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RELATÓRIO CONSOLIDADO PROJETO VAREJISTA DO CONJUNTO
NACIONAL – ALIMENTAÇÃO – REDUÇÃO DE DESPERDÍCIO E EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA 2007
Brasília/DF - 2007
Consolidação Fase 01
2
REDUÇÃO DE DESPERDÍCIO FASE 01 3
INTRODUÇÃO 3 PROCESSO PRODUTIVO 4 PERDAS 10 RESÍDUOS, EFLUENTES E EMISSÕES. 10 USO DA ÁGUA 11 FONTES DE ENERGIA 12 SEGURANÇA NO TRABALHO 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS 15 FLUXOGRAMA GENÉRICO DO PROCESSO 17 REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE ENERGIA ELÉTRICA 19 REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA 19 AVALIAÇÃO FINAL 21 INTRODUÇÃO 23
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 23
ENERGIA ELÉTRICA 23
Redução de Desperdício Fase 01 Setor da Economia: Terciário.
Ramo de Atividade: Comércio.
Tipo de Negócio: Restaurantes e Lanchonetes.
Produtos Ofertados/Produzidos: Refeições, lanches e bebidas.
INTRODUÇÃO
O Programa Sebrae de Redução de Desperdício é desenvolvido por
consultores capacitados pelo próprio SEBRAE. Na execução do trabalho, a empresa
recebe a visita de um consultor, o qual analisa as instalações e identifica
possibilidades de melhoria do uso de matérias primas, insumos, água e energia.
O trabalho é desenvolvido em duas Fases. A primeira envolve a
caracterização do empreendimento, avaliação dos principais processos produtivos,
consumos de matéria-prima, insumos, água e energia, bem como os resíduos
gerados. É baseado na percepção do empresário e confirmado por notas de
compras, consumo, etc.
Nesta fase também é aplicado a Metodologia Sebrae de Eficiência
Energética, onde são analisados os consumos dos equipamentos elétricos e
sugerido as correções necessárias para redução do gasto energético.
Nessa etapa, também, são definidas ações para redução de desperdício que
deverão ser implementadas na Fase 02.
Na segunda fase, as fontes de desperdício são avaliadas isoladamente dentro
do processo produtivo. Para os desperdícios apontados na Fase 01 são
desenvolvidas metodologias que visam quantificá-las quanto ao desenvolvimento e a
implantação de técnicas mais econômicas e eficientes para o uso.
Consolidação Fase 01
4
Inicialmente apenas uma empresa do segmento alimentação participou do
projeto de Redução de Desperdício com a aplicação da Metodologia 5 menos que
são mais, nas fases 1 e 2.
Este capítulo tem como objetivo sintetizar e discutir os dados levantados, os
diagnósticos e prognósticos elaborados, as soluções sugeridas e os resultados
obtidos na consultoria realizada na empresa deste segmento.
A empresa é uma franquia especializada em fast food de grelhados e
participa do “Projeto Varejista do Conjunto Nacional”, atua há 01 (um) ano e
emprega 18 (dezoito) pessoas.
PROCESSO PRODUTIVO
A Empresa oferece refeições fast food de grelhados de carne bovina, ave e
peixe, massas, guarnições, molhos, saladas, sucos, refrigerantes e chopp.
De forma sintética, o processo produtivo pode ser dividido nas seguintes
etapas:
Compra e recebimento da matéria-prima
As principais matérias-primas e insumos utilizados neste empreendimento são
cortes de picanha, filé de salmão e de frango, folhagens, vegetais em geral, grãos,
massas prontas, laranjas, gordura vegetal, produtos de limpeza, guardanapos, gás
de cozinha entre outros.
A empresa adquire os cortes de carnes bovina e avícola, molhos e massas
prontas de fornecedores indicados pelo franqueador; já os materiais descartáveis e
guardanapos são fornecidos por este. As demais matérias primas são adquiridas
de fornecedores selecionados pela empresa.
Consolidação Fase 01
5
A maior parte destes produtos é adquirida de fornecedores locais, inclusive os
fornecedores indicados.
Normalmente as compras, principalmente os legumes, folhagens e laranjas,
são feitas a cada dois e três dias, pois a capacidade de armazenamento em virtude
do restrito espaço disponível. No caso dos vegetais, deve-se ao caráter perecível
dos mesmos.
