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Os benefícios do pilates como atividade física para idosos com
gonartrose.
Roberta Amazonas Costa Pedroso1
robertaamazonas@hotmail.com
Dayana Priscila Maia Mejia²
Pós-graduação em Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia – Faculdade Ávila
Resumo
O envelhecimento é uma etapa do desenvolvimento que ocorre ao longo da vida. A proporção
de idosos que apresentam comprometimento na capacidade funcional aumenta com o
avançar da idade. Este trabalho tem como objetivo revisar na literatura científica
considerações acerca da gonartrose em idosos, assim como também evidenciar os benefícios
do pilates como atividade física para a melhora da qualidade de vida dos idosos. Tratando-se
de um estudo de revisão bibliográfica, realizado na base virtual Scielo, Bireme, Scholar
Google e através de livros e revistas. Foram utilizados como critérios de inclusão na
pesquisa trabalhos, obras literárias e artigos científicos de diversos autores diretamente
relacionados ao método pilates, gonartrose e os benefícios do pilates para idosos.
Palavras-chave: Pilates; Idoso; Gonartrose.
1. Introdução
O processo de envelhecimento é acompanhado por alterações nos sistemas
musculoesqueléticos e osteoarticular, acarretando declínios e comprometimento da função
articular e muscular, diminuição do equilíbrio, alterações da marcha e limitação funcional.
Esses declínios causam um impacto direto na capacidade de realizar as atividades da vida
diária, com reflexos na independência e autonomia da pessoa idosa (PERRACINI, 2009). As
patologias inerentes ao envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo no qual há
alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas que vão alterando progressivamente o
organismo, tornando-o mais susceptível a agressões (OLIVEIRA, 2012).
O Joelho é considerado uma articulação sinovial podendo ser acometida por várias doenças,
entre elas a gonartrose, caracterizada pelo desgaste da articulação do joelho que envolve o
fêmur, a tíbia e a patela, e é um dos problemas de saúde mais frequentes e sintomáticos em
pessoas de meia idade e idosos (QUEIROZ ET AL, 2006).
Para garantir um envelhecimento bem sucedido é necessário que, além das medidas gerais de
saúde, se inclua a atividade física. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em
todos os países, medidas para ajudar pessoas mais velhas a se manterem saudáveis e ativas
são uma necessidade, não um luxo.
O método Pilates é um programa de treinamento físico e mental que considera o corpo e a
mente como uma unidade, dedicando-se a explorar o potencial de mudança do corpo humano
(APARICIO, 2005). Uma boa condição física, que se consegue fazendo intervir não só o
corpo, mas também a mente e o espírito, com o objetivo final de “realizar as múltiplas tarefas
1 Pós-graduando em Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia.
² Orientadora: Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito
em Saúde.
2
da nossa vida diária com prazer e energia”. Esse método é recomendado a quase todo tipo de
pessoas independente da idade ou da profissão, pois busca-se a harmonia mental e física,
realizando as capacidades físicas individualmente e a correção dos desequilíbrios e das
debilidades (APARICIO, 2005).
2. Processo de envelhecimento
De acordo com o Estatuto do Idoso – Lei no 10.741/03, o idoso goza de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que se trata
esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades,
para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual,
espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Portanto, é obrigação da família, da
comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a
efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer,
ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária.
O estudo do envelhecimento das populações e de seus aspectos determinantes aponta para a
realidade de que estamos vivendo mais, e a longevidade, sem dúvida, é uma das
características do nosso tempo, isso porque, em um século, a média de idade aumentou
consideravelmente, o que impõe à sociedade uma profunda mudança em relação,
principalmente, à qualidade de vida desta população (ROSSATO, 2008).
Envelhecer é um processo natural, gradativo e contínuo, que começa no nascimento e se
prolonga por todas as fases da vida. Esse processo depende de três fatores principais,
biológicos, psíquicos e sociais, que podem preconizar a velhice, acelerando ou retardando o
aparecimento e a instalação de doenças e de sintomas característicos da idade madura
(CANCELA, 2007). É um processo no qual ocorre um declínio progressivo de todos os
processos fisiológicos, sendo que muitos gerontólogos acreditam que algumas modificações
fisiológicas e psicológicas observadas no idoso podem, de fato, ser em parte atribuídas ao
estilo de vida sedentário (NÓBREGA et al., 1999).
