz respeito à língua
portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém,
com o telespectador, uma relação de poder, produz e reproduz valores,
transmitindo textos persuasivos de alta qualidade, legitimando verdades,
saberes, discursos e cristalizando, no imaginário coletivo, sem (quase)
nenhum questionamento em relação à veracidade discursiva. Em se tratando
do sistema educacional brasileiro, há um grande abismo e muita resistência
em considerar as práticas discursivas da mídia televisiva como possíveis
eventos pedagógicos favoráveis a uma formação mais crítica do futuro
profissional. // Assim sendo, este trabalho procura analisar o universo
imaginário dos alunos de ensino médio de uma escola da rede pública,
focalizando questões concernentes à linguagem midiática. // Os passos
metodológicos iniciaram-se com o levantamento do hábito televisual dos
alunos, seguidos de audiência, discussões, análise e debate sobre o
funcionamento discursivo da novela “Malhação” – Rede Globo de Televisão,
1
2
3
4
24
de forma a oportunizar reflexões à luz da Análise do Discurso e da Análise
da Conversação, evidenciando as relações entre sujeito, discurso, saber e
poder. // Os resultados das análises são apresentados neste trabalho, que se
divide nas seguintes seções: Introdução – em que a problemática e os
objetivos são apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas – em
que são apresentadas as referências teóricas sobre Análise do Discurso e
Análise da Conversação; A Caminhada – seção que apresenta a
metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos dados e
encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do discurso – seção que
apresenta a análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à
luz do referencial teórico; e Algumas Considerações – seção que encerra o
trabalho, apresentando algumas conclusões e possíveis encaminhamentos,
com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas, e mais
aprofundadas, pesquisas sobre o mesmo tema.
Palavras-chave: discurso, conversação, mídia, linguagem midiática
Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados
com “//”. Eles mostram a organização do resumo: trecho 1 – contextualização
do tema discutido na monografia; trecho 2 – propósito do trabalho; trecho 3 –
metodologia utilizada no processo de pesquisa; trecho 4 – organização do
documento monográfico.
- Abstract
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer
uma tradução para a língua inglesa, do resumo do trabalho, seguida das key
words.
3. Elementos textuais
Estes são os elementos que compõem o corpo propriamente dito do TML.
Podemos chamá-los de elementos nucleares, pois sem eles e sem a
articulação entre eles o texto monográfico perde a vida. Cada um dos
elementos tem características próprias, porém, se complementam, dando ao
leitor a noção exata do caminho trilhado pelos pesquisadores sobre o tema
desenvolvido. O texto deve ser escrito com fonte Arial ou Times New Roman,
tamanho 12 e espaçamento entre linhas de 1,5.
- Introdução
A introdução da monografia merece atenção especial do autor. Muitas
vezes ela é considerada como de pouca importância, mas é exatamente
nessa seção que todo o conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas
ou três páginas deverão ser reservadas para a introdução da monografia e é
25
aí que o autor delimitará o assunto sobre o qual versará o trabalho e o
justifica.
Segundo Machado (2001),
é preciso compreender que apresentar justificativas
para um determinado trabalho de pesquisa não é
simplesmente dizer o que o motivou, do ponto de
vista pessoal, a fazê-lo, isto é, por que fez o
trabalho (por que gostou do tema, por que viveu a
experiência etc.), mas sim, dizer para que serve o
trabalho, qual é a sua relevância, tendo em vista a
problemática maior em que se insere, os estudos
que já foram feitos a respeito, as lacunas que esses
estudos ainda deixaram etc.
Na introdução da monografia, o autor deve apresentar:
• em linhas gerais, o tema do trabalho, oferecendo ao leitor não somente
a possibilidade de estabelecer relações entre esse estudo e outros de
seu conhecimento, mas também a opção pela leitura do trabalho, em
relação ao seus interesses e contexto de atuação;
• a delimitação do assunto, isto é, a extensão e profundidade com que o
trabalho tratará o assunto escolhido;
• os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto-
macro) e específicos (relacionados ao assunto escolhido – contexto-
micro);
• a justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o
contexto no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a
escolha de um tema não significa dar a ele importância incomensurável
e enaltecer sua complexidade de forma exagerada, mas, sim, apontar
como esse estudo pode ser fator contribuinte para o desenvolvimento
da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha a ser
conclusivo;
• conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação
teórica que apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre
conceitos fundamentais discutidos, e de sua relevância para o estudo
realizado; reserva-se a esse item, ainda, a necessidade de apresentar
um resumo de obras e/ou pesquisas cujo tema se relaciona diretamente
com o estudado, estabelecendo comparações a fim de possibilitar a
discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não
preencheram;
26
• procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e da
elaboração do texto monográfico, isto é, sua organização em seções.
Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz
respeito à escolha da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas
sobre esse aspecto, cada vez mais, os textos da introdução de trabalhos
monográficos e das seções de desenvolvimento vêm sendo escritos em
primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que esse aspecto seja
discutido com o orientador do trabalho.
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor
deve redigir o texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na
terceira pessoa do singular com o pronome se, ou por expressões como o
presente estudo, a presente pesquisa. Há ainda a opção de desenvolver o
texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho tenha
sido desenvolvido pelo aluno e por seu orientador.
Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o autor não
necessariamente deve prescindir de fazer referência a outros estudos ou de
posicionar-se enquanto pertencente a um grupo com determinadas
convicções e posicionamentos teóricos.
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as
justificativas de nosso trabalho:
• por que mais um trabalho sobre esse tema?
• em que este é diferente dos outros?
• por que essa diferença é relevante?
• o que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo
assunto?
• por que ele deve ser lido? Por quem?
• o que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em
meu trabalho?
Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da monografia
diz respeito à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto.
Muitas vezes, o autor opta por retomar o objetivo em muitos momentos do
desenvolvimento do texto, correndo o risco de apresentá-lo de diferentes
maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que isso não ocorra,
27
sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto,
seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no
momento de revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações
e/ou contradições.
- Desenvolvimento
Esta é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e também a mais
importante. Estará subdividida em capítulos (que, por sua vez, se dividem em
subseções), sendo que cada capítulo deverá abrir uma página nova do
trabalho.
Capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título
do capítulo escrito em letras maiúsculas; subseções deverão ser indicadas
por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com maiúscula apenas nas
letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de identificação
para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O
que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser
padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho.
- Fundamentação teórica
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia refere-se
ao arcabouço teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado.
Esse capítulo deverá ser desenvolvido em linguagem própria do autor,
porém, sustentada por citações de autores que já discutiram o mesmo
assunto e elaboraram teorias sobre ele.
Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão
compondo, ao final do trabalho, o que denominamos Referências
Bibliográficas. Em seção posterior, serão apresentadas as orientações para a
elaboração das referências bibliográficas.
É importante lembrar que nos capítulos de desenvolvimento o autor
deverá explicitar, sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito
e o objetivo do trabalho. Assim, é comum retomar o tema discutido,
principalmente no desenvolvimento da seção de fundamentação teórica, pelo
simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa na medida em
que se relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa.
A seguir, com base em Guidin (2003), serão apresentados exemplos e
comentários característicos de monografias que focalizam temas da literatura
brasileira.
28
Aspectos biográficos e características do autor (só para trabalhos em
literatura E SE JUSTIFICADOS PELO TEMA ESCOLHIDO)
Sob orientação bibliográfica do professor orientador, nesse capítulo são
abordados os traços biográficos do autor, com relevância para as
características próprias de seu estilo, influências recebidas de época e de
outros autores. Pode-se incluir nesse capítulo um ou outro depoimento crítico
sobre o autor, advindos de autoridades na área, de acordo com a bibliografia
pesquisada.
Contexto histórico-social-estético do autor e da obra (só para trabalhos
em literatura E SE JUSTIFICADOS PELO TEMA ESCOLHIDO)
Nesse tópico, devem-se desenvolver relatos críticos sobre a época sócio-
histórico-cultural em que se manifestou a produção literária do autor. No caso
de textos produzidos ao longo de sua carreira, deve-se instalar o autor nas
respectivas mudanças de época. Por exemplo, num trabalho de literatura:
Clarice Lispector começa a escrever suas obras ao fim do ciclo do
romance regionalista de 1930, iniciando um terceiro momento no
modernismo brasileiro em 1944, mas sua última obra, A hora da estrela
(1977), se insere num momento cultural posterior, ao fim da década de 1970;
ou seja, a autora, embora mantenha características individuais, estará
também ideológica, estrutural e tematicamente comprometida com outra
época que não a do início da carreira. No caso de Clarice Lispector, a autora
terá passado, entre outros fatos determinantes, como o fim da soberania do
romance engajado de 1930, pelos anos de repressão advindos da ditadura
militar de 1964 no país.
Caso o texto ficcional se insira em outra época que não o presente da
escritura, deverá haver, ainda que secundária, uma pesquisa a respeito da
época em que se insere o enredo. Por exemplo, o romance de Machado de
Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas, escrito em 1880 e publicado em
1881, situa-se em um período histórico anterior, que se inicia em 1805;
assim, os pesquisadores do trabalho monográfico, para melhor compreensão
do enredo e de suas ligações com o fato social, devem pesquisar também a
época anterior à Independência (1808) e não só a época final do Segundo
Reinado (1889). Essa pesquisa histórico-sociológico-cultural, portanto, deve
ser abrangente e não se ater apenas a manuais escolares.
- Metodologia
Nesse capítulo, o autor da monografia deverá descrever, em detalhes, os
procedimentos utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do
texto. Procedendo dessa forma, dará oportunidade a outros pesquisadores e
29
aos leitores do trabalho de acompanhar todos os passos e pensamentos do
autor, entender sua lógica de pensamento em relação à análise dos dados e
até mesmo iniciar uma nova pesquisa, com base no encaminhamento
apresentado. Quando, na metodologia, o autor explicita claramente os
procedimentos escolhidos para a condução da pesquisa, o leitor – mesmo
que não conheça a teoria na qual o trabalho está sustentado –, é capaz de
compreender os resultados de sua análise de dados. Pressupõe-se também
que, quando a metodologia é apresentada de maneira clara, objetiva e
detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de
um diário de pesquisa, anotando TUDO o que estiver sendo feito para chegar
aos resultados da pesquisa. Frequentemente, fazemos muito mais coisas do
que dizemos ter feito, no capítulo de Metodologia. Por isso, notas do diário
poderão ser muito úteis (Machado, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo da Metodologia dizem respeito a:
• contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física / social)
da pesquisa;
• participantes – caso a pesquisa envolva pessoas e/ou gravação de
dados orais;
• procedimentos / instrumentos de coleta de dados – meios pelos quais
os dados foram coletados, como: gravador, vídeo, coleta em jornal,
filme etc.
• procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher
os dados a serem analisados (por que esses dados e não outros?);
• método(s) de análise e as categorias utilizadas.
Voltamos a salientar que, segundo Traldi e Dias (1998), o capítulo da
metodologia é facultativo, principalmente, quando pensamos em trabalhos de
cunho literário. Assim sendo, o capítulo da Metodologia não precisa existir,
desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na
Introdução. No entanto, os estudos em que a metodologia constitui parte
expressiva do trabalho, o capítulo separado da Introdução dá uma conotação
de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas
e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo.
30
- Argumentação e discussão
Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua
capacidade de argumentação, mas também trabalha com critérios de
coerência e coesão na elaboração do texto, aspectos muito importantes para
dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação
teórica, estarão à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá a
explicações, análises, esclarecimentos de ambiguidades, descrições etc.,
que ofereçam ao leitor condições de compreender o encaminhamento do
raciocínio na busca por comprovações do aspecto pesquisado. É importante
ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão requerer
sempre que o autor examine posições contrárias, estabeleça confrontos,
compare, fazendo uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
As análises realizadas num trabalho monográfico deverão ser
rigorosamente orientadas pelos professores orientadores de acordo com sua
área de saber metodológico e acadêmico. No caso da análise literária, a
título de exemplo, ela pode ser interpretativa. A linha de abordagem adotada
tem de estar clara para o leitor da monografia e deverá estar explicitada no
capítulo de metodologia, já apresentado em seção anterior nesta apostila.
Como exemplo, Guidin (2003, s.p.), no caso de literatura brasileira, tece
os comentários a seguir:
A análise literária do texto escolhido para a
monografia, orientada pela profª XXX, segue os
parâmetros metodológicos ligados à linha crítica
interpretativa, segundo as relações entre Literatura e
Sociedade — visão crítica introduzida por Antonio
Candido e seguida por críticos brasileiros
contemporâneos como Alfredo Bosi, Roberto
Schwarz e Davi Arrigucci Jr.
Todo texto literário, para ser útil, para mostrar sua
importância estética e cultural, deve ser lido,
analisado e interpretado. Caso contrário, tal texto
equivale a qualquer texto escrito — ou seja, sem as
especificidades que existem na obra literária, esta
considerada no sentido rigoroso do termo (A leitura
de entretenimento é de outro tom e finalidade).
Assim, interpretar o texto da obra literária é aceitar
que os signos não são transparentes em seu
sentido. Ao contrário, são densos porque estão
31
apoiados em linguagem figurada, conotativa, típica
do discurso literário. Cabe ao intérprete (que
funciona como leitor, tradutor e como crítico) a
função de compreender e traduzir para um discurso
outro, (o da compreensão: escrevendo), o que está
por trás do texto. Interpretar é, então, recolher, num
conjunto de possibilidades de sentido de um texto,
as que sejam mais eficazes (segundo o analista)
para responder à pergunta “o que este escrito quer
dizer com sua existência”? (BOSI, 1995)
Para tanto, considera-se que o texto é produto de
uma consciência criadora (o artista, o escritor), o
qual possui determinada postura ideológica,
existencial e psicológica frente à sua produção
artística. Sob esse aspecto, o texto literário não é
diferente de outras manifestações artísticas, como a
pintura, a música etc.
Considera-se, nessa relação entre literatura e
sociedade, que a produção literária sofre “forças”
contraditórias que vêm de uma consciência dona de
si própria, o autor. Na invenção do texto, existem,
então, desejos do autor (ora chamados de pulsões)
e correntes culturais (estilo, ideologia, intenções
políticas ou doutrinárias). Assim, todo texto literário é
gerado numa mistura de lembrança e memória
social, fantasia criadora e percepção singular das
coisas, além de estilo herdado de pessoas, livros,
sociedade em geral. O analista-intérprete do texto
literário leva em consideração que o que provoca
alguém a produzir um texto literário (ou um quadro
ou uma escultura) é a observação pessoal do mundo
e da vida. Ou seja, o autor foi provocado, motivado a
criar o texto por fatos, acontecimentos, nomes —
coisas que o autor acolheu para si, dentro de seu
ponto de vista e dentro de certa tonalidade afetiva.