Um funcionário especial é designado para realizar a conferência, qualitativa e
quantitativa, de todas as compras no seu recebimento; os produtos sob refrigeração
são aferidos as temperaturas de entrega.
Controle de estoque e armazenamento da matéria-prima
Os produtos recebidos são armazenados em locais específicos
(almoxarifados), em frízeres, em refrigeradores. Algumas informações referentes a
estoque são informatizadas (data de compra, quantidade, preços unitários), as de
entrada e saída são manuais, posteriormente, geralmente no final do expediente,
informatizadas.
A consultoria constatou certa deficiência no controle de estoque como, por
exemplo, compra de produtos sem necessidade ou a falta dos mesmos.
As retiradas de corte de carne, outro exemplo, não são registras, os pedidos
de reposição destes produtos é precedidas de conferência manual do estoque, este
fato, gerou sugestão de implantação de código de barras com objetivo de aumentar
a confiabilidade, proporcionar a instantaneidade das informações, reduzir perdas de
matérias-primas (na análise do lixo foi encontrado uma porção de queijo mussarela
devido a data de vencimento) e reduzir ocupação de mão de obra liberando-a para
outras tarefas.
Consolidação Fase 01
6
Limpeza, pré-preparo dos alimentos
Nesta etapa, procede-se a higienização das folhagens, cortadas em tiras e
acondicionadas em cubas refrigeradas para o preparo de saladas.
Os legumes são higienizados, cortados, cozidos e preparados,
acondicionados em cubas, mantidas sob aquecimento, para serem servidos como
guarnições.
Há fichas técnicas para o preparo dos alimentos, os que facilitam a
padronização do preparo dos alimentos e as quantidades servidas são definidos e
medidas de porcionamento.
O arroz é preparado para servir de acompanhamento de pratos, parte é
reservado como arroz branco e parte é preparado o arroz à grega e carreteiro, todos
após o preparo são acondicionados em cubas, mantidas em banho-maria.
O feijão é preparado para a tutu de feijão, também, acondicionados em cubas,
mantidas em banho-maria.
As carnes são desembaladas e acondicionadas em cubas metálicas sob
refrigeração, aguardando para serem assadas na chapa ou grelhadas.
Para o cozimento de massas, uma panela com água é mantida sob o fogo e
na medida do necessário as porções são retiradas das embalagens plásticas.
Montagem dos pratos
O preparo dos pratos é bastante facilitado devido à utilização de fichas
técnicas e os alimentos já estão acondicionados em cubas metálicas sob
refrigeração ou aquecimento.
Consolidação Fase 01
7
Nesta fase também ocorrem a finalizações de carnes, quer seja na chapa,
quer seja na grelha.
Sobras de pratos servidos
A maior parte das sobras das refeições servidas é recolhida pelo sistema de coleta
do shopping e juntamente com guardanapos e descartáveis (papel e plásticos) são
destinadas ao sistema de coleta de lixo, apenas as latas de refrigerantes são
separadas.
Descarte de alimentos preparados e outros resíduos da cozinha
No final do expediente, os alimentos não servidos são pesados e
descartados, juntamente, com resíduos orgânicos e embalagens metálicas, plásticas
e de papel.
Não há coleta seletiva nem separação do lixo.
Limpeza dos ambientes e utensílios
O processo de higienização de ambiente e utensílios utiliza de forma
comedida de produtos químicos e materiais de limpeza, bem como, de água, pois
não empregam esguicho, a limpeza de piso é feito por vassoura de pano e balde,
entretanto.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Consolidação Fase 01
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O grupo assumiu as operações da franquia em péssimas condições de
manutenção dos equipamentos de refrigeração, climatização e coifa, no momento da
realização da consultoria, substituía a prestadora de serviços especializados de
manutenção em refrigeração.
A nova empresa contratada empreendeu manutenções nos equipamentos de
climatização, frízeres, refrigeradores e implementa a recuperação do sistema de
exaustão da coifa de cozinha.
As fotos 01 e 02 mostram a situação externa encontrada no condensador do self, a
impregnação de gordura, resultante da falta de limpeza e manutenção periódica, e
ao mau funcionamento do sistema de exaustão da coifa.
