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SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DE FORTALEZA Rua Pedro I, s/n - Centro Fortaleza-Ceará. Fone/fax: (85) 3105.1316
PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA
Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza - SDH
Coordenadoria da Criança e do Adolescente – FUNCI
RELATÓRIO DA SENSIBILIZAÇÃO
CONTRA O TRABALHO INFANTIL COM
COORDENADORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE FORTALEZA
AGOSTO 2011
SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DE FORTALEZA Rua Pedro I, s/n - Centro Fortaleza-Ceará. Fone/fax: (85) 3105.1316
PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA
SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DE FORTALEZA - SDH
COORDENADORIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – FUNCI
SENSIBILIZAÇÃO CONTRA O TRABALHO INFANTIL COM COORDENADORES
DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE FORTALEZA
ESCOLAS PARTICIPANTES – SER I
EMEIF: Faustino de Albuquerque
EMEIF: Rotariano Jader de Figueiredo Correia
EMEIF: Raimundo S. Mangueira
EMEIF: Dois de Dezembro
EMEIF: Moura Brasil
EMEIF: Rosa Mística
EMEIF: Dom Hélder Câmara
EMEIF: Francisco das Chagas de Farias
EMEIF: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
EMIEF: Reitor Pedro Teixeira Barroso
EMEIF: São Cura D'ars
CMES: Francisco Domingos da Silva
EMEIF: Hilberto Silva
EMEIF: Santa Tereza
CMES: Maria Dalva S. Marreiro
EMEIF: Virgílio Távora
EMEIF: Patativa do Assaré
EMEIF: Aldemir Martins
EMEIF: Antonio Correia Lima
CMES: Prof. José Rocha Macambira
EMEIF: Agostinho Moreira e Silva
EMEIF: Castelo de Castro
EMEIF: Fco. Silva Cavalcante
EMEIF: Luiz Carlos Albuquerque M.Brito
EMEIF: Lenira Jurema de Magalhães
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PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA
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COORDENADORIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – FUNCI
ESCOLAS PARTICIPANTES – SER II
EMEIF: Frei Tito de Alencar
EMEIF: José Dias Macêdo
EMEIF: Prof ª Consuelo Amaro
EMEIF: Mª Odnilra Cruz
EMEIF: São Rafael
EMEIF: Mª Gondim dos Santos
EMEIF: Prof. Álvaro Costa
EMEIF: Maria Alice
EMEIF: Complexo São Vicente de Paulo
EMEIF: Godofredo de Castro Filho
EMEIF: Padre Paulino
EMEIF: Aida Santos e Silva
EMEIF: José Carlos de Pinho
EMEIF: Torres de Melo
EMEIF: Alba Frota
EMEIF: Frei Agostinho Fernandes
EMEIF: Almerinda de Albuquerque
EMEIF: Godofredo de Castro
EMEIF: Prof. Luís Costa
EMEIF: Prof ª Belarmina Campos
ESCOLAS PARTICIPANTES – SER III
EMEIF: Dagmar Gentil
EMEIF: Joaquim Nogueira
EMEIF: Antonio Diogo de Sequeira
EMEIF Francisca Fernandes Magalhães
EMEIF: João Paulo II
EMEIF: São Raimundo
EMEIF: Maria do Socorro A Carneiro
EMEIF: Dom José Tupinambá da Frota
EMEIF: Quintino Cunha
EMEIF: Dolores Alcântara
EMEIF: 15 de Outubro
EMEIF: ABC Santa Luzia
CMES: Racamonde Capelo
EMEIF: Joaquim Francisco de Sousa Filho
EMEIF: Autran Nunes
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COORDENADORIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – FUNCI
ESCOLAS PARTICIPANTES – SER IV
EMEIF: Maria de Carvalho Martins
Escola Municipal Filgueiras Lima
CEMS Projeto Nascente
EMEIF: Marcos Valentin
EMEIF: Mozart Pinto
EMEIF: Waldemar Barroso
EMEIF: Paulo Sarasate
EMEIF: Papa João Paulo XXIII
ESCOLAS PARTICIPANTES – SER V
EMEIF: Murilo Aguiar
EMEIF: Conceição Mourão
EMEIF: Jonathan da Rocha
EMEIF: Diogo Vital de Siqueira
EMEIF: João Hildo de Carvalho
EMEIF: João Paulo II
EMEIF: Lireda Facó
EMEIF: Prof. Américo Barreira
EMEIF: Reitor Antonio Martins Filho
EMEIF: Alaide Augusto de Oliveira
EMEIF: Faustino de Albuquerque UVI
EMEIF:Manoel Malveira Maia
CMES: Fco. Edmilson Pinheiro
EMEIF: João Mendes de Andrade
EMEIF: Prof. Jacinto Botelho
EMEIF: Prof. Osmirio Barreio
CMES: Viviane Benevides
EMEIF: Catarina Lima da Silva
EMEIF: Noelzinda Sátiro Santiago
EMEIF: Prof. Edilson Brasil Soares