Quer dizer: o autor situa o evento no seu aqui e no
seu agora, como afirmam Bosi (1995) e Candido
(1982).
O escritor, como outros artistas, é porta-voz de seu
tempo, de sua época, (que se soma à sua
individualidade) ao criar a literatura de seu país ou
de sua comunidade; ou seja, detém uma clara
32
função cultural. Existe, porém, uma função cultural
também do intérprete, que é a de ser o mediador da
criação literária. O estudioso trabalha olhando o
texto de perto, mas com os olhos voltados para sua
estrutura, seu conteúdo e sua amplitude. Por isso, a
interpretação do texto é um processo de
aprendizagem e descoberta, sobretudo. O analista-
crítico-intérprete deve também lembrar que, como
leitor, estará diante do resultado verbal, escrito,
“estilizado” de um processo que é obscuro, muitas
vezes, para o próprio autor. Por isso, é necessário
que o leitor respeite o caráter de mobilidade,
surpresa, inquietude que todo texto detém.
Vale lembrar ainda que o capítulo de discussão dos resultados requer do
pesquisador a habilidade de tecer uma rede de significados que perpassem
as informações, os dados, as teorias apresentadas no decorrer da
monografia. É o momento de assumir posicionamentos e buscar a integração
teoria/prática, em direção ao objetivo proposto no início do trabalho. Esse
fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da pesquisa e
avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento científico
(Severino, 2002).
E mais: o capítulo de discussão é, fundamentalmente, um capítulo
pautado em debates e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar
preparado para responder seus próprios porquês e apresentar essas
respostas com clareza, pois serão elas, quando bem fundamentadas, que
farão emergir os resultados da pesquisa.
- Conclusões do TC
As conclusões em uma monografia, mesmo sendo a parte menos
extensa, apresentam importância fundamental. Devem conter considerações
e síntese a respeito das análises, apresentando aspectos convergentes e/ou
divergentes observados ao longo do desenvolvimento do trabalho, além de
comentários sobre sua aplicabilidade didático-pedagógica e sobre a sua
contribuição da perspectiva discursiva.
“A conclusão não é uma ideia nova, um pormenor ou apêndice que se
acrescenta ao trabalho; nem tampouco um resumo dele” (Guidin, 2003, s.p.).
O tema discutido, anunciado na introdução do trabalho e retomado em seu
desenvolvimento, desemboca na conclusão, de forma lógica e natural, como
decorrência. É nela que proporcionamos ao leitor recapitular os passos
significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar não
33
somente o objetivo, mas também a caminhada do trabalho. A conclusão situa
o leitor em relação às partes do trabalho.
É na conclusão, momento culminante da monografia, que as experiências
pessoais e novas perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo,
resgatando os objetivos propostos inicialmente e as lacunas suscitadas na
introdução.
Interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação
com a delimitação do tema, nas conclusões o sentido maior está em
vislumbrar novas possibilidades para tratamento desse mesmo tema. Essas
possibilidades podem ser oferecidas ao leitor como sugestões para
pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência:
avançar em mares pouco desbravados.
Quanto às qualidades do texto referente às conclusões, é importante
lembrar que suas características são:
a) brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente;
b) objetividade: a conclusão é síntese interpretativa dos elementos
essenciais discutidos e analisados no transcurso da monografia;
c) personalidade: a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista
dos autores, por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar
novas rotas para a continuidade do trabalho.
4. Elementos pós-textuais
Os elementos pós-textuais, também denominados elementos referenciais,
compreendem a referência bibliográfica, os anexos e os apêndices, quando
necessários. Estes são elementos orientadores para os leitores, que a eles
recorrem, sempre que, no decorrer da leitura do corpo do trabalho, houver
indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que possam auxiliar na
compreensão da caminhada do pesquisador. - Referências Bibliográficas
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer
publicação científica, é que seja elaborada uma seção de Referências
Bibliográficas. No entanto, é importante que o autor conheça a diferença
entre Referências Bibliográficas e Bibliografia. Referências Bibliográficas
refere-se às obras (livros, artigos impressos ou presentes em fontes
eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que,
ao fazer uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer
parafraseando-os, o autor da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e
34
referenciá-los na seção Referências Bibliográficas. Já a Bibliografia, usada
como referencial em ementas de cursos ou em textos para uso didático,
inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor, para a elaboração do texto
em questão.
Como as citações estão diretamente relacionadas às referências
bibliográficas, apresentamos, a seguir, orientações para a elaboração de
ambas.
- Citações
Citações correspondem à menção, no texto, de informação colhida em
outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de
fonte escrita, oral ou eletrônica. São elementos (partes, frases, parágrafos
etc.) retirados dos documentos pesquisados durante a leitura da
documentação e que se revelam úteis para sustentar o que o autor afirma no
decorrer do seu raciocínio. Veja exemplos a seguir:
2. Citação com mais de três linhas de texto deve vir destacada como o
exemplo na página anterior, com recuo apenas à esquerda (de 2,5 cm
aproximadamente), sem aspas, com letra em tamanho menor do que a
utilizada no texto principal, em itálico se desejado.
3. Exemplo de citação textual de até três linhas:
Conforme Terra (2001, p. 50), “vocábulos de origem indígena e
africana, como maloca, macumba, vatapá etc., muito comuns para nós,
não são tão comuns para os portugueses”, e, dessa forma, podemos
concluir que ...
35
4. Exemplo de citação parafraseada:
Segundo Duarte (2001), o uso do pronome tu é correto no Estado do
Maranhão, mas no Rio Grande do Sul, por exemplo, as pessoas
utilizam o tu (2ª pessoa) concordando com o verbo na 3ª pessoa; por
exemplo, tu vai ao cinema comigo?
Nessa citação não aparece página, porque o texto não foi copiado do
autor, e sim parafraseado, ou seja, modificado por quem o utilizou.
5. Notas de rodapé: devem ser identificadas como referências
bibliográficas parciais, a serem completadas na bibliografia final. Deve-
se inserir nelas considerações ou informações complementares que, se
feitas no texto principal, poderiam prejudicar a sequência lógica do
texto; inserir nelas tradução (com indicação “tradução minha”) ou
versão original de alguma citação traduzida no texto.
6. Citação de anotações de aula ou comunicações pessoais: devem ser
indicadas com o último sobrenome do autor e, entre parênteses, a
expressão comunicação pessoal.
Observe alguns exemplos de referências bibliográficas:
36
FREITAS, M.Teresa; SOUZA, Solange J. e; KRAMER, Sonia. (orgs.)
Ciências Humanas e Pesquisa: Leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo:
Editora Cortez, 2003. (Coleção Questões da Nossa Época; v.107, p.35-39)
MARSICK, V. Factors that affect the epistemology of group learning.
Disponível em http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso
em 13/05/04.
ORELLANA, M.F.; BOWMAN, P. Cultural Diversity Research on Learning and
Development: conceptual, methodological, and strategic considerations. In:
American Educational Research Association. v. 32, no 5, June/July - 2003.
p.26-32.
- obra pertencente à coleção, indicada entre parênteses; indicação de
volume e páginas consultadas;
- fonte eletrônica, com indicação da data da consulta;
- indicação de autor cujo artigo ou capítulo está inserido em uma obra organizada por outro autor ou em revista – usar In seguido de dois-
pontos.
FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A Escola como Organização
Aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2a ed. Trad. Regina
Garcez. Porto Alegre: Artmed editora, 2000.
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity Theory: history, research and application.
In: Theor. Issues in Ergon. SCI. V.1, 2000, no 2, p.168-206.
37
- indicação de obra com dois ou três autores;
- indicação de obra com mais de três autores.
- Anexos e appendices
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem
os conteúdos nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as
transcrições (na íntegra) de dados coletados, documentos, leis, pareceres
etc. utilizados como suporte às discussões, e que prejudicariam a estética do
trabalho caso fossem inseridos em seu corpo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do
trabalho busquem a melhor compreensão das interpretações e conclusões
do autor. Em geral, são ordenados a partir de um critério lógico, por exemplo,
sequenciados por data de utilização no trabalho, e aparecem numerados ou
são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). Essas denominações
permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do trabalho, o
autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho, na
íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados
referentes ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente
de trabalho”.
Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No
entanto, há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir
anexos antes das referências bibliográficas, para que a numeração de suas
páginas siga a numeração do próprio trabalho.
Já os apêndices caracterizam-se por serem materiais produzidos pelo
próprio autor da monografia. Fazem parte deles: questionários utilizados na
coleta de dados, fichas e materiais preparados para coletar dados em
entrevistas, tabelas elaboradas para sustentar discussões, trechos da análise
dos dados.
- Índices
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início,
um sumário com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando
utilizados ao final da obra, têm objetivos diversos. Eles podem apresentar:
uma lista de assuntos (índice denominado sistemático); lista de termos
referidos (índice denominado remissivo); lista de todos os nomes próprios
presentes (índice denominado onomástico); lista de lugares (índice
denominado toponímico); lista de citações bíblicas (índice denominado
escriturário).
38
VIII. A linguagem da monografia
Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico,
é importante ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem
marcadas formas, influenciando na qualidade e validade do texto construído.
É possível perceber que a linguagem caminha por diferentes tipos de
discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a
descrição, a análise e a crítica (Brandão, 2001), caracterizando essas partes
da monografia.
- Linguagem expositive
A linguagem expositiva caracteriza-se, nas monografias, pelo discurso
teórico presente tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A
exposição exige que o autor seja objetivo, que apresente os conceitos
teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a outros autores a
responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001:30),
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que
seja permeada de elementos analíticos,
argumentativos ou críticos. Em verdade, a
participação do pesquisador se concretiza – o que
não é pouco – desde a seleção do material, isto é,
quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos
incorporados em seu texto e no modo como
distingue esses dados “objetivos” das suas próprias
interpretações sobre eles. Embora, rigorosamente
falando, não exista em estado “puro”, podemos
chamar de “objetiva” aquela linguagem que procura
apreender os fatos ou outra linguagem em seus
próprios elementos constitutivos, independentes de
interpretação do pesquisador e, “subjetiva” aquela
linguagem que expressa reflexões pessoais,
opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente
fundamentadas, e não confundidas com afirmações
que apenas denunciam reações afetivas de agrado
ou desagrado.
- Linguagem descritiva
A linguagem descritiva caracteriza-se, nas monografias, pelos relatos
fortemente presentes na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a
detalhar os fatos relacionados ao contexto de pesquisa e a todos os
procedimentos que vão desde a escolha do corpus para estudo, e/ou coleta
39
de dados, aos critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva
pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.
- Linguagem analítica
A linguagem analítica caracteriza-se, nas monografias, pelo uso da
explicação e da argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas
entre os elementos que se encontram explícitos no texto e aqueles implícitos,
mas provocadores de sentido em relação ao objetivo da monografia.
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior
intensidade no capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos
e sustentados os pontos de vista do autor do trabalho, à luz dos fundamentos
teóricos selecionados.
- Linguagem crítica
A linguagem crítica caracteriza-se, nas monografias, pela emissão de
opiniões e conclusões do autor, após o exaustivo questionamento a que
submeteu os dados coletados ou o corpus de análise. Segundo Brandão
(2001:31),
É pela linguagem crítica que o estudioso pode
efetivamente contribuir para o avanço das ideias em
relação a determinado campo do saber,
apresentando reflexões originais, nascidas seja de
novos enquadramentos a partir dos elementos já
conhecidos, seja aprofundando ou ampliando os
referenciais de pesquisa para aspectos ou setores
ainda não considerados.
IX. Dicas importantes para antes de começar – passos da pesquisa
Dependendo de tema e/ou texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá caracterizar-se como pesquisa analítico-bibliográfica
somente, ou pesquisa de campo (contendo entrevistas e coleta de dados).
É importante, nesse sentido, atuar eticamente, em especial quando a
atividade envolver seres humanos, levando em consideração o seguinte:
• participantes da pesquisa têm o direito de receber informação prévia
sobre: o fato de estar fazendo parte de um trabalho acadêmico; a
temática envolvida; a duração e a frequência dos encontros etc.;
• relacionamento entre pesquisador e participantes da pesquisa deve ter
caráter formal;
40
• com frequência, escolas, empresas e outras instituições queixam-se de
que os alunos vão até elas, recolhem material e depois desaparecem
sem retornar para apresentar as conclusões da pesquisa. O participante
da pesquisa – quer seja um indivíduo, quer seja uma instituição – não
só merece, mas também tem o direito de receber um retorno após o
término do trabalho. Por exemplo, podem-se enviar os resultados da
atividade desenvolvida, um especial agradecimento, um exemplar da
monografia, convites para assistir à apresentação da pesquisa etc.
- Especificação do corpus
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é,
objeto sobre o qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc.
Observe os itens a seguir:
• Corpora
• A escolha do corpus depende do fato que se pretende estudar.
• Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou
seja, não posso desejar estudar a fala dos habitantes de uma
determinada comunidade de poloneses no sul do país, tendo como
corpus apenas a gravação da conversa de duas ou três pessoas de
uma mesma família, pois isso não me permitiria perceber como eles
são influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade.
• Um corpus pode ser muito extenso, sendo possível encontrar nele uma
diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado,
como por exemplo, compor-se da fala de um único indivíduo e, então,
seria possível estudar seu ideoleto.
• Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm
erros, incoerências, jogos de palavras etc., que deverão ser criticados
pelo linguista em sua análise.
• Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados,
pois, dessa forma, é possível transcrever os dados e os ruídos que
eventualmente aparecem na oralidade podem ser descartados no
momento da análise.
• Materiais construídos
• São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos
ultrapassam os limites do corpus, pois depende dos informantes. No
entanto, pode apresentar armadilhas para o linguista, ou seja, o
41
informante pode descartar enunciados significativos ou apresentar
enunciados complexos demais (que fogem ao que se propôs o
linguista); ou ainda, entender as normas ou regras do trabalho de
diferentes formas, interferindo nas informações ou enunciados que
produz.
• Materiais construídos não dependem da situação real e focalizam
apenas o fato linguístico que está sendo analisado.
X. Elaboração do artigo científico
1. O presente Regulamento normatiza as atividades de pesquisa
orientada, e também o trabalho de artigo científico dela resultante, requisito
indispensável para a aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso II ou equivalente, conforme a especificidade de cada curso da Unip.
