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ASSIGNATURA ANNUAL

Brazil 6$000pagamento adiantado

PÜBLICá-SE NOS DIAS 1 E 15 DECADA MEZ

PMRIOOICO EVttLÜCIOlíISTA

ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO SPIRITA BRAZILEIRA

ASSIGNATURA ANNUALExtrangeiro 7$000

PAOAMEHTO ÀDIAflTADO

PUBLICA-SE NOS DIAS 1 E 16 DlCADA MEZ

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Tod. w^pnto** deve ser dirigida a PKMSO BICHAKD - Bua do BHWio % <*.

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Brasil — Rio d© Janeiro — 18»» — ietembo 1

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agentes do <reformador» ^ ressurreição daAmaíoicas—O Sr. Bernardo Rodrigues

de Almeida, em Manao», rua José Paraná-gua n. 2.

Pabá—O Sr. Recaredo Laudegario daluva Prego, em Belém, rua ConselheiroJofto Alfredo n. 16.

Cbará—O Sr. Demetrio de Castro Me-neaea, na Fortaleza, rua 24 d» Maio n.242.

Rio Gka-,de do Nortk—O Sr. Fortu-nato Rufino Aranha, no Natal, rua 18 daMaio n. 51.

Pabahyba—O Sr. Emiliano RodriguesPereira, na capital, rua da Viraçao n. 27.

Pernambuco—O Sr. Theodomiro Du-arte, no Recife, rua Primeiro de Marçon. 7.

O.Sr. Joaquim Pessoa de Mendonoa, emGoyana. '

Alagoas—O Sr. João Nunes dos Santo»,em Penedo, rua da Penha n. 80.

Skrgipe—O Sr. C, Campos, em Araca-jü, rua Aurora n. 7.

Bahia—O Sr. Manoel Ferreira VillasBoas, em S. Salvador, rua de Santa Bar-bara n. 114.

O Sr. Francisco Xavier Vieira Gomes,na Cachoeira.

Rio de Jakeibo—O Sr. LinV BaptistaCoelho, em Petropolis, rua 15 de Novena-bro n. 50.

O Sr. Luiz Lopes da Silva, em Friburgo.O Sr. Júlio Feydit, em Campos, rua Vis-

conde do Rio Branco n. 36.O r. Maximiano Gomes dos Santos, em

Apparecida.O -r. Mariano Rebello da Silva, em Pu-

reza.O Sr. Ignacio Cândido dos Passos COr-

te», em S: Fidelis.O Sr. Jofto Antônio Eacar, em Canta-

gallo.Minas Gkkajss—O tír. Modoatiuo Ar-

juuide, eui Ouro Preto.

O Sr. jüeocleciauo Vieira, eiu Uberaba.

O Sr. Tüumax José d» Silva, em Vargi-mua.

0*Sr. José Monteiro da Silva Júnior, emSacramento.

O Sr. Cicsro CamOes, em Barbacena.

ri. Paulo—O Sr. Antônio (ionyalves daléilva Batuira, ua capital, rua du indepwn-dencia n. 4.

O Sr. Benedicto José de Souza Júnior,em bantosj rua General Câmara u. 120.

O Sr. Jofto Manoel Malheiros, ua Fran-ea, rua do Conumoioio n. 16.

O Sr. Joaquim de Carvalho Leme, emQuaratiugueta.

O Sr. Jofto Baptista de Camargo, emPiracicaba.

Pakajsá—O Br. Jofto Moaes Pereira Go-me», em Paranaguá.

O 8r. Autouio Simplioio da Silva, uaLapa.

Sawta Catharina — O Sr. JoaquimAutouio tí. Thiago, em S. Fraucisco.

Rio Grande do Sul—O Sr. Carlos Pa-reto, em Porto Alegre, rua Ramiro Bar-' oellOH u. 281.

O Sr. José Gabriel Teixeira, ao RioPardo. •

Matxo Grosso—O Sr. Flario Cresceu-elo de Mattos, em Cuyabá.

Portugal e seus Domínio» — O Sr.Ciaudino Netto, no Porto, raa Cerpo daguarda a. 80, 2.» andar'

carne

A igreja romana, adstricta á lettra,ensina que, no fim do mundo, os corposcom que viveram os homens se reuni-rão aos espiritos que os animaram, re-stabelecendo-se, desfarte o homem quemorreu.

Esta interpretação da resurreição dacarne é de todo em todo insubsistente,por que vai de encontro aos dictamesda sciencia, que é revelação divinaconio a religião; não podem portanto,jamais, as duas estar em desaceordo. IUma auxilia a outra, sendo a scienciaa confirmação experimental das verda-des religiosas, e sendo a religião o pha-rol que esclarece os abysmos teuebro-sos da sciencia.

Na revelação religiosa «nsontra ohomem a luz para devassar os segredosda natureza, que é o fim de toda asciencia, e na revelação scientifica,bem estudada, bem experimentada, eu-contra a confirmação, podemos dizer,material das verdades religiosas.

Sempre que houver desaceordo entreas duas, ficai certos : é que não com-

prehendestes bem, é que falsa é vossainterpretação ou vossa observação.

Jfi é exactamente isto que se dá nocaso da resurreição da carne.

sua interpretação,A igreja, coiestá em completo antagonismo com o

íácto verificado pela sciencia, que não

adraiite tal modo de resurreição, im*

possível.Qual das duas estará com a verdade ?

Vejamos.O corpo humano, aggregado de ele-

mentos materiaee, obedece necessária-mente à lei da matéria, á decomposi-

ção.A su» decomposição dá-se, a nossos

olhos, pela putrefacção, que é o pro-cesso natural de desaggregação dos

elementos materiaes componentes dos

corpos organizados.

Por aquelle processo, vemos, no fim

de certo tempo, o corpo reduzido a

ossos, e no fim de maior tempo, os os-

sos reduzidos a pó, a nada.

O que é feito dos elementos que«onititaira» aquelle corpo? Desfiie-

ram-se «ffecti vãmente no nada ? Não ;porque o nada não existe, e tudo o queé, será eternamente, embora sob novaso variadissimas formas.