Segundo a OMS, idoso saudável possui independência física, psicológica, social e espiritual.
A manutenção de uma vida saudável é consequência da redução na perda da capacidade. Diz
ainda, que a terceira idade, tem início entre 60 e 65 anos e à medida que se entra na fase
adulta, o ser humano passa por importantes alterações fisiológicas que afetam o seu
comportamento. Essas alterações ocorrem em nível celular, tecidual, orgânico e nos sistemas.
Cada compartimento sofre alterações naturais a seu próprio tempo como resultado de
agressões intrínsecas e extrínsecas que levam a uma diminuição da reserva fisiológica, ao
declínio dos sistemas de defesa e de adaptação ao meio, e deixam a pessoa mais suscetível a
enfermidades.
A capacidade funcional é definida como a habilidade de realizar as atividades da vida diária
de forma independente, incluindo capacidade de deslocamentos, autocuidado, participação em
atividades ocupacionais e recreativas, ou seja, a possibilidade de manter as habilidades físicas
e mentais necessárias a uma boa vida, incluindo um sono adequado (NÉRI, 2005). De acordo
com Dreeben, (2010), existem várias teorias que foram apresentadas no sentido de buscar
uma maior compreensão sobre as reais causas e implicações desse processo:
A teoria genética do desenvolvimento diz que o envelhecimento é intrínseco ao organismo e
faz parte do desenvolvimento genético contínuo normal.
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A teoria do limite de Hayflick é caracterizada pela duplicação do relógio biológico e ocorre
em três fases sendo que a ultima fase (Fase III) caracteriza-se por cessação completa da
divisão celular.
A Teoria dos radicais livres propõe que os radicais livres sejam as formas altamente reativas
e tóxicas de oxigênio produzidas pelas mitocôndrias das células. Esses radicais podem causar
danos às membranas celulares e à replicação do DNA celular; interferir na difusão e no
transporte celular, reduzir o fornecimento de O2 e causar morte celular; comprometer a
integridade das células e as atividades enzimáticas; formar ligações cruzadas, como ligações
químicas entre elementos que geralmente não se combinam; interferir na função celular
normal e provocar e desencadear alterações patológicas, como arterosclerose das paredes
vasculares, mutações celulares e câncer.
A teoria neuroendócrina e hormonal propõem que os decréscimos funcionais dos neurônios e
dos hormônios associados provocam as alterações do envelhecimento.
A teoria imunológica ou da imunidade sugere que as dimensões do timo diminuam que este
órgão contraia na puberdade e torne-se cada vez menos funcionante, fazendo com que a
eficiência das células da medula óssea diminua, resultando no declínio contínuo das respostas
imunes durante a vida adulta.
As teorias ambientais explicam que o envelhecimento é causado pelo acúmulo de danos
provocados pelo ambiente.
A teoria da restrição calórica ou teoria da restrição de energia propõe que um estilo de vida
com dieta rica em nutrientes e pobre em calorias, com suplementos moderados de vitaminas e
minerais e um programa de exercícios regulares é benéfico.
As teorias psicológicas como a teoria do estresse especulam que os desequilíbrios
homeostáticos provoquem alterações da composição química e estrutural do corpo.
A teoria bipolar psicológica de Erickson é uma teoria psicológica do desenvolvimento do
ciclo da vida, que se relaciona com os estágios da vida adulta, dividindo-os em dois,
integridade e desespero.
Existem também as teorias sociológicas (teoria da atividade e teoria do desprendimento) que
se referem à experiência de vida e ao estilo de vida, que influenciam o processo de
envelhecimento. O foco das teorias sociais é fortalecer a identidade individual e melhorar o
processo de envelhecimento (DREEBEN, 2010).
O envelhecimento não pode ser explicado adequadamente por uma única teoria. Alguns ou
todos os processos podem contribuir para o envelhecimento global do indivíduo. Segundo
Cancela (2007), do ponto de vista fisiológico, o envelhecimento depende significamente do
estilo de vida que a pessoa assume desde a infância ou adolescência. O organismo envelhece
como um todo, enquanto que seus órgãos, tecidos, células e estruturas sub-celulares tem
envelhecimentos diferenciados.