Foto 02 – A mesma área ao lado, mais detalhada, observam-se poucos vãos livres para passagens do fluxo de ar.
A
s
Foto 01 – 24/out/2007 - Estado de conservação do condensador do self, a camada de gordura impregnada impede a passagem do fluxo de ar, conseqüentemente, reduz a troca de calor e aumenta o consumo de energia elétrica.
foto 03 mostra a situação favorável e desejada, após ser submetidas à limpeza,
em obstrução para passagem do fluxo de ar.
Consolidação Fase 01
Os equipamentos de refrigeração devem
necessitam da reposição de trincos (foto
das borrachas de vedação (foto 05).
Foto 03 – 26/out/2007 - Aparência do condensador do self após ser submetido à limpeza. Observa-se a desobstrução da serpentina e liberação de passagem para o fluxo de ar.
9
receber manutenção adequada, pois
04) , ajustes de dobradiças e substituições
Foto 05 - Porta do refrigerador com a borracha da vedação danificada, sua ação de vedação pode ser insuficiente, portanto,
Foto 04 - Porta do freezer encontrada sem o trinco e semi-aberta, conseqüentemente, provoca aumento do consumo de energia elétrica.
permite fuga de ar frio, provoca aumento de consumo de energia elétrica devido à reposição de “ar frio”.
Consolidação Fase 01
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PERDAS
Na preparação dos alimentos ocasiona a geração de resíduos de embalagens
plásticas provenientes do preparo de cortes de carnes, molhos e massas; de
embalagens metálicas do preparo de legumes; aparas de vegetais, sobra de
folhagens e grande quantidade de bagaço de laranja.
Os maiores desperdícios gerados são proveniente das sobras de alimentos
do final de expediente (foto 06 e 07).
Foto 07 – Descarte de 291 gramas de
farofa, em saco plástico.
Foto 06 - Descarte de 1919 gramas de arroz à grega, em saco plástico.
Apurou-se a perda de R$ 833,96 mensais referentes aos descarte de final de
expediente.
RESÍDUOS, EFLUENTES E EMISSÕES.
Os principais resíduos são as sobras de alimentos da cozinha e dos pratos
dos clientes, embalagens de produtos (papel, papelão, metal, vidro e plástico) e
guardanapos.
Consolidação Fase 01
11
Os efluentes são provenientes do processo de preparo dos alimentos e
limpeza dos alimentos, pratos, panelas, utensílios, recipientes, bem como do
estabelecimento.
No que tange às emissões aéreas, a empresa apresenta fontes de emissão
relacionadas principalmente a odores, vapor d’água, partículas de óleo, ruídos e
calor.
A empresa gera semanalmente em torno de 50,0 litros de resíduo de óleo de
fritura (gordura vegetal) e reaproveitado na fabricação de sabão em barra caseiro,
que não é utilizado pela mesma.
Devido à falta de manutenção a empresa foi notificada, em caráter de
urgência, a empreender recuperação do sistema de exaustão da coifa, a emissão de
partículas oleosas impregnou a fachada externa do shopping, também, contribuiu
para acúmulo de gordura e outras partículas no condensador do equipamento de
climatização (self) provocando um aumento de consumo de energia elétrica.
USO DA ÁGUA
O principal uso da água no estabelecimento é a limpeza dos ambientes e
utensílios em geral (pratos, panelas, talheres, entre outros), bem como na realização
do procedimento de higienização das folhagens e vegetais em geral. A quantidade
de água utilizada no preparo de alimentos é pouca.
.O condomínio do shopping empreendeu a instalação de hidrômetros nas
lojas, o consumo da primeira faturara (outubro/2007) foi de 82,0m³.
O condomínio realiza leituras semanais de consumo, com base nestas, a
segunda fatura deve se estabelece em torno 65,0 m³.
Consolidação Fase 01
12
FONTES DE ENERGIA
Os tipos de energias utilizadas são elétrica e a térmica. A elétrica é
utilizada na iluminação, refrigeração, aquecimento de cubas de banho-maria e
aquecedores de pratos. A energia térmica oriunda de gás liquefeito de petróleo
(GLP) é utilizado no fogão, gralha e fritadeira.
O consumo de energia elétrica, em média, é de 15.317 kWh por mês e de
GLP, em torno, de 64,0m³.