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COORDENADORIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – FUNCI
ESCOLAS PARTICIPANTES – SER VI
EMEIF: Clodomir Teófilo Girão
EMEIF: Paulo Sérgio de Sousa Lira
EMEIF Professora Josefina Parente Araújo
EMEIF: Moreira da Rocha Falcão
EMEIF: Alvorada
EMEIF: José Carvalho
CMES: José João Hippólyto
CMES: Professora Terezinha Ferreira
EMEIF: José Moreira Leitão
CMES: Vicentina Campos
EMEIF: Yolanda Queiroz
EMEIF: Sinó Pinheiro
EMEIF: Abdenago da Rocha Lima
EMEIF: Antonio Girão Barroso
EMEIF: Irmã Stella
EMEIF: Delma Hermínia
EMEIF: Raimundo Moura Matos
EMEIF: Infante Rosalina Rodrigues
EMEIF: Dom Geraldo Nascimento
EMEIF: Saraiva Leão
EMEIF: Cônego Francisco Pereira da Silva
EMEIF Guiomar da S. Almeida
EMEIF: Manuel Lima Soares
EMEIF: Prof ª Fernanda Alencar Colares
EMEIF: Isabel Ferreira
EMEIF: Prof ª Raimunda Félix de Alcântara
EMEIF: Josefa Barros de Alencar
EMEIF: Profª Maria Evan do Carmo
EMEIF:Prof ª Maria José Macário Coelho
EMES: Francisco de Melo Jaborandi
CMES Anísio Teixeira
EMEIF: João Germano da Ponte Neto
EMEIF: Blanchard Girão
EMEIF: José Barros de Alencar
EMEIF: Maria Stella L. Santiago
EMEIF: Tristão de Alencar
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COORDENADORIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – FUNCI
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao Adolescente, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los
a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Constituição Federal Art. 227
- Apresentação:
O presente relatório visa registrar em linhas gerais a execução da proposta de Formação contra o
Trabalho Infantil com coordenadores Pedagógicos das escolas municipais de Fortaleza, cujo objetivo foi
sensibilizar aos profissionais da educação quanto ao trabalho infantil enquanto violação de direitos de
crianças e adolescentes, e como metas o fortalecimento do: papel do educador como grande aliado contra
o trabalho infantil, o papel da escola no Sistema de Garantias de Direito e o Programa de Educação
contra a Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes através da divulgação do edital do Prêmio
PETECA. Divulgação esta, realizada pela coordenadora da SME.
- Introdução:
O Trabalho Infantil é uma violação de direitos de crianças e adolescentes. A erradicação
do trabalho infantil é dever de todos: da família, da sociedade, do Estado. Exige desde ações
imediatas, que assegurem a efetiva retirada, do mercado de trabalho, de crianças que se
encontram em situação de exploração, além de respostas de longo prazo, através de um
permanente processo de conscientização da sociedade, quando ainda aceita o trabalho precoce
como complemento necessário a renda das famílias pobres.
A Secretaria de Direitos Humanos através da Coordenadoria da Criança e do Adolescente-
FUNCI formula e implementa políticas públicas para crianças e adolescentes, realiza também ações de
prevenção, sensibilização e mobilização contra o trabalho infantil, fortalecendo o diálogo na sociedade
em geral, visando desmistificar a exploração econômica infanto-juvenil culturalmente naturalizada e o
reconhecimento desta, enquanto violação de direitos de crianças e adolescentes, também compreende que
enfrentamento a esta prática, necessita de uma atuação articulada entre todos os atores que estão
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comprometidos com a garantia dos direitos de crianças e adolescentes, usando estratégias diferenciadas
sobre a mesma problemática.
No âmbito dos direitos humanos a educação assume um papel central, sendo essencial ao
exercício de outros direitos humanos e ao desenvolvimento. Visto que, a melhoria da condição social e
rompimento de barreiras culturais passam necessariamente, pela educação. Os educadores são os
profissionais que possuem condições de identificar os casos de trabalho infantil, pois na maioria das
vezes, o trabalho precoce é a causa do baixo rendimento ou abandono escolar.