2. A produção do artigo científico visa desenvolver no acadêmico a
capacidade de um estudo teórico-reflexivo a partir de atividades de pesquisa,
sua análise e procedimentos metodológicos, organizados de forma técnica
adequada às normas de produção de um trabalho científico.
3. O artigo, que consiste em trabalho científico de pesquisa orientada
individual, compreende a elaboração do pré-projeto e da versão definitiva do
trabalho, mantendo paridade entre os temas e a área de concentração
escolhida.
4. A produção científica objetiva oportunizar aos alunos dos cursos de
graduação (bacharelado ou licenciatura) uma ocasião de demonstrar o grau
de habilitação adquirido, o aprofundamento temático, o estímulo à produção
teórica, à consulta de bibliografia especializada, segundo as normas formais
de metodologia científica e o aprimoramento da capacidade de interpretação
e análise de dados.
5. O pré-projeto do artigo será elaborado de acordo com as normas, fases
e cronograma estabelecidos na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I
ou equivalente, compondo nota como parte de aprovação nesta disciplina.
6. A elaboração do pré-projeto e do artigo deverá adotar as regras da
ABNT, adaptadas segundo orientação recebida nas disciplinas: Metodologia
do Trabalho Acadêmico, Métodos de Pesquisa e outras afins e
determinações das Normas Metodológicas para elaboração do trabalho final.
6.1. O trabalho de conclusão de curso deverá ser elaborado conforme as
determinações das Normas Metodológicas para elaboração de Artigo
Científico, NBR 6022, disponível no site da Unip.
42
7. O trabalho deverá conter no mínimo 15 (quinze) e no máximo 25 (vinte
e cinco) páginas, excluindo-se a capa e as referências bibliográficas (fora
desse padrão, o trabalho somente será aceito com anuência do professor
orientador).
8. O professor orientador será indicado pela Coordenação do curso
devendo o trabalho ser orientado por docente, Especialista, Mestre ou
Doutor, preferencialmente entre aqueles que ministram ou ministrarão aulas
no Curso.
XI. Produção de material didático em atividade de TC
Levando-se em conta que uma pesquisa pode ser realizada também a
partir da elaboração e do uso de materiais didáticos, é preciso observar
alguns itens importantes relacionados ao modo como os materiais devem ser
produzidos. O primeiro deles diz respeito ao plano geral do texto, ou seja,
antes de iniciar a elaboração do material didático, o autor deve destacar os
seguintes dados:
- Para quem o material será escrito?
Detalhes socioculturais em relação ao público-alvo e ao contexto de uso
são imprescindíveis para que se produza um material coerente com as
necessidades destacadas na pesquisa.
- O que será contemplado no material?
A escolha do assunto/tema principal a ser explorado no material deverá
ser condizente com a realidade pesquisada e, também, com objetivo de
aprendizagem proposto.
- Qual o objetivo de aprendizagem?
O objetivo de aprendizagem deve ser elaborado antes de se iniciar a
escrita do material, indicando claramente o que se pretende alcançar ao final
da atividade com o referido material. A escolha dos objetivos está
diretamente relacionada às capacidades e competências que se deseja
desenvolver nos alunos ao longo do uso do material. Vale destacar o que diz
Leffa sobre a escolha de verbos para indicar objetivos dos materiais para o
ensino:
Os objetivos podem ser gerais ou específicos.
Objetivos gerais são elaborados para períodos
maiores de aprendizagem, como o planejamento de
um curso; os objetivos específicos, para períodos
43
menores, envolvendo, por exemplo, uma aula ou
atividade. Ambos devem começar com um verbo que
descreva o comportamento final desejado para o
aluno.
Para os objetivos gerais usam-se geralmente verbos
que denotam comportamentos não diretamente
observáveis. Entre esses verbos, os seguintes têm
sido usados com mais frequência: saber,
compreender, interpretar, aplicar, analisar, integrar,
julgar, aceitar, apreciar, criar, etc.
Para os objetivos específicos, usam-se verbos de
ação, envolvendo comportamentos que podem ser
diretamente observados. Entre eles, destacam-se:
identificar, definir, nomear, relacionar, destacar,
afirmar, distinguir, escrever, recitar, selecionar,
combinar, localizar, usar, responder, detectar, etc.
Verbos que denotam processo – aprender,
desenvolver, memorizar, adquirir, etc. – não podem
ser usados para elaborar objetivos educacionais;
eles não descrevem o resultado da aprendizagem.
(LEFFA, 2003, p.17-8)
- Como os materiais serão elaborados?
É importante lembrar-se de que, no momento de decidir como serão
elaboradas as atividades/tarefas propostas no material didático, o autor
precisa ter clareza quanto à fundamentação teórica necessária para se
alcançar o objetivo proposto para o material. Exemplificando: não é possível
um autor preparar uma atividade para o ensino de gêneros textuais se ele
próprio não tem conhecimentos teóricos que sustentem as discussões sobre
os gêneros textuais propostos no material que organiza; não é possível
preparar uma atividade para o ensino de coesão textual se o próprio autor
não conhece as teorias sobre coerência e coesão textuais.
Ainda em relação ao modo de elaborar os materiais didáticos, vale
destacar os seguintes aspectos:
1. Quais materiais de suporte serão utilizados na preparação do material
didático?
A escolha de jornais, revistas, imagens, textos midiáticos, computador,
busca na internet, situações do cotidiano etc. pode ajudar na elaboração do
44
material didático, favorecendo a relação aprendizagem/leitura de conteúdo –
aprendizagem/leitura de mundo.
2. Quais atividades para despertar os conhecimentos prévios serão
utilizadas na preparação do material?
Uma vez determinado o conteúdo a ser aprendido com a realização da
atividade, é importante que o autor a inicie oferecendo ao aluno
possibilidades de retomada de seus conhecimentos prévios, para propor sua
relação com o conteúdo a ser aprendido.
Ressalta-se também a importância do trabalho com intertextualidade nos
materiais didáticos. Quanto mais um autor recorre à diversidade de textos
para compor um material didático, mais eficazmente proporcionará aos
alunos o estabelecimento de relações entre os conhecimentos que já
possuem e os novos conhecimentos a serem internalizados.
3. Como ordenar as atividades do material didático elaborado?
A ordenação das atividades depende dos objetivos de aprendizagem, mas
é importante que elas sejam oferecidas de acordo com as competências que
se deseja desenvolver, oferecendo aos estudantes condições para resolvê-
las.
4. Como deve ser a linguagem de um material didático?
A escolha da linguagem dependerá, sempre, do contexto para o qual o
material está sendo produzido. Embora o modo impessoal de uso dos verbos
seja o mais indicado, vale observar, exemplificando, que se o material está
sendo produzido para crianças, essa forma verbal pode distanciá-los dos
objetivos propostos, não causando envolvimento da criança com o texto
apresentado. Em outras palavras, todo material didático preparado para o
aprendizado deve fazer uso de uma linguagem dialógica, tal que o aluno se
sinta convidado a “participar” do que está proposto.
Atrelada a essa questão da linguagem, está também a necessidade de se
utilizar clareza e objetividade, por meio de termos que possam ser
reconhecidos pelos estudantes ou que, no mínimo, seja possível a eles
procurarem seu significado.
5. Como deve ser o posicionamento do autor?
Embora saibamos da não neutralidade da linguagem – e, portanto, da
sempre presente ideologia do autor em qualquer texto –, é importante que
pontos de vista autorais não sejam explicitados nos materiais didáticos, pois
afetariam a produção de significados por parte dos alunos.
45
Também é importante para o aluno perceber como o autor recorreu a
fontes externas no momento da produção do material e isso implica citar
fontes em todas as atividades que fazem uso de textos de outros autores,
textos midiáticos, imagens etc.
6. Como deve ser a organização do material didático?
Aqui, estamos nos referindo às questões estéticas do material:
distribuição clean no suporte, seja ele papel ou qualquer outro como o
computador, a lousa, murais etc., de modo a não causar confusões para o
aluno no momento de trabalho. Nesse sentido, vale destacar: a economia de
espaço em qualquer tipo de suporte escolhido pode causar um
distanciamento do aluno em relação ao objetivo de aprendizagem proposto.
Lembrar-se, sempre, de que há alunos que aprendem mais por meio de
estratégias visuais, outros por meio de estratégias textuais, ou ainda, outros
por meio de estratégias corporais, que implicam em se movimentar,
indicativos fortes para que produzamos materiais didáticos orientados à
diversidade.
XII. Entrega do TC e número de exemplares
Respeitando o calendário previamente estabelecido para o atual
semestre letivo, os alunos deverão postar sua monografia completa.
- Avaliação
Na composição dessa nota são levados em conta os seguintes quesitos:
a) Participação do aluno
• Cumprimento do cronograma;
• Disciplina do aluno na elaboração da pesquisa;
• Assiduidade na elaboração do trabalho e na orientação (participação
em fóruns e chats).
b) Apresentação
• Aspectos formais;
• Redação do trabalho.
46
c) Pesquisa bibliográfica
• Pertinência dos textos escolhidos;
• Leitura crítica dos textos.
d) Elaboração do trabalho
• Coesão e coerência;
• Argumentação.
e) Banca
Nota: a Coordenação Pedagógica considera também como valor do TC a
participação dos alunos nos polos no momento das teleaulas, inclusive no
momento da defesa do TC.
Referências Bibliográficas (deste manual)
ANDRADE, M. Margarida de. 1995. Como preparar trabalhos para cursos de
pós-graduação: noções práticas. 3a ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.
BRANDÃO, R. de O. Elementos de metodologia em nível de pós-graduação.
Áreas de Letras. São Paulo: Humanitás; FFLCH/USP, 2001.
CARMO-NETO, Dionísio. Metodologia científica para principiantes. 3a ed.
Salvador: Ed. Universitária Americana, 1996.
DIAS, R.; TRALDI, M. C. Monografia passo a passo. 1ª ed. Campinas/São
Paulo: Editora Alínea, 1998.
D’ONOFRIO, Salvatore. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo:
Atlas, 1999.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV,
1977.
GUIDIN, Márcia Lígia Di Roberto. Manual de TCC – UNIP, 2003.
HUBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de
dissertação de mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998.
47
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia
científica. São Paulo: Atlas, 1991.
LEFFA, V.J. Como produzir materiais para o ensino de línguas. Disponível
em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/prod_mat.pdf> Acesso em: 28
jun. 2013.
MACHADO, Anna Rachel. (notas de aula) Gênero Tese. LAEL – PUC-SP,
2001.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. São Paulo: Atlas, 1996.
MOISÉS, Massaud. Literatura: mundo e forma. São Paulo: Cultrix, 1982.
SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 3a ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1995.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Cortez, 1997.
SPINA, Segismund. Normas gerais para trabalho de grau. São Paulo:
Fernando Pessoa, 1974.
VICTORIANO, Benedicto A.D.; GARCIA, Carla C. 1996. Produzindo
monografia. Publisher Brasil, 1999.
VOCABULÁRIO ortográfico da Língua portuguesa. 2a ed. Rio de Janeiro:
ABL/Block/Imprensa Nacional, 1998.
48
ORIENTAÇÕES DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
PARA O CURSO DE LETRAS
APRESENTAÇÃO
Professor é aquele que, pela
palavra e pelo exemplo, forma
as gerações.
Ivanildo Miranda
Essas orientações foram elaboradas para os alunos do curso de Letras da
modalidade de educação a distância que estejam matriculados em qualquer
das disciplinas de Prática de Ensino.
Seu objetivo é fornecer os esclarecimentos sobre as normas legais,
regimentais e os procedimentos necessários para que atendam às
exigências do Estágio Supervisionado.
Estão incorporadas outras informações e sugestões consideradas úteis e
que vêm facilitar e enriquecer as atividades relacionadas com o estágio.
Esperamos que seja de grande utilidade para todos.
Coordenadoria de estágios em educação
A Coordenadoria de Estágios em Educação (CEE) é um setor criado para
orientar e organizar a Prática de Ensino e o Estágio Curricular
Supervisionado dos cursos de licenciatura da Universidade Paulista – UNIP.
É responsável por coordenar, orientar e avaliar essas atividades, zelando por
sua idoneidade.
Também é responsável pelas disciplinas didático-pedagógicas dos cursos de
licenciatura – Didática Geral, Estrutura e Funcionamento da Educação Básica,
Planejamento e Políticas Públicas da Educação e Psicologia do
Desenvolvimento e da Aprendizagem- elaborando os Planos de Ensino e
orientações pertinentes.
Equipe
Coordenador-Chefe: Prof. Ivanildo da Silva Miranda.
49
Professores Coordenadores:
Ariela Veloso de Paula Bruno Cesar dos Santos
Davi Roncoletta Nascimento Jusselma Ferreira Maia
Lucy Ferreira de Almeida Maíra de Carvalho Bueno Miranda
Marcello Ribeiro Mireili Lúcia de Sant’Anna
Marcos Martins Atihé Mario Destro Monteiro
Raquel Maia Bokums Taiz Maria Caldas Gonçalves de Oliveira
Estágio curricular supervisionado – informações básicas
A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, no seu Art. 1º, define o
estágio como o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do
estudante. O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de
integrar o itinerário formativo do educando.
Conforme as Resoluções CNE/CP nº 1 e 2, de 19 de fevereiro de 2002,
cada Instituição de Ensino Superior deverá incluir no seu projeto pedagógico, como componente curricular obrigatório, o Estágio Curricular
Supervisionado, que deverá ocorrer em unidades escolares onde o
estagiário, ao final do curso, assuma efetivamente, sob supervisão, o papel
de professor.
O artigo 13, § 3º, da Resolução CNE/CP nº 01/2002, estabelece que “o
Estágio Curricular Supervisionado, definido por lei, a ser realizado em
escola de educação básica, e respeitado o regime de colaboração entre os
sistemas de ensino, deve ser desenvolvido a partir do início da segunda
metade do curso (...)”.
O Decreto nº 2.080, de 16 de novembro de 1996, Art. 8º, estabelece que
“a Instituição de Ensino ou a entidade pública ou privada concedente da
oportunidade de estágio curricular, diretamente ou por meio da atuação
conjunta com agentes de integração, providenciará seguro de acidentes
pessoais em favor do estudante”.
A UNIP, como contratante, providencia as apólices de seguros para todos
os seus alunos estagiários de licenciatura.