SEGURANÇA NO TRABALHO
Nota-se a utilização de Equipamentos de proteção Individual (EPI) pelos
funcionários, como luvas (nos processos de corte das carnes e de limpeza, quando
do uso de produtos químicos) e botas antiderrapantes, no entanto, normalmente,
podem ocorrer pequenos acidentes, como queimaduras e cortes com faca.
PRÁTICAS INADEQUADAS
Manutenção de alimentos quentes A consultoria constatou procedimento inadequado, conforme as boas práticas do
Programa de Alimentação Segura (APS) para manutenção de alimentos quentes, a)
a temperatura da água quente do banho-maria, no momento do carregamento das
cubas, abaixo da recomendada (foto 08); b) a temperatura do alimento quente,
abaixo do recomendado (foto 09).
Consolidação Fase 01
13
Foto 09 – Às 09h04min, a transferência dos legumes à soutê deveriam registrar 60°C de temperatura e não 44,2°C
Foto 08 – Às 08h44min, a temperatura da água era de 32,4°C, quando deveria estar a 80°C.
Iluminação
Os níveis de iluminamento medidos no interior da empresa de estão abaixo dos
recomendados pela NBR 5413.
As fotos de 10 a 13 mostram os níveis de iluminamento medidas no fogão, balcão de
montagem dos pratos, pia da cozinha e escritório, respectivamente.
Foto 10 - Nível de iluminamento (160 lux) medido sobre a superfície do fogão.
Foto 11 – Nível de iluminamentomedido sobre o balcão deConsolidação Fase 01
14
Foto 12 – Nível de iluminamento medido na pia da cozinha.
Foto 13 – Nível de iluminamento medido sobre a mesa do escritório.
Casa de Máquina
A consultoria constatou a situação e ocupação inadequada da casa de máquina,
segundo o que orienta o art. 5°, alínea “d”, Portaria n° 3523/GM, de 28 de agosto de
1998, da ANVISA.
“restringir a utilização do compartimento onde está instalada a caixa de
mistura do ar de retorno e ar de renovação, ao uso exclusivo do sistema de
climatização. É proibido conter no mesmo compartimento materiais, produtos
ou utensílios”.
A foto 14 mostra a ocupação inadequada da casa de máquinas como a presença de
lixo, papelão, roupas e botas, materiais facilitadores para desenvolvimento de fungos
e bactérias. O fato mais agravante desta situação é que a massa de ar presente
neste ambiente é insuflada para o ambiente da cozinha.
Consolidação Fase 01
15
Foto 14 – Ocupação irregular da casa de máquina, presença de lixo, papelão, armário de roupa e botas.
Vestiário dos funcionários Esta consultoria constatou a utilização dos ambientes de depósito e casa de
máquina como vestiário dos funcionários, tal prática é inadequada devido aos
motivos expostos no item anterior.
Outra questão que deve ser avaliada, se tal prática infringe as orientações de saúde
e segurança no trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De uma maneira geral as principais limitações observadas na empresa
avaliada foram:
- Inadequado de controle de estoque;
- Inadequado planejamento de produção;
- Ausência e a dificuldade de separação dos resíduos;
- Inexistência de uma coleta seletiva;
Consolidação Fase 01
16
- Vazões das torneiras superiores a 10 litros/minuto;
- Manutenção inadequada dos equipamentos de refrigeração; climatização e
exaustão;
- Desperdícios de GLP, devido a falta de regulagem e limpeza dos
queimadores do fogão;
Consolidação Fase 01
17
FLUXOGRAMA GENÉRICO DO PROCESSO
MATÉRIA-PRIMA RESÍDUOS DA
PRODUÇÃO
P
AZENAMENTO
Emissões: • grelha, fritura e cocção • sonoras e vapores.
