Pós-graduação em Direito Penal e Processual Penal Com o Direito Previdenciário (fraudes) - Com o...

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LEGALE

Objetivos do Curso

Qualificar:

- para o desenvolvimento de pesquisa na área de Direito Penal e Direito Processual Penal

- para melhor habilitar para as atividades jurídicas

Justificativa

- bom entendimento entre as relações jurídicas/sociais envolvendo a Sociedade e o Estado

- Crescente debate sobre as matérias penais e processuais penais

- Especificidades do estudo devem ser entendidas pelos aplicadores do Direito

- Interdisciplinariedade dos diversos ramos do Direito e o Direito Penal e Processual Penal

- Aprimoramento profissional (aplicação teórica na prática)

Programa

O programa do curso é modular:

- Direito Penal

- Processo Penal

- Legislação Especial

- Prática Profissional

- Didática de ensino superior

Programa de Direito Penal

Princípios orientadores do poder punitivo estatal.

Aplicação da pena.

Lei penal no tempo.

Lei penal no espaço. Extraterritorialidade. Estatuto do Estrangeiro.

Lei penal em relação a determinadas pessoas.

Imunidades diplomáticas .

Imunidades parlamentares – absolutas e relativas.

Teoria do Crime.

Conduta. Ação e Omissão.

Nexo Causal. Teorias.

Resultado.

Crime doloso e crime culposo.

Antijuridicidade. Ilicitude.

Antinormatividade.

Antijuridicidade: concepção e espécies.

Desvalor da ação e desvalor do resultado.

Causas excludentes. Excesso.

Culpabilidade. Antecedentes.

Modernas teorias da culpabilidade.

Elementos da culpabilidade.

Imputabilidade e inimputabilidade.

Potencial consciência da ilicitude.

Erro de tipo.

Exigibilidade de conduta diversa.

Coação moral irresistível e obediência hierárquica.

Teoria da pena.

Penas privativas de liberdade.

Penas restritivas de direitos.

Pena de multa.

Aplicação e fixação da pena.

Circunstâncias do crime.

Circunstâncias judiciais.

Circunstâncias legais. Agravantes e atenuantes.

Concurso de crimes.

Concurso material.

Concurso formal.

Crime continuado.

Medidas alternativas à prisão. Cabimento e eficácia.

Suspensão condicional da pena.

Livramento condicional.

Medidas de segurança.

Internação.

Tratamento ambulatorial.

Semi-imputabilidade.

Psiquiatria forense.

Extinção da punibilidade.

Crimes contra a vida.

Lesão corporal.

Crimes de perigo individual.

Rixa.

Crimes contra a honra.

Crimes contra a liberdade individual.

Crimes contra a inviolabilidade de domicílio.

Crimes contra a inviolabilidade de correspondência.

Crimes contra a inviolabilidade de segredos.

Crimes contra o patrimônio.

Crimes contra o sentimento religioso e respeito aos mortos.

Crimes contra a assistência familiar.

Crimes de perigo comum

Crimes contra a dignidade sexual.

Crimes contra a saúde pública.

Crimes contra a paz pública.

Crimes contra a Administração Pública.

Crimes praticados por funcionário público contra a Administração em geral.

Crimes praticados por particular contra a Administração em geral.

Crimes contra a Administração da Justiça.

Programa de Processo Penal

Princípios gerais do processo penal.

Segurança Pública.

Polícia Judiciária.

Investigação criminal.

Inquérito policial.

Poder investigatório do Ministério Público.

Ação penal.

Prisões cautelares.

Pressupostos e garantias constitucionais.

Relaxamento da prisão em flagrante.

Fiança e Liberdade provisória.

Da ação civil.

Jurisdição e competência.

Princípios.

Competência da Justiça Federal e da Justiça Estadual.

Competência do Supremo Tribunal Federal.

Competência do Superior Tribunal de Justiça.

Competência dos Tribunais Regionais Federais.

Competência dos Tribunais de Justiça dos Estados.

A Lei de Organização Judiciária do Estado de São Paulo.

Prova no processo penal brasileiro.

Classificação, meios e ônus da prova.

Sistema de apreciação e princípios gerais das provas.

Provas ilícitas.

Provas em espécie.

Perícias.

Exame de corpo de delito e demais perícias.

Interrogatório do acusado.

Confissão.

Insanidade mental do acusado.

