View
200
Download
3
Category
Preview:
DESCRIPTION
Colóquio Internacional “Casa dos Estudantes do Império: histórias, memórias, legados”
Citation preview
COLQUIO INTERNACIONAL
CASA DOS ESTUDANTES DO IMPRIO: histrias, memrias, legados
22, 23 e 25 de maio
Fundao Calouste Gulbenkian
Lisboa
de
sig
n:
Ca
rlo
s B
rito
A i d a F r e u d e n t h a l
n g e l a C o u n h o , I P R I - U N L
C a r l o s Ve i g a P e r e i r a
C l u d i a C a s t e l o , C I U H C T- U L i s b o a
F e r n a n d o Ta v a r e s P i m e n t a , C E S N O VA - U N L
M a r g a r i d a C a l a f a t e R i b e i r o , C E S - U C
M a r i a P a u l a M e n e s e s , C E S - U C
M i g u e l B a n d e i r a J e r n i m o , I C S - U L i s b o a
M i g u e l C a r d i n a , C E S - U C
R u t e M a g a l h e s
CO M ISSO O RG ANIZA D O RA D O CO L Q UIO
C O L Q U I O
I N T E R N A C I O N A LCASA DOS ESTUDANTES DO IMPRIO: histrias, memrias, legados
I n s t i t u i e s o r g a n i z a d o r a s :
A p o i o s :
A i d a F r e u d e n t h a l
A m l i a N e v e s S o u t o , C E S A B , M o a m b i q u e
n g e l a C o u n h o , I P R I , F C S H - U N L
C l u d i a C a s t e l o , C I U H C T, F C - U L i s b o a
C o n c e i o N e t o , U A N , A n g o l a
E l s i o M a c a m o , C E A , U n i v e r s i d a d e d e B a s i l e i a
F e r n a n d o Ta v a r e s P i m e n t a , C e s N o v a , F C S H - U N L
I s a b e l d e C a s t r o H e n r i q u e s , C E S A - I S E G - U L i s b o a
L e i l a L e i t e H e r n a n d e z , U S P, B r a s i l
M a n u e l a R i b e i r o S a n c h e s , F L - U L i s b o a
M a r c e l o B i e n c o u r t , U F F, B r a s i l
M a r g a r i d a C a l a f a t e R i b e i r o , C E S - U C
M a r i a P a u l a M e n e s e s , C E S - U C
M i g u e l B a n d e i r a J e r n i m o , I C S - U L i s b o a
M i g u e l C a r d i n a , C E S - U C
CO M ISSO C IENT F IC A
A P R E S E N T A O
Em 1943 foram criadas a Casa do Estudantes de Moambique s
(Coimbra) e a Casa dos Estudantes de Angola (Lisboa). No ano seguinte
surgem outras casas de jovens "ultramarinos" a estudar na metrpole. A
criao da Casa dos Estudantes do Imprio (1944-1965), reunindo as
anteriores, foi proposta pelo ministro das Colnias e apoiada pelo Comissrio
Nacional da Mocidade Portuguesa. Alm da sede em Lisboa e da delegao em
Coimbra, houve uma mais tardia e efmera delegao no Porto. A Casa cedo subverteu as
expectavas ociais de um corpo obediente e alinhado com a ideologia imperial. Se o grupo
fundador nha simpaa do e pelo regime, a maioria dos elementos das direes eleitas que
se seguiram contestou a ditadura e o colonialismo. Pela Casa (ou melhor pelas Casas)
passaram jovens de diferentes provenincias geogrcas, de diferentes etnias, origens sociais,
culturais e econmicas, de diferentes religies e com diversas posies polco-ideolgicas.
Juntos defenderam a liberdade e a independncia da Casa num pas fascista. Muitos deles
viriam a parcipar nas lutas de libertao nacional, alguns dos quais em posies de destaque
como militantes e dirigentes, outros como parcipantes na construo dos novos pases
africanos independentes.
Memrias de angos scios e trabalhos historiogrcos sobre a Casa dos Estudantes do
Imprio (CEI) destacam o seu papel no despertar de conscincias crcas entre a juventude
oriunda das colnias, na contestao ao fascismo e dominao colonial, na redescoberta das
suas idendades culturais (das mlplas fricas de origem, de Goa, Macau ou Timor), na
conceo de novos projetos polcos. Alguns referem arculaes estabelecidas como o
movimento unitrio anfascista (reivindicao de eleies livres, apoio candidatura
presidencial de Norton de Matos, adeso ao MUD Juvenil), com o Pardo Comunista
Portugus, com o movimento estudanl, com a JUC, etc., estando ainda por avaliar o impacto
que esse convvio teve na reapreciao da questo colonial pelos 'metropolitanos'.
