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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016
EMEB GRACILIANO RAMOS
MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS SEÇÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
EMEB “GRACILIANO RAMOS”
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016
EMEB GRACILIANO RAMOS
SUMÁRIO
I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR .......................................................... 5
1. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ...................................... 6
2. QUADRO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS ................................................ 9
3. HISTÓRICO DA ESCOLA ................................................................................. 9
3.1. O ATENDIMENTO DAS CRIANÇAS DO INFANTIL II – UMA ROTINA
DIFERENCIADA ............................................................................................ 10
II. PRINCÍPIOS EDUCATIVOS DA UNIDADE ......................................................... 12
1. INTRODUÇÃO AOS PRÍNCÍPIOS EDUCATIVOS .......................................... 12
1.1. PRINCÍPIO ESTÉTICO COMO EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL E
COLETIVA ..................................................................................................... 13
1.2. PRINCÍPIO DIVERSIDADE E SINGULARIDADE .................................. 15
1.3. PRINCÍPIO SUSTENTABILIDADE, DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO 18
1.4. PRINCÍPIO INDISSOCIABILIDADE ENTRE EDUCAR E CUIDAR ....... 19
1.5. PRINCÍPIO LUDICIDADE E BRINCADEIRA ......................................... 20
III. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ........................................................................... 22
1. ESCOLA – TERRITÓRIO DA INFÂNCIA ........................................................ 25
2. INFÂNCIAS – CRIANÇA-ALUNO ................................................................... 26
3. COMUNIDADE – COMO ENTENDEMOS O TRABALHO COM AS FAMÍLIAS
28
4. EQUIPE ESCOLAR – EDUCADORES E SEUS PAPÉIS DIFERENCIADOS . 30
5. EQUIPE GESTORA – A GESTÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ..................... 33
6. O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................... 35
IV. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE
ESCOLAR EM 2016 ................................................................................................ 37
1. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ....................................................................... 37
2. AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE .................................................................... 47
V. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE
ATUAÇÃO DA ESCOLA ......................................................................................... 48
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016
EMEB GRACILIANO RAMOS
1. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE........................................................ 48
1.1. RECURSOS DA COMUNIDADE ............................................................ 52
2. COMUNIDADE ESCOLAR .............................................................................. 53
2.1. PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE ......................................... 53
2.1.1. ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS COM A COMUNIDADE .......... 57
2.2. AVALIAÇÃO .......................................................................................... 58
3. EQUIPE ESCOLAR ......................................................................................... 59
3.1. PLANO DE AÇÃO PARA A EQUIPE ESCOLAR .................................. 59
4. PROFESSORES .............................................................................................. 62
4.1 CARACTERIZAÇÃO ............................................................................... 62
4.2 PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS PROFESSORES ........................... 64
4.3. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE FORMAÇÃO ...................................... 66
4.4. ORGANIZAÇÃO DOS MOMENTOS DE HORÁRIO DE TRABALHO
PEDAGÓGICO COLETIVO (HTPC) .............................................................. 67
4.5. ORGANIZAÇÃO DOS MOMENTOS DE HORÁRIO DE TRABALHO
PEDAGÓGICO (HTP) .................................................................................... 67
5. AUXILIARES EM EDUCAÇÃO ........................................................................ 68
5.1. CARACTERIZAÇÃO .............................................................................. 68
5.2. PLANO DE FORMAÇÃO ....................................................................... 69
5.3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO ........................................... 69
6. EQUIPE DE APOIO, EQUIPE DA COZINHA E OFICIAL DE ESCOLA .......... 69
6.1 CARACTERIZAÇÃO ............................................................................. 69
6.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE APOIO......................................... 70
6.3. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ................................................... 72
7. ÓRGÃO COLEGIADO – CONSELHO DE ESCOLA / ÓRGÃO JURÍDICO – APM
............................................................................................................................. 72
7.1. PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA ................................ 74
7.2. PLANO DE AÇÃO DA APM ................................................................... 74
7.3. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA E
DA APM ......................................................................................................... 75
7.4. QUADRO DO CONSELHO DE ESCOLA .............................................. 76
7.5. QUADRO DE MEMBROS DA APM ....................................................... 76
VI. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO .... 78
1. OBJETIVOS ..................................................................................................... 78
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016
EMEB GRACILIANO RAMOS
1.1. OBJETIVO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ................................................... 78
1.2. OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, DEFINIDOS NA PROPOSTA
CURRICULAR DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ............ 80
1.3. LEVANTAMENTO DE OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS ........... 81
2. LEVANTAMENTO DOS OBJETIVOS E CONTEÚDOS POR ÁREA DE
CONHECIMENTO ................................................................................................ 83
3. ROTINA ......................................................................................................... 108
3.1. ROTINA DE TEMPO E ESPAÇOS DE USO COLETIVO.....................129
3.2. ROTINA EXTRACLASSE E ESTUDO DO MEIO..................................131
4. ROTINA DA EQUIPE GESTORA .................................................................. 132
5. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS ............................. 134
5.1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL .................................................................................................... 134
6. INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................... 135
6.1. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS .. 135
7. AÇÕES SUPLEMENTARES ......................................................................... 137
7.1. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO .......................... 137
VII. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO ................................................... 139
VIII. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 140
IX. ANEXOS ........................................................................................................... 141
1. NOSSO PATRONO ....................................................................................... 141
2. DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA .................................. 142
3. MATERIAIS PEDAGÓGICOS E EQUIPAMENTOS ...................................... 144
4. QUADRO GERAL DA UNIDADE ESCOLAR 2017 - EDUCAÇÃO INFANTIL 145
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I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
EMEB Graciliano Ramos
Rua João D’Ângelo, 71 – Riacho Grande
São Bernardo do Campo – SP – CEP 09830-350
Telefones: 4101- 8217 / 4101-6090
E-mail: graciliano.ramos@saobernardo.sp.gov.br
Blog: blogdogracilianoramos.blogspot.com
Código CIE: 050805
Equipe Gestora
Professora respondendo pela direção: Juliana Bizan Ferrari
Professora respondendo pela vice direção: Erika Palma
Coordenadora Pedagógica: Gisele Elaine Lopes de Freitas
Psicóloga: Equipe de psicólogos referência da Região 4
Terapeuta Ocupacional: a definir
Etapa de ensino
Educação Infantil (Infantil II a Infantil V)
Horário de funcionamento da escola: 7h às 18h
Secretaria: 7h às 18h
Período Parcial das turmas do Infantil III a Infantil V
Manhã: das 8h às 12h
Tarde: das 13h às 17h
Obs.: são observados 10 minutos de tolerância para os atrasos na entrada e na
saída das crianças. Após este tempo os atrasos são registrados em livro próprio, a fim
de que ações possam ser pensadas entre a escola e a família para que não haja prejuízo
das crianças.
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Período Integral
A partir de 2016 deixamos de atender as turmas do Semi Integral devido ao
cumprimento da Lei 12.796/2013, que determina a obrigatoriedade do atendimento para
crianças a partir dos 4 anos de idade. Essa condição refletiu no aumento do número de
alunos da faixa etária entre 4 e 5 anos, ocasionando na ampliação de turmas de infantil
IV e V.
Infantil II
Nossas turmas do infantil II possuem os seguintes horários:
Entrada: a partir das 7h30 até as 8h
Saída: a partir das 17h até as 17h30
1. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS
Nome Matrícula Cargo/ Função
Horário de trabalho
Período de férias
Antonieta Leite do Nascimento Costa 62.434-4
Prof. Ed. Básica Infantil 13h as 18h Janeiro
Armando Akiyoshi Matsuzaki 28.321-7 Aux. Educação 7h30 as 17h Janeiro
Benedita Aparecida dos Santos Cabral 19.294-5
Aux. Limpeza 7h30 as 16h30
Março e Setembro
Cacilda Barboza Rodrigues 61.493-5 Aux. Limpeza 9h as 18h Dezembro
Camila Serra de Sousa Marcelino
41.266-2 Prof. Ed. Básica Infantil
7h as 12h Janeiro
Cristiane Moro 35.549-0 Prof. Ed. Básica Infantil
13h as 18h Janeiro
Debora Renata Nunes Lourenção
32.858-8 Prof. Ed. Básica Infantil
7h as 12h Janeiro
Divaldina Fernandes Gomes 60.041-7 Aux. Limpeza 9h as 18h Fevereiro
Ederli Soares Ferreira 35.158-5 Prof. Ed. Básica
Infantil 7h as 12h Janeiro
Edna de Alencar – Cozinheira 7h as 16h48 Janeiro
Elaine Cristina Pimenta 34.197-2 Prof. Ed. Básica Infantil
Vide quadro abaixo
Janeiro
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Erika Palma 30.825-7 Vice diretora Vide quadro abaixo
Janeiro
Evilene Moreira Marques Silva
79.139-9 Estagiária 7h30 as 11h30
Janeiro
Fabiana Leocadia dos Santos
42.272-0 Prof. Ed. Básica Infantil
Vide quadro abaixo
Janeiro
Fernanda Feliciano de Andrade 32.533-6
Prof. Ed. Básica Infantil 7h as 12h
Janeiro
Francisca Maria Oliveira Felix 33.633-5 Prof. Ed. Básica
Infantil 7h as 12h Janeiro
Gisele Elaine Lopes de Freitas 26.337-6
Coord. Pedagógica
Vide quadro abaixo
Janeiro
Glaucia Moreira Lengruber 42.179-0 Prof. Ed. Básica Infantil
7h as 12h Janeiro
Idelma Pereira Martins 19.826-8 Aux. Limpeza 9h as 18h Julho
Jaqueline dos Santos Dantas 79.418-5 Estagiária 13h as 18h Janeiro
Juliana Bizan Ferrari 35.547-4 Diretora escolar Vide quadro
abaixo Janeiro
Juliana de Alencar Nunes – Cozinheira 7h as 16h48 Janeiro
Maria Eliana Poleto Goulart 40.085-3 Prof. Ed. Básica
Infantil 13h as 18h Janeiro
Maria Iraneide da Silva 35.555-5 Prof. Ed. Básica
Infantil 13h as 18h Janeiro
Maria Iraneide Oliveira Lima 35.565-2 Prof. Ed. Básica Infantil
Vide quadro abaixo
Janeiro
Mariana Nogueira Rabelo Andrade
42.224-1 Prof. Ed. Básica Infantil
Vide quadro abaixo
Janeiro
Michele Rossi Foramilio 38.199-0 Prof. Ed. Básica Infantil
7h as 12h Janeiro
Neli Marques da Silva 34.580-3 Aux. Educação 7h30 as 17h Janeiro
Patrícia Fusari Stella 39.584-0 Prof. Ed. Básica
Infantil 13h as 18h Janeiro
Patrícia Rocha dos Santos Caramatti 37.554-3
Prof. Ed. Básica Infantil 13h as 18h
Janeiro
Pollyana Campos Araújo 60.600-7 Aux. Limpeza 6h30 as 15h30 Junho
Priscilla França dos Santos 41.894-3 Prof. Ed. Básica Infantil
7h as 12h Janeiro
Raimunda Lucia de Oliveira – Cozinheira 7h as 16h48 Janeiro
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Rosana Aparecida Segatelli Costa
79.102-2 Estagiária 7h as 12h Janeiro
Rosiane Aparecida de Camargo
41.270-1 Prof. Ed. Básica Infantil
13h as 18h Janeiro
Silvana Ogalla Cali 34.406-9 Aux. Educação 7h30 as 17h Janeiro
Silvia Helena Morais Dias 19.661-4 Aux. Limpeza 6h30 as 15h30 Maio
Terezinha de Sousa Martins 60.146-3 Aux. Limpeza 6h30 as 15h30 Novembro
Vanilde Osmira Rodrigues 37.357-5 Aux. Educação 8h as 17h Janeiro
Viviane Aparecida Siqueira Silva
38.401-1 Prof. Ed. Básica Infantil
Vide quadro abaixo
Janeiro
Wilton Fujinaga Takeda 32.938-0 Oficial de escola Vide quadro abaixo
Abril
Horário de funcionários de 40h
Funcionário 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Elaine 7h as 18h 7h as 14h30 7h as 14h 7h as 14h 7h as 12h10
Erika 9h as 18h 9h as 18h 12h40 as
21h40 9h as 18h 7h as 16h
Fabiana 11h as 18h 7h as 18h 11h20 as 18h 11h as 18h 12h as 18h
Gisele 8h as 17h 7h as 16h 9h40 as
21h40 9h as 18h 7h as 12h
Juliana B. 7h as 17h 7h as 12h 8h40 as 21h40
7h as 15h 9h as 18h
Maria Iraneide (M)
7h as 18h 7h as 14h30 7h as 14h 7h as 14h 7h as 12h10
Mariana 11h as 18h 7h as 18h 11h20 as 18h 11h as 18h 12h as 18h
Viviane 11h as 18h 11h as 18h 11h20 as 18h 7h as 18h 12h as 18h
Wilton 8h30 as 17h30
8h30 as 17h30
7h30 as 16h30
8h30 as 17h30
8h 30 as 17h30
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2. QUADRO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS
Período Agrupamento/Ano Turma Professoras Auxiliar
Total de alunos
por turma
Total de alunos
por período
Integral
Infantil II A Elaine/ Fabiana
Armando 22 45
Infantil II B Maria Iraneide O./ Mariana
Neli 23
MANHÃ
Infantil III A Débora / Glaucia – 28
161
Infantil III B Ederli – 28
Infantil IV A Michele - 26
Infantil IV B Camila Vanilde 26
Infantil V A Francisca Evilene (estagiaria)
27
Infantil V B Fernanda Rosana (estagiaria)
27
TARDE
Infantil III C Patrícia R. – 28
163
Infantil III D M. Iraneide S. - 28
Infantil IV C Maria Eliana – 26
Infantil IV D Rosiane Vanilde 25
Infantil V C Cristiane Jaqueline 28
Infantil V D Priscila F. – 32
3. HISTÓRICO DA ESCOLA
A EMEB “GRACILIANO RAMOS” iniciou suas atividades em 12 de junho de 1968,
nomeada na época Parque Infantil Riacho Grande. Sua diretora era a Sra. Marilda
Ferreira Machado que recebeu as chaves da escola das mãos do Vereador Omar
Bassani e do então subprefeito do Riacho Grande Álvaro Landi.
Antes da construção do prédio da escola, havia no local um sobrado pertencente
à missionária americana dona Margareth, que ligada ao Seminário Presbiteriano, que
ainda existe próximo à escola. Com a ajuda da senhora Isabel Mizuoti, moradora do
bairro, cuidava de algumas crianças carentes que estudavam na EEPG Antonio Caputo
e vinham para este local após as aulas para se alimentarem e aprenderem a lidar com a
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terra. Isso ocorreu por volta de 1965 e, com o retorno da missionária para os Estados
Unidos, a ideia foi suspensa e o terreno loteado.
Inaugurada, a escola passou a funcionar com quatro turmas pela manhã e quatro
turmas à tarde com aproximadamente quarenta alunos por turma, além de atender a 95
crianças que estudavam na EE Antonio Caputo, que vinham para cá no período contrário
às aulas, chamados de semi-internos. A proposta para estes consistia em acompanhar
as lições de casa, alimentar-se, em alguns casos, banharem-se, tudo com o
acompanhamento de professoras, chamadas de “tias”.
Em 01 de junho de 1974 a escola passou a se chamar Núcleo de Educação Infantil
Riacho Grande. Seu prédio passou por ampliações para atender a demanda de crianças,
inicialmente dos Bairros próximos à escola, que iniciavam seu processo de crescimento.
Em 23/01/1979 passou a se chamar Escola Municipal de Educação Infantil Riacho
Grande e no mesmo ano em 23 de agosto foi denominada pelo então Prefeito Tito Costa,
Escola Municipal de Educação Infantil “Graciliano Ramos”. A partir de 1998, dentro das
novas normatizações da educação passou a denominar-se Escola Municipal de
Educação Básica “Graciliano Ramos”.
3.1. O ATENDIMENTO DAS CRIANÇAS DO INFANTIL II – UMA ROTINA
DIFERENCIADA
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Uma história com novos capítulos... Era uma vez, em 2010 o início desta história...
“[...] nossa preocupação era atender com qualidade crianças
de uma faixa etária inferior a que atendemos em nossa unidade há 42 anos (4 a 6 anos), respeitando suas especificidades, necessidades, diante de um espaço que em nada se assemelhava a estrutura da creche.” (PPP 2011).
Foi em 2010 que esta unidade escolar passou a atender “crianças da creche”. Ou
seja, crianças que foram matriculadas em carácter inicialmente provisório,
encaminhadas pela Secretaria de Educação, em resposta a demanda existente na
região.
Com o passar dos anos e dada a necessidade de manutenção desse atendimento
nesta unidade escolar, fomos nos constituindo como uma escola de educação básica
para crianças desde a pequena infância.
Implantar o atendimento de crianças pequenas (entre 2 e 3 anos) nesta unidade
refletiu, desde o seu início, em questões e desafios para pensarmos enquanto equipe
escolar sobre a adequação estrutural e o trabalho pedagógico correspondente às
especificidades da faixa etária, sobretudo pela característica do atendimento das
mesmas em período integral. Portanto, atender essas crianças na perspectiva do acesso
e da permanência no contexto escolar é considerá-las em suas necessidades de
desenvolvimento e suas potencialidades para a aprendizagem. É considerar, igualmente,
a relação entre o “educar” e o “cuidar” como princípios para uma educação de qualidade
e condição para a formação integral das crianças.
De acordo com Barbosa:
“[...] cuidar e educar significa afirmar na educação infantil a
dimensão de defesa dos direitos das crianças, não somente aqueles vinculados a proteção da vida, a participação social, cultural e política, mas também aos direitos universais de aprender a sonhar, a duvidar, a pensar, a fingir, a não saber.” (2009, p. 69).
Desde então, fez-se necessário investir na infraestrutura dos espaços (salas de
aula), que vem ganhando adequações estruturais básicas para este atendimento, bem
como elementos pedagógicos para a configuração de ambientes educativos
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correspondentes a faixa etária. Cabe destacar que as adequações estruturais realizadas
até o momento são primárias e provisórias e com a chegada de mais uma turma de
creche no presente ano (2015), reconhecemos que a arquitetura atual do prédio
demanda adequações mais amplas para garantir a qualidade do atendimento desta faixa
etária.
Desde 2010 a rotina diária foi organizada com horários que contemplam as
necessidades básicas desta faixa etária, como o momento do repouso, as várias
refeições do dia, além da oferta de propostas que promovam o desenvolvimento afetivo,
social e cognitivo das crianças.
Desde o início do atendimento da turma de creche, temos investido
formativamente para a qualificação do trabalho pedagógico dos professores e auxiliares.
Desde 2015 temos a oportunidade de discutirmos a prática docente para tal faixa
etária ao dar continuidade ao trabalho de formação continuada, que agora se efetivará
também nos Horários de Trabalho Pedagógico (HTP), dada a implementação da jornada
de trabalho formativa para os professores da 40h que atuam nas creches.
II. PRINCÍPIOS EDUCATIVOS DA UNIDADE
1. INTRODUÇÃO AOS PRINCÍPIOS EDUCATIVOS
Para abordar e tornar visíveis os princípios educativos que permeiam as ações do
nosso cotidiano escolar é importante que toda a comunidade escolar esteja envolvida
com o Projeto Político Pedagógico, e isso acontece também dentro dos planos de
formação.
Durante os espaços de formação desenvolvidos nos anos de 2011/2012, o grupo
de educadores estudou o Documento Práticas Cotidianas da Educação Infantil (2009),
da autora Maria Carmem Silveira Barbosa, o qual norteia as Diretrizes Curriculares da
Educação Infantil (2009). O foco de estudo foram os Princípios Educativos, que para a
autora ficam assim definidos:
Estética como experiência individual e coletiva.
Diversidade e singularidade;
Sustentabilidade, democracia e participação;
Indissociabilidade entre educar e cuidar;
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Ludicidade e brincadeira;
A abordagem destes princípios se configurou como sendo uma das etapas do
Plano de Formação “Qualidade na Educação Infantil” iniciado no ano de 2011. Durante
os estudos, os educadores tiveram contato com o texto original e puderam organizar, a
partir das discussões e reflexões ocorridas nos encontros formativos, a escrita que
passou a compor nosso PPP. Revisitá-los e identifica-los nas ações que ocorrem no
cotidiano escolar é tarefa constante de todos se desejarmos efetivá-los enquanto
norteadores de todas as ações pedagógicas, pois concordamos com a autora quando
afirma:
“Quando reivindicamos para a educação infantil a função de ser um lugar de educação e cuidado para as crianças, famílias e profissionais pensamos em alguns princípios orientadores que precisam ser transformados em práticas cotidianas, independente do campo de ação. Esses princípios tornam-se balizadores dos planejamentos e das ações a serem vividas no ambiente escolar.” (Barbosa, 2009, p.58)
1.1. PRINCÍPIO – ESTÉTICO COMO EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL E
COLETIVA
Segundo Barbosa (2009), o princípio educativo da estética está relacionado a uma
experiência individual e coletiva, “sendo a estética o encontro entre a imaginação e a
razão e o acordo entre elas pode ser concebido como fundamento da integração entre
corpo e mente, entre sensível e inteligível” (p. 74). As experiências que a escola
proporciona para as crianças da ordem corporal, sensorial, tátil, das relações
compartilhadas, de visão de mundo, relações e vínculos afetivos, são ensinadas e
partem sempre da relação que temos com o outro, uma vez que se compõem de um
aprendizado. Assim, Barbosa (2009, p. 76) afirma que:
“[...] a maneira como os adultos se relacionam com as
crianças, outros adultos e o ambiente, como organizam e realizam as ações cotidianas, também proporcionam às crianças, ao longo de sua permanência nos estabelecimentos
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de educação infantil, experiências estéticas que se refletem nos modos de estabelecer suas relações culturais.”
Ao adotarmos a estética como princípio na educação infantil, norteando as ações
educacionais, possibilitamos a todos os envolvidos no cotidiano escolar vivências mais
prazerosas e sensíveis, tornando-nos cada vez mais humanos. Dessa forma, buscamos
o refinamento do olhar, trabalhando com outros observáveis que são visíveis aos olhos,
mas muitas vezes invisíveis aos sentidos.
Em se tratando de estética na educação infantil, o termo “estesia” nos chama a
atenção por significar a “experiência da beleza, da sensibilidade e da alegria”, o
sentimento do belo. A estesia internalizada pode potencializar nossos sentidos, e por
meio deles podemos ser capazes de uma percepção mais intima, intensa e detalhada,
da realidade, nos aproximando do figurativo, do que aparece nas entrelinhas, ver por traz
do texto, da foto... Entendemos que a estética está na relação entre os saberes que
emergem das situações corporais e sensoriais, ou seja, dos sons, das cores, dos
sabores, das texturas, dos odores, dos toques e dos olhares.
Diante do exposto, é fundamental ressaltar que, o princípio estético requer
experienciação com as coisas do mundo, visando prazer intelectual, enfatizando que:
“Compreender o ato de educar crianças pequenas como ação
simultaneamente ética e estética significa afirma-lo como promoção criativa dos seres humanos. Criatividade expressa na intenção de prosseguir cotidianamente uma vida mais bonita, mais inventiva, mais apaixonada, alegre, poética, inteligente, fundada em valores coletivos mais sensíveis, menos excludentes e sectários, menos indiferentes e violentos.” (Barbosa, 2009, p. 76).
Nessa perspectiva, entendemos que se faz necessário um trabalhar com práticas
do cotidiano escolar, cujo objetivo centraliza-se no reconhecimento “da beleza dos
detalhes e dos processos lúdicos do pensar”. Ressaltamos educacionalmente quanto a
esse principio o olhar da criança como reflexo transformador, pois parte dele “a
possibilidade de bem viver intelectualmente e socialmente”.
Assim, consideramos fatores importantes compreender e valorizar humana,
cultural, sentimental e reflexivamente a natureza, o ambiente e o universo, para a nossa
relação com o mundo e com a humanidade.
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Concordamos com Barbosa (2009, p. 78), quando assim o define:
“Trata-se, portanto de favorecer experiências estéticas que promovam a complexificação do sentir e do pensar, da imaginação e da percepção, de todos os envolvidos com um projeto de educação infantil comprometido com a valorização das produções culturais que significam a existência em sociedade.”
Acreditamos no princípio estético com foco na sensibilização no trato com o outro,
na investigação de conteúdos ou atividades que expressem esse posicionamento
estético e ético, estando presente no desenvolvimento do currículo e na gestão escolar,
visto que esses fatores não se dissociam das dimensões éticas.
Enfim, defendemos que o principio da estética potencializa as possibilidades das
relações entre o espaço como ambiente transformador e, do tempo, como um tempo
para o conhecimento de todos, de modo que esses dois fatores devam ser planejados
para acolher e expressar a diversidade dos alunos. O posicionamento estético e ao
mesmo tempo ético oportuniza trocas de significados, estimulado pelas palavras,
imagens, sons, gestos e expressões de pessoas que buscam incansavelmente superar
a fragmentação das aprendizagens e o isolamento que essa fragmentação escolar
provoca, deixando de lado uma concepção adultocêntrica dos planejamentos, pensando
a escola como um tempo de aprendizagem.
1.2. PRINCÍPIO – DIVERSIDADE E SINGULARIDADE
Ao considerarmos o princípio “diversidade e singularidade” como base para
pensarmos a escola atual, nos subsidiamos através das reflexões da autora Maria
Carmem Barbosa, em seu livro “Práticas Cotidianas Na Ed. Infantil” (2009).
A partir desta referência, entendemos a diversidade como um conceito que
permeia o mundo que habitamos, devendo ser entendido segundo a autora “como um
fator de diferenças e variedades em relação às características físicas, psíquicas, sociais,
culturais e biológicas dos seres humanos”, trazendo em si uma imensa riqueza para os
mesmos, para a cultura e para a natureza.
Associado ao conceito “DIVERSIDADE” temos o conceito da “SINGULARIDADE”,
ou seja, o entendimento de que cada ser humano tem sua forma de ser, estar e pensar
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o mundo que se constitui mediante as manifestações sociais e culturais do contexto em
que está inserido.
No âmbito educacional cabe considerar que por muito tempo as instituições
escolares, principalmente as escolas de Ed. Infantil, ao buscar uma escola única e mais
igualitária frente às desigualdades sociais, atuavam, equivocadamente, por meio de
ações que apenas reforçavam tais desigualdades. As escolas acabavam por cumprir
sem questionamento o papel de “homogeneizar” os comportamentos das crianças a fim
de prepará-las para o ensino em etapas posteriores, ocasionando na exclusão de
crianças entendidas como “diferentes” ou consideradas “minoritárias”, resultando no
fracasso escolar.
Após a constituição federal de 1988, o Estatuto da Criança e Adolescente e Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB de 1996, Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil de 2009 entre outros documentos de nível nacional,
a educação passou a ser compreendida na perspectiva do direito a todos, refletindo na
necessidade de se pensar as políticas públicas educacionais a partir de dimensões mais
abrangentes e inclusivas. Ou seja, fez-se necessário compreender a instituição escolar
como espaço acessível e de permanência a todas as crianças, sendo reconhecidas e
consideradas em sua diversidade, respeitadas e valorizadas em sua forma singular de
ser, estar e entender o mundo em que vivem.
Neste sentido, um dos grandes desafios presentes no panorama educacional
atual e que tem motivado estudos e discussões sobre as propostas pedagógicas, em
especial na educação infantil, tem sido compreender a criança como um sujeito capaz
de aprender, considerando seus tempos e ritmos e suas necessidades individuais,
independente de sua condição social, cultural, física, psíquica e biológica. Esta
compreensão vai além de assumir uma postura da aceitação de seus tempos e ritmos,
mas, sobretudo efetivar uma proposta de trabalho que considere os diferentes modos de
pensar e agir sobre o mundo, um trabalho pautado em práticas baseadas na atenção e
no respeito às particularidades das crianças. Ou seja, um trabalho que se fundamente
no respeito à diversidade e na singularidade dos sujeitos.
Nesta lógica, a escola deve ser entendida como um espaço para a universalização
de acesso e do direito à educação, do desenvolvimento e da aprendizagem e, ao mesmo
tempo, um espaço de relações entre sujeitos diversos, respeitados e valorizados em sua
diversidade. A escola torna-se então, um espaço de formação dos sujeitos para viverem
em conjunto, aprenderem em parceria, fundamentados no princípio da solidariedade e
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respeito ao outro, sem estabelecer um processo de formação que se justifique pela
padronização de comportamentos e aprendizagens.
“[...] requer oferecer as melhores condições e recursos
construídos histórica e culturalmente para que as crianças usufruam de seus direitos civis, humanos e sociais e possam se manifestar e ver essas manifestações acolhidas, na condição de sujeitos de direitos e de desejos. Significa, finalmente, considerar as creches e pré-escolas na produção de novas formas de sociabilidade e de subjetividades comprometidas com a democracia e a cidadania, com a dignidade da pessoa humana, com o reconhecimento da necessidade de defesa do meio ambiente e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa que ainda marcam a sociedade.” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Ed. Infantil).
A partir destas considerações estamos diante de novos desafios relacionados ao
fazer pedagógico. Uma prática pedagógica que reconheça e valorize o processo de
individualização dos educandos, reflete na necessidade de instrumentalizar o docente,
bem como todos os adultos da escola envolvidos no processo educativo das crianças,
sobre novas formas de pensar o trabalho pedagógico das instituições. Como já
destacado acima, a educação assumida na perspectiva do respeito à diversidade e a
singularidade, parte de práticas educativas que integram a atenção e o respeito às
particularidades das crianças em seus modos de produzir significados. Reconhecer esta
condição de trabalho, como nos afirma BARBOSA, implica em “escolher metodologias
que favoreçam – e ofereçam – experiências de aprendizagem através da co-construção
lúdica enquanto imaginação e razão.” Acrescenta ainda que, “tais metodologias exige
negar a busca de um padrão único de respostas e passar a considerar a complexidade
dos processos e a diversidade dos produtos”.
A partir dessas considerações, a formação continuada deve ser reconhecida como
condição para a ampliação das reflexões sobre as ações e metodologias que promovam
a formação das crianças com base em tais princípios, ou seja, onde as crianças possam
ser compreendidas como sujeitos protagonistas do próprio processo de desenvolvimento
e aprendizagem, assim como serem desafiadas a estabelecerem novas relações,
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fazerem interpretações sobre as coisas e os contextos vividos, possibilitando que
expressem seus sentimentos, sensações, saberes e conhecimentos.