Com o envelhecimento, ocorrem alterações de vários aspectos perceptíveis
do organismo: Diminuição do fluxo sanguíneo para os rins, fígado e o
cérebro; diminuição da capacidade dos rins para eliminar toxinas e
medicamentos; diminuição da capacidade do fígado para eliminar toxinas e
metabolizar a maioria dos medicamentos; diminuição da frequência cardíaca
máxima, mas sem alteração da frequência cardíaca em repouso; diminuição
do debito cardíaco máximo; diminuição da tolerância à glicose; diminuição
da capacidade pulmonar de metabolizar o ar; aumento da quantidade de ar
retido nos pulmões depois de uma respiração; diminuição da função celular
de combate às infecções (CANCELA, 2007).
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3. Benefícios da atividade física para idosos
Uma das maiores conquistas da humanidade foi o incremento na quantidade de anos vividos.
A proporção de idosos que apresentam comprometimento na capacidade funcional aumenta
com o avançar da idade.
A funcionalidade é um dos atributos fundamentais do envelhecimento humano, pois trata da
interação entre as capacidades física e psicocognitiva para a realização de atividades no
cotidiano e as condições de saúde, interação essa medida pelas habilidades e competências
desenvolvidas ao longo do curso de vida. A funcionalidade na velhice é influenciada pelo
processo de envelhecimento fisiológico, por características de gênero, idade, classe social,
renda, escolaridade, condições de saúde, cognição, ambiente, historia de vida e por recursos
de personalidade (PERRACINI, 2009).
A velhice é caracterizada por mudança biológicas, psicológicas, cognitivas e sociais que
aumentam a predisposição a situações de incapacidade funcional, multimorbidade e aumento
do risco a situações de vulnerabilidade. Essas alterações são bastante diversificadas e
individuais, o que torna o envelhecimento uma experiência heterogênea e subjetiva
(TEIXEIRA, 2007).
A prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira
significativa para a manutenção de aptidão física do idoso, seja na sua vertente da saúde, seja
nas capacidades funcionais. As evidências epidemiológicas apontam para um efeito positivo
de um estilo de vida ativo e/ou do envolvimento dos indivíduos em programas de atividade
física na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do envelhecimento. Enfatiza-se, cada
vez mais, a necessidade de que a atividade física seja parte fundamental dos programas
mundiais de promoção da saúde, com vistas a garantir um envelhecimento saudável
(MATSUDO, 2006).
A atividade física é um instrumento capaz de estimular modificações nos hábitos de vida dos
idosos, retardando o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis e mantendo-os
funcionalmente capazes para realizar as tarefas da vida diária por um tempo maior
(BENEDETTI, GONÇALVES e MOTA, 2007).
Segundo Matsudo (2006), a atividade física e em especial um estilo de vida regular podem
diminuir a velocidade de declínio da mobilidade independente da presença de doença crônica.
A melhor opção para o indivíduo que esta envelhecendo é a realização de um programa de
atividade física que inclua tanto o treinamento aeróbico como o de força muscular e que ainda
incorpore exercícios específicos de flexibilidade e equilíbrio. Destaca também que, os
exercícios com peso são ainda às vezes a uma única alternativa de atividade física em
condições clinicas que não permitem a realização de atividades aeróbicas.
Segundo Rose e Gamble (2007), as alterações com a idade que afetam de forma negativa o
equilíbrio e a marcha incluem diminuição da força e da massa musculares, diminuição da
densidade óssea, redistribuição da massa corporal, diminuição da capacidade respiratória,
atrofia seletiva dos componentes do sistema nervoso central que controlam o equilíbrio e a
marcha e a perda de funções sensoriais periféricas.
Um programa de exercícios físicos para a longevidade tem como objetivo desenvolver a
resistência e a força muscular, melhorar a mobilidade articular, redobrar as energias,
vitalidade e disposição, tornar a vida mais alegre e combater a depressão (MATSUDO, 2006).