Em paralelo, mencionam outros espaos de socializao ancolonialista criados e/ou
frequentados pelos estudantes africanos como o Clube Marmo Africano, o Centro de
Estudos Africanos e os lares das igrejas protestantes, bem como a parcipao de estudantes
ultramarinos em associaes portuguesas como a Associao Acadmica de Coimbra, o
Orfeo de Coimbra, o Ateneu de Coimbra, as Repblicas ou as associaes de estudantes de
Lisboa. H, no entanto, muitos aspetos da sua histria por conhecer e por aprofundar, tanto
numa perspeva de micro-histria como de histria cruzada e global.
Alm de painis centrados na evoluo e no papel histrico da Casa dos Estudantes do
Imprio, o programa do Colquio incide sobre temas que esto a montante e a jusante da
Casa e se interligam: o imprio portugus, o Estado Novo, e a cena internacional instuda no
nal da Segunda Guerra Mundial, concretamente a era das descolonizaes; a situao
colonial nas sociedades de onde provinham os estudantes associados da CEI; as questes que
esveram na origem da contestao ao colonialismo pelos estudantes oriundos do espao
imperial, tais como o trabalho forado, as restries aos direitos sociais, econmicos e
polcos, a educao, etc.; a emergncia dos modernos nacionalismos asicos e africanos e a
circulao transnacional de atores, textos e ideias ancoloniais; os movimentos e organizaes
de estudantes africanos e asicos nas colnias e nas metrpoles de outros imprios
coloniais; o nascimento dos movimentos de independncia nas colnias portuguesas, as lutas
de libertao e os processos de descolonizao.
O objevo do colquio contribuir para leituras da histria atentas ao mundo,
s circulaes e aos (des)encontros, capazes de desfazer preconceitos
(mormente uma viso eurocntrica da CEI), a iluso do unanimismo
(ausncia de contradies e conitos internos) e o mito da excecionalidade
da Casa no contexto internacional.
Trata-se de um colquio muldisciplinar que congrega especialistas das
Cincias Sociais e das Humanidades, oriundos de instuies acadmicas de
diversos pases, interessados em debater de forma crca e plural as
histrias, as memrias, as interaes e os legados da Casa dos Estudantes
do Imprio. O desao que se prope contextualizar a Casa em vrias
escalas de anlise e compreend-la, enquanto realidade dinmica e
heterognea, num quadro comparavo internacional.
A P R E S E N T A O
P R O G R A M A2 2 , 2 3 e 2 5 d e m a i o
CASA DOS ESTUDANTES
DO IMPRIO | 1944-1965
09h00 | Registo de parcipantes e entrega de documentao
09h15 - 09h30 - Sesso inaugural
Jos Lus Cardoso, Diretor do ICS-ULisboa
Margarida Calafate Ribeiro, em representao da direo do CES-UC
Eduardo Maral Grilo, Administrador da Gulbenkian
Vtor Ramalho, Secretrio-Geral da UCCLA
09h30 - 10h15 | Conferncia de abertura
Valenm Alexandre
Portugal, a questo colonial e as grandes viragens da Histria (1941- 1975)
10h15 - 11h30 | 1. painel
O problema colonial e o contexto polco nacional e internacional nos anos 1940 -
1960
Fernando Tavares Pimenta, CESNOVA-UNL
Pedro Aires Oliveira, FCSH-UNL
O Salazarismo e as Encruzilhadas da Descolonizao
Helosa Paulo, CEIS20-UC
A Oposio exilada e o problema colonial
Diogo Ramada Curto e Bernardo Cruz, IPRI-UNL
Causas do encerramento da Casa dos Estudantes do Imprio
11h30 - 11h45 | Pausa para caf
11h45 - 13h00 | 2. painel
A situao colonial e os temas da dissenso
Miguel Bandeira Jernimo, ICS-ULisboa
Alexander Keese, Universidade Humboldt de Berlim/Universidade de Genebra
O imprio das dissenes: realidade colonial e conito interno na
administrao ultramarina portuguesa, 1945-1961
Jos Pedro Monteiro, ICS-ULisboa
As polcas laborais enquanto objecto de contestao imperial: redes e
circuitos internacionais e transnacionais, 1945-1962
Philip Havik, IHMT-UNL
Impostos e Imposies: o impacto das polcas e prcas scais nas colnias