1.3. PRINCÍPIO – SUSTENTABILIDADE, DEMOCRACIA E
PARTICIPAÇÃO
Na qualidade de definir e investir na concepção sustentável, democrática e
participativa de gestão, envolvemos todos os segmentos presentes no processo
educacional: crianças, pais, professores, gestores e demais funcionários. Afinal, a
educação das crianças pequenas é uma responsabilidade a ser compartilhada.
Primeiramente trataremos da gestão relacionada ao princípio democrático, pois
entendemos que surge como condição, segundo Barbosa (2009, p. 65):
“Na gestão, o princípio democrático surge como condição
para o encontro das combinações e dos conflitos entre equipe diretiva e demais membros das escolas. Trata-se de garantir para o estabelecimento educacional de crianças pequenas um lugar de formação de projetos e de experiências de vida integradas a partir da promoção de condições de existência e de iniciativa para cada um dos participantes que são, ao mesmo tempo, diferentes de todos, mas, como sujeitos, iguais a todos.”
Assim, é fundamental observar as práticas pedagógicas, observar que cabe a
gestão organizar e gerir as escolas, dar ênfase à democracia e à participação. É
importante ressaltar que as crianças devem ser protagonistas em suas interações no
coletivo, portanto, também com direito a participarem de algumas definições políticas e
pedagógicas da vida escolar.
Segundo a convenção Internacional sobre os Direitos da Criança da (ONU, 1989)
a criança passa a ter o direito à participação em diversas situações sociais, ou seja, elas
podem “falar” em seu próprio interesse, participar de decisões, desenvolver suas
opiniões, participar das escolhas no ambiente escolar, como protagonista da sua
aprendizagem, e do seu processo de desenvolvimento. Segundo Barbosa (2009, p. 67):
“A participação das crianças na escola não se reduz à
atenção, aos desejos individuais e interesses momentâneos
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de um grupo, muito menos à espera dos adultos pela ‘clareza’
das ‘palavras’ que comunica interesses ou opiniões naquilo
que as afeta no coletivo”.
Assim, afirmamos os direitos das crianças e os reconhecemos absolutos, porém,
estes não devem ser impostos nem tão pouco estáticos.
É imprescindível numa sociedade contemporânea, a mobilização de toda a
sociedade civil organizada para a construção de novos direitos e a reflexão e
manutenção dos já existentes, condicionando-os às experiências, dos processos de
aprendizagens e desenvolvimento da criança, e estes estão condicionados aos direitos
e deveres dos pais ou responsáveis, a toda a equipe escolar, bem como por leis.
Logo a seguir, trataremos da sustentabilidade como princípio, e explicitaremos o
imbricamento da sustentabilidade com a democracia na gestão educacional.
Clarificamos que uma instituição escolar necessita ser sustentável economicamente,
socialmente e culturalmente. Enfim, concluímos que, sustentabilidade, democracia e
participação como princípios políticos se encarregam de direcionar e organizar a gestão
escolar, devendo estar comprometidas com os princípios éticos e estéticos no cotidiano,
com os que compõem a escola, crianças, professores, famílias, gestores, entre outros.
Concluímos que, esse princípio deve ser articulado na vida escolar, não devendo
estar e permanecer estático, no currículo, mas inserido na vida, na interação.
1.4. PRINCÍPIO – INDISSOCIABILIDADE ENTRE EDUCAR E CUIDAR
Percorrendo o histórico da Educação Infantil temos que, no início, a função era
apenas cuidar de crianças pequenas, para que mães trabalhassem, configurando,
portanto o caráter assistencialista das instituições de crianças pequenas. Essa visão
arcaica propunha um trabalho com foco no atendimento às necessidades físicas, como
alimentação, higiene, repouso, conforto e prevenção de dor. Com sua integração ao
sistema de ensino, marcado a partir da LDBEN de 1996, a educação infantil passou a
ser considerada a 1ª etapa da educação básica, ou seja, a ter caráter educativo. Com
isso, foi necessário interrogar e pensar suas especificidades para além da ideia
assistencialista e preparatória que outrora demarcavam a creche e a então pré-escola.
Entendemos que o cuidar ultrapassa processos ligados a proteção e ao
atendimento das necessidades físicas. Cuidar inclui acolher, garantir segurança,
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alimentação, incentivar a curiosidade e a expressividade infantil em um movimento de
educação através do cuidado. Nesse sentido, cuidar é educar, é dar condições de pleno
desenvolvimento das crianças para explorarem ambientes e se desenvolverem.
Portanto, cuidar e educar devem ser considerados como dimensões indissociáveis de
todas as ações da prática cotidiana dos educadores e implicam, entre outras ações:
Acolher e apoiar as crianças nos momentos difíceis, fazendo-as se sentirem
confortáveis e seguras;
Garantir experiência bem sucedida de aprendizagem, sem discriminação;
Cuidados mútuos, a trabalhar na perspectiva de que as crianças aprendam a
se cuidar mutuamente, respeitando as diferenças, provendo autonomia.
Concluímos que, cuidar e educar partem das relações da escuta, do afeto, dos
desejos, inquietações e da necessidade de aprender a se desenvolver. Educar e cuidar
sempre devem estar juntos, imbricados, misturados, mas as ações que os cercam ainda
necessitam ser aprofundadas e refletidas no cotidiano escolar a fim de que sejam
compreendidas. Afinal, como identifica Barbosa (2000, p. 70):
“Alguns autores sugerem que, talvez, o uso da expressão
‘cuidados educacionais’ ponha sob melhor foco o
entendimento da indissociabilidade dessas dimensões. Ações como banhar, alimentar, trocar, ler histórias, propor jogos e brincadeiras e projetos temáticos para se conhecer o mundo são proposições de cuidados educacionais, ou ainda significam uma educação cuidadosa.”
1.5. PRINCÍPIO – LUDICIDADE E BRINCADEIRA
Os conceitos de ludicidade e brincadeira implicam no entendimento de que o
brincar pressupõe regras, possibilidades, tempo, espaço e inovação. É um campo de
ação, de experimentação, rumo a uma construção significativa, prazerosa no processo
de aprendizagem e desenvolvimento. Além disso, o brincar é uma das atividades mais
importantes para a construção das funções psicológicas superiores na educação infantil.
Portanto, compreendemos que as funções psicológicas superiores, exemplificando como
a fala, a imaginação, a memória, o autocontrole da conduta; desenvolvem-se através das
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relações interpessoais onde o brincar se faz de fundamental importância. Dessa forma a
criança se relaciona consigo mesma e interage socialmente com outras crianças, ou
melhor, com o meio que se dispõe na brincadeira.
Assim, ao brincar, a criança necessita de cuidados corporais, atenção, diálogo,
cooperação e de estabelecimento de regras, pois a brincadeira perpassa pelo campo da
confiança, cuidados, atenção e segurança, num ambiente que favoreça o êxito das ações
desenvolvidas pela criança.
Como pratica cultural, percebemos o brincar como uma atividade lúdica e
universal, que supõe aprendizagens e o desenvolvimento de repertórios, pois é por meio
da brincadeira que a criança adquire as primeiras representações do mundo, se expande
linguisticamente, observa e se desenvolve na interação com o outro e na mediação dos
adultos.
Portanto, o planejamento das situações lúdicas e demais atividades, requer o
preparo de materiais (recursos), organização de espaços, tempo, estratégias e ação,
com o intuito de garantir um contexto que ofereça oportunidades para as crianças.
Tendo em vista os aspectos observados, ressaltamos o ambiente, como
fundamental, devendo o mesmo ser seguro, limpo e confortável propiciando autonomia
de escolhas, atitude, momentos de descanso e de movimento, atividade exploratória e
minuciosa, entre outros. Brincar e brincadeira são uma experiência inaugural de sentir-
se, aprender a criar e aprender linguagens. Nesse sentido enfatizamos a importância do
Planejamento, organização de espaços, tempos e materiais, preparação do ambiente
físico que converta ao lúdico, ás descobertas e a diversidade.
Concluímos que, ao brincar a criança constrói, desenvolve repertório, vocabulário,
experiências, sentimentos, expressões, fantasias, sonhos e ideias. Assim, entendemos
a Brincadeira como experiência vivida, interpretada, construída por cada criança e cada
grupo de crianças em seu contexto cultural dado por tradições. Cabe destacar que o ato
de brincar não é preparação para nada, é fazer o que se faz em total aceitação da
brincadeira, não mantendo apenas relação com o futuro, mas um bem viver no presente.
Dado o exposto, é imprescindível que professores reflitam, reaprendam,
maravilhem-se, sensibilizem-se, atentem-se para transformar o ambiente escolar em
local onde predomina o lúdico.
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III. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
Nossa concepção de Desenvolvimento e de Aprendizagem está baseada nos
teóricos que defenderam a concepção dialética, na qual o sujeito modifica o mundo e é
modificado por este. Concordamos com eles quando afirmam:
“Conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, apreendendo os mecanismos dessa transformação vinculados com as ações transformadoras. Conhecer é, pois, assimilar o real às estruturas de transformações, e são as estruturas elaboradas pela inteligência enquanto prolongamento direto da ação.” (Piaget, 1988)
“Ao conseguir conhecer alguma coisa, o aprendiz transforma
o real, o mundo, e a si mesmo.” (Piaget, 1988)
“O aprendizado é o que possibilita o despertar de processos
internos de desenvolvimento que, não fosse o contato do indivíduo com certo ambiente cultural, não ocorreriam.” (Rego, 1995, p.57).
“A estrutura fisiológica humana, aquilo que é inato, não é
suficiente para produzir o indivíduo humano, na ausência do ambiente social. As características individuais (modo de agir, de pensar, de sentir, valores, conhecimentos, visão de
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mundo, etc.) dependem da interação do ser humano com o meio físico e social.” (Vygotsky)
Acreditamos na concepção de desenvolvimento interacionista, que considera os
aspectos biológicos e sociais importantes, ambos interferindo e contribuindo para o
desenvolvimento do sujeito. Nesta perspectiva, o sujeito interfere, atua, modifica o
ambiente e é por ele modificado. Esta concepção de desenvolvimento entende a
aquisição de conhecimento como uma construção permanente, isto é, o sujeito nem
nasce pronto, como acreditava a concepção inatista, nem é passivo diante do meio,
como acreditava a concepção ambientalista.
Portanto, nossa concepção de aprendizagem é a construtivista. Teoria na qual o
conhecimento não é concebido como uma cópia do real, incorporado diretamente pelo
sujeito, não é uma impressão que o mundo externo realiza na mente, um processo de
fora para dentro. A construção do conhecimento pressupõe uma atividade, por parte do
sujeito, que organiza e integra os novos conhecimentos aos já existentes, sendo,
portanto, o protagonista do seu próprio processo de aprendizagem, é alguém que vai
produzir a transformação que converte informação em conhecimento próprio.
Construção que se dá a partir de situações nas quais o sujeito possa agir sobre o que é
objeto de estudo, pensar sobre ele, recebendo ajuda, sendo desafiado a refletir,
interagindo com outras pessoas.
Nesta concepção a atuação do professor é fundamental, pois a construção de
novos conhecimentos pelo aluno é algo que depende das propostas didáticas e da
intervenção que ele fizer.
Na relação professor/aluno, partimos do princípio de que somos parceiros mais
experientes e, por isso, devemos agir como modelos, pois segundo Vygotsky
aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades,
atitudes, valores, etc., a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras
pessoas – incluindo aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre eles.
Investimos numa relação horizontal entre o professor e a criança, na qual ambos
aprendem juntos. Neste processo, o professor precisa estar engajado em um trabalho
transformador, procurando levar a criança à consciência de sua realidade,
desmistificando a ideologia dominante, valorizando a linguagem e a cultura.
Nesta relação, o diálogo marca a relação entre a criança e o professor, e procura
enfatizar a cooperação e o trabalho coletivo na resolução de problemas, pois a relação
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entre o professor/ aluno e aluno/ aluno depende fundamentalmente do clima
estabelecido pelo professor, do vínculo afetivo com seus alunos, da sua capacidade de
ouvir, refletir e discutir no nível de compreensão dos alunos e da criação de pontes entre
o seu conhecimento e o deles.
Ainda neste contexto, faz-se necessário considerar a realidade das crianças,
reconhecendo-as como seres únicos, respeitando as características próprias das suas
faixas etárias, valorizando seus saberes, planejando ações que possibilitem que as
mesmas avancem em suas jornadas do aprender, nas quais possam construir e
reconstruir seus conhecimentos de acordo com suas capacidades, seus ritmos e suas
individualidades.
E principalmente, além de todo o profissionalismo que deve permear a ética do
professor na relação com seu aluno, concordamos com Rubem Alves quando cita que
deve haver amor na escola:
"Quem não ama o que faz, dá pouco de si. Não se esforça. Bate cartão, cumpre o protocolo. O amor move gestos e intenções, em qualquer profissão. Mais ainda naquelas em que se lida diretamente com pessoas. Que são diferentes de livros, armários, números... Amor é vital, no trabalho, na vida, em tudo. Ao ver o rosto encantado e feliz da pequena aluna sob o olhar atento e carinhoso da professora, quem há de negar a importância do amor na educação?" (Rubem Alves)
É com esse comprometimento que pautamos nosso trabalho na escola,
acreditando ser um caminho a ser construído por todos com a intenção de promover uma
educação de qualidade para todos, visando o desenvolvimento de uma infância
compreendida e valorizada no seu momento e em suas particularidades.
Assim atuamos para que nossa escola possa tornar-se um ambiente respeitoso,
solidário e justo para todos, melhorando os relacionamentos, mostrando outras
possibilidades de lidar com os conflitos, utilizando nas relações princípios éticos,
priorizando o diálogo como forma utilizada para superar as divergências.
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1. ESCOLA – TERRITÓRIO DA INFÂNCIA
Primeiramente trataremos da escola como fator essencial, como um valioso
espaço que contribui nas práticas do ensino-aprendizagem, no desenvolvimento de
valores essências para o convívio humano. Nesse sentido, cabe à escola proporcionar
oportunidades que ofereçam igualdade de condições para o acesso e permanência,
inspirada no princípio da liberdade de aprender, no pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas e nos ideais de solidariedade humana, garantindo às crianças, em um
processo de aprendizagens interativo, acesso a cultura, ao conhecimento cientifico,
artístico e tecnológico.
Cabe à escola, zelar pela inclusão social de nossas crianças, mantendo-se atenta
às necessidades e formas de aprendizagens que permeiam uma educação
contemporânea, com suas especificidades de como aprendem e se desenvolvem.
Nesse sentido Carvalho explicita que:
“Essas concepções não nos autorizam a pensar numa escola
centrada em si mesma, como uma ilha e distante dos interesses dos alunos. A escola deve ser também, o espaço da alegria onde os alunos possam conviver desenvolvendo sentimentos sadios em relação ao ‘outro’, a si mesmo e em relação ao conhecimento. Para tanto a pratica pedagógica deve ser inclusiva, no sentido de envolver a todos e a cada
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um, graças ao interesse a motivação para a aprendizagem.”
(2010, p.32)
Entendemos ainda que a inclusão não se aplica somente às crianças com
deficiência ou com necessidades educativas especiais, mas a todas, concebendo seu
desenvolvimento e a aprendizagem numa instituição educacional. A inclusão nos permite
mudar o modo de ver o outro, de agirmos para que todos tenham seus direitos garantidos
e respeitados. Ela não é uma tarefa fácil, tanto por parte do sujeito a ser incluído, quanto
por parte do grupo que irá recebê-lo. A prática inclusiva é válida quando o educador
compreende, reflete e se coloca na posição do outro.
Numa perspectiva dialógica salientamos que a escola se coloca como espaço
privilegiado para o domínio dos conhecimentos básicos e avançados e, sobretudo com
fins de complementariedade à educação da família. Enfim, nossa escola tem como
princípio fundamental a construção da aprendizagem e do desenvolvimento levando em
conta e valorizando as diferenças, a singularidade, heterogeneidade e subjetividade da
criança, fatores fundamentais para potencializar o desenvolvimento de um processo
coletivo de aprendizagem.
2. INFÂNCIAS – CRIANÇA-ALUNO
Concebemos a infância como sendo uma construção social, histórica e cultural,
onde a criança deve ser vista como um ser ativo, pertencente a um grupo social com
especificidades e características próprias. Um espaço de tempo constituído pela relação
entre crianças e adultos onde são abordados aspectos culturais, da tradição da
sociedade e que dão margem ao contato com novidades que ampliam a capacidade de
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“imitação e oposição frente ao outro, como possibilidade de se afirmar como alguém
distinto” (Barbosa, 2009, p. 26).
Essa oposição nos remete a ideia de que se as crianças se distinguem dos adultos
por conta de suas especificidades, mas da mesma forma, são igualmente portadoras de
sentimentos, sonhos, criatividades, bem como de problemas e dúvidas como qualquer
ser humano.
Como todo humano também, a criança ocupa papéis dentro da sociedade, sendo
que um deles é o papel de aluno. Aqui também enfatizamos a diferenciação entre criança
e aluno. Acreditamos que devemos desconstruir a ideia de aluno que se reduz “a um
modo de se relacionar com o conhecimento e aprendizagem” (Barbosa, 2008, p. 27), ou
seja, que se reflete em um modo passivo de se relacionar com o objeto de conhecimento.
Acreditamos que enquanto território da infância, a escola de educação infantil, deve
conceber “a criança como sujeito ativo e capaz pensar, imaginar e participar da gestão
de sua educação, de sua aprendizagem” (Barbosa, 2008, p. 27) fazendo parte da vida
coletiva da escola.
Nessa linha de pensamento entendemos que a escola deve proporcionar em seu
cotidiano, situações nas quais as crianças vivenciem diversas experiências com diversos
parceiros, façam escolhas, tomem decisões, se socializem e se descubram. Entendemos
a criança também como um ser de linguagem em constante construção e interação,
capaz de ler e interpretar o mundo de diferentes formas: na brincadeira, no faz de conta,
na ludicidade e na construção simbólica.
Por fim, nossa conclusão se apoia no que afirma Kuhlmann Jr. (2001)
“[...] o conjunto de experiências vividas por elas [pelas
crianças] em diferentes lugares históricos, geográficos e sociais é muito mais do que uma representação dos adultos sobre esta fase da vida. É preciso conhecer as representações de infância e considerar as crianças concretas, localizá-las nas relações sociais etc., reconhece-las como produtoras da história.”
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3. COMUNIDADE – COMO ENTENDEMOS O TRABALHO COM AS FAMÍLIAS
“As famílias são elementos constituintes das relações que
acontecem na instituição educativa, afinal as crianças são pequenas e para se sentirem acolhidas na creche dependem da sintonia entre a família e os profissionais da escola. Essa é mais uma das especificidades dos estabelecimentos de educação infantil. Nesse sentido, complementariedade e partilha são palavras decisivas na relação, escola criança e família.” (Barbosa, 2009, p. 33)
Que relação é essa entre escola, criança e família?
O que cabe a cada um dos participantes dessa relação?
Essas perguntas nos fazem refletir que a criança, peça chave do contexto
educacional onde essa relação acontece, cabe ser cuidada, protegida e provocada. Já
as duas instituições, escola e família precisam interagir estabelecendo conversas e
trocas que possibilitem que ambas se conheçam dentro de uma perspectiva de respeito
e escuta do ponto de vista do outro.
Quanto à relação da escola com a comunidade, concebemos ser fundamental que
a instituição conheça o contexto social em que está inserida e a que serve. Conhecer
suas necessidades, potencialidades e expectativas, adequando a ela seu trabalho de
atendimento educacional, é a única forma possível para atendermos às suas finalidades:
formar cidadãos conscientes e capazes, fornecendo, ainda, os conteúdos, habilidades e
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valores necessários à sua melhor inserção no ambiente social. Para isso, realizamos
uma pesquisa com a comunidade e equipe escolar, contendo informações sobre os
mesmos e que consideramos importantes para a realização de nossas ações. Ao longo
do ano, realizamos avaliações sobre os eventos que este segmento está envolvido
diretamente, como por exemplo: Sábados letivos, reuniões com APM/ Conselho de
Escola, além da Avaliação da Comunidade, realizada ao final do ano letivo.
Um dos mecanismos que possibilita à comunidade uma participação efetiva nas
ações e decisões da escola é o Conselho de Escola e a Associação de Pais e Mestres,
que se reúnem toda segunda quarta-feira do mês. Investimos nesses encontros, pois
nessa relação de parceria e troca de conhecimentos com a comunidade, somos
formadores e somos formados, informamos e somos informados. E essa troca nos dá
subsídios com apontamentos preciosos na tentativa de melhorar nossa qualidade de
ensino junto às crianças e fortalecer a relação com a comunidade.
“Um grupo se constrói através da constância da presença de
seus elementos na constância da rotina e de suas atividades. Um grupo se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante. Um grupo se constrói enfrentando o medo que o diferente, o novo provoca, educando o risco de ousar. Um grupo se constrói na cumplicidade do riso, da raiva, do choro, do medo, do ódio, da felicidade e do prazer.” (Madalena Freire)
Concebemos que a base de uma relação cordial e de respeito é fundamental e se
estabelece no cotidiano da escola. Pode ser dentro de situações conflitantes ou
harmoniosas, mas sempre pautadas e reconhecidas através do diálogo.
“A família é o lugar onde se ouvem as primeiras falas, com as
quais se constrói a autoimagem e a imagem do mundo exterior. Assim, é fundamental como lugar de aquisição de linguagem, que a família define seu caráter social. Nela, aprende-se a falar e por meio da linguagem a ordenar e dar sentido as experiências vividas. A família, seja como for composta, vivida e organizada, é o filtro através do qual se começa a ver e a significar o mundo.” (Sarti, p. 14, 2004).
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Conhecer as necessidades, potencialidades e individualidades das famílias,
permite que o significado de mundo de cada uma delas se torne a base do nosso trabalho
na escola. É preciso que a escola junto com a família defina o âmbito de atuação de cada
uma tendo sempre em vista o contexto sociocultural em que estão inseridas. Assim
juntas poderão propor formas de participação condizentes com a realidade.
Para a autora (Heloiza Szymanski, 2007) a aproximação como forma de
participação entre escola e família é sempre enriquecedora, pois garante à família o
direito de conhecer o que é feito na escola, como é feito e para que, ao mesmo tempo
viabiliza o acesso e a efetiva participação no projeto político da escola, por meio de
intervenções, opiniões, sugestões, críticas e dúvidas. Entendemos que quando a escola
abre com acolhimento e clareza as portas e com objetividade nas ações, a tendência das
famílias é sempre colaborar em manter um diálogo que ajuda a conhecer as
particularidades das crianças.
Acreditamos que considerar as expectativas das famílias em relação ao
desenvolvimento das crianças durante o ano letivo, dividindo as conquistas, os anseios,
enfim as aprendizagens é uma maneira de compartilhar o acompanhamento do
desenvolvimento infantil.
“[...] Assumir um trabalho de acolhimento as diferentes expressões e manifestações das crianças e suas famílias significa valorizar e respeitar a diversidade, não implicando a adesão incondicional aos valores do outro. Cada família e suas crianças são portadoras de um vasto repertório que se constitui em material rico e farto para o exercício do diálogo, da aprendizagem com a diferença, a não discriminação e as atitudes não preconceituosas.” (MEC/ SEF, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, V. 1, p.77, 1998)
4. EQUIPE ESCOLAR – EDUCADORES E SEUS PAPÉIS DIFERENCIADOS
No que diz respeito à formação dos professores, nossa equipe concebe esta
profissão como uma das que pressupõe uma prática de reflexão e atualização
constantes. Entendemos que este profissional desenvolve uma prática complexa para
qual contribuem muitos conhecimentos de natureza diferentes. Seu papel agora é
diferente daquele de simples transmissor de conhecimentos, simples ligação entre o
saber e o aluno. Sua função é: criar ou adaptar boas situações de aprendizagem,
adequadas a seus alunos, cujos percursos de aprendizagem ele precisa conhecer.
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Para isso, a formação inicial não dá ao professor um corpo de conhecimentos
suficientes para a sua prática docente. Por isso investimos na formação permanente,
envolvendo um trabalho reflexivo e de estudos. Apesar de a formação inicial ser
insuficiente, temos claro que as ideias educacionais são produzidas largamente e
ininterruptamente, assim como também a sociedade em que atuamos se modifica
continuamente, exigindo do professor uma construção e reconstrução constante da sua
prática pedagógica.
Investimos, nesta formação continuada, numa atualização do conhecimento
produzido mais recentemente que influencie e oriente nossa prática, bem como na
tematização da mesma, através da reflexão sobre nossas ações, mediante troca de
saberes e experiências entre os educadores, observação, registros e relatórios. Neste
aspecto, concordamos com Telma Weisz, que assim se pronuncia:
“O trabalho de tematização é uma análise que parte da prática documentada para explicitar as hipóteses didáticas subjacentes. Chamamos a este trabalho tematização da prática porque se trata de olhar para a prática de sala de aula como um objeto sobre o qual se pode pensar.”
Essa formação reflexiva baseada na observação da prática visa tornar consciente
ao professor à concepção de educação que norteia suas ações, identificando qual seu
papel diante do trabalho realizado, buscando a compreensão de como a criança aprende
e se relaciona com o objeto de conhecimento.
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O desvelamento dessa concepção do processo de ensino - aprendizagem, nas
diversas situações de observação e análise da prática de sala de aula, é um instrumento
valioso como forma de garantir o aperfeiçoamento do trabalho pedagógico como também
para formar o tipo de professor de que precisamos: prático-reflexivo.
“Acreditava-se fortemente que mudanças sociais, por si só, bastariam para
modificar os homens, trazendo-lhes felicidade e convencendo-os a viver eticamente.
Ora, as grandes e radicais mudanças não aconteceram. E mesmo as mais “modestas”
não foram suficientes para promover condutas diferentes por parte dos indivíduos. [...],
ou seja: chegou-se ao diagnóstico de que ações para promover mudanças sociais
deviam ser acompanhadas de outras, destinadas a promover mudanças individuais.” (La
Taille, 2000, p.9)
A educação infantil, que há tempos foi caracterizada pelo cuidar como função
assistencialista, desde a instituição da LDB (1988) traz como demanda a necessidade
dos profissionais da educação que trabalham com crianças pequenas de terem uma
formação especifica e contínua, pois não se trata apenas de uma tarefa de guarda, mas
de responsabilidade educacional, o que torna a necessidade de cuidar e de educar
indissociáveis. Concordamos com Barbosa quando afirma que:
“Trabalhar com crianças pequenas exige formação, pois não é apenas uma tarefa de guarda ou proteção, mas uma responsabilidade educacional na qual são necessárias proposições teóricas claras, planejamento e registros.” (Barbosa, 2009, p.35).
Atendendo a essa necessidade, a formação continuada dos professores deve ser
um dos principais focos da gestão, levando em conta as atribuições que ocupam e o
constante processo de construção de sua identidade profissional. Neste aspecto, a
formação pautada na “Qualidade na Educação Infantil”, visa refletir sobre práticas e
posturas associadas a fundamentações teóricas que tratam desta modalidade de ensino.
Contudo, refletir sobre as posturas que educam o papel do adulto a concepção de
infância entre outras especificidades do trabalho na educação infantil, requer momentos
de formação não apenas para os professores, mas também com todos os adultos que
atuam no ambiente escolar. Afinal, todos têm papel importante na formação das crianças
através das relações que se estabelecem desde o portão até a sala de aula. Priorizamos
assim momentos de formação em que todos da equipe escolar participem, refletindo
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através de leituras, dinâmicas de sensibilizações que tragam o universo da infância para
ser compartilhado com o grupo.
Reconhecendo-se parte do grupo de educadores da escola, todos os funcionários
são sensibilizados a participarem de discussões objetivando compreenderem-se como
profissionais que cuidam e educam as crianças em uma escola de educação infantil,
gerando a necessidade de formação do coletivo da escola.
“[...] objetivando a construção de consensos pedagógicos, ainda que provisórios, que explicitem a proposta pedagógica, pensando e amadurecendo as decisões sobre a vida coletiva na escola.” (Barbosa, 2009, p. 39)
Ainda como afirma Barbosa:
“Todos os adultos que participam da escola são educadores. Pois, mesmo quando executando suas funções específicas, ensinam as crianças o respeito às suas tarefas profissionais e o cuidado com os outros.” (Barbosa, 2009, p.40)
5. EQUIPE GESTORA – A GESTÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Advindo de um processo continuo de construção, de reflexão, discutindo e
conceituando: escola, criança e infância, comunidade e professores, trataremos em
especial da equipe gestora, cuja função se localiza em direcionar a escola em seus
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aspectos práticos, pedagógicos, de ordem funcional e administrativa, colocando em
prática o desenvolvimento e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico da
unidade escolar. Entendemos o trabalho da equipe gestora como de inovação, de
sempre estar com propostas de mudança, pois o hoje é diferente do ontem e o amanhã
diferente dos dois.
Qual o papel de um gestor num processo de mudança ou de inovação escolar?
Podemos dizer que como os processos de inovação não se desenvolvem sozinhos a
liderança é essencial na construção do sentido de mudança. Nesse sentido, podemos
afirmar que o sucesso é mais garantido quando a liderança é cooperativa, quando o
poder é compartilhado, quando a cultura do individualismo dá lugar à cooperação, as
relações hierárquicas são substituídas pelo trabalho em equipe, a supervisão evolui para
animação das práticas e a abordagem contratual negociada entre parceiros substitui as
decisões autoritárias.
Assim, uma equipe de gestão escolar deve ter em seu quadro, profissionais com
conhecimentos e habilidades para exercer uma liderança compartilhada e responsável,
capacidade de trabalhar em equipe e de comunicação para saber lidar com conflitos,
iniciativa, deve saber se distanciar da lógica burocrática que padroniza as escolas, com
ações democráticas e projetos desenvolvidos em comum acordo, este deve ter uma
visão de conjunto e uma atuação que apreenda a escola nos seus aspectos
pedagógicos, culturais, administrativos, financeiros.
Quanto ao conceito de gestão pedagógica, nos subsidiamos em Luck (2010, p.