O Método pilates pode ser um meio eficiente de despertar o prazer e o hábito da atividade
física, pois a característica lúdica nos exercícios torna a sessão um momento divertido e
prazeroso, no qual o professor procura transmitir a ludicidade sem explorar os limites naturais
do corpo, sendo um meio eficiente para o alívio de tensões (MARCO e PANELLI, 2006).
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4. Método Pilates
Breve Histórico
Joseph Humbertus Pilates nasceu na Alemanha em 1880 e devido a uma saúde fraca na
infância e à sua sede de conhecimentos, dedicou-se aos estudos de anatomia, física, biologia e
tudo que cruzasse seu caminho, além disso, praticou disciplinas ocidentais de treinamento
físico, e chegou a ser boxeador e acrobata de circo (APARICIO, 2005). Quando a Primeira
Guerra Mundial (1914-1918) explodiu, Pilates foi confinado em um campo de prisioneiros,
com outros compatriotas. Nesse período, ele desenvolveu exercícios para manter a si a aos
companheiros saudáveis, utilizando molas nas camas e outros artefatos para construir os
protótipos dos aparelhos (CAMARÃO, 2004).
De acordo com Marco e Panelli (2006), Joseph Pilates foi um autodidata que conseguiu
recuperar muitos dos seus clientes em limitações físicas, dores crônicas e lesões usando um
treinamento baseado nos princípios básicos que desenvolveu e no equilíbrio do
desenvolvimento entre os fatores força e flexibilidade. No final da guerra, Pilates voltou à
Alemanha, onde continuou a desenvolver seu método, que chamou a atenção de membros da
dança. Na América, o método criado por Pilates continuou atraindo bailarinos, por completar
o treinamento tradicional deles. Há poucos anos, o método Pilates começou a se tornar mais
conhecido mundialmente, sendo praticado não só por aqueles que necessitam manter a forma,
mas também por pessoas que se preocupam em viver de maneira saudável (CAMARÃO,
2004). Estudantes de Pilates começaram a abrir seus próprios estúdios, isoladamente, nos
anos 60. Joseph Pilates afirmava que estava pelo menos cinquenta anos à frente de sua época,
pois ainda não havia fisioterapia, e a medicina tradicional apresentou resistência, ainda que o
método tenha provado sua eficiência, reabilitando pessoas de várias lesões e disfunções
músculo-esqueléticas (MARCO E PANELLI, 2006).
Quando Joseph Pilates faleceu, aos 87 anos, em 1967, além de não deixar herdeiros não
designou um sucessor para dar continuidade ao seu método. Porém sua esposa, Clara,
juntamente com Romana, uma aluna avançada de balé que sofreu uma lesão em um dos pés e
melhorou praticando o método, continuaram o seu trabalho prosseguindo na conservação e
difusão do método pelo mundo (APARICIO, 2006).
Segundo Marco e Panelli (2006), no Brasil, Alice Becker Denovaro apresentou-se como a
primeira brasileira a certificar-se no Método Pilates. Graduada em dança pela Universidade
Federal da Bahia, retornou ao Brasil em 1991 e introduziu o Pilates na área clínica em
Salvador.
O que é Pilates?
De acordo com Camarão (2004), Pilates é um método de condicionamento físico que integra
o corpo e a mente, ampliando a capacidade de movimentos, aumentando o controle, a força, o
equilíbrio muscular e a consciência corporal. Trabalha o corpo como um todo - corrige a
postura e realinha a musculatura, desenvolvendo a estabilidade corporal necessária para uma
vida mais saudável e longeva.
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Conforme afirmaram Pilates e Miller (1998), a “Contrologia” é o equilíbrio, o controle do
corpo e da mente, através do qual podemos despender o mínimo de energia e assim, garantir
uma boa saúde e desenvolvimento natural com os melhores resultados.
O método Pilates se divide em exercícios de solo, que são feitos no chão, sobre um
colchonete, e em aparelhos, que são feitos com os aparelhos criados por Joseph Pilates, os
quais utilizam molas, que assistem e resistem aos movimentos (CAMARÃO, 2004).
O método original trabalhava com a retificação da coluna, contração do abdômen, dos glúteos
e do assoalho pélvico – que Pilates chamava de power house ( casa do poder). Dizia ainda que
todo movimento deve sair do abdômen (CAMARÃO, 2004).