Prova testemunhal.

Interceptação Telefônica – Lei 9296/96

Reconhecimento de Pessoas e Coisas

Providências cautelares e espécies de provas.

Defesa técnica e autodefesa. Direito ao silêncio.

Questões prejudiciais.

Exceções.

Suspeição e impedimento.

Incompetência de juízo.

Litispendência.

Ilegitimidade de parte.

Coisa julgada.

Incompatibilidades e impedimentos.

Medidas assecuratórias.

Seqüestro.

Arresto.

Especificação de hipoteca legal.

Busca e apreensão.

Restituição de coisas apreendidas.

Sujeitos processuais.

Juiz.

Ministério Público.

Acusado e seu defensor.

Assistente de acusação.

Funcionários da justiça.

Tradutor e intérprete.

Comunicação dos atos processuais.

Citação.

Intimação.

Notificação.

Procedimento ordinário.

Procedimento sumário.

Procedimento sumaríssimo.

Procedimentos especiais.

Juizados Especiais Criminais.

Previsão constitucional e princípios orientadores.

Infrações penais de menor potencial ofensivo.

Transação penal.

Suspensão condicional do processo.

Sentença penal.

Classificação das decisões.

Espécies e efeitos das sentenças.

“Mutatio libelli” e “emendatio libelli”.

Nulidades. Pressupostos e convalidação.

Irregularidades.

Nulidades relativas.

Nulidades absolutas.

Inexistência.

Nulidades em espécie.

Argüição das nulidades.

Recursos no processo penal.

Pressupostos, efeitos e extinção.

Recursos em espécie.

Execução Penal.

Jurisdicionalização da execução penal.

Classificação, assistência, trabalho, deveres, direitos e disciplina do preso.

Órgãos da execução penal.

Estabelecimentos penais.

Execução das penas em espécie.

Execução das medidas de segurança.

Incidentes da execução.

Procedimento judicial.

Programa de Legislação Especial

A nova lei de drogas – Lei nº 11.343/06.

Crimes hediondos – Lei nº 8.072/90.

Crime de Tortura – Lei nº 9.455/97.

Genocídio – Lei nº 2.889/56.

Terrorismo - Lei de Segurança Nacional –Lei nº 7.170/83.

Contravenções penais – Dec.lei nº 3.688/41.

Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90.

Crimes Imobiliários - Lei de Parcelamento do Solo – Lei nº 6.766/79.

Prisão Temporária – Lei nº 7.960/89.

Violência doméstica e familiar contra a mulher. Lei nº 11.340/06.

Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/03.

Código de Trânsito Brasileiro – Lei nº 9.503/97.

Crimes Ambientais – Lei nº 9.605/98.

Juizados Especiais – Lei nº 9.099/95; Lei nº 10.259/01 e Lei nº 11.313/06.

Lei das Execuções Penais

Outras Leis Penais

Bibliografia Básica Nacional

ACOSTA, Walter P. O processo penal

ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Manual de Direito Penal

BRUNO, Aníbal. Direito penal

CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal

CAPOBIANCO, Rodrigo Julio. Decisões Favoráveis à Defesa

COSTA JR. Paulo José da. Comentários ao Código Penal

DELMANTO, Celso. Código Penal comentado

FARIA, Bento de. Código Penal comentado

FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de direito penal

GRINOVER, Ada Pellegrini; FERNANDES, Antonio Scarance; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. As nulidades no processo penal

HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal

JESUS, Damásio Evangelista de. Código de Processo Penal anotado

MARQUES, José Frederico. Tratado de direito penal

MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de direito penal.

_______. Processo penal

NORONHA, Edgar Magalhães. Direito penal

NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado

PRADO, Luiz Regis. Direito penal econômico

SILVA FRANCO, Alberto; STOCO, Rui (Org.). Código de Processo Penal e sua interpretação jurisprudencial

TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios básicos de direito penal

TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal

Pesquisa e Didática de Ensino Superior

1º Módulo: A técnica da análise temática. O conhecimento científico. Tipos de normas técnicas. A elaboração do trabalho científico. Conceitos e estruturação de uma pesquisa: as variáveis envolvidas, os métodos de coleta de dados e o projeto de pesquisa. A didática do ensino e a ciência jurídica.

2º Módulo: Tendências contemporâneas em Educação e o papel da Didática. Planejamento do ensino: escolha de objetos, seleção de conteúdos. Avaliação do processo ensino-aprendizagem.

