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Não basta ter estudado.
Necessário é o acompanhar da evolução dos
tempos e, automaticamente, se libertar das
malhas dos preconceitos e das convicções
ultrapassadas.
se não o fizermos, o nosso desempenho diante
da sociedade pode se t ornar desastroso.
Fora o que acontecera em tempo recente uma
audiência de conciliação.
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Pudibundos
יום שישי יוסף
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YosephYomshyshy
Pudibundos
1ª edição
Ed.
São Paulo
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Organização Editorial
YosephYomsyshy
Revisão
Jose Lopes
Projeto Gráfico e Diagramação
Jose Lopes
Capa
Jose Lopes – foto do acervo particular
LOPES/Jose
Pudibundos/Jose Lopes
São Paulo - SP
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Sumario
Apresentação – 6 e 7
Prefacio – 8 e 9
Capitulo único
A saia e a lei – 10 a 14
Notas sobre o autor – 15 a 17
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Pudibundos – Yoseph Yomshyshy
Apresentação
Como forma de apresentação, a exemplo das
escritas contumazes, insira-se, a seguir, um soneto.
Soneto aos pudibundos
À sala do fórum arrumada,
Adentra para uma audiência,
Bem vestida e com decência,
Nobre e bela advogada.
Em vestido preto e branco trajada,
No salão da Justiça do Trabalho,
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Em ato ignoto e falho,
Ali se sente vil e ultrajada.
Quatro dedos acima dos joelhos,
A saia dispensa reprimenda, espelho,
Já que normas são trilhas, não trilhos.
Mas o juiz de tão pudibundo,
No zelo execrável e profundo,
Aos olhos de todos a humilha.
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Pudibundos – Yoseph Yomshyshy
Prefacio
"E, como
continuavam a perguntar, (Jesus) respondeu-lhes: - “que atire
a primeira pedra aquele que, dentre vós, estiver sem pecado.
Ao proferir a máxima a maior personalidade da
historicidade humana, face a presença de romanos à cena,
optara pela língua, à época, universal –; o grego koiné.
A moça, advogada, fora constrangida e não há dúvidas,
ao ser impedida de adentrar a audiência porque, na visão
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retrógada do magistrado, trajava um vestido que apesar de
elegante, quatro dedos acima dos joelhos, estava
descomposta.
A regra ignóbil tida como trilho ao invés de trilha,
propiciara ao juiz, diante do seu status de puritanismo, adotar
a mais dura das intransigências.
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Pudibundos – Yoseph Yomshyshy
Capitulo único
A saia e a lei
Para compor o texto, Zeca da Adelaide se vale
de dois pensamentos, de duas máximas para aplicar as
controvérsias obvias.
Quando afeta a especialidade administrativa, costuma
se externar: – “Normas são trilhas e não trilhos!”.
Não obstante, quando se refere à jurisprudência,
define-se: – “Cabeça de juiz se assemelha a bundinha de nenê,
nunca se sabe quando vem excremento!”.
A meio século do pretérito, uma cantora de
nacionalidade italiana, hoje sexagenária, se vestia com roupas
extravagantes para a época, curtíssimas, e o seu modo de
vestir-se acabou por influenciar ao mundo e ao universo
feminino.
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Surgiu, ali, a figura das minissaias...
Portanto, assim como o John Lennon, o Ringo Star, o
George Harrisson e o Paul McCartney influenciaram a
humanidade com a filosofia do sexo liberal e do amor livre,
Rita Pavone influenciou a moda e o costume.
A partir de então, as mulheres que, antes de seu
surgimento, se trajavam com saias e vestidos que cobriam-lhe
os joelhos, aderiram a aquele modo exótico de vestirem-se e
desnudaram os joelhos, umas mais e outras menos.
O tempo, irreverente, urgiu...
O se3culo vinte decorreu...
O século vinte e um pediu licença para adentrar ao
salão nobre da eternidade, na chácara cósmica de novecentos
e quarenta milhões, cem mil, novecentos e quatro
quilômetros circulares por onde gravita o Terra.
Entrementes, a tecnologia avançou, o mundo evoluiu,
a sociedade se modernizou, no entanto, há, ainda, cidadãos
comuns, personalidades importantes, homens letrados e
pessoas incultas que, a menos que se prove do contrário,
pairam como pombas no tempo e no espaço ou gravitam
como cometas extraviados na noite do seu afélio.
E se recusam a acompanhar as tramitações históricas
através dos tempos...
Conta-se que uma advogada fora impedida de
adentrar nas dependências de uma das varas da Justiça do
Trabalho.
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A questão é....
Por que?
Trajada, decentemente por sinal, com um elegante
vestido nas tonalidades preta e branca, nada além de quatro
dedos acima das rotulas, fora impedida de ingressar no
recinto, onde representaria um de seus clientes, sob a
pretensa alegação de não estar trajada de forma adequada.
Pergunta-se: – O que reúne maior peso na questão; a
indumentária ou o caráter?
Não me responda; responda a ti mesmo leitor(a)...
Justifique-se...
Não se negue a realidade dos fatos.
O responsável pelo trágico impedimento fez,
primeiramente, das normas um trilho, ao invés de uma trilha,
já que a advogada, cônscia de sua posição tanto na sociedade,
quanto no staff dos juristas, em tempo algum, ofereceu
macula à memória de seu representante grego ‘–; lê-
se Hiperides, o pai da Jurisprudência.
Se nos fosse permitido retroagir ao século seis da era
ante cristã, ver-se-ia, certamente, que nem Hiperides, nem os
Heliastes, (juízes em grego koiné), a constrangeriam porque,
simplesmente, o seu traje não os conduziriam aos braços da
perplexidade e da pudicícia.