Áquelles elementos, dil-o a revela-

ção scientifica, de pleno accordo com areligiosa, vão ao turbilhão universal

(fluido cósmico), donde sahiram parafazer parte do eorpo que se decom-

poz, e desse turbilhão, apurados e mo-dificados pelos processos naturaes, vol-vem a fazer parte de novos seres, queemanam do fluido universal, fonte ori-

ginal de tudo o que foi, é e ha de ser,no universo creado.

Sendo assim, como diz a sciencia, areligião, e acceita de boa vontade nos-sa razão ; como resuscitarem os corposcom os elementos que os constituíram,se esses elementos já são partes compo-nentés de outros corpos, de outrossere^? ___. . x .. ..

Seria preciso haver uma deslocação

geral uma desordem completa, uma des-truição dos seres vivos, para a resur-reição da carne dos seres mortos; eisto, que vai de encontro á ordem e áharmonia universaes, que seria um tes-temunho contra a omnisciencia, é o

que seria fatalmente, se verdadeirofosse o ensino romano.

E, pois, pela prova do absurdo, seevidencia que a verdade uão está coma igreja romana.

Mas o que é a resurreição da carne ?Uma linguagem symbolica, para expri-mir uma lei aiuda incomprehensivel:a lei das reincarnações, pela qual oespirito não reveste a carne morta,mas uma carne nova, embora destina-da ao mesmo lim da primeira.

O espirito resurgiu na carne, toman-do novamente um corpo, e figurada-mente qualificou-se o faete de resurrei-

ção da carne.A igreja romana, interpretando se-

gundo a lettra, guia a humanidade &um absurdo que deroga ae sabias leisdo Creador.

O spiritismo, interpretando em es-

pirito e verdade, guia a humanidade aoconhecimento da verdadeira lei, da lei

que exalta a omnisciencia, flrmando-sena sciencia e na revelação da revela-

ção, perfeitamente accessiveis á nossarazão.

Ahi está e «ae é reearreieáe da

0 spiritismo prohibido

carne.

Ao Diário do Povo, de S. Paulo, es-creveu o padre Passalacqua, pedindoque publicasse a prohibição de Roma :de publicar, ler ou conservar livros em

que se ensine e louve a evocação dosespiritos.

O que pretenderia o padre com aquelle

pedido ?Quem não sabe que Roma repelle o

spiritismo, como o réo repelle a todosos que aceusam suas faltas ?

E, porque Roma condemna o spiri-tismo, o spiritismo está condemnado ?

Jesus também foi condemnado pelaRoma de seu tempo ; mas não deixou

por isso de ser a verdade, a luz, oamor, a caridade, a incarnação do pen-samento de Deus.

Embora os padres proclamem a in-fallibilidade da sua Roma, só os parvosignorantes acreditam n'ella; porqueinfallivel só Deus.

Portanto, se Rorna prohibe o spiri-tismo, e se este. é ama revelação, pro-mettida por N. S. -Fesus Christo, comose lê uo Evangrib ¦ de S. João e de S.Matheus, evident mente Roma, ou oclero catholico. se collocahoje nas con-dições do sacer I >cio hebreu.

Como conbecer-se que o spiritismo éa revelação prométtida pelo Christo ?

Pelo fructo, ensinou Elle, se co-nhece a arvore, porque de arvore boanão pode vir fructo mau, nem de arvoremá fructo bom. A

Examine-se desapaixonadamente semfanatismo e sem preconceitos, exa-mine-se, n'estas condições, a doutrinaspirita, e veja-se se ha n'ella algumacoisa que leve, ainda que ligeiramen-te, a attribuil-a a uma arvore de má

qualidade.Amor e caridad", eis o fundamento

moral da nova revelação, cujos concei-tos e preceitos giram em torno de tãosagrado lemma.

Pode, pois, ser tal doutrina obra deinimigo da humanidade ? Não, nunca ;bó um amigo pode dar ao homem odulcissimo mel que gera e fortaleceem sua alma áquelles divinos senti-mentos, fora dos quaes não ha salva-

ção.E, pois que elles são palpavelmente

divinos, e a humanidade espera a pro-messa de uma nova revelação, promes-sa feita pelo próprio Jesus, o que ra-cionalmente se deve concluir ?

Só os fanáticos ignorantes, só osimitadores do sacerdócio heereu, do

/

pii mhi iiii'iwgijaw]«i[»iiiiwi iiiitjMiiiinmmmmmmiimmpr

tempo de Jesus, não concluirão : o spi-ritismo é a revelação prometi ida porN. S. Jesus Christo, para explicaraquellas verdades que Elle, em vistado atràzo da humanidade, não poudeensinar, o para restabelecer o que, emseu santo nome, foi deslocado e deliu-

pado.Se, pois, o spiritismo, que assombra

o clero catholico porque faz a luz so-bre seus erros e iniquidades. é obra do

promettido Espirito da Verdade, o queimporta que a igreja romana o prohi-ba?

Infelizes os que o prohibem, porqueterão a sorte dos sacerdotes e dos pha-riseus !

Felizes os que o abraçarem, a des-

peito da prohibição, porque esses des-

prezam o pharisaismo e se abraçam coma Cruz da Redempção.

Entre Jesus e o papa, escolham li-vremeute, como já escolheram entreJesus e Caiphás.Mi» ii iMiiM-iwrTnvrrriTii atamaMMMauuBMMiaiBaimBMÊBM

NOTICIAS

a&&fc,«.mMAAMWtó — l&ttf— «•t»tfflS>r» t

Não se trata de um collega novo,pcis que já se acha no seu 21" anuo deexistência, mas de um novo collega quepela pnmeira vez, nos dá o prazer deuma visita, a qual — esperamos — sereproduzirá com assiduidade a que, pornossa vez, corresponderemos pontual-meute. —E' o Mòmtenr spirite & ma-gnétique, que se publica em Bruxel-ias, 100 rue de Mérode, Saiia Gilles,e cuja assignatura annual custa, parao exirangeiro, 3.50 francos.