ADVOCACIA CRIMINAL

Advocacia Criminal

“As pessoas discriminam o advogado criminalista, pois acham que nunca acontecerá com elas. Quando as pessoas pensam assim são crueis”.

Evaristo de Moraes Filho

Advocacia Criminal

“A Lei Penal não mergulha no oceano da criminalidade, sobrenada-o em braçadas dirigidas”.

Roberto Lyra

Advocacia Criminal

“Justiça tardia é injustiça manifesta e qualificada”.

Ruy Barbosa

Advocacia Criminal

Advocacia criminal na atualidade tem que considerar os seguintes pontos:

1) interdiciplinariedade do Direito Penal, que se verifica:

Advocacia Criminal

- Com o Direito Civil (contratos/fraudes)

- Com o Direito Imobiliário (Parcelamento de solo / dano)

- Com o Direito de Família (Abandono / tutela do Poder Familiar)

- Com o Direito Administrativo (Relações com o Estado / Autuações / Corregedorias)

Advocacia Criminal

- Com o Direito Tributário (fraudes fiscais)

- Com o Direito Ambiental (Construções / danos)

- Com o Direito Previdenciário (fraudes)

- Com o Direito Trabalhista (ilícito nas relações empregatícias e exercício de atividades)

Advocacia Criminal

- Com o Internacional (extradições)

- Com o Direito Médico (Genética / Danos)

- Com o Direito Eleitoral (Fraudes)

Advocacia Criminal

2) Julgamento da mídia e da sociedade:

Na história do Direito Penal encontramos avanços e retrocessos nos anseios da sociedade na punição criminal. Por isso, há sempre a discussão:

Advocacia Criminal

Direito Penal Total

X

Direito Penal Mínimo

X

Abolição do Direito Penal

Advocacia Criminal

3) Complexidade dos casos cada vez maior:

- infraestrutura (Câmeras, perícias, etc)

- informação

- “Direitos”

- Avanços da ciência e da pesquisa

Advocacia Criminal

4) Necessidade de capacitação

- falar ou escrever bem;

- conhecer o assunto, os fatos, se integrar a ele;

- raciocínio jurídico;

- capacidade de interpretação e exposição;

Advocacia Criminal

5) Estrutura negocial da advocacia

- estrutura física

- marketing pessoal

- “mulher de César”

Advocacia Criminal

6) Dificuldades na atuação

- Preconceito

- Princípio da presunção de culpa

- Só criminal ?

- Resultados

- Defensoria

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS

Surgimento / Conceito

Direitos Humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos

(todos os direitos que interferem no desenvolvimento humano)

Surgimento / Conceito

Para alguns autores, os Direitos Humanos se confundem com o próprio Direito Natural

As idéias acerca de Direitos Humanos surgiram para conter a arbitrariedade do Estado

Magna Carta – 1215

Rei João Sem Terra

Confirmada por 7 sucessores

Bill of Rights – 1689

Separação dos Poderes

Direito de Petição

Vedação a Penas Cruéis

Dos Delitos e Das Penas – 1764

Cesare Beccaria

Declaração de Virgínia – 1776

Independência dos EUA

Maior amplitude de direitos para o povo

Representação Popular

Delimitação dos Poderes

Declaração de Direitos do Homem –1789

Revolução Francesa

Estrutura de Governo modificada (de Monarquia para Assembléia)

Regime Político

Indivíduo se torna cidadão

Revolução Russa – 1917

Marxismo aplicado a sociedade agrária

Medidas sociais, econômicas e políticas

Esboço de reforma agrária

Constituição Mexicana – 1917

Início do Constitucionalismo Social

Constituição Alemã – 1919 - Weimar

Continuidade do Constitucionalismo Social (preocupação socializante)

Democracia social (elaborada para garantir a dignidade da pessoa humana)

Direitos civis, políticos, econômicos e sociais

Tratado de Versalhes – Criação da OIT – Organização Mundial do Trabalho -1919

Valorização do direito a igualdade

Segunda Guerra Mundial – 1939/1945

Desrespeito aos Direitos Humanos

Universalização e reconstrução dos Direitos Humanos – pós-guerra -1945

Sistematização internacional

Nova concepção de caráter universal / internacional

- Resgate de uma concepção individualista (liberdades individuais)

HISTÓRIA DO DIREITO PENAL

História do Direito Penal

Pré-Históricos

- até 3.500 a.C.