Na oportunidade é licito o se afirmar:
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Ainda que a monotonia e a inercia do Poder
Legislativo, a incompetência e a inoperância do Poder
Executivo e a nefasta influência do clero – pelo menos no
Brasil – seja tão flagrante que obrigue a nação e a seu povo o
contentar-se com um Código Penal retrogrado e ultrapassado,
crê-se que a jurisprudência bem poderia ase embebedar com
o cálice do vinho da lisura.
Ao invés disso, o que se vê?
O condenar ao cidadão de bem ao regime semiaberto
e, em contradita, o conceder do regime aberto ao discípulo do
mal.
Hilário; os representantes da jurisprudência na
atualidade, se envoltos em suas togas para oferecer o veredito
à Frineia –, do grego –, por certo, como as lesmas
dentro dos seus caracóis, não acatariam, em seus devaneios
de pudicícia, o argumento final de Hiperides durante o
julgamento de sua cliente.
Use-se o grego porque, à época, o italiano não existia,
o espanhol era um embrião, o português uma incógnita.
Dissera o jurista: – “Δεσποινίς μου ακόμα, ένα
επιχείρημα. Δείτε αν έχετε το θάρρος να καταδικάσουμε
αυτό που η ίδια η Αφροδίτη δεν θα απορρίψει μια αδελφή
... – Falta-me, ainda, um argumento. Vejam se teriam a
coragem de condenar a aquela que a própria Afrodite não
rejeitaria como irmã”.
E, desatando-lhe a túnica, a desnudara perante o
tribunal...
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Um alerta...
Um alerta as advogadas; roupas quatro dedos acima
dos joelhos, na visão retrógada, obscena e pudica de alguns
representantes máximos da jurisprudência pode ser amoral, a
impunidade?
A impunidade – não!
Afinal, está-se no Brasil onde as leis são eivas de
atalhos e de evasivos...
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Notas sobre o autor
uilhermina Alves Pimenta é uma filha de negro com índia, nascida no Estado do Amazonas, mais precisamente, na cidade de Manaus, e, gerara a
Benedicta Alves Pimenta que, a posteriori, se tornara Benedicta Alves Pimenta que, mais tarde, adotara, pelo casamento, o nome Benedicta Pimenta Lopes.
No âmbito da historicidade humana, Benedicta Pimenta Lopes alugara o útero a José Lopes (08.01.43).
José Lopes, aos vinte anos de idade, fora apelidado Mário Moreno, em virtude da cor de sua pele, posteriormente, Cantinflas, aos vinte e dois anos de idade, por conta de um bigodinho que usava.
O emérito e saudoso mestre Kléber Venerando de Carvalho, aos vinte e cinco anos de idade, o apelidara de Enciclopédia, em virtude da sua capacidade em gravar de memória, trechos dos livros que passavam por suas mãos.
Há cerca de quarenta anos, jogando uma partida de futebol na cidade mineira de Sete Lagoas, literalmente, fechara o gol e isto lhe valera um apelido com o nome do lendário guarda-meta da seleção uruguaia da Copa do mundo de mil novecentos e setenta – Marzurquievicz.
Raymundo José Mendes, um colega de trabalho, ao saber que, acompanhando uma missão do Banco Mundial, havia conversado com Werner Loos, em alemão, com Philip Letard, em francês, e, com Venkataram, em inglês, lembrando o intelectual Ruy Barboza, o apelidou de Ruy Barboza, mas, José
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Lopes adotou o cognome de YosephYomshyshy, transliterado aqui do idioma hebraico, e, passou a usá-lo no dia em que deixou de ser um parasita para se tornar um escritor.
José Lopes tem publicado os sonetos intitulados [As Rosas de Hiroshima e Nagasaki] (sonetos duplos) na obra [Conto, canto e encanto com a minha história - da cidade de Arujá], In mundus diferentes firmatisumus, texto e escrito e publicado no livro [Amor lúbrico] editado pela Prefeitura do Município de Suzano e distribuído, além de internamente, a Angola, Portugal e Guiné-Bissau, em uma das antologias do Celeiro, [Helena na zona... - quem diria?]. [Soberba... - um olhar 1968 anos depois], texto publicado pela [Revista Trajetória Literária] editada pela Prefeitura do Município de Suzano com a parceria da Associação Cultural Literatura no Brasil, e, onde o escritor é associado.
Na antologia editada pela Associação dos Escritores de Bragança Paulista, o texto [O soneto inacabado] onde, tomando emprestados o 1º e 14ºversos de um soneto que Joaquim Maria Machado de Assis não chegara a escrever, a quatro mãos, escrevera-o para ele.
O autor tem, também, diversos textos publicados pelo [Jornal de Arujá], sendo Diretor de Cultura do Fórum de Debates Arujá - SP, entidade enfocada no viés cultural. Em 2009 publicou o livro “Descobrindo as raízes de uma árvore chamada celibato e Que esse talento não contamine a nós” pela Ed.Sucesso / Celeiro de Escritores, SP, Retratos Urbanos, pela Seven System Internacional.
No Site do Recanto das Letras há os E-Books “Proposta indecente, Trezentos Cruzados, Cristina, uma loira de fechar o comercio, A moça que não tomava banho, Fora de sintonia –
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uma questão de paciência e compreensão, As artimanhas de um adolescente expert no roubo de celulares, E a flor de Redenção da Serra? – Murchou, Trinta conselhos para homens mulheres e crianças, Uomo, Uma insinuação sutil - um olhar 45 anos depois, Noites cariocas, 34 sonetos escolhidos para atravessar a eternidade, Possuída por uma inexorável paixão, Sobrevivendo ao relacionamento”.
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