- As articulações:
Reconhecendo o papel fundamental da educação e do educador enquanto agente de transformação
social, no sentido de desenvolver estratégias, buscar a integração das políticas pela erradicação do
trabalho infantil, a Supervisão de Erradicação do Trabalho Infantil da SDH, ainda no mês de junho
realizou articulações com a Secretaria Municipal de Educação (SME) por conta da semana contra o
Trabalho Infantil, e no mês de julho, em reunião com Sônia Régia, coordenadora do projeto Escola
Criativa da SME, apresentou a proposta de retomar as formações com os coordenadores pedagógicos no
mês de agosto, visto que seria também uma oportunidade de sensibilizar os profissionais acerca do
prêmio PETECA (Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes).
Foram agendadas as formações com os coordenadores pedagógicos para o mês de agosto. Sônia Régia,
esteve presente em todas as formações socializando detalhes relativos ao Programa, incentivando a
participação dos coordenadores.
Os encontros aconteceram de 09 a 31 de agosto, nas seis regionais de Fortaleza, com frequência
média de 60% dos coordenadores pedagógicos em cada sensibilização, totalizando 140 profissionais das
240 escolas. (anexo I)
Na ação conjunta SDH/SME as contrapartidas definidas foram: pasta, material informativo da
OIT, Cartilha do PETECA, espaço, articulação com os coordenadores, responsabilidade da SME. Folders
do SGD, material informativo (cartazes, panfletos, adesivos), lanche, facilitação da formação em si,
responsabilidade da SDH. (anexo II).
Os temas foram elaborados de forma a contribuir, significativamente, para a compreensão e
reflexão de conhecimentos, e através de uma metodologia mesclando o lúdico e o teórico, sensibilizar os
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coordenadores a respeito da temática enquanto formadores de opinião, multiplicadores junto aos
professores, sempre destacando a sua importância e atuação no âmbito escolar. Desta forma, a
programação, incluiu um resgate a infância, o trabalho infantil, prejuízos à educação, o papel do professor
e da escola, e o Sistema de Garantias de Direito - SGD. A programação durou cerca de três horas em cada
regional, nos turnos da manhã ou tarde. (anexo III).
Alguns comentários sobre as temáticas centrais e colocações feitas pelos profissionais
SDH/SME, a respeito dos assuntos abordados foram bastante significativos:
- A importância de vivenciar a infância e o brincar – Propôs um resgate da infância através das
brincadeiras e cantigas de rodas, sobre a importância de vivenciar esta fase nas mais diferentes formas e
refletir com os participantes, partindo das suas falas, o quanto o trabalho infantil rouba a infância.
Favoreceu aos educadores socializar conhecimentos reconhecendo que tal prática é de grande relevância
para o desenvolvimento biopsicossocial (cognitivo, afetivo, social e motor) da criança e adolescente.
Promoveu o congraçamento, a integração e predispôs ao grupo abertura fundamental para a evolução das
demais atividades. (Facilitadora: Jesilda Batista da Silva - Assistente Técnica da Equipe de Erradicação
do Trabalho Infantil - SDH)
“Favorece a criança um espírito criativo, a aprendizagem, o convívio social, desenvolvimento cerebral, o
„faz de conta‟ permite elaborar hipóteses, mais tarde as mais diversas inferências que ela pretende na
vida.” SER V
“A pessoa que „emprega‟ crianças tira as expectativas de vida dessas crianças, tirar o brincar é matar a
infância.” SER IV
“Quando você não brinca, falta-lhe sensibilidade para ver a CRIANÇA” SER III
“BRINCAR:Brincadeiras-Respeito-Integração-Naturalidade-Cumplicidade-Amor-Regras” (Acróstico)
SER III
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- Os prejuízos causados pelo trabalho infantil na Educação, cujo objetivo foi de refletir com os
profissionais, os prejuízos, as consequências do trabalho infantil para a criança e adolescente, tendo em
vista que o trabalho precoce, comprovadamente, é uma das causas de baixo rendimento e evasão escolar,
também de analfabetismo prejudicando o desenvolvimento, causando danos irreversíveis ao sujeito na
educação e fase adulta. Destacando a importância da escola e do professor, enquanto agente
transformador da sociedade. Foi uma atividade bastante reflexiva, e nem por isso excluiu a criatividade,
favoreceu a participação, onde os coordenadores demonstram, criticidade, consciência, compromisso e
sensibilidade nos debates e questionamentos propostos. (Facilitadora: Aline Chaves de Souza –
Assistente Técnica da Equipe de Erradicação do Trabalho Infantil)
“Tenho um aluno que trabalha acompanhando o pai no trabalho de vigia noturno, o menino apresenta
fadiga, dorme durante as aulas, se esforça, mas não consegue prestar atenção às aulas, o desinteresse
pela escola tem aumentado e as faltas também, as consequências são baixa aprendizagem, repetência e
como outros, a evasão escolar” SER III
“Percebe-se muita amargura, uma visão pessimista da vida, repetição do ciclo de pobreza, e muita
frustração em relação ao futuro” SER II
“Devido à baixa autoestima, há na criança que trabalha dificuldades de estabelecer vínculos afetivos,
violência nas relações com os colegas, professora, dificuldades em obedecer a regras” SER V
“Há muita infelicidade, devido à eliminação dos sonhos, exclusão social, a criança se isola, e tem
dificuldade de desenvolver a criatividade.” SER I
“O trabalho infantil prejudica a educação de uma criança trazendo retardo na aprendizagem, baixo
rendimento escolar, repetências sucessivas, distorção série-idade, desmotivação, gerando analfabetos
funcionais e por fim, a evasão escolar.” SER VI
Dentro ainda da temática, diante da gravidade que representa o trabalho infantil à educação, os
coordenadores apresentaram propostas significativas em relação à escola, quanto ao questionamento:
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- Como a escola pode contribuir para erradicar o Trabalho Infantil?