O Estágio Curricular Supervisionado constitui a fase de treinamento que
permite ao aluno, por meio da vivência prática das atividades docentes,
complementar a sua formação acadêmica no aspecto técnico, cultural,
50
científico e humano. É o espaço de consolidação dos conteúdos teóricos das
disciplinas pedagógicas e fundamentos da educação.
A formação do professor é simetricamente invertida à sua atuação
profissional, no sentido de que é vivendo o papel do aluno que ele aprende a
ser professor. Isso implica a necessidade de oportunizar ao graduando a
maior gama possível de situações similares às que deverá vivenciar na
docência e, além disso, promover a reflexão constante sobre as situações
vividas.
É atividade de ensino-aprendizagem e não deve ser confundida com
simples preparação para o mercado de trabalho.
Não é uma atividade facultativa e sim obrigatória, sendo uma das
condições para obtenção da respectiva licença.
O Art.2º, § 1º, da Lei nº 11.788, estabelece que o estágio obrigatório é
aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito
para aprovação e obtenção de diploma.
De acordo com o Art. 3º da mesma lei, o estágio não cria vínculo
empregatício de qualquer natureza.
Esse estágio pode ser realizado, nas instituições escolares, em três formas, que estamos designando por modalidades.
Modalidades de estágio
Observação- apresenta um conteúdo variado: observação da
organização da escola, das salas de aula e dos professores, da entrada,
saída e recreio, das atividades da secretaria, das atribuições do diretor e do
trabalho da coordenação pedagógica.
O momento mais importante do estágio é a observação em sala de aula,
no contexto da escola, onde se apreende a realidade do processo
ensino-aprendizagem, em seus vários aspectos: o conteúdo, a metodologia,
o planejamento, as relações professor-aluno, aluno-aluno e dificuldades de
aprendizagem.
Participação- pressupõe a ação do aluno como estagiário em
determinadas atividades, como por exemplo: quando auxilia na organização
de eventos da escola, na correção de trabalhos, no acompanhamento de
alunos com dificuldades específicas, quando solicitados para palestras, e
outras em que atue como auxiliar e não como simples observador.
51
Regência – concretiza-se nas aulas, planejadas e ministradas pelo aluno,
quando houver a possibilidade de praticar a condução da classe e de ter a visão e
o controle do processo todo: planejamento, execução e avaliação.
Concretiza-se também pela oferta de projetos e sua execução sobre
determinadas necessidades identificadas na escola ou na sala de aula,
incluindo projetos de ação pedagógica.
Orientação e supervisão dos estágios
A operacionalização dessas tarefas é de responsabilidade do professor de
Prática de Ensino, que orientará as atividades a serem desenvolvidas em
escolas de Educação Básica e, eventualmente, em outros ambientes
educativos, totalizando, no mínimo, trezentas horas para cada língua ou
habilitação, em conformidade com o Art. 65 da Lei nº 9.394/96 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e legislação correlativa.
Para os alunos do curso de Letras, serão exigidas 400 horas para a
primeira habilitação do curso, ou seja, Língua Portuguesa, e 300 horas para
língua estrangeira, totalizando 700 horas de estágio.
É importante que o aluno seja esclarecido sobre a obrigatoriedade da
realização do estágio, por exigência legal. Para a Instituição Escolar, onde o
estágio será realizado, a aceitação ou não do aluno é facultativa.
É importante alertá-lo quanto à sua postura ética, durante todo o estágio,
lembrando que o diretor é a autoridade máxima da escola e que ele deve
acatar às normas vigentes na Instituição.
Ao dirigir-se à escola para iniciar o estágio, o aluno deverá apresentar ao diretor ou responsável a carta de credenciamento (disponível no
Blackboard).
Campo de atuação
O seu campo de atuação como estagiário, atendidas as especificidades e
as exigências próprias do curso, poderá ser:
• Unidades escolares públicas ou privadas de Ensino Fundamental e
Médio, dos sistemas educacionais: federal, estadual e municipal.
• Ambientes educativos de natureza diversa, tais como: TV educativa,
hospitais, clubes, Organizações Não Governamentais (ONG’s), locais
onde se desenvolvem atividades educativas pelas instituições mais
diversas, quer sejam trabalhos de alfabetização de jovens e adultos, de
52
educação especial, esporte, saúde, lazer, atendimento a necessidades
sociais, ou ainda aqueles que possam contribuir para o seu enriquecimento profissional. É importante deixar claro que esses locais
só devem ser utilizados na realização do estágio mediante
orientação específica do professor. De modo geral, devem-se
priorizar as unidades escolares anteriormente referidas.
Distribuição da carga horária total de 400 (quatrocentas) horas –
Língua Portuguesa
O quadro a seguir apresenta uma distribuição ideal da carga horária do
seu Estágio Curricular Supervisionado para a habilitação em Língua
Portuguesa. Deve-se salientar, no entanto, que algumas atividades são
optativas. Desse modo, o que deve ficar claro é a necessidade de
cumprimento da carga horária mínima de 400 horas, mesmo que toda ela
seja cumprida em estágio de observação, participação e regência, a partir da
segunda metade do curso, em conformidade com as orientações do
professor. O quadro, portanto, destaca a distribuição ideal do seu estágio,
mas essa pode ser modificada, desde que a carga horária mínima de 400
horas seja cumprida.
Distribuição ideal da carga horária de estágio para habilitação em
Língua Portuguesa
Disciplina Carga
Horária Objetivo Atividade Local
Prática de Ensino: Vivência no Ambiente
Educativo e Prática de Ensino:
Trajetória da Práxis
350 horas
Vivenciar as atividades de uma escola e/ou aplicar um projeto de ação
pedagógica (opcional).
Aplicação de projeto de ação pedagógica
(opcional).
Modalidades de: observação/participação/
regência.
Instituições de Educação
Básica.
Prática de Ensino: Reflexões
50 horas - Elaboração e organização da documentação de estágio.
-Elaboração do relatório final (relatório-síntese das atividades).
Total 400 horas Carga horária total de estágio (mínima).
O próximo quadro apresenta uma distribuição ideal da carga horária do
seu Estágio Curricular Supervisionado para a habilitação em língua
estrangeira. Deve-se salientar, no entanto, que algumas atividades são
optativas. Desse modo, o que deve ficar claro é a necessidade de
cumprimento da carga horária mínima de 300 horas, mesmo que toda ela
seja cumprida em estágio de observação, participação e regência, a partir da
segunda metade do curso, em conformidade com as orientações do
professor. O quadro, portanto, destaca a distribuição ideal do seu estágio,
53
mas essa pode ser modificada, desde que a carga horária mínima de 300
horas seja cumprida.
Distribuição ideal da carga horária de estágio para habilitação em
língua estrangeira
Disciplina Carga
Horária Objetivo Atividade Local
Prática de Ensino: Vivência no Ambiente
Educativo e Prática de Ensino:
Trajetória da Práxis
250 horas
Vivenciar as atividades de
uma escola e/ou aplicar um
projeto de ação pedagógica (opcional).
Aplicação de projeto de ação pedagógica (opcional).
Modalidades de:
observação/participação/regência.
Instituições de
Educação Básica.
Prática de Ensino: Reflexões
50 horas - Elaboração e organização da documentação de estágio.
-Elaboração do relatório final (relatório-síntese das atividades).
Total 300 horas Carga horária total de estágio (mínima).
É importante salientar que a UNIP, como Instituição formadora, não tem
nenhuma obrigação legal de “conseguir” os estágios para seus alunos. O
contato com a Instituição concedente de estágio é de responsabilidade
exclusiva do aluno.
Documentos
Os documentos básicos para realização de estágio são:
1. Carta de credenciamento, que deve ser preenchida e assinada pelo
aluno e pelo coordenador do polo, sem necessidade de reconhecimento
de firma.
2. Relatório-síntese de estágio com a data e assinatura do aluno, cujo
formato e orientações de preenchimento se encontram disponíveis no
Blackboard.
3. Fichas de estágio, com registro das atividades, corretamente
preenchidas e sem rasuras, assinadas pelo aluno e responsáveis.
Todo o material destinado à realização do Estágio Curricular
Supervisionado, ou seja, cartas de credenciamento e fichas estão
disponíveis no Blackboard, bem como uma proposta de estrutura de relatório
síntese de estágio.
54
1. Carta de credenciamento
Deverá ser apresentada ao diretor de cada escola onde o aluno realizar o
estágio, devidamente preenchida.
Observação: Apólice de Seguro: NR: 2975 Santander Seguros S/A.
2. Fichas
Preenchimento
Utilizar, para cada Instituição onde o aluno realizar o estágio, um conjunto
formado por ficha de coordenadoria de estágio em educação, quantas forem
necessárias.
As fichas são documentos legais, portanto, não devem ser rasuradas.
Ficha Coordenadoria de Estágio em Educação
Instituto: a que pertence o seu curso.
Letras= ICSC.
Curso: frequentado pelo aluno (Letras).
Ano: ano(s) em que o aluno realizar o estágio.
Identificação: preencher corretamente todos os itens, sendo que no
campo “Turma” o aluno deve preencher o ano de ingresso no curso.
Estágio curricular supervisionado
Registrar os dados da Instituição onde o aluno for estagiar.
Reconhecer firma da assinatura do responsável pela Instituição.
Total de horas: registrar o total de horas de estágio de cada Instituição.
Avaliação: campo reservado à avaliação da coordenadoria de estágios
em educação.
Local e data do término do estágio: anotar.
Assinaturas.
55
Estagiário: o aluno.
Professor supervisor: professor da UNIP Interativa que orientou a
atividade.
Coordenadoria de estágios: campo reservado à Coordenadoria de
Estágios em Educação – São Paulo.
Fichas Coordenadoria de Estágio em Educação
Data: deve-se usar rigorosamente a ordem cronológica.
Horário - entrada e saída sequencial do dia.
Forma correta de registro: Ex.: 8 h e 30 min.
É permitida a forma digital: Ex.: 13:00; 8:30.
O aluno deve registrar o início e o término da sua permanência diária na
escola e não aula a aula, cuidando para que o total registrado some “horas
inteiras” (ex.: 7h) ou “meias horas” (ex.: 7h e 30 min.). Deve-se evitar, tanto
quanto possível, registrar minutos intermediários (ex.: 7h e 20 min.). Isso só
deverá ocorrer se for uma exigência da Instituição (escola) concedente do
estágio.
Cuidados:
Um período = máximo de 6 (seis) horas.
É permitido ao aluno realizar no máximo 06 (seis) horas de estágio por
dia, conforme a Lei nº 11.788/08.
Não poderá haver conflito de horários entre o estágio em duas ou
mais escolas, isto é, não poderá haver registro de atividades diferentes,
em locais diferentes, no mesmo dia e mesmo horário.
Não é permitida a realização de estágios em horários de aula do curso,
dentro do período letivo. Recomenda-se consultar o calendário da UNIP
Interativa.
Horas:
O aluno deverá registrar o total de horas do período, considerando sempre hora-relógio (1 hora = 60 minutos) e não hora-aula (50 minutos).
56
Nesse campo, não se deve utilizar a forma digital e sim horas e minutos.
Ex.: 5 h e 30 min.; 2 h.; 1h e 30 min.
Descrição sumária da atividade:
Os registros devem ser sumários, porém não muito vagos. Não é
permitido utilizar aspas ou a palavra “idem”.
Atividades básicas:
Observação de: recreio, reunião, aula (deve-se identificar a série, o
assunto ou a atividade).
Participação em: aula, reunião, eventos etc.
Regência: é preciso identificar a série, a turma e o assunto ou a atividade.
Assinatura do prof(a). responsável: trata-se do professor da instituição
onde o aluno estagiar.
Observação: em todas as fichas preenchidas pelo aluno, ele deverá
“cancelar” as linhas não utilizadas com um traço transversal, isto é, inutilizar
todo espaço em branco.
Redução de carga de estágio - aproveitamento de docência
Conforme a Resolução CNE/CP 02/2002, “os alunos que exerçam
atividade docente regular na Educação Básica, poderão ter redução da carga
horária do Estágio Curricular Supervisionado [...]”.
Essas horas deverão ser reduzidas do total de 700 horas, de acordo com
a tabela a seguir:
Tempo de docência Redução de carga horária
3 meses a 1 ano incompleto 30 horas
1 ano a 3 anos incompletos 50 horas
3 anos a 5 anos incompletos 100 horas
5 anos a 10 anos incompletos 150 horas
10 anos ou mais 200 horas
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O tempo de docência, obrigatoriamente, deverá ser comprovado
mediante documento oficial (papel timbrado), expedido pela(s) escola(s) ou pelo órgão competente, com firma reconhecida, da assinatura do
responsável.
Entrega dos documentos de estágio
Ao concluir as atividades programadas (carga horária de estágio,
respectivo relatório e preenchimento das fichas), o aluno deverá entregar
todo esse material no polo, que será orientado a encaminhá-lo ao setor de
estágios da UNIP Interativa. A partir daí, a Coordenadoria de Estágios em
Educação procederá a verificação dos documentos e, caso não reste
nenhuma pendência, encaminhará as fichas de estágio para o seu
prontuário.
O aluno tem de atentar para o fato de que deverá ser entregue o
conjunto completo de documentos exigidos, ou seja, não será permitida
entrega parcial de documentos. Caso o aluno não tenha conseguido
cumprir a carga horária de estágio, ele deve guardar as fichas parciais
consigo, providenciar sua matrícula em regime de dependência, terminar o
estágio e, só então, entregar o conjunto completo de documentos no polo.
É importante, também, que o material referente ao estágio e às atividades
de prática de ensino seja entregue separadamente de qualquer outro
material acadêmico (como TCC ou atividades complementares), para evitar
demora na chegada dos documentos ao setor de estágios e/ou possíveis
extravios.
A data máxima de entrega ocorrerá sempre no último semestre do curso.
O aluno deverá cumprir os prazos de modo impreterível.
Importante: o simples ato da entrega dos documentos não caracteriza
aprovação. Essa só acontecerá após a avaliação de todos os documentos.
Caso, ao final da avaliação, o aluno seja reprovado, entrará em regime de
dependência e deverá providenciar sua matrícula para o semestre seguinte.
Casos omissos neste documento serão resolvidos pela Coordenadoria de
Estágios em Educação da UNIP.
58
REGULAMENTO DO TRABALHO DE CURSO
CAPÍTULO I
Das disposições gerais
Art. 1º. Este regulamento dispõe sobre o Trabalho de Curso de
Licenciatura em Letras da UNIP, ofertado na modalidade a distância.
CAPÍTULO II
Do Trabalho de Curso
Art. 2º.O Trabalho de Curso é componente curricular obrigatório que visa
proporcionar ao aluno formação teórico-prática, com desenvolvimento das
competências e habilidades necessárias à atuação profissional.
