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Around the world, around the world, around the world, cantam os vocais robóticos de Daft Punk. A frase também aparece como título de músicas de Christina Aguilera, Red Hot Chili Peppers e do DJ Bob Sinclair. O que esses músicos têm em comum, além disso? Nada - que nós saibamos. Mas, como a gente, eles concordam que viajar em busca de destinos diferentes é um dos maiores prazeres da vida.
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MEIA-CALÇAfurada
#5 - aROUND THE WORLD
EQUIPE MEIA-CALÇA FURADA
Marina Teixeira
PRISCILA NUNES clarissa wolff
alice silveiro
cristina fragata
MATHEUS CHUCRI
Q
Priscila Leal
priscila nunes
CARTA DAS EDITORAS
Around the world, around the world, around the world, cantam os vocais robóticos de Daft Punk. A frase também aparece como título de músicas de Christina Aguilera, Red Hot Chili Peppers e do DJ Bob Sinclair. O que esses músicos têm em comum, além disso? Nada - que nós saibamos. Mas, como a gente, eles concordam que viajar em busca de destinos diferentes é um dos maiores prazeres da vida. Sim, a Meia-Calça Furada voltou das férias falando de... viagem. Nos perdoem o clichê, mas o assunto é inevitá-vel. Temos dicas do que não fazer no exterior, além de fotos da Eurotrip da Priscila. A nossa colaboradora Alice Silveiro conta todas as vantagens de se aventurar num intercâmbio (italianos! Franceses! Suiços!), e Clarissa Wolff fala sobre mudar de cidade e morar sozinha. Já Cristina Fragata nos mostra um pouco do street style pelo mundo, incluindo indianas que incorporam as tradições e se mantém na moda.Mas calma, como boas gaúchas que somos, garantimos que Porto Alegre não foi renegada. Nós montamos vários programinhas para que você descubra os prazeres escondidos pela nossa querida capital. E no editorial de moda, fotografamos a musa Gabriela Marques em pontos turísticos da cidade.Esperamos que goste!
#5 - AROUND THE WORLD
Marina e Priscila
EXPEDIENTE o
o
Editoras-chefes(também conhecidas como meninas más)
Marina Teixeira(marina@meiacalcafurada.com)
Priscila Leal(priscila@meiacalcafurada.com)
Colaboradores dessa ediçãoAlice Silveiro, Clarissa Wolff, Cristina
Fragata, Priscila Nunes, Matheus Chucri
Design gráfico, diagramação e finalização
Marina Teixeira
FotografiaPriscila Leal
Gerente de mídias sociais(lobinha)
Clarissa Wolff
Para falar com a gente, manda e-mail para
comercial@meiacalcafurada.com
A edição não foi o suficente? Nos segue em
twitter.com/meiacalcafurada e curte nossa página facebook.com/
revistameiacalcafuradaclarissa wolff
alice silveiro
cristina fragata
Q
5 ColunaMesa para um, por Matheus Chucri
6 MúsicaPlaylist da Meia-Calça Furada
7 PrincipalO que não fazer na sua Eurotrip
13 Editorial de modaPorto Alegre é que tem
21 ModaModa sem passaporte
23 ColunaThe Perks of Living in São Paulo, por Clarissa Wolff
25 No arO jogo de xadrez de House of Cards
26 ColunaO lado mulherzinha do sexo masculino, por Priscila Nunes
27 ComportamentoRedescobrindo Porto Alegre
29 ColunaEstudar no exterior, por Alice Silveiro
31 O que rolou na nossa fan pagefacebook.com/revistameiacalcafurada
SUMÁRIOQ
MCF o
o
Viajar sozinho é, provavelmente, a maior ex-pressão de independência para uma pessoa e, ao mesmo tempo, o maior teste para a sua sociabilidade. O maior desafio será en-carar as dificuldades de chegar sozinho em
um lugar desconhecido e o ser capaz de se comunicar, do zero, com pessoas completamente desconhecidas. Soa um pouco como primeiro dia em um colégio novo, não?De fato, as situações são semelhantes, mas ao contrário da escola, você está em um lugar excitante, possivelmente com uma cultura completamente desconhecida e, o melhor de tudo, você pode ser você mesmo sem o receio de ter que encontrar as mesmas pessoas para sempre, caso sua per-sonalidade não agrade. Mas não se preocupem, porque as chances de isso acontecer são mínimas e vocês podem se-guir as dicas de ouro para não ficarem forever alone:
Comunicação: Não, ter uma segunda língua não é neces-sário porque você vai beijar um milhão de pessoas, mas te ajudará nisso, pode ter certeza! A chave para viajar sozinho é se comunicar bem. Portanto, saber falar alguma língua bastante conhecida (basicamente, inglês) vai te ajudar mui-to na hora de conversar com os outros.