Para que os leitores formem umaidéa d'esta interessante publicação,cuja leitura ihes recommendamos viva-mente, aqui damos o summario do n? 5que temos a vista :

1.—O phenomeno spirita.—2. OSr. Wiliiam Crookes. — 3. SociedadeEspiritualista de Pruxellas, B. M.—4. U que é a vida, Joseph de Kro-nheim.—5. Uma vidente.—ti. Tribunado Magnetismo, Dr. C. — 7. A sombri-nha verde ou o enguiço,—tí. A uniãospirita kardecista de Catalunha. — 9.Bibliographia. — 10. Boletim dos sum-manos.

Agora trata-se de ir mais longe. Eo boletim de que nos òccupamòs esteu-de-se longamente sobre o assumpto,como terão os leitores oceasião de apre-ciar no nosso próximo numero, em queo publicaremos na integra.

A outra noticia, á que também entãodaremos publicidade, é a da desincar-nação do celebre curador alsaeianoFrancis Schlatter, do qual já nos temosoecupado n'estas coluumas, «orno d'issoestarão lembrados os nossos confrades.

Chegada á ultima hora essa noticia,não a podemos dar no presente nume-ro, tanto mais que é extensa e exigeespaço de que não dispomos hoje.

A falta de espaço com que luetamosobriga-uos a adiar para o nosso proxi-mo numero duas publicações muito in-teressantes. E' uma dellas o supplemen-to do «Boletim da Federação SpiritaUniversal» que, no caracter de circu-lar, nos foi dirigido e oecupa-se doCongresso Spirita que se deve reunirem Paris, em 1900, por oceasião daexposição universal que alli se eiiee-tuará n'essa epocha, o qual tratará deassentar sobre bases indiscutíveis estasduas verdades fundamentaes da nossadoutrina:

As vidas suecessivas ; eA existência de Deus.Como devem saber os leitores, a reu-

nião de um congresso idêntico, n'aquel-Ia mesma capital, por oceasião da ex-posição de Idd9, teve por fim assentar,de igual modo, como verdades definiti-vãmente estabelecidas para todos osspiritas os seguintes princípios:

A existência e immortalidade daalma ;

O conhecimento do corpo espiritual,ou perispirito ; e

A communicação entre a humanidadeterrestre e a humanidade deaincarna-i%.

Terminamos hoje, como se verá euioutro logar da nossa folha, a publica-ção do livro do Sr. Valentiu Tournier,O spiritismo ante a razão, que ha lougotempo vimos publicando e de cuja tra-ducção encarregara-se um dos nossoscollegas, que procurou dar á sua tare-lá um desempenho, na medida de suasforças, tào completo quanto possível.

Assignalamos, todavia, o facto, uáopara exaiçar o mento do trabalho donosso companheiro, que o tem na justaconta e d'isso uáo se preoecupa abso-lutamente, mas para chamar a atteu-ção dos leitores sobre as conclusões aque chega o nosso confrade Sr. Vaien-tin Tournier, no remate do seu livro,coiiclu&ões com as quaes sentimos nãonos podermos conformar.

Reproduzimos litteraimeuie e na iu-tegra o capitulo tinal do relendo livro,o ii:jíuü^ ouinj^vituuij um dovoi' «iumen

tar de lealdade a que uos julganioa opri-

gados. JNao renunciamos, todavia, comisso ao direito de livre exame e ue cri-uca, direito que nos propomos exercer,sem que, porem, cogitemos de abrirn'estas columuas uma discussão acercado assumpto, aliás dü incontestáveltranscendência.

iNo nosso próximo numero pubiicare-mos um artigo em apoio do nosso modode ver acerca da creação ou da eterui-dade dos espíritos, tratadas 11'esse ca-

pitulo de que hoje nos oecupamos, eemprazanios ate ia os nossos kitores,attenta a íinposbiuindade de o lazer nopresente numero pela carência absoiu-ta de espaço.

Au nosso confrade, auetor do livroem questão, se porventura ine chega-reui estas imnas, uao parecera decertoextranha esta nossa resolução, aiudaque o nao iosse senão no ponto ue vistada antigüidade do citado livro, queveiu a luz ha muitos annos já. E' pos-si vel mesmo que o seu auetor não pen-se hoje do mesmo modo. Isso, porem,é coisa que apenas lhe diz respeitopessoalmeute.

U nosso dever, reproduzindo hojeidéas emittidas üa alguns iustrus, dasquaes discordamos mas cuja mtegrida-de lealmente respeitamos, e oppur-lheso nosso modo de ver, para que o nossosilencio não seja levado á couta de umasolidariedade que repudiamos.

Dahi a necessidade do uosso proxi-mo artigo.

uma nova, colúmna destinada a susten-tar a magestosà cupola do edifício danova fé, (Pesse edifício em cuja con-strueção, toda de luz e de consoladorasverdades, não cessam de colloborar oselevados espiritos do Senhor,que de con-tiiiuo nos assistem com a sua generosadedicação á obra commum do bem edo alevantamento da pobre humanidadedecahida, em que andamos empenha-dos.

A fundação do uovo grupo spirita Fé,JAsperunça e Caridaite, que se destinaao estudo do spi ritismo na sua mais altaaspiração, o que importa—a interpreta-ção do Evangelho em espirito e verda-de, tem a significação de mais umtriumpho obtido sobre os erros e asobscuras vaciliações do passado pelanova revelação, que se propõe o verda-deiro reinado de Jesus na terra, pelaextineção de todos os ódios, pelo arre-fecimento de todas as paixões mesqui-nhas que infelicitam o homem, pela pro-clamação do amor e da fraternidadeentre todas as creaturas de Deus, 11'uniapalavra, pela única e possível felicida-de na terra—a pratica da lei divinaensinada, e exemplificada do alto doColgotha aspemmo. pelo cordeiro im-maculado.

Oxalá os uovos obreiros da santa cru.zada, inspirando-se ir esses ensinos etendo por broquei esse monumento qnefoi a obra do nosso Mestre em sua ulti-ma gloriosa existência na terra, possamlevar a feliz termo a obra que acabamde encetar e que não será isenta deásperas difficuldades, nem extreme desacrifiejos, mas que, se os souberemelles supportar de conformidade com ospreceitos da elevada moral de que seconstituem apóstolos, ser-lhes-ha fontede inexgotaveis consolações.