Art. 3º.É concebido para propiciar ao aluno a oportunidade de realizar um
exercício pedagógico concentrado, em momento mais próximo do final do
Curso de Licenciatura em Letras, por meio do qual o aluno é instado a exibir
as competências e habilidades obtidas ao longo de sua formação.
Parágrafo único. O Trabalho de Curso deve evidenciar uma capacidade
de reflexão autônoma e crítica, na perspectiva de uma educação continuada.
Art. 4º.Entende-se como Trabalho de Curso, a pesquisa, relatada sob a
forma de monografia na área de Letras, desenvolvida individualmente ou em
equipe, sob orientação docente.
Art. 5º. A realização do Trabalho de Curso envolve momentos de
orientação e elaboração de um projeto de pesquisa; assim como o
desenvolvimento da pesquisa e sua validação conforme parecer do professor
orientador, assegurada a necessária publicidade para uma efetiva divulgação
dos resultados obtidos.
CAPÍTULO III
Da orientação
Art. 6º. O processo de realização do Trabalho de Curso importa
orientação teórico-metodológica ao aluno a ser prestada pelo Professor
Orientador no 6º semestre do curso de graduação em Letras.
Art. 7º. Estão aptos a orientar o Trabalho de Curso quaisquer professores
do curso de graduação em Letras, respeitadas as afinidades temáticas das
59
suas respectivas linhas de pesquisa e a existência de carga horária
disponível para a orientação.
Art. 8º. É admitida a figura do co-orientador, sendo necessária a sua
aprovação pelo professor orientador.
Art. 9º. A aceitação da orientação importa compromisso do professor em
acompanhar o processo de elaboração do Trabalho de Curso, não se
admitindo o desligamento de suas atividades senão por motivos faltosos
imputáveis ao aluno no seu desempenho, ou por outro motivo plenamente
justificável, apreciados ambos os casos pelo coordenador de curso.
§1º. Nos casos previstos no caput, o professor deverá encaminhar
formalmente aocoordenador de curso solicitação de desligamento das
atividades de orientação.
§2º. Na circunstância de o aluno não obter sucesso na indicação de um
professor orientador, deve o coordenador de curso designar um professor
para incumbir-se da atividade.
Art. 10. Ao professor orientador incumbe a presença e a assiduidade nos
atendimentos aos alunos; o registro das reuniões e atividades de orientação;
o controle das fichas de frequência ao atendimento; a avaliação dos
relatórios parciais dos alunos; e, ao final de cada semestre, a apresentação
de relatório de orientação ao coordenador de curso.
Parágrafo único. O relatório compreenderá registro e autoavaliação das
atividades desempenhadas junto à pesquisa do aluno, bem como a avaliação
da atuação do aluno no uso e na interpretação dos instrumentos teóricos e
metodológicos para a realização do Trabalho de Curso.
CAPÍTULO IV
Do projeto de pesquisa
Art. 11. A matrícula em Trabalho de Curso marca o início das atividades.
Art. 12. As regras atinentes à elaboração do projeto de pesquisa estão a
cargo do professor de Trabalho de Curso, orientador responsável pela
avaliação continuada das condições dos projetos produzidos pelos alunos
matriculados.
Parágrafo único. É requisito obrigatório para a aprovação em Trabalho de
Curso a conclusão do projeto de pesquisa, conforme critérios metodológicos
60
estabelecidos pelo professor do componente curricular, e sua aprovação pelo
professor orientador.
Art. 13. Aprovado o projeto de pesquisa, o aluno poderá desenvolvê-la e
elaborar o texto da monografia.
Art. 14. No decorrer do Trabalho de Curso, o aluno deverá apresentar
relatórios parciais sobre as atividades desenvolvidas, de acordo com plano
de orientação definido juntamente com o professor orientador.
Art. 15. O Trabalho de Curso deverá ser elaborado considerando-se:
I. na sua estrutura formal, os critérios técnicos estabelecidos nas normas
da ABNT sobre documentação, no que forem aplicáveis;
II. no seu conteúdo, a vinculação direta do seu tema com a área de
Letras.
Parágrafo único. A estrutura do Trabalho de Curso compõe-se, no
mínimo, de folha de rosto; folha de aprovação; resumo; sumário; introdução
teórico-metodológica; desenvolvimento; conclusão; bibliografia.
Art.16. Concluído o texto do Trabalho de Curso, será encaminhado, ao
professor orientador, a quem compete emitir o parecer final.
CAPÍTULO V
Do acompanhamento
Art. 22. O acompanhamento do Trabalho de Curso desenvolvido pelos
alunos será exercido pelo coordenador de curso, competindo-lhe:
I. cumprir e fazer cumprir as normas constantes deste regulamento;
II. elaborar o calendário de atividades relativas ao Trabalho de Curso,
dando-lhe ampla publicidade para os alunos;
III. acompanhar e controlar a participação dos professores orientadores e
dos alunos no desenvolvimento do Trabalho de Curso;
IV. indicar professores orientadores para os alunos que não os tiverem;
V. providenciar o encaminhamento à biblioteca de cópia dos trabalhos
aprovados.
61
CAPÍTULO VI
Das disposições finais
Art. 23. As situações omissas ou de interpretação duvidosas surgidas da
aplicação das normas deste regulamento deverão ser dirimidas pela
coordenadoria de curso, ouvido o Colegiado de Curso.
Art. 24. Este regulamento entra em vigor na data de sua aprovação pelo
Colegiado do Curso de Graduação em Letras da UNIP.
62
REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CAPÍTULO I
Das disposições gerais
Art. 1º.Este regulamento dispõe sobre os procedimentos pertinentes às
atividades complementares do curso de Letras, licenciaturas Língua
Portuguesa, em Língua Portuguesa e Língua Inglesa e em Língua
Portuguesa e Língua Espanhola da Universidade Paulista (UNIP).
CAPÍTULO II
Das atividades complementares
Art. 2º. As atividades complementares são componentes curriculares
obrigatórios, enriquecedores e complementadores do perfil do formando, que
possibilitam o reconhecimento, por avaliação de habilidades, conhecimento e
competência do aluno, inclusive adquirida fora do ambiente acadêmico,
incluindo a prática de estudos e atividades independentes, transversais,
opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relações com o
mercado do trabalho e com as ações de extensão junto à comunidade.
Art. 3º. São concebidas para propiciar ao aluno a oportunidade de
realizar, em prolongamento às demais atividades do currículo, uma parte de
sua trajetória de forma autônoma e particular, com conteúdos diversos que
lhe permitam enriquecer o conhecimento propiciado pelo curso de
graduação.
Art. 4º. Entende-se como atividade complementar toda e qualquer
atividade, não compreendida nas atividades previstas no desenvolvimento
regular dos componentes curriculares dos cursos de graduação, desde que
adequada à formação acadêmica e ao aprimoramento pessoal e profissional
do aluno.
Parágrafo único. Quando da análise das atividades a serem incluídas no
rol daquelas que poderão ser contabilizadas em qualquer dos três grupos
especificados no capítulo III, deve-se levar em conta a sua conexão material
mínima com o curso em que está matriculado o aluno, em uma perspectiva
interdisciplinar, e analisar sua relevância para o processo de
ensino-aprendizagem.
63
CAPÍTULO III
Das modalidades de atividades complementares
Art. 5º. Consideram-se atividades complementares aquelas promovidas
pela Universidade Paulista, ou por qualquer outra Instituição, classificadas
nas seguintes modalidades:
I. Grupo 1: atividades vinculadas ao ensino.
II. Grupo 2: atividades vinculadas à pesquisa.
III. Grupo 3: atividades vinculadas à extensão.
Art. 6º. São consideradas atividades vinculadas ao ensino, no Grupo 1,
as seguintes:
I. a aprovação em disciplinas não incluídas na matriz curricular do curso
em que está matriculado o aluno, desde que contribuam para o
aprimoramento e atualização na área de formação do aluno;
II. o efetivo exercício de estágio curricular não-obrigatório em entidade
pública ou privada, como processo de complementação da formação do
aluno, e mediante comprovação fornecida pela instituição em que o
interessado realizou o estágio.
Art. 7º. É considerada atividade vinculada à pesquisa, no Grupo 2, o
conjunto de ações sistematizadas e coordenadas por um professor
orientador, voltadas para a investigação de tema relevante para a formação
profissional.
Parágrafo único. As atividades desenvolvidas em grupos de estudos e
vinculadas a grupo de pesquisa cadastrado na Instituição podem ser
computadas como atividades complementares de pesquisa.
Art. 8º. São consideradas atividades vinculadas à extensão, no Grupo 3,
as desenvolvidas em cursos de extensão, congressos, seminários,
simpósios, conferências, palestras, oficinas, semanas acadêmicas, gincanas
culturais ou outras similares.
64
CAPÍTULO IV
Da carga horária a ser integralizada
Art. 9º. O aluno deve desenvolver durante o ciclo acadêmico uma
programação que totalize a carga horária mínima determinada na matriz
curricular do curso em que está matriculado.
Art. 10. As atividades complementares podem ser desenvolvidas em
qualquer período letivo, dentro ou fora do turno regular das aulas, sem
prejuízo, no entanto, de qualquer das atividades de ensino do curso, que são
prioritárias.
Art. 11. As atividades complementares devem ser planejadas
conjuntamente pela coordenação do curso, professores e alunos, semestre a
semestre, e podem ser cumpridas, de acordo com os interesses dos alunos e
suas vocações, dentro da própria Instituição, ou fora dela.
Art. 12. Para assegurar seu caráter autônomo e flexível, as atividades
complementares devem ser de livre escolhida (escolha) do aluno, observado
o rol de possibilidades admitidas pela Universidade Paulista.
CAPÍTULO V
Do acompanhamento
Art. 13. A programação das atividades complementares estará sujeita à
validação pela coordenação do curso, mediante exame de sua
compatibilidade com os objetivos do curso, expressos no Projeto
Pedagógico.
§1º. A validação das atividades complementares será requerida pelo
aluno, instruindo o pedido com a comprovação de frequência,
comparecimento ou participação nos eventos extracurriculares.
§2º. Serão consideradas válidas, independente de justificação do aluno ou
de exame de compatibilidade, as atividades complementares oferecidas pela
Universidade Paulista, ou por ela referendadas.
§3º. O processo de requerimento, comprovação e validação das
atividades complementares ficará registrado na coordenadoria de curso.
Art. 14. O acompanhamento das atividades complementares
desenvolvidas pelos alunos será exercido por um professor vinculado ao
65
corpo docente da Universidade Paulista ou pela coordenadoria de curso,
competindo-lhe:
I. cumprir e fazer cumprir as normas constantes neste regulamento;
II. cooperar com a coordenação do curso na elaboração do programa de
atividades complementares, dando-lhe ampla publicidade para os
alunos;
III. acompanhar e controlar a participação dos alunos em ações e eventos
promovidos pela Instituição, que visem ao seu aproveitamento como
atividades complementares;
IV. apreciar e decidir a respeito da validade de documentos apresentados
pelos alunos, que objetivem aproveitamento de eventos externos como
atividades complementares;
V. apresentar à coordenação do curso, relatórios parciais detalhando as
atividades complementares desenvolvidas pelos alunos e por ele
validadas, acompanhado dos documentos comprobatórios da sua
realização, com a indicação das cargas horárias e da frequência
registrada de cada um dos alunos.
Art. 15. Compete à Coordenação de Curso a elaboração do programa de
atividades complementares, incluindo o elenco de atividades institucionais,
devendo ser publicado e distribuído aos alunos no início de cada período
letivo.
Art. 16. Independentemente de participar de eventos que forem
promovidos ou oferecidos pela Universidade Paulista, compete ao aluno
desenvolver esforços para buscar na comunidade externa e participar da
realização de outros que sejam promovidos ou realizados por órgãos
públicos ou privados e/ou instituições atuantes na comunidade, que por sua
natureza possam vir a ser aproveitados com vistas à integralização de
atividades complementares.
CAPÍTULO VI
Das disposições finais
Art. 17. As situações omissas ou de interpretação duvidosa surgidas da
aplicação do regulamento, deverão ser dirimidas pela coordenação, ouvido o
Colegiado de Curso.
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Art. 18. Este regulamento entra em vigor na data de sua aprovação pelo
Colegiado do Curso e referendado pelo Conselho Superior desse.
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REGULAMENTO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE
Núcleos docentes estruturantes
Os Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) constituem grupos de apoio
locais, aos colegiados de curso, voltados para a reflexão sobre a qualidade
acadêmica do curso e cujas atribuições são:
I. contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso;
II. zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as diferentes
atividades constantes do currículo;
III. indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa
e extensão oriundas das necessidades de graduação, de exigências do
mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas à
área de conhecimento do curso;
IV. zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os
cursos de __________________.
Cada NDE é composto por seis professores do curso, sendo um deles o
coordenador do curso e os outros indicados por ele, e formalmente
designados pelo diretor do Instituto, desde que obedecidos os seguintes
requisitos:
I. ter pelo menos 3 (três) de seus membros com titulação acadêmica
obtida em programas de pós-graduação stricto sensu, sendo no mínimo
2(dois) deles com o título de doutor;
II. ter todos os membros em regime de trabalho de tempo parcial ou
integral, sendo que pelo menos 1 (um) em tempo integral.
Cada membro do NDE deverá permanecer no grupo por, no mínimo, 3
(três) anos, sendo requerida a recondução ao menos parcial dos
participantes, a novos mandatos, como modo a haver continuidade no
pensar do grupo.
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REGULAMENTO DAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO
A UNIP, em sua política de extensão, visa interagir com a sociedade e
tornar acessível o conhecimento que acumula, sistematicamente, pela
articulação entre ensino, pesquisa e extensão, interagindo e suprindo as
demandas culturais e sociais da comunidade, numa dimensão ética, solidária
e transformadora.
As atividades de extensão da UNIP reger-se-ão pelo seguinte
regulamento:
CAPÍTULO I
Da caracterização, fins e objetivos
Art. 1o. As atividades de extensão se constituirão por um conjunto
articulado de ações de caráter teórico e/ou prático, planejado para atender a
demandas da sociedade, independentemente do nível de escolaridade e
formação.
Art. 2
o. As atividades de extensão têm o objetivo de introduzir o corpo
discente na ação comunitária por meio de atividades que estimulem a
interação e desenvolvam no aluno a responsabilidade ética e social.
Art. 3
o. As atividades de extensão terão um caráter eventual ou
permanente atendendo aos interesses da comunidade.