Segundo Aparicio (2006), o Pilates tem como uma das metas alcançar um melhor
funcionamento do corpo, que se baseia no fortalecimento do centro de força. Já o segundo
pilar do método é a aplicação dos seis princípios básicos fundamentais: concentração,
controle, centro, fluidez nos movimentos, respiração e precisão.
Princípio da concentração - ao realizar os exercícios, é fundamental ter consciência de todas
as partes do corpo, pois estas estão interconectadas e influenciam uma à outra, de modo que
aprender a se concentrar é essencial para aprender a controlar o corpo e a mente. A razão da
necessidade de se concentrar é poder estar no comando de cada movimento, para assim
realizar movimentos precisos e perfeitos.
Segundo Hall (1998), “A concentração em cada movimento do corpo proporciona um
aumento da propriocepção através de um contínuo feedback de respostas motoras
sinergéticas.”
Princípio do controle - a maior ocorrência de lesões acontece quando existem movimentos
acidentais, desleixados, enfim, sem controle. O controle é a ‘chave’ essencial para a qualidade
do movimento. Afirmaram também que, ao compreender a maneira básica de exercitar-se no
Método Pilates, ou seja, com todo o corpo controlado, é possível executar movimentos
graciosos, fluentes e relaxados (WINSOR e LASKA, 1999).
Cada movimento executado deve ser meticulosamente calculado e planejado, pois é desta
maneira que o Método Pilates consegue reduzir o risco de lesão durante a atividade física,
preparando o corpo para as atividades diárias (MARCO e PANELLI, 2006).
Princípio da Centralização - o centro de força é definido como o “cinturão” que se estende
desde a base das costelas até a região inferior da pélvis, sendo considerado o pilar
fundamental do método. O centro suporta o tronco, ajuda a melhorar a postura, facilita
movimentos equilibrados e afina o controle motor das extremidades prevenindo a dor nas
costas e outras lesões, e implica menos a fadiga (APARICIO, 2006).
Princípio da Fluidez - a movimentação parte de um centro fortalecido e flui para as
extremidades com refinamento, sem movimentos rígidos, não muito rápidos nem muito
lentos, mas com controle e suavidade. O Princípio da Fluidez é “a essência dos movimentos
do Método Pilates” (MARCO E PANELLI, 2006).
Princípio da Respiração - Pilates afirmou que antes de qualquer benefício que possa ser
alcançado como uso do método a pessoa necessita “aprender a respirar corretamente”.
Esclareceu que a “respiração completa” seria a completa inalação e exalação de ar (MARCO
e PANELLI, 2006).
De acordo com Aparicio (2006), a expiração é fundamental, pois expulsa o ar viciado dos
pulmões, como quando “torcemos um pano ensopado de água”, e como consequência , o
corpo estaria carregado de oxigênio “fresco” quando o sangue “revitalizado” atingisse desde
os dedos dos pés aos dedos das mãos, estimulando desta forma todos os músculos a uma
atividade muito maior, ao mesmo tempo em que o corpo poderia tornar-se abundantemente
carregado de oxigênio “puro” e “fresco”.
Princípio da Precisão - “A Precisão deve ser mantida para evitar o risco de lesão”, assim
escreveu Hall (1998). Todos os exercícios foram planejados com o objetivo de se obter o
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máximo benefício de cada um deles, sendo necessário prestar muita atenção aos detalhes, já
que a qualidade, nos movimentos, é mais importante que a quantidade. A precisão ajuda a
aumentar o controle, além de combater hábitos e padrões de movimentos não desejados
(APARICIO, 2006).
Fonte: Robinson e Napper (2002)
Figura 1 – Princípios do Pilates
5. Gonartrose
O joelho, do latim Genu, é um complexo articular que envolve o fêmur, a tíbia e a patela. É
uma articulação intermédia do membro inferior, é a maior do corpo e uma das mais
complexas em termo de biomecânica. Possui ligamentos que estabilizam a articulação,
auxiliados pelos meniscos, que além de estabilizar o joelho, amortecem os impactos sobre as
cartilagens. A chave para uma articulação de joelho saudável é a estabilidade da articulação.