17) “como entendimento do conceito, de gestão pedagógica, portanto, por assentar-se
sobre a maximização dos processos de mudanças, já pressupõe, em si, a ideia de
participação, isto é, do trabalho associado e cooperativo de pessoas na análise de
situações, na tomada de decisões sobre seu encaminhamento e na ação sobre elas, em
conjunto, a partir de objetos organizacionais entendidos e abraçados por todos”.
Ressalta-se que a gestão educacional, em caráter amplo e abrangente, do
sistema de ensino, e a gestão escolar, referente à escola, constituem-se em áreas
estrutural de ação na determinação da dinâmica e da qualidade do ensino. Isso porque
é pela gestão que se estabelece a unidade, a organização de ações de modo consistente
e coerente voltada aos princípios educacionais. Enfim, a gestão deve visar por meio de
suas ações e processos educacionais, melhoria da aprendizagem dos alunos,
ressaltando a formação da equipe de funcionários, garantindo equidade e maximizando
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as experiências que promovam as aprendizagens no coletivo escolar através de planos
de formação, acompanhamentos.
Em se tratando de uma gestão pedagógica da aprendizagem e do
desenvolvimento, é necessário que se estabeleçam formas de participação no processo
de gestão, de forma a alcançar a participação de todos. Assim entendemos como ações:
participação de toda comunidade escolar na discussão de ideias com contribuições
visando uma aprendizagem melhor, proporcionar estudos do conhecimento sobre a
realidade escolar; visão global do processo social; dimensão pedagógica entre outros
itens que se fazem necessários à gestão escolar.
6. O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Concebemos o Currículo da Ed. Infantil como as experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem
para a construção de identidades de nossos estudantes. Entendemos a criança
como sujeito portador de saberes construídos a partir das práticas sociais vividas além
da convivência escolar, conteúdos estes que servem de pontos de partida para o trabalho
pedagógico escolar. Concebemos, igualmente, que tal currículo pressupõe o professor
como mediador e organizador das intenções educativas a favor do desenvolvimento e
das aprendizagens da criança - sujeito da aprendizagem - responsável por potencializar
as capacidades e de reconhecer a criança como sujeito diverso e singular.
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Para tanto, pensar na efetivação desse currículo é realizar ações intencionais,
planejadas e coordenadas a partir de atividades significativas para o desenvolvimento
específico de cada faixa etária presente na Ed. Infantil, ao mesmo tempo em que
possibilitem desafios pertinentes ao desenvolvimento das crianças, ampliando seu
conhecimento por meio de experiências que favoreçam o desenvolvimento estético,
ético, social e cognitivo das mesmas.
Enfim, o currículo nos garante “a direção” a ser tomada no processo educacional
escolar.
Dessa forma, conceituaremos currículo segundo Moreira e Candau (2008, p. 18):
"[...] currículo como as experiências escolares que se desdobram em torno do
conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para a construção de
identidades de nossos estudantes”. Portanto, compreendemos que ao currículo se
relacionam todas as atividades pedagógicas de aprendizagem que contribuem para a
construção de saberes dos alunos na instituição escolar.
Nesse sentido, o trabalho pedagógico realizado pela equipe docente deverá
fundamentar-se nos princípios estabelecidos pela escola e conforme estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (2009):
Disponibilizando materiais que possibilitem a interação de todas as crianças;
Promovendo situações compatíveis para a idade;
Criando contextos inteligentes para as diversas formas de comunicação e
expressão infantil;
Promovendo trocas e descobertas entre as crianças;
Ressaltando os cuidados, carinhos e afetos entre adulto e criança;
Estabelecendo um clima de confiança para que as crianças se sintam seguras
e construam uma autoimagem positiva;
Partindo dos conhecimentos que as crianças já possuem e propor desafios
que os façam avançar;
Planejando atividades nas quais as crianças possam confrontar suas
hipóteses com conceitos convencionais;
Preparando diariamente o ambiente para recebê-las;
Coordenando situações e contextos nos quais se privilegie a voz da criança;
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Analisando as produções infantis sistematicamente e selecionar com as
crianças, aqueles que serão expostos, tornando-a parte do próprio processo
de aprendizagem;
Mantendo comunicação aberta com os familiares a fim de conhecer melhor as
crianças;
Articulando as diferentes linguagens e conteúdo por meio de projetos
interdisciplinares e transdisciplinares;
Favorecendo a expressão por meio das diferentes linguagens: corporal,
musical, escrita, oral e visual.
IV. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS EM 2016
1. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
“PARAR, OLHAR E REPARAR” Foi parafraseando Terezinha Rios em suas considerações sobre a importância do
OLHAR e do REPARAR sobre a prática, que encaminhamos junto à equipe escolar a Avaliação Institucional 2016. Foi um exercício iniciado em reunião pedagógica, onde contamos com toda equipe escolar, que se debruçou a “colocar reparo” sobre a prática
que tivemos ao longo do presente ano, em consonância aos princípios e propósitos definidos em nosso Projeto Político Pedagógico. A pauta que orientou a reflexão da equipe considerou as diretrizes (ou pressupostos) estabelecidos pela secretaria de educação: o ACESSO E PERMANÊNCIA ESCOLAR, a GESTÃO DEMOCRÁTICA e a PRÁTICA PEDAGÓGICA E A GARANTIA DO SUCESSO ESCOLAR. Para tanto, destacamos os Planos de Ação para a Comunidade e da Equipe Escolar como “cenário”
deste momento de avaliação e em especial, as ações que ainda não haviam sido avaliadas ao longo do processo.
Entretanto, a avaliação se estendeu para outros momentos menos coletivos onde se encaminhou a reflexão sobre os planos de ação específicos à cada segmento da equipe escolar.
Além da avaliação da equipe sobre os planos e ações desenvolvidas ao longo deste ano, também compõe este instrumento as avaliações que fizeram parte de momentos específicos ao longo do ano letivo, além da avaliação da comunidade escolar sobre o nosso trabalho, tanto no que se refere à prática pedagógica para as aprendizagens das crianças, quanto em relação às ações desenvolvidas para a própria comunidade.
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“O PARAR” Ao longo de todo o trabalho realizado em 2016, fizemos algumas “paradas” para
OLHAR mais atentamente a correspondência entre as ações efetivadas e a intencionalidade que justificavam as mesmas e se estas favoreceram para avançarmos em relação ao que idealizamos em nosso Projeto Político Pedagógico.
Nessas paradas realizadas de tempos em tempos - após a conclusão de um projeto, uma ação ou evento - refletimos sobre os resultados reconhecidos pela equipe e sua importância para a consolidação do nosso PPP.
Assim, destacamos abaixo os aspectos “reparados” por nós, equipe escolar, e que
nos permitem concluir os avanços que temos obtido em nosso plano anual.
“O REPARAR”
O olhar reflexivo da equipe escolar sobre o acesso e a participação da comunidade
ao Projeto Político Pedagógico. Concluímos que a participação da comunidade escolar - em especial o segmento
das famílias - tem sido garantido e ampliado ano a ano, quando vemos o aumento da participação dos familiares nos eventos realizados em vários momentos do ano: reuniões, palestras e sábados letivos.
Neste ano, após a realização de alguns eventos (palestras e sábados letivos), procuramos oportunizar às famílias a avaliação dos mesmos, a partir de instrumentos específicos onde elas pudessem colocar suas considerações quanto à data, o horário, a relevância do tema/conteúdo e a própria organização do evento. O retorno dessas avaliações respaldaram à equipe escolar na manutenção e/ou replanejamento do plano inicial para o encaminhamento de outros eventos semelhantes que se sucederam. Pareceres positivos de algumas famílias também foram apresentados através das agendas. Assim como as avaliações realizadas ao longo deste ano, cabe destacar que tal plano de ação se apoiou nas considerações sistematizadas na avaliação institucional de 2015, onde também foram apresentadas considerações da comunidade acerca do nosso trabalho. Portanto, reconhecemos como princípio em nosso PPP a escuta acolhedora sobre o parecer das famílias frente à prática realizada em nossa escola.
Além de considerarmos um avanço o encaminhamento pontual das avaliações às famílias após as palestras e sábado letivo, embasando o replanejamento das ações, também reconhecemos as ações que temos mantido em nosso plano de ação para a comunidade como práticas já consolidadas em nosso PPP e que, a partir de agora, devem ser vistas como o repertório prático e estável da equipe, a fim de garantir a
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participação e o acesso da comunidade ao nosso projeto, deixando de ser considerada mais uma meta a ser atingida.
Avaliamos também que os meios de comunicação que estabelecemos com os familiares (agenda, calendários mensal e anual, blog, jornal trimestral, convites e bilhetes), os encontros presenciais (palestras e reuniões), a reunião para a acolhida dos novos alunos e familiares ao final de cada ano são estratégias já incorporadas na prática da equipe, merecendo apenas os esclarecimentos à nova equipe que irá se compor em 2017 para que possam compor com esta mesma ação. Destaca-se ainda, a participação dos membros do Conselho de Escola/APM sobre decisões e encaminhamentos do trabalho pedagógico, apresentando ideias, pareceres e/ou preocupações pertencentes à comunidade, amparando a equipe escolar na efetivação de suas ações, vindo favorecer a transparência das intenções do projeto pedagógico da escola à toda comunidade. Como exemplo desta consideração, destacamos o cuidado tomado com a divulgação do conteúdo da palestra sobre o “desenvolvimento da sexualidade infantil”
devido a preocupações apresentadas por membros do conselho escolar que representam o segmento das famílias.
Também é importante destacar como ação favorável da comunidade escolar ao acesso e participação no Projeto Político Pedagógico da escola, a participação do Conselho de Escola /APM na devolutiva realizada pela Secretaria de Educação sobre o projeto de reforma e ampliação do espaço físico da nossa unidade escolar. A atuação do conselho foi efetiva tanto na socialização do projeto, por meio de indagações sobre algumas perspectivas da intervenção no espaço e na demanda prevista para atendimento, como também na socialização das informações junto à equipe escolar, na última reunião pedagógica. Avaliamos que esta dinâmica de atuação revela por parte do conselho de escola, em especial do segmento das famílias, o sentimento de pertencimento à causa da reivindicação pelo encaminhamento deste projeto de melhoria do espaço escolar, mesmo por parte dos familiares que não mais comporão este colegiado a partir de 2017.
Ainda sobre o acesso de toda a comunidade escolar ao PPP, temos a destacar as estratégias indicadas pela equipe em 2015, como algo a ser qualificado para o presente ano, dentre elas a forma de divulgação de nossos eventos. Assim, avaliamos que a “panfletagem” realizada no portão da escola, bem como a “contagem regressiva”
que indicou a chegada do evento, organizada por meio de um instrumento próprio, controlado com a participação de toda a equipe de apoio na comunicação direta com os familiares nos momentos de acolhida e despedida diárias, qualificaram significativamente a informação sobre os nossos eventos. Além disso, outra ação que fez a diferença em nosso plano de ação foi divulgação direta da profissional da saúde (dentista) para a palestra ou “roda de conversa” sobre saúde bucal, no dia da reunião
com pais, sendo também considerada uma estratégia importante de divulgação e que deverá ser mantida.
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A equipe também fez indicações para que no próximo ano algumas ações aconteçam de forma a garantir os avanços que temos conquistado através de nossos planos. São elas: a realização de uma nova pesquisa junto à comunidade para levantamento de temas de interesse, preferencialmente no início do ano letivo; divulgar os eventos (palestras) considerando a possibilidade da participação de pessoas da comunidade para além dos familiares.
Reparando especificamente à experiência das famílias na prática avaliativa, reconhecemos que este exercício – a avaliação – ainda é uma prática recente e em construção para a participação efetiva das mesmas, merecendo ser qualificada. Ou seja, além da ampliação da participação e do retorno das avaliações que continuaremos a conquistar, pretendemos qualificar o conteúdo da avaliação de modo a tornar mais explícito as questões sobre o nosso trabalho. Assim, poderemos concluir que as ações avaliadas como exitosas pela equipe, realmente são propicias para que o nosso Projeto Político Pedagógico seja compreendido pela comunidade escolar em sua intencionalidade.
Quanto as considerações dos familiares sobre os aspectos acima mencionados, constatamos em suas avaliações a aprovação unânime de todos os eventos realizados, bem como de todas as formas de comunicação utilizadas até o momento. Nas avaliações aparecem, ainda que pontualmente, comentários valorizando as diferentes propostas realizadas nos sábados letivos, sendo que referente ao 2º Sábado Letivo, caracterizado como Mix Cultural, destacou-se em alguns comentários a apresentação teatral “Pedro e
o Lobo”. Em várias avaliações são mencionadas a importância das diferentes palestras
que realizamos este ano, sendo indicado a permanência destes eventos para o próximo ano. As reuniões com familiares (trimestrais) também foram bem avaliadas, mesmo com algumas indicações bastante pontuais sobre a dificuldade de alguns familiares em corresponder aos horários (normalmente dentro do período) para comparecer aos encontros.
E para finalizar a reflexão que fazemos sobre a compreensão da comunidade escolar em relação à intenção do nosso PPP, podemos afirmar que a grande maioria das famílias atendidas em nossa unidade escolar demonstram reconhecer a intenção do nosso trabalho, enquanto instituição de educação infantil. Entretanto, as expectativas reveladas em poucas avaliações sobre uma escola que alfabetize as crianças, ou que as façam ler ou a efetuar cálculos, revelam que a concepção de nosso trabalho ainda merece ser esclarecida nas reuniões realizadas trimestralmente.
O olhar reflexivo da equipe escolar sobre o princípio da Gestão Democrática.
Para avaliarmos a correspondência entre as ações realizadas por toda equipe e o
princípio da Gestão Democrática, destacamos como cenário o Plano de Ação para a Equipe Escolar.
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As principais considerações da equipe se apresentaram acerca da revitalização dos espaços, onde foi dada a continuidade ao plano de ação desenvolvido desde 2015. Porém, no presente ano, contemplamos a reflexão sobre a função da revitalização dos ambientes educativos para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos, considerando a importância do papel de todos os educadores na mediação e orientação nestes espaços.
Outro aspecto do plano avaliado junto a equipe foi a participação no planejamento dos Sábados Letivos, pois desde a avaliação institucional 2015 já havia sido valorizada pela equipe a importância da participação de todos os segmentos no planejamento destes eventos para maior compreensão e pertencimento de todos na concepção sobre os mesmos.
Diante dos encaminhamentos efetivados no plano de 2016, foi bem avaliada pela equipe a participação que tiveram no encaminhamento da revitalização e no planejamento dos eventos com a comunidade. Dentre os destaques, a antecipação no planejamento dos Sábados Letivos também foi mencionada. Nota-se que a definição que temos feito nas diferentes propostas desses sábados – vivências pedagógicas e apresentação/socialização de um projeto coletivo - vem sendo cada vez mais compreendida pela equipe, o que reflete na compreensão sobre a organização de horários diferenciados entre ambos os eventos, priorizando-se assim ao propósito definido em cada programação.
As ponderações apresentadas na avaliação da equipe referem-se à pertinência de mantermos a revitalização como uma ação permanente para o próximo ano, considerando que os agrupamentos responsáveis pela manutenção de cada espaço seja configurado pelos funcionários presentes dentro de um mesmo período/horário. Tal indicação se justifica pela garantia de um trabalho mais coeso e facilitador do encontro e comunicação entre os membros de um mesmo grupo. Um encaminhamento sugerido para a continuidade deste trabalho no próximo ano consiste em efetivar a produção final dos espaços em um momento de reunião pedagógica, pois há mais tempo para a conclusão da ação e a colaboração e presença de todos, diferente de quando utilizamos somente os HTPC para tal finalidade. Outro apontamento da equipe foi a necessidade de maior conscientização de todos para o uso dos espaços revitalizados, considerando que a ausência da consciência sobre os procedimentos comuns por parte de algumas turmas deterioram a revitalização produzida nos ambientes. .
A equipe ainda indica a possibilidade de contarmos com a participação mais efetiva dos alunos no trabalho de revitalização, deixando os murais sob a responsabilidade de cada turma em tempos específicos previamente definidos. Assim, o espaço se renova, os murais ganham vida e o trabalho específico de cada turma ganha espaço para ser compartilhado.
Uma ação da equipe gestora validada pela equipe foi a indicação das listas para a aquisição de materiais e recursos.
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Prática pedagógica e a garantia do sucesso escolar
Aqui apresentamos as considerações de toda equipe escolar manifestas sobre
diferentes contextos e circunstâncias. Resgatamos neste pressuposto de avaliação todas as considerações e pareceres realizados ao longo do ano, tanto sobre as ações específicas ao plano de ação da equipe escolar, como também respectivo aos planos de cada segmento.
Em tempo, cabe relatar as considerações feitas pela equipe docente sobre as parcerias que estabelecemos ao longo do primeiro semestre com a equipe do Expresso Lazer. Na avaliação sobre este trabalho foi reconhecido que não houve inovações da prática, se considerarmos que muitas vezes as ações planejadas entre educadores do Expresso e equipe docente pautou-se em estratégias conhecidas em nosso fazer. Mas houve de forma consensual a consideração da importância desta parceria para validar o que existe de potencial em nossa própria prática e o quanto a dinâmica deste grupo de educadores trouxe motivação e reflexão sobre a possibilidade de transpormos as “barreiras” físicas e estruturais no dia a dia na unidade escolar. Nem mesmo as condições climáticas impediram a realização das ações planejadas. Além disso, para muitas turmas, o plano especifico se estendeu e ampliou o trabalho didático para o segundo semestre.
Há em algumas avaliações da comunidade escolar comentários que valorizaram o projeto “Corpo e suas Experiências”, desenvolvido em parceria com a equipe do
Expresso Lazer. Em continuidade ao processo de avaliação da prática pedagógica, especialmente
sobre o plano de ação para a equipe escolar desenvolvido nos momentos de reuniões pedagógicas com toda a equipe, constatou-se que este ano o planejamento atendeu aos objetivos estabelecidos, garantindo a ampliação do conhecimento ao refletirmos sobre o papel de todos os adultos na mediação entre a criança e as informações presentes nos ambientes revitalizados. Ressaltamos a avaliação de parte da equipe de apoio que apresentou importantes reflexões sobre a necessidade de melhor compreender a concepção do trabalho realizado pela equipe docente, revelando maior criticidade sobre a forma como atualmente tem procurado apoiar o trabalho didático. Por isso, em consenso com a equipe docente, sugeriram a possibilidade de conhecer os planos de ação das turmas (faixa etária) para melhor compreender a razão de algumas solicitações e reconhecer a contribuição que podem oportunizar ao trabalho junto aos alunos.
As reuniões pedagógicas não tiveram como programação um planejamento linear de ações efetivadas, mas todas as propostas realizadas foram compreendidas como importantes estratégias para o trabalho de toda equipe. Especificamente sobre a saída pedagógica – MASP “A história da infância” – essa estratégia foi bem avaliada pela equipe docente e boa parte de toda equipe escolar, sendo reconhecida como uma ação
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necessária para ampliação de conhecimento. Contudo, houve ponderação de parte da equipe de apoio que avaliou como desinteressante a organização de uma saída pedagógica para qualquer lugar ou proposta. Ainda assim, não houve nenhuma justificativa ou sugestão por parte da mesma quanto a outras formas de complemento para as ações presentes no plano. Caberá rever este encaminhamento com este segmento para 2017.
E em continuidade a reflexão sobre a importância das propostas extras escolares, a equipe escolar avaliou como favoráveis todas as saídas para estudo do meio realizadas com os alunos. O indicativo feito pela equipe para 2017 é a possibilidade de criarmos um instrumento, já no início do ano, onde sejam relacionados possíveis lugares e seus respectivos focos de interesse para ampliar as opções de cada professora na escolha e definição de suas saídas. Ainda cabe mencionar as considerações da equipe docente ao avaliarmos as saídas feitas ao longo do segundo semestre durante um de nossos HTPC, onde afirmamos a importância e necessidade de realizarmos antecipações quanto ao local que iremos visitar, seja na pesquisa prévia sobre o espaço e seus ambientes e conteúdo, como também na orientação sobre a postura esperada da parte dos alunos ao visitarem estes novos lugares. Consideramos assim que a importância das saídas para as crianças parte da própria experiência da visitação ao lugar, na grande maioria das vezes um ambiente desconhecido e que muitas vezes só é acessado por eles através da escola, além de toda aprendizagem e conhecimento sobre as informações que ali se encontram.
Do ponto de vista dos familiares, as saídas para estudo do meio são bem avaliadas, assim como as demais atividades culturais promovidas ao longo do ano: os eventos realizados durante a semana da criança, a exposição de fotos realizada para comemorar o aniversário da escola, e a apresentação da peça teatral realizada no último sábado letivo, como já mencionado acima.
Enquanto equipe escolar, avaliamos que os eventos e as ações culturais vem correspondendo aos propósitos afirmados em nosso PPP, viabilizando cada vez mais a participação e a apreciação da comunidade sobre o nosso trabalho e as aprendizagens dos alunos, sendo destacadas as apresentações das turmas e dos trabalhos realizados.
Como já relatado anteriormente sobre o parecer da equipe escolar frente às ações já consolidadas em nosso PPP, também se destacam aqui a validação das estratégias já estáveis ao planejamento didático das professoras: a produção de bilhetes e convites envolvendo os alunos na aprendizagem destes gêneros textuais, bem como na autoria destes instrumentos, na comunicação com a comunidade escolar.
Abordando especificamente os planos específicos a cada segmento, destaca-se primeiramente, o plano de formação da equipe docente - “Atividades Diversificadas”.
Neste caso, a “parada” para “reparar” o plano ocorreu, obviamente, apenas com
a equipe docente, através do encaminhamento de um instrumento específico onde foi solicitado que individualmente as considerações e ponderações fossem apresentadas, e
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posteriormente, compartilha-las no conjunto da equipe. Este instrumento também fomentou a avaliação sobre os HTPC’s, o acompanhamento pedagógico, além da
autoavaliação de cada professor sobre a sua própria prática, encaminhamento este que fez a diferença à equipe se comparado aos anos anteriores.
Sobre o plano de formação, seu objetivo e encaminhamentos, concluiu-se que as discussões trouxeram ampliação de saberes para quem já possuía repertório para pensar e propor o tema em questão; favoreceu o reconhecimento da intencionalidade deste tipo de proposta; respaldou a prática através das discussões promovendo antecipações para os novos encaminhamentos em se tratando desta proposta, bem como contribuiu para o conhecimento de professores recém chegados na rede e que não reconheciam a intencionalidade deste encaminhamento dentro da rotina; repertoriou o olhar da professora na busca de recursos e brinquedos para potencializar a ação da criança; despertou a consciência sobre a diferença entre recursos e propostas, muitas vezes considerados como o mesmo ao pensar na diversidade de vivências oferecidas as crianças.
“Após a formação sobre a atividade diversificada, passei a ter
um novo olhar para esse momento. Antes, pegava os brinquedos que achava interessante e não me preocupava em fazer uma ligação entre eles ou até mesmo ter a reflexão das diferentes propostas que poderia ofertar. Hoje, procuro utilizar elementos que contribuam para a interação, convivência em grupo e que favoreçam mais de uma área do conhecimento, tendo em vista que habilidades desejo que explorem com determinado brinquedo/atividade. Faço variedades das atividades de acordo com os objetivos que pretendo atingir.” (Professora Priscila Choré Lima)
De forma pontual, destacam-se pareceres singulares mas que revelam
importantes reflexões presentes na equipe docente quanto à formação realizada. Houve menção sobre o reconhecimento da atividade diversificada como uma estratégia ou parte do planejamento, contribuindo para o aprofundamento de conteúdos que fazem parte do trabalho com o grupo. Igualmente, houve destaque sobre a importância de se diversificar as propostas para oportunizar também as escolhas por parte das crianças. Por fim, valorizou-se como encaminhamento da atividade diversificada a apresentação aos alunos sobre a diversidade de propostas e suas intenções, bem como o reconhecimento deste momento como estratégia para trabalhar com e nos pequenos grupos.
É consenso no grupo a necessidade de aprofundamento formativo sobre o tema em questão. Entretanto, a busca indicada refere-se a ampliação da consciência sobre a intencionalidade de algumas propostas, tornando tal prática cada vez mais presente a partir do que estamos construindo como conceito e mais autônoma para a prática do
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professor. Foram mencionadas em algumas avaliações a importância desta abordagem para as professoras que ingressarão em nossa equipe a partir de 2017, favorecendo a sustentação do percurso formativo e a qualificação da prática vivida até aqui.
Ainda de forma bastante pontual, mas não menos importante, destaca-se dentre as avaliações da equipe o reconhecimento quanto a importância de se qualificar o próprio acompanhamento do professor nos momentos de proposta diversificada, de forma mais próxima aos pequenos grupos, sendo esta uma das principais questões colocadas ao grupo ao longo da formação.
Os recortes de avaliações apresentados abaixo revelam pontualmente a dualidade na concepção sobre uma das estratégias utilizadas durante a formação: a tematização de prática, denominada especificamente neste plano como “cenas do
cotidiano”.
“Exemplos de prática do próprio grupo limita um pouco as discussões... pode gerar conflitos pessoais.” “Foi muito positivo validar as discussões pautadas na prática
do grupo e deste modo houve um crescimento na qualidade das discussões.”
Mesmo sendo uma referência avaliada como positiva pelo próprio grupo na
formação do ano anterior, as cenas do cotidiano, quando encaminhadas em uma tematização, ainda provocam certo desconforto. Cabe ressaltar que tal menção apareceu em apenas duas avaliações em toda a equipe docente. Igualmente, de forma pontual, houve a menção sobre a valia das discussões se pautarem nas referências práticas da própria equipe.
Já a equipe de apoio, nas discussões realizadas especificamente em seu segmento, reconheceu as boas reflexões realizadas por meio das tematizações, que também foram denominadas como “cenas do cotidiano” para om respectivo plano.
Entendem que através de um olhar externo sobre a ação do dia a dia, se tornam perceptíveis as questões que qualificam a ação da equipe, bem como aquelas que precisam ser revistas, princípio este norteador das reflexões para o plano da equipe docente.
É possível concluir que a reflexão sobre a prática exercida pelas professoras ao longo dos encontros formativos, justifica as considerações positivas apresentadas pelas mesmas, sobretudo, quanto aos ganhos obtidos pela formação, uma vez que o principal cenário desse plano foram as imagens que revelaram a concepção que temos sobre a atividade diversificada e os questionamentos que fizemos sobre ela. Porém, tematizar a prática, colocar questões sobre ela, pensa-la a partir do que nos permitimos “reparar”,
ainda é uma elaboração e um crescimento profissional a ser conquistado, mesmo que de forma localizada.
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Outra ponderação feita de forma pontual, mas de igual importância, refere-se a qualidade do acervo (KITs) dos materiais (brinquedos), tanto no que diz respeito ao seu uso e organização, sendo indicado maior cuidado na manutenção dos mesmos da partes das professoras, e a necessidade de investimento na aquisição de novos recursos.
Outro conteúdo de avaliação foram os HTPCs, considerados positivamente pela equipe como espaços de discussões, planejamento, encaminhamentos de ordem coletiva, palestras, entre outras demandas.
Foi consenso no grupo a validação das ações desenvolvidas, tanto no encaminhamento operacional de algumas tarefas (organização dos ambientes para eventos ou o planejamento por turmas), quanto na organização de momentos de reflexão (palestras ou discussões de ordem formativa). A antecipação do calendário e suas respectivas pautas foi mencionado por algumas professoras como um facilitador na organização pessoal/individual. Especialmente sobre as palestras, houve apontamentos quanto a valorização das parcerias estabelecidas com os profissionais que aqui estiveram para conduzirem estes momentos.
As ponderações, ainda que pontuais à duas avaliações, referem-se a possibilidade de maior liberdade na escolha das nutrições, sem necessariamente vinculá-las a um conteúdo formativo, como orientado ao grupo este ano. Em uma única avaliação foi sugerido que o HTPC tenha momentos mais dinâmicos e menos concentrados. Sobre este dois aspectos caberá breve retomada junto ao grupo para o próximo ano.
Em relação ao acompanhamento pedagógico, esta é uma prática valorizada por toda equipe. Há consenso do grupo quanto ao reconhecimento dos benefícios que as devolutivas e as conversas pontuais promovem a favor do trabalho pedagógico de cada professora. Também se destaca em algumas avaliações o reconhecimento do apoio ao trabalho pedagógico, tanto em relação aos planejamentos específicos, quanto em desafios singulares no atendimento de algumas inclusões. Há menções pontuais sobre a parceria no acompanhamento de conflitos e encaminhamento junto aos familiares, respaldando a relação entre professora/família/criança. Uma consideração apresentada em uma avaliação diz respeito a importância de se contar com algum membro da gestão na conversa com os familiares, pois esta condição favorece a uma maior confiança do profissional na abordagem junto aos familiares.
As avaliações que destacam o momento do HTP o consideram como espaço de troca e acompanhamento qualitativo da coordenação. Dentre elas, ressalta-se o modelo dos “encontros” de HTP realizados em 2016 junto à equipe da creche, com mais tempo para discutir em grupo e com o caráter formativo, quando houve tempo e espaço para esta ação, sendo sugerida como retomada para o próximo ano.
A principal ponderação apresentada por uma pequena parte da equipe (4 avaliações), refere-se aos tempos e prazos para as tarefas pedagógicas, prejudicados, talvez, pela característica do presente ano, de modo singular no segundo semestre. As
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ponderações apresentadas, pontualmente em 2 avaliações, referem-se aos prazos de entrega dos relatórios, concomitante à escrita dos registros, tornando tal “tarefa” um tanto
sobrecarregada. Outras 2 avaliações indicam a diminuição do intervalo entre a entrega dos relatórios e suas devolutivas, o que favoreceria um prazo maior para a revisão de todos os demais relatórios. A mesma ponderação vale para os registros e semanário, segundo uma avaliação.