- Direito Natural: atirar-se ao rio sem saber nadar. Pena: afogamento

- Direito Criminal de Lendas, Tabus e Mitos

História do Direito Penal

Sumérios

- 3.500 a.C. (escrita cuneiforme –necessidade de contabilidade)

História do Direito Penal

Sumérios

- Agricultura / força para o trabalho

- Escravidão como pena para delitos comuns

História do Direito Penal

Sumérios

- Inventaram: roda, escola pública, irrigação agrícola, cerveja

- Criaram o conceito de liberdade

História do Direito Penal

Sumérios

- Rei Ur-Nammu (Século XXI a.C.), instituiu para o crime de injúria a substituição da pena de castigos físicos por multa

História do Direito Penal

1º Império Babilônico

- Conquistaram os Sumérios

- Código de Hamurabi (2067-2025 a.C.)

História do Direito Penal

Código de Hamurabi determinou:

- Lei de Talião

- Incorporou a pena de morte e a pena de multa dos Sumérios

- Criou penas curiosas: corte público de metade dos cabelos, corte das orelhas, corte das mãos, expulsão da cidade, empalamento e lançamento ao rio

- Criou a Responsabilidade Objetiva do Estado

História do Direito Penal

Egípcios

- Vontade do Rei era a única fonte do direito

- Criou a tortura como elemento de investigação

História do Direito Penal

Assírios

- Recuo na marcha criminal (recrudescimento)

- Direito criminal em tom militar

- Pena com brutalidade: empalados, esfolados, queimados , assassinados com golpes na cabeça, decapitados (regra)

- pior pena: filho do culpado queimado ivo na sua frente

História do Direito Penal

Código de Manu

- (Manu era filho do Deus Brahma)

- Humanidade em castas

- Homem deve se conformar com o seu destino

- Legislação religiosa / preservação do privilégio dos sacerdotes

História do Direito Penal

Gregos

- Patriarca da família tinha o poder acerca do destino dos familiares e escravos

- criou o exílio

- Legislação Draconiana (Dracon –magistrado – 621 a.C.) foi rígida e insatisfatória (furto de legume punido com pena de morte)

História do Direito Penal

Gregos

- Nova Legislação – Solon – 594 a.C. –instituiu a igualdade e a proibição da escravidão por dívidas, prostituição legalizada e tributada e o ócio passou a ser crime

- Penas: açoitamento, multa, perda da cidadania, marcas com ferro em brasa, confisco, exílio, pena de morte (muitas vezes comutada em exílio voluntário)

História do Direito Penal

Romanos

- Monarquia: rei tinha funções religiosas supremas e a pena tinha caráter sagrado e executada por imposição divina. Havia crimes privados em que o Estado funcionava como árbitro

História do Direito Penal

Romanos

- República: Estado se separou da religião

- Execução de Métio Fufécio (rei Tulo) gerou o posterior abrandamento das penas

História do Direito Penal

Romanos

- Império: criou crimes extraordinários (não previstos em lei – furto qualificado, concussão, rapto) que se juntaram a crimes religiosos (em razão do Cristianismo: blasfêmia, heresia, bruxaria, etc)

História do Direito Penal

Bárbaros (ou Germânicos)

- origem nas tradições religiosas populares não escritas

- Baseava-se na vingança privada (delitos privados) e perda da paz (delitos públicos – criminoso perseguido por todos)

- Idéias primitivas de dolo e de culpa

História do Direito Penal

Direito Canônico

- Inquisição

- Morte por heresia (1023 – grupo de Tolosa e Orleãs passou a negar milagres, os predicados do batismo, a eficácia das orações, etc e treze foram queimados na fogueira)

- As execuções eram baseadas no Antigo e Novo Testamento

- Processos secretos

História do Direito Penal

Idade Moderna

- Humanidade em mudança (navegações, descobrimentos, feudalismo chegando ao fim, ressurgimento das cidades e atividade mercantil e formação da burguesia)

História do Direito Penal

Idade Moderna

Governo mais forte e absolutista

Poder ilimitado e incondicional do monarca em delegação divina

Leis unitárias para todo o território nacional

Penas desumanas e executadas publicamente com a função de intimidar o povo e desencorajar a desobediência ao poder absoluto do soberano

