Profº Franklis Leal VANGUARDAS EUROPÉIAS. VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS - ISMOS - Vanguardas:...

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Profº Franklis Leal

VANGUARDAS EUROPÉIAS

VANGUARDAS ARTÍSTICAS VANGUARDAS ARTÍSTICAS

EUROPÉIASEUROPÉIAS

- “ISMOS” -- “ISMOS” -

VANGUARDAS ARTÍSTICAS VANGUARDAS ARTÍSTICAS

EUROPÉIASEUROPÉIAS

- “ISMOS” -- “ISMOS” -

Vanguardas: em termos artísticos, designa aqueles que

prevêem e anunciam o futuro, os novos tempos.

Vanguardas: em termos artísticos, designa aqueles que

prevêem e anunciam o futuro, os novos tempos.

Avant-garde (francês) “ O que marcha em frente”.

CubismoCubismo

Les Demoiselles

d’Avignon (1907), de

Pablo Picasso.

"Mulher Chorando“(1937), Pablo Picasso

•“Rompimento com a perspectiva tradicional

•Visão simultânea

• Decomposição da realidade em figuras geométricas.

• Manifesta-se a partir de 1917, na literatura. • Seu divulgador foi Appolinaire. • Decomposição da imagem em diferentes

planos. • Desintegração da realidade gerando uma

poesia ausente de lógica. • Linguagem caótica.

• Decomposição da realidade em figuras geométricas.

• Manifesta-se a partir de 1917, na literatura. • Seu divulgador foi Appolinaire. • Decomposição da imagem em diferentes

planos. • Desintegração da realidade gerando uma

poesia ausente de lógica. • Linguagem caótica.

CubismoCubismo

Carnaval em Madureira,

Tarsila do Amaral. De

Albert Gleizes, Tarsila

recebeu a chave do

Cubismo, que cultivou

com amor e sob uma

ótica construtivista.

                                           

Guillaume Apollinaire, La colombe poignardée et le jet d'eau

Palavras que são poemas que são desenhos

Cubismo na literatura:

• Humor;

• Antiintelectualismo;

• Valorização dos cinco sentidos;

• Superposição de planos – frases breves e rápidas – cinematográficas;

Cubismo na literatura:

• Humor;

• Antiintelectualismo;

• Valorização dos cinco sentidos;

• Superposição de planos – frases breves e rápidas – cinematográficas;

CubismoCubismo

CubismoCubismo

Era um homem bem vestido

Foi beber no botequim

Bebeu muito, bebeu tanto

Que

Poeminha cinético

saiude

láa

ss

im.

(Millôr Fernandes)

FuturismoFuturismo

Filippo Tommasio Marinetti, publicou, em 1909,

no jornal Le Figaro, o "Manifesto do Futurismo"

Filippo Tommasio Marinetti, publicou, em 1909,

no jornal Le Figaro, o "Manifesto do Futurismo"

1. Cantaremos o amor ao perigo, o hábito da energia e a audácia.

2. Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a intrepidez e a rebeldia.

3. A literatura até aqui tem glorificado a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono; exaltaremos o movimento agressivo, a insônia febril, o passo acelerado, a cambalhota, o soco no ouvido, o murro.

4. Declaramos que o esplendor do mundo foi enriquecido por uma beleza nova, a beleza da velocidade. Um automóvel que passa apressado, com o chassi adornado por grandes canos, com

cobras com um resfolegar explosivo... um automóvel roncando, que parece correr sobre o shrapnel é mais belo do que a Vitória de Samotrácia.

5. Cantaremos o homem ao volante, cujo eixo ideal atravessa a Terra, correndo no circuito da órbita desta.

6. O poeta deve entregar-se com frenesi, com esplendor e prodigalidade a fim de aumentar o fervor entusiasta dos elementos primordiais.

7. Não há beleza senão na luta. Nenhuma obra-prima sem agressividade. A poesia tem de ser uma arremetida violenta contra as forças desconhecidas, para obrigá-las e inclinar-se perante o homem.

8. Achamo-nos no promontório extremo dos séculos !... Por que devemos olhar para trás, quando temos de romper os portais misteriosos do Impossível? Tempo e Espaço morreram ontem. Já vivemos no absoluto, pois já criamos a velocidade, eterna e onipresente.

9. Queremos glorificar a guerra - o único doador de saúde ao mundo - militarismo, patriotismo, o braço destruidor do Anarquista, as belas Idéias que matam, o desprezo pela mulher.

10. Desejamos destruir os museus, as bibliotecas, lutar contra o moralismo, o feminismo e todas as mesquinhezes oportunistas e utilitaristas.

