NASF : Clínica Ampliada e Apoio Matricial na...

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NASF : Clínica Ampliada e

Apoio Matricial na AB

NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da Família

Agravos/problemas de Saúde

Quais os principais agravos e problemas

de saúde do seu território?

Quais são seus determinantes?

Determinantes da saúde

Determinantes da saúde: alguns são biológicos ou estão sob

maior controle do indivíduo (ex: certas condutas individuais);

outros, de abrangência coletiva, são dependentes das

condições políticas, econômicas, sociais, culturais e

ambientais existentes, assim como de políticas públicas de

saúde e extra setoriais para enfrentá-los.

Para alcançar saúde é necessário atuar sobre o universo

dos determinantes da saúde (pessoais e não-pessoais);

La enfermedad y la muerte diaria nos enojan. No es porque haya tanta ente que se enferma o que

haya gente que se muere. Estamos enojados porque muchas enfermedades y muertes tienen sus raíces en las políticas económicas y sociales

que se nos imponen.”(Una voz desde Centroamérica in Declaração pela Saúde dos

Povos)

Processo saúde-doença

Fonte: Modelo Conceitual para a CSDH

Clínica Tradicional

● Foco na doença;

● Saber/fazer uniprofissional; (Médico)

● Cuidado orientado pela queixa-conduta;

● Centralidade nas tecnologias duras;

● Corpo biológico como objeto da intervenção;

● Ênfase nos determinantes biológicos;

● Prescrições medicalizantes.

Que modelo de atenção temos atualmente nas USF?

Modelo assistencial médico-privatista Proposta da ESF

Doença Saúde Ampliada

Medicina curativa Promoção, Prevenção e Recuperação da saúde

Saber e poder médico Saber e poder da equipe e da comunidade

Não humanizado Humanizado

Indivíduo como objeto da ação Indivíduo como sujeito integrado à família e comunidade

Desvinculação dos profissionais de saúde e comunidade

Estabelecimento de vínculos entre profissionais de saúde e comunidade

Comunidade afastada do processo de decisão dos serviços de saúde

co-responsabilidade

Hospitalocêntrico Sistema hierarquizado, tendo a atenção básica como eixo estruturante do modelo de atenção

Demanda espontânea e ocasional Oferta organizada

Baixa capacidade de resolução dos problemas Otimização da capacidade de resolução dos problemas

Limitação da ação setorial Ação intersetorial

[…] mesmo sem que se perceba, com o desenvolvimento do trabalho em saúde, com os saberes postos em ação, como uso de determinados instrumentos e tecnologias, os trabalhadores viabilizam projetos (FORTUNA, 2003, pág 53)

Aula de Voo Mauro Lasi

O conhecimento caminha feito lagarta. Primeiro não sabe que sabe e voraz contenta-se com cotidiano orvalho deixado nas folhas ávidas das manhãs. Depois pensa que sabe e se fecha em si mesmo: faz muralhas; cava trincheiras, ergue barricadas. Defendendo o que pensa saber levanta certeza na forma do muro, orgulha-se de seu casulo. Até que maduro explode em voos rindo do tempo que imaginava saber ou guardava preso o que sabia.

Voa alto sua ousadia reconhecendo o suor dos séculos no orvalho de cada dia. Mas o voo mais belo descobre um dia não ser eterno. É tempo de acasalar; voltar à terra com seus ovos à espera de novas e prosaicas lagartas. O conhecimento é assim: ri de si mesmo e de suas certezas. É meta de forma metamorfose movimento fluir do tempo que tanto cria como arrasa a nos mostrar que para o voo é preciso tanto o casulo como asa.

