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O HABITO DA LEITURA COMO FERRAMENTA DE
APRENDIZAGEM, INTERPRETAÇÃO E PRÁTICA DE CONCITOS
EM MATEMATICA
Maria Francisca Barros Marinho1
RESUMO
O presente trabalho é resultado de uma pesquisa-ação que ocorreu acerca dos problemas de
aprendizagem da leitura, interpretação e cálculos matemáticos em duas turmas de 5º ano
do Ensino Fundamental. Teve também como objetivo refletir e propor soluções para sanar
tais dificuldades. Para a coleta de dados utilizou-se vários documentos tais como: diários
de classe dos docentes, resultado bimestral, cadernos dos alunos, ficha de
acompanhamento das aulas ministrada pelas professoras, caderno de planejamento, um
roteiro de entrevista, dois questionários com perguntas abertas e fechadas. Como
referencial teórico usou-se obras de vários autores que tratam sobre o tema. Na
metodologia é apresentada a forma como aconteceu a coleta, transcrição e análise de
dados. Como fruto deste trabalho enfatiza-se a importância da intervenção nas dificuldades
de leitura, interpretação e cálculos matemáticos, bem como a necessidade de estudos mais
aprofundados sobe o assunto abordado.
Palavras-chave: pesquisa-ação, intervenção, leitura, interpretação, cálculos matemáticos.
1. INTRODUÇÃO:
Este estudo caracteriza-se como pesquisa-ação e tem como objetivo
solucionar o problema de leitura, interpretação e cálculos matemáticos através das ações
do Projeto de Intervenção. Aqui estão sendo apresentadas algumas reflexões acerca do
problema detectado na Escola Estadual Paulina Câmara, propondo ações de melhoria
1Maria Francisca Barros Marinho. Licenciada em Pedagogia pela Fundação Universidade do
Tocantins/EADCON. Professora da Rede Pública Estadual, atualmente ocupa o cargo de Coordenadora
Pedagógica na Escola Estadual Paulina Câmara em Barrolândia – To. E-mail:
franciscamarinho@yahoo.com.br.
como jogos, gincanas, pesquisas, teatros, enfim, envolvendo a leitura, a escrita e a
interpretação na resolução de problemas matemáticos, para despertar nas professoras o
interesse por praticas inovadoras que venham elevar o rendimento escolar dos alunos
através de um atendimento diferenciado, utilizando o lúdico para dinamizar as aulas e
atividades, envolvendo os alunos que apresentam defasagem e/ou dificuldades na
aprendizagem das disciplinas de língua Portuguesa e Matemática.
Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um roteiro de entrevista
direcionado às professoras e dois diferentes questionários com questões abertas e fechadas
para os pais e para os alunos, sobre o processo de ensino e aprendizagem de leitura, escrita,
interpretação e cálculos matemáticos. Dessa pesquisa participaram 2 professoras, 18
alunos e 4 pais.
2. HISTORICO DA ESCOLA PESQUISADA
Essa pesquisa foi realizada na Escola Estadual Paulina Câmara,
localizada na Rua Diogo Jardim nº. 207, no Setor Vila Nova na cidade de Barrolândia -
Tocantins, fone: 3376-1240, fax: 3376-1180. Foi inaugurada no dia 1º de janeiro de 1990,
passando atender 628, distribuídos entre Educação Infantil e o Ensino Fundamental do 1º
ao 9º ano, funcionando em três turnos consecutivos, (das 7:15h às 11:30, das 13:15h às
17:40h e das 19h às 23h), tendo como 1ª diretora, a senhora Gilene Aquino Silva. No
período de 1990 a 2011, teve nove diretores. Atualmente atende 298 alunos do 2º ao 9º
ano, em dois turnos subsecutivos, (das 7:15h às 11:30, das 13:15h às 17:40h), tem como
diretor, o senhor Fábio Adriano de Souza Ribeiro.
É uma escola bem equipada de material pedagógico de apoio ao
professor, como: jogos, quebra cabeça, dominós, CDs, DVDs, data show, etc. Tem uma
Biblioteca com 5039 livros, muito frequentada pelos alunos, tem também um LABIN com
17 computadores, bastante utilizado pelos professores e alunos.
A proposta de avaliação desta unidade de ensino vem se desenvolvendo
através do processo de conscientização de seus diversos segmentos, procurando se
aperfeiçoar e impondo-se pela sua legalidade e ajustamento das atividades realizadas,
visando um possível nível de confiabilidade junto ao grupo, ou seja, à comunidade interna
e à coletividade de um modo geral. Com o intuito de integrar o nosso sistema avaliativo ao
papel social que a escola tem em uma realidade contextualizada, abrangendo os princípios
(conhecer, fazer, conviver e ser), e contemplando as relações
(professor/aluno/conhecimento/sociedade), por meio de uma avaliação eficiente, que
garanta a formação cidadã. O processo é contínuo, e no final de cada bimestre os
resultados são expressos por meio de notas obtidas pelo aluno, conforme tabela a seguir:
TABELA PADRÃO DE AVALIAÇÃO DO PPP DA ESCOLA
X X1 Y TOTAL
2,0 3,0 5,0 10,0
Fonte: PPP
X: comportamento, frequência e participação;
X1: trabalhos em grupos ou individuais, pesquisas, seminários;
Y: avaliação escrita, sobre os conteúdos estudados no mês.