“Uma escola em tempo integral, motivar os professores de forma lúdica tal qual a metodologia da
equipe de Erradicação do trabalho Infantil”. SER I
“Sensibilizar os professores das escolas; cada um fazer sua parte na educação, trabalhar a temática de
forma lúdica.”
“Se uma criança está trabalhando com o consentimento dos pais, sensibilizar o empregador e os pais, e
denunciar os casos de trabalho infantil aos Conselhos Escolares e Conselho Tutelar.”
“Monitorar as salas de aula para saber o porquê as crianças que estão faltando e identificar as que
estão em situação de trabalho infantil, diagnosticar para levar o assunto como demanda da escola.”
“Implantar a escola em tempo integral e ter o controle do poder público, na verdade a escola em tempo
integral como política pública contra o trabalho infantil”.
“Cumprir com seu dever de escola cobrar o dever de casa, conscientizar sobre a importância de estudar,
promover palestras com os pais para entenderem o tema: Trabalho Infantil e a importância de estudar.”
O Sistema de Garantia de Direitos (SGD), apresentar a rede e as instituições que o integram, dirimir
possíveis dúvidas quanto aos eixos de promoção, defesa e controle da efetivação dos direitos humanos da
criança e do adolescente, ressaltando o papel da educação na promoção de direitos com crianças e
adolescentes, bem como, a sua contribuição para erradicação do trabalho infantil. Foi uma atividade
reflexiva, participativa e questionadora, após um breve resgate histórico sobre o SGD, definição, atuação
e apresentação dos eixos que o compõe, delineação do papel de cada um, inquiria-se dos presentes sobre
determinado órgão ou instituição e a qual eixo pertencia. As pessoas em seus grupos se colocavam
expondo opiniões voluntariamente demonstrando interesse em esclarecer dúvidas, as mais recorrentes
estavam entre alguns órgãos de defesa e de controle. (Facilitador: Fco. Helenildo da Costa Amador –
Assistente Técnico da Equipe de erradicação do Trabalho Infantil).
Alguns questionamentos:
- “Onde se localiza o SGD?”
- “Quais as portas de entrada de denúncias?”
- “Quem fiscaliza o Conselho Tutelar?”
- “Qual é a diferença entre Conselho Tutelar e Conselho de Direitos?”
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Considerações finais:
Avaliamos que atingimos os objetivos propostos nesta ação, apesar de contarmos
com uma equipe reduzida, a organização foi eficiente, também contamos com uma articulação
bastante positiva de cada coordenador por regional, pois 140 profissionais estiveram presentes e
avaliamos exitosos os encontros de sensibilização acerca do trabalho infantil com os
coordenadores pedagógicos “quali e quantitativamente”. Uma boa quantidade de material
informativo foi entregue para que os coordenadores multiplicassem junto aos professores de suas
respectivas escolas, cerca de (2.312) dois mil trezentos e doze (panfletos, cartazes, adesivos etc.).
A programação favoreceu a integração entre os participantes, despertou interesse na metodologia
utilizada, levamos em consideração todo o conhecimento prévio dos coordenadores, e desta
forma a troca de saberes foi bastante rica.
“A metodologia de vocês toca a alma, o espírito” (Coord. SER II )
Foram encontros significativos, pois ao vivenciarem o resgate da infância através das
brincadeiras, embalados pela musicalidade do violão, alguns coordenadores relataram a
importância da infância e do brincar no cotidiano dos alunos nas escolas em que atuam.