A configuração óssea, os meniscos, os ligamentos, a cápsula e os músculos que cercam essa
articulação produzem a sua estabilidade (SERRA, 2001).
Os ligamentos são os estabilizadores primários para a translação anterior e posterior,
angulação vara e valga, e para a rotação interna e externa da articulação do joelho. O
ligamento cruzado anterior (LCA) é a restrição predominante ao deslocamento tibial anterior,
por aceitar 75% da força em extensão completa e um adicional de 10% de flexão do joelho.
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Fonte: Netter (1996)
Figura 2 – Anatomia do Joelho
O joelho é uma articulação sinovial podendo ser acometida por várias doenças, entre elas a
artrose ou osteoartrite, também denominada osteoartrose, artrite hipertrófica, artrite
degenerativa. A osteoartrite é uma perturbação crônica das articulações, caracterizada pela
degenerescência da cartilagem e do osso adjacente, que pode causar dor articular e rigidez. A
artrose no joelho, conhecida como gonartrose, pode causar dor com o movimento, rigidez
após inactividade, e limitação da mobilidade (VASSCONCELOS, 2006). É uma patologia
acometida mais em idosos. Pode surgir em consequência de trauma, infecção, meniscectomia,
lesão ligamentar ou qualquer outra agressão articular, mas também pode surgir sem causa
aparente. Entre os principais fatores de risco estão a idade avançada, predisposição genética,
obesidade, fatores mecânicos além da ocupação profissional.
O processo de gonartrose no idoso resulta em geral do grau de sobrecarga mecânica que é
aplicada sobre a articulação do joelho com o avanço da idade e à inatividade (CHIARELLO;
DRIUSSO; RADL, 2005).
Esta patologia atinge mais o sexo feminino que o masculino. Isto se deve às diferenças
anatômicas entre os dois sexos: maior diâmetro transversal da bacia feminina que implica um
maior ângulo em valgo de joelho. A gonartrose, tradicionalmente classifica-se em primária ou
idiopática ou secundaria, segundo o conhecimento ou não das causas, onde uma não apresenta
uma definição clara e a outra sendo resultados de fatores predisponentes (GANN, 2005).
As características clínicas relacionadas a essa patologia são: dor, calor e rubor, rigidez,
alargamentos da articulação, creptação, perda de movimentos, achados radiológicos, atrofia
muscular, espasmo muscular e deformidades.
A dor ocorre devido às cargas compreensivas ou atividade excessiva da articulação. Essa dor
deve-se ao estado secundário do osso subcondral da sinóvia e da cápsula articular (KISNER,
2004). Quando apresenta calor e rubor, significa inflamação ativa. Segundo Felice et. al.
(2002), a rigidez matinal é de curta duração ou em períodos de repouso devido à inatividade,
sendo aliviada com o movimento. Diz ainda que a creptição pode ser fina ou grosseira, devido
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à presença de irregularidades na superfície da cartilagem (fissura, descamação, fibrilação).
Isso dificulta a lubrificação e, consequentemente, aumenta o atrito entre cartilagem e líquido
sinovial. A creptação é palpável e, em poucos casos audível. A perda de movimentos deve-se
ao encurtamento ou alongamento adaptativo dos tecidos moles, alteração do contorno
articular ou osteófitos.
A atrofia muscular é causada pelo desuso ou pela inibição a dor, deixando os músculos fracos.
Quanto às deformidades, são causadas pelo alinhamento defeituoso da articulação devido as
irregularidades das suas superfícies (GOLDING, 2001).
De acordo com Kisner (2004), a gonartrose é mais comum na parte medial do joelho, a dor é
descrita ao redor e dentro da articulação, os osteófitos podem ser palpáveis, a crepitação e a
atrofia do quadríceps são comuns, surgi uma marcha antálgica devido a dor e uma tendência a
instabilidade da articulação podendo causar deformidades permanentes e contraturas com
encurtamento ou alongamento adaptativo de vários tecidos.
A dor e a dificuldade nas AVD’s, dependência física, restrição à mobilidade e
à integração social geradas pelas incapacidades aumentam a ansiedade, o
desânimo e podem culminar no aparecimento de depressão (ALEXANDRE,
2008).