portuguesas em frica, 1900-1960
13h00 - 14h30 | Pausa para almoo
MANH |22 de maio (sexta-feira)
14h30 - 16h00 | 3. painel
A Casa dos Estudantes do Imprio: contexto social, polco e cultural
Aida Freudenthal
Filipe Zau, Universidade Independente de Angola
Marmos e estudantes africanos, da dcada de 50, em Portugal: uma mesma
estratgia de cumplicidade polca
Darlene J. Sadlier, Indiana University Bloomington
A Casa dos Estudantes do Imprio e o Bolem Mensagem
Vctor Melo, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Entre a diverso e a polca: o desporto na Casa dos Estudantes do Imprio
Cludia Castelo , CIUHCT-ULisboa
A Casa, frica e o Mundo: pistas de invesgao
16h00 - 16h15 | Pausa para caf
16h15 - 18h00 | 4. painel
A Casa dos Estudantes do Imprio: histrias, percursos e memrias
Margarida Calafate Ribeiro, CES-UC
Aida Freudenthal
Os estudantes goeses na Casa dos Estudantes do Imprio
ngela Counho, IPRI-UNL
Os scios cabo-verdianos e guineenses da Casa dos Estudantes do Imprio:
socializao e trajectrias polcas
Inocncia Mata, Universidade de Lisboa/Universidade de Macau
Os Ficcionistas da CEI: a narrava curta e a sua funo testemunhal
Carlos Serrano, Universidade de So Paulo
CEI, Fugas: No espao do imaginrio e no tempo das represses
Marcelo Biencourt, Universidade Federal Fluminense
Os embates coloniais e as memrias da CEI
TARDE | 22 de maio (sexta-feira)
14h30 - 16h30 | Mesa redonda
A Casa por quem a viveu
Edmundo Rocha, Fernando Mouro, Humberto Traa, Manuel Videira, Toms
Medeiros e Rute Magalhes
(moderao: Cludia Castelo, CIUHCT-ULisboa)
16h30 - 16h45 | Pausa para caf
16h45 - 18h30 | Mesa redonda
Os lhos da Casa
Ana Maria Mesquita, Ricardo Costa, Fidel Reis, Francisco Viana e Sandra Monteiro
(moderao: Margarida Calafate Ribeiro, CES-UC)
09h30 - 11h00 | 5. painel
Os movimentos estudans no desmoronar dos vrios imprios coloniais
ngela Counho , IPRI-UNL
Hakim Adi, University of Chichester
African students and an-colonial acvity in Britain, 1900-1965
Nicolas Bancel, Universit de Lausanne
Le conit entre lUNEF et lUGEMA: La guerre d Algrie comme catalyseur de la
radicalisaon des mouvements tudiants coloniaux, 1938-1960
Amlia Neves Souto , Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragana
O movimento estudanl universitrio em Loureno Marques nos anos de 1970
11h00 - 11h15 | Pausa para caf
11h15 - 13h00 | 6. painel
A circulao transnacional de atores, textos e ideias ancoloniais, e a emergncia dos
modernos nacionalismos asicos e africanos
Miguel Cardina, CES-UC
Manuela Ribeiro Sanches, FL-ULisboa
Viagens de textos e descolonizao da Europa
Leila Leite Hernandez, Universidade de So Paulo
A inerncia das ideias e o pensamento social africano
Maria Paula Menezes, CES-UC
Aliados a Sul
Fidel Reis, Universidade Agosnho Neto
O paneto como lugar de luta an colonial: o caso de Angola, 1958-1960
Jos Neves, FCSH-UNL
Economias de guerra e paz em Amlcar Cabral
13h00 - 14h30 | Pausa para almoo
MANH |23 de maio (sbado)
TARDE |23 de maio (sbado)
Inscrio prvia gratuita em www.uccla.pt
No nal do colquio ser entregue um cercado de frequncia aos parcipantes inscritos
09h30 -11h00 | 7. painel
Repensar conceitos: Colonial, Descolonizao, Ps-Colonial
Maria Paula Meneses, CES-UC
Boaventura Sousa Santos, CES-UC
Carlos Cardoso, CODESRIA
scar Monteiro
11h00 - 11h15 | Pausa para caf
11h15 - 12h45 | Mesa redonda
O lugar da histria nos Estudos Africanos. Balano e perspevas
Leila Leite Hernandez, Universidade de So Paulo
Clara Carvalho, CEI-ISCTE-IUL
Elsio Macamo, Universidade de Basileia
Isabel de Castro Henriques, CESA-ISEG-ULisboa
12h45 | Sesso de encerramento
Boaventura Sousa Santos, Diretor do CES-UC
MANH |25 de maio (segunda-feira)
Page 1Page 2Page 3Page 4Page 5Page 6Page 7Page 8Page 9Page 10
Recommended