História do Direito Penal

Direito Criminal Filosófico

Cesare Beccaria

(idéias refletidas nas principais legislações da época: Rússia-1767, Código Toscano- 1786, Prússia-1787 e Código Penal Francês-1791)

História do Direito Penal

Clássicos (Dois grupos)

- Seguidores de Beccaria (Filangieri, Romagnani, Feuerbach) – evitar a reincidência e defender a sociedade de novas agressões

- Fase definitiva (Rossi, Carrara, Pessina) – pena é imposição ética e retribuição ao pecado cometido

História do Direito Penal

Escola Positiva

- Lombroso, Ferri e Garofalo (criminoso nato / fatores antropológicos, físicos e sociais / crime natural – ofensa a parte do senso moral)

HISTÓRIA DO DIREITO PENAL NO BRASIL

História do Direito Penal no Brasil

Ordenações Afonsinas (1446)

Ordenações Manuelinas (1521)

Ordenações Filipinas (ficaram prontas ainda durante o reinado de Filipe I, em 1595, mas entraram efetivamente em vigor em 1603, no período de governo de Filipe II)

História do Direito Penal no Brasil

Código Criminal do Império (Lei 16 de dezembro de 1830 )

Tinha a seguinte divisão:

História do Direito Penal no Brasil

CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZILPARTE PRIMEIRADos Crimes, e das PenasTITULO IDos CrimesCAPITULO IDOS CRIMES, E DOS CRIMINOSOS

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO IIDOS CRIMES JUSTIFICAVEIS

CAPITULO IIIDAS CIRCUMSTANCIAS AGGRAVANTES, E ATTENUANTE DOS CRIMES

CAPITULO IVDA SATISFAÇÃO

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

TITULO IIDas PenasCAPITULO IDA QUALIDADE DAS PENAS, E DA MANEIRA COMO SE HÃO DE IMPOR, E CUMPRIR

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

PARTE SEGUNDADos crimes publicosTITULO IDos crimes contra a existencia politica do ImperioCAPITULO IDOS CRIMES CONTRA A INDEPENDENCIA, INTEGRIDADE, E DIGNIDADE DA NAÇÃO

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO II

DOS CRIMES CONTRA A CONSTITUIÇÃODO IMPERIO, E FÓRMA DO SEUGOVERNO

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO III

DOS CRIMES CONTRA O CHEFE DOGOVERNO

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

TITULO IIDos crimes contra o livre exercicio dosPoderes Politicos

TITULO IIIDos crimes contra o livre gozo, eexercicio dos Direitos Politicos dosCidadãos

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

TITULO IV

Dos crimes contra a segurança internado Imperio, e publica tranquilidadeCAPITULO I

CONSPIRAÇÃO

CAPITULO II

REBELLIÃO

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO III

SEDIÇÃO

CAPITULO IV

INSURREIÇÃO

CAPITULO V

RESISTENCIA

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO VI

TIRADA OU FUGIDA DE PRESOS DOPODER DA JUSTIÇA, E ARROMBAMENTODE CADÊAS

CAPITULO VII

DESOBEDIENCIA ÁS AUTORIDADES

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

TITULO V

Dos Crimes contra a boa Ordem, e Administração PublicaCAPITULO IPREVARICAÇÕES, ABUSOS, E OMISSÕES DOS EMPREGADOS PUBLICOS

CAPITULO IIFALSIDADE

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO IIIPERJURIO

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

TITULO VIDos crimes contra o Thesouro Publico, e propriedade publicaCAPITULO IPECULATO

CAPITULO IIMOEDA FALSA

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO IIICONTRABANDO

CAPITULO IVDESTRUIÇÃO, OU DAMNIFICAÇÃO DE CONSTRUCÇÕES, MONUMENTOS, E BENS PUBLICOS

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

PARTE TERCEIRADos crimes particularesTITULO IDos crimes contra a liberdade individual

TITULO IIDos crimes contra a segurança IndividualCAPITULO IDOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DA PESSOA, E VIDA

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO IIDOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DA HONRACAPITULO IIIDOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DO ESTADO CIVIL, E DOMESTICO