O Sr. Léon Denis, falando dos pro-gressos do spiritismo e do dever quetemos de propagar esta consoladoradoutrina, diz :

« E' necessário vulgarizar as nossasidéas pela palavra, e a melhor forma éo improviso. Tudo que obtém êxito, oé por uma iuspiração mental que, vin-do directamente ao coração, transpor-ta-se ao pensamento do ouviute, • põeo orador era eommunieação intima eomeste.

Examinai e comparai a situaçãoactual do spiritismo com a que eraha dez ou vinte annos. Lede as suas re-vistas e periódicos ; uma coisa nasced'essas apreciações : é a idéa do pro-gresso que penetra em toda parte. Nemtodos estão dispostos a acolhel-o; porema hostilidade diminuiu, a attenção sedespertou, e os sábios investigadores,os homens de iniciativa se acercam deuós. Actualmente não se mofa de quemexpõe em publico a doutrina spirita.Ha aiuda muitos refractarios e incre-dulos, mas a maior parte já escuta cominteresse».

E' uma verdade incontestável o quediz o syrapathico auetor da notávelobra Depois da morte. Que procuremseguir os seus conselhos, na medidadas suas forças, todos os que se sentemeom uma parcella de responsabilidadena ditfusáo d'estes uovos e sautosideaes.

Na cidade de S. Salvador de Camposacabam cie ser lançados oh alicwxw dt

Na primeira quinzena de outubrode 1896 celebraram os Srs. de Rochas,Maxwell, Gramont e Watteville, 110-vas sessões de experiência com o me-dium Eusapia Paladino.

Por diversas vezes produziram-se ospheuomenos seguintes :

1?—movimentos sem contacto;2'.'—formação de mãos fluidicas que

se podiam ver e tocar durante algunssegundos.

Os experimeutadores affirmam, domodo mais absoluto, que tão seguros es-tão de todos esses factos, como de qual-quer outro que possa ser percebido pe-los sentidos ; que, entretanto, o que ob-servaram não lhes permitte decidir seas mãos íluidicas pertencem ao corpo as-trai de Eusapia e são dirigidas pelo seuespirito, ou se a matéria astral emana-da do médium toma forma e movimentosob a acção de uma intelligencia inde-pendente, segundo affirma Eusapiaquaudo em estado de transe.

Essa intelligencia seria a de JohuKing.

Quem será essa entidade enigmática(pie, ha cincoeuta annos, intervém nosphenomenos de materialização, sob onome de John King, e que se apresen-tà, ora como rei dos elementares, oracomo uni inglez, um hindu ou umegypeio ?

Eis o que esses sábios agora procirram conhecer.

O Sr.de Rochas foi director da Esco-Ia Polytechnica de Paris, e ultima-mente publicou uma obra tratandod'esses phenomenos : ExtériorisaUond* Ia motrióité.

O Sr. Grrahan, conta o Borderland,natural do Canadá, dirigia uma impor-tante estação comrnercial da Compa-nhia da Bahia de Hudson, no rioYukon. Uma noite deram-lhe aviso deque a estação estava encantada ou visi-tada pelo demônio. Para lá dirigiu-seelle, mas nada uotou de anormal.

Ao apagar as luzes, viu então emuma das portas do estabelecimento doisolhos muito brilhates. Sem., perder acalma, elle tomou de um cacete e des-carregou tremendo golpe 11'aquella di-recção. O golpe feriu o vácuo. Começa-ram então as manifestações de umaactuação formidável. Os cães, uivan-do, vinham aterrados agachar-se juntoa elle;ruidos extraordinários se fizeramouvir em vários pontos da casa, imitan-do principalmente o trabalho do car-pinteiro. Se embaicava, era uo propiiobarco que se faziam ouvir furiosas mai-tellad.is, le eusurdecei.

Um mestiço, chamado Luii, quasienlouqueceu de medo vendo o visitanteintangível, e morreu dias após.

Aiuua depois um iuceudio acciden-tal destruiu a estação,que íoi i econstrui-da sem que o hospede exiranho abando-uasse a sua obra.

No fim de quatroanttos o cocheiio doSr. tírahan, que uão po lia t.derar o talimportune, viu-o e d'elle ouviu o s«3-guinte:

—Eucanlei leu amo ddraute algunsannos sem nada eouseguii d'elle. Vou-me embora.

Tudo terminou.

No Rebusca S. Petersburgo,conta oSr. Joseph de Krouhelm o seguinte:

Um joveu negociante huugaio, estan-do de passagem em Frosciaui, districtode Wilna, foi convidado por uma lami-Üa, composta de quatro indivíduos, parapernoitar em casa d'elles. A' noite se ishospedes assassm iram-u'o e fizeram dtí-sappirteei todos os vestígios do crime.

laja o facip sendo esque/ido, quau-do os crim nosoí se apresentaram á jus-tiça, declarando que vinham impedidospelo espirito de sua vicimn, que uãolhes dava um momento de tréguas.

O mesmo Sr. Joseph de KiyuhelD,no-tavel propagandiutado 8piriÜBmo,contn

*.',

»BF€l«MAl*#*fe«-*SfMf~- fleiembro I 8' 5íi!=r t£s

no Éfrw de Arena, de São José, CostaRica, como se fez a sua conversão aospiritisrno.

« Ha oito annos, diz elle, desempe-nhavaas.para mim bem gratas,funcçõésde paslor da igreja auglicana de Kan-gerao Fiat, Victoria ( Austrália).

O spiritisrno fazia muitos proselytosna minha freguezia e vários membrosdas congregações ^eclesiásticas meaconselharam que procura-se evitar oseu desenvolvimento.

Respondi-lhes que não me era possi-vel ir combater aquillo que eu não co-nhecia, manifestando em publico a mi-nha ignorância e presumpção, sem pro-balidade de convencer alguém. Pro-metti estudar a nova doutrina, paracombatel-a, se ella buscasse afastarseus adeptos da seuda do dever.