Hospedagem: Fique em um hostel! Isso mesmo, se for via-jar sozinho, dê preferência para se hospedar em um hostel
(que seja bem recomendado!), onde você vai encontrar pes-soas que, assim como você, também estão viajando sozi-nhas ou estão na vibe de conhecer gente nova. Se possível, deixe as frescuras de lado e fique em um quarto-dormitó-rio, pois assim é mais fácil de puxar assunto.
Tecnologia: Estando sozinhas, muitas pessoas usam a tec-nologia para evitar parecer que estão solitárias, mas isso é o pior que pode acontecer, porque passa a ideia para os outros de que você não está querendo papo. Esqueçam o celular, o WhatsApp e a sua vida anterior etc.
Atividades: Procure fazer atividades durante a viagem que favoreçam a relação entre os participantes.
Extroversão: Evite deixar a timidez te controlar, se você for esse tipo de pessoa normalmente. Não deixe de tentar pu-xar papo com as pessoas por timidez e ponha na cabeça que você nunca mais irá vê-las se elas forem babacas com você!
Se nenhuma das dicas de ouro funcionar, tem uma últi-ma dica mágica que se resume em uma só palavra: álcool! (Meia-Calça Furada adverte: apenas se você for maior de idade, amorzinho.)
Bon voyage!
Mesa para umSe você é uma daquelas pessoas que nunca pensaram na possibilidade ou que tem receio ou preconceito em viajar sozi-nho, além de meio boring, você precisa desesperadamente rever seus conceitos.
COLUNAPor Matheus Chucri
Q
5
Preparamos uma listinha amiga do que anda tocando nos iPods da equipe ultimamente. Nossa humilde opinião sobre o que é música boa.
Playlist MCF
Shake it Out e Kiss With a Fist - Florence + the Machine: A Priscila não pode evitar por duas da Florence, que tem sido a musa dela nos últimos tempos. “Escuto o tempo todo e não canso da força que a diva carrega nos vocais”, admite com orgulho.
No Church in the Wild - Kanye West & Jay-Z: Apesar do Kanye andar #chatiado porque o Jay-Z colaborou com o Justin Timberlake (isso deve ser uma espécie de traíção grave no meio musical), essa faixa de Watch the Trone é genial. Apareceu recentemente no trailer de O Gran-de Gatsby, que está na nossa listinha de estreias mais aguardadas de 2013.
I Will Survive - CAKE: a banda de rock alternativo transformou esse clássico da disco music num cover sexy e totalmente inusitado. Vale a pena marcar algumas estrelinhas no iTunes.
Cola - Lana del Rey: Quem não quer ter uma pussy com gosto de Pepsi? A música é boa para escutar na cama (e esqueça aquele remix com os vocais da Valesca Popozuda, por favor).
Black - Pearl Jam: Não é novidade para ninguém, mas volta e meia o shuffle toca e a gente se apaixona de novo. A música é mágica em todos os âmbitos que uma música pode ser: letra, arranjo musical e a emoção do Eddie Vedder, que não tem como não sentir. Ideal para ouvir no carro e pôr o pé lá no fundo do acelerador. Só cuidado para não se machucar.
505 - Arctic Monkeys: “Eu tenho uma amiga que quer casar com o Alex Turner, e um amigo que viraria gay por ele (his words, not mine)”, diz a Pri. É que o Alex é mesmo irresistível, né?
MÚSICA
Q
Q PRINCIPAL
O QUE NÃO FAZER NA SUA EUROTRIPZ Texto por Priscila Leal
Nessas férias, realizei o sonho de muita gente viajando por lugares incrí-veis em todos os cantos da Europa. Eu até teria dicas sérias para dar sobre o que evitar, passagens de trem e blablablá, mas acho muito mais válido contar experiências realmente únicas e bizarras que acabaram tornando essa viagem melhor. Fica a critério de você evitar, ou não,
quando chegar a sua hora de pendurar o mochilão nas costas.