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

TITULO IIIDos crimes contra a propriedadeCAPITULO IFURTO

CAPITULO IIBANCARROTA ESTELLIONATO, E OUTROS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE

CAPITULO IIIDAMNO

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

TITULO IVDos crimes contra a pessoa, e contra a propriedade

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

PARTE QUARTADos crimes policiaesCAPITULO IOFFENSAS DA RELIGIÃO, DA MORAL, E BONS COSTUMES

CAPITULO IISOCIEDADES SECRETAS

CAPITULO IIIAJUNTAMENTOS ILLICITOS

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO IVVADIOS E MENDIGOS

CAPITULO VUSO DE ARMAS DEFESAS

CAPITULO VIFABRICO, E USO DE INSTRUMENTOS PARA ROUBAR

(segue)

História do Direito Penal no Brasil

CAPITULO VIIUSO DE NOMES SUPPOSTOS, E TITULOS INDEVIDOS

CAPITULO VIIIUSO INDEVIDO DA IMPRENSA

fim

TEMA LIVRE:

DIREITO PENAL DO INIMIGO

Para que serve o Direito Penal ?

A resposta deve ser dada de acordo com o momento histórico e a própria cultua a que se serve

A história mostra a análise do Direito Penal em movimentos pendulares

GARANTISMO DEFESA SOCIAL

IDEALISMO RACIONALISMO

Marcos Históricos

Beccaria (1776 – Dos Delitos e das Penas)

Clássicos◦ - Carrara

◦ - Livre Arbítrio

◦ - Pena retributiva (aplicada por ofensa a Deus)

Positivistas◦ - Lombroso (determinismo genético)

◦ - Ferri (determinismo social)

Funcionalismo◦ - Günther Jakobs

◦ - Claus Roxin

Funcionalismo◦ - Características: o Direito Penal deve

acentuar os valores de determinada ordem jurídica

Funcionalismo (radical) de Günther Jakobs – Direito Penal do Inimigo

Günther Jakobs Nasceu em Mönchengladbach em 26 de

julho de 1937)

Professor Emérito de direito penal e Filosofia do Direito.

Estudou Direito nas Universidades de Colônia, Kiel e Bonn, tendo graduado-se nesta última em 1967 onde defendeu a tese sobre direito penal e doutrina da competência.

Discípulo de Hans Welzel (teoria finalista da ação)

Atualmente é professor aposentado da Universidade de Bonn.

Com as ideias do sociólogo Niklas Luhmann sobre a teoria dos sistemas apartou-se da doutrina finalista e criou o funcionalismo sistêmico fundado na racionalidade comunicativa.

Após os ataques de 11 de setembro contra as Torres Gêmeas, em Nova Iorque, teve papel relevante na criação das bases filosóficas legitimadoras da guerra ao terror

O que é Direito Penal do Inimigo?

◦ É o conjunto de princípios e normas elaboradas sem as garantias materiais e processuais, aplicado a determinado tipo de criminoso

◦Diferencia-se do direito penal do cidadão

◦Direito Penal do cidadão

◦ - é de acordo com o Estado Democrático de Direito

◦ - se baseia na culpabilidade do ato

◦ - reprova o homem pelo que ele fez

◦ - a pena visa ressocializar e compensar o crime praticado

◦Direito Penal do inimigo

◦ - foge ao Estado Democrático de Direito

◦ - se baseia na culpabilidade do autor (ou de conduta de vida)

◦ - reprova o homem pelo que ele é

◦ - a pena visa liminar ou inocuizar o criminoso

Quem é o Inimigo?

◦ É aquele que viola o ordenamento jurídico por princípios

◦ É um perigo à vigência do direito

◦ Tem por principais características:

◦ - Habitualidade criminosa

◦ - Profissionalismo criminoso

◦ - Participação em organização criminosa

Por que a pena visa eliminar ou inocuizar o Inimigo?

◦ - Porque o inimigo é irrecuperável

◦ - Para que a pena sirva de prevenção a fatos futuros

Qual o fundamento filosófico do Direito Penal do Inimigo?

◦ - Rousseau (contrato social – o criminoso viola o contrato social e deve ser eliminado)

◦ - Hobbes (criminoso de alta traição deve ser eliminado)

◦ - Fichte (criminoso perde todos os seus direitos de cidadão) (“capitis deminutio”)

Quais as principais características do Direito Penal

do Inimigo?