Teclarei-lhes mais que se seus ensi-nos, o que eu não cria, fossem confor-mes com a razão e a justiça, eu abra-çal-a-hia, sem contemplação de espéciealguma.

Não tiro orgulho d'isso, creio que só-mente cumpri o meu dever ; e julgoque assim deviam fazel-o todos os quese apresentara combatendo o spiritisrno.Assisti á uma primeira sessão em Gru-soe Guily, a duas milhas da minhaigreja, e testemunhei factos que me

Meu bispo, monsenhor Pierry, excel-lente homem, mas da antiga escolaevangélica, foi chamado a intervir eassim o fez.

Transigir com as minhas convicçõesera-me impossível. O mandato sácerdo-tal me foi retirado ; tive de abandonara igreja, dedicaiido-ine seriamente ápropaganda do spiritisrno.»

FACTOS

encheram de estupefai ção. Uma foiçaintelligente, invisível, respondeu a to-das as minhas perguntas, de um modoque só eu podia fazel-o.

Perguntei como se chamava o filhomais velho de rainha cunhada.—Gui;lherme, me foi respondido. Eu, porem,jurava que o menino chamavi-se Ma-thens. O invisível declarou que eu es-tava enganado ; e de (acto verifiqueique era elle quem tinha acertado. Nãoera possível que ahi tivesse havidouma leitura de pensimento, nem quefosse uma força inintelligente que merespondia.

Couvenci-me logo de que se tratava deum facto serio e digno de estudo ; re-corri a alguns amigos e formámos umgrupo, onde factos importantíssimos sederam logo.

Converti-me ao spiritisrno por üifini-tas e in ecusaveis provas.

Raymundo de Vasconcellos Menezes,muito conhecido no commercio d'estacapital, tinha uma demanda com oscondôminos de uma fazenda, na Serra-ria, de que comprara algumas partes.

No andamento da causa, falleceuRaymundo. pela ruptura de um aneu-risma interno, sem nada poder disporsobre seus negócios.

O advogado, o illustrado doutor Ra-tisbona, mandou pedir á viuva, que seachava na fazenda, um papel muitoimportante e urgente ; mas a distiuctasenhora não sabia onde poderia encon-tral-o.

Em afflicção visto depender d'aquel-le papel o triumpho de sua causa, levouo dia a procural-o, sem descobril-o,entre os papeis do marido.

A' noite, dormindo, viu o marido,que lhe disse : o papel que procurasestá na Corte, em poder do nosso com-padre Torres a quem dei para guardar.

Torres, negociante de café á rua deS. Bento, muito conhecido e conside-rado negociante da nossa praça, so-nhou, á mesma noite, com Raymundo,que lhe pediu pôr á mão o papel, poisno dia seguinte seria procurado pelamulher.

da manhã, e elle, de manhã bem cedo,foi dar busca a seus papeis, para pôr ámão o do compadre.

Poucas horas depois d'esse trabalho,appareceu-lhe a viuva, aquém recebeucom estas palavras :

—Já sei que vem á procnia de umpapel que o compadre me confiou.

—E' isto ; mas como sabe ?—Porque esta noite sonhei com elle

a me dizer : Antoniüha virá pedir-lheo papel que lhe confiei; tenha-o ámão.

Os dois olharara-se admirados doque lhes havia suecedido ; e depois dealmoçar com a familia Torres, D. Au-tonia ou Antoninha, comi) era conheci-da em familia, retirou-se com o papele sem saber explicar aquellas coisas.

Torres e Antoninha já são mortos ;porem quem escreve estas linhas ou-viu da própria senhora o que ahi ficaexposto.

Expliquem os sábios, que não admit-tem a existência do ser humano depoisda morte, expliquem os da igreja romana, que não admittem a communi-cação dos mortos com os vivos, a revê-lação de Raymundo, morto, á sua mu-lher, viva, do paradeiro do papei,revelação que foi plenamente confir-mada pela existência do papel on Utora indicado.

O spiritisrno não é uma fábula !

sií 27

Um e outro, a viuva e Torres, em-bora não acreditassem no sonho quetiveram, ficaram impressionados; demodo que ella tomou o primeiro trem

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IIUIUAIIIMSIIIIPOR

XXVII

A' vou do saleb, espécie de tribuno dopovo e seu advogado, çi;e.&çftu recente eu-tre os venusiuos, devida & luz que espa-lhara o príncipe sobre os direitos do uo-mem, ate eniao bestiücado ;

A' voz do saieb, prometteudo explicaçãoao priueipe do facto horrendo, que o traun-formou em fera, todos se reammuram e opróprio priueipe se acalmou, deixaudo ca-hir o braço prestes a brandir o ferro.

—Nfto ha em todo este povo, diasw osaleb, um coraçfto que nao te ame, pnnci-pe, coluo a flor dos campos auiu o orvalüoda noite. Teu deBappareeimeuto foi a de-solaç&o de ioda a gente; que já te devia aconaciencia de si, e que esperava de timais do que a vida, esperava a liuerdade.Na geral consternação, sem poder expn-car tao inaudito facto, dois homens d'esUicidade : Jaor e Bani

—Us numa cruéis inimigos ! bradou opriueipe.

—Ninguém o sabia, e por isso todosacreditaram uo que ora vemos ter sidoembuste seu.