CAPÍTULO II
Da administração
Art. 4o. As atividades de extensão serão coordenadas por um docente
responsável indicado pela Vice-Reitoria de Extensão.
Art. 5
o. É de responsabilidade do coordenador das atividades de
extensão:
I. comunicar aos docentes da Instituição sobre o desenvolvimento das
atividades de extensão;
II. manter os coordenadores de curso atualizados sobre as atividades
desenvolvidas;
III. proporcionar canais de divulgação das atividades;
69
IV. providenciar o registro das atividades realizadas e sua comprovação;
V. avaliar as atividades realizadas;
VI. elaborar relatórios para a Vice-Reitoria de Extensão.
Art. 6
o. As atividades de extensão serão realizadas pelo corpo social da
UNIP. Em casos especiais, poderão ser realizadas por profissionais
convidados, titulados ou de notório conhecimento na área da atividade.
Art. 7
o. As atividades de extensão serão propostas pelos componentes do
corpo social da UNIP e os projetos serão encaminhados ao docente
coordenador da extensão.
Art. 8
o. As propostas de atividades de extensão deverão ser
apresentadas em formulário próprio.
Art. 9
o. As propostas de atividades de extensão deverão vir
acompanhadas da indicação de professor responsável por essas.
Art. 10. Os projetos de atividades de extensão deverão conter as
seguintes informações:
I. identificação da atividade;
II. objetivo da atividade;
III. cronograma;
IV. duração;
V. descrição da atividade;
VI. público-alvo a que se destina;
VII. cursos envolvidos;
VIII. docentes envolvidos;
IX. discentes envolvidos;
X. necessidades específicas para sua realização.
Art. 11. As propostas das atividades de extensão serão avaliadas por
comitê indicado pela Vice-Reitoria de Extensão.
70
Art. 12. O comitê avaliará as propostas considerando a sua relevância
para o desenvolvimento profissional e/ou pessoal da comunidade, para o
desenvolvimento dos alunos envolvidos, a exequibilidade do projeto e a
atenção aos preceitos éticos.
Art. 13. A coordenação das atividades de extensão apoiará a execução
das atividades aprovadas.
Art. 14. A UNIP expedirá certificados aos participantes das atividades de
extensão.
Art. 15. As atividades de extensão executadas serão registradas em
formulário próprio e no site da Universidade.
Art. 16. As atividades de extensão, após sua realização, serão avaliadas
pela coordenação da extensão.
CAPÍTULO III
Do financiamento das atividades de extensão
Art. 17. As propostas de atividades de extensão podem envolver o custeio
parcial ou integral da UNIP, desde que apresentem solicitação por escrito à
Vice-Reitoria de Extensão Comunitária, contendo anexo o projeto ou plano
de ação, com todas as informações pertinentes à proposta, bem como o
orçamento detalhado dessa.
§1º. Os alunos e demais envolvidos nas atividades de extensão, poderão
receber ou não uma ajuda de custo para o desempenho das atividades, de
acordo com as especificidades de cada proposta e com a avaliação da
Vice-Reitoria de Extensão Comunitária.
§2º. No caso de atividades vinculadas à coordenação de estágio
supervisionado, deverão ser observadas as regras próprias da referida
coordenação.
§3º. Os docentes coordenadores das atividades de extensão poderão
fazer jus ou não a um valor correspondente a uma carga horária de trabalho,
de acordo com as especificidades de cada proposta e com a avaliação da
Vice-Reitoria de Extensão Comunitária.
Art. 18. O financiamento, parcial ou total, das atividades de extensão será
definido de acordo com os seguintes critérios:
I. Qualidade técnica das propostas apresentadas.
71
II. Adequação à proposta social e pedagógica da UNIP e às prioridades
Institucionais.
III. Disponibilidade financeira definida pelo setor competente.
CAPÍTULO IV
Dos direitos e deveres dos envolvidos com as atividades de extensão
Art. 19. As atividades de extensão compreendem atividades
desenvolvidas pela Instituição com a comunidade local, conforme o Art. 2º.
Parágrafo único. Os alunos vinculados com as atividades de extensão
não poderão ser aproveitados, sob o pretexto deste vínculo, para o
desenvolvimento de qualquer atividade administrativa ou docente da
Instituição.
Art. 20. Os alunos da UNIP envolvidos com as atividades de extensão
poderão contabilizar horas para o estágio ou para atividades
complementares, desde que cumpram as normas pertinentes a essa
atividade e encaminhem a documentação exigida pelo setor competente.
Art. 21. Todos os envolvidos farão jus a um certificado de participação
nas atividades de extensão cadastradas na Vice-Reitoria de Extensão
Comunitária, desde que cumpram todos os requisitos definidos na proposta
de ação aprovada pela Universidade.
Art. 22. As pessoas se desvincularão das atividades de extensão a
qualquer momento nos seguintes casos:
I. quando sua participação nas atividades for manifestamente insuficiente;
II. quando sofrerem alguma penalidade disciplinar se forem alunos da
UNIP;
III. quando solicitarem desligamento das atividades de extensão.
Parágrafo único. No caso da desvinculação referida, a pessoa
desvinculada poderá perder o direito ao certificado de participação de acordo
com a análise do docente coordenador da atividade e da Vice-Reitoria de
Extensão Comunitária.
Art. 23. As atividades de extensão não são interrompidas necessariamente
durante o período de férias.
72
Art. 24. No caso de projetos, eventos, consultorias ou atividades
semelhantes com caráter extensivo:
I. o aluno da UNIP deverá apresentar ao coordenador da atividade, ao
final do período previsto para a sua conclusão, um relatório a ser
encaminhado à Vice-Reitoria de Extensão Comunitária, após emitir
parecer conclusivo;
II. o docente coordenador da atividade de extensão, ao término dessa,
deverá apresentar à Vice-Reitoria de Extensão Comunitária um relatório
final das ações desenvolvidas e dos resultados alcançados.
III. deverão ser anexadas ao relatório final as fichas de avaliação
preenchidas por todos os envolvidos, inclusive representantes das
Instituições ou comunidades parceiras.
CAPÍTULO IV
Das disposições gerais
Art. 25. Os casos omissos no presente regulamento serão apreciados
pela Vice-Reitoria de Extensão Comunitária da UNIP.
Art. 26. Das decisões do coordenador de extensão caberá recurso,
primeiramente, à Vice-Reitoria de Extensão Comunitária, e ao CONSEPE.
Art. 27.As presentes normas entrarão em vigor a partir da data de sua
aprovação.
73
LABORATÓRIO DE ESPANHOL
Tema I
1. Comer en España: bares, restaurantes, ventas, tascas, mesones etc.
Tema II
2. Tortilla de patatas.
Tema III
3. Verbos.
Tema IV
4. Sustantivos.
Tema V
5. Adjetivos.
Tema VI
6. Pretérito perfecto compuesto.
Tema VII
7. El alfabeto.
Tema VIII
8. Un paseo por el campo.
Tema IX
9. Acentos.
Tema X
10. Contar una historia.
74
Tema I
PRESENTACIÓN
Estimado alumno, te proponemos una serie de ejercicios para que puedas
practicar tu comprensión oral. Seleccionamos algunos sitios en internet al
que puedes acceder y escuchar los archivos que te presentamos. A partir de
la audición, realizarás distintos ejercicios que te permitirán desarrollar la
competencia comunicativa. En muchos de ellos encontrarás también
ejercicios que allí se proponen, te animamos a que también los realices y
profundices tus conocimientos.
1. COMER EN ESPAÑA: BARES, RESTAURANTES, VENTAS,
TASCAS, MESONES ETC.
<http://www.audiria.com/capitulos-detalle.php?id=673>.
1.1 En el siguiente audiotexto aprenderás los distintos tipos de
establecimientos que puedes encontrar en España en los que puedes
comer y entenderás las diferencias entre ellos.
1.2 Escucha con atención e indica si la afirmación es verdadera (V) o
falsa (F).
a. ( ) En España todos los establecimientos que sirven comida reciben el
mismo nombre, restaurantes o mesones.
b. ( ) Algunos restaurantes venden comida “para llevar”.
c. ( ) Algunos restaurantes que sirven “el menú del día”, ofrecen
solamente un menú limitado.
d. ( ) En un mesón encuentras bebidas y raciones. Generalmente hay
pocas mesas, tendrás que permanecer en pie. La gente suele quedarse
alrededor de media hora.
e. ( ) En las tascas y tabernas puedes tomar vino, comer buenas tapas y
charlar con los amigos.
f. ( ) Los chiriguitos son parecidos con los bares, pero con mesas al aire
libre, sirven bebidas, tapas y raciones, en lugares costeros y turísticos.
75
1.3 Respuestas
a. F – Hay distintos tipos, por ejemplo, bares, mesones, ventas, tascas,
chiringuitos, restaurantes. La denominación en general hace referencia
al tipo de comida y bebida que ofrecen.
b. V.
c. F – Es un menú pensado para las personas que comen todos los días
en el restaurante, es siempre más barato, pero hay otras opciones, no
es la única.
d. F – Esto ocurre en los bares, en un mesón puedes encontrar comidas
típicas de alguna región o deliciosos guisos.
e. V.
f. V.
1.4 Transcripción
El visitante que llega a España tiene normalmente entre sus objetivos el
de degustar y disfrutar de la riqueza culinaria de este país. Cuál es su
sorpresa cuando se encuentra con una diversidad de establecimientos que
sirven comidas y que reciben distintos nombres: bares, mesones, ventas,
tascas, restaurantes, tabernas, cafeterias,chiringuitos… prácticamente en
todos ellos se puede comer, pero es interesante conocer cuál es la principal
diferencia entre unos y otros, porque obviamente la denominación que
reciben no es casualidad, y en general hace referencia al tipo de comida y
bebida que en ellos se ofrece.
Comencemos por explicar en qué cosiste un restaurante, que sin duda, es
uno de los establecimientos más habituales y abundantes vayas a donde
vayas. Consiste en un local donde se sirven comidas y cenas para consumir
en el propio establecimiento. Algunos dan la opción de servir comida “para
llevar”, aunque no es lo más habitual. Prácticamente todos disponen de una
carta o menú, de la cual el cliente puede elegir lo que desea tomar de forma
particular, y muchos también tienen lo que se llama “el menú del día”,
consistente en un “menú limitado” de primeros platos, segundos platos y
postre (en general más de tres opciones), pensado para aquellas personas
que diariamente comen en el restaurante por razones de trabajo. Esta opción
es siempre más barata que comer “de menú”.
Otro establecimiento muy común es la “cafetería”. Son los típicos lugares
donde reunirse con los amigos a tomar café y charlar animadamente durante
76
un buen rato. No están especializados en el servicio de comidas y cenas,
aunque algunas sí que ofrecen menú del día y, en cualquier caso, siempre
hay una buena oferta de sandwiches, dulces etc., con los que acompañar el
café o un refresco.
Si paseas por las calles españolas, también vas a encontrar con mucha
frecuencia los populares “bares” (plural de “bar”). Son, en este caso,
establecimientos especializados en servir bebidas: refrescos, vinos, bebidas
alcohólicas… aunque también en todos los casos sirven café y algo de
comida para acompañar al refresco (“raciones”, “tapas” etc.). Son lugares en
los que normalmente se dispone de pocas mesas para sentarse, y lo más
habitual es que el público permanezca de pie, por lo que el tiempo de
permanencia no suele ser muy extenso y suele rondar entre los 15 minutos y
la media hora.
Menos habituales son los llamados “mesones” y “ventas”. Un “mesón” es
un establecimiento especializado en comidas, muy frecuentemente típicas de
una región española, o bien también se pueden distinguir por servir buenos
guisos de carne o pescado, teniendo así la especialización culinaria. Por
tanto, no esperes poder desayunar o tomar un café, refresco etc. en un
mesón, porque no están pensados para ello. Lo típico es ir al mesón a comer
un buen plato representativo de la cocina española, bien preparado y
acompañado de un buen vino. Matizar, no obstante, que lo dicho para “el
mesón” es extensible para las “ventas”, aunque normalmente suelen ser
establecimientos más sencillos y en general más baratos.
En cuanto a las “tascas” y “tabernas” (ambos establecimientos son muy
similares y podemos tratarlos a la vez), son lugares en los que se sirven
principalmente bebidas alcohólicas y a menudo tapas y raciones.
Por tanto, es el sitio más adecuado para ir a degustar vino acompañado
de unas buenas tapas acordes con la bebida, y charlar animadamente con
los amigos. Son sitios donde existen mesas para sentarse, aunque gran
parte del público esté de pie, puesto que lo típico es visitar varias “tascas”
hasta completar una comida, y por tanto la permanencia en un mismo
establecimiento no suele ser muy prolongada.
Por último, vamos a tratar también de un tipo de establecimiento muy
típico español, sobre todo en los lugares costeros: los populares
“chiringuitos”. Son lugares que normalmente disponen de mesas al aire libre,
o incluso en muchos casos no disponen de un establecimiento cerrado (son
mas bien “casetas” o locales abiertos al exterior), donde se sirven refrescos y
bebidas alcohólicas, así como comida no muy elaborada del tipo “raciones”,
“tapas”, platos combinados, y también sandwiches y bocadillos. Son muy
parecidos a los bares, aunque como hemos dicho, suelen ser
77
establecimientos muy sencillos que florecen en los lugares costeros,
turísticos y en general con una meteorología benigna tal que se pueda hacer
la consumición al aire libre.
Esperamos que este pequeño repaso te sea de utilidad a la hora de
moverte por España y elegir el sitio más apetecible donde desayunar, comer,
cenar, o simplemente pasar un rato ameno charlando con los amigos.
Tema II
2. TORTILLA DE PATATAS
<http://www.audiria.com/capitulos-detalle.php?id=713>.
2.1 Te invito a que aprendas a preparar una receta típicamente
española, la tortilla de patatas. Sigue paso a paso las instrucciones del
video, pon en práctica los trucos y prepara una tortilla perfecta. ¡Manos
a la obra!
2.2 Escucha con atención y completa el texto.
Para nuestra tortilla lo primero que vamos a hacer es pelar las
__________ y lavarlas. Vamos a hacer lo mismo con la __________. La
pelamos y las vamos a cortar… para que nos quede fina. Una vez que
tenemos la cebolla cortada pasamos a cortar las patatas, en __________.
