REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPICOS ... paciente deve ser considerado como potencial risco a...

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REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPICOS

GASTROINTESTINAL FLEXÍVEL

LÚCIA HELENA LOURENÇO TOMIATO

Endoscópios G. I. Flexíveis

Oferecem benefícios para diagnóstico e tratamento das patologias gastrointestinais.

São instrumentos reutilizáveis complexos que exigem considerações de alta importância sobre descontaminação. Além da superfície externa dos endoscópios, seus canais internos para ar, água, aspiração e acessórios são expostos a fluidos de corpo e outros contaminantes.

São sensíveis ao calor e não podem ser autoclavados.

Qualquer paciente deve ser considerado como potencial risco a infecção.

Todos os endoscópios e acessórios usados em endoscopia devem ser reprocessados com o mesmo rigor de acordo com protocolo de cada serviço.

Deve-se registrar o número de série de cada endoscópio utilizado em cada paciente para rastreamento na investigação de transmissão de doença. (BSG 2005)

Controle de Infecção em Endoscopia Gastrointestinal

Endoscópios G. I. Flexíveis

São considerados artigos semi críticos. Devem receber limpeza e desinfecção de alto nível após o uso de cada paciente .

(APIC – ASGE - BSG - CDC - FDA – GENCA- SGNA)

Lavadoras automatizadas devem ser utilizadas pós limpeza manual. Desinfecção manual já não é aceitável. (BSG 2005)

PROTOCOLO DE REPROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS

GASTROCENTRO UNICAMP

Limpeza

Enxágue

Secagem

Desinfecção

Enxágue c/ água de osmose reversa

Rinságem com álcool 70 GL

Secagem

As três regras mais importantes de qualquer reprocessamento eficaz são:

limpe-o limpe-o LIMPE-O! (GENCA 2003)

Para que a limpeza manual seja eficaz deve:

Ser executado por uma pessoa familiarizada com a estrutura

do endoscópio e com preparo para executar a técnica de limpeza

Ser limpo imediatamente após o uso . Seguir um protocolo que, usando detergentes apropriados e

limpando equipamento permite que todas as superfícies do endoscópio, interno e externo, seja limpo.

Ser seguido por enxágue que assegure a retirada de resíduo e

detergentes antes da desinfeção. ( GENCA 2003)

O passo mais importante no reprocessamento de endoscópio é a limpeza manual meticulosa antes da desinfeção. (GENCA 2003; ASGE-ESGENA 2008)

Os endoscópios que não foram meticulosamente limpos não serão apropriadamente desinfetados ou esterilizados - até com tempos de exposição prolongados.(GENCA 2003)

Escovas reutilizáveis devem ser reprocessadas. Escovas descartáveis devem ser desprezadas

após uso. (Nancy Chobin, and Sue Ellen Erickson 2003) (AGA-ASGE -AORN –APIC - BSG – ESGE - ESGENA – SGNA)

Solução Detergente Enzimática

Considerados obrigatórios p/ endoscópios. Excelente poder de limpeza. Não exclui a necessidade de limpeza mecânica. Não possui atividade bactericida ou

bacteriostática. Ação do detergente enzimático é superior ao do

detergente neutro. (Rutala & Weber, 2004; Merrit, 2000; Babb, 1995)

Solução Detergente Enzimática

O volume do detergente é medido corretamente?

O volume da água é medido corretamente?

Você conhece a qualidade da água utilizada?

Siga sempre as instruções do fabricante para diluição e uso.

Nancy Chobin and Sue Ellen Erickson Endoscopy and Infection Control 2003

Limpeza manual

Pré limpeza

na sala de exame

Limpeza manual no expurgo

Secagem

Após a limpeza mecânica e enxágüe, o endoscópio deve ser seco externamente e internamente.

Este procedimento evita a diluição e garante a manutenção da concentração da solução desinfetante.

Alternativas para Reprocessamento de Endoscópios

Glutaraldeido

Ácido peracético

Ortophytaldeido ETO

Desinfecção

O produto utilizado deve possuir registro na categoria de desinfetantes para artigos semi-críticos na ANVISA.

O produto utilizado para desinfecção deve ser compatível com o equipamento.

Toda solução desinfetante deve ser utilizada em temperatura correta de acordo com a recomendação do fabricante.

A solução utilizada deve ter controle do número de

imersões com controle da fita teste.

O tempo para desinfecção segue a RDC 35 ANVISA.

A eficiência da etapa de desinfecção é completamente dependente da eficiência da etapa de limpeza. (Rutala, 1990)

A presença de biofilme impede a ação da solução germicida.

(Pajkos & Vickery, 2004)

Enxágüe c/ água de osmose reversa

Evita a recontaminação do endoscópio após desinfecção com microorganismos presentes na água. O enxágüe deve ser abundante para evitar resíduo do produto químico no paciente. Reações adversas em pacientes devido ao efeito residual de glutaraldeido causado por enxague insuficiente podem causar colite, cólica abdominal e diarréia.(Rutala & Weber, 1999; ESGE/ESGENA, 2003)

Rinságem com álcool 70 GL e Secagem

A rinságem de álcool seguido de aeração forçada reduz a posssibilidade de proliferação de microorganismos nos canais internos do endoscópio. (Nelson & Muscarella, 2006; Nelson et al., 2003; Muscarella, 2001)

Etapa prioritária para a armazenagem do endoscópio. (Muscarella, 2001 ; ESGE- ESGENA, 2008 )

Independentemente da qualidade da água utilizada para enxágüe durante o processo manual ou automático, deve –se proceder a rinsagem com álcool a 70GL seguida de aeração forçada no endoscópio. (Muscarella, 2001)

Todos os tipos de água , incluindo a estéril

foram ligadas à contaminação bacteriana e deve, portanto, ser submetido a rinságem com álcool 70 GL seguida de aeração forçada.

(Alvarado & Reicheldelfer, 2000; Nelson & Muscarella, 2006)

Armazenar em local arejado, ventilado e de fácil limpeza; Manter o equipamento na posição vertical, evitando que o tubo conector seja tracionado, desconectando as partes removíveis. (Muscarella 2001; SGNA, 2005)

Proceder desinfecção antes do uso após armazenagem de 7 dias. (Nelson, 2005; Rutala & Weber, 2003)

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