A recuperação se dá de forma contínua e paralela, mediante o resultado
apresentado pelo aluno. O resultado do desempenho da aprendizagem do aluno é
observado no decorrer de cada bimestre pelos professores e coordenação pedagógica, e
quando apresentam dificuldades, são acompanhados pelos professores e coordenação,
através de aulas de reforço, conversas com os alunos e pais, se discute também essas
deficiências no Conselho de Classe Participativo, promovendo assim ações de intervenção
que são sugeridas por todos os seguimentos da escola. Segundo SAVIANI (apud
MIZUKAMI, 1986, p.26), “a avaliação é realizada visando a exatidão do conteúdo
comunicado em sala de aula, o aluno é medido pela quantidade de informações que
consegue reproduzir através de teste, provas, exames, etc.”
Pensando no bom andamento da pratica pedagógica e que não fossem os
alunos, os únicos avaliados no processo, nesse ano de 2011, a escola adotou a avaliação
institucional, tendo como base a Atividade 2 da sala 7, a “Proposta de Autoavaliação
Institucional”, que foi apresentada à escola, onde ficou decidido que a mesma seria
desenvolvida na referida unidade de ensino. No primeiro momento fez-se um trabalho de
conscientização com todos, falando da importância que a Autoavaliação tem para a escola
e que a mesma seria realizada em três etapas, envolvendo os diferentes segmentos da
escola: pais, alunos e funcionários. A 1ª etapa já foi realizada com os pais e a escola já
estar se organizando para realizar a 2ª etapa com os alunos.
Não há dúvidas de que a autoavaliação é um instrumento de grande valia,
porque permite que cada servidor, dos diferentes segmentos que compõem a escola,
reveja o trabalho que está realizando em função da melhoria do processo de
ensino/aprendizagem, dando redirecionamento da caminhada para que possa surtir efeitos
em beneficio do bem comum. Fernandes (2002, p. 59), “o projeto pedagógico é apontado
como indicador de caminhos e a avaliação como acompanhamento e redirecionamento da
caminhada”.
2.1. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
O processo de construção do Projeto de Intervenção da Escola Estadual
Paulina Câmara, teve início no mês janeiro de 2011, quando percebeu-se através das
observações feitas em sala de aula que 12,5% dos alunos do 5º ano têm dificuldades na
aquisição da leitura, da escrita e consequentemente na resolução de operação matemática, apesar
do resultado do IDEB de 2007 e 2009 ter sido satisfatório, conforme a tabela a seguir:
Tabela 1: Apresentação do Resultado do IDEB
4ª serie / 5º ano
Ideb Observado Metas Projetadas
Escola 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Escola Estadual Paulina Câmara 3.3 3.4 4.2 3.4 3.7 4.2 4.4 4.7 5.0 5.3 5.6
Fonte: http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado
A partir daí fez-se uma reunião com as professores das referidas turmas,
focando as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática com a finalidade de informá-las
sobre os materiais, procedimentos e funcionamento da prova Brasil. Analisou-se também
juntamente com as mesmas, as metas do IDEB, traçadas para a escola. Nessa reunião ficou
decidido que os descritores da Prova Brasil seriam incluídos no planejamento com o
intuito de melhorar o desempenho acadêmico dos alunos e consequentemente, o resultado
do IDEB, já que a meta para o Brasil é chegar à média 6,0 em 2021.
A coleta de dados para a elaboração do Projeto prosseguiu através de
observação feita pela coordenação pedagógica em sala de aula e analise documental em:
diários de classe dos docentes, resultado bimestral, cadernos dos alunos, de dois
questionários com questões abertas e fechados direcionados aos pais, alunos e entrevista
com as professoras. Segundo (ANDRÉ, 1984, p. 52 ), os dados são coletados de modo
“eclético, incluindo via de regra observação, entrevistas, fotografias, documentos,
anotações de campo e negociações com os participantes do estudo”.
O método adotado para a coleta de dados foi a Pesquisa-ação, no intuito
de solucionar o problema e encontrar possíveis possibilidades de intervenção, usando com
isso, metodologias voltadas para o cotidiano dos alunos, como jogos matemáticos e outros
meios que despertem nos mesmos maior interesse pela aprendizagem.
Segundo PIAGET (1988):
A criança que joga desenvolve suas percepções, sua inteligência, suas tendências
a experimentação, seus instintos sociais, etc. E pelo fato de o jogo ser um meio
tão poderoso para a aprendizagem das crianças, que em todo lugar onde se
consegue transformar em jogo a iniciação a leitura, ao calculo, ou a ortografia,
observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações comumente tidas
como maçantes. (PIAGET, 1988, p.159).