MILÃO
“Fuja dos Africanos”
Foi o que meu querido pai falou para o grupo ainda no Brasil. E foi exatamente a pri-meira coisa a ser descumprida no nosso primeiro destino. Cheias de malas com tudo de valor que tinhamos levado, subimos as escadarias do metrô que nos deixaram de cara com a Duomo di Milano. Não dava para não tirar uma foto. Saquei a câmera da mochi-la e logo começaram a acumular imigrantes a nossa volta puxando assunto e botando puseirinhas coloridas “de graça” nos nossos pulsos. Depois de ceder, é claro, tivemos de colaborar com as necessidades de seus devidos países. Mas evitamos eles em todas as outras paradas.
INNSBRUCK
Como não perder os dedos
Innsbruck está entre as dez cidades mais bonitas do mundo. Eu só descobri isso depois da viagem, mas não tive a menor dúvida de que era verdade quando me falaram. Sim-ples assim: uma cidade pequena cercada de montanhas, onde nas temporadas de neve se esquia e nas de sol se escala. Uma cidade em que da rua principal os olhos brilham encantados com a grandiosidade dos alpes. A única coisa que ninguém especifícou foi a temperatura - ou falta dela - que encontraríamos ao pegar dois bondes e chegar no pico mais alto: -20°C de dedos dos pés e das mãos congelados, pontas de narizes quase perdi-das e bochechas com queimaduras de terceiro grau. OK, um pouco exagerado, mas quer uma dica amiga? Esteja preparado para, no mínimo, tomar um belo tombo tentando voltar rápido para um abrigo.
PRAGA
Não mande alguém pedir informações no seu lugar, se não quiser acabar com um pa-cote de maconha
Estávamos nós, bem belas, na maravilhosa cidade medieval, cambaleando por um bar qualquer quando nos deparamos com um conhecido, quase irreconhecível pela quanti-
Z Texto por Priscila Leal
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dade de cabelos e barba que já formavam uma unidade. Foi ele quem nos achou. Saímos todos juntos do bar a procura de uma festa. Caminhamos e caminhamos por ruelas muito parecidas umas com as outras. Por causa da neve intensa que caía, a melhor opção era pedir informação. “Pede tu, tu é homem”, utilizamos nós o lado bom do machismo. E ele foi. E voltou com um pacote fechado na mão dizendo “Olha só, consegui maconha!”“Mas e a informação?” “Que informação?”O pacote de maconha não ia apontar o caminho da festa, muito menos nos esquentar. A melhor opção foi entrar na “igreja do pecado”. Mas essa é outra história.
Tenha uma máquina a prova d’água
Não, não tem piscinas envolvidas. É, na verdade, uma história de consequências. Re-pública Tcheca: a moeda é a Corona Tcheca, que é simplesmente MUITO barata. Con-sequentemente, lá se bebe quase de graça. E, talvez também por consequência, o país possui a marca de maior consumo per capita de cerveja do mundo. O resultado você já pode imaginar.
Igreja nada convencional
É importante começar essa dica com um pouco de cultura. De acordo com pesquisas recentes, não há religiões predominantes na República Tcheca. Isso mesmo. A porcen-tagem de ateus no país varia entre 55% e 70%. Isso porque a história do país é marcada por guerras religiosas; passaram praticamente toda a sua existência lutando para definir um único Deus. Está aí o resultado. Agora, me fala: O que se faz com as incontáveis igrejas espalhadas por Praga? Bom, essa em que nós entramos achou uma solução. Bem decadente, mas achou.
BERLIM
Alemães da Colônia são melhores que os da Capital
Essa noite foi sensacional. Nunca vou me lembrar o nome da casa, mas você não vai querer ir lá. Chegamos pela uma da manhã e o clima era de fim de festa de quinze anos. Salão meio vazio, todo mundo bêbado e uns nerds meio esquisitos se achando super sensuais em cima das caixas de som. Além disso, tinha uma galera (sério, umas quarenta pessoas) vestidas de alemães da colônia. E só eu e uma amiga. Completamente sóbrias. Achamos que era uma festa à fantasia, mas logo descobrimos que não, eles realmente ERAM da colônia. Aproveitamos igual. Dançamos com a colonada, tentamos aprender a fazer aquele penteado impossível e vimos gurias de vestido bolo fofo se esfregando em caras de suspensórios e bermudinhas no meio da coxa. Na foto ao lado eu não resisti quando vi um chapéu típico e um colete de veludo em cima de uma cadeira. Tirei a foto, mas o dono, furioso, saiu junto comigo tentando pegar seus pertences de volta.
