View
48
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Raitéqui
Conexão Educação
Fique Sabendo
Redes Sociais Leitura em Foco
Mal-estar docente diante das tecnologias
O trabalho com as TIC nas escolas
Revista Digital
EditorialSITE: a voz do educador
digital
É com orgulho que apresentamos
a Revista Digital SITE! Essa revista
foi produzida coletivamente pelo
grupo de Professores Auxiliares de
Tecnologia Educacional, durante a
formação "Prática docente na cultura
digital: reflexões e planejamento",da
Rede Muncipal de Ensino de
Florianpolis/SC.
Durante a formação sobre a
produção de Revista Digital,
promovida pelo Núcleo de Tecnologia
Municipal, nos organizamos
enquanto Corpo Editorial da revista,
definindo todos os aspectos
referentes a esse produto midiático:
brief (Coleta de informações para
produção); Boneco (Estruturação
primária para a criação da revista);
definição das seções e das duplas
responsáveis; aprovação do
conteúdo pelo grupo; diagramação
do material no editor Scribus e
publicação da revista na web.
Ao longo do processo, definimos
como objetivo principal dessa
revista, discutir o uso das TIC na
rede municipal de Ensino, entre o
proposto e o vivido.
Ao longo dos artigos, produzidos
pelos nosso colegas que atuam
diretamente com as tecnologias e a
prática pedagógica nas escolas de
Florianópolis, esperamos que você,
leitor, consiga compreender melhor o
uso dos TIC na educação, tão
fundamental nesse tempo em que
vivemos, da Sociedade do
Conhecimento e da Informação.
Uma boa leitura!
Equipe NTM
ntmpmf@googlegroups.com
Desafios da educação tecnológica 4
RAITÉQUI:Aprender brincando 6
FIQUE SABENDO:Proinfo e as Salas Informatizadas da PMF 8
O TRABALHO COM AS TIC NA ESCOLA:Cultura Tecnológica: Avanços e Desafios 12
LEITURA EM FOCO:Práticas Inovadoras de Leitura 16
A Rede Social Facebook na Educação 18
Desafios da educação tecnológica
Elisangela Custódio Mantovani Especialista em Metodologias EAD
MBA em Gestão e Administração do Conhecimento
Mara Aguiar Souza Oliveira Especialista em EAD Mestre em Letras
O século XXI é marcado pela inserção das tecnologias, nos
transformando em sociedade digital. Ou ainda, denominações entusiastas como: sociedade do conhecimento, era cibernética, ou
sociedade da informação. Como não pensar nos desafios que profissionais da educação
vivenciam? Como falar sobre educação aliada à tecnologia? Será que todos os educadores percebem dimensão dessa transformação
educacional? A partir da nossa inserção na sociedade digital, estamos
constantemente nos deparando com novas informações por diversas mídias; no entanto, cada um de nós tem um histórico educacional e um
tempo de convívio diferente com todo esse contexto globalizado e atuante. Considerando isso, nos deparamos com dois perfis desse mundo virtual: os nativos digitais e os imigrantes digitais. O primeiro - os chamados
nativos digitais conseguem lidar com a tecnologia de forma peculiar,
pois já nascem inseridos nesse meio. Enquanto os imigrantes digitais são aqueles que vão se apropriando desse novo ambiente ao longo do
tempo, de acordo com a necessidade e/ou interesse. Vivenciamos a sociedade digital, portanto nossos alunos já chegam à
escola munidos de muita informação advindas do uso constante de diversas tecnologias de apoio e interatividade que fazem uso no dia a
dia. Falar sobre tecnologia não é mais novidade porque as TIC estão inseridas em muitas situações do cotidiano. Atualmente estamos muito mais expostos ao olhar do outro mais do que imaginamos. Se alguém, mesmo distante, quiser ter acesso a
informações sobre nossas vidas, basta, em um clic, acessar perfis ou sites de busca para adentrarmos a inúmeras informações. Hoje diversas
operadoras oferecem, a custo zero praticamente, o envio de SMS, ou até mesmo a prática mais usual – acessar uma rede social.
E mesmo que o outro não tenha perfil em rede social, não é
impedimento, para que alguém tire e poste uma foto em sua rede social com informações de interesse, ou de sua vida.