A prática pedagógica avaliada sob o ponto de vista da própria equipe docente – na condição da autoavaliação – foi considerada de forma consensual bastante produtiva, rendendo bons resultados para a aprendizagem das crianças e o reconhecimento dos avanços profissionais que ocorreram a cada professora. Dentro dos pontos positivos reconhecidos pela equipe, estão inseridos a avaliação com as famílias, a superação de desafios no trabalho com demandas específicas no atendimento de crianças com deficiência, a possibilidade de sistematizar conhecimentos aprendidos no exercício de práticas anteriores etc. Foram mencionadas pontualmente por algumas professoras as questões que ainda se estabelecem como pauta de observação para a qualificação do próprio do trabalho pedagógico: qualificar a organização dos instrumentos metodológicos; aprofundar alguns saberes construídos com as formações.
Do ponto de vista da comunidade escolar, a prática pedagógica realizada por esta equipe é bem avaliada e corresponde as expectativas da grande maioria dos familiares, que reconhecem tanto nas aprendizagens observadas em suas crianças quanto na avaliação que fazem do trabalho das respectivas professoras, a qualidade que objetivamos alcançar em nosso Projeto Político Pedagógico.
Mesmo assim, ainda são indicados de forma bem pontual e pouco expressiva diante de todas as avaliações entregues, a expectativa não correspondida quanto a aprendizagem de algumas crianças, principalmente no que se refere ao processo de alfabetização. Essa consideração aparece em diferentes turmas e faixa etárias. No mais, a comunidade apresenta muitas considerações positivas quanto ao trabalho que realizamos, aos eventos, sua concepção e organização, à forma como nos comunicamos e estabelecemos o diálogo com as famílias, como também a forma de interação com as crianças. Valorizam esta instituição como um espaço de formação correspondente à infância.
Por fim, sinalizam que temos percorrido um percurso pedagógico qualificado em suas proposições e resultados, democrático e transparente nas relações, refletindo em avançando significativos a cada ano.
Considerações finais Após a análise das avaliações realizadas com toda a comunidade escolar –
familiares, docentes, operacional e gestão - em diferentes dinâmicas de encaminhamento e circunstâncias, podemos concluir que temos realizado um trabalho
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pedagógico de qualidade, com avanços crescentes. Os vários eixos que nortearam esta avaliação estão correspondidos em suas metas e objetivos pontuais.
Temos garantindo em nossas ações a transparência e o princípio democrático na forma de fazermos a gestão escolar, seja no aspecto micro da sala de aula: na gestão do planejamento, na forma de interação entre escola/família/criança, como no aspecto macro da gestão da escola: das relações com a comunidade, da articulação com os recursos presentes no território, do trabalho formativo, da mediação e da qualidade das interações entre os diferentes segmento, e sobretudo, na garantia de aprendizagens possíveis e esperadas para o público atendido nesta instituição de educação infantil.
Enfim, podemos afirmar que os pressupostos norteadores para a definição de metas e objetivos para o trabalho da equipe escolar vem sendo correspondido e gradualmente qualificado em nosso trabalho.
Há, entretanto, pontos ou questões que sinalizam a necessidade de retomada de algumas discussões junto da equipe a partir do próximo ano. São elas: o processo reflexivo de formação continuada sobre as próprias referências práticas da equipe; as expectativas de aprendizagem “frustradas” de algumas famílias e a relação destas com
as possibilidades de ampliação dos resultados do nosso trabalho. Ainda neste ínterim, retomar a discussão sobre as reuniões com familiares e sua intenção comunicativa acerca do trabalho que realizamos será importante para respaldar a equipe na argumentação e fundamentação pedagógica sobre as prioridades do ensino desta instituição.
Consideramos um grande avanço por parte do segmento da equipe de apoio acerca do seu papel na composição da equipe, se reconhecendo como parte do trabalho pedagógico, com demonstrações de preocupações e interesses para melhor compreender a intencionalidade das propostas realizadas em sala de aula. Acreditamos que a participação no Seminário de Práticas, realizado em setembro, foi motivador para que este segmento passasse a “colocar reparo” no trabalho pedagógico da equipe.
Por fim, ressaltamos que a concepção sobre o nosso trabalho, os acertos e desafios reconhecidos por todos na avaliação do atual processo deverá ser compartilhado com a nova equipe no próximo ano letivo.
V. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE
ATUAÇÃO DA ESCOLA.
1. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
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“Difícil fotografar o silêncio. Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada, a minha aldeia estava morta. Não se via ou ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas. Eu estava saindo de uma festa,.
Eram quase quatro da manhã. Ia o silêncio pela rua carregando um bêbado. Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador? Estava carregando o bêbado. Fotografei esse carregador.
Tive outras visões naquela madrugada. Preparei minha máquina de novo. Tinha um perfume de jasmim no beiral do sobrado. Fotografei o perfume. Vi uma lesma pregada
na existência mais do que na pedra. Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo. Fotografei o perdão. Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa. Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre. Por fim eu enxerguei a nuvem de calça. Representou pra mim que ela andava na aldeia de braços com maiakoviski – seu
criador. Fotografei a nuvem de calça e o poeta. Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa
Mais justa para cobrir sua noiva. A foto saiu legal.”
(BARROS, M. Ensaios fotográficos. Rio de Janeiro: Editora Record, 2000) Ancorada na perspectiva da educação inclusiva, a inclusão social e a organização
de práticas não excludentes tornam-se imprescindíveis que a escola tenha pleno
conhecimento do seu entorno, utilizando seus equipamentos e espaços como fonte de
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aprendizagem e aproximação da comunidade. Essa ação propicia a elaboração de uma
proposta pedagógica pautada em projetos interdisciplinares e transversais, que
incorporem ações, pessoas que convivem nesse entorno (como familiares, profissionais,
equipamentos públicos, comerciantes, trabalhadores locais, etc.), e que conheça com
maior abrangência, o modo de vida das pessoas da comunidade buscando referencias
no seu cotidiano e estabelecendo uma relação dialógica comunidade/ escola. Neste
sentido, considerando a importância de conhecer as especificidades das famílias que
compõem a esta comunidade escolar e seus respectivos “territórios”, em 2015
realizamos um estudo do meio visando atualizar o conhecimento que temos da realidade
da comunidade atendida. Assim, pautamos questões que nortearam nosso olhar: “O que
existe nestes diferentes locais para ser considerado em nosso PPP como contexto de
trabalho”? E o que falta nestes diferentes locais e deve ser considerado em nosso PPP
como conteúdo de trabalho?
Reconhecemos que nossa escola, localizada no centro do Riacho Grande, atende
famílias dos bairros como: Centro, Parque Rio Grande, Vila Pelé, Vila Tozzi, Jardim
Jussara, Balneária, Capelinha, Areião, Yara Praia, Estoril, Banespa, Canal Schimdt, Km
40 da Anchieta, Jardim Borda do Campo, Varginha, Xiboca, Cocaia, Parque das Garças,
Zanzala, Boa Vista, Fincos, Sabesp, Alto da Serra. Alguns desses bairros ainda
apresentam observáveis elencados em visitas anteriores como por exemplo a falta de
infraestrutura básica para as famílias e a falta de opção de lazer e as condições precárias
das ruas, que impossibilitam às crianças de brincarem com segurança, sem se expor a
riscos. Esses observáveis continuam apontando para a necessidade de investimento da
escola no trabalho voltado para a importância do brincar, bem como nas questões da
área de corpo e movimento. Esses dados reforçam também a necessidade de
investimento em políticas públicas em alguns dos bairros do distrito do Riacho Grande.
Atendemos algumas crianças dos bairros: Areião, Jardim Jussara e Vila Balneária
que embora tenham escola em seus bairros não há vagas suficientes para atendê-las,
ou ainda procuram a escola por preferência da família.
As comunidades dos bairros Borda do Campo, Cocaia, Canal Schmidt, Parque
das Garças e Alto da Serra tem muitas características em comum, temos casas em um
mesmo local formando pequenos vilarejos e outras isoladas, distantes umas das outras
com características rurais. Muitos dos familiares trabalham como caseiros em chácaras
e sítios.
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“Cada bairro/ comunidade na sua organização e
sobrevivência construiu respostas particulares para as suas necessidades na superação, ou não, das desigualdades.” (Conversando sobre Projetos Políticos Pedagógicos – SEC, 2009).
Constatamos que estes bairros possuem características peculiares, mas todos
com um aspecto em comum, que é o fato de pertencerem a área de manancial.
Pelo fato de poucas crianças morarem próximo à escola, a grande maioria é
atendida pelo transporte escolar, serviço oferecido pela Prefeitura devido à
impossibilidade de construção de escolas nos bairros supracitados. Alguns destes
bairros apresentam uma considerável distância até a escola impossibilitando que os
familiares estejam presentes na entrada e na saída da escola. Este aspecto é um dos
pontos que enfatizam a caracterização da nossa comunidade, pois tínhamos uma
pequena porcentagem de familiares que se mostravam presentes fisicamente nas ações
da escola e uma grande porcentagem que se mostrava presente nas ações da escola
através de outros veículos de comunicação como: caderno de comunicados,
telefonemas, e-mails, blog, bilhetes, etc.
A avaliação realizada em 2014 aponta para um avanço no sentido, pois desde
então, constatamos maior participação dos familiares nas reuniões e eventos realizados,
revelando uma melhoria nesta participação. Nosso desafio e objetivo continua sendo
aproximar a comunidade escolar ao PPP da unidade.
A equipe atual considera que os pontos principais elencados para nosso trabalho
com as crianças são: diversidade geográfica, social, características de isolamento e
frente a estas observações refletir acerca do papel da escola enquanto canal de
comunicação e acesso ao conhecimento. Nesta perspectiva o trabalho da escola deve
conter um elemento crucial de motivação nas atividades que aqui se propõem, tanto do
ponto de vista do respeito às histórias individuais, quanto no sentido de oportunizar novos
desafios e acesso aos bens culturais, funcionando como elemento de acesso ao
conhecimento. A equipe faz a reflexão de que mesmo um contexto social com poucos
recursos não necessariamente representa crianças com culturas empobrecidas. Há
muito conhecimento e potencialidades nas crianças atendidas em nossa escola, que
podem e devem se constituir em elementos da prática pedagógica. É necessária ainda
uma postura de respeito, acolhimento e sem emissão de julgamentos quando as famílias
verbalizam suas dificuldades no ambiente escolar. A escola tem papel preponderante
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enquanto espaço de articulação com outros órgãos públicos e as condições precárias
quanto a distância das moradias não impede que as pessoas possam exercer sua
cidadania, tendo na escola um espaço privilegiado para tal.
Nesta visita aos bairros atendidos foram identificadas algumas melhorias em
comparação às visitas anteriores, tais como a construção de quadras esportivas.
Diante destes dados, nosso grande desafio continua sendo o de ampliar e efetivar
a participação destas comunidades nas ações da escola, objetivo que norteia as ações
previstas para o plano de formação da equipe e o plano de ação para a comunidade,
ambos desenvolvidos desde 2015 e serão continuados ao longo de 2017.
1.1. RECURSOS DA COMUNIDADE
Biblioteca Municipal Machado de Assis, com a qual mantemos parceria nas
atividades desenvolvidas voltadas para a participação de nossas crianças no
momento da hora de conto;
Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ao qual encaminhamos os casos de
crianças acidentadas na escola;
Unidade Básica de Saúde;
Escolas Municipais de Educação Básica: Suzete Aparecida de Campos
(Fundamental); Cecília de Oliveira Turbay (Creche);
Escola Estadual Antonio Caputo (Ensino Fundamental II e Ensino Médio);
Poliesportivo Municipal, que oferece alguns cursos gratuitos para a
comunidade em geral relacionados a práticas esportivas, coordenados pela
Secretaria de Esportes do Município;
Quadra de esportes do bairro, que oferece cursos de judô, balé, artesanato
mediante taxas cobradas de seus participantes. Conta também com a sede
da Associação Riacho Grande que faz atendimento na área assistencial;
Sede dos Escoteiros do Riacho;
Lazer: o Bairro é procurado aos finais de semana por conta da represa,
tornando-se um bairro turístico. Os turistas vêm em busca da pesca e de
banhar-se nas águas da represa, em torno da qual estão instalados quiosques
e vendedores ambulantes que fazem deste comércio um meio de
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sobrevivência. A represa também é utilizada por nossa escola como recurso
para os estudos sobre a água e questões ambientais;
Outro ponto de atração turística, que está situado relativamente próximo à
escola, é o Parque Estoril;
O comércio local está muito voltado para a venda de artigos para pesca,
visando atender a procura dos turistas, que utilizam a represa para este fim,
não só aos finais de semana;
A orla da represa também oferece aos turistas, principalmente à noite,
restaurantes, que são procurados por pessoas de várias regiões;
Outro atrativo é a Feira de Artesanato chamada pelos moradores desta região
de “Feirinha do Verde”. Ela ocorre na praça em frente à Biblioteca Machado
de Assis aos domingos e é organizada pelo Rotary Clube e Sub Prefeitura do
Riacho.
Desde 2016, por meio do Programa Saúde na Escola, temos estabelecido
parceria com a UBS Riacho Grande, com ações referentes à saúde bucal além das já
existentes encaminhadas pela Secretaria de Saúde quanto a pesagem e mediação das
crianças atendidas nesta unidade escolar. Sobre saúde bucal, temos efetivado em
parceria com a Dra. Lilian, dentista da UBS, encontros anuais com familiares que através
de uma “roda de conversa” ampliam seu conhecimento sobre o tema e as possibilidades
de atendimento da própria unidade de saúde, além de poderem esclarecer dúvidas sobre
o cuidado com a saúde de seus filhos(as).
Estas rodas de conversa são divulgadas em reunião com pais com a presença da
equipe da UBS e agendadas em dois horários (manhã e tarde) de modo a favorecer a
participação dos familiares.
2. COMUNIDADE ESCOLAR
2.1. PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE
PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE – 2017
Abaixo estão relacionadas as ações avaliadas e referendadas pela equipe escolar
para o plano de ação com a comunidade. Estas ações revelam a prática já consolidada
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em nosso PPP e as estratégias que comunicam a concepção do trabalho desta
unidade enquanto instituição de educação infantil à comunidade escolar. Além disso,
estão relacionadas no quadro abaixo as ações que precisam ser qualificadas para
aprimoramento do acesso ao Projeto Político Pedagógico.
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Para que? O que? Como? - Comunicar a concepção do Projeto Político Pedagógico desta unidade escolar enquanto instituição de educação infantil. - Ampliar a participação dos familiares no processo de aprendizagem escolar e desenvolvimento das crianças.
Formas de comunicação entre escola e comunidade (agenda, calendários mensal e anual, blog, jornal trimestral, convites e bilhetes), panfletos para divulgação dos eventos
Agenda: verificação diária. Jornal trimestral: produção que envolve a participação da gestão e das professoras. Convites: produzidos com participação dos alunos com abordagem sobre o gênero textual e a confecção do mesmo. Panfletos: produzidos pela gestão e entregue à comunidade durante a semana do respectivo evento.
Encontros presenciais (reuniões trimestrais com pais, reunião anual com pais novos e palestras)
Reuniões com pais: - 1ª reunião – apresentação da professora e orientações iniciais sobre o início das aulas. - 2ª reunião – apresentação dos objetivos de aprendizagem e intencionalidade do trabalho na educação infantil. Contextualizar com fragmentos do PPP. - 3ª reunião – apresentação do Relatório de Aprendizagem do 1º semestre. - 4ª reunião - apresentação do Relatório de Aprendizagem do 2º semestre
Participação dos membros do conselho de escola e APM sobre decisões e acompanhamentos do trabalho pedagógico
Reuniões com Conselho de Escola e APM: reuniões mensais com levantamento de pauta prévia junto aos colegiados e apresentação de demandas da escola. Neste ano procuraremos oportunizar maior participação dos professores nas reuniões, alternando os horários das mesmas de modo a contemplar os três turnos (manhã, tarde e noite)
Sábados letivos: vivências e socialização de projeto
1º sábado Letivo: vivências da rotina escolar envolvendo a integração entre familiares e crianças. 2º sábado letivo: socialização das aprendizagens do trabalho pedagógico envolvendo apresentação dos alunos. Divulgação: Por meio do calendário mensal; convite formal enviado pela gestão, panfletagem e convite personalizado (produzido pelos alunos)
Avaliação junto às famílias sobre as ações realizadas
Avaliação institucional: Instrumento entregue após as palestras e na última reunião com pais realizada em dezembro do presente ano.
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AÇÕES PARA QUALIFICAR
Para que? O que? O que qualificar? Como? - Comunicar a concepção do Projeto Político Pedagógico desta unidade escolar enquanto instituição de educação infantil. - Ampliar a participação dos familiares no processo de aprendizagem escolar e desenvolvimento das crianças.
Encontros presenciais (reuniões trimestrais com pais, reunião anual com pais novos e palestras)
Atualizar a pesquisa sobre temas de interesse da comunidade para as palestras.
Encaminhar pesquisa ainda no mês de março para levantamento de temas possíveis e os demais encaminhamentos necessários
Participação dos membros do conselho de escola e APM sobre decisões e acompanhamentos do trabalho pedagógico.
Participação das famílias nas Reuniões Pedagógicas sempre que as pautas forem pertinentes para tal participação, favorecendo o conhecimento sobre o PPP da escola.
Analisar previamente o plano de ação para a equipe escolar a fim de localizar as reuniões que favorecem a participação dos familiares que compõem os colegiados
Avaliação junto às famílias sobre as ações realizadas
Avaliação com dados mais específicos sobre o trabalho pedagógico, mais claras e objetivas. Instituir uma avaliação mais processual
Avaliar ao longo do ano para replanejar no próprio ano Entregar na reunião com pais de agosto explicando a intenção da avaliação. Avaliar cada um dos eventos.
Alfabetizar na educação infantil: reflexão sobre a prática pedagógica para esclarecimento e informação sobre o processo de alfabetização correspondente à educação infantil.
Esclarecimento em reunião com pais (abril) Embasar a argumentação nos princípios do PPP
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2.1.1. ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS COM A COMUNIDADE
Eventos
Data Descrição da atividade
06 de Fevereiro 1ª reunião com familiares na escola;
07 de Abril 2ª reunião com familiares na escola;
13 de Maio Sábado letivo – Evento com a comunidade visando promover atividades
interativas entre familiares e crianças;
15 de Maio Roda de conversa com familiares e Dra. Lilian (dentista) /UBS R. Grande –
“Saúde bucal e prevenção de doenças”;
12 de Junho 49º Aniversário da EMEB Graciliano Ramos;
11 de Agosto 3ª reunião com familiares na escola;
21 de Outubro Sábado letivo – “Mix Cultural” – Apresentações culturais dos alunos
(Culminância do projeto coletivo);
06 de Dezembro Encontro de acolhida aos familiares dos alunos novos para apresentação
da escola;
15 de dezembro 4ª reunião com familiares na escola.
Reunião com familiares
As nossas reuniões têm como objetivo construir parcerias com os familiares
nas questões referentes às crianças, configurando-se também enquanto
instância de acesso ao Projeto Político Pedagógico da unidade, à medida em
que se configuram em momentos de compartilhar aprendizagens conquistadas
através do trabalho que é realizado;
Como parte das ações relacionada ao plano de formação da equipe;
Entendemos que o diálogo com os familiares nos ajuda a conhecer as
particularidades de cada criança, o que fazem com quem convivem fora da
escola, como é sua rotina e outros dados para melhor direcionar o olhar em
relação a cada uma, contemplando a diversidade;
Temos também conversas individualizadas com os familiares agendadas a
partir da necessidade sugerida pelo professor, trio gestor, famílias ou EOT.
Neste caso, um responsável pela criança é chamado em horário a combinar
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entre professor, familiar e um representante do trio gestor, costumeiramente o
diretor ou coordenadora pedagógica;
Quando a família não pode comparecer no horário de aula, marcamos
preferencialmente em horários de Horários de Trabalho Pedagógicos;
A reunião com familiares será planejada nos Horários de Trabalho Pedagógico
(individual e/ou coletivo), quando definiremos um tema a ser trabalhado com
os pais, referente às ações que ocorrem na escola. A pauta da reunião será
socializada com a família através de um convite, que será colocado na agenda
ou entregue pelas mãos das crianças;
Para as famílias dos alunos novos, organizamos uma reunião que acontece no
mês de dezembro, com o objetivo de acolher melhor os que aqui chegam,
apresentando a escola, seus espaços, alguns membros da equipe, bem como
próprio o Projeto Político Pedagógico que nos fundamenta.
Responsáveis
A responsabilidade pelas ações que ocorrerão no Plano de Ação com a
Comunidade Escolar estará a cargo de toda a Equipe Escolar, coordenadas pela Equipe
Gestora.
Prazo/ periodicidade
As ações definidas junto à equipe nas primeiras reuniões pedagógicas do
presente ano ocorrerão ao longo de 2017.
2.2. AVALIAÇÃO
A avaliação se dará de forma contínua, partindo da observação das mudanças no
cotidiano escolar que ocorrerão a partir da efetivação das ações, através da avaliação
da participação da comunidade nos eventos e reuniões organizados pela escola e ao
longo do processo, quando a equipe escolar poderá em encontros de formação individual
e coletiva, refletir sobre o andamento dos projetos e sobre a participação da comunidade
nas ações da escola.
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Outra avaliação que ocorre na escola realizada junto à comunidade é a que
acontece ao final de cada ano, quando encaminhamos as famílias uma pesquisa com
questões referentes ao andamento da escola. Os resultados são tabulados e servem
para planejar ações para o ano seguinte e compondo a avaliação institucional.
O ato de avaliar ocorre também nas reuniões do Conselho e APM, ao verificarmos
se as ações decididas durante os encontros atingiram os objetivos planejados.
3. EQUIPE ESCOLAR
3.1 - PLANO DE AÇÃO PARA A EQUIPE ESCOLAR
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PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE ESCOLAR
SOBRE?
OBJETIVO PARA QUE?
CONTEÚDO O QUE?
ESTRATÉGIA COMO?
DESDOBRAMENTOS DEMANDAS
REVITALIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
Qualificar os espaços
já revitalizados considerando a participação dos alunos por meio de suas produções;
Refletir sobre a funcionalidade dos espaços a partir da revitalização e do uso dos mesmos;
Manutenção da revitalização de alguns espaços.
Trabalho de mini equipes organizadas por períodos com espaços específicos para manutenção e revitalização
Reorganização da composição das equipes (ao longo do trimestre);
Definição dos espaços que passarão por manutenção/revitalização (ao longo do trimestre);
12.05 - Elaboração do plano de trabalho para manutenção da revitalização dos espaços
21.10 – Cena do cotidiano – recorte de prática para avaliação da funcionalidade no uso dos espaços revitalizados.
Reflexão sobre a funcionalidade da revitalização para o processo educativo
Abordagem em reunião pedagógica a partir da problematização do uso e função de alguns espaços revitalizados
25.08 – reunião destinada
a discussão sobre os espaços revitalizados. Tematização de um recorte prática (ateliê)
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PLANOS DE TRABALHO POR FAIXA ETÁRIA SAÍDA PEDAGÓGICA DA EQUIPE ESCOLAR
Socializar os planos de trabalho das turmas para maior clareza de toda equipe escolar sobre as aprendizagens pretendidas.
Reconhecer enquanto equipe escolar a implicação de cada segmento no processo de aprendizagem dos alunos.
Vivenciar experiências formativas que ampliem relações e aprendizagem.
Planos de trabalho – conteúdos e objetivos de
aprendizagem.
Concepção de aprendizagem na educação infantil
A definir junto a equipe
Abordagem em reunião pedagógica
Será definido em HTPC e Reuniões com equipe de apoio
07.07 – Socialização dos planos de ação pensados para o 1º semestre e produção dos espaços que serão revitalizados.
Levantar conteúdo de interesse junto à equipe escolar e lugares possíveis que contemplem tal intenção.
29.07 – saída pedagógica
ESTUDO DO
MEIO COM OS ALUNOS
Vivenciar experiências que ampliem as relações e interações para a aprendizagem.
Sempre relacionado ao trabalho que vem sendo realizado ou como disparador de outros planos didáticos.
Uma saída para estudo do meio a ser definida ao longo do ano. Indicar local e data de interesse para efetivação do agendamento feito pela equipe gestora
Abril - Levantamento de possíveis lugares e seus conteúdos junto à equipe docente.
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4. PROFESSORES
4.1. CARACTERIZAÇÃO
A equipe de professoras de nossa unidade sofreu alterações este ano.
Recebemos várias professoras que já trabalharam aqui e que agora nesta última
remoção conseguiram sua titularidade nesta Unidade Escolar e uma pequena parte são
professoras designadas, pois ainda não conseguiram sua titularidade. Para estas
profissionais, algumas das ações que ocorrem na escola ainda estão sendo incorporadas
em sua prática, demandando a continuidade da formação por parte da equipe gestora
com o cuidado de identificar as necessidades formativas e investir no acompanhamento
ora no coletivo, ora individualmente. Esse investimento vem ocorrendo nos HTP e
encontros de formação coletivos (HTPC e Reunião Pedagógica).
NOME SITUAÇÃO
FUNCIONAL
ESCOLARIDADE TEMPO NA
PMSBC
TEMPO NA
ESCOLA OBSERVAÇÃO GRADUAÇÃO/
FORMAÇÃO PÓS-
GRADUAÇÃO
Antonieta Professora substituta
Pedagogia – 8 anos 4 anos –
Camila Professora Pedagogia
Arte, cultura e educação e educação
Infantil
2 anos 2 anos –
Cristiane Professora Pedagogia Educação
Infantil 16 anos 6 anos
Professora com duas
matrículas na mesma rede, sendo uma
como professora
substituta na Ensino Fund.
Débora Professora Cursando Pedagogia – 10 anos 10 anos –
Ederli Professora Letras e
Pedagogia
Psicopedagogia, Ed. Infantil, Língua
portuguesa e literatura.
7 anos 5 anos –
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Elaine Professora Pedagogia Cursando
psicopedagogia
9 anos 4 anos –
Erika Vice Diretora
Pedagogia
Direito Educacional e cursando ed. infantil
13 anos 4 anos –
Fabiana Professora Pedagogia Letramento 10
meses
Início em
2017
Fernanda Professora Pedagogia
Ensino de ciências e
suas tecnologias e supervisão e orientação
escolar
Início em
2017
Francisca Professora Pedagogia Educação
Infantil e arte 9 anos 6 anos –
Gisele Coordenad
ora Pedagógica
Pedagogia e Habilitação
em administração
Psicopedagogia e
educação musical
18 anos 4 anos –
Glaucia Professora
Pedagogia, letras e
cursando teologia
10
meses 10
meses
Juliana Diretora escolar
Pedagogia
Supervisão e gestão
escolar e orientação
educacional
7 anos Início em
2017 –
Maria Eliana
Professora Pedagogia e gestão escolar
Psicopedagogia
4 anos Inicio em
2017
Maria Iraneide da Silva
Professora Pedagogia e Letras
Educação Infantil,
psicopedagogia e
cursando gestão escolar
7 anos 5 anos –
Maria Iraneide Oliveira
Professora Pedagogia Ed infantil e arte, cultura e educação
6 anos 3 anos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
EMEB GRACILIANO RAMOS
64
Mariana Professora Pedagogia - 10
meses
Início em
2017
Michele Professora Pedagogia
Arte e musicalidade
e psicopedago
gia
5 anos Inicio em
2017
Patrícia Fusari Professora
Magistério e Direito – 9 anos 9 anos –
Patrícia Rocha
Professora Pedagogia
Ludopedagogia e arte e
musicalização
5 anos 2 ano –
Priscilla França Professora Pedagogia – 1 ano 1 ano –
Rosiane Professora Pedagogia
Educação infantil, gestão
escolar e ensino
fundamental
2 anos Inico em
2017
Viviane Professora Pedagogia
Gestão escolar e
arte e musicalizaçã
o
5 anos Inicio em
2017
4.1.1. PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS PROFESSORES
JUSTIFICATIVA:
Ao definirmos o plano de formação do presente ano, nos pautamos na reflexão e
discussão sobre as demandas apresentadas na avaliação institucional de 2016, onde
são reveladas indicações da manutenção do tema “atividade diversificada” para
aprofundamento como também, nas questões que se apresentam como desafios para a
prática docente quanto aos quadro de alunos que tem demandado maior atenção na
forma de interação com adultos, crianças ou com as regras, refletindo muitas vezes em
conflitos que exigem a mediação e/ou apoio de outros educadores.
Foi importante localizarmos na avaliação institucional os indicativos para
ampliação de saberes quanto às propostas diversificadas, bem como reconhecermos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
EMEB GRACILIANO RAMOS
65
que na equipe docente atual, temos novos professores que precisam conhecer o
percurso de nossas discussões e a nossa concepção sobre tal proposta.
Entretanto, a continuidade das discussões sobre a atividade diversificada foi
considerada como conteúdo de abordagem pontual para a formação, assumindo menor
prioridade se comparada à demanda existente na prática individual das professoras
frente a conflitos ou às situações que “colocam em jogo” a relação professor – aluno.
Esta foi apresentada pela equipe gestora e concebida como prioridade pela equipe
docente, que considera a abordagem importante para qualificar a prática docente.
Assim, acordamos que ao efetivarmos a formação será necessário trazermos para
os momentos coletivos, recortes de prática denominadas por nós como “cenas do
cotidiano” onde se evidenciem as situações de conflito e as formas/intervenções de
resolução para que, coletivamente, possamos analisar, discutir, refletir e qualificar as
intervenções na perspectiva de oportunizar interações que contribuam com o
desenvolvimento integral das crianças questões trazidas pelas professoras em suas
turmas e as resoluções de conflitos que pretendemos qualificar e evitar a partir de uma
melhor interação.
Objetivos da formação:
Identificar os aspectos presentes no ambiente que potencializam situações
de conflito.
Ampliar a concepção sobre conflito, aprendizagem e a construção da
autonomia.
Reconhecer a importância das situações de conflitos para o
desenvolvimento da auto regulação (aprendizagem)
Conteúdo:
A criança e as fases do desenvolvimento emocional segundo Wallon.
O conceito de autonomia na infância
A interação entre professor/aluno COMO FONTE DE
DESENVOLVIMENTO, APRENDIZAGEM E CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE.
Estratégias de mediação e resolução de conflitos.
Estratégias:
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
EMEB GRACILIANO RAMOS
66
Análise de situações de conflito presentes no cotidiano:
Na relação da criança com as regras e combinados
Entre professor/aluno
Análise de situações presentes no cotidiano favoráveis para a resolução
de conflitos ou para qualificar a interação da criança com o meio
forma de mediação e interação entre adulto/criança
Reflexão a partir da leitura textos e demais subsídios teóricos.