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LONDRES
Nunca use sapatilha se tiver um louco na sala
A minha amiga Carolina Segalla ouviu a vida inteira que seus pés pareciam bisnagas. Eles são fofinhos e gordinhos com os dedos curtos. Mas um dia esses lindos pés resol-veram se exibir de sapatilha, e viraram objeto de fetiche. Um polonês de quarenta anos resolveu usar a chill out room, uma sala só para hóspedes, em que nós estávamos. O problema é que ele era tarado por pés e ficou babando em cima da Carol, reverenciando as bisnagas dela. Chegou a tentar levar ela para fora do prédio depois de perguntar “Pos-so…? Tu sabe...”. Ela não sabia, na verdade, se ele queria beijar, lamber ou arrancar os pés dela e levar para o seu covil polonês. Quando eu resolvi interferir, a reação dele foi “ros-nar” para mim. Sério, que nem um cachorro. Assim que achamos uma brecha, corremos para o quarto e nos trancamos lá. Agora já passou, mas ela não usa sapatilhas até hoje.
PARIS
Franceses não conhecem desodorante
Eu achava mesmo que era mito, mas essa experiência me provou o contrário. Peguei algumas coisas para experimentar quando cheguei na Zara da Champs Elysée. Entrei no provador e comecei a provar tudo o que podia. Daqui a pouco comecei a sentir um chei-ro horrível, super forte. Minha primeira reação foi cherar os braços. Mas não parecia ser meu. Botei a cabeça para fora do provador e quase vomitei com o cheiro insuportável, extremamente forte, como nunca tinha sentido na vida. Me vesti correndo, saí da loja e não olhei para trás.
Cuidado com as mulheres sem blusa
Eu vi pela primeira vez numa boate ao lado do Moulin Rouge. Uma guria simplesmente tirou a blusa e começou a girar acima da cabeça. Ninguém deu bola. Achei genial e resol-vi tirar uma foto com ela. Fui para seu lado e sorri para a câmera. Ela me abraçou e ten-tou me beijar. Mas o pior nem foi isso, foi que ela também não conhecia desodorante. Vi a mesma cena em Barcelona, mas não cometi o mesmo erro, fiquei bem longe dessa vez.
BARCELONA
Se prometerem comida de graça é porque sobrou do presídio
Tá aí uma coisa que a minha mãe já dizia: “De graça, até injeção na testa”. In fact, injeção na testa custa bem caro e se chama botox, mas isso não vem ao caso. Nós tentamos comer o que o nosso hostel oferecia: todas as refeições de graça! O café da manhã era bom, não
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dá para reclamar, mas almoço e janta… aguentamos por dois dias as massas grudentas e sopas de vegetais, cogumelos e legumes que tinham o mesmo gosto: sal, muito sal.
Só se faz xixi na rua no Carnaval do Brasil
Em qualquer outro lugar, isso pode ser motivo de prisão. Eu e as minhas amigas encon-tramos em um bar o primo de uma delas e seus respectivos amigos. Bebemos bastante cerveja e o resultado disso foi todo mundo apertado à caminho da festa. Só que um deles não aguentou e resolveu se aliviar ali mesmo, no meio da rua. Bem na hora em que a polícia estava passando. Claro, ele foi abordado. A minha surpresa foi que nenhum dos amigos dele quis ficar e ajudar. Isso porque ele já tinha feito a mesma coisa antes, e pior: quase os fez serem expulsos do hostel porque a bricadeira dele foi no-meio-do-corredor!
EDITORIAL DE MODA
pORTO ALEGREÉ QUE TEM
Q
Fotógrafa Priscila LealModelo Gabriela MarquesRoupas Canal
Concreto, asfalto e semáforo. A receita clássica dos editoriais de moda urbana ganhou novas personagens. As modelos não são mais protago-nistas, e as páginas das revistas não são mais as únicas ditando tendên-cias. A moda se tornou mais democrática e, ao surpreender, você pode se tornar a personagem principal de qualquer lugar do mundo. Nem
precisa de passaporte.Tudo começou com o senhor de cabelos brancos que ainda circula sobre duas rodas pelas semanas de moda. Durante 30 anos, acompanhado da sua bicicleta vermelha e da sua Nikon, Bill Cunningham cruzou Nova Iorque em busca de homens e mu-lheres que traduziam a moda das revistas para a linguagem das ruas. Da união do cotidiano com a moda, surgiu o Street Style.Londres, Milão, Paris e Nova Déli. As mais diferentes cidades e culturas nunca esti-veram tão próximas. A um clique de distância, graças às páginas dedicadas ao estilo de rua, é possível conhecer e observar a moda, e a sua relação com a sociedade.