Revelações de o quanto têm negligenciado este importante aspecto da infância, lançaram a
proposta de se resgatar as brincadeiras de roda (e entraram realmente na roda) no ambiente
escolar, sem saudosismos, mas por todos os benefícios que o Brincar proporciona, como
momentos de entrega, alegria, segurança, equilíbrio, forma um espírito mais criativo, o
desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e psicológico na vida de crianças e adolescentes que
serão necessários quando adultos, deixando-nos a reflexão: “tirar o brincar é matar a infância.”
Durante o momento sobre os prejuízos causados pelo trabalho infantil, observamos que a
maioria consegue identificar os inúmeros danos que o trabalho infantil causa a acriança e ao
adolescente na área da Educação, questionamentos quanto às causas do trabalho infantil, se
social ou econômica, levaram ao debate e após socialização de experiências em outros países,
concluíram que no Brasil, possui razões não só sociais, mas econômicas, históricas e culturais.
Assim, ressaltamos a importância de o professor ampliar o entendimento quanto à problemática,
entendendo que o educador é um grande aliado nesta caminhada para erradicar o trabalho
infantil. E muito se construiu do papel de cada um dentro do eixo educação também.
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No entanto, percebemos que os mesmos tiveram dificuldades no momento da discussão
sobre o Sistema de Garantias de Direito, dada a complexidade e objetivo que o mesmo apresenta,
pois além da aplicação de instrumentos normativos que dispõe sobre os direitos de crianças e
adolescentes, e que muito embora divulgados, não são do conhecimento de todos, nem mesmo
daqueles que são responsáveis em assegurar os direitos, a garantia e o funcionamento dos
mecanismos de promoção, defesa e controle da efetivação desses direitos. Revelando que os
coordenadores pedagógicos possuíam conhecimento superficial sobre a temática, mesmo aqueles
que diziam já ter ouvido falar não compreendiam a organização do SGD, como podemos
perceber na seguinte pergunta: “Onde fica localizado o SGD?” alguns não conseguiram
diferenciar os três eixos, promoção, defesa e controle, nem os órgãos que deveriam ser acionados
em caso de violação de direitos. Algumas dúvidas foram esclarecidas.
Assim, concluímos que o Sistema de Garantia de Direitos, deve ser mais trabalhado com
todos os profissionais que atuam na promoção de direito de crianças e adolescentes, é necessário
engajamento e dedicação, integração com a comunidade, a família na luta pelos direitos
fundamentais da infância, o SGD precisa ser divulgado, entendido e acionado.
Percebemos também que em cada regional, havia coordenadores novatos que nunca
tinham ouvido falar sobre erradicação do trabalho infantil, portanto se faz necessário o contínuo
processo de mobilização e sensibilização em caráter formativo junto a estes profissionais.
“A Escola não têm a responsabilidade total de Erradicar o trabalho Infantil, mas ela pode
contribuir para erradicá-lo, ela é parte de um todo”. (Coord. Pedagógica da Regional I)
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ANEXO I: QUANTIDADE DE COORDENADORES PEDAGÓGICOS PRESENTES
SER DATA LOCAL TURNO QUANTIDADE DE
COORDENADORES
PRESENTES ESPERADOS
I 18/08/11 Distrito de Educação Tarde 27 41
II 17/08/11 Conselho Municipal
de Educação
Tarde 23 21
III 22/08/11 Emeif Recamonde
Capelo
Tarde 16 35
IV 11/08/11 Emeif Paulo
Sarasate
Manhã 11 21
V 09/08/11 Secretaria
Regional V
Tarde 22 73
VI 31/08/11 Casa José de Alencar Manhã 41 69
TOTAL 140 260
ANEXO II: QUANTIDADE DE MATERIAL INFORMATIVO DISTRIBUÍDO
MATERIAL INFORMATIVO UTILIZADO:
Cartazes Panfletos Adesivos Cartilhas
54 135 135 27
69 115 115 23
32 160 80 16
22 110 55 11
22 220 110 22
205 410 123 41
404 1150 618 140
MATERIAL INFORMATIVO GERAL: 2.312
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ANEXO III: PROGRAMAÇÃO DA SENSIBILIZÇÃO
ATIVIDADES FACILITADOR(A) TEMPO
1. Apresentação do Edital do PETECA Sônia Régia 40min
2. Dinâmica : Dança da Prainha Helenildo Amador 10min
3. Apresentação da SDH/ETI Fabíola Xavier 10min
4. Dinâmica: Cantigas de roda Jesilda Batista 05min
5. A importância de vivenciar a infância Jesilda Batista 30min
6. Vídeo: Significado do Brincar 05min
7. Prejuízos do Trabalho Infantil na
Educação
Aline Chaves 30min
8. Sistema de Garantia de Direitos – SGD Helenildo Amador 30min
9. Vídeo: Rap da Erradicação do T.I.D 10min
10. Lanche Alessandra Feijão 10min
11. Encerramento: dança da lavadeira Helenildo Amador 10min
Observações:
Articulação Geral: Jesilda Batista e Fabíola Xavier
Infra Estrutura: Materiais informativos, pastas, CI’s, lanche, água (Alessandra Feijão
e Helenildo Amador).