11. Cantaremos as grandes multidões no entusiasmo do trabalho, do prazer e da rebelião; da multicor e polifônica arrebentação das revoluções nas modernas capitais; a vibração noturna dos arsenais e oficinas sob suas violentas luas elétricas; as estações vorazes engolindo serpentes fumegantes; as pontes saltando como ginastas por cima da diabólica cutelaria de rios banhados pelo sol; de aventurosos navios farejando o horizonte; de locomotivas de tórax amplo saltitando nos trilhos, quais imensos cavalos de aço freados por compridos tubos; e do vôo planado dos aviões, dos quais o som do parafuso é como o adejar de bandeiras e o aplauso de uma turba entusiasta.

FUTURISMOFUTURISMO

• Lançado por Marinetti no manifesto “Le Futurisme”, 1909.

• Surge entre o Simbolismo e a 1ª Guerra Mundial.

• Exalta a vida moderna. • Culto da máquina e da velocidade. • Destruição do passado e do

academicismo • Liberdade de expressão.

• Lançado por Marinetti no manifesto “Le Futurisme”, 1909.

• Surge entre o Simbolismo e a 1ª Guerra Mundial.

• Exalta a vida moderna. • Culto da máquina e da velocidade. • Destruição do passado e do

academicismo • Liberdade de expressão.

FuturismoFuturismo

Parada amorosa, 1917.

Nesta tela, o cubista

Picabia faz nítida

homenagem à máquina,

realçando a tendência

futurista de “valorizar os

mecanismos que movem

o mundo”, em suas

próprias palavras.

FuturismoFuturismo

Automóvel

correndo,

de Giacomo

Bahia.

Ode triunfal

À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábricaTenho febre e escrevo.Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!Em fúria fora e dentro de mim(...)

(Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa)

Ode triunfal

À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábricaTenho febre e escrevo.Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!Em fúria fora e dentro de mim(...)

(Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa)

FuturismoFuturismo

Exaltação do mundo moderno;

Integração homem/ máquina

A noção de sentir tudo

FuturismoFuturismoFuturismo na literatura:

• A destruição da sintaxe e a disposição das “palavras em liberdade”;• A abolição dos adjetivos e dos advérbios;• O emprego do substantivo duplo (burguês-burguês, burguês-níquel,

mulher-golfo) em lugar do substantivo acompanhado de adjetivo;• A abolição da pontuação, que seria substituída por sinais da

matemática (+) , (-) , (=) , (<) , (>) e pelos sinais musicais;• A destruição do eu , isto é, toda a psicologia;• Onomatopéias e imagens que incorporam o som das engrenagens

da máquina;

Futurismo na literatura:

• A destruição da sintaxe e a disposição das “palavras em liberdade”;• A abolição dos adjetivos e dos advérbios;• O emprego do substantivo duplo (burguês-burguês, burguês-níquel,

mulher-golfo) em lugar do substantivo acompanhado de adjetivo;• A abolição da pontuação, que seria substituída por sinais da

matemática (+) , (-) , (=) , (<) , (>) e pelos sinais musicais;• A destruição do eu , isto é, toda a psicologia;• Onomatopéias e imagens que incorporam o som das engrenagens

da máquina;

ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo

O grito (1893), de Edvard

Munch; óleo sobre

cartão.

Alemanha - expressionistasFrança – Fauvistas Combater o impressionismo

IMPRESSIoNISMO X EXPRESSIONISMOArte sensorial Arte desvincula do conceito de belo e feioMundo exterior para Mundo interior para exterior Interior

Alemanha - expressionistasFrança – Fauvistas Combater o impressionismo

IMPRESSIoNISMO X EXPRESSIONISMOArte sensorial Arte desvincula do conceito de belo e feioMundo exterior para Mundo interior para exterior Interior

Arte é expressão de sentimento

• Surge em 1910 pela revista “Der Sturn”. • A arte brota da vida interior; do íntimo do ser. • A obscuridade do ser é transportada para a

expressão. • As telas retratam o patético, os vícios, os

horrores, a guerra. • Protesta contra a violência e usa cores

explosivas. • Reflete a crise de consciência gerada pela

guerra.

• Surge em 1910 pela revista “Der Sturn”. • A arte brota da vida interior; do íntimo do ser. • A obscuridade do ser é transportada para a

expressão. • As telas retratam o patético, os vícios, os

horrores, a guerra. • Protesta contra a violência e usa cores

explosivas. • Reflete a crise de consciência gerada pela

guerra.

A boba (1917), tela de

Anita Malfatti em que

sobressaem os

elementos dramático,

emocional e, enquanto

temática, marginal.

ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo

ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo

Maternidade, Almada-

Negreiros. A tendência

expressionista calcada no

exagero atinge em cheio

os modernistas

portugueses.

ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo

Crianças abandonadas,

Lasar Segall. O aspecto

quase caricatural da

realidade é o que a

pintura expressionista

traduz.