Z Texto por Cristina Fragata
MODA
Moda sem passaporte:o sucesso do street stylepelo mundo
Bill Cunningham fotografado pelo site The Sartorialist.
MODAQ
Moda sem passaporte:o sucesso do street stylepelo mundo
BRASIL
Há alguns anos, havia quem acreditasse não existir o estilo de rua além das fronteiras do eixo Rio-SP. Despojada e cheia de charme, a mulher brasileira mostra no look as particularidades da sua região atreladas às tendências mundiais.
A socialite Heleninha Bordon, fotografada na SPFW pelo fotógrafo Lee Oliveira.
RÚSSIA
Nas terras geladas, as marcas são tratadas como di-vindades. Reflexos da abstinência do luxo durante o regime socialista. Segundo os sites especializados em moda, vestir-se bem na Rússia é simples: quan-to mais famosa a etiqueta, mais próxima do ideal fashion. Outro detalhe crucial no look das russas é o salto alto, não importando o frio, a chuva ou a neve. Para elas, a aparência é tão importante que tem direito ao seu próprio ditado popular: красота требует жертв. A beleza exige sacrifícios.
ÍNDIA
A mulher indiana é considerada uma das mais vai-dosas do mundo e não poupa esforços para expres-sar sua feminilidade através das roupas e acessórios. Antes do casamento, costuma vestir saias longas com túnicas ou vestidos longos. Depois do casa-mento, passa a usar o sari, roupa típica que mede 6 metros e envolve o corpo. Hoje, muitas mulheres estão se adaptando aos costumes ocidentais, usando peças como calças e blusas. O fenômeno fast fashion também já chegou por lá, mas a maioria das india-nas prefere as roupas tradicionais para demonstrar fidelidade à cultura e aos costumes.
Miroslava Duma, ex-editora da
Harper’s Bazaar Russia, levando
sua bolsa Hermès para passear.
Menina flagrada nas ruas.
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1O trânsito: curiosamente, o trânsito são paulino não é tão diferente assim de Porto Alegre, apenas é como se fosse horário do pico o dia inteiro. Em compensação, somos agraciados pelo metrô, pelo qual me apaixonei à primeira vista. O amor continua, mesmo com altos e baixos, como pegar a linha azul ou vermelha em horário de fim de expediente e ser agraciado pelo aroma de corpos suados.
Q COLUNA
The perks of living in
São Paulo
São Paulo é uma metrópole brasileira cheia de tudo que as metrópoles têm, especialmente po-luição para piorar nossa rinite - nada mais chic e cosmopolita do que aquele nariz irritado pelo
ar cheio de impurezas, óbvio.Embora já tenha passado um mês por aqui e várias ou-tras semanas espaçadas, foi só no ano novo que oficial-mente vim de mala e cuia - ou só de mala (e por mala quero dizer duas malas tamanho GG, isso porque fazia pedaços da mudança a cada vez que vinha e pude redu-zir ao máximo o que trazer por último), porque nunca fui gaúcha o suficiente para agregar a cuia à minha ro-tina diária. Por isso, montei essa listinha das vantagens maravilhosas de sair da casa dos pais e desvendar, aos 22 anos, a cidade mais incrível do país.
Ah, a delícia de morar sozinha: toda aquela rebeldia que eu amava quando meus pais viajavam (trangredia todas as regras com coisas absurdas como levar comida pro quarto) pode acontecer o tempo inteiro, a música toca no volume que você qui-ser, e roupas não precisam mais existir (esse item pode variar dependendo do quanto você sente vergonha dos seus vizinhos). A vida sozinha também traz uma série de surpresas: hoje mesmo, por exemplo, encontrei a cozinha alagada porque deixei liga-da a máquina de lavar roupas, que vazou, e o que se sucedeu é mais ou menos como Tom Cruise em Missão Impossível.
Morar perto de tudo: caminhar duas quadras para chegar na Au-gusta ou na avenida Paulista, mais algumas para chegar na Oscar Frei-re, estar a 10 reais de táxi de quase tudo que importa na cidade: shows, peças, livrarias, restaurantes. Pas-sar um pouco de fome pelo aluguel astronômico compensa; no fim das contas, você ainda fica mais magra.