Para que esse Projeto viesse surtir maior efeito, passou-se a dar um
suporte maior aos professores no planejamento coletivo que acontece toda semana, nas
segundas-feiras. Nesse dia, varias sugestões de atividades são apresentadas aos
professores, para serem incluídas no planejamento. Entende-se que quando as aulas são
bem planejadas, a possibilidade de intervenção por parte dos docentes é bem maior. “As
aquisições relativas a novos conhecimentos e conteúdos escolares não estão nos jogos em
si, mas dependem das intervenções realizadas pelo profissional que conduz e coordena as
atividades”. MACEDO (2000, p.27).
O objetivo maior do Projeto é trabalhar atividades práticas, tais como:
(jogos, brincadeiras, teatro, aulas de reforço) mobilizando e despertando nos alunos o
interesse para uma aprendizagem significativa.
Conforme ANTUNES (1998):
Jogos ou brincadeiras pedagógicas são desenvolvidas com a intenção implícita
de provocar uma aprendizagem significativa estimular a construção de um novo
conhecimento e principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade
operaria [...] aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica.
(ANTUNES, 1998, p. 38).
Nenhuma ação docente deve estar desvinculada de uma concepção pedagógica
e, portanto, de um bom planejamento. A importância de se elaborar um Projeto de Intervenção
nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, é possibilitar uma mudança reflexiva sobre a
prática docente, não apenas no sentido de constatar problemas, mas de utilizar os conhecimentos
teóricos para propor possíveis soluções contribuindo, assim, para o aprimoramento do fazer
pedagógico.
Esta Pesquisa está embasada em vários autores que discutem as
dificuldades de aprendizagens de leitura, escrita e cálculos, mas as idéias fundamentais
foram tiradas do pensamento de Fonseca (1984), Bassedas e Cols. (1996), Smole e Diniz
(2004) e Marcellino (1990 e muitos outros citados. A pesquisa-ação foi o fio condutor de
todo esse trabalho, sendo utilizado para a coleta de dados: entrevista com professores e
alunos, análise de documentos como atas, relatórios, livros de registros, fichas de
acompanhamento das aulas dos professores, os resultados apresentados pelo IDEB e
diários de classe.
Conforme Thiollent (1986), a pesquisa-ação:
É um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual
os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema
estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1986,
p.14).
De acordo com o que se tem vivenciado na escola e o relato de
experiência das professoras, relacionado ao desempenho dos alunos nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática foi necessário buscar equilíbrio não só em uma pratica
reflexiva, mas acerca do problema detectado através da pesquisa.
Do ponto de vista do Perrenould (1999, p. 15), existe diferença entre pesquisa e
prática reflexiva:
a pesquisa cuida de fatos, processos, sistemas educativos e de todos os aspectos
da prática pedagógica para descrever e explicar e o professor reflexivo dirige o
olhar para seu contexto imediato para compreender, regular, otimizar, ordenar,
fazer evoluir uma prática particular vista de seu interior (p.15).
Entende-se que, para escrever e falar nas mais diversas situações
comunicativas, é necessário também saber ler os problemas matemáticos que estão
expostos nas diferentes situações do dia-a-dia como, a publicitária, o comércio, a
cotidiana, dentre outras. Por essa razão entende-se que para fazer cálculos matemáticos
precisa-se realizar uma leitura apropriada de seus símbolos, é necessário ainda
compreender o que vem proposto em cada exercício. Marcuschi (2008, p. 236)
complementa dizendo que, "para compreender bem um texto exige-se habilidade, interação
e trabalho”, por isso, a aprendizagem da Matemática está interrelacionada às demais
Ciências, por meio de relações dialógicas (p. 236).
Focalizando o problema detectado na escola e no intuito de solucioná-lo,
a coordenação pedagógica vem conscientizando as professoras que para se desenvolver um
ensino de qualidade é necessário abranger diversos objetivos, entre eles a relação de
correspondência entre as diferentes Linguagens inclusive, a Linguagem Matemática que
está presente nos diversos gêneros textuais, portanto, as várias esferas do conhecimento
necessitam ter um entrelaçamento com a Matemática para que os alunos possam fazer com
nitidez as leituras e que compreendam os objetos de estudo que abrangem as distintas
Ciências. Por isso é de suma importância saber selecionar, processar e utilizar as diferentes
informações. De acordo com DINIZ (2011), para:
saber ler e interpretar diferentes textos em diferentes linguagens, saber analisar e
interpretar informações, fatos e ideias, ser capaz de coletar e organizar
informações, além de estabelecer relações, formular perguntas e poder buscar,
selecionar e mobilizar informações, que são habilidades básicas do ser humano
(2011, p. 12).
3. UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE AS DIFICULDADES DE LEITURA E
INTERPRETAÇÃO DOS CÁLCULOS MATEMÁTICOS
Este trabalho é fruto de uma proposta de intervenção que visa indicar uma
direção no sentido de melhorar a leitura, a escrita e a interpretação de cálculos matemáticos dos
alunos que apresentam baixo desempenho na aprendizagem.