◦ - incriminação excessiva de atos preparatórios

◦ - cominação de penas desproporcionais

◦ - aumento excessivo de pena quando o crime está relacionado a organização criminosa

(segue)

◦ - crime tentado tratado como se fosse consumado

◦ - suspensão ou restrição de garantias (p. ex. tortura para a confissão, ampliação do prazo de prisão processual, incomunicabilidade, etc)

◦ - rigor penitenciário no cumprimento de pena

Qual o maior exemplo de aplicação do Direito Penal do

Inimigo?

EUA – Direito Penal do Inimigo – pós 11/09/2001

Guantânamo (breve histórico - wikipedia):

Em 1903, os Estados Unidos assinam com Cuba um contrato de arrendamento perpétuo de 116km² de terra e água na baía de Guantánamo (ilha de Cuba). O propósito seria a mineração e operações navais.

Em 1942, por ocasião do ataque japonês à base de Pearl Harbor, o presidente estadunidense Franklin D. Roosevelt assina um decreto que autoriza a prisão de estadunidenses de origem japonesa.

Dezenas de milhares de pessoas foram presas em campos clandestinos sob controle militar. Nos anos seguintes, estima-se que cerca de 7 milhões de prisioneiros eram mantidos em campos abertos, não recebendo os benefícios da Convenção de Genebra por serem considerados pelo presidente Einsenhower forças inimigas desarmadas.

Em 1971, o Winter Soldier Investigation acusa as forças estadunidenses de cometer atrocidades durante o conflito com o Vietnã, incluindo assassinatos e torturas. Eles apresentam este mesmo relatório aos meios de comunicação em janeiro.

Em 2001, quase um mês após o ataque de 11 de setembro às Torres Gêmeas, o presidente estadunidense George W. Bush autoriza operações de combate no Afeganistão.

Em 2002, o primeiro grupo de 20 combatentes capturados no Afeganistão é levado ao Campo X-Ray em Guantânamo. Como o presidente Bush os descreve como terroristas, eles não podem ser protegidos pela Convenção de Genebra. Bush afirma em discurso que a guerra contra o terrorismo está apenas começando e identifica Irã, Iraque e Coreia do Norte como os integrantes do Eixo do Mal.

Os detidos são transferidos do Campo X-Ray para o Campo Delta. O Campo X-Ray é fechado definitivamente. Em outubro, pela primeira vez, quatro prisioneiros de Guantânamo são liberados. Em novembro, William J. Haynes recomenda técnicas de interrogatório agressivas para qualquersuspeito de terrorismo.

Em 2003, de um total de 773 prisioneiros que passaram pela prisão em solo cubano, 680 permanecem em Guantânamo.

Em 2004, a Suprema Corte estadunidense determina que os presos de Guantânamo podem apelar à Justiça nacional.

O prisioneiros de Guantânamo são interrogados por comissões militares especiais a fim de estabelecer se eles são inimigos. Dos 558 detidos que completaram o processo, apenas 38 são selecionados para serem libertados.

O presidente Bush assina o Detainee Treatment Act (Lei para o Tratamento de Detidos), que concede às comissões militares jurisdição sobre as solicitações de habeas corpus. O procurador-geral Alberto González divulga um documento que autoriza as técnicas de interrogatório mais cruéis já aplicadas pela CIA, incluindo o famoso submarino (informação noticiada pelo The New York Times dois anos depois).

Em 2006, os Três de Tipton são libertados depois de ficarem dois anos presos em Guantânamo e sua história se transforma no documentário Caminho para Guantânamo (The Road to Guantanamo). A Organização das Nações Unidas (ONU) apresenta um relatório solicitando o fechamento da prisão de Guantânamo com base no uso de técnicas de interrogatório semelhantes a tortura.

O então secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, não concorda com as conclusões da ONU e declara que a ideia do fechamento da prisão não é realista. Um dos prisioneiros de Guantânamo tenta o suicídio. Um mês depois, três prisioneiros morrem em um aparente suicídio coletivo. Outros prisioneiros iniciam greve de fome, mas são alimentados à força pelos guardas.

A Suprema Corte determina que o sistema de comissões militares para os detidos viola as leis estadunidenses e a Convenção de Genebra. Em setembro, Bush reconhece que a CIA manteve prisioneiros em segredo durante anos sem processá-los e que esses detidos foram submetidos a procedimentos alternativos de interrogatório extremamente agressivos. Alguns destes presos considerados importantes foram transferidos para Guantânamo.