Clínica ampliada

● Reconhecimento explícito dos limites de qualquer saber estruturado;

● O Sujeito doente nunca será totalmente compreendido por um diagnóstico, por mais amplo que seja;

● Reconhecimento dos limites do Universal para compreender o Singular. Um exemplo: uma pessoa hipertensa empregada e uma pessoa hipertensa desempregada serão muito diferentes;

● Reconhecer a complexidade dos Sujeitos;

● O peso dos determinantes universais e particulares;

● Os limites dos saberes e terapêuticas;

● Impulsiona repensar os espaços organizacionais – consulta individual, grupo, atendimento domiciliar, internação – como espaços de cogestão, de compartilhamento de saber e disciplina sanitários com desejos e interesses dos sujeitos.

● Espaços coletivos – relação dialógica – em que a terapêutica resulta de um contrato entre: o técnico e o usuário.

● Necessidade e negociação da terapêutica.

Clínica ampliada

Apoio Matricial

Arranjo organizacional ou modalidade de prática do apoio na qual um conjunto de saberes, de práticas e/ou de competências concentrados em certos setores, grupos ou indivíduos de uma organização, considerados necessários para resolução de demandas ou problemas expressos por outras parcelas da organização, é ofertado a estas últimas por meio de processos que incorporem uma metodologia de apoio (Nunes, 2011).

Tudo isso é apoio

matricial?

Atendimento individual ( não compartilhado)

Atendimento Conjunto: Interconsulta, visita domiciliar, atividade de grupos, oficinas,

PST

Troca de conhecimento e de orientações entre equipe e

apoiador: PTS, Discussão de Casos ,etc

Isso também é matriciamento?

Quando eu faço grupo sem a participação da equipe eu

não estou fazendo apoio matricial?

O NASF só pode realizar ações que impliquem troca de saberes?

Atividades do NASF

Núcleo e Campo de saberes e de responsabilização

Campo: delimitado pela produção de valores de uso (o que se produz, para quê serve? - saúde, educação, etc.). Núcleo: mais estreito, o quê cada um - somente ele- sabe fazer? (i.e.: médico- receitas, enfermeira - curativos). Os limites desses dois conceitos são situacionais (depende do que se produz, e da composição da equipe, etc.) Fazem parte de uma metodologia de apropriação e intervenção.

Ferramentas do cuidado

Ecomapa

Consulta individual

Grupos

Genograma PST

Discussão de caso

Interconsulta

Desafios das Eq NASF

● Organização da agenda de modo a contemplar ações fixas e esporádicas e a diversidade de possibilidade/necessidade de atividades (consulta, grupos etc);

● Colocar a disposição da população os saberes/fazeres nucleares; (Papel das categorias na AB);

● Superar a pressão da população , EqSF e gestão por “atendimento especializado;

● Entendimento das EqSF e Gestão dos objetivos do NASF;

● Manutenção do objetivo de cuidado ampliado - mudança do modelo de atenção em saúde - integrando os programas: academia da saúde, saúde na escola, consultório de rua; atendimento domiciliar;

● Consolidação de espaços de EP para os seus trabalhadores;

● Construção compartilhada NASF/EqSF;

● Atuação das EqSF conforme a estratégia.

Referência

Brasil, Caderno de Atenção Básica 39 NASF 39.

BREILH, Jaime, GRANDA, Edmundo. La epidemiologia em la forja de uma contrahegemonia. Salud Problema 11. Primera Época, verano 1985. Acesso em: http://148.206.107.10/bibliotecadigital/estadista.phd.

COMISSÃO NACIONAL DE DETERMINANTES SOCIAIS E SAÚDE, Rumo a um Modelo Conceitual para análise e ação sobre os determinantes sociais de saúde. Ensaio para apreciação da Comissão de determinantes sociais de Saúde. Rascunho, 2005.

Gustavo Cunha – Tese de Mestrado Clínica Ampliada na Atenção Básica Gustavo Cunha – 2004.

Gustavo N. de O. Devir apoiador: uma cartografia da função apoio. Campinas,2011.

Dimenstein M.; Galvão V. M. & Severo A. K. de S. O Apoio Matricial na perspectiva de coordenadoras de Equipes de Saúde da Família. 2009.

Equipes de referência e apoio especializado matricial: um ensaio sobre a reorganização do trabalho em saúde.1999.

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