Com base na analise dos dados percebe-se nitidamente que há sérios
problemas que afetam a aprendizagem dos educandos do 5º ano, quando se faz
comparações entre a leitura, a escrita, e a interpretação matemática. Focalizando a real
situação desses alunos, procurou-se meios de superação dos obstáculos, levando o aluno
compreender que a leitura e a interpretação Matemática devem andar sempre juntas, bem
como orientar as professoras a intervir com pesquisa, com audiovisual, a construção do
conhecimento matemático e ainda como trabalhar o ensino da leitura e da escrita de
maneira prazerosa. Segundo CLÁUDIO (2001, p.171), “é preciso fazer com que os alunos
pensem matematicamente e saibam usar as ferramentas disponíveis para a construção do
conhecimento”.
As idéias que aqui se apresentam apontam a relevância de se reservar
lugares na escola, para estudo e análise dos procedimento de aquisição da escrita e
resolução de situação problema, focalizando o processo de ensino e aprendizagem dos
alunos, porque os avanços na área de construção do conhecimento exigem do professor,
o redimensionamento da prática da leitura, escrita, conceitos matemáticos e da intervenção
pedagógica.
O estudo em questão é uma pesquisa-ação, desenvolvida em uma escola
da rede estadual, no município de Barrolândia – TO, envolvendo duas turmas do 5º ano do
ensino fundamental. Foi uma pesquisa que proporcionou um diagnóstico da real situação
dos problemas de ensino/aprendizagem na Leitura, Interpretação e Cálculos dos educandos
e os sujeitos envolvidos no processo foram 2 professoras, 18 alunos e 4 pais.
Para a coleta de dados fez-se uma observação da escola como um todo,
analisou-se documento como: diários de classe dos docentes, resultado bimestral, cadernos
dos alunos, ficha de acompanhamento das aulas ministrada pelas professores, caderno de
planejamento e monitoramento de aulas. Elaborou-se também dois questionários com
perguntas abertas e fechadas, um para os pais e outro para os alunos, para as professoras,
um roteiro de entrevista. O questionário foi distribuído para 18 alunos, entre meninos e
meninas que responderam imediatamente. É importante ressaltar que todas as observações
foram feitas no período matutino dentro do horário de funcionamento das turmas,
focalizando o problema supracitado. LUDKE & ANDRÉ ( 1986, p.30), „com esses
propósitos em mente, o observador inicia a coleta de dados buscando sempre manter uma
perspectiva de totalidade, sem se desviar demasiado de seus focos de interesse.”
A entrevista com as professoras foi oral e individual, com gravação
direta e transcrição leal, de acordo com os métodos de coleta de dados. Segundo LUDKE
& ANDRE (1986, p. 37), a entrevista gravada tem a vantagem de registrar todas as
expressões orais imediatamente, deixando o entrevistador livre para prestar atenção ao
entrevistador.
Apesar de tantos esforços por parte das professoras, por meio dessa
pesquisa percebeu-se, a necessidade de se dá uma atenção especial para os problemas de
aquisição da leitura, interpretação e cálculos. Foi quando nasceu a ideia para a elaboração
da referida proposta intervenção que visa a redução das dificuldades de aprendizagens
para combater e prevenir os problemas que decorrem das mesmas.
Durante a análise documental, procurou-se fazer isolamento ou destaque
dos aspectos relacionados às situações do ensino da leitura, da produção de textos, da
interpretação de situações problemas e cálculo na sala de aula.
Através dessa pesquisa buscou-se em vários subsídios as respostas para as
diferentes indagações que o tema propõe e que na visão de (BILHALVA; 2004: p. 6) é
aquela que “se caracteriza fundamentalmente por contato direto do pesquisador com a
situação pesquisada, permite reconstruir os processos e as relações que configuram a
experiência escolar diária”.
Essa coleta de dados foi de grande relevância para o desenvolvimento
deste relatório, porque por meio dela obtive-se respostas para sanar as dúvidas e enriquecer
os questionamentos acerca das dificuldades de aprendizagem da leitura e resolução de
situação problema dos alunos do 5º ano, e que irão servir de base para o aperfeiçoamento
da prática pedagógica de todos os educadores envolvidos no processo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após o fechamento do 1º bimestre fez-se uma reunião com as professoras da
turma do 5º ano, para discutir e analisar o resultado do SARE, conforme a tabela a seguir, esse
momento de discussão foi muito importante porque gerou um debate muito rico acerca do
problema detectado. As Professoras compreenderam que a falta de intervenção do trabalho em sua
totalidade pode prejudicar o produto final. Diante disso discutiu-se também a respeito de ações e
metodologias inovadoras que poderiam intervir e apresentar um resultado significativo para o
ensino-aprendizagem. Bassedas e Cols. (1996, p. 29) dizem que:
o papel solicitado ao professor na situação de ensino-aprendizagem é o de uma
atuação constante, com intervenções para todo o grupo de aula e para cada um
dos alunos em particular, visando a observação sistemática do processo de cada
aluno durante a aprendizagem, para poder intervir no mesmo com uma ajuda
educativa adequada. (BASSEDAS E COLS 1996, p. 29).