—O que disseram ? ü que disseram es-tfus miseráveis aos quaes, pelas cinzas deminha mulher, jurei arrancar pela* costas

—Disseram que teu pae, premeditandoreduzir-nos ao antigo estado de aviltamen-to, te havia mandado assassinar, e enter-rar o corpo onde ninguém ó pudesse des-cobrir; que tiuba-te poupado do suppii-cio em publico, por temor uni levante damassa poputar, e que recorrera ao assas-sinato, por julgar mipossivel que se Jhealinuuisse qualquer mal, depois da cie-meneia cuiu que iralou-le ; mas que ellesencarregados da execução, se recusaram,lenuo entretanto a scieneia do üanmadoplano. (Jalcuiu, principe, a intensidade denossa dòr e a fúria das paixúes que se des-encadearam em nos&us almas, diante detal revelação que nos tirava a esperançade meihotes dias, por tua perda, e que nosameaçava de voltarmos ao que foramòàantes de Li, uido por obra de teu pae. Aconsciência que nos deste de sermos ho-meus, revoltou-se, em cada um de nós,contra o monstro que assassinou seu pro-pno filho—o bem amado do povo, parareduzir este á condição de besta de carga.iáetu plano, por um movimento esponta-ueo, correram todos, todos, á praça, ondeos dois enganadores, simulando a maiscouscienciosa seriedade, bradaram, comoindignados : quereis deixar impune amor-te do vobso bem ainauo, d'esse priueipe,que era a aurora de vossa felicidade V Cj,ue-ruis que seu assassino tripudie, victoriosa-mente, calcando aos pes os direitos queeiie vos concedeu V t^uereis voltar a escra-vos, depois ue lerdes sondado cum aiiber-Uade l—l^ui eu quem fatou por todos, pei-guiiUindo-mes : o que lazer V E enes res-ponderam: correr a casa do assassino,esinagai-o, e depois escolher para vossochefe quem vos tenha salvado da ígnomi-nia e seja capaz de sustentar a obra douosso príncipe.—Como o estampido medo-niio de trovão que abre espaço a horrorosatempestade, a massa humana aili reunidaproroiupeu em brados: Jaor seja nossochefe ; Jaor nos guie á vingauça do uossoamado príncipe, a «dvacao dos nouoa »a-

BIBUOGRAPHIAFiictí»» spiritas obsei vaãos \ or

W. Crookes e outros sábios, 1 volumede 104 paginas in 8?, por Oscar d'Ar-gonnel. Rio de Janeiio, typugrapiiaMo.eira Maxiniino, Chagas &ÇM897.

Tal é o titulo e taes são as indic t-ções da obra de cujo apparecimento d ;-mos noticia na nossa ultimn ediçã•>,obra que se nos afigura destinada a ser

rapidamente ei gotada.tal o valor trans-cindente d<» seu conteúdo, que se repor-ta aos mais extraordinários factos s\i-litasque já firam observados n'esiesúltimos tempo < e que são dignos de p ra-deraçâo por todos aquelles que não fa-zem da mesquinha romma de scieneiaadquirida até hoj; por um:t parte dahumanidade, cia',a de obstinada resis-

1 encia aludo o que oceorre fora daacanhada espia ra do seu restrictocaitt-po de acção até agora explorado.

Fj, externand»!-nos d'es*? modo, nãotemos em mira deu- Imii- o cabedal ledese tbeitas e d<~ constatações scienü-ficas, quer no oeruno da phenoraenob-gia pr.iprifj Mente dita, quri no da fixa-ção ?.as his respectivas, que têm abso •-vido a7cuv!dade laboriosa,incontesta-vel-rei .te f ..muda,de tantos espíritos deelite me 1 mi felicitado a" hunvmidadcom o frucíò l'e-ses labores. Não. Os1 ermch'8 m3 e*ta tem fruido, c trao re-átíttántc das c »i quistas obtidas sobre od :scon'iecido e da projecção de luz so-1 re a uoite da ignorância por íantas '

geíações de sábios—se assim nos pode-mos exprimir;—têm pleno ju< á nessaadmiração, quando uão á nossa grati-dão, e fora insano recusar a taes cora-josa ; dedicações o tribut) de reconhe-cimento devido ao merecimento de taestrabalhadores e á grandeza de sua obra.

A propriedade; porem, das nosss<expressões resulta do ponto de vista emque nos collocamos, considerando ascieneia humana.que é o alpha da scian-cia cosmogonica, em relação com amagnitude infinita d'esta ultima, eu-j is linhas geraes mal se esb içam pira

i s que penetram corajosamente noinexplorado terreno da nova psycholo-;>iã, qne encerra tão surprêhendentesmaravilhas e rasga novos e deslumbramtes horizontes ao espirito humano.

Dirigim< -n >s a todos os que possuemsuficiente critério para se não acre-

ditarem de posse da ultima palavra dascieneia, e são - usceptivéis de admittir

i àcceitar uòvas .erdades provadas eincontestáveis. Gcncitamol-òs aoeslu-dodlesse-? i.vh-éii mi nos extraordinaiiosque tém ultimaiiiântepieoccupadò o es-

irito de vultos da maior respeitabílirilade ihtellectn ti no terreno d'essamesma scieneia, rs quaes têm ti Io agrandeza morai li os constatar e affir-

grados direitos de homens. E, sem hesita-çao mas com a sanha de animaes sedentos,correram todos, todos, em segui mento deJaor, atC aqui, onde o perverso, depois deabatido teu pae, o esquartejou, assim comoestás vendo, e tomou as insígnias dè cbe-fe. tíe tivesses chegado dez minutos maiscedo, ter-se-hia descoberto o embuste, eevitado tao grande mal.

—ii bibandido? ü que efeito d'elle?ltoubou-me a mulher amada e cortou bar-baramentè a vida ao amado pae !

Um ruido, coiiip de tropel de grandenumero de cavallèírosj fez-se ouvir daparte de fora do recinto, e brados de mal-tliçftò e de ameaças encheram o espaço.

A multidão, que enchia o palácio dochefe, arrancou em disparada para o sitiodonde lhe vinha aqueile rumor, inclusive6 príncipe, que presentiu alguma coisa degrave rio que se passava lá fora.

Lá fora, era terrível a lueta e a vozeriaentre um grande numero de homens, fu-liotios, e dois desgraçados que se batiam,ena defesa, supplicando e pedindo perdãoe misericórdia.

Os que vieram ver o que aquillo era, re-conhecendo oa dois perseguido» pela mas-sa popular, atiraram-se a elles, nao paradefendel-os, mas para esmagal-os.

O grito geral era : esquartejal-os, comoelles esquartejaram o chefe !

Quando o príncipe chegou ao logar époz os olhos nelles,, tudo estava consuin-inado: eram dois cadáveres.