Expressionismo na literatura:

• Linguagem fragmentada, elíptica, constituída por frases nominais (basicamente aglomeração de substantivos e adjetivos), às vezes até sem sujeito;

• Despreocupação com a organização do texto em estrofes, com o emprego de rimas ou de musicalidade;

• Combate à fome, a inércia e aos valores do mundo burguês.

Expressionismo na literatura:

• Linguagem fragmentada, elíptica, constituída por frases nominais (basicamente aglomeração de substantivos e adjetivos), às vezes até sem sujeito;

• Despreocupação com a organização do texto em estrofes, com o emprego de rimas ou de musicalidade;

• Combate à fome, a inércia e aos valores do mundo burguês.

ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo

A felicidade anda a péNa Praça Antônio Prado

São 10 horas azuisO café vai alto como a manhã de arranha-céus

Cigarros TietêAutomóveisA cidade sem mitos

Oswald de Andrade

A felicidade anda a péNa Praça Antônio Prado

São 10 horas azuisO café vai alto como a manhã de arranha-céus

Cigarros TietêAutomóveisA cidade sem mitos

Oswald de Andrade

DadaísmoDadaísmo

Colagem-espelho,

obra de

Kurt Schwitters,

de 1920.

• Surge em 1916, em Zurique. • Promove um certo terrorismo cultural. • Contraria todos os valores vigentes até então. • Valoriza o niilismo (descrença absoluta) • Mundo ilógico. • Cultua a realidade mágica da infância. • Seu principal divulgador foi Tristan Tzara.

• Surge em 1916, em Zurique. • Promove um certo terrorismo cultural. • Contraria todos os valores vigentes até então. • Valoriza o niilismo (descrença absoluta) • Mundo ilógico. • Cultua a realidade mágica da infância. • Seu principal divulgador foi Tristan Tzara.

DadaísmoDadaísmo

Marcel Duchamp

Dadaísmo na Literatura:

• Agressividade, improvisação, desordem;

• Rejeição a qualquer tipo de racionalização e

equilíbrio;

• Livre associação de palavras – o acaso substitui a

inspiração, a brincadeira substitui a seriedade;

• Invenção de palavras com base na exploração da

sonoridade.

Dadaísmo na Literatura:

• Agressividade, improvisação, desordem;

• Rejeição a qualquer tipo de racionalização e

equilíbrio;

• Livre associação de palavras – o acaso substitui a

inspiração, a brincadeira substitui a seriedade;

• Invenção de palavras com base na exploração da

sonoridade.

DadaísmoDadaísmo

DadaísmoDadaísmoReceita para fazer um poema dadaísta

Pegue um jornal.Pegue a tesoura.Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.Recorte o artigo.Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.Agite suavemente.Tire em seguida cada pedaço um após o outro.Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.O poema se parecerá com você.E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

(Tristan Tzara)

DadaísmoDadaísmo A Batalha

Berr... bum, bumbum, bum...

Ssi... bum, papapa bum, bumm

Zazzau... Dum, bum, bumbumbum

Prä, prä, prä... râ, äh-äh, aa...

Haho! ...

(Ludwig Kassak)

SurrealismoSurrealismoNeste Rosto de Mae West

podendo ser utilizado como

apartamento surrealista,

Salvador Dalí apropria-se da

técnica de colagem dos

dadaístas, apresentando

objetos deslocados de suas

funções: os cabelos de atriz

transformados em continas; os

olhos, em quadros; o nariz, em

aparador; os lábios, em

poltrona.

• Surge em 1924 com o Manifesto Surrealista de André Breton.

• Propõe que o homem se liberte da razão, da crítica, da lógica.

• Adere a filosofia de Sigmund Freud.

• Expressa o interior humano investigando o inconsciente.

• Surge em 1924 com o Manifesto Surrealista de André Breton.

• Propõe que o homem se liberte da razão, da crítica, da lógica.

• Adere a filosofia de Sigmund Freud.

• Expressa o interior humano investigando o inconsciente.

SurrealismoSurrealismo

Sonho provocado pelo

vôo de uma abelha em

torno de uma romã, um

segundo antes do

despertar, data de 1944.

Salvador Dalí.

SurrealismoSurrealismo

A persistência da memória, de Salvador Dalí.

Surrealismo na literatura:

•Imagens oníricas - extraídas do sonho, do imaginário;

•Metáforas surreais – realidade e sonho se conjugam;

SurrealismoSurrealismo

SurrealismoSurrealismo Estudo nº 6

Tua cabeça é uma dália gigante que se desfolha nos meus

braços.

Nas tuas unhas se escondem algas vermelhas,

E da árvore de tuas pestanas

Nascem luzes atraídas pelas abelhas.

(...)

(Murilo Mendes)

“A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminhoque percorremos para encontrá-la."

Seja feliz em cada ato realizado na busca de concretizar seus sonhos!

Jordana Joyce

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