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Por Clarissa Wolff
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E finalmente, como não podia deixar de ser, o cli-ma: ah, o clima de São Paulo é um espelho da própria cidade: bipolar, inexplicável, imprevisível. Em agosto, passei usando shortinhos e regatas e curtindo sol a 30°C, e nesse “verão” do começo de 2013, vivi sob tempestades quase diárias e acordei para encontrar, por exemplo, um dos elevadores do prédio estragados por causa dos relâmpagos da última noite. Para não correr riscos, o look ideal é composto de: vestidinho de verão para a manhã e trench-coat impermeável para quando a chuva cair. Saltos altos exigem também uma redescoberta de seu uso, uma vez que o chão ir-regular torna tudo uma aventura. E nunca, nunca faz frio - o que eles chamam de frio é nosso clima outo-nal, uma delícia completa.
Os encontros casuais com gente famosa pela rua: já almocei na mesa do lado da Cléo Pires, fiz compras ao lado da Thaila Ayala e o Paulinho Vilhena, jantei vendo o Erick Marmo comer, e isso foram só globais com quem não interagi, porque bati um papo no ba-nheiro do Beco com a vocalista do Asteroids Galaxy Tour, tomei uns drinques no Secreto com a galera do MGMT, e troquei ideias com o pessoal do The Drums.
A incrível vida noturna de São Paulo: diferente de Porto Alegre, São Paulo tem uma quantidade absurda de baladas para nichos que a minha cidade natal desconhece. Por exemplo, o indie coxinha, que vai na balada rock para ouvir Lisztomania, tem seu próprio espaço garantido e não precisa invadir o nosso. Quando você trabalha na noite, também acontecem imprevistos que fazem você exercer as funções de DJ/hostess/bartender/fotógrafo, bio do Twitter pra deixar mamãe e papai com orgulho.
As mil opções de coisas para se fa-zer: nas minhas idas e vindas para São Paulo, peguei dois Planetas Ter-ra, um Lollapalooza e agora o segun-do, o último show da Via Funchal e uma quantidade obscena de shows no Cine Jóia; fui a exposições de arte, fui andar de bicicleta em par-ques e fui convidada até mesmo para shows da MC Mayara. A oferta é muita, e quando você quiser ficar em casa (e você vai querer), seu coração vai doer de culpa daquele progra-ma que você está abandonando. Eu, por exemplo, já tive que desistir de shows que tinha ganhado o ingresso! Um ultraje ao meu coração de quase--moça-interiorana.
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S erá um grande ano para nós, a esposa do congressista Francis Underwood garante ao marido numa das primeiras cenas do seriado House of Cards. A promessa se confirma nos episódios seguintes, mas não pelos motivos
que o casal esperava. Quando não é nomeado ao cargo de Secretário de Estado que tanto queria, Underwood é obrigado a traçar novos planos para chegar ao destino desejado - mesmo que para isso precise passar por cima de algumas pessoas. Destruir vidas. E olhando direta-mente para a câmera, garante: não tem problema em li-dar com o desagradável. Afinal, alguém tem que fazer o trabalho sujo. Não se engane, Francis Underwood é o grande vilão da série. Mas isso não quer dizer que você não vai torcer por ele. Assistir aos treze episódios da primeira temporada
é como observar uma partida de xadrez. Washington é o tabuleiro, as personagens secundárias são as peças, e Underwood é o único jogador. Mas você não tem tempo para sentir desprezo, porque, sem perceber, já se tornou cúmplice do congressista. É ele que mantém um diálogo aberto com o expectador, nos explicando seus planos e objetivos, e em certo momento até admite: estou conver-sando com a plateia errada.Porém, o que mais surpreende em House of Cards não é a manipulação ou os jogos de poder, mas a relação entre o casal protagonista. Tanto Francis quanto Claire tem suas próprias ambições, que se cruzam em alguns pontos da história, mas o respeito e a igualdade estão lá, em cada conversa entre os dois, que fazem questão de comparti-lhar tudo. Mais do que um casal, eles são uma equipe. E nos poucos momentos em que esse equilíbrio é balança-
do, os planos desandam e tudo é posto a perder.Por ser livre de índices de audiência tradicionais e ho-rários publicitários, a série, produzida pelo serviço on demand Netflix, teve a sua temporada completa disponi-bilizada num único dia para seus assinantes. Isso causou estranhamento aos americanos, habituados a esperarem pacientemente por um episódio novo a cada semana. Mas o novo formato veio para ficar, e deve revolucionar o modo como o público assiste televisão. Além de House of Cards, estão em produção a série Hemlock Grove e a continuação de Arrested Development.