Bibliografia:
DeVries, R. A ética na educação infantil: o ambiente sócio-moral na escola. Porto Alegre:
Artes Medicas, 1998
VIOTTO Filho, I. A. T.; PONCE, R. de F. ; ALMEIDA, S. H. V. de. As compreensões do
humano para Skinner, Piaget, Vygotski e Wallon: pequena introdução às teorias e suas
implicações na escola. PEPSIC (Periodicos Eletronicos em Psicologia). Psicol.
educ. no.29 São Paulo dez. 2009.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752009000200003
LURIA, A.R., LEONTIEV, A., VYGOTSKY, L.S. & outros. Psicologia e pedagogia: bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolvimento. São Paulo: Moraes. 1991. VINHA,TELMA PILEGGI; TOGNETTA, LUCIENE REGINA PAULINO . CONSTRUINDO A AUTONOMIA MORAL NA ESCOLA: os conflitos interpessoais e a aprendizagem dos valores. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p. 525-540, set./dez. 2009 https://www.youtube.com/watch?v=9gk_Cb7NLMQ https://www.youtube.com/watch?v=y9BO-GfCNMU
4.1.2. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE FORMAÇÃO
A avaliação se dará tanto no desenvolver dos planos, quanto nas observações
sobre os reflexos das discussões nas práticas cotidianas.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
EMEB GRACILIANO RAMOS
67
4.1.3. ORGANIZAÇÃO DOS MOMENTOS DE HORÁRIO DE
TRABALHO PEDAGÓGICO COLETIVO (HTPC)
Os encontros de HTPC ocorrem às 4ª feiras no horário das 18h40min às 21h40min
para as professoras de 30 e 40 horas.
As ações do plano de formação para a equipe docente ocorrerão nos espaços de
HTPC. Nesses encontros, o plano de formação da unidade será desenvolvido junto ao
grupo e avaliado durante as ações dos mesmos como também na qualificação do
planejamento e registros, bem como por meio das observações da prática.
O cronograma mensal dos HTPCs deverá contemplar o próprio plano de formação
como também momentos de planejamento, de socialização de prática e abordagens
ocasionais quando houver demandas específicas.
4.1.4. ORGANIZAÇÃO DOS MOMENTOS DE HORÁRIO DE
TRABALHO PEDAGÓGICO (HTP)
O HTP para as professoras do período da manhã ocorre, diariamente, das 7h00
às 8h00. No período da tarde o HTP ocorre das 17h00 às 18h00. Concebemos o HTP
como um momento assessorado pela equipe gestora, um momento compreendido como
um espaço formativo em que as educadoras realizam registros diários, fazem
planejamento, organizam recursos e materiais para as atividades e propostas de
trabalho, realizam leitura de textos formativos conforme as necessidades individuais
identificadas pela equipe gestora, além de se configurar como espaço para devolutiva de
registros e de acompanhamentos individuais, atendimento aos familiares, planejamento
em pares e demais demandas do cotidiano das ações.
“As avaliações que destacam o momento do HTP o
consideram como espaço de troca e acompanhamento
qualitativo da coordenação. Dentre elas, ressalta-se o modelo
dos “encontros” de HTP realizados em 2016 junto à equipe da
creche, com mais tempo para discutir em grupo e com o
caráter formativo, quando houve tempo e espaço para esta
ação, sendo sugerida como retomada para o próximo ano.”
(Avaliação Institucional 2016)
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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A coordenadora pedagógica realiza o acompanhamento de dois HTP por período,
conforme o quadro abaixo:
MANHÃ TARDE
Terças e Sextas-feiras Das 7h às 8h.
Quartas e Quintas-feiras Das 17h às 18h.
Os demais membros da equipe gestora tem a possibilidade de assessorar a
equipe docente nos demais dias da semana.
Dando continuidade ao acompanhamento pedagógico do ano anterior, a
verificação e análise dos registros e semanários tem buscado elucidar a relação entre a
intencionalidade de aprendizagem e as propostas realizadas. Portanto, sendo este um
foco de observação e intervenções contínuas, a coordenação pedagógica tem como foco
para os momentos de HTP o esclarecimento de dúvidas acerca das devolutivas, bem
como das questões propostas como reflexão sobre o planejamento, onde são discutidas
junto a cada professora.
5. AUXILIARES EM EDUCAÇÃO
5.1. CARACTERIZAÇÃO
NOME SITUAÇÃO
FUNCIONAL
ESCOLARIDADE TEMPO
NA PMSBC
TEMPO NA
ESCOLA OBSERVAÇÃO
GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO
Armando Auxiliar em Educação
Engenharia Civil
- 15 anos 1 ano -
Neli Auxiliar em Educação
Administração de Empresas - 8 anos 6 anos -
Silvana Auxiliar em Educação Ensino Médio - 8 anos 1 ano -
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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Vanilde
Auxiliar em Educação –
Apoio à Inclusão
Ensino Médio - 5 anos 1 ano -
5.2. PLANO DE FORMAÇÃO
A formação continuada realizada com este segmento corresponde às discussões
e reflexões sobre a prática efetivada em parceria com os professores com os quais
compõem a gestão das turmas em que o apoio se faz presente. Por isso, organizamos
um cronograma mensal de atendimento para os auxiliares com discussões que serão
realizadas no âmbito da formação, além de considerarmos estes momentos viáveis para
a abordagem de assuntos pontuais referentes ao fazer individual de cada profissional,
como também para orientações e informações que possibilitem a constante atualização
dos mesmos.
5.2.1. AVALIAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO
A avaliação se dará tanto no desenvolver das ações, quanto nas observações
sobre os reflexos das discussões nas práticas cotidianas, abordadas pontualmente em
encontros individuais, por não haver a possibilidade de participação em momentos de
HTPC e HTP por parte deste segmento.
6. EQUIPE DE APOIO, EQUIPE DA COZINHA E OFICIAL DE ESCOLA
6.1. CARACTERIZAÇÃO
NOME SITUAÇÃO FUNCIONA
L
ESCOLARIDADE
TEMPO
NA PMSB
C
TEMPO NA
ESCOLA
OBSERVAÇÃO
Benedita Aux. Limpeza
Ensino Médio 12 anos
4 anos –
Cacilda Aux. Limpeza
Ensino Médio 9 anos 1 ano –
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Divaldina Aux. Limpeza
Ensino Médio 11 anos
5 ano –
Edna Cozinheira Fundamental - 2 ano Empresa Convida
Idelma Aux. Limpeza
Geografia 12 anos
5 anos –
Juliana Cozinheira Ensino médio - 3 anos Empresa Convida
Lucia Cozinheira Fundamental - 1 ano Empresa Convida
Pollyana Aux.
Limpeza Ensino Médio 10
anos 3 anos –
Silvia Aux. Limpeza
Pedagogia 12 anos
12 anos –
Terezinha
Aux. Limpeza
Magistério 11 anos
9 anos –
Wilton Oficial de escola
Ciências Contábeis
10 anos
10 ano
s –
6.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE DE APOIO
Justificativa
Retomando o plano de ação para a equipe de apoio efetivado em 2016 onde o
foco principal visava ajustar o trabalho das profissionais dentro do cotidiano da educação
infantil. Faz-se necessário como encaminhamento para esse ano a continuidade desta
formação específica em serviço, na abrangência de significar o trabalho desta equipe
como integrante para o desenvolvimento e qualificação do PPP da escola.
Com as leituras e reflexões acerca da organização da vida cotidiana, buscaremos
junto a esta equipe estabelecer relações entre os conceitos tratados no PPP frente às
necessidades das crianças atendidas na unidade escolar, bem como a comunidade em
geral, almejando sempre a qualificação do atendimento.
Neste ano, daremos continuidade ao tema da revitalização dos espaços da
escola, com a intenção de discutir e estabelecer critérios para organização e limpeza dos
mesmos.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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71
Objetivos
Significar a importância da etapa da Educação Infantil, refletindo acerca da
importância do trabalho das profissionais da equipe de apoio na organização
da vida cotidiana da escola;
Qualificar as ações da equipe de apoio na ideia de garantir e manter a
corresponsabilidade com as outras equipes da escola em organizar espaços e
momentos da rotina da escola, com definições pautadas nos cuidados com as
características das crianças;
Estabelecer critérios para a organização e limpeza dos espaços da escola de
forma a revitalizar estes ambientes.
Conteúdos
Organização da rotina (transições e alimentações);
Corresponsabilidade no ato de Cuidar e Educar;
Critérios para estabelecer um padrão de limpeza nos espaços da escola.
Estratégias
As estratégias utilizadas neste plano de ação serão: pautas estabelecidas para os
dias dos encontros; retomadas de encaminhamentos do encontro anterior; leitura e
reflexão de textos que abordem temas da organização da vida cotidiana da unidade
escolar; dinâmicas durante os encontros que estabeleçam a relação de responsabilidade
dos adultos da escola no ato de cuidar e educar; reorganização dos horários da equipe,
análise dos quadros de rotina das profissionais, observações de alguns momentos da
rotina, levantamento de intervenções na rotina e nos espaços da escola, utilização de
imagens fotográficas do dia a dia da escola como disparadores para rodas de conversa;
Periodicidade
Encontros mensais entre equipe de apoio, diretora, vice-diretora e quando
necessário a coordenadora pedagógica.
Bibliografia
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Práticas Cotidianas na Educação Infantil –
Bases para a reflexão sobre as Orientações Curriculares. Brasília – 2009.
KRAMER, Sonia. Profissionais de educação infantil – gestão e formação. Editora
Ática.
Projeto Político Pedagógico da EMEB GRACILIANO RAMOS, 2015.
6.2.1. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
Este processo acontecerá no final do primeiro semestre, com uma avaliação
pontual para poder replanejar e ampliar as estratégias na continuidade do trabalho
durante o ano.
No final do ano será possível dentro da avaliação institucional inserir alguns
temas para que todo o grupo de educadores possam avaliar as questões que envolvem
a organização da vida cotidiana da escola.
7. ÓRGÃO COLEGIADO – CONSELHO DE ESCOLA/ ÓRGÃO JURÍDICO -
APM
Acreditamos no velho princípio latino “as palavras comovem, mas os exemplos se
arrastam”. Transferindo esse princípio para o cotidiano da escola podemos dizer que
construímos mais cidadania nas crianças pelas atitudes que cultivamos do que pelas
palavras que dizemos. Este princípio reforça o laço da efetivação da cidadania no
coletivo da unidade escolar, através da participação das comunidades escolar e local.
Nesta perspectiva, podemos nos perguntar: Como essa participação se revigora
nas decisões das ações do coletivo da unidade escolar? Como estão organizados e se
articulam os diferentes segmentos da escola para efetivar esta participação?
“A efetiva defesa da participação popular no interior da
unidade escolar está pautada na implementação do Conselho
de Escola. Os Conselhos de Escola na educação, concebidos
pela Lei de Diretrizes e Bases como uma das estratégias de
gestão democrática da escola pública, tem como pressuposto
o exercício de poder pela participação das comunidades
escolares e locais (LDB, art 14)”.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
EMEB GRACILIANO RAMOS
73
Para nós a democratização da gestão da escola está, na partilha de sentimentos,
compartilhamento de decisões com a comunidade, na ideia de melhores trajetórias para
o gerenciamento da unidade escolar. Para que isso aconteça contamos com duas formas
legais de participação e envolvimento dos segmentos que compõem a comunidade
escolar. São eles:
CONSELHO DE ESCOLA – Órgão colegiado constituído por diferentes
representantes da comunidade escolar (pais, professores e funcionários) que tem a
função de acompanhar e deliberar sobre as questões pedagógicas, administrativas e
financeiras da escola.
“Os conselhos escolares são acima de tudo um espaço de participação e, portanto, de exercício de liberdade.” (Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares)
APM - Associação de Pais e Mestres é um órgão jurídico, constituído por
representantes de pais de alunos, professores e diretor (a) escolar que tem como função
junto ao Conselho de Escola gerenciar as questões financeiras da unidade escolar.
Para este ano letivo, os membros destes órgãos decidiram que as reuniões
continuarão acontecendo como no ano anterior, de forma coletiva e mensal, as quartas
– feiras e terão horários alternados, sendo cada mês em um período (manhã, tarde e
noite).
Também os mesmos decidiram que em todas as reuniões as premissas de
trabalho, estarão pautadas através de um plano de ação, na ideia de aprimorar o projeto
político pedagógico da escola, visando cada vez mais uma educação de qualidade.
Ao realizarmos a 1ª Assembleia geral deste ano, nos deparamos com um grupo
novo de familiares com interesse em participar, sendo grande parte de pais de crianças
ingressando este ano em nossa Unidade Escolar. Essa característica nos mostra a
necessidade de desenvolver um trabalho com esse grupo, onde possamos apresentar
como se dá o trabalho da APM e do Conselho de Escola, os papéis de cada membro, as
atribuições de cada cargo, para que assim possam participar ativamente das ações de
cada órgão colegiado.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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O plano de ação abaixo será o norteador do trabalho dos órgãos colegiados neste
ano.
7.1. PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA
Objetivo: Favorecer que a escola cumpra seus objetivos e princípios elencados no
PPP com a qualidade e responsabilidade, tendo na parceria com a APM o objetivo de
conhecer melhor o conjunto de necessidades pedagógicas, administrativas e financeiras.
Podendo assim efetuar as ações elencadas e planejadas.
São elas:
Aprovar e acompanhar a efetivação do calendário escolar;
Ampliar a participação das comunidades escolar na definição do projeto
político pedagógico da unidade escolar;
Analisar, discutir e elaborar em parceria com a gestão escolar instrumento
avaliativo das ações da escola;
Discutir e avaliar o Projeto Político Pedagógico da escola;
Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber das
crianças e que valorizem a cultura da comunidade;
Propor e coordenar alterações em relação ao aproveitamento dos espaços
pedagógicos na escola;
Aprovar o plano financeiro anual, elaborado pela gestão da escola e APM
sobre a programação e a aplicação de recursos financeiros;
Analisar e deliberar orçamentos para aquisições de materiais pedagógicos,
administrativos e permanentes para a unidade escolar;
Acompanhar a gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade
escolar;
Solicitar e acompanhar as reformas e manutenções do prédio escolar,
realizadas por prestadores de serviços e pela Secretaria de Educação.
7.2. PLANO DE AÇÃO DA APM
Objetivo: Auxiliar a gestão da escola em parceria com os membros do Conselho
na consecução dos objetivos educacionais estabelecidos no PPP.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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Efetivar o plano financeiro anual atendendo a programação e aplicação de
recursos financeiros;
Apresentar e analisar orçamentos para aquisições de materiais pedagógicos,
administrativos e permanentes para a unidade escolar;
Socializar com a comunidade escolar o direcionamento dos recursos
financeiros através de planilhas, tabelas e prestação de contas;
Acompanhar as reformas e manutenções do prédio escolar, realizados por
prestadores de serviços e pela Secretaria de Educação.
Para este ano temos demandas quanto à utilização dos recursos financeiros que
foram levantadas na avaliação institucional de 2016 e outras apresentadas em reunião
pedagógica e na 1ª Assembleia Geral de 2017. Os itens abaixo selecionados já tem a
aprovação dos membros e serão adquiridos durante o ano e com a verba do PDDE e do
convênio com a prefeitura;
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS
Aquisição de cortinas para as salas de aula;
Reparo nas luminárias externas que acionam ao anoitecer;
Aquisição de brinquedos e materiais pedagógicos;
Reparos gerais no prédio e equipamentos;
Estudo de meio;
Aquisição de notebook para uso dos profissionais;
Aquisição e instalação de ventiladores para as salas de aula e refeitório;
Contratação de grupo teatral.
7.3. AVALIAÇÃO DOS PLANOS DE AÇÃO DO CONSELHO DE
ESCOLA E DA APM
Todas as ações planejadas pelo grupo do Conselho de Escola e APM para esse
ano de 2017 serão avaliadas ao longo do ano letivo, e sistematizadas ao final do ano
através de um instrumento metodológico que pontue as conquistas das ações, e as
perspectivas que necessitem de replanejamento para o ano seguinte.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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7.4. QUADRO DO CONSELHO DE ESCOLA
ORDEM NOME FUNÇÃO SEGMENTO
01 Juliana Bizan Ferrari RG: 29.112.426-4
Membro titular Diretora de escola
02 Gisele Elaine Lopes de Freitas RG: 24.461.797-1
Membro titular Coord. Pedagógica
03 Michele Rossi Foramilio RG: 25.488.157-9
Membro suplente
Professora
04 Camila Serra de Souza Marcelino RG: 42.419.174-X
Membro titular Professora
05 Cacilda Barboza Rodrigues RG: 24.801.880-2
Membro titular Equipe de Apoio
06 Silvana Ogala Cali RG: 15.916.214-2
Membro suplente
Auxiliar em educação
07 Tatiane Maria Penacho RG:32.706.854
Membro titular Mãe de aluno
08 Marcia Gomes dos Santos RG: 30.200.523-7
Membro titular Mãe de aluno
09 Valdirene de Moraes Lemos RG: 53.904.384-9
Membro titular Mãe de aluno
10 Mariana Carolina Cardoso RG: 34.785-214-2
Membro titular Mãe de aluno
11 Carina Brisa Americo RG: 29.694.123-2
Membro suplente Mãe de aluno
12 Luara Janaiane Marques de Albuquerque Lopes RG: 121.328.546-1
Membro suplente Mãe de aluno
7.5. QUADRO DE MEMBROS DA APM
CONSELHO DELIBERATIVO
NOME CARGO CATEGORIA
Juliana Bizan Ferrari RG: 29.112.426-4
Presidente Diretora
Patrícia Rocha dos Santos Caramatti
RG: 45.206.623-2 1º Secretário Família
Valdirene de Moraes Lemos RG: 53.904.384-9
2º Secretário Família
Cristiane Moro RG: 22.617.667-8
Membro Professora
Edneia Duarte de Sousa RG: 41.781.181
Membro Família
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DIRETORIA EXECUTIVA
NOME CARGO CATEGORIA
Camila Caldeira Almeida RG: 30.449.052-0
Diretora Executiva
Família
Valeria Aparecida Pereira Ferreira RG: 30.437.478-7
Vice Diretora Executiva
Família
Suelen Matsuzaki Ribeiro de Escudeiro
RG: 33.619.519-9 1º Tesoureiro
Família
Carina Brisa Americo RG: 29.694.123-2
2º Tesoureiro Família
Erika Palma RG: 42.677.308-1
1º Secretário Professora
Francisca Maria Oliveira Felix RG: 32.966.993-x
2º Secretário Professora
CONSELHO FISCAL
NOME CARGO CATEGORIA
Mariana Carolina Cardoso RG: 34.785.214-2
Presidente Família
Magali Aparecida Rodrigues RG: 16.552.282-8
Membro Família
Maria Eliana Poleto Goulart RG: 13.288.275-9
Membro Professora
Cronograma das reuniões
Acontecem as quartas-feiras e o horário será alternado para que seja possível
uma maior participação. Segue as datas para as Reuniões de Reuniões de APM:
Mês Data Horário
Fevereiro 22 Noite
Março 08 Tarde
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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Abril 12 Manhã
Maio 10 Noite
Junho 21 Tarde
Julho 26 Manhã
Agosto 16 Noite
Setembro 20 Tarde
Outubro 25 Manhã
Novembro 08 Noite
Dezembro 13 Tarde
VI. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
1. OBJETIVOS
1.1. OBJETIVO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
LDB 9.394 de 20/12/1996:
Título V – Dos níveis e das Modalidades da Educação e Ensino
Capitulo II da Educação Básica
Seção I – Das disposições Gerais
“Art. 22º. A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores. ”
_________________________________________________________________________________________
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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Já as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil apresentam em
seu artigo 9º, os pressupostos que norteiam a intencionalidade do trabalho pedagógico
na educação infantil.
“Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta
curricular da Educação Infantil devem ter como eixos
norteadores as interações e a brincadeira, garantindo
experiências que:
I - Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da
ampliação de experiências sensoriais, expressivas,
corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão
da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da
criança;
II - Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes
linguagens e o progressivo domínio por elas de vários
gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,
dramática e musical;
III - Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de
apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e
convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e
escritos;
IV - Recriem, em contextos significativos para as crianças,
relações quantitativas, medidas, formas e orientações
espaçotemporais;
V - Ampliem a confiança e a participação das crianças nas
atividades individuais e coletivas;
VI - Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a
elaboração da autonomia das crianças nas ações de
cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
VII - Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras
crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de
referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da
diversidade;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
EMEB GRACILIANO RAMOS
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VIII - Incentivem a curiosidade, a exploração, o
encantamento, o questionamento, a indagação e o
conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e
social, ao tempo e à natureza;
IX - Promovam o relacionamento e a interação das crianças com
diversificadas manifestações de música, artes plásticas e
gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e
literatura;
X - Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o
conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da
vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos
naturais;
XI - Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das
manifestações e tradições culturais brasileiras;
XII - Possibilitem a utilização de gravadores, projetores,
computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos
tecnológicos e midiáticos.
Parágrafo único - As creches e pré-escolas, na elaboração
da proposta curricular, de acordo com suas características,
identidade institucional, escolhas coletivas e particularidades
pedagógicas, estabelecerão modos de integração dessas
experiências.” (DCNEB 2013)
1.2. OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, DEFINIDOS NA
PROPOSTA CURRICULAR DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO
DO CAMPO
A educação infantil deverá se organizar de forma que os alunos construam as
seguintes capacidades:
Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando
significados sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres
humanos;
_________________________________________________________________________________________
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Ampliar o conhecimento sobre seu corpo, suas possibilidades de atuação no
espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de cuidado com a saúde e
bem estar;
Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades,
atuando cada vez mais de forma autônoma nas situações cotidianas;
Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e
princípios, demonstrando respeito e valorização a diversidade;
Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus interesses
e pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo
atitudes cooperativas;
Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente,
reconhecendo-se como integrante dependente e agente transformador do
mesmo;
Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes
linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as para
expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, ampliando sua
rede de significações;
Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua
curiosidade frente ao objeto de conhecimento.
1.3. LEVANTAMENTO DE OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
Objetivos gerais da escola
Tendo em vista que a educação é um dos direitos garantidos pela Constituição
Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9.394/96), pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009), e
indo ao encontro da Proposta Curricular da Rede Municipal de Educação de São
Bernardo do Campo, nossa escola tem a função de possibilitar o desenvolvimento da
criança em todos os seus aspectos (físico, psicológico, social, cultural, emocional),
reconhecendo-a como pessoa em condição peculiar de desenvolvimento, procurando
desenvolver a autonomia, o espírito crítico construtivo para o efetivo exercício da
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cidadania, pautado nos princípios de democracia e solidariedade. A fim de cumprir as
finalidades de que nos propomos deveremos:
Oportunizar a aprendizagem em todos os momentos em que a criança estiver
na escola, respeitando e interagindo com todos os seus saberes e
conhecimentos;
Favorecer a construção de conhecimentos, procedimentos, atitudes e valores
que se fazem necessários para o pleno exercício da cidadania;
Socializar e equalizar, os conhecimentos culturalmente construídos pela
comunidade escolar, adequando-o aos interesses e necessidades das
crianças;
Instrumentalizar a criança com saberes que o possibilite ser um agente
transformador da realidade em que está inserido, permitindo-lhe o exercício
reflexivo de atitudes, conceitos e valores;
Respeitar cada uma das pessoas envolvidas no ato educativo considerando
suas competências, habilidades e diferenças.
O currículo como instrumento que define o que se considera o conhecimento
válido, deverá se organizar de forma que os alunos construam as seguintes capacidades
de:
Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando
significados sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres
humanos;
Ampliar o conhecimento sobre seu corpo, suas possibilidades de atuação no
espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de cuidado com a saúde e
bem estar;
Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades,
atuando cada vez mais de forma autônoma nas situações cotidianas;
Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e
princípios, demonstrando respeito e valorização a diversidade;
Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus interesses
e pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo
atitudes cooperativas;
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Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente,
reconhecendo-se como integrante dependente e agente transformador do
mesmo;
Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes
linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as para
expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos, ampliando sua
rede de significações;
Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua
curiosidade frente ao objeto de conhecimento.
2. LEVANTAMENTO DOS OBJETIVOS E CONTEÚDOS POR ÁREA DE
CONHECIMENTO
Área: Língua Portuguesa
Conteúdo: Leitura e Escrita
Objetivos
Conhecer a função social da escrita e da leitura, e o que ela representa, sendo
capazes de comunicar-se através de seu uso;
Conhecer as características textuais dos diversos portadores;
Produzir e revisar textos, respeitando a estrutura do gênero escolhido;
Escrever segundo as hipóteses de escrita que possui e avançar na construção
de novas hipóteses;
Escrever o próprio nome, dos colegas e outros que lhe sejam significativos.
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Conteúdo
Valorização da leitura e da escrita como fonte de entretenimento, de
informação, de comunicação, etc.;
Prática de escrita de próprio punho utilizando o conhecimento de que dispõe
no momento, sobre o sistema de escrita;
Participação de leitura e escrita de diferentes tipos de textos a partir de sua
intencionalidade comunicativa como fonte de informação e pesquisa;
Reconhecimento e escrita do próprio nome e de outros que lhe sejam
significativos;
Participação em situações em que as crianças leiam;
Reconto de histórias com aproximação das características do gênero,
inseridos no próprio portador;
Produção de textos individuais e ou coletivos, a partir de sua intencionalidade
comunicativa, considerando o destinatário, a finalidade do texto e as
características do gênero;
Busca de informações e consultas a diferentes portadores.
Orientações didáticas
Utilizar o conhecimento a respeito da psicogênese da língua escrita,
possibilitando a compreensão deste processo;
Reconhecimento da capacidade de escrita da criança, dando legitimidade às
escritas iniciais;
Oferecer situações em que seja trabalhado o nome próprio através da
marcação de pertences e produções da criança, identificando nesta ação uma
das funções da escrita: representação de algo ou alguém;
Trabalhar com as crianças suas hipóteses de leitura e escrita, intervindo em
sua produção para que haja o avanço nos níveis conceituais da escrita;
Propor a revisão de textos, ampliando os conhecimentos, permitindo-lhes a
articulação da leitura e da escrita;
Garantir o trabalho com a leitura e escrita de diversos portadores de textos
pelo aluno, levando-o à compreensão da escrita, não somente como código
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que representa a fala, mas como fonte de entretenimento, comunicação e
expressão de sentimentos;
Considerar os alunos como leitores desde sempre, promovendo situações que
favoreçam o gosto pela leitura possibilitando que observem o comportamento
leitor e aprendam algo sobre ele;
Apresentar diferentes tipos de textos (jornal, textos científicos, histórias,
calendários, agenda carta, bilhetes, avisos, receitas, músicas, parlendas, etc.)
lendo-os em voz alta e colocando-os a disposição dos alunos;
Realizar agrupamentos para a construção de textos, segundo as hipóteses de
escrita das crianças, visando promover avanços a partir das intervenções que
surgirão por parte da professora ou dos parceiros;
Propor atividades de escritas significativas para que as crianças saibam para
que e para quem estão escrevendo;
Propor situações de escrita coletiva, nas quais o professor faz o papel de
escriba, levando a criança a recuperar palavras e expressões literais do texto
ditado; controlar o ritmo do ditado, percebendo a diferença da fluência da fala
em relação à escrita, atentando para o tamanho da emissão ditada;
Propor situações de reescrita de textos, onde as crianças podem criar novas
cenas, novos personagens ou até alterar o final da história.
Critérios de avaliação
Observar se a criança escreve seu nome e dos colegas;
Utiliza seu nome para identificar suas produções;
Ajusta sua produção a algumas características dos diferentes gêneros;
Utiliza das hipóteses de escrita que dispõe no momento;
Se, ao ditar para o professor ou para outra criança, acomoda os segmentos da
língua falada ao que está sendo escrito;
Observar se há uma sistematização de ações que promovam a prática de
escrita pela criança, segundo suas hipóteses.
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Conteúdo: Oralidade
Objetivos
Utilizar a linguagem oral como recurso de comunicação de ideias e expressão
de sentimentos, a fim de melhorar suas relações pessoais;
Utilizar a linguagem como instrumento para ter acesso às informações,
perguntando e respondendo, comunicando e ampliando seu vocabulário;
Recontar textos narrativos com fluência, aproximando-os das características
do texto original;
Recitar textos memorizados, observando as características sonoras de cada
um;
Considerar e respeitar as variações linguísticas que fazem parte do Português
falado.
Conteúdos
Adequação do discurso oral de acordo com as várias situações comunicativas;
Relato de experiências vividas, participação em diálogos e conversas;
Reconto de histórias;
Ampliação do vocabulário;
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Situações de utilização e adequação da linguagem oral aos diversos gêneros
discursivos e literários;
Textos memorizados.
Orientações didáticas
Não falar de forma infantilizada com a criança;
Criar momentos em que as crianças possam expressar seus sentimentos e
ideias, comunicando-se com outras pessoas em situações de diálogos;
Garantir a participação em momentos onde as crianças narrem fatos e
experiências do seu cotidiano;
Organizar situações em que as crianças formulem perguntas que gostariam de
fazer, buscando expressar sua curiosidade sobre algum tema ou objeto de
estudo;
Propiciar atividades simbólicas em que necessitem de recursos orais
específicos a cada vivência. Ex.: Falar ao telefone, diálogos em consultório
médico, etc.;
Trabalhar a leitura pela criança e pelo adulto de histórias, poesias, bilhetes e
outros gêneros que possibilitem a comparação entre a maneira de falar e
escrever;
Organizar momentos de reconto de histórias, recitação de poesias, instruções
orais sobre jogos e brincadeiras, em que a criança seja desafiada a observar
as características orais de cada portador textual;
Recitar poesias, trava-línguas, parlendas, músicas, sons de animais e objetos
para ter contato com a forma como são verbalizados esses textos.
Critérios de avaliação
Observar a participação em situações de diálogos e atividades orais;
Expõem suas ideias, sentimentos, desejos e necessidades oralmente;
Constroem um vocabulário variado, incorporando novas expressões;
Identificam as características e funções da linguagem escrita e da falada;
Observar se as ações que envolvem a oralidade garantem que as crianças
tenham oportunidade de verbalizar, efetivamente, suas ideias.