Tabela 2: Apresentação do Resultado do 1º Bimestre - SARE
DISCIPLINAS CRÍTICAS: ENSINO FUNDAMENTAL 9 ANOS (1º AO 5ª Ano)
TURNO: MATUTINO –
1º BIMESTRE
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Ab
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LINGUA PORTUGUESA 5º 39 1 0 0 0 0 0 0 0 0 31 9 40 77,5% 22,5% 0,0%
ARTE 5º 39 1 0 0 0 0 0 0 0 0 40 0 40 100,0% 0,0% 0,0%
EDUCAÇÃO FISICA 5º 39 1 0 0 0 0 0 0 0 0 40 0 40 100,0% 0,0% 0,0%
MATEMATICA 5º 39 1 0 0 0 0 0 0 0 0 36 4 40 90,0% 10,0% 0,0%
CIÊNCIAS 5º 39 1 0 0 0 0 0 0 0 0 38 2 40 95,0% 5,0% 0,0%
HISTORIA 5º 39 1 0 0 0 0 0 0 0 0 36 4 40 90,0% 10,0% 0,0%
GEOGRAFIA 5º 39 1 0 0 0 0 0 0 0 0 37 3 40 92,5% 7,5% 0,0%
ENS. RELIGIOSO 5º 39 1 0 0 0 0 0 0 0 0 40 0 40 100,0% 0,0% 0,0%
Fonte: http://sare.seduc.to.gov.br
Diante do resultado alcançado no 1º bimestre percebe-se que alem da
Língua Portuguesa e Matemática as outras disciplinas como Ciências, Historia e Geografia
também estão em situação critica, observa-se que ainda, há muito a ser feito para reverter
esse quadro que é bastante apreensivo.
Tabela 3: Resultado do 2º Bimestre - SARE
DISCIPLINAS CRÍTICAS: ENSINO FUNDAMENTAL 9 ANOS (1º AO 5ª
Ano)
TURNO: MATUTINO
2º BIMESTRE
Dis
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An
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o
LINGUA PORTUGUESA 5º 39 1 0 0 0 0 0 1 0 0 36 3 39 92,3% 7,7% 0,0%
ARTE 5º 39 1 0 0 0 0 0 1 0 0 39 0 39 100,0% 0,0% 0,0%
EDUCAÇÃO FISICA 5º 39 1 0 0 0 0 0 1 0 0 39 0 39 100,0% 0,0% 0,0%
MATEMATICA 5º 39 1 0 0 0 0 0 1 0 0 34 5 39 87,2% 12,8% 0,0%
CIÊNCIAS 5º 39 1 0 0 0 0 0 1 0 0 38 1 39 97,4% 2,6% 0,0%
HISTORIA 5º 39 1 0 0 0 0 0 1 0 0 36 3 39 92,3% 7,7% 0,0%
GEOGRAFIA 5º 39 1 0 0 0 0 0 1 0 0 36 3 39 92,3% 7,7% 0,0%
ENS. RELIGIOSO 5º 39 1 0 0 0 0 0 1 0 0 39 0 39 100,0% 0,0% 0,0%
Fonte: http://sare.seduc.to.gov.br
Ao fazer uma comparação do índice de Reprovação entre o 1º e o 2º
bimestre percebe-se que a disciplina de Língua Portuguesa estava com 22,5% dos alunos
reprovados no 1º bimestre, no 2º caiu para 7,7%, ficando com um índice de aprovação de
92,3%, já a Matemática no 1º bimestre estava com um índice 10,0% dos alunos
reprovados, no 2º subiu para 12,8%, ficando com um índice de aprovação de 87,2% as
demais disciplinas: Ciências, Historia e Geografia também avançaram. Apesar dos
esforços de todos, das lutas e conquistas, a Matemática ainda está ficando a desejar.
Sabe-se que as habilidades de ler, escrever e interpretar são fatores
fundamentais para todas as área do conhecimento, principalmente quando se trata de
matemática e mais especificamente na resolução de problemas, dificuldade com a leitura é
muito mais visível, porque além da leitura de palavras é necessário fazer leitura da
linguagem exclusiva da matemática.
Com base nesse pressuposto na visão de SMOLE e DINIZ (2001, p. 95),
a resolução de problemas é apontado como uma situação onde:
o aluno aprende matemática, desenvolve procedimentos, modos de pensar,
desenvolvem habilidades básicas como verbalizar, ler, interpretar e produzir
textos em diferentes áreas do conhecimento que podem estar envolvidas em uma
situação. Isso indica que a resolução de problemas deve ser vista como uma
metodologia de ensino, e que o professor de matemática ao utilizar-se dela estará
contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de comunicação e das
habilidades leitoras (p. 95).
No mês de maio de 2011, os alunos das turmas supracitadas fizeram a
Prova do SALTO - Sistema de Avaliação, Monitoramento e Valorização da Educação do
Estado do Tocantins, o resultado da mesma não correspondeu com as expectativas da
Escola, principalmente quando se trata da Matemática.
