PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE PERMANENTE DA DENGUE Ana Carolina Rabelo Março 2013 Vigilância...

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PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE PERMANENTE DA DENGUE

Ana Carolina RabeloMarço 2013

Vigilância Epidemiológica

• Doença febril aguda causada por vírus do gênero Flavivírus, transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti;

• 4 sorotipos de vírus;

• Transmissão: o vetor pica indivíduo que está na fase virêmica da doença, e 8 a 12 dias depois passa a transmitir o vírus por toda sua vida (30 a 35 dias);

• Período de incubação no homem de 3 a 15 dias (média de 5 a 6 dias);

Características da Doença

• Período de transmissibilidade: 1 dia antes do aparecimento da febre até o 6º dia de doença (período de viremia);

• Sazonalidade: surtos ocorrem em áreas urbanas durante a estação chuvosa;

• O vetor alimenta-se no início da manhã ou ao entardecer, e quando não está se alimentando abriga-se dentro das casas escondido nas cortinas, debaixo dos móveis ou no peridomicílio;

• Os ovos medem aproximadamente 1mm de comprimento, e são capazes de resistir a um longo período sem água (já foi observada eclosão após 450 dias), o que dificulta muito sua erradicação.

Características da Doença

Ciclo Evolutivo do Aedes aegypti

5 a 7 dias

2 a 3 dias

30-35 dias

1 a 450 dias

• Detectar precocemente os casos, visando promover tratamento adequado e oportuno e reduzir a morbidade e, consequentemente, evitar o óbito;

• Detectar precocemente o aumento de ocorrência da doença, para adoção de medidas de controle, evitando que processos epidêmicos se instalem;

• Realizar investigação para identificar a área de transmissão e orientar ações integradas de bloqueio e controle vetorial;

• Acompanhar a curva epidêmica, identificando área de maior ocorrência de casos e grupos mais acometidos, visando controlar a transmissão em curso;

• Realizar investigação de óbitos suspeitos, visando identificar possíveis determinantes.

Vigilância Epidemiológica – objetivos:

Notificação dos casosPORTARIA 104, de 25 de janeiro de 2011

Art. 3º As doenças e eventos constantes no Anexo I a esta Portaria serão notificados e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan, obedecendo às normas e rotinas estabelecidas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde - SVS/MS.

Art. 4º Adotar, na forma do Anexo II a esta Portaria, a Lista de Notificação Compulsória Imediata - LNCI, referente às doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública de abrangência nacional em toda a rede de saúde, pública e privada.

§ 1º As doenças, agravos e eventos constantes do Anexo II a esta Portaria, devem ser notificados às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde (SES e SMS) em, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas a partir da suspeita inicial, e às SES e às SMS que também deverão informar imediatamente à SVS/MS.

Notificação dos casosPORTARIA 104, de 25 de janeiro de 2011

ANEXO I – Lista de notificação compulsória - LNC

Dengue

ANEXO II – Lista de notificação compulsória imediata - LNCI

Dengue nas seguintes situações:

- Dengue com complicações (DCC);- Síndrome do Choque da Dengue (SCD);- Febre Hemorrágica da Dengue (FHD);- Óbito por Dengue;- Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmissão endêmica desse sorotipo.

Vigilância laboratorialO diagnóstico laboratorial específico dos pacientes com suspeita de dengue é indicado de acordo com a situação epidemiológica de cada área.

Sorologia: é o método de escolha para a confirmação laboratorial na rotina. Existem várias técnicas, sendo a captura de IgM por ELISA (MAC ELISA) o método de escolha. Coleta a partir do 6 dia de início de sintomas;

Isolamento viral: é o método mais específico para o isolamento e a identificação do sorotipo do VDEN responsável pela infecção. Coleta até o 3 dia de início de sintomas;

Teste rápido NS1: O antígeno NS1 é um importante marcador de viremia e está presente em altas concentrações no soro de pacientes infectados com o vírus da dengue durante a fase clínica inicial da doença. Coleta até o 4 dia de início de sintomas;

Demais técnicas (em caso de óbito): histopatologia e imunohistoquímica.

Vigilância de casos suspeitos

Expostos na população

Doentes

Procuram Assistência

Notificados

Coletam amostra

Resultado positivo

IV

Fonte: João Bosco Siqueira Junior – MS/UFG

Vigilância de óbitos

Orientações às Unidades de Saúde• Notificar todos os casos suspeitos de dengue;

• Manter profissionais da saúde capacitados quanto ao manejo clínico da dengue;

• Registro precoce dos casos graves no sistema de regulação (SUS-FÁCIL) para evitar transferências tardias de pacientes graves;

• Uso do cartão do usuário e do fluxograma de classificação de risco e manejo do paciente;

• Manter estoque de insumos (soro, sais de hidratação, medicamentos) adequado;

• Realização de hemograma em todos os pacientes;

• Casos graves: coleta imediata de amostra.

zoonoses@saude.mg.gov.br

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