Elenco: Kevin Spacey, (Francis Underwood) Robin Wright (Claire Underwood), Kate Mara (Zoe Barnes), Corey Stoll (Peter Russo), Michael Kelly. (Doug Stamper) Diretor: David Fincher.
O jogo de xadrez de House of Cards
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Z Texto por Marina Teixeira
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O lado mulherzinhado sexo masculino
Não adianta: mulher, indepen-dentemente da idade, gosta de viver uma história longa de amor. Adora um romance verdadeiro e tudo que envolva
sentimento. Esse é o instinto feminino, cresce-mos com uma boneca nos braços e com os pais falando que não é pra fazer isso e aquilo, sim-plesmente porque somos mulheres. Seguindo com papos de mulherzi-nha: O lado bom da vida, de David O. Russell, é um filme fácil de agradar a ala feminina. A comédia dramática fala sobre um homem que quer reconquistar a ex-esposa. Depois de per-der o emprego, a casa e ficar extremamente abalado, ele passa a regredir e morar com os pais. No meio das turbulências, ele conhece Tiffany e a partir daí os rumos mudam. Não vou contar mais senão perde a graça, mas par-ticularmente gostei bastante da história e das atuações. Não é em vão que Jennifer Lawrence (Tiffany) recebeu o prêmio de melhor atriz no Oscar 2013. Além disso, no evento Spirit Awar-ds, deste ano o filme ganhou estatuetas tam-bém de melhor diretor e roteiro. Mulher acredita em finais felizes e pode passar dias, meses e até anos idealizando--os. Às vezes, os planos sonhados não saem como se almeja, mas isso não é motivo de de-sânimo. Depois de olhar o filme, relembramos que os homens podem sim ser sentimentais e sonhar - como nós, do sexo feminino.
COLUNAPor Priscila Nunes
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Redescobrindo Porto Alegre
É irresistível passar a tarde caminhando pelas ruas parisienses, ter experiências novas em uma cafeteria em Ams-terdam, ou apontar qualquer prato em um menu escrito em tcheco e torcer para que seja bom. Mas quem de nós pode dizer que já se aventurou por Porto Alegre?(E não, cruzar a rua para ir do Iguatemi ao Bourbon Country não conta como aventura.)Ao invés de passear no shopping para ver sempre as mesmas lojas, pegue um dia em que estiver com bastante
tempo livre e saia para redescobrir a cidade. Acorde cedo, chame uns amigos e prepare a térmica e o mate. Com a ajuda do roteiro que nós preparamos, é bem capaz de você sair cantando por aí “Porto Alegre é que teeem, um jeito legaaal”...
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JARDIM BOTÂNICOO Jardim Botânico de Porto Alegre é um dos cinco maiores do Brasil. Com uma toalha xadrez, macarons coloridos e um pouco de imaginação, o clima está pronto para você virar Maria Antonieta no jardim de Versalhes (sem a parte da guilhotina, claro). Endereço: Avenida Padre Cacique, 2000 - Praia de Belas.
MUSEU IBERÊ CAMARGOQuando estava em construção, muitos criticaram a obra do arquiteto português Álvaro Siza, argumentan-do que o prédio parecia uma caixa branca sem vida. No entanto, bastou estrear para o museu virar uma das atrações preferidas dos moradores da cidade. Com janelas em pontos estrategicamente calculados para mostrar o cenário ao redor, não existe nada melhor do que admirar as obras de arte e depois tomar um café no Press, observando o sol se pôr atrás do Lago Guaíba. Endereço: Avenida Padre Cacique, 2000 - Praia de Belas.