Tabela 4: Resultado Oficial do SALTO
POSIÇÃO REGIONAL MUNICIPIO REDE
ENSINO
UNIDADE SÉRIE NOTA
POTUGUES
NOTA
MATEMATICA
MEDIA
311º PARAISO BARROLANDI
A
ESTADUAL ESC EST
PAULINA
CAMARA
5º
ANO
E.F.
4,75 3,34 4,04
Fonte: http://www.seduc.to.gov.br
A partir do resultado do SALTO, a coordenação pedagógica e as professoras
das turmas do 5º ano estão intensificando cada vez mais as ações de melhoria para elevar o
desempenho acadêmico dos alunos. No decorrer do mês de agosto varias ações foram realizadas
entre elas: uma Loteria de Fatos, uma Forca da Leitura, uma Pescaria Literária e um soletrando,
que para a nossa alegria, a aluna vencedora é do 5º ano.
Para o desenvolvimento da pesquisa-ação teve-se como ponto de partida, o
levantamento bibliográfico acerca do problema detectado na escola campo, sendo analisado vários
documentos em diferentes momentos e circunstâncias variáveis, como: aulas, diários de classe dos
docentes, resultado bimestral, cadernos dos alunos, ficha de acompanhamento das aulas ministrada
pelos professores, os resultados do IDEB, o SARE – Sistema de Acompanhamento do Rendimento
Escolar e realizou-se entrevistas com as professores da turma. Conforme ZABALZA (2004, p. 41)
“utilizar como instrumentos de coleta de dados o diário de aula, é explorar por meio dele
estritamente, o que figura nele como versão que o professor dá de sua própria atuação e da
perspectiva pessoal da qual a enfrenta”.
O resultado da entrevista e dos questionários trouxe uma base para a realização
desse trabalho porque passou a se conhecer melhor a realidade de cada pessoa envolvida no
processo, as necessidades, angustias e inquietações, principalmente das professoras.
Nessa pesquisa procurou focalizar a metodologia dos professores e os
problemas de aprendizagens dos alunos, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática. A questão da dificuldade de leitura, escrita e cálculos matemáticos dos
educandos vem se constituindo em objeto de preocupação constante em nosso dia a dia
escolar.
A respeito do problema supracitado, Fonseca (1984), deixa bem claro dizendo
que:
"a dificuldade de aprendizagem é uma desarmonia do desenvolvimento
normalmente caracterizada por uma imaturidade psicomotora que inclui
perturbações nos processos receptivos, integrativos e expressivos da atividade
simbólica". Assim, a não aprendizagem dos alunos não pode ser simplesmente
associada à ausência de interesse pelos estudos, mas deve ser compreendida
como um problema cujas causas podem ser diversas e que influi,
consideravelmente, na capacidade de aprender do aluno (FONSECA 1984, p.
228).
Smole e Diniz (2001) garantem que é possível superar a dificuldade
leitura, escrita e cálculos matemáticos trabalhando produção de textos nas aulas de
Matemática:
a história contribui para que os alunos aprendam e façam matemática, o que permite que
habilidades matemáticas e de linguagem desenvolvam-se juntas, enquanto os alunos lêem,
escrevem e conversam sobre as idéias matemáticas que vão aparecendo ao longo da leitura.
É neste contexto que a conexão da matemática com a literatura infantil aparece (SMOLE e
DINIZ 2001, p. 2).
Figura 1: Níveis de desenvolvimento da aprendizagem, verificados no mês de Junho de 2011
Fonte: Arquivos da escola
A observação da escola ocorreu com o propósito de verificar previamente
a realidade da instituição em sua totalidade, para que a partir daí, se pudesse estabelecer
metas de melhoria. Essa observação nos possibilitou adquiri um maior número de
informação através das atividades realizadas na escola, como Conselho de Classe,
Reuniões Pedagógicas, Reuniões com os Pais e outros eventos realizados na escola, tais
como analisar o resultado do nível de aprendizagem dos alunos das turmas já mencionadas,
na leitura, escrita e produção de texto, conforme o gráfico apresentado acima.
Mensalmente a escola faz um diagnóstico para verificar a real situação dos
alunos com relação ao processo de construção da leitura, escrita e produção de texto. De
acordo com os gráficos do mês de Junho e Agosto, apresentados, o resultado desse trabalho
é muito bom porque apresenta de imediatos os avanços e retrocessos dos educandos, dando
um norte para o trabalho de intervenção dos professores.
MARCONI e LAKATOS (2006, p. 192), garantem que:
A observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e
utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não
consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos
que se desejam estudar.