Jaor e Rant, os auetores de todos os seussoürimentos indescriptiveis, tinham pagocom a vida suas perversidades !

ü moço aproximou-se dos dois cadave-res, e cruzando os braços, deixou, em so-laços, escapar-lhe dos lanios estas pala-vias :

—Envenenastes minha existência, rou-bastes-me oa dois corações que me faziamas delicias da vida, planejastes assumir opoder para me esmagardee ; mu uadacomeguietes, porqu* ha um poder qne r«»

gula as coisas d'este mundo, e esse poderí e manifesta pela justiça. Eu jurei vmgar.- morte da minha adorada mulher, e agora:; do meu idolatrado pae ; mas outro,- fi-/eram, por mim, a obra da minha ving in-ça, e.. confesso minha fraqueza, tenüopena d-' vossas misérias.

—Vês, meu rilho, disse-me Bartholoiueudos Mariyres, vês como a fuga do teu per-seguidor e a influência do teu anjo daguarda te trouxeram aos teus sentimentosnaturaes? Aqueile furioso de ha pouco,sedento de vingança feroz, deixa cahiruma lagrima de compaixão sobre os cada-veies de seus algoz«s ! O negregado espi-r t >, fugindo á tua angélica protectora, foia 'tuar sobre aquelles dois desgraçados,para induzil-os a representarem o horren-do papel, contando que, por ahi, te leva-ria á rüina rriorál e á material : moral,pel t perversidade á que te atirarias, ma-teria1, pala enth.-onizaçâo do teu inimigo,que valer-se-hua do poder para esmagar-te! O mal, porem, jamais prevaleoeráconti o bem, que já era em germen emteu et :a^âo, e o plano infernal esboroou-secomo .st-ls vendo !

—DiUf, então, foi quem determinou oque se deu : aqueile t uiguinolento deste-cho?

—Deis nflo deterinin i o mal, meu filho,em caso ilguin ; mas tan bem náo permitteque a lei da eterna justiç. seja calcada emcaso alg.:m. Alei está po aa e sempre emacçáb, e •> L.alha de ser 'mudo e o bemtriutriphante. Como se far'6, coisa é com-paravel á tr. nspiraçao da água atravezdos corpo • porosos. O livre i rbitrio repre-senta o grande papel n'esta questão. i)ize-me: se u;.i himeui fôr coi demnado amorrer n'u i circo de feras, pi de alguémsuppôr que i sentença seja burlada? Noemlanto n c se designa a fera que o ha

de matar. O que viste foi o cun pritnentoda sentença divina em um circo de feraahumanas.

{Continua)

1

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HI2F,#»MA.S>,4aKi I ¦aswa- Qe.t-emb.po

mar ao mesmo femro a impotência dasciencia humana actual para Os definir eexplicar dentro dos seus moldes estreitose incompletos.

Porque os factos ahi estão, O livrode que nos oceupamos encerra-lhes adescripção minuciosa e eloquente nasua evidencia positiva ; e, ohsèi vadosnas mais rigorosas condições de escru-pulo e com as maiores cautelas, demodo a ser evitada toda fraude e o me-ner embuste, esses factos merecem pie-na fé, attestados e referendados pelaauctoridade imparcial dos saus obaer-vadores.

«Quanto ao livro, propriamente erarelação ao trabalho qu»-para sua con-fecção se impo/, o nosso confrade, cujamodéstia o occultou sob o pseudonymqOscar tfArgonnel, já traduzindo de jor-naes inglezes a narrativa de taes factos,já distribuindo iutelligentemente asmatérias que constituem o livro, só te-mos que dispensar a este louvores paioserviço que acaba de prestar á causaspirit , concorrendo para o seu patri-monio com esse contigente de uão pe-quena valia.

A traducção não será em rigor umaobra primorosa e pecs:i, ao contrario,muitas vezes por ser demasiado litte-ral. Está, entretanto, cuidada com ai-gura esmero e é suficientemente clarapara que os que não estão familiariza-dos com a língua ingleza se reputemfelizes por se lhe proporcionar ensejode conhecer, mediante esse processointelligentemente applicado, os factosestupendos que constituem o objecto doreferido livro.

Uma nova edição, cuidadosamenterevista, fará desapparecer esses deíei-tos alem de alguns erros deievisãuqueescaparam n'essa primeira euição.

Reconiraendamos novamente a todosa leitura d'essa obra, inicio de uma se-rie de outras de mais fôlego que o nos-so confrade se propõe verter para anossa língua, assim o produeto d'essaedição lhe proporcione meios de as pu-blicar, intuitos justíssimos e louváveisa que o publico não deve recusar osjeu concurse indirecto a facilmenteprestavel.

isso exprimir que elle não o fez sahir j melhor a acção de um corpo sobre oude nada, que elle o não creòu absoluta-mente. Ex nihilo nihil, nada de nada,dizia a antigüidade e diz ainda amaioria dos modernos pensadores. Istouos pareça irreplicavel.

Qual é o mais claro argumento, omais terminante, o mais irresistível, omais pupular dos qua emprega o espi-ritualismo para demonstrar a eterui-dade de Deus ? K' «ata :—ae Deus nãofosse eterno, aeria preeisa qua o nadao tivesse produzido, o qua impliau eon-tradiecão, porque o nada, nada sendo,nada poda produzir.

Melhor uão seria possível raoioeinar.Mas se o nada não poude por si mesmoproduzir Deus, porqua nada á, manosainda pouda produzir o muudo sob aacção da vontade divina, porque não èmanos necessário existir para podarsoffrer uma aação do que para produ-zil-a. Fica-se aurprehendide de que ospartidários da «reação não vejam quaesta consaquancia á forçosa.

E' verdade qua alies procuram sub-trahir-se a isto pretendendo que á porsimples modo de talar que Daus creuuo mundo da nada ; da faatu isto sfgm-fica que ella o craou unicamente porqueo quiz. O mundo teria, portanto, saiu-do da vontade da Daus a nâo do nada.

tro, posto que vejamos a cada instanteos éffeitos cTisso.