CASA DE CULTURA MÁRIO QUINTANAPassar uma tarde no antigo Hotel Majestic, tão querido pelo poeta Mário Quintana, , pode ser uma sur-presa agradável. Nos finais de semana, o edifício rosado enche de pessoas, que se espalham entre exposi-ções artísticas, oficinas e pelo modesto jardim ao ar livre. Uma boa pedida é comer algo no restaurante do último andar, com música ao vivo e a vista da cidade para encantar os olhos.Endereço: Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico
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COLUNAPor Alice Silveiro Fo
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Estudar no exterior (Studying abroad. Etudier à l’étranger)
Uma coisa que eu realmente gosto é viajar. Eu gosto do novo, do desco-nhecido, do diferente, do ainda mis-terioso. Aquela sensação de medo, mas um medo gostoso, de chegar
em um lugar sem conhecer ninguém, às vezes sem saber a língua falada, e ter que desvendar tudo. Cada passo é uma descoberta, cada descoberta uma nova sensação, cada sensação uma lembran-ça. É por isso que eu adoro intercâmbios. Hoje em dia o mundo se globalizou, e falar mais de um idioma se tornou algo quase essencial em grande parte do mercado de trabalho. Negócios internacionais já não são mais uma tarefa exclusi-va para diplomatas e grandes empresários. Tendo isso em vista, fazer intercâmbios se tornou algo extremamente popular. Mas seria essa “obrigação” de aprender outro idioma algo tão penoso? Não vamos exagerar. Do limão, uma limonada.Há vários pontos positivos em fazer um intercâm-bio, não importa para qual país você queira ir: 1) Seu currículo fica mais rico; 2) Sua chance de conseguir um bom trabalho com um maior salá-rio aumenta; 3) Você amadurece. OK, você pode estar pensando “não ligo pra isso”, ou “eu já te-nho trabalho garantido”, ou ainda “não estou nem aí para meu futuro profissional” e “já sou maduro suficiente”, mas espere que eu ainda não falei da melhor parte!Nunca gostei de rotinas. Sou uma pessoa que odeia
fazer sempre as mesmas coisas, ir aos mesmos lu-gares e ver os mesmo rostos. Estudando no exte-rior você entra num universo totalmente diferente, com diferentes tipos de festas, bares, e melhor: di-ferentes tipos de homens/mulheres! Para aqueles que não aguentam mais os mesmos malas de suas respectivas cidades, que tal ficar all night long com um muso californiano? Ou, quem sabe, ter uma conversazione com um charmoso italiano? Não? Hmm, quem sabe então você não prefere a sofisti-cação dos franceses, oui? Na minha opinião, nin-guém bate a beleza do povo suíço!Claro que tudo na vida tem prós e contras, e esse não seria um caso diferente. Studing abroad tam-bém tem seus pontos negativos: custa caro, se você tiver um namorado pode ser o fim do relaciona-mento (ou ao menos o motivo de muita dor de ca-beça), e você precisa ficar longe de seus melhores amigos e família. Para o primeiro ponto negativo não há muita so-lução: ou você trabalha duro para conseguir finan-ciar a trip, ou precisa pedir uma “bolsa família” para seus pais/avós/tios/papa, ou ainda há a op-ção de trabalhar no exterior. Há diversos lugares, como a Austrália e a Irlanda, que você consegue conciliar trabalho com estudo. Muitas vezes o di-nheiro que você ganha é o suficiente para bancar a viagem e ainda fazer umas comprinhas e visitar as proximidades. Neste caso eu recomento não optar pelos Estados Unidos, onde eles têm políticas ri-
gorosas de trabalho para estrangeiros.Quanto ao segundo problema, é mais simples: se a relação já está consolidada e o amor é maior que o infinito, é melhor optar pelo ciúme inevitável e enfrentar um relacionamento à distância. Se o namoro está no início, desculpe, mas é provável que ele acabe. Nesse caso, é preciso pesar qual é a melhor solução para você. Por outro lado, se o namoro está abalado, aí está uma fantástica des-culpa para acabar de vez com o Mala e aproveitar o máximo sua viagem, conhecer novos gatos e fazer muita festa.Por fim, em relação à última desvantagem, dis-tância dos amigos e família, graças ao Deus da tecnologia hoje temos smart phones e Skype para amenizar a saudade e ficar por dentro das fofocas. A distância dos entes queridos às vezes te faz uma pessoa mais forte, te possibilita se abrir a novas amizades e pode até mesmo fortalecer laços an-tigos. Muitas vezes, apenas estando longe de al-gumas pessoas que você realmente percebe a falta que elas fazem. De qualquer forma, a viagem é por tempo limitado, então não faça bico e corte o cor-dão umbilical!Se você tiver a oportunidade de estudar fora, não a jogue no lixo. É uma decisão difícil de ser tomada, mas os benefícios que ela trará são imensuráveis, e você ainda volta cheia de novidades para contar (e às vezes até com um namorado novo)! Vai ficar aí parado?
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Q O QUE ROLOU NA NOSSA FAN PAGE
chace crawford servindo de modelo (não pra gente, infelizmente).
novo filme da sofia coppola com emma watson.
natalie portman para dior.
facebook.ccom/revistameiacalcafurada
fRASES DE MARILYN.
O ESTILO DAS MODELOS DA VICTORIA’S SECRET
MARION SEM MAQUIAGEM.
MEIA-CALÇA
furada
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