Módulo serviço – apostila 2

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• O encontro 2 do Ministério de Intercessão visa aprofundar o intercessor no carisma para o qual o Senhor o chama; para isso será visto em profundidade o caminho de Jesus, único intercessor diante de Deus, que se ofereceu por cada um de nós em expiação de nossos pecados.

• Temas: a intercessão profética; a batalha espiritual; as bases ou uma sugestão de sequência de intercessão e atitudes ao assumir a cruz na intercessão.

Vemos em toda a história da Salvação, Deus sempre suscitando intercessores (aqueles que se colocam na brecha) para que se detivessem entre o povo pecador e recalcitrante e a Santidade de Deus.

Assim narra o CIC sobre a intercessão: “Interceder é pedir, suplicar em favor de outro. Desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus”(CIC 2635).

Com Abraão, pai da fé, vemos Deus antecipando (intercessão profética) seus planos quanto a sua decisão pela destruição de Sodoma e Gomorra, face ás práticas pecaminosas e idólatras do povo. Assim Abraão intercede a Deus com uma intercessão de saturação, orando incessantemente pelos justos que ainda pudesse haver na cidade (Gn 18, 16ss).

No AT o intercessor podia ser um Sacerdote, Profeta e/ou Rei, que era ungido por Deus para cumprir sua missão (Ex 35,31; Dt 34,9-10). Os intercessores no AT ao serem ungidos podiam permanecer na presença de Deus e oferecer sacrifícios pelo povo, o que não era facultado a esse.

Deus sempre buscava intercessores que interviessem pelos erros cometidos pelo povo que se desviava dEle, pela idolatria, impiedade, iniquidade.

Rei Salomão na dedicação do Templo de Jerusalém;

Profeta Neemias, mediante as dificuldades e obstáculos em reconstruir as muralhas da cidade e suas portas que haviam sido incendiadas;

Intercessão de sustentação e concórdia no tempo da rainha Ester.

Porém, Deus vai revelando por meio dos profetas eu enviaria um Intercessor maior e único que seria o Salvador de toda a humanidade, aquele que repararia a brecha causada pelo pecado original definitivamente (Is 58,12).

Então, na plenitude dos tempos, Deus envia Jesus Cristo para nos salvar (Jo 3, 16-17).

A intercessão é um ministério/mistério de amor, compaixão e misericórdia pelas necessidades do povo e Jesus expressou isso por todos os que a Ele recorriam.

Durante a vida pública de Jesus, vemos que sua autoridade espiritual revelava a intimidade e unidade dele com o Pai e o Espírito Santo (Lc 3, 21-22; Jo 14,9-17).

Todos os que a Ele recorriam, suplicando por cura e libertação, apresentavam uma fé carismática e alcançavam não só a cura e libertação, como a graça maior: a Salvação da alma!

Encontramos as maiores expressões fé narradas no Evangelho, em pessoas que estavam intercedendo: o servo do centurião (Lc 7,1-10); fé manifestada por uma pagã (Mt 15, 21-28); cura de um paralítico (Lc 5,17-26).

Após Pentecostes começando por Estêvão, Pedro e Paulo, vemos a intercessão da Igreja nascente que orava pelas necessidades e realidades que iam surgindo (lTm2,1-2).

Encontramos na Eucaristia a comunhão perfeita com a Santíssima Trindade e com a comunidade de fiéis. Por essa comunhão perfeita, é que na missa encontramos a maior intercessão, pois é a Igreja Universal, Corpo Místico de Cristo, unida repetindo o sacrifício da cruz de Jesus Cristo!

Na Santa Missa o intercessor encontra-se com o único e definitivo Intercessor: Jesus Cristo, e unido, constituído num só corpo como Igreja, participa do memorial da páscoa de Cristo.

Pelo Batismo Sacramental nos tornamos filhos adotivos de Deus e participamos do mesmo múnus Sacerdotal, Profético e Real de Jesus Cristo. Por isso somos também intercessores.

Para cumprirmos o mandato de Jesus, ele derrama sobre nós seu Espírito Santo, condição precípua para a missão que nos capacita e nos une a Ele.

Nós precisamos pedir a todo momento o BES, pois é o Espírito Santo que ora e intercede por nós e em nós, pois é Ele quem sabe das nossas reais necessidades individuais e de toda a humanidade.

Portanto o intercessor deve pela oração pessoal, vida sacramental e vivência da Palavra de Deus, buscar ter cada vez mais, intimidade com a Santíssima Trindade que já habita nele e assim crescer no ministério e na busca da santidade.

O intercessor roga ao Pai em nome de Jesus Cristo no poder e pela ação do Espírito Santo.

Jesus é a fonte de misericórdia do Pai para cada um de nós.

Aproximemo-nos, pois com toda a segurança do trono da graça a fim de obter misericórdia e alcançar graça, para ser auxiliados a seu tempo (Hb 2,17; 4,16).

Hb 9, 13-14. Jesus Cristo é a manifestação de Deu entre

nós. Em Jesus o amor de Deus tornou-se acessível a nós.

Através da Cruz de Jesus, vemos o amor do Pai por nós. Vemos o Coração de Jesus como lugar onde o sofrimento por amor reconcilia a humanidade com Deus, vencendo o pecado.

