O Evangelho segundo São Mateus, n o Mês da Bíblia

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O Evangelho segundo São Mateus,no Mês da Bíblia

“São Mateus está sempre presente nos elencos dos Doze escolhidos por Jesus (cf. Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6, 15; Act 1, 13). O seu nome hebraico significa "dom de Deus". O primeiro

Evangelho canônico, que tem o seu nome, apresenta-no-lo no elenco dos Doze com uma qualificação bem clara: "o publicano" (Mt 10, 3). Desta forma ele é identificado com o

homem sentado no banco dos impostos, que Jesus chama ao seu seguimento”.

“Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” (Mt 9, 9). Jesus o viu não tanto com os olhos do corpo, mas com os olhos do

amor. Viu o publicano, e o amou e escolheu, e lhe disse: “Segue-me!”, isto é, imita-me. Pedindo-lhe que o seguisse, não pedia tanto que fosse atrás dele, mas que vivesse como

ele; pois aquele que diz permanecer em Cristo deve proceder como Cristo procedeu. Mateus se levantou e seguiu-o (Mt 9, 9).

Nada de espantoso que o publicano, ao primeiro e imperioso apelo do Senhor, tenha abandonado sua busca de lucros terrenos, e, desprezando os bens temporais, tenha aderido

àquele que via desinteressado de qualquer riqueza. É que o Senhor, chamando-o exteriormente pela sua palavra, tocava-lhe o mais fundo da alma, espalhando em seu

coração, para que o seguisse, a graça espiritual.

A conversão de um só publicano abriu o caminho da penitência e do perdão a muitos publicanos e pecadores. Belo presságio, na verdade: aquele que devia mais tarde ser apóstolo e doutor entre os pagãos arrasta consigo, por ocasião de sua conversão, os

publicanos e pecadores, que tomam o caminho da salvação. O ministério que ia desempenhar após progredir na virtude, Mateus já o inicia nos primórdios de sua fé.

Experimentemos compreender profundamente o episódio aqui relatado. Mateus não ofereceu ao Senhor apenas um banquete corporal em sua casa terrestre. Mais que isto:

preparou-lhe um festim na casa de seu coração, por sua fé e seu amor, como testemunha aquele que diz: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu

entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo (Ap 3, 20).

Sim, o Senhor está à porta e bate quando o nosso coração está atento a sua vontade, seja pela boca do homem que ensina, seja por uma inspiração interior. Abrimos nossa porta ao

apelo de sua voz, quando damos livre assentimento a suas admoestações internas ou externas, e quando pomos em execução o que concluímos que devemos fazer.

Então ele entra para tomar a refeição, ele conosco e nós com ele, pois habita no coração dos eleitos pela graça do seu amor, para alimentá-los constantemente com a luz de sua

presença, a fim de que elevem progressivamente os seus desejos. E ele também se alimenta desse zelo pelas coisas do céu, que são como o mais delicioso alimento.”

“Jesus não exclui ninguém da própria amizade. Ao contrário, precisamente porque se encontra à mesa em casa de Mateus-Levi, em resposta a quem falava de escândalo pelo fato

de ele frequentar companhias pouco recomendáveis, pronuncia a importante declaração: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim

chamar os justos, mas os pecadores" (Mc 2, 17).”

“Na figura de Mateus, portanto, os Evangelhos propõem-nos um verdadeiro e próprio paradoxo: quem aparentemente está afastado da santidade pode até tornar-se um modelo de acolhimento da misericórdia de Deus e deixar entrever os seus maravilhosos efeitos na

própria existência”.

“A tradição da Igreja antiga concorda na atribuição a Mateus da paternidade do primeiro Evangelho. Isto acontece já a partir de Papias, Bispo de Hierápoles na Frígia por volta do

ano 130. Ele escreve: "Mateus reuniu as palavras (do Senhor) em língua hebraica, e cada um as interpretou como podia" O historiador Eusébio acrescenta esta notícia: "Mateus, que

primeiro tinha pregado aos hebreus, quando decidiu ir também a outros povos escreveu na sua língua materna o Evangelho por ele anunciado; assim, procurou substituir com a

escrita, junto daqueles dos quais se separava, aquilo que eles perdiam com a sua partida“.

“Já não temos o Evangelho escrito por Mateus em hebraico ou em aramaico, mas no Evangelho grego que ainda continuamos a ouvir, de certa forma, a voz persuasiva do

publicano Mateus que, tendo-se tornado Apóstolo, continua a anunciar-nos a misericórdia salvadora de Deus e ouvimos esta mensagem de São Mateus, meditamo-la sempre de novo

para aprender também nós a levantar-nos e a seguir Jesus com determinação”.

Texto --Das Homílias de São Beda Venerável, presbítero, século VIII -A 2ª parte foi extraída de http://www.vatican.va

Imagem – Google

Música – Bem-Aventuranças – Cantores de Deus

Formatação - Graziela

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