Figura 2: Níveis de desenvolvimento da leitura, escrita e p. de texto verificados no mês de Agosto de 2011
Fonte: Arquivos da escola
A partir dos resultados e discussões constatou-se que são vários os fatores que
interferem no processo de ensino e aprendizagem. Dentre eles pode-se destacar os principais,
como: a indisciplina, alunos de famílias desestruturadas, alguns alunos com a auto-estima baixa,
ausência da família na escola entre outros. De acordo com o questionário respondido pelos
pais, os mesmos não acompanham diariamente as tarefas de casa dos filhos porque saem
cedo de casa para trabalhar e na maioria das vezes só retornam para as suas casas à noite e
as crianças ficam com os irmãos maiores ou com os avós e tios que não dão o devido
acompanhamento às crianças nas tarefas de casa, deixando o peso da responsabilidade
sobre a escola, esperando que a mesma dê conta do seu papel. Assim, a escola vem
procurando conhecer melhor os educandos e as suas famílias, seus problemas, seus
objetivos e suas angustias para poder o suporte que eles necessitam. Por fim, conhecer as
características e peculiaridades familiares é a melhor solução porque elas assinalam a
direção de cada família e, portanto, do aluno a quem a escola atende. Essas informações
adquiridas são sem dúvidas importantes para que se possa analisar o êxito de nossas
atuações enquanto professores, identificar necessidades e estabelecer metas educacionais
condizentes com a realidade escolar.
Após uma conversa com os professoras para resolver o problema supracitado,
elas se comprometeram a desenvolver novas estratégias de ensino. Diante dessa situação,
GATHER THURLER (2001), diz que os professores deverão ser:
levados a desenvolver novas estratégias para a apreciação e resolução dos
problemas. Trata-se de apropriar-se de novas ferramentas que permitem
instaurar trocas proveitosas, observar e analisar as práticas e tornar mais
atuantes os processos de tomada de decisões (2001, p. 114).
O levantamento bibliográfico foi fio condutor desse trabalho, nos fez
compreender melhor os problemas de aprendizagens e detectar os fatores responsáveis
pelo fracasso escolar dos alunos. Identificou-se ainda a postura das professoras diante dos
alunos com baixo desempenho acadêmico e a forma como estes docentes trabalham com
os educandos que têm dificuldade de aprendizagem.
Nesta perspectiva, Chizzotti (1991), relata que a investigação que requer
utilizar:
a bibliografia quer indicar que o pesquisador pode encontrar uma farta
documentação para desenvolver a própria pesquisa e resolver os problemas
teóricos e práticos que essa exigir. Desse modo, seguiu-se uma análise do
material bibliográfico na tentativa de contemplar o objetivo elencado para o
presente estudo e alcançar resposta à problemática que pretende analisar como a
atuação do professor pode promover a aprendizagem de alunos (CHIZZOTTI
1991, p. 127),
Os resultados da pesquisa foram satisfatórios com relação ao proposto pela
cursista (coordenadora pedagógica), enquanto pesquisadora incomodada com a atual realidade da
turma supracitada. Só averiguar esta realidade não era o suficiente, era necessário intervir nela, foi
quando apresentou-se as professoras, o Projeto de Intervenção, propondo sugestão de melhoria
para que as mesmas pudessem inovar suas praticas pedagógicas e melhorar a qualidade do ensino.
A partir daí elas passaram a desenvolver atividades lúdicas, tais como: Show do Milhão, Concurso
de Paródias, Peça teatral, Roda de Leitura e a Festa Junina que foi uma atividade bem interessante
porque os próprios alunos organizaram barracas de comidas típicas, participaram da dança e de
tarefas como leitura, interpretação de texto, problemas e cálculos matemáticos.
Através dessas atividades lúdicas percebeu-se que as aulas se tornaram mais
prazerosas e atraentes, que na concepção de Marcellino (1990, p.126): “é só do prazer que surge a
disciplina e a vontade de aprender”.
5. CONCLUSÃO
A pesquisa-ação colaborou de maneira significativa para que se
conhecesse melhor a realidade das turmas do 5º ano do ensino fundamental e até propor
sugestão melhoria para o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e
interpretação em matemática, bem como incutir nos alunos, o gosto pela leitura.
No inicio desse trabalho, um dos maiores problemas foi orientar as
professoras a mudarem a metodologia para trabalhar com os alunos que apresentavam
baixo desempenho acadêmico nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, mas
com proposta de intervenção não foi difícil despertar nas mesmas, o interesse por praticas
inovadoras. Juntas, começou-se a desenvolver oficinas de leitura e jogos, pesquisas,
teatros, que desenvolvam a leitura e interpretação e o raciocínio lógico.
Desde quando o projeto de intervenção começou a ser executado, várias
ações já foram desenvolvidas: Show do Milhão, Concurso de Paródias, Peça teatral, Roda de
Leitura, a Festa Junina, soletrando, forca da leitura, loteria de fatos, roda de leitura, forca da
leitura, etc.
Para que os objetivos dessa pesquisa fossem atingidos foi necessário
estabelecer normas e ampliar metodologias que levassem os educandos a terem maior
interesse pela leitura. Com base nas observações concluiu-se que os alunos que não dão
nenhuma importância à leitura, são aqueles que não conseguem acompanhar o nível da
turma por não saberem ler e isso constitui-se, num problema sério para a escola. Dessa
forma, os estudos e as investigações sobre a leitura, a escrita e operações matemática,
tornaram-se relevantes, porque foi uma forma de conhecer na prática, como ocorre o
desinteresse pela leitura, identificando os motivos nos alunos e, com isto, apresentar
metodologias renovadas para tornar a leitura em sala de aula uma prática agradável.