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Área: Matemática
Objetivos
Construir o significado do número, atribuindo à função social que possui;
Interpretar e produzir escritas numéricas, segundo suas hipóteses, utilizando-
as em registros convencionais ou não;
Utilizar a linguagem oral para explicitar hipóteses, processos e resultados
desenvolvidos em contextos matemáticos;
Utilizar elementos da linguagem matemática ou próximo dela (símbolos
numéricos, marcas ou signos alternativos) para registro de quantidades, sinais
de operações, representação de figuras e formas;
Utilizar a contagem oral para estabelecer o valor posicional do número (ordinal
e cardinal);
Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, expressando-os de maneira
convencional ou não;
Resolver situações-problema, construindo a partir delas significados para as
operações matemáticas, desenvolvendo estratégias de raciocínio lógico, para
resolver situações do cotidiano, de seu interesse e do grupo;
Explorar e identificar propriedades geométricas de objetos e figuras;
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Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, identificando
formas bi e tridimensionais, em situações que envolvam descrições orais,
construções e representações;
Descrever e representar pequenos percursos e trajetos, observando pontos de
referência;
Construir procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados
utilizando-se de tabelas, gráficos e representações que apareçam
frequentemente em seu dia a dia.
Conteúdos
Sistema de numeração (contagem oral, noções de cálculo mental e
estimativa);
Notação numérica, registro convencional ou não;
Identificação de números em uma série, compreendendo a noção de
ordinalidade;
Operações matemáticas (adição e subtração);
Sistema de medida (peso, tamanho, cumprimento, distância, largura),
estabelecendo comparações;
Espaço e forma: pontos de referência, percursos e trajetos;
Identificação de propriedades geométricas como formas, contornos, mapas,
etc.;
Utilização de diferentes fontes de informações, como calendários para
contagem do tempo, marcação de datas de aniversários, eventos, etc.;
Representação, leitura e interpretação de dados apresentados de maneira
organizada por meio de listas, tabelas, diagramas, gráficos, mapas, caminhos
e itinerários, código de barras, código de endereçamento postal (CEP), etc.
Orientações didáticas
Propor atividades onde o jogo possa levar a criança a pensar o número e as
estratégias para chegar aos resultados;
Propor atividades que levem em conta ações do cotidiano da criança. O
professor deve dar condições para que as crianças busquem informações
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sobre números (calendário, régua, materiais que tenham números escritos em
sequência), organizando o espaço de maneira a facilitar a consulta e utilização
dos recursos necessários. Deve também observar e promover a troca de
informações entre as crianças;
Dar ao calendário o uso social, ou seja, recorrer a ele para situar-se quanto ao
dia e se há algum evento que o destaque, se há alguma comemoração ou
passeio, quantos dias faltam para o evento, em qual dia da semana estamos
e em qual dia da semana ocorrerá algum evento em especial, etc.;
Montagem de uma tabela oferecendo informações numéricas referentes a
peso, altura, idade, numeração de roupas e sapatos, promovendo a partir daí
questões que permitam comparar, fazer estimativas, construir gráficos, etc.;
Trabalhar com jogos, ressaltando o registro de pontuação, mesmo que de
forma não convencional por parte do aluno (boliche, varetas, dados, etc.);
Trabalhar com coleções que permitam buscar informações sobre quantidades
conseguidas do objeto de estudo (folhas de plantas, pedras, cartões
telefônicos, etc.);
Confecção de álbuns de figurinha, possibilitando o contato com os números na
tabela de controle e na própria figura, marcando os números que já foram
conseguidos e os que ainda faltam;
Representação de quantidades: aceitar as representações das crianças
(desenhos, símbolos ou números);
Confecção de livros, pesquisando sua organização: índice, numeração de
páginas, mostrando para as crianças a função social destes números: facilitar
a localização;
Comparação de quantidades: utilizar como apoio materiais como palito,
botões, etc., para ajudar na contagem, auxiliando as representações de
cálculos mentais. Poderão comparar com os amigos, contribuindo para que
descubram o melhor procedimento para cada caso e que existem várias
formas de solucioná-los. Este trabalho se evidencia durante a resolução das
situações-problema;
Propor brincadeiras simbólicas que envolvam números: escritório (telefone,
lista telefônica, agenda, calculadora) mercado: pesquisando os preços em
folhetos, colocando preços nas mercadorias, brincar de comprar e vender com
“dinheirinho”, pesquisar placas de carro, números de casas onde moram,
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organizar estes números como se morassem na mesma rua, brincar com
relógios, etc.;
Nas atividades de culinária, as crianças terão oportunidade do contato com
diferentes unidades de medida como: tempo de cozimento, quantidade de
ingredientes (litro, colher, xícara);
Explorar diferentes instrumentos de medição: balanças, réguas, fitas métricas,
metro, etc.;
Explorar a utilização de unidades de medida não convencional: barbante,
palitos, palmos, para que percebam a necessidade de uma medida comum;
Percepção do espaço: propor que observem e realizem desenhos de objetos
de vários ângulos;
Observação de formas geométricas na natureza, obras de arte, arquitetura,
etc.;
Trabalhar mapas, fotos, imagens, etc.
Critérios de avaliação
Observar a regularidade na contagem: omissão de números, se a criança para
na dezena e continua na dezena seguinte; percepção da regularidade do
sistema (dez um, dez dois);
Observar se estabelece correspondência um a um;
Observar se as crianças utilizam de forma espontânea a contagem para
resolver problemas como: entregar objetos aos amigos e como realizar esta
tarefa; contam os amigos e pegam quantidade necessária de objetos, pega
qualquer quantidade e distribui;
Observar se, ao contar, sincroniza a fala aos gestos; deixa de contar objetos;
conta duas vezes o mesmo objeto; ao terminar a contagem conclui com um
número e volta a contar novamente;
Observar se a criança se a criança possui a noção de sucessor ao incluir um
objeto na coleção, conta tudo novamente ou anuncia a próxima quantidade;
Fazem-se a leitura de números em diferentes contextos, nos números de dois
dígitos leem separadamente (21-dois um), falam baixinho toda a série para
depois identificar o número em questão, confundem números;
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Observar se ao registrar quantidades faz o desenho do objeto, desenham
marcas, um número para cada objeto ou se utilizam um único número para
registrar o total;
Verificar se as crianças, frente a um problema, utilizam como recurso
instrumentos mais indicados de medida;
Fazem estimativas de tamanho, altura e peso em objetos à distância;
Percebem a posição de um objeto em relação a si mesma e a outros pontos
de referência (embaixo, ao lado de, mais perto de) descrevendo.
Área: Corpo e Movimento
Objetivos
Que as crianças possam desenvolver progressivamente as seguintes
capacidades:
Conhecer diferentes culturas corporais, por meio do contato com jogos e
brincadeiras;
Expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação, por meio
da exploração de gestos, sentimentos e ritmos corporais;
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Perceber suas possibilidades e limites de ação através da exploração de
diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade,
trajetória, resistência e flexibilidade;
Conhecer e aperfeiçoar diferentes possibilidades de movimento (preensão,
encaixe, lançamento, etc.), aprendendo a controlá-lo para a utilização em
jogos, brincadeiras, danças e demais situações, compreendendo os
movimentos como forma de expressão;
Explorar os movimentos individuais e em grupos para perceber suas diferentes
possibilidades em cada situação;
Valorizar suas conquistas corporais e as do outro;
Desenvolver a capacidade de construção e o respeito às regras que organizam
as diferentes atividades.
Conteúdos
Ampliação do conhecimento e respeito pelas culturas corporais, considerando
a cultura local, nas diversas épocas da história e por diferentes grupos sociais,
por meio do resgate de jogos, brincadeiras e danças;
Compreensão dos movimentos corporais – gestos e ritmos;
Reconhecimento das suas possibilidades e limites de ação por meio da
exploração de diferentes qualidades e dinâmicas do movimento – força,
velocidade, trajetória, flexibilidade e resistência;
Ampliação da capacidade de manuseio dos diferentes materiais e objetos,
utilizando movimentos de preensão, encaixe, lançamento nas situações de
jogos;
Conhecimento e aperfeiçoamento das diferentes possibilidades de movimento,
aprendendo a controlá-lo para utilização em jogos, brincadeiras, danças e
demais situações;
Valorização das conquistas corporais e do outro;
Valorização das regras de organização das atividades de jogos.
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Orientação didática
Proporcionar atividades com jogos e brincadeiras de diferentes grupos
culturais, socializando e ampliando o repertório das crianças;
Propor jogos e brincadeiras envolvendo a interação, imitação e conhecimento
do próprio corpo e do ritmo e cada um;
Introduzir diferentes materiais para estimular movimentos variados em
consonância com o ritmo;
Construir coreografias com as crianças, aproveitando a diversidade da sua
expressão corporal no contato com a música;
Proporcionar atividades com danças e brincadeiras cantadas, com repertório
das próprias crianças, ampliado pelas pesquisas dos professores;
Possibilitar exercícios de imaginação e criatividade, reiterando a importância
do movimento para expressar ideias e emoções (derreter como sorvete, cair
como um raio, balançar como folhas, vivenciar situações de histórias contadas,
imitar imagens observadas em obras de arte, etc.);
Propor brincadeiras simbólicas que envolvam a expressividade de movimentos
observados em situações do cotidiano com adultos e outras crianças;
Propor atividades nas quais as crianças tenham maior autonomia para circular,
criar e escolher as que mais lhe interessem, possibilitando ao professor
acompanhá-las mais de perto, intervir nas atividades ou ficar junto das
crianças que solicitarem ajuda em propostas que ofereçam desafios mais
arriscados;
Ao propor atividades de circuito, evitar movimentos de espera, possibilitando
que todas as crianças participem ao mesmo tempo;
Possibilitar a realização de movimentos de diferentes qualidades expressivas
e rítmicas (dançar, brincadeiras de roda, etc.). A brincadeira de roda aperfeiçoa
a percepção de um ritmo comum, a noção de conjunto e sentido estético;
Possibilitar a participação em brincadeiras e jogos que envolvam o correr, subir
descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar, etc., ampliando o
conhecimento e o controle sobre o corpo;
Propor brincadeiras que envolvam movimentos de preensão, encaixe,
lançamento, etc., ampliando as possibilidades de manuseio dos diferentes
materiais e objetos;
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Elaborar atividades nas quais sejam privilegiadas a cooperação, a superação
de desafios sem estimular a comparação e a competição acirrada entre os
participantes;
Considerar a expressividade de cada um no momento das brincadeiras e
orientar os alunos nos momentos de conflito, para que eles desenvolvam
atitudes de respeito com o próximo, não permitindo qualquer situação que
cause constrangimento e humilhação a qualquer membro do grupo;
Orientar as crianças quanto ao uso dos materiais, para obter delas melhores
resultados;
Organizar o ambiente com recursos e materiais que serão utilizados nas
atividades que envolvam movimento, garantindo a integridade física dos
alunos;
Adequar as regras, os espaços, os materiais e as formas de atuação de acordo
com o seu grupo e suas especificidades (faixa etária, interesse, capacidades
individuais);
Considerar que em todas as atividades, as regras podem ser socializadas e/
ou construídas com antecedência (e, algumas, até no decorrer do jogo) e, que
as próprias crianças podem criar novas regras;
Acompanhar as atividades, observando e intervindo quando julgar necessário
para propor novas questões, situações e desafios, pois é por meio dessa ação
que as crianças estruturam novos conhecimentos, estratégias e habilidades;
Valorizar o esforço pessoal e as conquistas corporais dos alunos,
incentivando-os a participarem das atividades propostas;
Garantir a constância do trabalho com corpo e movimento dentro da rotina,
refletindo sobre os tempos de espera e as filas desnecessárias, bem como
sobre o envolvimento e a participação das crianças em todas as propostas.
Critérios de avaliação
Observar se as crianças reconhecem e utilizam o movimento como linguagem
expressiva;
Observar a participação em jogos e brincadeiras envolvendo habilidades
motoras diversas;
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Através da observação constante ao registro, a professora poderá propor
intervenções no espaço e nas propostas que ali ocorrem tanto de sua parte
quanto das próprias crianças. Assim, terá condições de alimentar e enriquecer
este ambiente, acrescentando elementos que o componham enquanto espaço
de aprendizagem.
Brincar
“A brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil onde o desenvolvimento pode alcançar níveis mais complexos, exatamente pela possibilidade de interação entre os pares em uma situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos.” (Gisela Wajskop)
Esta concepção de brincadeira vem sendo trabalhada junto a nosso grupo de
educadores desde 2006. A partir da formação com Gisela Wajskop, da leitura da
Proposta Curricular, passamos a refletir sobre o papel da brincadeira que, mesmo sendo
uma atividade relacionada à infância, é uma situação privilegiada de aprendizagem, pois
possibilita a interação entre os pares, a imaginação, a imitação e a construção de regras.
Nesse movimento, o brincar proporciona ainda que a criança possa tomar decisões,
elabore e coloque em prática suas fantasias e conhecimentos acerca de experiências
anteriores vividas no convívio social e que socializa com os demais parceiros. Assim
como a criança aprende a se comunicar expressando seus desejos e vontades, aprende
também a brincar, interiorizando modelos pertencentes ao grupo sócio cultural em que
está inserida.
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Segundo Gilles Brougère, na educação infantil, as crianças modificam,
transformam e renegociam as regras da brincadeira com seus parceiros, construindo um
universo de faz de conta que gira em torno das decisões das próprias crianças.
O papel do educador nesta atividade, ainda segundo Brougère, “é a observação,
porque é preciso respeitá-la bastante para poder intervir: conhecer bem o jogo da
criança, sua cultura, como brinca, de que maneira, do que, de que jeito e ver quando o
jogo pode se desenvolver dentro de sua própria lógica, quando é interessante intervir”.
A própria organização das propostas, observando os desafios, os materiais oferecidos e
a interação que podem ocorrer entre crianças de idades diferentes também é uma
intervenção possível. Esta interação entre as diferentes idades no momento da
brincadeira permite que as crianças maiores compartilhem seus conhecimentos com os
menores, desenvolvendo a cooperação e o repertório linguístico. Vale dizer que os mais
novos também contribuem com suas experiências, socializando-as com os mais velhos.
A partir do estudo sobre o brincar, passamos a refletir sobre os espaços dedicados
a esta atividade na rotina e nas propostas de brinquedos e brincadeiras planejadas para
nossas crianças em nosso cotidiano escolar. Levamos em conta então algumas
orientações para o desenvolvimento deste trabalho junto às crianças:
Organizar propostas que despertem o interesse e desejos nas crianças,
voltadas para as diferentes modalidades do brincar;
Realizar intervenções a partir das observações do brincar da criança nos
diferentes espaços, intervindo sem “destruir” a brincadeira e sim favorecendo
o enredo e o desenrolar das tramas que ocorrerão;
Proporcionar às crianças, através do espaço da brincadeira, a possibilidade de
criação de novas relações com o meio, criando novas interpretações sobre o
mesmo e sobre sua realidade;
Promover a participação das crianças na construção, organização e
reorganização dos espaços das brincadeiras;
Expressar-se através do brincar, estruturando seu pensamento frente às
situações do cotidiano;
Ao propor a brincadeira, considerar que a criança utiliza deste espaço para
fazer a articulação entre a imaginação e a realidade, ou seja, ela enfrenta a
realidade por meio da brincadeira, construindo ai um universo particular, que
lhe permita a compreensão e a tomada de consciência do mundo real. É este
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o olhar que devemos ter ao observarmos nossas crianças enquanto interagem
com o espaço da brincadeira;
O ambiente precisa ser atraente, convidativo, organizado, flexível, que instigue
a criar e recriar, que possibilite também a mobilidade das crianças;
É importante estar atentos para a coerência na organização dos materiais
oferecidos, garantindo que o que pertence aos “cantos temáticos” esteja
próximo a eles, compondo-os em sua utilidade. Temos que ter claro que a
criança nem sempre atribui aos objetos a função que os mesmos têm na
brincadeira proposta. Um secador de cabelo pode virar uma arma na mão de
um policial, por exemplo. Estes diferentes significados que a criança atribui aos
objetos, fazem parte do caráter imprevisível que a mesma atribui do brincar,
devendo, portanto ser compreendido e respeitado pela professora, que
utilizará este momento como subsídio para o enriquecimento das propostas;
Propor a participação das crianças na organização e reorganização dos
espaços da brincadeira, a partir dos temas que surgirão, alimentando o
imaginário sem direcioná-lo, enriquecendo a brincadeira;
Inserir objetos que possam compor as variações de cenários e temas
propostos pelas crianças, avaliando constantemente sua utilização e
funcionalidade dentro dos temas propostos pelas professoras e pelas crianças;
Temos que estar atentas às condições dos objetos, substituindo-os sempre
que necessário;
Garantir a diversidade dos materiais, acrescentando bonecos de diferentes
etnias, super heróis, monstros, objetos que representem elementos de guerra,
de ficção científica, entre outros;
Possibilitar exercícios de imaginação e criatividade, reiterando a importância
do movimento para expressar ideias e emoções (derreter como sorvete, cair
como um raio, balançar como folhas, vivenciar situações de histórias contadas,
imitar imagens observadas em obras de arte, etc.).
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Área: Ciências e Educação Ambiental
Objetivos
Observar se os alunos adquiriram as seguintes capacidades:
Mostrar interesse e curiosidade em compreender o meio físico e social,
formulando perguntas, fazendo interpretações e manifestando opiniões
próprias sobre os acontecimentos relevantes e significativos que ocorrem,
desenvolvendo sua espontaneidade e originalidade;
Observar e explorar seu entorno físico e social, ordenando sua ação em função
das informações que recebe e que observa, estabelecendo relação entre sua
própria ação e as consequências que delas derivam;
Desenvolver, gradualmente, postura de aprendizagem através da formulação
de hipótese, da busca de informações através de pesquisa, da seleção de
materiais, da observação intencional, do registro sistematizado e da
comunicação de conclusões;
Conhecer e valorizar as manifestações culturais de sua comunidade como
parte do patrimônio cultural da humanidade;
Compreender cada vez mais que os objetos e as relações sociais são
resultados da interação e do trabalho humano acumulado e coletivo,
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reconhecendo gradativamente a capacidade humana de utilizar e transformar
a natureza;
Estabelecer algumas relações entre o meio físico e as formas de vida que aí
se estabelecem, valorizando sua importância para a preservação das espécies
e a qualidade da vida humana;
Conhecer os modos de vida de alguns grupos sociais e povos, valorizando as
manifestações observadas como elementos enriquecedores das vivências e
conhecimentos individuais e coletivos;
Ampliar gradativamente seu conhecimento sobre o meio físico e social,
compreendendo-o cada vez mais como um todo onde se inter-relacionam
fatores sociais, físicos e culturais;
Estabelecer, gradativamente, relações de cooperação, participação e
compartilhamento em diferentes situações de interação;
Observar as várias tecnologias existentes que o homem criou para auxiliá-lo a
identificar e solucionar.
Conteúdo
Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e
canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de
outras;
Valorização do patrimônio cultural e de seu meio e interesse por conhecer
diferentes formas de expressão cultural;
Identificação de algumas contribuições de diferentes culturas em sua própria
cultura;
Participação em atividades sociais que lhe sejam significativas;
Respeito e valorização de atitudes de manutenção e preservação dos espaços
coletivos;
Identificação de algumas características das diversas paisagens, com ênfase
nas paisagens brasileiras;
Investigação e uso de diferentes meios de comunicação, de suas funções e
características;
Investigação de diferentes meios de transporte e sua utilização nos diferentes
tempos e espaços;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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Representação em diferentes linguagens, das experiências diretas realizadas
através da confecção de textos, mapas, registros concretos, desenhos,
maquetes, etc.;
Observação atenta e intencional sobre o meu físico como fonte de pesquisa e
coleta de dados;
Conhecimento sobre diferentes espaços físicos utilizados pelo grupo de
crianças;
Atuação sobre o meio ambiente de forma a preservá-lo, enfatizando a questão
da coleta seletiva;
Identificação de algumas transformações processadas no meio através da
ação de agentes físicos e sociais;
Identificação de diferentes propriedades e características de objetos de
materiais;
Identificação da ação humana na transformação da natureza através de
recursos tecnológicos;
Origem de diversos materiais: areia, madeira, papel. Vidro, plástico, ferro,
água, etc., e sua utilização. Materiais disponíveis na natureza e materiais que
necessitam de alguma intervenção humana para que sejam produzidos;
Identificações de algumas características especificam dos seres vivos e seus
ciclos vitais;
Percepção dos cuidados necessários à preservação da vida e do meio
ambiente;
Relação entre a presença da água e as características do meio com a
preservação das espécies;
Identificação de alguns animais brasileiros;
Estabelecimento de algumas relações entre diferentes espécies de seres
vivos, suas características e suas necessidades vitais;
Valorização da vida através de situações que impliquem em cuidados
prestados a animais e plantas;
Respeito e valorização de atitudes de cooperação e participação;
Investigação sobre situações de plantio e de criação de animais, considerando
os cuidados que devem ser praticados;
Mudanças que as plantas acarretam para o meio: sua importância para a vida;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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Cuidados que todas as espécies necessitam para se desenvolverem e
sobreviverem: tipo de alimentação, habitat, etc., relação entre suas
necessidades e o meio em que vivem;
Conhecimento das influencias dos fenômenos da natureza sobre o meio
ambiente e a sua importância para o desenvolvimento das sociedades
humanas;
Participação em diferentes atividades envolvendo a observação e pesquisa
sobre os recursos tecnológicos: força, equilíbrio, peso, resistência, velocidade
e movimento.
Orientações didáticas
Partir de boas perguntas:
Questionamentos interessantes, dúvidas que mobilizam o processo de
indagação acerca dos elementos, objetos e fatos;
Considerar os conhecimentos prévios, os quais oferecem explicações
provisórias e incompletas para as questões que as preocupam,
desencadeando o planejamento de sequência de atividades pelo educador,
possibilitando a aprendizagem significativa;
Utilizar diferentes estratégias de busca de informações: coleta de dados
(pesquisas, entrevistas, etc.), e leitura de imagens e objetos (é importante que
a criança aprenda a ler objetos e imagens através de desenhos, fotos, pinturas,
filmagens, etc.), vídeo sobre o mundo animal, expedições em lugares
distantes, sobre fenômenos da natureza, também são fontes para a obtenção
de informações e experiência direta: passeios que possibilitem a exploração
do meio físico e social, observação de animais plantas acompanhadas de
informações adicionais, permitem construir uma serie de conhecimentos;
Participar de ações de atuação sobre o meio ambiente (coleta seletiva,
preservação da fauna, uso consciente dos recursos naturais);
Participação em projetos relacionados a meio ambiente e preservação da
natureza;
Possibilitar as crianças o conhecimento de hábitos e costumes socioculturais
diversos (tipo de alimentação, vestimenta, música, jogos, brincadeiras, etc.);
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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Trabalhar com material da educação tecnológica para explorar conceitos de
força, equilíbrio, movimento, etc., visando à resolução de problemas.
Critérios de avaliação
Observar se as crianças reconhecem e valorizam algumas manifestações
culturais de sua comunidade;
Observar se as crianças manifestam opiniões, hipóteses e ideias sobre os
diversos assuntos trabalhados na Área;
Observar se as crianças reconhecem a importância dos cuidados com a
natureza e consigo mesmo enquanto seres vivos que necessitam de cuidados.
Área: Artes
Conteúdo: Artes Visuais
Objetivos
Expressar e comunicar-se em artes, utilizando as diferentes linguagens de
expressão e comunicação;
Conhecer e comparar diferentes modalidades artísticas- desenho, pintura,
escultura, colagem, entre outras;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017
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Apreciar a produção artística de diferentes grupos sociais e movimentos
artísticos, além de imagens de objetos presentes no cotidiano, suas próprias
produções e as dos colegas;
Utilizar, conhecer e diferenciar diversos meios, suportes os instrumentos e
recursos próprios da linguagem artística, para utilizá-los em suas produções;
Ampliar o repertório imagético, acrescentando-o em seu fazer artístico;
Desenvolver o prazer na realização do trabalho em artes visuais;
Realizar apreciações dos trabalhos em artes visuais, valorizando a própria
produção e dos colegas;
Descobrir diferentes possibilidades e experimentar combinações na utilização
dos materiais plásticos nos planos bi e tri dimensionais;
Conhecer lugares que expõem trabalhos em arte – museus, galerias, arte
pública, a fim de reconhecer conteúdos trabalhados em sala de aula.
Conteúdos
Manipulação e exploração de diferentes materiais;
Cuidados com os materiais usados, bem como, trabalhos individuais e
coletivos;
Exploração dos elementos da linguagem visual, como composição, forma, luz
cor, textura, volume, linha, ponto;
Apreciação e valorização das produções artísticas de diferentes grupos sociais
(arte infantil, indígena, popular, de diferentes épocas e imagens do cotidiano);
Representação imagética de sensações, emoções e expressões;
Observação do próprio percurso de criação e dos colegas;
Observação, narração, descrição e interpretação, por meio de leituras de obras
de arte.
Orientações didáticas
Adequar o conteúdo a ser trabalhado em artes à faixa etária dos alunos;
Organizar e expor o material produzido em artes, em exposições pela escola
e organizando-os em pasta com todas as produções, para que possam
acompanhar suas produções e seu percurso criador, bem como o dos colegas;
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Considerar os objetivos e conteúdos para melhor direcionar seu trabalho junto
aos alunos, buscando a intencionalidade nas ações;
Organizar e expor os materiais que serão utilizados, levando em conta a
acessibilidade dos alunos no momento de escolha;
Organizar e reorganizar após o uso os espaços de criação junto com os alunos;
Promover momentos de apreciação das produções artísticas próprias e do
grupo;
Considerar a aprendizagem de procedimentos para a realização de atividades,
também no ateliê;
Fazer um estudo da história da arte, elencando alguns artistas a serem
trabalhados, através de projetos;
Criar no ateliê um espaço de apreciação de obras de arte de diferentes artistas
e linguagens;
Expor os trabalhos das crianças no ateliê e no mural da escola, proporcionando
momentos de apreciação do fazer artístico dos mesmos;
Variar as possibilidades de uso dos materiais, oferecendo suportes de vários
tamanhos e formas, tintas de várias cores e texturas, sucatas para o trabalho
com bi e tridimensionais, etc.
Critérios de avaliação
Observar se a criança é capaz de:
Expressarem-se com diferentes materiais, recursos, suportes, movimentos
gráficos em seu fazer artístico;
Ampliar a representação de figuras ou objetos;
Demonstrar interesse frente a objetos de artes visuais;
Conhecer alguns artistas e suas produções.
Área: Música/Musicalização
Compreendemos a música como meio ou forma de expressão e apropriação
dos bens culturais de um povo. A música é compreendida como uma linguagem onde
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são manifestas a emoção, as sensações, os sentimentos, a percepção e a interpretação
sonora em suas mais variadas propriedades.
Como componente curricular, o trabalho por meio da música considera cada
sujeito em sua singuralidade rítmica, além considerá-lo capaz de desenvolver a própria
sensibilidade e o potencial criativo para a criação e produção musical.
Na educação infantil, o trabalho musical se dá por meio do processo de
musicalização, onde a sensibilização para os conteúdos específicos desta área e a
ludicidade tornam-se fundamentos para as experiências sonoras e musicais oferecidas
no trabalho didático.
Objetivos
Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros
e ampliar seu conhecimento de mundo;
Perceber a relação entre o som e o silêncio;
Perceber os sons presentes no ambiente;
Expressar sensações, sentimentos e pensamento por meio da exploração sonora em
suas variadas fontes (instrumentos musicais e fontes sonoras);
Manusear e explorar instrumentos sonoros;
Vivenciar a improvisação, a composição e desenvolver o processo de criação sonora;
Desenvolver a percepção sonora, reconhecendo os sons e suas diferentes
propriedades (timbres, altura, intensidade, duração);
Desenvolver a apreciação musical;
Ampliar e diversificar o repertório musical.
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Conteúdos
Exploração de diferentes sons através de instrumentos musicais, objetos e fontes
sonoras;
Escuta musical de diversas culturas e estilos como produto cultural do ser humano;
Percepção sonora envolvendo suas propriedades e a relação de som e o silêncio;
Expressão por meio de vivências da linguagem musical;
O fazer musical por meio da improvisação, composição e criação;
Apreciação musical.
Orientações didáticas
Brincadeiras e dinâmicas onde a expressão de sentimentos, sensações e
interpretações sonoras por meio do som, da música ou dos eventos sonoros,
considerando o corpo como parte integrante dessa experiência;
Vivências (sensoriais e corporais) em que a percepção dos parâmetros ou
propriedades sonoras - altura (graves ou agudos), duração (curtos e longos),
intensidade (fracos ou fortes) e timbre (característica que distingue e “personaliza”
cada som), a densidade na organização e realização de algumas produções musicais;
Os jogos e brincadeiras que envolvam a dança, a improvisação musical e criação
musical;
A participação das crianças na sonorização de histórias;
A escuta de diferentes cantigas, canções e músicas dos mais variados estilos e
origens presentes no repertório cultural;
A experiência do canto (individual e coletivo);
Vivências em que as crianças possam explorar sons do corpo e com objetos;
Vivências em que as crianças possam perceber os sons do ambiente;
O repertório musical próprio das crianças para aprecia-lo e ampliá-lo.
Critérios de avaliação
Reconhecer e utilizar a música como linguagem expressiva;
Reconhecer as músicas de sua preferência e ampliá-la,
Distinguir os sons e suas variações a partir dos materiais utilizados para produção
musical.
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Ter atenção para ouvir, responder ou imitar a partir de um som ou música;
Ter capacidade de expressar-se musicalmente por meio da voz, do corpo e com
diversos materiais sonoros.