Essa incapacidade gerada pela gonartrose leva ainda os idosos à pior percepção e saúde
mental, seja porque apresentam dor ou porque a dor persistente desencadeou um processo
depressivo causando a ansiedade e podendo intensificar os efeitos da artrose causando as
limitações funcionais.
6. Benefícios do Pilates na gonartrose
Os benefícios do Pilates na terceira idade vão desde o alivio das dores provenientes da idade
até melhora da autoestima, buscando um diferencial no atendimento, conhecendo suas
patologias, suas consequências e contra-indicações, escolhendo os exercícios com suas
adaptações e utilizando uma boa metodologia e didática que contribuam tanto para a parte
física quanto psicológica do idoso.
Para conseguir um efeito benéfico dos exercícios do Método Pilates em seu sistema
cardiovascular, segundo Pilates e Miller (1998), os exercícios transformam sua circulação
preguiçosa em ação para desempenhar seus deveres com mais eficiência, descarregando,
através da circulação sanguínea, o acúmulo de produtos cansativos criados por atividades
musculares e mentais. Seu cérebro se limpa e aumenta sua força de vontade.
Com a prática dos exercícios, ocorre aumento dos batimentos cardíacos, fazendo com que a
corrente sanguínea dirija sangue “puro” e “fresco”, ou seja, rico em oxigênio, para todas as
fibras musculares e importantes veias capilares, aumentando a oferta normal e natural do
sangue que irá percorrer o cérebro, resultando em estímulos para as funções mentais
(MARCO e PANELLI, 2006).
A respiração e a mente são interdependentes; se uma pessoa prende a respiração, sua mente
começa a se colocar em alerta; se a respiração for irregular e acidentada, a mente torna-se
mais dispersa. O domínio da respiração fortalece a mente e ajuda a concentração (APARICIO,
2006).
Os benefícios do Método Pilates só dependem da execução dos exercícios, que proporcionam
uma integração do corpo e mente, aumenta a força, dá maior controle muscular, melhora a
capacidade respiratória, aumenta a energia, dá maior flexibilidade, harmoniza os movimentos
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diários, alonga, tonifica e define a musculatura, melhora o condicionamento físico e mental,
corrige a postura, dá maior consciência corporal, reestrutura o corpo, aumenta o equilíbrio e a
coordenação, previne lesões, é eficiente na pós-reabilitação, aumenta a autoestima, alivia o
estresse e as dores musculares (CAMARÃO, 2004).
O Pilates é também indicado para reestabelecer o equilíbrio, através de exercícios
desafiadores restaurando as conexões responsáveis pela sensação de segurança ao caminhar e
realizar as atividades do dia-a-dia. Nos idosos, o equilíbrio pode estar alterado devido à
desvios posturais decorrentes da idade. Além disso, a prática estimula a produção e a
demanda de cálcio para os ossos que possam estar fragilizados proporcionando lubrificação e
aumento da amplitude de movimentos para as articulações acometidas respeitando os limites e
avanços de cada um dentro das aulas.
7. Metodologia
O presente trabalho foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica descritiva, no qual
foram utilizados artigos científicos nos idiomas português e inglês de origem nacional e
internacional.
As informações e dados obtidos nessa pesquisa foram feitas através de livros, revistas
cientificas, artigos científicos, e na base virtual Scielo e google empregando termos como:
processo de envelhecimento, método pilates, artrose de joelho, gonartrose, atividades físicas
para idosos. Todo material colhido foi analisado e serviu como base para a elaboração do
trabalho.
8. Resultados e Discussão
Há ainda algumas controvérsias para afirmar se os exercícios podem causar ou agravar as
doenças osteoarticulares, mas há evidências de que a atividade física moderada e exercícios
adequados ao estilo de vida são muito eficazes para manter os pacientes idosos autônomos e
independentes (PERRACINI, 200).