4
No passado, o fato é que na necessidade de falar com uma pessoa que more distante, se não fosse o telefone fixo, que por seu custo mensal
não se tornava acessível a todos, tínhamos então a opção da carta! Sim a boa e velha carta manuscrita que era escrita, enviada pela empresa
responsável pelo transporte ao remetente (quem enviou) iria obter as informações sobre o destinatário (quem recebe). Hoje preparados ou não, os tempos são outros! E há muitas perguntas
nesse período de dez anos onde as mídias tomaram conta do mercado, revolucionando modelos de comunicação, interagindo desde crianças
ainda em fase de alfabetização até idosos, transformando o cotidiano dos profissionais de diversas áreas, e principalmente dos professores
que estão repensando sua prática docente nesse contexto que se desenvolve e modifica constantemente. Diante disso, de acordo com a avaliação de Guilherme Canela Godoi, coordenador de comunicação e informação no Brasil da Unesco, braço
da ONU dedicado à ciência e à educação. "Ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores
possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional." Hoje há duas grandes lacunas aparentes quando falamos em educação e tecnologia que precisam ser revistas, reavaliadas e consideradas: Primeiro, seria permitir a alfabetização digital, orientar o professor
sobre o uso correto e didático das mídias, possibilitar o entendimento de que é possível promover ensino aprendizagem através da tecnologia,
orientar para o domínio dessas mídias e enfim refletir sobre como demonstrar para o aluno a importância de ter seriedade no uso,
considerando como uma aula efetiva inserida no espaço informatizado. Em segundo lugar, nos deparamos com equipamentos defasados ou
com problemas constantes que acarretam implicações na motivação para o uso do aprendizado, bem como o professor que minimiza as
possibilidades de trabalho e automaticamente volta a sala de aula aonde consegue improvisar e tem o domínio do espaço. Esses fatores são determinantes para a motivação e adaptação nesse novo contexto, e assim a partir disso serem elaborados projetos
estimulantes com uso de programas interativos, sites, blogs educacionais, e outras tantas ferramentas que possam dar acesso à
informação e educação, e dessa forma fazendo jus ao nome tecnologia
educacional. Referências http://www.profala.com/arteducesp149.htm - acesso em 05 de setembro de 2013 http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desafio-aos-professores-aliar-tecnologia-educacao - acesso em 05 de setembro de 2013.
5
Aprender brincando
O jogo é uma atividade natural na vida do ser humano e muito presente na vida das crianças, sendo de suma importância para o seu desenvolvimento social, afetivo e cognitivo. Ao brincar, as crianças desenvolvem aspectos específicos da personalidade, da afetividade, da motricidade, da inteligência, da sociabilidade e da criatividade.
Pensar o jogo como influência na aprendizagem das crianças é pensar em novas possibilidades, tornando-os uma atividade criativa e prazerosa, de modo que não se esqueça de integrá-lo à aprendizagem e ao desenvolvimento da criança.
E na Escola? Qual o papel que assume os jogos educativos?
A utilização do jogo como ferramenta pedagógica, buscando suprir a dicotomia entre jogar e aprender ressalta que o jogo não é meramente uma atividade de descanso e relaxamento. É preciso mostrar ao professor a importância dessa atividade na aprendizagem e no desenvolvimento da criança, com o intuito de minimizar a secundarização dos jogos na prática educativa, tendo como premissa a intencionalidade destes no processo de ensino aprendizagem.
Precisamos pensar na escola onde os jogos são fundamentais para o desenvolvimento e para a aprendizagem da criança de forma mais lúdica, o que não descarta seu planejamento e intencionalidade, diferenciando-se do simples jogo realizado sem orientação.
A intervenção do professor é necessária para que as crianças possam, em situações de jogos, ampliar seus conhecimentos,
trabalhar e elaborar conceitos, reforçar e resgatar conteúdos, promover a interação entre os alunos, trabalhar a criatividade, o espírito de competição e a cooperação.
Aprender brincando é possível. Para isso, é preciso mudar de postura e adequar os jogos aos momentos educativos, pois estes podem se converter em importantes ferramentas no processo de ensino aprendizagem. O momento de brincar pode ser um excelente momento de aprender.
Os jogos educativos com finalidades pedagógicas revelam a sua importância, pois promovem situações de ensino-aprendizagem e aumentam a construção do conhecimento, introduzindo atividades lúdicas e prazerosas, desenvolvendo a capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. “A estimulação, a variedade, o interesse, a concentração e a motivação são igualmente proporcionados pela situação lúdica...” (MOYLES, 2002, p.21)1
O processo de ensino-aprendizagem a partir dos jogos vem estimular a participação, a interação e a cooperação entre docente e discente num processo de aprendizagem mais espontâneo e que valoriza, sobretudo, o próprio mundo da criança e seus interesses, revertendo-se em mais uma estratégia no planejamento do professor. “A escola precisa investir nessa possibilidade de aprendizado”2.