3. ROTINA
“Em geral, a criança convive com poucas pessoas em casa. Está habituada com o ambiente, com os objetos que possui os cômodos da casa e as pessoas que ali vivem. Ao entrar na escola terá que conviver com um número grande de pessoas, materiais, rotina e espaços novos e ainda ficar separada de seus pais e conhecidos. Esta mudança pode gerar em algumas crianças sentimentos de insegurança e até medo. São sentimentos que precisam ser acolhidos pela escola, a fim de que a criança se sinta segura em relação ao enfrentamento do novo. Para as famílias este é, igualmente, um período de inquietações. Além de alterar sua rotina, precisa lidar com o questionamento: ‘será que estou fazendo uma boa coisa para meu filho?’, e sentimentos contraditórios passam a fazer parte da cena familiar: de um lado a alegria de ter conseguido a vaga (...) e de outro a dúvida se este é o melhor a fazer (...). As educadoras, da mesma forma, precisam se adaptar precisam conhecer cada criança e suas famílias, acolher cada uma delas, investigar o que sabem seus interesses, descobrindo pouco a pouco estas novas pessoas que estão chegando.” (Validação – Caderno de Educação Municipal)
Período de adaptação
O Período de Adaptação é um tema que frequentemente vem sendo retomado e
discutido na unidade escolar, pois se compreende o quão importante é o ingresso da
criança na escola, bem como o acolhimento das famílias pela instituição no início e
durante o ano letivo. São desses primeiros contatos que se formarão os vínculos entre
escola-família-comunidade, elo importante para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico.
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Primeiro dia da Adaptação com a presença de familiares
A adaptação e a criação de vínculos com os familiares e as crianças já é feita
desde o primeiro contato durante a inscrição. Após a matrícula das crianças novas ocorre
uma primeira reunião com os familiares realizada no mês de dezembro para
apresentação da escola e do PPP da Unidade Escolar. A partir de 2015 ficou acordado
com o grupo que a reunião será feita em horário de HTPC, à noite, para que possamos
contar também com a participação dos professores neste momento, a fim de esclarecer
sobre as propostas desenvolvidas na rotina, sobre os primeiros dias. Desde então, temos
mantido esta organização. (Vide plano de ação para a comunidade).
Durante o período de adaptação procuramos garantir horários que contemplem
algumas situações da rotina da escola e a utilização de alguns espaços de acordo com
a proposta planejada pela professora. Essas ações têm como objetivo a apresentação
e exploração dos espaços que compõem a rotina normal da escola, aproximando a
criança do seu uso. A organização e planejamento desses horários trazem segurança
também para os professores e demais funcionários, pois o foco volta-se para o
conhecimento das crianças, a interação, o fortalecimento de vínculos entre professores
e crianças e principalmente para o próprio período de adaptação.
Podemos concluir que as discussões acerca desse período com todos os
funcionários apuraram os olhares para a qualidade do atendimento que a escola deve
prestar a todos: crianças, familiares, funcionários, etc. Pois a cada ano uma nova história
é contada e os atores que dela participam nem sempre representam os mesmos
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personagens, nem nos mesmos cenários. É importante estarmos sempre atentos aos
familiares, as suas falas, ansiedades, angústias, para assim garantirmos a participação
de todos no processo de adaptação. Algumas vezes é necessário que a separação entre
as crianças e seus familiares seja feita aos poucos, respeitando a situação de cada um
dos envolvidos.
O primeiro contato e a conversa com os familiares deve proporcionar segurança
a todos: crianças, familiares, educadores. Nesse sentido, é feito um planejamento desse
período na escola, levando em consideração as reflexões das professoras ocorridas em
Reuniões Pedagógicas, HTPC’s, diálogos com as famílias e avaliação do último período
de adaptação. Levando em consideração as reflexões de todos e as necessidades das
crianças, elaboramos uma planilha com os horários de adaptação para todas as turmas.
Horário do período de adaptação - Turmas Infantil II
Data Horário
07/02 a 10/02 07:30h às 09:30h e 10:00h às 12:00h
13/02 e 14/02 (todos os alunos no mesmo
horário) 07:30h às 9h30h
15/02 07:30h às 10h30h
16/02 e 17/02 07:30h às 12h
20/02 e 21/02 07:30h às 15h
22/02 a 24/02 (horário normal) 7h30 as 17h30
As crianças ingressaram na mesma data, mas organizadas em 2 agrupamentos
em horários distintos, acompanhados por seus familiares no primeiro dia.
Horário de adaptação infantil III, IV e V
Período Data Horário
Manhã De 07/02 a 14/02 Das 8h as 10h
Tarde De 07/02 a 14/02 Das 13h as 15h
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Entrada e saída dos alunos
O momento da entrada é sempre muito aguardado pelas crianças. Podemos
observar em seus sorrisos e movimento agitado de seus corpos o quanto a espera pela
entrada na escola torna ainda esse momento mais aguardado. Nestes momentos, um
membro da equipe de gestão e um membro da equipe de apoio operacional estão
sempre presentes, acolhendo as crianças e as famílias tornando esta transição da casa
para a escola, e vice-versa, mais segura e acolhedora possível.
A maioria das nossas crianças vem para escola de transporte escolar público e
por isso entram sozinhas, porém o acesso às salas é livre para os familiares e os
transportadores que queiram deixar as crianças na porta das salas.
Receber as crianças com um “Bom dia” ou “Boa tarde” e tendo o mesmo desejo
devolvido por ela, traz sempre muita satisfação àqueles que participam pessoalmente
deste momento.
Tempos e espaços de aprendizagem
Os diferentes espaços da escola devem ser considerados como ambientes que
educam e, para isso, precisam ser estruturados de modo a propiciar experiências de
aprendizagens às crianças. O ambiente educativo pressupõe a interação da criança em
espaços que assegurem o bem-estar físico, seguro e que viabilizem interações para a
construção de conhecimento.
Temos na estrutura da escola alguns espaços estruturados e pensados para
propostas especificas dentre eles: a biblioteca, o parque e a praça, o ateliê, a quadra e
o refeitório. Alguns outros espaços tem sido revitalizados ao longo dos últimos anos para
viabilizar a concepção que acima afirmamos: o hall dos banheiros com imagens das
crianças ao procederem durante higiene e escovação, os corredores e espaços
transitórios com decoração baseadas nas produções dos alunos, o gramado (praça) com
instalação sonora entre outros. Ressaltamos porém que o espaço não deve ser um
limitador da proposta, uma quadra pode ser um espaço de simbólica, o parque pode
acolher um momento de leitura, a sala uma tenda com mil possibilidades.
É fundamental que os espaços da escola possam ser avaliados constantemente
de modo a torná-los instigantes e provocativos para as crianças, podendo ali promover
momentos de imaginação, afetividade, gestualidade, autonomia, criação e o brincar.
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Biblioteca
Nosso espaço de biblioteca é uma adaptação da Biblioteca escolar Interativa
(BEI), que conta com um acervo de livros e vídeos pertencentes à REBI. Desenvolvemos
um plano para o uso do espaço, definindo nele objetivos, conteúdos e orientações
didáticas para o trabalho com as crianças.
Objetivos
Conhecer o espaço da biblioteca para dele fazer uso, conhecendo o acervo e
localizando os livros de sua escolha de forma autônoma, desenvolvendo
procedimentos de pesquisa;
Promover a participação e envolvimento das crianças, demonstrando seus
próprios interesses e gosto pela leitura, colocando-as na postura de leitores;
Incentivar as crianças a terem uma relação prazerosa e criativa com o texto
escrito, desenvolvendo o gosto pelo ato de ler;
Propiciar o trabalho com a diversidade textual, com a linguagem literária e
expressiva;
Incentivar a busca de novos referenciais, incentivando a pesquisa e a
ampliação da sua leitura de mundo.
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Conteúdos
Contato com o espaço da biblioteca com orientações para sua utilização;
Leitura pelo professor e pelas crianças de livros de diferentes gêneros;
Pesquisa em diversas fontes literárias.
Orientações didáticas
Conhecer o espaço da biblioteca e os materiais que estão disponíveis para a
professora e para os alunos;
Fazer um planejamento para o uso da biblioteca, facilitando sua utilização;
O espaço da biblioteca poderá ser usado para roda de leitura, conversa, vídeo,
história com fantoche, CD, roda de música, apreciação e leitura de livros pela
criança e para pesquisas;
É importante orientar as crianças quanto ao uso dos livros, ensinando os
procedimentos de leitor nesse espaço;
Os livros ficam organizados em caixas próprias, separados por ordem
alfabética por sobrenome de autor, e são identificados com etiquetas coloridas
definidas e separadas por critérios da REBI;
Na roda de conversa, orientar para a organização, cuidados e importância da
preservação dos livros, CDs, DVDs (materiais disponíveis);
Ao utilizar a biblioteca para roda de leitura, tendo o cuidado de selecionar e
fazer a leitura antecipada do livro ou material escolhido;
Os fantoches disponíveis no espaço da biblioteca são recursos para que
crianças e adultos utilizem ao contar histórias, desenvolvendo outras
linguagens expressivas como dramatizações, mímicas, gestos, etc.;
Para roda de música, verificar com antecedência se o aparelho encontra-se no
armário, assim como o CD (em caso de música específica);
Para a exibição de filmes, é importante verificar a manutenção do DVD, se o
filme é adequado à proposta planejada, se o filme escolhido está disponível.
Essas orientações impedem que ocorram momentos de espera com as
crianças;
Empréstimos de material da biblioteca serão anotados em caderno específico
de empréstimos;
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Os horários de uso da biblioteca estão contemplados na rotina das turmas e
ocorrem duas vezes por semana.
Parque e praça
Parque e praça são mais dois espaços onde o olhar para o “brincar” deve estar
presente enquanto momento de aprendizagem. Além de espaços utilizados para o
brincar, são também espaços em que numa perspectiva de criança integral deva
acontecer a observação da professora em relação a autorregularão, a oralidade, ao
movimento, entre outras. Através da observação destes momentos da rotina das
crianças e como elas os utilizam, a professora terá condições de enriquecê-los com
outros materiais que auxiliarão na composição de temas durante as brincadeiras.
Objetos como pneus, caixas, tecidos, cordas entre outros, permitirão o
estabelecimento de relações no imaginário das crianças, alimentando-o, ampliando a
possibilidade de interação e envolvimento com as propostas que ali surgirão, para além
a exploração dos brinquedos que o compõem, atribuindo-lhe novos sentidos.
Ateliê
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Objetivos
Explorar os recursos que o espaço do ateliê oferece, ampliando as
possibilidades do fazer artístico;
Estar inserido em uma rotina de trabalho em artes, vivenciando experiências
significativas de aprendizagem em artes;
Possibilitar o contato com a linguagem artística, apropriando-se dela durante
os momentos de criação;
Possibilitar que a criança participe de atividades de percurso criador em artes,
construindo seu próprio percurso criador;
Apresentar para as crianças diversas produções artísticas ampliando o
repertório de imagem e ampliando o seu fazer artístico.
Apresentar diversidade de produções artísticas para as crianças e assim
possibilitar a apreciação de diversas obras de arte, ampliando seu repertório
de imagem enriquecendo seu fazer artístico.
Conteúdos
Exploração do espaço e dos recursos que o ateliê oferece;
Rotina do trabalho em artes;
Linguagem artística;
Percurso criador;
Apreciação de trabalhos artísticos.
Orientações didáticas
Utilização de instrumentos, meios e suportes diversos como lápis, pincéis,
tintas, papéis, cola, etc., para o fazer artístico, através da aprendizagem de
procedimentos e exploração destes recursos;
Possibilitar que as crianças manuseiem diferentes materiais, perceber marcas,
gestos e texturas;
Explorar o espaço físico;
Trabalhar com estruturas tridimensionais através da colagem, montagem,
justaposição de sucatas previamente selecionadas, limpas e organizadas,
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provenientes de embalagens diversas, elementos da natureza, tecidos, entre
outros;
Oferecer suportes variados de diferentes tamanhos, formas e texturas nas
atividades de desenho e pintura;
Apresentar atividades variadas em que trabalhem uma mesma informação de
diferentes formas;
Trabalhar com as crianças os cuidados necessários com o próprio corpo e com
o corpo dos outros, principalmente com os olhos, boca, nariz e pele, durante o
manuseio de diferentes materiais e recursos;
Não utilizar materiais tóxicos, cortantes ou aqueles que apresentem a
possibilidade de machucar ou provocar algum dano à saúde das crianças;
Organizar os diversos materiais para uso da criança em suas produções de
modo que estejam de fácil acesso;
Possibilitar o contato, uso e exploração de materiais como caixas, latinhas,
diferentes pincéis, papelões, copos plásticos, embalagens de produtos,
pedaços de pano, etc.;
Propor às crianças que façam desenhos a partir da observação das mais
diversas situações, cenas, pessoas, objetos, obras de arte, etc.;
As criações tridimensionais devem ser feitas em etapas, pois exigem diversas
ações como: guardar e reorganizar o espaço, colagem, pintura, montagem e
apreciação;
Ajudar cada criança na percepção de seu processo evolutivo e do desenrolar
das etapas de trabalho. Essa é uma tarefa que a professora poderá realizar
junto ao grupo;
A exposição dos trabalhos realizados é uma forma de propiciar a apreciação e
valorização destes, e ficarão em varais colocados no ateliê;
Enriquecer o espaço com a exposição de obras de arte de diferentes artistas
ou daqueles que fazem parte dos projetos estudados pelas turmas;
Disponibilizar quebra cabeças de reproduções de obras para manuseio das
crianças neste espaço;
Os horários de utilização do ateliê constam da rotina e ocorrerão uma vez por
semana.
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Quadra
A utilização da quadra está disponibilizada a todas as crianças e professoras no
quadro de rotina de tempos e espaços.
Objetivos
Participar de atividades que trabalhem o corpo em movimento;
Explorar diversos materiais, conhecendo as possibilidades que oferecem;
Participar de ações que envolvam a exploração de movimentos de diferentes
qualidades expressivas e rítmicas.
Conteúdos
Exploração de jogos e brincadeiras;
Conhecimento do corpo, identificando limites e habilidades;
Exploração dos movimentos.
Orientações didáticas
Ao propor a atividade na quadra, a professora deve ter um planejamento do
que será trabalhado, organizando os materiais e recursos que serão utilizados;
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Propor jogos, brincadeiras envolvendo a interação, a imitação e o
reconhecimento do corpo;
Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer,
escorregar, pendurar-se movimentar-se, dançar, etc., para ampliar
gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento durante
a exploração do espaço e dos materiais utilizados;
Organizar e explorar circuitos com materiais de uso da quadra, seguindo uma
proposta de sequência de desafios a serem vencidos durante a atividade. Esta
atividade também pode ser estendida, em sua organização, para o espaço do
gramado, utilizando cordas presas às árvores como desafio;
Utilizar bolas, cordas, bambolês, etc. propondo atividades de jogos e
brincadeiras que envolvam a exploração destes materiais;
Propor atividades de brincadeira de roda, ampliando as possibilidades
estéticas do movimento;
Propor a participação em jogos de regras, oportunizando as primeiras
situações competitivas e cooperativas;
Incluir a atividade na quadra na rotina da classe, sistematizando seu uso, frente
a objetivos propostos.
Refeitório
Self-service
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Em 2014, fizemos um trabalho formativo com toda a equipe escolar visando o
momento da alimentação como uma etapa da rotina a ser considerada como condição
de estabelecermos a relação entre os princípios Cuidar e Educar. Nossas discussões
permearam o reconhecimento deste momento como espaço para aprendizagens das
crianças implicadas na ação de todos os adultos ao serem “cuidadas” e orientadas
quanto às escolhas dos alimentos, ao porcionamento das quantidades, bem como na
forma de se servir e de manusear a própria refeição.
A alimentação escolar oferecida a todas as crianças atendidas na Escola é
composta por:
Período da Manhã: Colação e lanche;
Período da Tarde: Colação e lanche;
Creche - Período Integral: Colação, hidratação, almoço, lanche e jantar.
A partir de 2017, por orientação da Secretaria de Educação, o cardápio das
refeições diárias foi alterado para parte das crianças atendidas nesta unidade. Ou seja,
aos alunos matriculados em período parcial o cardápio oferece a colação (bebida láctea,
fruta, bolacha ou bolinho), que é servida no refeitório por adesão das crianças que
querem e que vem sozinhas para este momento e durante o dia as turmas tem seu
horário estabelecido para vir com a professora e recebem o lanche (quente ou frio) e
uma bebida. Estes alimentos são oferecidos nas mesas do refeitório, onde as crianças
compartilham os mesmos e servem-se a partir dos procedimentos orientados e
supervisionados pelos adultos.
Em ambos os casos compreendemos que a criança é capaz de vivenciar a prática
de servirem-se no sistema de self-service. Desse modo as crianças aprendem com a
ajuda das professoras e demais adultos a consumir a quantidade de alimento desejada
e a escolher o que deseja comer.
Por fim, compreendemos que este momento diário de refeição é mais uma etapa
da rotina onde crianças interagem entre si e, também, com os demais adultos da escola,
conversando, alimentando-se e aprendendo a conviver a partir de uma prática social.
Objetivos
Oferecer oportunidades para que a criança possa servir-se;
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Trabalhar as competências de “pinçar” os alimentos, manipular objetos, quantificar
quantidades, estabelecer peso, usar talheres, mastigar e saborear os alimentos;
Aprender a evitar desperdício;
Estabelecer vínculos com os colegas;
Desenvolver hábitos de higiene pessoal e cuidados com a saúde;
Reconhecer a importância dos alimentos para a saúde;
Ter contato e conhecer o uso adequado dos talheres.
Conteúdos
Desenvolvimento de hábitos de higiene pessoal e alimentar;
Importância do ato de comer para a saúde;
Exploração dos nutrientes de cada alimento oferecido na merenda;
Importância de dosar os alimentos e líquidos, evitando o desperdício;
Desenvolvimento da autonomia no momento de servir-se;
Noções de bom relacionamento com os colegas.
Orientação didática
Ler diariamente o cardápio do dia.
Trabalhar com as crianças os diferentes combinados para o momento da refeição;
Assegurar a beleza, o aconchego e a harmonia na mesa;
Construir gradativamente com as crianças o significado do ato de comer, ressaltando
sempre a importância da qualidade dos alimentos e a necessidade de ingerir apenas
o necessário;
Pesquisar com as crianças sobre a necessidade de ingerir todos os tipos de
alimentos, evitando que deixem de comer legumes e verduras, para que, ao escolher,
ela saiba qual a importância dos alimentos que coloca em seu prato;
Observar diariamente se a criança controla a quantidade de alimento e líquido a ser
ingerido, intervindo diretamente quando houver desperdício, orientando o aluno sobre
a quantidade a ser colocada por ele;
Evitar que elas comam em mesas fórmicas, sem toalhas, frias, impessoais,
empobrecidas, típicas de ambientes coletivos. Procurando sempre manter o refeitório
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121
num ambiente limpo, decorado a fim de que as refeições fiquem mais divertidas e
prazerosas.
Proposta permanente
Atividade diversificada
“O que mudou foi a minha forma de pensar a “diversificada”, (pois)
passei a refletir mais sobre o momento propriamente. Como intervir
durante a diversificada, o que provocar com as escolhas e
principalmente na minha interação com as crianças nesse
momento.” (Profª Cristiane Moro – Auto Avaliação 2016)
A atividade diversificada, ou propostas diversificadas, foi objeto de estudo na
formação de 2016, onde procuramos elucidar a concepção sobre a importância desta
organização em relação ao planejamento do professor e as experiências oportunizadas
às crianças a partir dessa estratégia metodológica.
Acolher os alunos com uma dinâmica menos dirigida e que favorecesse a não
existência de tempo ocioso por parte das crianças foram as justificativas que sempre
sustentaram tal prática em nossa escola, mas que após as discussões realizadas
reconhecemos que a proposta diversificada não consiste em uma etapa fixa da rotina
diária, normalmente estabelecida no início da aula como estratégia de acolhida dos
alunos, devendo ser compreendida como um recurso ao planejamento do professor,
possível a qualquer momento e espaço da dinâmica diária.
Ao revisitarmos a concepção que temos sobre a atividade ou proposta
diversificada, reafirmamos e ampliamos os objetivos abaixo:
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122
Objetivos
Proporcionar à criança o exercício da autonomia ao possibilitar a escolha de
propostas e recursos.
Proporcionar relações de vínculo e parcerias com o outro;
Possibilitar à criança revisitar conteúdos de aprendizagem tratados no
encaminhamento coletivo favorecendo a construção de conhecimento.
Oportunizar experiências de aprendizagem através de diferentes linguagens.
As orientações apresentadas a seguir foram reafirmadas em nossas discussões
e destacadas como condição para evidenciar a intencionalidade presente nesta
organização.
Orientações para a realização da proposta
Ao apresentarmos a proposta pela primeira vez, explicamos a dinâmica de
desenvolvimento dos trabalhos e a possibilidade de escolha de cada um. Pode acontecer
que muitas crianças prefiram uma determinada atividade e assim, falte cadeira na mesa
para todos. Nesse caso, intervimos propondo um acerto entre as crianças e a
possibilidade de trocarem de mesa num outro momento ou num outro dia, até mesmo
realizando inscrição antecipada para os cantos “disputados” pelas crianças.
“[...] em meu semanário será modificado na medida em que não
mais descrever os materiais que foram pegos, mas apontar quais
estratégias (propostas) serão utilizadas ou oferecidas no momento.
(Profª Francisca – Auto Avaliação 2016).
Para que a proposta tenha sucesso, ficamos atentas para que todos os cantos
apresentem atividades significativas para as crianças, selecionando previamente os
materiais para a atividade, deixando-os acessíveis para a organização. Em relação aos
materiais e sua correspondência às propostas um destaque que pode ser feito a partir
das discussões formativas, refere-se à diferenciação entre propostas e recursos, muitas
vezes revelados como o mesmo na apresentação do planejamento semanal. Diferenciar
materiais e recursos da real proposta de atividade é condição fundamental para se
localizar a intencionalidade, ou o objetivo deste encaminhamento, a favor da experiência
que se oportuniza às crianças ou à aprendizagem que se pretende favorecer. Por isso,
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123
ao organizarmos os cantos com diferentes propostas, buscamos ter claros os objetivos
que desejamos atingir e os conteúdos/ aprendizagens que estão envolvidos em cada
atividade.
Buscamos sempre privilegiar a oportunidade de escolha pela criança, evitando
direcionar as decisões. Se isto acontecer, que seja realizado em forma de sugestão pela
professora, com base na observação das características individuais das crianças, ou
ainda na leitura da necessidade apresentada de aprofundamento observada sobre elas.
Nossas sugestões se dão de forma a privilegiar a “constância” e a “diversidade” ao
observarmos as preferências das crianças. Por exemplo, algumas crianças precisam ser
incentivadas a diversificarem suas escolhas, para que ampliem suas potencialidades em
relação a determinados conteúdos e até mesmo para que se autorizem a enfrentar outros
desafios. Outras crianças precisam ser incentivadas a repetirem determinadas
propostas, porque são por demais ansiosas, abandonando os desafios na metade do
caminho, o que dificulta seu processo de aprendizagem.
Algumas observações importantes sobre a classe podem ser feitas nesse
momento: envolvimento na atividade, preferências individuais, lideranças, interações,
escolha dos parceiros, atitudes de cooperação/ competição, estratégias de registros,
hipóteses das crianças em relação a diversos conteúdos, exploração e uso dos materiais,
tomadas de decisão, resolução de problemas.
Aproveitamos este rico momento, no qual as crianças estão organizadas de
acordo com suas preferências e interesses, para realizarmos intervenções mais
personalizadas e pontuais junto aos diferentes grupos e crianças individualmente, de
acordo com os desafios específicos propostos em cada canto, o que não significa
privilegiar um grupo ou criança, mas proceder de forma a contemplar intervenções
específicas para cada situação proposta, de acordo com os objetivos que se pretende
alcançar.
Também faz-se necessário observarmos os cantos que provocam maior interesse
das crianças para apresentá-los com mais frequência ou para incrementar os desafios.
Por exemplo, se o canto da leitura é muito procurado, diversificar cada vez mais os
portadores e os gêneros. Se as crianças gostam muito de jogos de percurso, trazemos
jogos com desafios gradativamente mais difíceis.
Quando optamos por ensinar um jogo novo num dos cantos, damos atenção
especial para essa mesa, garantindo para as demais mesas atividades já conhecida
pelas crianças de forma a possibilitar a ação mais autônoma por parte delas. Este tipo
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de proposta também aparece como uma possibilidade de adequação da atividade
diversificada, mas que ao ser usada, observamos alguns cuidados: não dá para garantir
que todos passem pela mesa do jogo num mesmo período se o que pretendemos é
garantir a possibilidade de escolha por parte delas. Mas é possível reapresentar a
mesma proposta e outros momentos de forma a favorecer a participação das crianças
em determinada atividade e desafio.
Ao organizarmos “kits” com objetos para a brincadeira simbólica, por exemplo,
médico, cabeleireiro, banco, restaurante, casinha, etc., evitamos que sejam guardados
em caixas erradas, porque na prática social real, os objetos do médico não ficam na
cozinha do restaurante e o secador não aparece no caixa do banco. Esse cuidado se
refere à manutenção e organização dos brinquedos nas caixas. Porém no momento da
brincadeira, esses materiais podem se misturar, compondo o enredo das demais
propostas e assumindo outras representações na brincadeira.
Organizamos ainda, um canto que seja alvo de uma observação avaliativa do
trabalho realizado em outros momentos da rotina, por exemplo, no canto de leitura
podemos introduzir os livros já lidos na hora da história e observarmos como as crianças
se utilizam dos mesmos: se reconhece a história, se contam para o colega, se fazem a
leitura de imagens (texto-contexto), se acompanham a escrita buscando indícios para
leitura do código, se procedem como narrador e personagem (tom de voz utilizado e
interpretações realizadas), etc.
Proposta de roda de conversa
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As rodas de conversa ocorrem na rotina diariamente e buscamos sempre ter claro
o objetivo da roda de conversa daquele dia.
Organizamos o espaço, adequando-o para a realização da atividade (crianças
dispostas em círculo).
Temos um olhar atento para as crianças caladas, aparentemente desatentas, já
que as mesmas podem estar atentas, interagindo na conversa através da escuta ativa.
Assim, devemos observar alunos que pouco se expressam , procurando valorizar suas
falas através de intervenções que os insiram na conversa, retomando sua fala de outros
momentos, atribuindo-lhe alguma responsabilidade (Ex.: trazer uma notícia, fazer um
reconto, etc.).
Ao coordenar a roda, temos o cuidado para não produzir monólogos,
principalmente de nossa parte. Falas em coro ou revezamento sequencial na roda não
são boas para que as crianças falem, pois estes movimentos artificializam o conversar
em grupo e centralizarmos a conversa. Devemos deixar que as falas surjam da criança
nos momentos em que fazem sentido para as mesmas. Temos que fazer deste, um
momento prazeroso e significativo para todo o grupo. Sabemos que nossa postura,
nosso “olhar” para a criança, diz muito mais do que sua fala, ou seja, as crianças captam
quando dizemos uma coisa e o seu olhar, seu corpo diz outra. Portanto, procuramos
estar inteiros neste momento, pois o prazer é sentido, e não dito.
Não devemos fazer deste espaço de conversa um momento de se trabalhar com
“lições de moral”. Isto desmotiva a conversar, além de não ser produtivo em termos de
construção de valores pela criança.
Buscamos realizar intervenções cuidadosas, de forma a não tolher a liberdade
expressiva das crianças, ou seja, não ignoramos algumas falas, procurando
compreender os “regionalismos” e mesmo algumas expressões tidas como “pouco
adequadas”, entendendo que estas fazem parte do repertório da criança. Quando nos
deparamos com chamado “palavrão”, procuramos não nos espantarmos diante dele, não
o reforçando através de risadas, pois isto estimula a continuidade de seu uso.
Solicitamos à criança diga a mesma coisa de um jeito diferente, ou complementamos a
ideia trazendo outro modelo de fala para aquela expressão, sem, contudo dar muito
destaque ao que foi dito.
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Estamos atentos para o fato de que as falas das crianças não devem ser somente
dirigidas a nós e sim ao grupo e que, em alguns momentos, podem existir comentários
entre as crianças, vinculados direta ou indiretamente ao assunto tratado.
Proposta de hora de história/ leitura
Através deste momento, buscamos promover a participação e envolvimento das
crianças, demonstrado através do interesse e gosto pela leitura, colocando as crianças
na postura de leitores, pois, embora ainda não saibam ler formalmente, eles são leitores
na medida em que interpretam a história que o adulto lhes conta e que se utilizam do
comportamento leitor para tanto. Quando as crianças descobrem o mundo encantador
do livro, vão construindo essa atitude atenta.
Procuramos favorecer o silencio durante a roda de história e a não interrupção da
mesma Para que isto ocorra temos como sugestão colocar uma placa na porta: “HORA
DA HISTÓRIA”, “MOMENTO DA LEITURA”, “NÃO INTERROMPA: ESTAMOS
OUVINDO HISTÓRIA”, que é construída e elaborada com a participação dos alunos,
além do combinado com todos os funcionários da escola no sentido de respeitar este
momento não solicitando a professora ou as crianças da classe.
Uma vez que o clima propício para a leitura da história foi criado e que as crianças
estejam dispostas a ouvi-la, começamos a ler. Procuramos conhecer a história e realizar
uma leitura adequada ao tipo de texto e ao grupo de crianças que está ouvindo. Podemos
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ler uma história completa (para isso selecionamos uma que possa ler no tempo que
dispomos), lê-la em duas partes ou em capítulos. Caso seja longa, interrompemos a
leitura no momento de maior suspense, usando a interrupção como estratégia para criar
nos alunos o desejo de continuar.
Informarmos as crianças do por que da escolha do livro e mostramos outros dados
que consideramos pertinentes para contextualizar a leitura, não necessariamente antes
do início da mesma, mas no momento que for oportuno, se houver interesse da criança
e lhes for assimilável. Procuramos falar com as crianças sobre o autor e ilustrador do
livro, para que saibam que quem escreve ou ilustra é alguém tão comum quanto eles.
Após a leitura, colocamos o livro à disposição das crianças para que possam
folheá-lo e deter-se naquilo que lhes chame mais atenção.
Há várias opções para a maneira de lermos o texto: ler o texto todo e mostrar as
gravuras no final, ler somente o texto, sem ilustração ou, ler e mostrar as figuras
simultaneamente.