Tenemos una sartén con __________ ya caliente, y le incorporamos las
patatas y la cebolla. Y lo vamos a dejar a fuego lento hasta que la patata esté
tierna. Ésto lo comprobamos pinchando una patata y cuando esté
__________ lo que hacemos es pasarla a un recipiente para escurrir el
aceite, el exceso de aceite, yo lo echo con un colador y mientras van
escurriendo la patata y la cebolla lo que hacemos es batir los huevos. Como
son unos cuantos, un poquito de paciencia. Una vez que tenemos batidos los
huevos lo que vamos a hacer es echarle un poquito de __________. Esto,
como siempre, al gusto de cada uno. Le incorporamos la patata y la cebolla y
lo vamos a remover para que se mezcle perfectamente. Una vez que lo
tenemos bien __________, lo volvemos a poner en la sartén, a fuego medio,
hasta que se __________ por un lado.
Eso lo veis más o menos. Una vez que está cuajado pasamos a lo más
complicado: darle la vuelta, con mucho __________… y lo volvemos a dejar
en la sartén para que se haga por el __________. ¡Y éste es el resultado! La
verdad es que estaba __________, os lo recomiendo y espero que os haya
gustado.
¡Hasta otra!
78
2.3 Respuesta: patatas, cebolla, lonchitas, aceite, tierna, sal,
mezclado, cuaje, cuidado, otro, deliciosa.
2.4 Transcripción
Para nuestra tortilla lo primero que vamos a hacer es pelar las patatas y
lavarlas. Vamos a hacer lo mismo con la cebolla. La pelamos y las vamos a
cortar… para que nos quede fina. Una vez que tenemos la cebolla cortada
pasamos a cortar las patatas, en lonchitas. Tenemos una sartén con aceite
ya caliente, y le incorporamos las patatas y la cebolla. Y lo vamos a dejar a
fuego lento hasta que la patata esté tierna. Ésto lo comprobaremos
pinchando una patata y cuando esté tierna lo que hacemos es pasarla a un
recipiente para escurrir el aceite, el exceso de aceite, yo lo he hecho con un
colador y mientras van escurriendo la patata y la cebolla lo que hacemos es
batir los huevos. Como son unos cuantos, un poquito de paciencia. Una vez
que tenemos batidos los huevos lo que vamos a hacer es echarle un poquito
de sal. Esto, como siempre, al gusto de cada uno. Le incorporamos la patata
y la cebolla y lo vamos a remover para que se mezcle perfectamente. Una
vez que lo tenemos bien mezclado, lo volvemos a poner en la sartén, a fuego
medio, hasta que se cuaje por un lado.
Eso lo veis más o menos. Una vez que está cuajado pasamos a lo más
complicado: darle la vuelta, con mucho cuidado… y lo volvemos a dejar en la
sartén para que se haga por el otro. ¡Y éste es el resultado! La verdad es que
estaba deliciosa, os lo recomiendo y espero que os haya gustado.
¡Hasta otra!
Tema III
3. VERBOS
<http://www.youtube.com/watch?v=-tR883992xE>.
3.1 La música ha sido una herramienta muy utilizada en la enseñanza
de idiomas, ella anima, contagia, motiva a entender, interpretar y cantar,
a aprender. Hace que el aprendizaje sea más lúdico, divertido, nos
permite practicar la pronunciación y desarrollar la fluidez.
Diego Torres es un famoso cantautor argentino que cultiva el genero pop.
Si quieres conocer otro trabajo de Diego, puedes ver una película, que
estrenó en 2012, de romance y misterio en la que el actúa, Extraños en la
noche.
79
Julieta Venegas es una compositora, cantante, música y productora
mexicana, una de las artistas latinas más reconocidas a nivel mundial.
3.2 Escucha la canción Sueños, de Diego Torres y Julieta Venegas,
completa la letra y disfrútala.
Sueños
Diego Torres y Julieta Venegas
Cuando la noche se acerca hay algo en mi alma que
_________ a vibrar con la luz de las estrellas, en
mis sentimientos te _________ a encontrar.
_________que me _________ a los ojos, y que no preguntes
nada más. _________ que esta noche __________
toda esa alegria que ya no ________ guardar.
Paso las horas fumando, _________ en el viento la
misma canción. Porque el tiempo que vale
lo marca el latido de mi corazón.
_________que me ________ a los ojos, y que no _________
nada más. _________que esta noche __________
toda esa alegría que ya no __________ guardar.
_________que tus sueños ________ olas que se van
libres como el viento en mitad del mar. _________que
la vida ________ un tesoro sin igual, de los buenos
tiempos siempre ________ más.
_________ como el agua del río, y por el camino
me ________ llevar, porque _________ que la vida
80
por todo lo malo algo bueno te _________.
_________ que me mires a los ojos y que no _________ nada
más. _________ que esta noche ________ toda esa
alegría que ya no _________ guardar.
_________que tus sueños _______ olas que se van,
libres como el viento en mitad del mar. _________ que
la vida ________ un tesoro sin igual de los buenos
tiempos siempre _______ más.
_________que tus sueños ________ olas que se
van... Libres como el viento en mitad del mar
_________ que la vida _________ un tesoro sin igual me dejó llevar…
3.3 Respuestas:
vuelve, vuelvo, Quiero, mires, Quiero, sueltes, puedes, oyendo, Quiero,
mires, preguntes, Quiero, sueltes, puedes, Deja, sean, Creo, es, quiero, Soy,
dejo, aprendí, da, Quiero, preguntes, Quiero, sueltes, puedes, Deja, sean,
Creo, es, Deja, sean, Creo, es, quiero, Deja, sean, Creo, es.
3.4 Transcripción
Sueños
Diego Torres y Julieta Venegas
Cuando la noche se acerca hay algo en mi alma que vuelve a vibrar con la
luz de las estrellas, em mis sentimientos te vuelvo a encontrar.
Quiero que me mires a los ojos, y que no preguntes nada más. Quiero
que esta noche sueltes toda esa alegría que ya no puedes guardar.
Paso las horas fumando, oyendo en el viento la misma canción. Porque el
tiempo que vale lo marca el latido de mi corazón.
81
Quiero que me mires a los ojos, y que no preguntes nada más. Quiero
que esta noche sueltes toda esa alegría que ya no puedes guardar.
Deja que tus sueños sean olas que se van libres como el viento en mitad
del mar. Creo que la vida es un tesoro sin igual, de los Buenos tiempos
siempre quiero más.
Soy como el agua del río, y por el caminho me dejo llevar, porque aprendí
que la vida por todo lo malo algo bueno te da.
Quiero que me mires a los ojos y que no preguntes nada más. Quiero que
esta noche sueltes toda esa alegría que ya no puedes guardar.
Deja que tus sueños sean olas que se van, libres como el viento en mitad
del mar. Creo que la vida es un tesoro sin igual de los Buenos tiempos
siempre quiero más.
Deja que tus sueños sean olas que se van libres como el viento en mitad
del mar. Creo que la vida es un tesoro sin igual de los Buenos tiempos
siempre quiero más.
Deja que tus sueños sean olas que se van... Libres como el viento en
mitad del mar Creo que la vida es un tesoro sin igual me dejo llevar…
Tema IV
4. SUSTANTIVOS.
Escucha la siguiente entrevista de Penélope Cruz y Pedro Almodóvar.
Ellos nos cuentan cómo es su relación de amistad y cómo se sienten cuando
trabajan juntos. Observa que se entrevista por separado, ellos hablan
alternadamente. Realiza las siguientes actividades.
Una Entrevista: Penelope Cruz y Pedro Almodovar
<http://www.audiria.com/capitulos-detalle.php?id=542>.
4.1 Escucha la primera intervención de Penélope Cruz.
4.2 Completa la primera parte de la entrevista, con Penélope Cruz,
con los siguientes sustantivos. A continuación, escucha la grabación,
verifica y corrige tus respuestas.
relacion, cariño, ensayos, trabajo, rodaje, día, confianza, cosas, director.
82
Penelope: […] así es como me gusta sentirme en el __________ con él, y
creo que eso, por mucha __________ que tengamos Pedro y yo, eso
siempre se va a mantenerse así en nuestro __________.
El día que empezamos los ensayos, nuestra ___________ cambia. Ya
nos ha pasado las cuatro veces, y estamos en los ___________ y en el
rodaje, con una relación diferente, donde está todo el ___________ y toda la
confianza de estos años, pero donde… podemos separar las ____________
un poquito más, y no estamos “chismorreando” sobre…qué cenaste anoche,
o has hablado con “tal o cual”… Es una relación más… no más fría, porque
la confianza y el cariño están ahí, pero, donde él es mi ________, yo soy su
actriz y separamos muy bien las cosas. Y el _________ que acaba el rodaje,
nos volvemos a mirar, nos volvemos a encontrar de otra manera, y nunca
hemos planeado esto…
4.3 Respuesta: rodaje, confianza, trabajo, relación, ensayos, cariño,
cosas, director, día.
4.4 Transcripción
Penelope: […] así es como me gusta sentirme en el rodaje con él, y creo
que eso, por mucha confianza que tengamos Pedro y yo, eso siempre se va
a mantener así en nuestro trabajo. El día que empezamos los ensayos,
nuestra relación cambia. Ya nos ha pasado las cuatro veces, y estamos en
los ensayos y en el rodaje, con una relación diferente, donde está todo el
cariño y toda la confianza de estos años, perodonde… podemos separar las
cosas un poquito más, y no estamos “chismorreando” sobre…qué cenaste
anoche, o has hablado con “tal o cual”… Es una relación más… no más fría,
porque la confianza y el cariño están ahí, pero, donde él es mi director, yo
soy su actriz y separamos muy bien las cosas. Y el día que acaba el rodaje,
nos volvemos a mirar, nos volvemos a encontrar de otra manera, y nunca
hemos planeado esto…
Tema V
5. ADJETIVOS
5.1 Escucha la primera intervención de Pedro Almodóvar.
Una Entrevista: Penélope Cruz y Pedro Almodóvar
<http://www.audiria.com/capitulos-detalle.php?id=542>.
5.2 Él utiliza algunos adjetivos calificativos, indica cuántos son y
apúntalos.
83
Pedro Almodovar utiliza:
a. 1 adjetivo
b. 3 adjetivos
c. 6 adjetivos
d. 4 adjetivos
e. ninguno
5.3 Respuesta:
4 adjetivos: mayores, trabajadora, contento y complicado.
5.4 Transcripción
Pedro: […] no, no, no, no. Cuesta trabajo, ¡eh!
Lo que pasa es que con Penélope tengo la ventaja de que… por supuesto
que nos entendemos, pero es que yo cada vez le ofrezco retos mayores,
porque ésta es una película en unos tonos que ella… pues… todavía no
había experimentado, y lo que ella sí me asegura siempre… es muy
trabajadora, ella “no tira nunca la toalla”… entonces, hasta que no ve que yo
estoy totalmente contento, no “cejamos” y seguimos repitiendo… entonces…,
por supuesto que me entiende, pero lo que pasa es que… bueno, el
personaje que le he ofrecido esta vez, es bastante complicado.
Tema VI
6 PRETÉRITO PERFECTO COMPUESTO
6.1 Recuerda que el pretérito perfecto compuesto, formado por el
verbo haber y un participio, expresa una acción pasada en un período
de tiempo no terminado. Es un tiempo en el que la acción empieza en el
pasado y todavía continúa o que de alguna forma influye en el presente.
6.2 Escucha con atención la segunda intervención de Penélope Cruz
e identifica los pretéritos perfectos que ella utiliza. Apúntalos y luego
corrige tus respuestas.
Una Entrevista: Penélope Cruz y Pedro Almodóvar
<http://www.audiria.com/capitulos-detalle.php?id=542>.
84
6.3 Respuesta:
Penelope utiliza 4 pretéritos perfectos compuestos: han ayudado, han
confiado, han apostado, han empujado.
6.4 Trascripción
Penelope: […] pero para mí, como experiencia emocional, lo fuerte fue
como ese día me acordé de… no pude nombrar a todas las personas que me
han ayudado, pero todas estaban en mi cabeza y en mi corazón. Todas las
que desde el principio han confiado en mí, y han apostado por mí, y me han
empujado a que yo confiara en mi misma y conseguir cosas que me parecían
imposibles, ¿no?, de niña… bueno, ¡de niña!, hasta hace tres semanas me
parecían casi imposibles.
Tema VII
7. EL ALFABETO
7.1 Recuerda las letras del alfabeto en español.
7.2 Escucha la segunda intervención de Pedro Almodóvar y
completa las palabras con la letra que falta. Puedes oírla 2 veces o más.
Pedro: Me _iento en “el camino”, quiero de_ir… ya hemos a_ancado,
entonces… eso por un lado es una sensa_ión muy estimulante… con mucha
ener_ía, ¡claro!, porque quieres a_ora mismo… y necesitas, claro, “comerte
el mundo”, y tienes esa energía, y por otra parte con mu_ísima curiosida_
porque ya si estamos muy cerca de compro_ar realmente, cómo funciona la
película con el público, cómo la entiende, cómo rea_iona el público, si le
interesa etc. etc.
7.3 Respuesta: siento, decir, arrancado, sensación, energía, ahora,
muchísima, curiosidad, comprobar, reacciona.
7.4 Transcripción
Pedro: Me siento en “el camino”, quiero decir… ya hemos arrancado,
entonces… eso por un lado es una sensación muy estimulante … con mucha
energía, ¡claro!, porque quieres ahora mismo… y necesitas, claro, “comerte
el mundo”, y tienes esa energía, y por otra parte con muchísima curiosidad
porque ya si estamos muy cerca de comprobar realmente, cómo funciona la
película con el público, cómo la entiende, cómo reacciona el público, si le
interesa etc. etc.
85
Tema VIII
8. UN PASEO POR EL CAMPO
<http://www.audiria.com/randomTest.php?t=AU>.
8.1 Escucha con atención a Mario y a Sara. Han quedado para ir al
campo a pasar el día.
8.2 Señala la alternativa incorrecta:
a. Ana fue al pueblo para encontrase con Mario en ómnibus. Tuvo que
esperar un poco en la estación, pues llegó muy temprano, estaba un
poco nerviosa.
b. A Ana no le gusta el exagero, por eso elige la segunda ruta, no es la
más fácil ni la mas difícil.
c. Los dos han llevado agua, así que, tienen bastante, además en la zona
hay muchas fuentes.
d. Mario y Ana encuentran mucha basura en el camino, les molesta que la
gente no utilice los contenedores y mantenga el campo limpio.
e. Sara disfruta muchísimo del paseo, le gusta el paisaje, el olor, la
naturaleza …
8.3 Respuesta: la alternativa incorrecta es la A, Ana no llegó
temprano a la terminal, casi pierde el ómnibus, ha conseguido cogerlo
“por los pelos”, o sea, por muy poco no lo consigue.
