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Por Guilherme ZanetteFotos Paulo Shibukawa

No escapulário, quatro cachorros desenhados. Eles são a grande paixão de Duda Ferreira,jovem empresária do mundo da moda, mas que já acumula quase 20 anos de experiênciano ramo. “Amo meus cachorros. Eles são meu hobbie.” Quem tem a oportunidade de

conversar com ela descobre uma mulher sofisticadamente simples, simpática, agitada, divertidae com um tino afiado para os negócios, herdado do pai Amaury Júnior. Aliás, ela diz, com grandeadmiração, que a característica mais parecida com ele é o jeito despachado. “Eu não tenhovergonha, acho que é isso. Todo mundo fala que eu sou ele de saia”, acrescentando que tambémherdou dele a determinação e o trabalho. “Eu acordo cedo e vou dormir à uma da manhã. Eu soumuito agitada e ele é assim também”, conta a empresária, natural de São José do Rio Preto, masque viveu uma infância cheia de brincadeiras de rua — e que deixou bastante saudade, segundoela — em São Paulo (mudou-se para a capital a partir do primeiro ano de vida).

Toda essa agitação fez com que seu reconhecimento no ramo da moda fosse crescendo. Há 10anos, a empresária criou o showroom Casa Moda, hoje Salão Casa Moda, única feira especializadano mercado de luxo e o maior showroom voltado para o atacado do Brasil, acontecendo quatrovezes por ano no Hotel Unique. O Casa Moda foi responsável por lançar, no mercado, marcasimportantes como Neon, Juliana Jabour, Marcelo Quadros e outros.

Mas essa paixão pela “moda” começou desde muito cedo. (Moda entre aspas, porque aempresária é categórica: “Eu nem sou apaixonada por roupa, por essas coisas. Sou, sim,apaixonada pelo negócio da moda”.) Mesmo sendo filha de um dos maiores empresários dopaís, já aos 18 anos, Duda começou a trabalhar. “Minha mãe tinha uma loja, junto com amulher do Ciro Batelli, chamada Tradition, e elas traziam coisas de época”. Duda voltava daescola e ficava na loja para ajudar a mãe. “Acabou que eu fui pegando o negócio. E o espaçofoi virando uma loja de acessórios, de bijuterias e todo mundo me conheceu por conta disso”,lembra a empresária.

Foi nesse período que conheceu seu ex-marido e sócio, Alexandre Cerqueira, que já trabalhavacom moda em Recife. Formou-se em Jornalismo, mas o negócio da moda já estava em suasveias e foi se encaminhando. “Conheci o Alexandre e casei com ele. Então, acabou que fuilevada. E o negócio continua dando certo. Eu amo essas feiras, amo esses negócios. Gosto detelevisão também, acho legal, mas não sei... eu me achei nisso”, conta. Mas, de acordo comela, ter feito Jornalismo colaborou muito com o trabalho da empresária. “O Jornalismo te dádesenvoltura para você conversar, falar, escrever. Eu aprendi a escrever muito bem e isso meajuda nos meus negócios.”

Em 2000, Alexandre e Duda criaram o showroom Casa Moda com três marcas (Jefferson Kulig,Karina Kulig e a mãe) e, em pouco tempo, conseguiram lançar mais algumas. “No começo,

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Se você tivesse 18 anos e fosse filha do Amaury Junior, o que você imaginaria fazer?Viajar? Passear com o cartão de crédito pelo shopping? Ou de repente os doisjuntos? Pois é, Duda Ferreira escolheu trabalhar e faz isso até hoje. Conheça essamulher de natureza espontânea, que dorme poucas horas por dia e pensa em trabalhoo tempo todo, mas que ainda conserva o jeito de menina e o vigor do primeiro dia

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Duda Ferreira

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