Achamos importante diversificarmos os recursos para contar histórias: usar
fantoches, slides, gravuras, teatro de sombras, flanelógrafo, etc. Contar e ler histórias
são dois momentos diferentes e fundamentais. Contar historias lhe permite criar e
escolher as palavras; ao lermos, somos fiéis ao texto, o que permite a diferenciação por
parte das crianças destas duas modalidades de apresentar as histórias. Contando ou
lendo é necessário que haja expressividade, enriquecendo através da entonação,
criando um clima para a história, fazendo sonorizações, destacando as falas dos
personagens, e a história. A leitura, ao mesmo tempo em que perde na criatividade de
quem conta ganha ao desvelar o texto literário. Já o contar, permite-lhe maior
expressividade.
Procuramos recontar as histórias preferidas das crianças, solicitando às mesmas
que o façam em alguns momentos, utilizando o próprio livro ou recursos como fantoches,
por exemplo. Podemos nos deter em algum momento, em algum trecho lido, para
fazermos com que as crianças notem a beleza de uma expressão; imaginem-se num
outro lugar ou situação, partindo do que o autor descreve.
Terminada a leitura, proporcionamos momentos de troca de comentários com as
crianças para que possam mostrar seu entendimento ou gosto pela mesma, da mesma
forma que o leitor adulto comenta suas leituras, por exemplo: quem gostou? De que
parte? De que personagens mais gostaram? O que acharam do final da história? Quem
daria outro final para a história?
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Ao lermos, procuramos garantir uma entonação de voz diferenciada para cada
personagem, para que as crianças atentem às mudanças de interlocutores da história,
dando-lhes vida e proporcionando-lhes um melhor entendimento do conteúdo.
Na sala de aula, temos livros à disposição das crianças em lugares acessíveis.
Podemos ainda convidar outras pessoas para contarem histórias para as crianças.
Caso tenhamos conhecimento de algum familiar de aluno ou alguém da comunidade que
goste de contar histórias, poderemos convidá-lo. Pode acontecer, por vezes, um
intercâmbio com os próprios professores de nossa escola (uma conta história na sala de
aula do outro).
Propomos às crianças criarem personagens da história com sucatas ou fantoches,
estimulando a imaginação. Para isso, utilizamos objetos disponíveis na classe.
Temos claro que, ao lermos histórias para os alunos, devemos ter o objetivo não
só de informar as crianças sobre a linguagem que se escreve, mas também de incentivá-
las a ter uma relação prazerosa e criativa com o texto escrito.
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3.1. Rotina de tempos e espaços de uso coletivo
ORGANIZAÇÃO DA ROTINA DIÁRIA – PERÍODO DA MANHÃ
TURMA COLAÇÃO
SALA DE AULA LANCHE/ HIDRATAÇÃO ALMOÇO
PARQUE
BIBLIOTECA (2ª tarde – limpeza e
organização do espaço)
ATELIÊ (6ª tarde – limpeza e
organização do espaço)
QUADRA (2ª manhã – limpeza e
organização do espaço)
Infantil II A 08h30 às 8h50
7h30 às 8h30 10h às 10h40
11h30 às 14h30 16h00 às 17h30
09h50
10h55 às
11h15 09h20 às 09h50
2ª F
1º HORÁRIO
Momento de uso definido
junto ao planejamento
5ª F.
1ª HORÁRIO
Infantil II B 08h30 às 8h50
7h30 às 8h30 10h às 10h40
11h40 às 14h30 16h às 17h30
11h05 às
11h25
5ª F. 2º HORÁRIO
4ªF. 2º HORÁRIO
Débora Infantil III A
8h10 (dia de leite, bolacha
e bolinho)
Frutas: será dado em sala pela professora
8h às 9h20
e 10h30 às 12h
9h20 às 09h40
*****
9h55 às 10h25
2ª F. 2º HORÁRIO
4ª F.
1º HORÁRIO
Ederli Infantil III B *****
3ª F.
2º HORÁRIO
6ª F.
2º HORÁRIO
Camila Infantil IV A
8h às 9h50 e 11h05 às 12h
09h50 às 10:10
*****
10h30 às 11h00
4ª F 1º HORÁRIO
3ª F.
2º HORÁRIO
Michele Infantil IV B *****
6ª F. 1ª HORÁRIO
5ª F.
2º HORÁRIO
Francisca Infantil V A
08:00 às 10:00
e 11:40 às 12:00
10:20 às 10:40
*****
11:05 às 11:35
3ª F
1º HORÁRIO
6ª F.
1º HORÁRIO
Fernanda Infantil V B *****
5ª F. 1º HORÁRIO
3ª F.
1º HORÁRIO
ATELIÊ, BIBLIOTECA E QUADRA: OS DIAS DE USO SERÃO DEFINIDOS PELA PROFESSORA, OBSERVANDO OS DIAS EM QUE OS ESPAÇOS SERÃO FECHADOS PARA LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO.
ESTES ESPAÇOS DEVERÃO SER UTILIZADOS CORRESPONDENDO AOS HORÁRIOS DE SALA.
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ORGANIZAÇÃO DA ROTINA DIÁRIA – PERÍODO DA TARDE
TURMA SALA DE AULA
COLAÇÃO
LANCHE/
HIDRATAÇÃO
JANTAR PARQUE
BIBLIOTECA (2ª tarde – limpeza e
organização do espaço)
ATELIÊ (6ª tarde – limpeza e
organização do espaço)
QUADRA (2ª manhã – limpeza e
organização do espaço)
M. Iraneide Infantil III C 13h às 13h50
E 15h às 17h
13h15 (dia de leite, bolacha e bolinho)
Frutas: será dado em sala
pela professora
14h30 às 14h50
*****
15h30 às 16h
4ª F 2º HORÁRIO
Momento de uso definido junto ao
planejamento
6ª F 2º HORÁRIO
Patricia R. Infantil III D
***** 3ª F
2º HORÁRIO 5ª F
2º HORÁRIO
Mª Eliana
Infantil IV C 13h às 14h10
E 15h30 às 17h
15h às 15h20
*****
14h20 às 14h50
5ª F 2º HORÁRIO
4ª F 2º HORÁRIO
Rosiane
Infantil IV D
*****
4ª F 1º HORÁRIO
3ª F 2º HORÁRIO
Cristiane
Infantil V C
13h às 15h30 E
16h30 às 17h
15h30 às 15h50
***** 16h05 às 16h35
3ª F 1º HORÁRIO
5ª F 1º HORÁRIO
Patrícia F. Infantil V D
***** 5ª F 1º HORÁRIO
3ª F 1º HORÁRIO
Infantil II A Infantil II B
Indicado no quadro da manhã
14h 16h às 16h20 Após o despertar (15h às 15h30)
6ª F
2ªF
ATELIÊ, BIBLIOTECA E QUADRA: OS DIAS DE USO SERÃO DEFINIDOS PELA PROFESSORA, OBSERVANDO OS DIAS EM QUE OS ESPAÇOS SERÃO FECHADOS PARA LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO.
ESTES ESPAÇOS DEVERÃO SER UTILIZADOS CORRESPONDENDO AOS HORÁRIOS DE SALA.
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3.2. Atividade extraclasse e estudo do meio
A atividade extraclasse e estudo do meio em nossa escola têm como objetivo
o cumprimento de mais uma etapa do projeto didático da escola.
Entendemos que a escola é um dos espaços que socializa o conhecimento
sistematizado na sociedade e que há uma infinidade de outros locais onde o
conhecimento também é socializado. Para tanto entendemos os passeios como
possibilidade de ampliar o horizonte cultural de nossos alunos e nossas alunas.
A impossibilidade de a criança participar das atividades extraclasses somente
ocorrerá na falta de autorização dos pais. Cumprimos rigorosamente a orientação da
SE, quanto à gratuidade dos passeios, preservando o direito de participação de todos.
Para que isso não aconteça, a autorização é colada na agenda de cada criança
com vários dias de antecedência que deverá ser assinada pelos familiares.
Será permitida a participação nos passeios apenas de funcionários de apoio e
mães previamente convidadas.
Em avaliação realizada em 2016 foi sugerido pelos professores a possibilidade
de se fazer uma lista de indicações de lugares para estudo do meio com os alunos
onde os educadores, por meio dessas sugestões, possam ampliar as opções e
localizar dentre as mesmas a que melhor acrescente no trabalho desenvolvido ao
longo do ano. Esta lista será encaminhada junto a equipe e atualizada ano a ano, de
acordo com a avaliação da mesma.
Para o presente ano, ficou definido 1 (uma) saída para estudo do meio,
considerando a relação entre tempo hábil e pertinência ao trabalho desenvolvido por
meio do planejamento dos projetos didáticos. Outro motivo pelo qual tomamos tal
decisão é a diminuição de 30% dos recursos destinados à escola para 2017.
Os estudos do meio são específicos ao foco de interesse de cada turma e
poderão acontecer ao longo dos semestres. Além de uma saída para fins de estudo
do meio, pretendemos oportunizar uma atividade cultural para as crianças e familiares,
através da contratação de uma peça de teatro, ação essa bem avaliada no ano
anterior. Assim, garantimos o princípio pedagógico de favorecer a construção do
conhecimento e a ampliação cultural por meio de ações extraclasses.
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4. ROTINA DA EQUIPE GESTORA
A rotina da equipe gestora está assim organizada:
Diretora / Professora respondendo pela direção
Rotina diária Rotina semanal
Entre as atividades da rotina diária da diretora podemos elencar: Acompanhamento de entrada ou saída,
de acordo com a flexibilidade da equipe gestora.
Observação do espaço escolar, sua organização, condições de limpeza e necessidades de manutenção;
Ler os informativos e redes vindos da Secretaria de Educação e socializá-los com a equipe da escola;
Atendimento a famílias pessoalmente ou por telefone;
Atendimento às demandas administrativas em parceria com a vice-diretora e Oficial de Escola;
Estabelecimentos de contatos telefônicos com a Secretaria de Educação, Equipe Técnica, outras Unidades escolares, Conselho Tutelar, etc.;
Realização de encontros individuais com professores e demais funcionários sistematizados ou sempre que houver necessidade de intervenção formativa;
Acompanhamento da utilização dos espaços da escola por parte das turmas, avaliando suas necessidades;
Registros escritos ou fotográficos sobre o cotidiano escolar, que proporcionarão encaminhamentos para ações tomadas a partir do observado.
A rotina semanal está assim organizada:
Leitura dos registros dos professores, em parceria com o coordenador;
Organização dos momentos de formação da equipe escolar;
Reuniões com chefias;
Encontros de formação dos profissionais da escola individuais e coletivos;
Encontros com a equipe técnica na escola ou setorizada;
Encontro com a Orientadora Pedagógica;
Acompanhamento do trabalho referente à inclusão;
Agendamento com familiares para tratar de assuntos referentes às crianças;
Envio de solicitações de reparos e manutenção;
Controle de folha de frequência e presença dos funcionários;
Compra de materiais pedagógicos e de manutenção;
Organização do trabalho da APM em parceria com a vice-diretora;
Idas ao Banco para questões relacionadas à APM;
Registro das ocorrências referentes a crianças e famílias em livro próprio;
Verificação da caderneta de chamada;
Efetivação das parcerias com os serviços públicos do Município existente no Bairro: Biblioteca Machado de Assis e UBS;
Ida à Biblioteca Machado de Assis com as crianças, acompanhando-as no trajeto e durante as atividades desenvolvidas.
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Professora respondendo pela vice direção
Rotina diária Rotina semanal
Acompanhamento de entrada ou saída, de acordo com a flexibilidade da equipe gestora.
Observação do espaço escolar, sua organização, condições e necessidades de manutenção;
Encaminhamento da demanda administrativa em parceria com o oficial e diretora;
Organização do material de uso das professoras (listagens, cadernetas de chamada, bilhetes, etc.);
Organização e distribuição do material pedagógico às professoras;
Estabelecimentos de contatos telefônicos com a Secretaria de Educação, Equipe Técnica, outras Unidades escolares, Conselho Tutelar, etc.
Organização e documentação das ações da APM e Conselho de escola;
Atendimento às necessidades das crianças e das professoras;
Participação de reuniões com chefia; Atendimento às famílias; Elaboração de bilhetes para as famílias; Escrita no livro de comunicados; Participação nos encontros de formação; Realização de orçamentos para compra de
materiais pedagógicos e de manutenção, passeios, compra de equipamentos;
Organização dos encontros de Conselho de escola e APM, em parceria com a diretora;
Organização do mural da escola, com atividades das crianças, imagens ou fotos para apreciação da comunidade;
Registro das ocorrências referentes a crianças e famílias em livro próprio;
Ida à Biblioteca Machado de Assis com as crianças, acompanhando-as no trajeto e durante as atividades desenvolvidas.
Coordenadora Pedagógica
Rotina diária Rotina semanal
Entre as atividades da rotina diária da coordenadora, podemos elencar: Acompanhamento de entrada ou saída,
de acordo com a flexibilidade da equipe gestora.
Participação dos encontros com as equipes de educação especial, orientadora pedagógica, professores e de gestão da escola;
Planejamento de ações implicadas no acompanhamento pedagógico;
Envolver a equipe docente na elaboração do projeto político pedagógico, bem como no planejamento e execução de suas ações, articulados a Proposta Curricular e Metas da Secretaria. Elaborar estratégias formativas destinadas às professoras de acordo com as necessidades observadas:
Acompanhar os registros das professoras, fazendo a leitura e devolutivas por escrito, que remetam à reflexão sobre a prática pedagógica;
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Conversas com as professoras com horários previamente marcados;
Acompanhar a execução de atividades de aprendizagem em sala;
Acompanhar os alunos em momentos da rotina como parque, escovação e brincadeiras;
Escrita das conversas com as professoras;
Conversas com pais ou responsáveis para orientação e esclarecimentos de fatos que envolvem seus filhos;
Participação nas reuniões de conselho e APM todas primeiras terças-feiras do mês;
Elaboração e execução do plano de formação dos professores e demais membros da comunidade escolar juntamente com a equipe gestora;
Subsidiar as professoras com materiais didáticos pedagógicos que venham a contribuir na formação dos alunos;
Verificar diariamente as condições de trabalho das professoras, oferecendo apoio.
Registros dos observáveis em sala Escrita de devolutivas após leitura dos registros;
Realizar encontros individuais, a partir do acompanhamento das leituras de registro, observações de práticas em sala de aula e necessidades formativas observadas;
Refletir junto à equipe docente sobre os objetivos específicos para cada faixa etária, embasados nos conteúdos do PPP;
Planejamento dos HTPC e R. Pedagógica (quando houver);
Coordenar as ações pedagógicas junto à equipe escolar nos momentos de HTPC, HTP e Reuniões Pedagógicas, considerando o plano de formação da unidade;
Acompanhar e orientar os Projetos Didáticos das professoras, refletindo e avaliando suas etapas e objetivos durante sua realização;
Subsidiar a equipe docente quanto à seleção e organização dos estudos do meio;
Acompanhar e subsidiar as ações referentes à aprendizagem das crianças, bem como daquelas com necessidades específicas, realizando caminhamentos no âmbito da escola e junto à EOT e Orientadora pedagógica;
Apropriar-se do PPP da escola na medida em que se torna parceira nas ações pedagógicas que envolvem o uso dos espaços.
5. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS
5.1. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Na Educação Infantil a avaliação do processo de aprendizagem dos alunos se
dá através de observações individuais e por meio dos registros dos professores sobre
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as observações realizadas. Essas informações são conteúdos para a elaboração de
relatórios de aprendizagens individuais semestrais, complementadas pelos portfólios
que exemplificam o processo de aprendizagem vivido pelas crianças. São,
igualmente, elementos de reflexão que possibilitam também o replanejamento das
ações.
Além disso, os relatórios são entregues e compartilhados com os familiares na
última reunião do semestre e fazem parte da história da criança na escola, contando
sobre o trabalho desenvolvido pelas turmas, o processo de construção de
aprendizagem das crianças, seus avanços e desafios que demandaram investimentos
por parte dos professores.
Especificamente sobre o portfólio, este é um instrumento avaliativo
complementar aos relatórios semestrais, podendo ser composto por atividades, fotos,
registros de falas das crianças e educadoras, retratando todo o percurso de
aprendizagem, as intervenções e os encaminhamentos efetivados para o avanço das
crianças.
Ao final do ano, relatórios e portfólios são encaminhados às escolas de ensino
fundamental (no caso das turmas do Infantil V) e para as professoras do ano seguinte
daqueles que aqui permanecerem e para outras unidades e para aqueles que daqui
se transferirem.
6. INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS
6.1. ACOMPANHAMENTOS DOS INSTRUMENTOS
METODOLÓGICOS
Planejamento
Este é um momento reivindicado pelo grupo, garantindo a troca de saberes,
socialização de projetos e atividades que serão trabalhadas pelas turmas, mediante
as possibilidades de cada uma. Ocorrem em momentos de HTPC no mês. Nestes
momentos, há sempre a presença do trio gestor junto aos grupos, que serão divididos
pela faixa etária das turmas, acompanhando o processo e intervindo sempre que
houver necessidade junto às práticas das professoras. É um momento muito rico para
a construção do grupo, onde todas têm a oportunidade, ainda que enquanto parceiras
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de turmas, de intervir nos conhecimentos, trocando e aprimorando o fazer pedagógico
entre as educadoras desta unidade. Com a ampliação da carga de trabalho, temos o
momento de HTP em que as professoras também utilizam para planejamentos
individuais, em pares ou mesmo com o acompanhamento da coordenação, conforme
já mencionado neste documento.
Registro
Documento que conta a história do grupo, que fala das intervenções, dos
saberes construídos, das expectativas de aprendizagem, das posturas desejos e
anseios que cercam o fazer pedagógico na sala de aula, das conquistas e desafios
dos envolvidos no processo de ensinar e aprender. Para tal, necessita que o educador
sistematize sua elaboração a fim de que este instrumento metodológico possa
contribuir com a reflexão sobre a prática em sala de aula, subsidiando as ações a
serem planejadas a partir desta reflexão.
Também são focos de observação os conteúdos trabalhados, a organização
estrutural da aula, a intencionalidade nas atividades planejadas e o planejamento das
ações pensadas para o desenvolvimento do trabalho.
Observação
O ato de observar vai além do simples ato de olhar pelos olhos dos órgãos do
sentido. Observar exige reflexão, olhar através das entre linhas e assim com a
intencionalidade focada em observáveis. O olhar de um professor observador qualifica
a prática educativa na medida em que observe através de focos de observação: a
dinâmica de grupo, a coordenação, e a aprendizagem.
Através de sua leitura e acompanhamento dos instrumentos metodológicos, a
coordenadora tem a possibilidade identificar o processo de aprendizagem pelo qual
alunos e professores constroem seus saberes, identificando concepções, posturas,
interesses e dificuldades, que serão seu objeto de estudo e intervenção junto à prática
educativa. Tal acompanhamento será realizado através da leitura semanal da
coordenadora, com devolutiva por escrito ou nos encontros individuais e/ ou coletivos
de formação (Htps)
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7. AÇÕES SUPLEMENTARES
7.1. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
“O Atendimento Educacional Especializado, atendimento
complementar a escolarização, destina-se aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e/ou altas habilidades/ superdotação, desde a educação infantil à educação de jovens e adultos, cabendo ao professor de AEE: I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II – elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola; IV – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; V – ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, soroban, Braille, recursos ópticos e não ópticos, softwares específicos, códigos e linguagens, atividades de orientação e mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e participação; VI – estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares. VII – Elaborar Estudo de Caso, Plano de Atendimento Individualizado e Avaliação de Evolução do Aluno acompanhando, elaborando e fornecendo relatórios sempre que solicitado pela Equipe Escolar e Secretaria de Educação. VIII – Participar das reuniões de HTPC, Conselhos de Ciclo, e outros que forem discutir o aluno do AEE.” (Atendimento Educacional Especializado Instrumento Metodológicos do AEE – Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo Junho de 2012)
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Na nossa escola o atendimento do AEE fica a cargo da professora Cinira que
tem sua sede na EMEB Suzete Aparecida de Campos e continuará nos dando apoio
este ano.
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VII. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO
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REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Práticas Cotidianas na Educação Infantil –
Bases para reflexão sobre as orientações curriculares. Ministério da educação,
Brasília, 2009.
BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Ministério
da Educação, Brasília, 2010.
BRASIL, Parâmetros de qualidade para a Educação para a Educação Infantil
(vol. 1 e 2), Ministério da Educação, Brasília, 2008.
BRASIL, Práticas Pedagógicas para a igualdade racial na Ed. Infantil. SILVA,
Jr. Hédio. BENTO, Mª Aparecida Silva (org.). São Paulo: Centro de Estudos das
relações de Trabalho e Desigualdade – CEERT, 2001.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
CARVALHO, Silvia Pereira de, KLISYS, Adriana, AUGUSTO, Silvana. Bem
vindo mundo! Criança, cultura e formação de educadores. Editora Petrópolis, 2006.
FORMOSINHO, Oliveira Julia; KISHIMOTO, Morchida Tisuko; PINAZZA,
Appezzato Mônica. Pedagogias (s) da Infância dialogando com o passado construindo
o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Cortez, 1997.
GOBBI, Marcia Aparecida, Ver com olhos livres: Arte e educação na primeira
infância, in FARIA, A.L. O coletivo infantil em creches e pré-escolas. São Paulo, Ed.
Cortez, 2007.
Indicadores de Qualidade para a Educação Infantil e Diretrizes Curriculares
para Educação Infantil/ Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica –
Brasília: MEC/SEB, 2009
MELLO, Suely Amaral. A Educação das Crianças de 0 a 6 anos: regularidades
do desenvolvimento.
REGO, Teresa C. R. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação.
Petrópolis: Vozes, 1995
SÃO BERNARDO DO CAMPO, Proposta Curricular do Município de São
Bernardo do Campo, Volume II, Cadernos 1 e 2; Secretaria de educação e cultura.
Departamento de Ações Educacionais. Proposta Curricular:/SEC, 2007.
WAJSKOP, Gisela. Brincar Na Pré-escola. São Paulo: ABDR, 1997.
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VIII. ANEXOS
1. NOSSO PATRONO
A escolha do nome dado à nossa escola foi uma homenagem ao escritor e
jornalista Graciliano Ramos, nascido em Quebrangulo, Alagoas em 27 de outubro de
1892 e falecido em 20 de março de 1953, no Rio de Janeiro. É considerado um dos
maiores escritores brasileiros do século XX e proeminente representante do romance
da década de 30.
Primogênito de dezesseis filhos do casal Sebastião Ramos de Oliveira e Maria
Amélia Ramos, viveu os primeiros anos em diversas cidades do nordeste brasileiro.
Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou
um tempo trabalhando como jornalista. Volta para o nordeste em setembro de 1915,
fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste
mesmo ano casa-se com Maria Augusta Barros.
Foi eleito prefeito de Palmeiras dos Índios em 1927, tomando posse no ano
seguinte. Manteve-se no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930.
Segundo uma de suas autodescrições, “(...) Quando prefeito de uma cidade do interior
soltava os presos para construírem estradas. Os relatórios da Prefeitura que escreveu
nesse período chamaram a atenção de Augusto Schimidt, editor carioca que o animou
a publicar Caetes (1933). Entre 1933 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como
diretor da Imprensa Oficial e diretor da Instituição Pública do estado. Em 1934 havia
publicado São Bernardo e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi
preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas, após a Intentona
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Comunista de 1935. Com a ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego,
consegue publicar Angústia (1936), talvez sua melhor obra.
É libertado em janeiro de 1937. As experiências da cadeia, entretanto, ficaram
gravadas em uma obra publicada postumamente, Memórias do Cárcere (1953), relato
franco dos desmandos e incoerências da ditadura a que estava submetido o Brasil.
Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro,
como inspetor federal de ensino. Em 1945 ingressou no Partido Comunista Brasileiro
(PCB), de orientação soviética e sob o comando de Luís Carlos Prestes; nos anos
seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus, retratadas no livro Viagem
(1954). Ainda em 1945 publicou Infância, relato autobiográfico.
Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabaria
falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer no pulmão.
O estilo formal de escrita e a caracterização do eu constante conflito (até
mesmo violento) com o mundo, a opressão e a dor seria marcas de sua literatura.
2. DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA
A EMEB “GRACILIANO RAMOS” possui: 09 salas de aula; 01 quadra; 01
refeitório; 01 horta; 01 parque; 01 biblioteca; 01 diretoria/01 secretaria; 04 banheiros
para alunos; 02 banheiros para funcionários; 01 cozinha escolar; 01 sala de aula
adaptada para ateliê e 01 sala para funcionários.
Por ser uma escola com 49 anos de existência, é visível a necessidade de
vários reparos/manutenções por falta de uma reforma adequada e que atenda a
comunidade nos padrões de qualidade desejáveis.
Durante o Orçamento Participativo (OP) de 2014, após ações organizadas pelo
Conselho de Escola e APM, que mobilizaram a comunidade a comparecer na votação
das demandas do Riacho Grande para o orçamento do Município, a escola foi eleita
como uma das prioridades da região. Com esta conquista a escola será reformada e
acreditamos que a mesma terá as condições estruturais necessárias ao atendimento
de qualidade que todos queremos.
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Cleber, representante do Conselho de Escola da EMEB Graciliano Ramos no
OP/2014.
Ao começar o ano letivo de 2015, a comunidade escolar aguardava a esperada
reforma da escola, através dos órgãos colegiados Conselho de Escola e APM, alguns
representantes da Secretaria de Educação e da Secretaria de Planejamento, foram
convocados para uma reunião de esclarecimentos sobre o andamento das prioridades
do Orçamento Participativo. Nesta reunião, os representantes de ambas as
secretarias, informaram que a reforma da escola ainda aguarda por uma data prevista
para ser iniciada. Enquanto isso, o Consultor de Obras responsável por esta região
garantiu a execução de alguns reparos emergenciais no telhado e nas calhas da
escola, bem como a Subprefeitura outras ações paliativas, mas as questões ainda
permanecem.
Em 2016, a esperada reforma de nossa unidade escolar ainda não se efetivou,
mas os órgãos de participação: Conselho de Escola e APM se reuniram no início do
ano para retomar os andamentos desta questão e receberam a devolutiva dos
representantes da Secretaria de Planejamento que já existe uma empresa
responsável pela elaboração do projeto de ampliação e reforma da estrutura predial
de nossa unidade escolar.
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3. MATERIAIS PEDAGÓGICOS E EQUIPAMENTOS
Materiais pedagógicos: brinquedos de encaixe, jogos, brinquedos de
montar, materiais para brincadeira simbólica, materiais para exploração em
quadra, brinquedos de areia e parque, etc.;
02 Data shows para uso em reuniões e exibições de filmes para a
comunidade escolar;
Retroprojetor;
Mobiliário;
03 Televisores e 05 DVDs;
02 aparelhos de som de grande potência;
07 aparelhos de som portáteis;
02 computadores;
02 notebook;
02 linhas telefônicas;
01 máquina copiadora (locada);
01 impressora multifuncional;
01 impressora;
02 máquinas fotográficas digitais;
01 filmadora digital;
01 Pen drive;
01 MP4;
Livros e materiais didáticos.
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4. QUADRO GERAL DA UNIDADE ESCOLAR 2016 - EDUCAÇÃO INFANTIL
Diretora: Juliana Bizan Ferrari Matrícula: 35.547-4 Início na unidade escolar 01/02/2017
Horários 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Entrada 7h 7h 8h40 7h 10h
Almoço 12h as13h
12h as13h
12h as13h
12h as13h
Saída 17h 12h 18h40 15h 18h
HTPC 18h40as 21h40
Flexibilização x
Total de horas diário 9h 5h 12h 7h 7h
Professora respondendo pela vice direção: Erika Palma Matrícula: 30.825-7 e 34.400-1 Início na unidade escolar: 01/02/2013
Horários 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Entrada 9h 9h 12h40 as 21h40
9h 7h
Almoço 13h as 14h
13h as 14h
- 13h as 14h
13h as 14h
Saída 18h 18h 18h40 18h 16h
HTPC 18h40 as 21h40
Flexibilização x
Total de horas diário 8h 8h 8h 8h 8h
Coordenador Pedagógico: Gisele Elaine Lopes de Freitas Matrícula: 26.337-6 Início na unidade escolar: 30/01/2014
Horários 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Entrada 8h 7h 9h40 9h 7h
Almoço 12h as 13h
12h as 13h
12h as 13h
12h as 13h
Saída 17h 16h 18h40 18h 12h
HTPC 18h40 as 21h40
Flexibilização x
Total de horas diário 8h 7h 8h 8h 5h
Dia e horário da reunião da equipe gestora: toda 2ª feira de manhã
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Nº de oficiai(s) 01
Horário de funcionamento da
Secretaria: 7h as 18h
Nome: Wilton Fujinaga
Horário: das 8h30 as 17h30 e de quarta
das 7h30 as 16h30
Outros apoios administrativos (profº
readaptado, bolsista, inspetores, entre
outros) - Não temos em nossa Unidade
Escolar
H.T.P.C.
Nº de grupos: 01
Horários:
Quarta: das 18h40 as 21h40
AEE - Prof. / PAPP
Não temos em nossa Unidade Escolar
PAPP LAB
Não temos em nossa Unidade Escolar
Atendimento da Unidade Escolar
Turmas manhã 6 turmas
Turmas tarde 6 turmas
** Número de auxiliares de educação
(apoio na unidade escolar)
Nome: Armando Akiyoshi Matsuzaki
Horário: das 7h 30 as 17h
Professores substitutos lotados na
unidade escolar
Nome: Antonieta Leite do Nascimento
Costa
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Turmas Integral (creche) 2 turmas Nome: Neli Marques da Silva
Horário: das 7h30 as 17h
Nome: Silvana Ogalla Cali
Horário: das 7h 30 as 17h
Horário: das 13h as 18h
Estrutura Geral da Unidade Para EMEB de 4 e 5 anos Salas disponíveis: 8 salas de aula
Sala de vídeo: não
Biblioteca escolar: sim
Quadra: sim coberta ( x ) aberta ( )
Sala de Arte / Ateliê: sim
Sala dos funcionários: sim
Número de AUXILIARES de apoio à Inclusão: 01
Número de ESTAGIÁRIOS de apoio à Inclusão: 02
Nome: Vanilde Osmira Rodrigues
Horário: 8h as 17h
Nome: Evilene Moreira Marques da Silva
Horário: das 7h30 as 11h30
Nome: Rosana Aparecida Segatelli Costa
Horário: das 7h as 12h
Nome: Jaqueline Santos Dantas
Horário: das 12h as 18h
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