Efluentes: • Água de Processos
Energia: 8737 kWh/mês
Água: 83 m³/mês Processos de Produção
PREPARAÇÃO
INSUMOS
Resíduos: • Gordura vegetal • Resíduo de papel • Resíduo plástico
DOS ALIMENTOS
Matéria-prima • picanha - 40 kg • isca de picanha - 16 kg • filet de frango - 48 kg • isca de frango - 20 kg • file "mingnon" - 24 kg • isca de filet "mingnon" - 16
kg • bife de pernil - 8 kg • salmão - 48 kg • filet de merluza - 64 kg • batata palito - 576 kg • arroz - 360 kg
RECEPÇÃO/ARM
COMERCIALIZA
RODUTO FINAL • REFEIÇÕES E
LANCHES
ÇÃO
Custos de perdas/mês
R$ 1.804,30
Custo de
perdas/ano
R$ 21.651,60
Perdas % • • 10 •
CLIENTES
Custos de Entradas • picanha - R$ 768,00 • isca de picanha - R$ 193,60 • filet de frango - R$ 427,20 • isca de frango - R$ 166,00 • file "mingnon" - R$ 444,00 • isca de filet "mingnon" - R$
205,60 • bife de pernil - R$ 79,60 • salmão - R$ 784,80 • filet de merluza - R$ 665,60 • batata palito - R$ 2.102,40 • arroz - R$ 456,12 • feijão - R$ 168,00 • cenoura - R$ 80,00 • tomate R$ 100 80
Consolidação Eficiência Energética
18
Setor da Economia: Terciário.
Ramo de Atividade: Comércio.
Tipo de Negócio: Restaurante
Produtos Ofertados/Produzidos: Refeições, lanches e bebidas .
INTRODUÇÃO
A empresa já havia estabelecido sua preferência pela questão da
energia elétrica em virtude desta filial demandar mais energia em relação ao
consumos das outras.
O desenvolvimento dos trabalhos de redução de desperdício Fase 2,
nesta empresa, detectou duas oportunidades de redução de desperdícios uma
relacionadas à utilização de água, de fácil implantação e outra relacionada com
uso da energia elétrica, ambas a empresa se mostrou interessada.
ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Foram verificados alguns aspectos ambientais referentes à atividade e
seus impactos ambientais reais e potenciais, ver tabela 01.
Aspecto Ambiental Impactos Ambientais
Desperdício dos alimentos preparados (descartes de alimentos)
Pressão sobre os recursos naturais (matérias-primas e insumos usados na produção dos alimentos)
Geração de resíduos sólidos orgânicos (matéria-prima, insumos e alimentos desperdiçados)
Aumento da quantidade de resíduos a serem depositados no meio ambiente
Desperdício de gás de cozinha (usado no preparo dos alimentos desperdiçados) Pressão sobre os recursos naturais
Desperdício de Energia (Energia elétrica utilizada para conservar os
alimentos) Pressão sobre os recursos naturais
Desperdício de água Pressão sobre os recursos naturais
Tabela 01: Aspectos e impactos ambientais da atividade.
Consolidação Eficiência Energética
19
AÇÕES DE REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO
Redução do desperdício de energia elétrica
A ação preconiza a redução de consumo de energia na “modalidade ar
condicionado” em função da desativação do compressor de refrigeração.
Neste caso a ventilação do ambiente será exercida pelos ventiladores de
insuflamento e exaustão; e exaustão da coifa de cozinha. A climatização do
escritório será proporcionada por condicionador de a ar, de parede, e de baixo
consumo de energia.
eficiente.
O cálculo estimado de redução de consumo é de 1.141 kWh/mês, equivalente,
em valores monetários, a R$ 398,44, suficiente para saldar o investimento de
R$ 3.000,00 em 7,5 meses.
Energia consumida/dia - (antes) 134,57 kWh
Energia consumida/dia (depois) 97,07 kWh
Total de energia economizada/dia 37,50 kWh
Total de energia economizada/mês 1.140,68 kWh
Custo da energia (R$/kWh) R$ 0,35
Valor economizado/mês R$ 398,44
Investimento (equipamento + instalação) R$ 3.000,00
Retorno de investimento (pay-back) 7,5 meses
Tabela 02 – Potencialidades de redução de consumo de energia elétrica
Redução do consumo de água
Consolidação Eficiência Energética
20
Ação prevê a redução de consumo de água através da instalação de redutor
de pressão (foto 15) na linha de fornecimento de água, após o registro geral da
entrada.
Foto 15 – Redutor de pressão hidráulica, diâmetro de ½ pol., fabricação. F.A.R.G. modelo 197, procedência italiana.