8.4 Transcripción
Mario y Sara han quedado este sábado para ir al campo a pasar el día.
Deciden quedar directamente en el punto de partida, para comenzar con un
paseo que durará hasta la hora de comer.
Mario: Hola, buenos días, ¿qué tal? ¿Cómo estas? ¿Has dormido bien?
Sara: Sí, he dormido bien, la verdad es que estaba un poco nerviosa
porque tenía muchas ganas de venir.
86
Mario: ¿Has tenido algún problema para venir aquí hasta el pueblo?
Porque, vamos, yo creo que está un pocooo... un poco bien comunicado pero
no sé si has tenido algún problema.
Sara: Pues, la verdad, es que no he tenido ningún problema. Pero, bueno,
casi pierdo el autobús. Al final he conseguido cogerlo por los pelos.
Mario: Hay un autobús que sale desde la estación principal, ¿no? Creo
que es cada hora o algo así.
Sara: Pues, sí, luego lo he visto. Lo que pasa que el resto de los
autobuses estaban llenos.
Mario: Uuummmmm, muy bien, muy bien. A ver, he estado cogiendo un
poco de información por internet y parece que hay tres rutas, así, que están
muy bien o al menos eso es lo que comentaban en los foros, que eran las
que estaban más bonitas.
Te comento, a ver, la primera es una muy facilita que es alrededor de una
hora y lo que se da una vuelta alrededor del pueblo, viendo, así, las cosas
más cercanas. La otra con una dificultad un poco media, pero yo creo que no
va a ser mucho, son unos 5 kilómetros y se llega hasta un lago que está
cerca del pueblo y es bastante bonito, me han dicho que es muy bonito; y
además allí la gente se puede bañar y todo. Y la última, que parece también
muy bonita, es la más dura de todas. Tiene un desnivel de unos 700 metros y
es todo cuesta arriba. El tiempo que se dura, serán unas 4 horas, así que, no
sé, ¿tú qué opinas? ¿cuál es la que más te gusta?
Sara: Uuuffff, pues yo como siempre pienso que en el punto medio está la
virtud, así que creo que deberíamos hacer la segunda que me has
comentado, que ni muy fácil ni muy difícil. Nos damos una vueltita por el
pueblo y luego, bueno, llegamos... en 5 kilómetros llegamos al lago, y
además así pues podemos aprovechar y luego podemos darnos un bañito en
el lago. ¿Qué te parece a ti?
Mario: A mí me parece muy bien. Yo, de hecho, por si acaso habías
decidido coger esa, me he traído el bañador. No sé si tú has traído bañador.
Sara: Sí, sí, sí, sí, yo también he traído el bañador. Yo siempre a estas
cosas traigo el bañador o el bikini, porque nunca se sabe dónde vas a estar,
dónde vas a parar, y, bueno si vas a tener posibilidad de bañarte.
Mario: Pues antes de que se nos haga más tarde y empiece a darnos el
sol, que esto se hace muy duro andando con... bajo el sol, yo creo que lo
mejor es que empecemos ya, ¿si te parece? Y además, deberíamos llegar a
87
una hora medio decente... o una hora decente para poder bañarnos con
tranquilidad y poder comer.
Sara: Perfecto, así, bueno, pues comemos y tampoco se nos echa la
tarde encima. Pues, comenzamos a andar si quieres. Oye, por cierto, Mario,
¿has traído comida?
Mario: Sí, sí, me he traído un par de bocadillos, patatas fritas y galletas de
chocolates también para picar; así que yo creo que está muy bien. Lo que
creo que no he traído suficiente agua, no sé si tú habrás traído, pero si
contamos solamente con la mía estamos un poco justos.
Sara: Aaahhhh, no, no te preocupes, porque yo sí que he traído agua, he
traído dos botellas, así que seguro que tenemos bastante. De todas formas,
ya sabes que esta zona es una zona de abundante agua y de abundantes
fuentes, con lo cual, no vamos a tener ningún problema y en cualquier
momento podemos llenar las botellas de nuevo.
Mario: Pues, bueno, venga a empezar. El camino este no te preocupes
porque me han dicho que está muy bien organizado; además he estado
viendo en la página web del pueblo que hay una asociación de un grupo de
jóvenes del pueblo que se dedica a señalizar todos los senderos para
promocionar un poco las actividades turísticas aquí dentro de este pueblo, y
por lo visto, no hay dificultad ninguna.
Sara: Pues, la verdad es que este tipo de iniciativa está muy bien.
Además, puede suponer, bueno, un incentivo para el turismo rural y para
que, bueno, pues para que la gente que al final le guste el campo pueda
hacer este tipo de actividades sin ninguna dificultad.
Mario: Sí, sí. Bueno pues ya estamos por aquí a las afueras del pueblo.
Sara: Sí.
Mario: Mira qué grupo de arboles, aquél, el de la derecha, ¿sabes cuáles
son?
Sara: Sí, creo que sí, son eucaliptos, ¿verdad?
Mario: Sí, sí, sí, eucaliptos. Lo que pasa es que los eucaliptos que hay por
aquí no son originarios de esta zona. Los eucaliptos, por lo visto, hubo un
incendio aquí justo al lado del pueblo y los estuvieron utilizando para
repoblar. Se utilizan en un montón de sitios los eucaliptos para repoblar, no
sí si los has visto en otras ocasiones.
88
Sara: Pues sí, pues sí, la verdad es que sí que los he visto, tienen la
facilidad de que son de crecimiento rápido. Lo que pasa, es que bueno... por
otro lado, la hoja del eucalipto es muy ácida y entonces no permite que
crezcan otras especies porque esta hoja acidifica mucho el terreno.
Mario: Sí, algo de eso había escuchado ya. Bueno, te veo muy puesta en
esto de eucaliptos, eeehh.
Sara: No, qué va.
Mario: Muy bien. Lo que es una pena es que la gente mal usa el campo,
porque fíjate el montón de basura que hay allí, al lado de aquel árbol y en
vez de... mira que tienen una basura por allí también y todo, y la gente lo
deja en montones de basura ensuciandolo todo.
Sara: Pues sí, tienes razón, porque, es que si me dices que no hubiera ni
contenedores ni nada; pero mira, allí cerca tenemos un contenedor, que fácil
sería recoger todo y echar la basura allí.
Mario: Pues sí, mira la verdad que sí. Y además fíjate que el campo es
muy agradecido porque han caído unas lluvias durantes estos días y fíjate la
cantidad de florecillas silvestres que lo deja todo precioso, un verde
estupendo, un montón de colorido gracias a las flores...
Sara: Sí, la verdad es que estoy disfrutando muchísimo de este paisaje y
además el olor, este olor, vamos, es a naturaleza, ¡es perfecto! Y el día de
hoy, la verdad, es que también acompaña con esta luz que hay.
¡Mira, mira! Mira Mario, fíjate en el riachuelo que baja por la montaña.
Mario: Sí, es verdad, es verdad, es verdad. Pues mira al final no vamos a
tener problemas con el agua que traíamos.
Sara: Sí, además mira como está deshelando el hielo de las cimas, se
están formando bastantes riachuelillos como éste.
Mario: Sí, es verdad, es verdad. Oye, yo voy a sacar algo de picar para el
camino, ¿te apetece?
Sara: Vale, si te parece podemos parar un rato y sacamos algo para picar
y para beber.
Mario: Muy bien, muy bien.
89
Tema IX
9. ACENTOS
Un dia de nieve
<http://www.audiria.com/capitulos-detalle.php?id=659&tipo=txt>.
9.1 Recuerda que en español clasificamos las palabras según su
sílaba tónica, pueden ser agudas, graves, esdrújulas o sobresdrújulas.
Se acentúan las agudas terminadas en vocal, “n” o “s”. Las graves
llevan acento si no terminan en vocal, “n” o “s”. Todas las esdrújulas y
sobresdrújulas llevan acento.
9.2 Escucha el audiotexto, presta atención a la pronunciación y pon
acento si necesario. Clasifica las palabras acentuadas e indica si son
agudas, graves, esdrújulas o sobresdrújulas.
Aunque la temporada esta casi acabando todavia podemos disfrutar de
los deportes de inviernos en muchos centros de esqui tanto en España como
en algunos paises de Sudamerica como Chile o Argentina. De hecho la
fotografia que tenemos hoy es de una estacion de esqui en Argentina.
En la fotografia vemos a un grupo de esquiadores que esta bajando una
pista. Los esquiadores estan equipados evidentemente con los esquis, las
botas y los bastones, ademas algunos de ellos llevan casco para proteger la
cabeza de los golpes. Alguno de los tres que vemos en primer plano estan
haciendo la cuna, posicion utilizada para frenar.
A la izquierda de la fotografia podemos ver a unos esquiadores que estan
subiendo a lo alto de la pista utilizando un remonte.
Al final de la pista podemos ver una casa que es un area de descanso en
el que habra una cafeteria y probablemente alquiler de equipo para esquiar.
La otra ladera de la montaña tiene un remonte en la falda de la montaña y
a la mitad. No se puede apreciar bien por la distancia pero los remontes
pueden ser de percha o de silla.
A lo largo de la montaña podemos ver las marcas en forma de S en la
nieve provocadas por los descensos de los esquiadores.
90
9.3 Respuesta:
está, todavía, esquí, países, Sudamérica, fotografía, estación, esquí,
fotografía, está, están, esquís, además, están, posición, fotografía, están,
área, habrá, cafetería.
Agudas: está, esquí, estación, esquí, están, esquís, además, posición,
habrá.
Graves: todavía, países, Sudamérica, fotografía, cafetería.
Esdrujúlas: Sudamérica, área.
9.4 Transcripción
Aunque la temporada esté casi acabando todavía podemos disfrutar de
los deportes de inviernos en muchos centros de esquí tanto en España como
en algunos países de Sudamérica como Chile o Argentina. De hecho la
fotografía que tenemos hoy es de una estación de esquí en Argentina.
En la fotografía vemos a un grupo de esquiadores que está bajando una
pista. Los esquiadores están equipados evidentemente con los esquís, las
botas y los bastones, además algunos de ellos llevan casco para proteger la
cabeza de los golpes. Alguno de los tres que vemos en primer plano están
haciendo la cuna, posición utilizada para frenar.
A la izquierda de la fotografía podemos ver a unos esquiadores que están
subiendo a lo alto de la pista utilizando un remonte.
Al final de la pista podemos ver una casa que es un área de descanso en
el que habrá una cafetería y probablemente alquiler de equipo para esquiar.
La otra ladera de la montaña tiene un remonte en la falda de la montaña y
a la mitad. No se puede apreciar bien por la distancia pero los remontes
pueden ser de percha o de silla.
A lo largo de la montaña podemos ver las marcas en forma de S en la
nieve provocadas por los descensos de los esquiadores.
Tema X
10. CONTAR UNA HISTORIA
<http://www.youtube.com/watch?v=knm7_sN4cfA&a=GxdCwVVUL
XeU2cJU twSROPN n-GOI 8mwx&list=ML&playnext=1>.
91
10.1 Recuerda que para contar una historia debemos poner mucha
atención en los tiempos verbales que utilizamos pues con cada uno de
ellos construimos distintos significados.
Ya sabes que en español tenemos 4 pasados; con el indefinido, narramos
hechos puntuales que ya no tienen relación con el momento en el que ocurre
la narración. Con el perfecto, contamos hechos que de alguna forma afectan
el momento de la narración. Con el imperfecto contamos rutinas y
contextualizamos la acción y, finalmente, con el pluscuamperfecto indicamos
la secuencia dos o más acciones en el pasado, o sea, la que ocurrió primero
o la más antigua.
10.2 Escucha la historia que nos cuenta Alex Ubago con su música y
señala la alternativa correcta.
Alex Ubago es un cantautor español de musica pop, nacio en San
Sebastián. Se espera su nueva producción discográfica para octubre del
2012.
a. La chica nunca lo llamaba por teléfono, siempre era él.
b. A el le gustaba que ella lo llamara por teléfono.
c. Ella lo abandonó y ahora lo quiere de vuelta.
d. El chico le pide que atienda el teléfono, que hable con él.
e. Ella lamenta no haberse dado cuenta de que estaba enamorada de él.
f. Él no se arrepiente de nada de lo que pasó, ella es sólamente un
pasatiempo.
10.3 Respuestas
a. La chica nunca lo llamaba por teléfono, siempre era él. Al contrario, ella
lo llamaba pero ahora no lo hace más.
b. A él le gustaba que ella lo llamara por teléfono. No le gustaba, él le
pedía que no lo hiciera
c. Ella lo abandoné y ahora lo quiere de vuelta. Él la abandonó y ahora
que él la quiere de vuelta, ella no lo llama.
d. El chico le pide que atienda el teléfono, que hable con él. Alternativa
correcta.
92
e. Ella lamenta no haberse dado cuenta de que estaba enamorada de él.
Al contrario, él no se dio cuenta y ahora se lamenta.
f. Él no se arrepiente de nada de lo que pasó, ella es sólamente un
pasatiempo. Él está muy arrepentido, pues ella fue un pasatiempo pero
sólo al comienzo, después él se enamoró de ella, pero no se dio cuenta.
10.4 Transcripción
Tema: Me arrepiento
Artista: Alex Ubago
Ya no me llamas por teléfono
Es la señal que todo acabó
Antes lo hacías y siempre era yo
Quien te pedía que no
Desde ese día en que te abandoné
Juraste volverías por mí
Yo no quería y no volviste más
Y hoy te vengo a decir
Si estás, contéstame
Vamos, atiéndeme
Yo sé que he sido un tonto
Y que de ti me enamoré
Y yo no lo supe ver
Vuelve, que el tiempo pasa y yo te echo de menos
En este punto te seré sincero
Y dejaré que hable mi corazón
93
Que está latiendo, desesperado por ir a buscarte
Pero es inútil porque se ha hecho tarde
Y me arrepiento de lo que pasó
Cuando empezamos eras para mí
Tan sólo un pasatiempo no más
Así que nunca te consideré
Ni te pasé a dejar
Y ahora todo cambió
Quien te llama soy yo
Es que mi cálculo falló
Inversamente no, no te olvidé hasta hoy
Vuelve, que el tiempo pasa y yo te echo de menos
En este punto te seré sincero
Y dejaré que hable mi corazón
Que está latiendo, desesperado por ir a buscarte
Pero es inútil porque se ha hecho tarde
Y me arrepiento de lo que pasó.
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