Em 2007, documentos do FBI obtidos durante um processo iniciado pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, em inglês) revelam 26 incidentes de possível abuso por parte dos guardas de Guantânamo que incluem expor os prisioneiros a temperaturas extremas, desrespeitar o Alcorão e atos de humilhação realizados por guardas do sexo feminino.

Em 2008, o diretor da CIA, Michael Hayden, afirma ao Congresso estadunidense que a agência aplicou o submarino com três suspeitos de pertencer ao grupo terrorista Al Qaeda - Khalid Sheikh Mohammed, Abu Zubaydah e Abd al-Rahim al-Nashiri após o 11 de setembro. O presidente estadunidense eleito, Barack Hussein Obama , promete fechar ou reestruturar a prisão de Guantânamo.

Em 2009, o presidente Barack Obama assina um decreto-lei para fechar Guantânamo ainda no primeiro ano do seu governo, além de exigir uma revisão de como esses prisioneiros serão tratados antes do fechamento - se serão enviados a outros países ou processados. As comissões militares, criadas durante o governo Bush, são extintas.

O National Geographic Channel divulga um documentário intitulado Inside Guantanamo sobre a prisão estadunidense na ilha cubana. Ex-guarda de Guantânamo detalha crimes cometidos na prisão, incluindo o transporte dos detentos em jaulas, abuso sexual cometido por médicos, variados tipos de torturas, espancamentos brutais que deixavam o chão encharcado de sangue, desrespeito às práticas religiosas (fazer o detento comer carne de porco ou assistir profanações do Alcorão) e detenção de crianças

Há Direito Penal do Inimigo no Brasil?

◦ Art. 1º da Constituição Federal

◦ - Brasil é Estado Democrático de Direito que tem como princípio básico a dignidade da pessoa humana

◦ - Assim, o Direito Penal do Inimigo fere a Constituição Federal

Há resquícios de Direito Penal do Inimigo no Brasil?

◦ RDD

◦ Art. 21 do CPP – incomunicabilidade

◦ Lei 9614/98 (Lei de Abate de Aeronaves)

Em situações excepcionais pode ser instalado o Direito Penal do Inimigo no Brasil?

◦ Art. 136 da Constituição Federal

◦ - Estado de Sítio

◦ - Estado de Defesa

◦ (quebra de sigilo de correspondência, prisão sem ordem judicial, restrição ao direito de reunião, busca e apreensão sem ordem judicial e restrições à imprensa) (últimos dois apenas para o Estado de Sítio)

Principais críticas ao Direito Penal do Inimigo

◦ * O Estado nega a ordem jurídica

◦ * Confunde o Direito Penal com o Poder Punitivo

◦ * Direito Penal moderno visa traçar limites para conter o arbítrio do Estado

◦ * Fere o princípio da Dignidade da Pessoa Humana

Funcionalismo (moderado) de Claus Roxin – Princípio da Bagatela

Claus Roxin Nasceu em Hamburgo em 15 de

maio de 1931)

É jurista alemão e um dos mais influentes dogmáticos do direito penal alemão, tendo conquistado reputação nacional e internacional neste ramo.

É detentor de doutorados honorários conferidos por 17 universidades no mundo.

É professor da Universidade de Munique

Roxin adota o funcionalismo do Direito Penal (o Direito Penal deve

acentuar os valores de determinada ordem jurídica), mas acrescenta que o respeito da ordem jurídica deve se dar por razões de política criminal fundado na Dignidade da Pessoa Humana.

O que é Dignidade da Pessoa Humana ?

◦ É um conceito fluido e variável no tempo e no espaço

◦ É um conceito fluido e variável no tempo e no espaço

◦ (cada cultura cria um conceito)

◦ Para os muçulmanos a burca não fere o princípio

◦ Para muitas legislações ocidentais a pena de morte não fere o princípio

◦ No Brasil, o uso de chip pelo preso na saída temporária não fere o princípio

◦ Para muitos, o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana deve alicerçar o poder de autodeterminação

◦ (quer ser morador de rua, quer se matar, problema da própria pessoa)

◦ No Brasil, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana vai além. Trata-se além de tudo de um direito de não ser agredido diretamente ou indiretamente por arbitrariedades, por cenas violentas, por cenas pornográficas (p. ex. maus tratos a animais, ato obsceno, pichações, etc)

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