A ação de redução de consumo de águas com a instalação de redutor de
pressão proporcionará a redução estimada de 36,5% no consumo de água,
equivalente a economia mensal estimada de R$ 326,58; suficientes para em
0,9 mês remunerar o investimento de R$ 300,00, conforme tabela 03.
Consumo mensal (m³) 83,0
Preço unitário (R$/m³) R$ 10,78
Despesa mensal R$ 894,74
Redução proposta (36,5%) (R$ 326,58)
Despesa mensal minimizada R$ 568,16
Economia mês R$ 326,58
Economia ano R$ 3.918,96
Investimento R$ 300,00
Retorno do investimento (mês) 0,9
Tabela 03 – Economia estimada das despesas com água tratada advinda da atuação do redutor de pressão.
Consolidação Eficiência Energética
21
AVALIAÇÃO FINAL
A tabela 04 mostra uma síntese das ações e a quantificação dos
principais ganhos econômicos e ambientais mensais das empresas do ramo de
alimentação onde foi realizada a consultoria de redução de desperdício.
A tabela 05 apresenta o total dos ganhos econômicos da empresa do
ramo de alimentação (Projeto Varejista do Conjunto Nacional – 2007) onde foi
realizada a consultoria de redução de desperdício.
Vale salientar que nos valores correspondentes ao desperdício e ao
ganho econômico mensal, não estão contabilizados gastos com energia, gás,
condomínio e mão-de-obra.
Situação Descrição Antes Depois
Valor Redução Quant.
Mensal Custo
unitário mês Ação proposta no estudo de caso %
Ganho econômico mês
Potencialidade de redução do desperdício
Consumo de energia elétrica
8.737kWh R$ 0,35 R$ 3.057,95 Alteração do modo de insuflamento 21,10% 1.845 kWh R$ 645,75
Consumo de água 82 m³ R$ 10,78 R$ 883,96 Instalação de redutor de
pressão 36,50% 29,9 m³ R$ 322,22
Ganhos mensais R$ 967,97
Ganhos anuais R$ 11.615,64
Tabela 04 - -: Potencialidades de ganhos econômicos das ações de redução do desperdício na Empresa - Projeto Varejista do Conjunto Nacional – 2007.
Consolidação Eficiência Energética
22
Potencialidades de ganhos após implementação das ações propostas
Ganho econômico (R$)
Ganhos mensais 967,97
Ganhos anuais 11.615,64
Tabela 05 -: Quantificação total das potencialidades de ganhos econômicos das ações de redução do desperdício na Empresa - Projeto Varejista do Conjunto Nacional – 2007.
Consolidação Eficiência Energética
23
Introdução
Eficiência Energética
Energia Elétrica
Esta consolidação se aplica ao universo de uma empresa da cadeia
produtiva da alimentação, participante do “Projeto Varejista do Conjunto
Nacional”.
A empresa possui 27 kW em carga instalada, responsável pelo consumo
anual de 104.852 kWh de energia elétrica, equivalente ao consumo de 174
casas populares e desembolsa a importância de R$ 36.625,00 em despesas
financeiras.
Participação por modalidade no consumo de energia elétrica
O Gráfico 01 mostra o perfil por modalidade de uso da energia elétrica
da empresa participante.
Consolidação Eficiência Energética
24
Projeto Varejista do Conjunto Nacional - 2007Uso da Energia Elétrica
motores elétricos10%
ar condicionado37%
iluminação9%
refrigeração37%
outros equipamentos
7%
Motores
Gráfico 01 – Modo da utilização da energia elétrica da empresa participante do Projeto Varejista do Conjunto Nacional – 2007.
A modalidade “motor” ocupa a segunda posição em participação,
responde por 10% do consumo de eletricidade.
Os motores estão presentes, principalmente, em exaustores e.
Ar condicionado
A modalidade ocupa a primeira posição e é responsável por 37 % do
consumo de energia elétrica.
Iluminação
Ocupando a terceira posição em importância, responsável pela utilização
de 9% da energia elétrica.
Refrigeração
Consolidação Eficiência Energética
25
A modalidade refrigeração ocupa, também, a primeira posição em
participação, com 37% no consumo de energia elétrica.
O modo “refrigeração” compõe-se de expositores de sorvetes,
refrigeradores e frízeres empregados na refrigeração e conservação de
produtos alimentícios.