No entanto, é possível visualizar a utilização dos jogos nas escolas sem fins educativos, apenas com o intuito de recreação, embora estes momentos não podem ser descartados. Mas o que se pretende de fato é mostrar que as experiências com os jogos desmistificam a teoria de não há ato educativo com a inserção destes no planejamento do professor, ressaltando a necessidade da intencionalidade, ou seja, a intenção de ensinar.
É muito instigante o trabalho utilizando os jogos como instrumento pedagógico para a aprendizagem. São muitos os estudos sobre a utilização dos jogos, do lúdico de forma geral, como ferramenta facilitadora do processo de ensino e aprendizagem; porém são raros os casos dos professores que utilizaram ou utilizam os jogos como processo educativo. E, quando utilizam os jogos apresentam dificuldades em relacioná-los ao conteúdo trabalhado, ou melhor, trabalhar os conteúdos através dos jogos3.
Cena do jogo Fábrica de palavras, em que o aluno comanda um pequeno robô em busca das letras certas para formar uma palavra.
6
Na rede municipal de Florianópolis, diversas escolas possuem projetos envolvendo jogos na educação. Muitos dos jogos utilizados estão disponíveis no Sistema Operacional Linux Educacional, que é a distribuição padronizada nas salas informatizadas do município. Um dos softwares disponíveis é o GCompris, que traz diversas atividades relacionadas a alfabetização, jogos de português, matemática, ciências entre outros.
Mas os professores das salas informatizadas também fazem uso de muitos jogos online, acessados através de qualquer navegador de internet. Não existe uma receita pronta, cada professor pode pesquisar e selecionar os jogos que irá desenvolver com a turma, de acordo com o conteúdo a ser trabalhado, com a idade dos alunos e com os recursos disponíveis na sua sala informatizada.
Listamos a seguir, alguns destes jogos e suas formas de utilização.
Fábrica de Palavras é um Jogo educativo relacionado à ortografia.
Seu objetivo é completar a palavra apresentada com a letra que está faltando. Após essa etapa, você
vai controlar um robô, encontrar letras espalhadas pela fábrica para montar outras palavras.Disponível: http://www.escolagames.com.br/jogos/fabricaPalavras
Cores da Moda em Inglês Estes jogos de vestir são um sucesso entre as meninas, essa atividade acrescenta a parte didática sem deixar a diversão de lado.
Seu objetivo é conhecer o nome das cores em inglês.Disponível em: http://www.escolagames.com.br/jogos/coresModa
Brincando com as Vogais é um Jogo excelente para auxiliar na memorização da escrita das vogais, em letra de forma.Seu objetivo é completar as lacunas com vogais para formar as
palavras indicadas no desenho. Além disso, o jogo leva a criança a se concentrar para acertá-las também, quando elas aparecerem estampadas na roupa do palhaço.Disponível em: http://www.escolagames.com.br/jogos/brincandoVogais
O Jogo da Glória Virtual é um jogo de tabuleiro com perguntas e respostas, que atesta conhecimentos da Língua Portuguesa, em três níveis distintos, de um mais fácil para outro mais avançado. Pode ser jogado sozinho ou em conjunto com até três
pessoas. Seu objetivo é chegar ao fim do percurso com a pontuação máxima e na frente de seus adversários, e para isso será preciso ter conhecimento da gramática e ortografia.Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/aprender-portugues/a-brincar/jogo-da-gloria.html
Skater MathVocê é bom no Skate? Para vencer nesse jogo, use seu raciocínio e habilidade em matemática. Como jogar: Resolva as contas com as quatro operações da
matemática, para saltar sobre os obstáculos.Disponível em: http:// www.jogosnota10.com.br
Fonte:
1. MOYLES, Janet R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Tradução: Maria Adriana Veronese. Porto Alegre: Artmed, 2002.
2. Reproduzido de http://www.pedagogia.com.br/artigos/usodejogosnaaprendizagem/
3. Disponível em : http://www.pedagogia.com.br/artigos/usodejogosnaaprendizagem/
Autores: Luciano Kercher Greis, Maria de Fátima Pereira de Andrade e Regiane Amaral.
Tela do aplicativo Gcompris, que traz diversas atividades e jogos eletrônicos. Aplicativo disponível na distribuição Linux Educacional.