Metodologia: Material programático, dinâmicas e elaboração das atividades teóricas
e práticas. (Aline Chaves, Jesilda Batista e Helenildo)
Mobilização: Coordenadores Pedagógicos Municipais. (Helenildo Amador)
Registros Fotográficos e Gravações de Vídeo: (Júnior Holanda)
Recepção: Júnior Holanda e Clêmia Marcelino.
Elaboração do relatório: Equipe de Erradicação do Trabalho Infantil
Fortaleza, 09 de setembro de 2011.
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ANEXO IV: REGISTROS FOTOGRÁFICOS DA FORMAÇÃO EM CADA REGIONAL
SER: V 09/08/2011 – Auditório da SER V
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SER IV 11/08/2011 – EMEIF Paulo Sarasate
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SER II 17/08/2011 – Conselho Municipal de Educação
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SER I 18/05/2011 – Distrito de Educação da SER I
]
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SER III: EMEIF Recamonde Capelo
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SER VI – Casa José de Alencar
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PROPOSTA DE FORMAÇÃO, EM CARÁTER DE SENSIBILIZAÇÃO,
COM COORDENADORES PEDAGÓGICOS DAS ESCOLAS
MUNICIPAIS DE FORTALEZA
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1. APRESENTAÇÃO:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao Adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Constituição Federal Art. 227
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada anualmente, pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o trabalho infantil está associado a indicadores de baixa
escolarização, baixo rendimento e evasão escolar três vezes maior entre crianças e adolescentes que
trabalham baixo rendimento econômico das famílias cujas crianças e adolescentes trabalham. A PNAD de
2008, por exemplo, apontou que 27,5% dos adolescentes que trabalham, entre 16 e 18 anos, deixam de
frequentar a escola. Entre os adolescentes de 14 e 15 anos, o índice de escolarização dos que não
trabalham e de 93,8%, e de 88,3% entre os que trabalham. Entretanto, não se pode negar que a melhoria
da condição social e rompimento de barreiras culturais passam necessariamente, pela educação. Os
educadores são os profissionais que possuem condições de identificar os casos de trabalho infantil, pois
na maioria das vezes, o trabalho precoce é a causa do baixo rendimento ou abandono escolar.
Com o objetivo de contribuir para redução do índice de trabalho infantil em Fortaleza, apresentamos a
proposta de Formação, em caráter de sensibilização, com coordenadores pedagógicos das escolas
municipais que possuem o Programa de Educação Contra o Trabalho Infantildas seis regionais da cidade
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durante o mês de agosto de 2011. Para realização da tal Formação fdivididos em quatro encontros.
Contemplando as 06 seis regionais de Fortaleza no mês de agosto de 2011 no período de agosto pois
reconhecemos o papel fundamental da educação e do educador enquanto agente de transformação social,
no sentido de desenvolver estratégias,
a Supervisão de Erradicação do Trabalho Infantil da SDH, ainda no mês de junho realizou articulações
com a Secretaria Municipal de Educação (SME) por conta da semana contra o Trabalho Infantil, e no mês
de julho, em reunião com Sônia Régia, coordenadora do projeto Escola Criativa da SME, apresentou a
proposta de retomar as formações com os coordenadores pedagógicos no mês de agosto, visto que seria
também uma oportunidade de sensibilizar os profissionais acerca do prêmio PETECA. Sônia Régia
agendou as formações com os coordenadores pedagógicos para o mês de agosto, e esteve presente em
todas as formações socializando detalhes relativos ao Programa
2.JUSTICATITICATIVA:
A Constituição Federal instituiu a doutrina de proteção integral e prioridade absoluta de crianças
e adolescentes, delegou à família, à sociedade, e ao Estado a responsabilidade por essa proteção.
O Estatuto da Criança e do Adolescente redefiniu as atribuições de instituições governamentais
como Educação, Justiça e não-governamentais ligadas à infância, tais como, Conselhos
Tutelares, Conselhos da Criança e do Adolescente, agentes que integram o Sistema de Garantias
de Direito e estabelece que a atuação destes agentes deve se dar de forma articulada, de modo a
garantir a efetiva promoção, defesa e controle social desses direitos.