Outro aspecto importante, já estabelecido na literatura, é que os idosos com gonartrose
necessitam melhorar o condicionamento cardiovascular porque a doença é altamente deletéria
em função do sedentarismo e da obesidade, que são muito prevalentes nessa população devido
aos sintomas de dor e rigidez. Há evidências de que exercícios de alta e média intensidade são
efetivos na melhora da função, marcha, dor e capacidade aeróbia (BROSSEAU ET AL,
2008).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma atividade física regular e
moderada reduz o risco de morte por problemas cardíacos em 20 a 25% em pessoas com
doença do coração diagnosticada, além de reduzir substancialmente a gravidade de
deficiências associadas à cardiopatia e a outras doenças crônicas.
Segundo Camarão (2004), o método pilates estaria enquadrado neste contexto para prevenção
primária, secundária e terciária da saúde – pré-doença, doença latente e doença sintomática.
Os benefícios inerentes à prática regular de atividades físicas na terceira idade tem sido objeto
de estudo por inúmeros autores e áreas de pesquisa, sendo que muitos já afirmaram que um
estilo de vida ativo promove a manutenção da capacidade funcional destes indivíduos por um
período mais longo, e consequentemente mantém sua qualidade de vida.
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Matsudo (2000) revisa diversos autores e conclui que a atividade física também tem efeitos
nos aspectos psicológicos e sociais do envelhecimento: melhora a auto-estima, o
autoconceito, a imagem corporal, contribui no desenvolvimento da auto-eficácia, diminuição
do estresse e da ansiedade, melhora da tensão muscular e da insônia, diminuição do consumo
de medicamentos, melhora das funções cognitivas e da socialização.
O aumento do equilíbrio corporal também é um grande avanço, já que o idoso tem seu
equilíbrio comprometido devido à idade. O pilates é um trabalho aplicado com uma grande
margem de segurança, não cansa e não causa dores musculares.
Em relação ao Método Pilates, Camarão (2005), afirma que “é um sistema de exercícios que
possibilita maior integração do indivíduo no seu dia–a–dia. Trabalha com o corpo como um
todo, corrige a postura e realinha a musculatura, desenvolvendo a estabilidade corporal
necessária para uma vida mais saudável e longeva”. A mesma autora acredita também que
através da prática regular do Método Pilates, “o indivíduo redescobre seu próprio corpo com
mais coordenação, equilíbrio e flexibilidade. Independentemente da idade, qualquer pessoa
pode ser beneficiada por esse método que melhora a qualidade de vida e oferece resultados
rápidos”.
9. Conclusão
De acordo com as literaturas citadas no decorrer do trabalho podemos concluir que uma
atividade física regular bem orientada, aplicada e executada e a adoção de um estilo de vida
ativo são necessárias para a promoção da saúde durante o processo de envelhecimento, sendo
também um forte aliado no processo de reabilitação e independência desses idosos,
promovendo aumento da resistência muscular, melhora na mecânica articular, incremento na
coordenação e o equilíbrio e, por consequência, melhora a qualidade de vida e a capacidade
funcional.
Com o envelhecimento, o idoso apresentar uma diminuição do tamanho dos músculos,
diminuição da força e resistência muscular, diminuição do controle dos movimentos, do
equilíbrio e flexibilidade. A evolução mais cruel para o individuo idoso é a incapacidade
funcional quando o mesmo se vê numa situação em que afazeres que antes eram simples
ficam difíceis, ou ate impossíveis, de serem executados com independência.
A função básica da cartilagem articular é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas
quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de
absorção de choque quando submetido à forcas de compressão ou de tração. Além da
cartilagem, outras estruturas também fazem parte da articulação, desempenhando papéis
específicos como o líquido sinovial, que lubrifica as articulações e os ligamentos, que ajudam
a manter unidas e estáveis as articulações.
O Método Pilates oferece muitas ferramentas que permitem ao instrutor equilibrar momentos
de descarga de peso – fundamental tanto para a absorção óssea quanto para a produção de
sinóvia – com momentos de decoaptação articular – que libera a articulação trazendo alivio e
contribuindo na sua lubrificação. O ambiente de pilates conta com uma diversidade de
recursos, seja através do repertório e suas adaptações, seja através dos acessórios que
permitem ao instrutor elaborar um programa que estimule a propriocepção articular
promovendo melhoria no equilíbrio corporal, coordenação e marcha, contribuindo também
com a prevenção de quedas.
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