A empresa não dispõe de câmara fria.
Outros equipamentos
Ocupando a quarta e última posição em importância, esta modalidade
responde por 7% da utilização da energia elétrica.
Desta participam os computadores, microondas, cubas de banho-maria
e aquecedores de pratos.
Potencialidades de redução de consumo de energia
A Tabela 06 mostra os dados consolidados de potencialidades a serem
alcançados.
Ações recomendadas
I) Ar condicionado
A ação de adequação de uso prevê a implantação de insuflamento de ar
sem resfriamento em conjunto com exaustão do ar de retorno e coifa em
substituição ao atual sistema de climatização.
A medida proporciona uma redução de 13.692kWh/ano.
Consolidação Eficiência Energética
26
II) Iluminação
A ação de substituição das lâmpadas fluorescentes de 20W e 40W por
lâmpadas fluorescentes de 16W e 32W, respectivamente, mostrou-se
viável.
A Tabela 06 mostra que nesta modalidade de uso da energia é possível
reduzir em 1.584 kWh/ano.
II) Refrigeração
Nesta modalidade a ação de redução de horas de utilização recomenda-
se a manutenção regular dos equipamentos de refrigeração que inclua a
inspeção do estado de conservação e funcionalidade das vedações,
verificação da carga do líquido frigorígeno (gás); limpeza dos
condensadores e interna dos refrigeradores, de modo, impedir a
formação de acúmulo de gelo nas paredes internas, regulagem da
temperatura interna; e finalmente, empreender a melhoria da ventilação
dos refrigeradores, respeitando o afastamento de 10 a 15 cm de
possíveis obstáculos (paredes ou outros equipamentos), conforme
recomendações dos fabricantes.
Há possibilidade em reduzir 5.541kWh/ano, conforme demonstrado na
Tabela 06.
Consolidação Eficiência Energética
27
ar condicionado
Economia por adequação qualitativa (kWh/ano) 13.692
Iluminação
Economia por substituição de lâmpadas (kWh/ano) 1.584
Refrigeração
Economia por redução de horas de utilização (kWh/ano) 5.541
Potencialidade de redução de consumo (kWh/ano) 20.817
Consumo anual do segmento (kWh/ano) 104.852
Redução (%) 19,9%
Tabela 06 – Potencialidades de redução de consumo de energia detectadas pelo Projeto Varejista do Conjunto Nacional – 2007.
Em resumo, a potencialidade de redução do consumo anual de energia
diagnosticada pelo “Projeto Varejista do Conjunto Nacional”, edição 2007, é de
19,9% como mostra a Tabela 06.
Nota:
Foram consideradas apenas as ações cujos prazos de retorno de
investimento sejam iguais e inferiores há 24 meses.
Recomendações
Instalações elétricas
Foram recomendadas, como medida de melhoria da segurança
patrimonial, a adequação à Norma Técnica ABNT 5410 referente à instalação
da barra de equipotencialização, de supressores de surtos elétricos,
dispositivos de detecção de falhas de isolamentos, instalação de barra de
equipotencialização do “terra” e melhoria da malha de aterramento.
Consolidação Eficiência Energética
28
Os dispositivos de detecção de falhas de isolamentos são
recomendados, especialmente, para ambientes úmidos como banheiros,
cozinha e áreas reservadas às lavagens diversas.
Iluminação
Os níveis de iluminamento de alguns ambientes apresentam-se
inferiores aos estabelecida pela Norma Técnica ABNT 5413 – Iluminância de
Interiores, sugeriu-se a adequação destes níveis de iluminamento, bem como,
ofereceu-se a consultoria de iluminotécnica através do UAIT – Unidade de
Apoio à Inovação Tecnológica.
Ventilação e exaustão
A empresa está empreendendo a recuperação do sistema de coifa,
medida que deve colaborar na melhoria do conforto térmico ambiente da
cozinha.
Consolidação Eficiência Energética
29
Coordenação Geral SEBRAE/DF James Hilton Reeberg - Gerente da UAIT Flavia Diniz Mayrink Equipe Técnica Alberoni Leal Moura
Ricardo de Feiras Zago
Sirlea Moura
SEBRAE/DF - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito
Federal
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