O Trabalho Infantil é uma violação de direitos de crianças e adolescentes. A erradicação do
trabalho infantil é dever de todos: da família, da sociedade, do Estado. Exige desde ações
imediatas, que assegurem a efetiva retirada, do mercado de trabalho, de crianças que se
encontram em situação de exploração, além de respostas de longo prazo, através de um
permanente processo de conscientização da sociedade, quando ainda aceita o trabalho precoce
como complemento necessário a renda das famílias pobres.
A Secretaria de Direitos Humanos através da Coordenadoria da Criança e do Adolescente- FUNCI
formula e implementa políticas públicas para crianças e adolescentes, realiza também ações de
prevenção, sensibilização e mobilização contra o trabalho infantil, fortalecendo o diálogo na sociedade
em geral, visando desmistificar a exploração econômica infanto-juvenil culturalmente naturalizada e o
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reconhecimento desta, enquanto violação de direitos de crianças e adolescentes, também compreende que
enfrentamento a esta prática, necessita de uma atuação integral e integrada de todos os atores que estão
comprometidos com a garantia dos direitos de crianças e adolescentes, usando estratégias diferenciadas
sobre a mesma problemática.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada anualmente, pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o trabalho infantil está associado a indicadores de baixa
escolarização, baixo rendimento e evasão escolar três vezes maior entre crianças e adolescentes que
trabalham baixo rendimento econômico das famílias cujas crianças e adolescentes trabalham. A PNAD de
2008, por exemplo, apontou que 27,5% dos adolescentes que trabalham, entre 16 e 18 anos, deixam de
frequentar a escola. Entre os adolescentes de 14 e 15 anos, o índice de escolarização dos que não
trabalham e de 93,8%, e de 88,3% entre os que trabalham. Entretanto, não se pode negar que a melhoria
da condição social e rompimento de barreiras culturais passam necessariamente, pela educação. Os
educadores são os profissionais que possuem condições de identificar os casos de trabalho infantil, pois
na maioria das vezes, o trabalho precoce é a causa do baixo rendimento ou abandono escolar.
No âmbito dos direitos humanos a educação assume um papel central, sendo essencial ao exercício de
outros direitos humanos e ao desenvolvimento. A educação permite que crianças e adolescentes social e
economicamente excluídos ultrapassem o limiar da pobreza. Há uma maior probabilidade de que as
crianças escolarizadas, quando se tornam adultas, mandem seus próprios filhos para a escola.
Assim, reconhecendo o papel fundamental da educação e do educador enquanto agente de transformação
social, no sentido de desenvolver estratégias, buscar a integração das políticas pela erradicação do
trabalho infantil, a Supervisão de Erradicação do Trabalho Infantil da SDH, ainda no mês de junho
realizou articulações com a Secretaria Municipal de Educação (SME) por conta da semana contra o
Trabalho Infantil, e no mês de julho, em reunião com Sônia Régia, coordenadora do projeto Escola
Criativa da SME, apresentou a proposta de retomar as formações com os coordenadores pedagógicos no
mês de agosto, visto que seria também uma oportunidade de sensibilizar os profissionais acerca do
prêmio PETECA. Sônia Régia agendou as formações com os coordenadores pedagógicos para o mês de
agosto, e esteve presente em todas as formações socializando detalhes relativos ao Programa,
incentivando a participação dos coordenadores.
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A infância e adolescência são períodos muito importantes para todo ser humano, é o momento
em que o indivíduo encontra-se em situação peculiar de desenvolvimento em todos os
sentidos: físico, biopsicossocial e cognitivo. Capacidades como habilidade física, memória,
aprendizagem, criatividade se desenvolvem e agravos neste período poderão configurar
prejuízos para a vida toda, principalmente na área educacional, ou seja, cada período de vida é
influenciado pelo que ocorreu na infância repercutindo na idade adulta e terceira idade
dependendo de fatores como hereditariedade, idade, contexto familiar, cultural e
socioeconômica.
A criança por muito tempo foi tratada como um ser incompleto, um adulto em miniatura,
como compara Schildkrout (1978:109) “alguém que ensaia para a vida adulta”. Fator este que
desconsiderou dentre outas peculiaridades, a própria linguagem infantil que é o brincar.
A brincadeira quando vivenciada na infância contribui para o desenvolvimento integral
do ser humano, criando espaços de experimentar o mundo, compreensão sobre as pessoas,
diversos conhecimentos, em níveis imaginativos, complexos e sociais, pois é também uma
forma de aprendizagem por meio da qual se prepara a criança para compreender e ocupar seu
espaço na sociedade. O brincar é o “trabalho” das crianças.