Durante toda a sua vida, Jesus intercedeu pelos outros. Viveu orando, morreu orando e ascendeu aos céus orando. É o nosso verdadeiro modelo de intercessor. Ele intercedeu com a vida.

Justificados pelo Sangue; Redimidos pelo Sangue; Lavados pelo Sangue; Vitória pelo Sangue; Clamando pelo poder do Sangue de

Jesus;

Jesus Ressuscitado traz em si toda a compaixão e fidelidade do transbordante amor do Pai. Temos acesso as suas chagas gloriosas e todos os que quiserem e se achegar a Ele poderão vir e beber das águas da Salvação.

Na Nova Aliança, a principal batalha que travamos diariamente, não é contra homens de carne e sangue, mas contra os principados e potestades (Ef 6,12).

Numa batalha é necessário termos estratégias e táticas para obtermos a vitória. Numa batalha espiritual precisamos conhecer as forças e fraquezas de ambos os lados, é imperativo que conheçamos a força de nosso Senhor e Rei Jesus Cristo e as fraquezas e ciladas que o inimigo arma.

Quando entramos numa batalha espiritual clamamos pelo nosso General, Jesus Cristo, que pela ação do ES nos dará as táticas e estratégias para a vitória como exército seu.

Deus só dá as bênçãos e nos faz intercessores quando estamos sob Senhorio.

As forças das trevas não são nem onipotentes, nem oniscientes, nem onipresentes. Por isso, não podem ser a causa de todos os problemas cristãos.

Jesus está intercedendo por nós diante do Pai, enquanto o inimigo nos acusa, procurando cristãos ressentidos, magoados e cheios de críticas e de acusações para usá-los contra o trabalho de Deus. Assim o inimigo controla o poder da fala e da palavra, que é o maior poder do universo. A coisa mais poderosa deste mundo é a palavra. Por isso, a Palavra de Deus não passa.

1.1 Palavras de intercessão:a) libertam e abençoam;b) Realizam as promessas;c) Concordam com a intercessão de Jesus;d) Levantam, dão força;e) Unem, fortalecem;f) Levam ao louvor e á adoração.

1.2 Palavras de acusação:a)Prendem as pessoas;b)Roubam as promessas;c)Concordam com o Maligno;d)Destroem;e)Dividem e enfraquecem;f)Levam à malignidade e feitiçaria.

A maior fonte de conhecimento do poder e Deus está na Palavra, por isso o intercessor precisa conhecê-la e vivê-la para estar pronto para a batalha espiritual.

Mantenha o foco da sua atenção na suprema autoridade do senhor Jesus Cristo como General e Senhor dos Exércitos.

Veja o inimigo à luz da grandeza de Deus, da vitória de Jesus sobre ele na cruz, e de sua última derrota.

Certifique-se de que não há pecado sem arrependimento em sua vida, pois caminhar à luz de Jesus é uma poderosa proteção contra o inimigo.

Peça o derramamento do Espírito Santo, permitindo que Ele se manifeste da maneira que quiser e seja obediente à Sua moção.

• Exercite o louvor e a adoração:O louvor tem o poder de neutralizar o

ataque demoníaco sobre o povo de Deus, pois, onde está o louvor e a adoração, Deus está no trono de Rei e nem a carne, nem o demônio podem realizar seus desígnios.

Humilhe-se diante de Deus:Precisamos declarar que a nossa única

força está em Deus. O caráter do inimigo é o orgulho e nós o vencemos com a humildade, pois ele não a conhece. Tenhamos cuidado com o orgulho espiritual, principalmente quando o Senhor cura através de nossas intercessões.

Como exército de Deus, não podemos ir para a batalha sem a proteção divina, contudo o que nos protege não são “fórmulas de oração”, mas atitudes de fé. Não adianta decorar o trecho, sem se sentir revestido com atitudes de vida, para que se torne uma arma de defesa e também de ataque.

Cinturão da verdade: ter sentimentos verdadeiros e não falsos;

Couraça da justiça: ter como meta fazer a vontade de Deus em tudo;

Calçado do ardor missionário: deixar brotar em seu coração um profundo amor pela proclamação da Palavra;

O escudo da fé: para os dardos inflamados do maligno não o atingirem;

O capacete da salvação: para purificar nossa mente de pensamentos de pecado para que a Salvação conquistada por Jesus dissipe as trevas e as tentações;

A Palavra de Deus como espada do Espírito: nesta Palavra podemos confiar e assim interceder. Ela aniquila tudo o que não procede de Deus.

Assim como os israelitas colocaram o sangue de um cordeiro sem mancha nos umbrais de suas portas, nós colocamos o Sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus, em mácula, sobre nossas mentes, nossos corações, nossas almas, casas, familiares, comunidades.

Jo 14, 12-14 O nome do Senhor designa a sua

soberania divina. Confessar ou invocar Jesus como Senhor é crer na sua divindade, é crer que Ele é o Messias que veio cumprir a grande promessa de Deus Pai.

Orar em nome de Jesus não é “fórmula”, mas quando o intercessor adquire uma comunhão profunda com o Senhor pode então ser movido pelo Espírito Santo para interceder.