Um tal Deus e, pois, impossível ; aentretanto o mundVexiste.

O mundo pode, portanto, existir semDeus.

E aqui está como a doutrina dacreação, depois da nos ter aonduaido aopantheismo agora nos conduz ao atheis-mo, systema cuja impossibilidade ha-vemos igualmente demonstrado, pro-vando a necessidade de uma intelli-gencia reguladora do universo.

Em resumo, a creação é um systemaque não podaríamos admittir : — 1?,porque nos deixa ua mais completaineerteza acerca dos uns derradeiros denassa alma ; e 2?, porque tende, emdefinitiva, quer ao pantheismo, querao atheismo.

Força nos á, portante, reconhecerque os seres continuamente variantesem seus estados, suas formas, suas ma-nifestações, no fundo são eternos. Sóas formas, os phenomenos, as apparen-cias nascem, se desenvolvem e mor-rem ; as realidades persistem sempreas mesmas.

0 SPiBITíáiflü ANTE A Um

POR

Valeu lia Touruier

Mas quem nâo percebe então qua nãoevitam assim a (Jharybdes do •* mhdosenão para cahir ua acyüa üo pautüeis-mo? Porque, emuin, qua diherençapode haver entre um mundo que Deuspensa ou sonha a um mundo que DeusqUer ?—a única evidentemente è que,uo primeiro caso. esse mundo é umaemanação, um modo, uma ut*terminaçãodo seu pensamento, e, no segundo, umaemanação, um modo, uuta determina-ção üa sua vontade. Mas a vontade naosa distingue mais do ser do que o pen-sameuto ; uão ha no universo peusa-inentos e vontades, mas positivamenteseres que pensam e que querem. Deus,pois, pense ou queira, e sempre Jüeus,unicamente Deus, a o mundo não tem,n'um caso, mais existência real üo quenu outro. D'est'arta, o systema uacreação nao a outro, am denmtiva, se-nao esse pantheismo idealista du qualtemus demunstrado a completa íalsida-de, a carência absoluta ua consisten-cia, pela simples aJürmação ua nussaexistência independente a da da mun-do.

SEGUNDA PARTE

As doutra mas

X

(Coxiclusfio)

Passamos agora ao exame do syste-ma.

E, antes de tudo, comecemos por for-mar uma idéa clara e exacta das pala-vras que empregamos. E! talvez pornão o haver feito que os metaphysicostêm, em todos os tempos, dado á luzsystemas da ama tão impenetrável obs-caridade.

O que é o nada ? Nada. Por conse»guinte, dizer que o nada existe é umeontra-aenso, uma contradicção ; ódizer, na realidade, justamente o con-trario do que, na apparencia, se diz,porque no fundo é dizer que nada exis-te. Accrescentar que se pode tirar, quese pode fazer sahir uma coisa do nada,é um outro contra-senso, uma outracontradicção ; é afürmar que não sepode tirar, que não se pode fazer sa-hir essa coisa de nada. Não se pode,pois, dizer qne Deus fez sahir do nadap mwado, a menos que ae queira com

Uma ouira consideração, nãu menospouerusa du que a que pur nós acaba de 'ser expusta, resaita, contra u systemada craaçau, da maneira por qua os sauspartidarjus cumprahauuem Deu*.

Para alies Deus ó um ser simples,indivisível, uma personalidade, umamonada sem corpo, a a monada supre-ma. E' único, perfeitamente único, pornatureza.

Pois bem -, a lógica nos impõe, comoconclusau inevitável, qua um Deus as-sim concebido não só e impotente paracrear o mundo mas até nem pude che-gar a conhecer-se, nem nieaauo a viver;e o ser—nada de carta philusuphia an-tiga.

Todo aonhecimantu nãu a uma dis-tineção 'r1 E como distinguir-sa quandosa existe só e nada ha fora da si 'i Todavida, mesmo a mais rudimentar, uãosuppóe a sensação ?£u que e a sansa-ção senão uma impressau percebida,sentida ? E como perceber uma im-pressão se nada pode agir sobre nós '<

Entenda-se bem que u palavra im-pressão deva ser aqui tuniada no senti-do de acção de um ser sobre uutru, se-jam esses seres intelligencias puras oucorpos. Pouco importa que nao com-prehendamos a nação HKnproca de doíaseres sii»niea; íao eomprehende-mos

A eternidade dos seres não se com-prehende, mas impõe-se á razão pelaimpossibilidade de admittir que seja deoutro modu, pelo absurdo flagrante daidéa contraria : a eternidade ultrapas-sa a razão ; a creação a offeude. Que-rer ir mais longe é expor-se a contra-hir a vertigem e cahir na extravagan-cia. E' necessário esperar, para com-prehender as verdades primarias, quea razão, desenvolvendo-se, dè á luz umafaculdade a ella superior, como ellaprópria é superior á intelligencia, daqual nasceu ; por ora é preciso noscontentarmos com o saber que essas-verdades ^existem. São provavelmente-muito simples, e não nos faita parapercebel-as senão a faculdade de queacabamos de falar, absolutamente comoa vista falta ao cego para perceber ascores e o ouvido ao surdo para distin-guir os sons.

De resto, incorremos n'isso a res-peito de muitas coisas ; só o habito fazcom que de tal nos nãu apercebamos.A vontade move os membros—sabe-mol-o ; cunipreliendemos, porem, comose dá isto ? Sem duvida pelu contactó.Mas comprehendemos esse contactó ?E assim muitas outras verdades.

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Está eoncluida a nosia obra. JNáonos restaria, se quizessemos oüerecerao leitor um systema completo, senãumostrar as conseqüências que, na nos-sa opiuiãu, decorrem iugicamente do

principie da eternidade dus seres e,necessariamente, lavam a resolver afurmidavel questãu da natureza deDeus. Mas, uumu uo começo o disse-mus, o nosso exclusivo lim, escrevendoesta brochura, foi provar que o spiri-tismo, em todas as suas affirmações,está em perfeita conformidade com osdados da razão.

O leitor julgará se o attingimos.Eiií

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Typographia do Bbiokacabob

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