O trabalho Infantil prejudica a aprendizagem de crianças e adolescentes, causando
reprovações, abandono escolar e dificuldades cognitivas que repercutirão para o resto da vida.
Dados Brasil, Ceará - Fonte (IBGE)
O mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica
que entre 2008 e 2009, o número de crianças e adolescentes de 05 a 17 anos em situação de
trabalho no Ceará, reduziu de 293.783 (13, 85% da população nesta faixa etária) para
293.668(equivalente a 13,46%). Apesar da inexpressiva redução, o Estado saiu da vergonhosa
terceira posição no ranking nacional para o ainda lamentável quinto lugar.
Dados Ceará, Fortaleza - Fonte DDCA
O Disque Direitos de Criança e Adolescentes – DDCA de Fortaleza no período de 2008 a 2011
registrou 7.991 denúncias das mais diversas tipologias, dentre as quais 230 foram contra a
Exploração Econômica de crianças e adolescentes, o que corresponde apenas a 2,9%, isto
significa dentre outras leituras, a falta de sensibilidade da população em reconhecer o trabalho
infantil enquanto exploração econômica, ou mesmo a cultura de não realizar a denúncia
propriamente dita.
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A proposta de sensibilização e mobilização contra o trabalho infantil requer esforços conjuntos
de diversos setores de toda a sociedade, assim esta ação envolve vários atores sociais tais
como: Secretaria de Direitos Humanos – SDH, Secretaria Municipal de Educação – SME, a
Procuradoria Regional do Trabalho – PRT 7ª Região e a sociedade em geral, pois só através
da intersetorialidade será possível combater o trabalho infantil enquanto violação de direitos de
crianças e adolescentes.
A Secretaria Municipal de Educação ao celebrar o pacto pela erradicação do trabalho
infantil através do Programa PETECA – Programa de Educação contra a Exploração do
Trabalho de Crianças e Adolescentes assumiu o compromisso social de grande relevância, pois
é fundamental considerar o contexto no qual a criança e o adolescente estão inseridos
reconhecendo a exploração da mão de obra infantil como prejudicial à aprendizagem escolar
configurando assim, uma violência de direitos.
OBJETIVO:
Refletir com Coordenadores Pedagógicos da rede municipal de educação sobre a
importância da educação e a sua contribuição enquanto agente social de transformação para a
erradicação do trabalho infantil.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Realizar formação no caráter de sensibilização com os profissionais da educação
sobre o Sistema de Garantia de Direitos – SGD, a problemática do Trabalho Infantil com ênfase
nos prejuízos na aprendizagem e ao desenvolvimento escolar de crianças e adolescentes
trabalhadoras;
Refletir com os profissionais sobre a importância da escola enquanto agente
transformador da sociedade;
Mobilizar os coordenadores pedagógicos fomentando a construção de propostas
contra o trabalho infantil fortalecendo assim o PETECA junto aos professores.
META:
Realizar quatro (04) formações com 200 Coordenadores Pedagógicos, divididos em
quatro encontros. Contemplando as 06 seis regionais de Fortaleza no mês de agosto de 2011
METODOLOGIA:
Esta ação se desenvolverá de forma articulada entre a Secretaria de Direitos
Humanos – SDH, Secretaria Municipal de Educação – SME, definindo em reunião a
contrapartida de todos os envolvidos. (recursos materiais: espaço, água, lanche, infraestrutura
em geral e recursos humanos: Profissionais)
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As formações abordarão temáticas tais como: a importância da infância, os prejuízos do
trabalho infantil em relação à educação, o sistema de garantias de direito e o fluxo de
atendimento e denúncia, ressaltando o papel da educação, enquanto formadora de opinião e o
poder de transformação social que agrega, culminando com a construção de propostas a fim de
fortalecer o PETECA junto aos professores que são os grandes responsáveis por aplicá-los
com os alunos.
ENCONTROS DE
SENSIBILIZAÇÃO CONTRA
O TRABALHO INFANTIL
PÚBLICO QDE DATA SER'S
Primeiro Encontro Coordenadores
Pedagógicos das
Emeif”s
50 16 de Agosto VI
Segundo Encontro Coordenadores
Pedagógicos das
Emeif”s
50 23 de Agosto V
Terceiro Encontro Coordenadores
Pedagógicos das
Emeif”s
50 25 de Agosto I e II
Quarto Encontro Coordenadores
Pedagógicos das
Emeif”s
50 26 de Agosto III e IV
PROGRAMAÇÃO DAS FORMAÇÕES
Início com dinâmica de integração
Roda de conversa sobre a Importância da Infância
Apresentação da Supervisão Especial de Erradicação do Trabalho Infantil da
SDH
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