Durante o desenvolvimento das ações percebeu-se que os alunos
supracitados estão participando junto com os outros da turma, por exemplo, no dia que foi
realizada a pescaria literária, todos pescaram o livro, leram e preencheram a ficha de
leitura. As professoras têm mostrado também maior interesse para está desenvolvendo as
ações propostas no projeto de intervenção. Vale lembrar que o Projeto de Intervenção não
foi 100%, mas fez a diferença na aprendizagem dos alunos e na pratica pedagógica das
professoras. A pesquisa já está encerrada, mas as ações do projeto irão se estender até
dezembro. A caminhada foi longa com muitos obstáculos e peripécias pelo caminho, mas
abriu um leque de possibilidades de vitorias e conquistas a todos os envolvidos no
processo.
6. REFERENCIAS
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em Educação. Cadernos de pesquisa, Nº 49. São Paulo, Maio 1984.
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de Janeiro: Vozes, 1998.
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Porto Alegre, RS: Artes Medicas,1996.
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que as professoras pensam? Especialização Núcleo Cultura Escolar, Infância e séries
iniciais.. FaE/UFPel, 2004.
CLAUDIO, Dalcídio Moraes; CUNHA, Márcia Loureiro da. As novas tecnologias na
formação de professores de matemática. In: CURY, Helena Noronha (org.). Formação
de professores de Matemática: uma visão multifacetada. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez,
1991.
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http://www.mathema.com.br. Acesso: 25/09/2011.
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editorial notícias, 1984.
FERNANDES, Maria Estrela Araújo. Avaliação institucional da escola: base teórica e
construção do projeto. 2. ed. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2002.
GATHER THURLER, M. Inovar no interior da escola. Porto Alegre: Artmed, 2001.
LUDKE, Menge e André, Marli. Pesquisa em Educação: Abordagens educativas:São
Paulo: Epu,1986.
MACEDO, L.; PETTY, A.L.S.; PASSOS, N.C. Aprender com Jogos e Situações
Problema. Porto Alegre. Artmed, 2000.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Pedagogia da animação. São Paulo: Papirus, 1990.
MARCONI, Marina de Andrade; LACKATOS, Eva Maria. Fundamentos da
metodologia cientifica. 6º Ed-3. reimp.-São Paulo: Atlas, 2006.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. A Produção Textual, Análise de Gêneros e
Compreensão. Parábola Editorial, 2008.
MIZUKAMI, Maria das Graças Nicolette. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo:
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PERRENOULD, Philippe. Formar professores em contextos sociais em mudança:
práticareflexiva e participação crítica. In: Revista Brasileira de Educação, ANPED, n.12,
1999.
PIAGET, J. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro. Forense Universitária, 1988.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa - ação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1986.
SMOLE, Kátia e DINIZ, Maria Inez (org.) Ler, escrever e resolver problemas:
habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.
ZABALZA, M. A. Diários de aula: um instrumento de pesquisa e de desenvolvimento
profissional. Tradução de Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2004.
ANEXOS
QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AOS ALUNOS2
ALUNO:_______________________________________DATA: ____/___/____
SÉRIE/ANO: ___________
1. Assinale S (sim) N (não) AV (às vezes)
Em qual disciplina você está com dificuldade?
( ) Língua Portuguesa
( ) Matemática
( ) Todas
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Você faz todas as tarefas de sala solicitada pela professora?
( ) Sim ( ) não
Faz todas as tarefas de casa?
( ) Sim ( ) não
Ler com fluência, respeitando a pontuação?
( ) Sim ( ) não
Ler mais de uma vez para entender o que está escrito?
( ) Sim ( ) não
Gosta de fazer atividades de matemática?
( ) Sim ( ) não
Ler e faz as operações dos problemas com facilidade?
( ) Sim ( ) não
Tem facilidade para fazer operações de ______________________________________
2Questionário aplicado a 18 alunos, entre meninos e meninas.
QUESTIONARIO DIRECIONADO AOS PAIS3
ENQUANTO PAI, QUAL É A SUA OPINIÃO A RESPEITO DO PROCESSO DE
ENSINO E APRENDIZAGEM DO SEU FILHO(A)?
1. Marque Sim ou Não
Você acompanha diariamente as tarefas de casa de seu filho(a)?
( ) Sim Não ( )
Justifique sua resposta:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Seu filho(a)faz comentário sobre as atividades realizadas dentro e fora sala de aula?
( ) Sim Não ( )
Você comparece à escola sempre que solicitados?
( ) Sim Não ( )
Justifique sua resposta:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. Sobre o desenvolvimento de seu filho(a) você está:
( ) Satisfeito(a)
( ) Insatisfeito(a)
( ) Preocupado(a)
Justifique sua resposta:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3 Questionário aplicado a quatro pais de alunos.
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