Jogos Eletrônicos
7
PROINFO E AS SALAS INFORMATIZADAS NA PMF
A tecnologia se faz cada vez mais presente na sociedade e seus benefí-
cios são inúmeros; fato que nos faz refletir como a escola tem assimilado
essa evolução tecnológica.
A escola atual, deve preparar seus alunos para o uso do computador co-
mo ferramenta importante na construção do conhecimento, sendo que
essa preparação traz benefícios na própria estrutura da aula, podendo o-
cupar espaço por meio de sites, aplicativos e atividades que despertem a
aprendizagem do educando.
Nessa vertente, as salas informatizadas da rede municipal de Florianópo-
lis, tiveram suas atividades iniciadas por meio de incentivo do Ministério
da Educação através do projeto Proinfo – o qual busca fomentar o uso de
tecnologias na educação.
Suas atividades têm por base subsidiar a prática docente em interação
com o meio digital. São inúmeras as possibilidades pedagógicas de uso
da tecnologia na prática escolar e aliada a contínua manipulação no coti-
diano, torna imprescindível sua importância para a construção de uma
sociedade muito mais capaz.
EBM Maria Conceição Nunes Data da fundação da Escola: 30 de Março de 2004 Início do funcionamento da Sala Informatizada: 30/03/2004 Nº de computadores desktops em uso: 20 Nº de alunos matriculados na Escola: 650 Responsável pela SI: Maria de Fátima Pereira de Andrade
EBM Vitor Miguel de Souza Data da fundação da Escola: 21 de Março de 1991 A escola conta com sala informatizada e também com
o projeto Um Computador por Aluno (UCA), no qual os
alunos são motivados a desenvolver atividades pelo
método digital.
Responsável pela SI: Marquezam Renato
FIQUE SABENDO
SITE 8
EBM Maria Tomázia Coelho
Data da fundação da Escola março de 2005 Início do funcionamento da Sala Informatizada: junho de 2005 Nº de computadores desktops em uso: 17 Nº de alunos matriculados na Escola: 680 Responsável pela SI: Andressa Danielle Silva
EBM Profª. Dilma Lúcia dos Santos Data da fundação da Escola: 1971 Início do funcionamento da Sala Informatizada: maio de 2004 Nº de computadores desktops em uso: 20 Nº de alunos matriculados na Escola: 535 Responsável pela SI: Elizabeth A. Antunes
EBM João Gonçalves Pinheiro Data da fundação da Escola: 30 de maio de 1968
Início do funcionamento da Sala Informatizada: 2004 Nº de computadores desktops em uso: - 20 Nº de alunos matriculados na Escola: 630
Responsável pela SI: Catia Regina Bernardes Fernandes
EBM Intendente Aricomedes da Silva
EBM Batista Pereira Data da fundação da Escola: 07 de abril de 1957 Início do funcionamento da Sala Informatizada: 1995 como sala de audiovisual Nº de computadores desktops em uso: 17 Nº de alunos matriculados na Escola: 856 Nome do responsável pela SI: Elika da Silva
Data da fundação da Escola: 1955 Início do funcionamento da Sala Informatizada: 2000 Nº de computadores desktops em uso: 19 Nº de alunos matriculados na Escola: mais ou menos 750 Nome do responsável pela SI: Diane Schlieck
SITE 9
EBM Donícia Maria da Costa Data da fundação da Escola: 16/08/1986 Início do funcionamento da Sala Informatizada: 2002 Nº de computadores em uso: 19 Nº de alunos matriculados na Escola: 580 Nome do responsável pela SI: Elisangela G. Custódio
EBM Mâncio Costa Data da fundação da Escola: 1941 Início do funcionamento da Sala Informatizada: 2004 Nº de computadores desktops em uso: 1O Nº de alunos matriculados na Escola: 355 Nome do responsável pela SI: Fabíola de Azeredo Missel
EBM José do Valle Pereira Data da Fundação da Escola: 15 de Novembro de 1959 Início do funcionamento da Sala Informatizada: 2012 N° de Computadores em uso: 17 N° de Alunos Matriculados: 670 Nome do Responsável pela SI: Eliane Bezerra da Silva
EBM Adotiva Liberato Valentim Data da Fundação da Escola: 2006(após a reforma) Início do funcionamento da Sala Informatizada: 2007 N° de Computadores em uso: 18 N° de Alunos Matriculados: 420 Nome do Responsável pela SI: Vilson de Oliveira
EBM Antônio Paschoal Apóstolo Data da Fundação da Escola: 1956 Início do funcionamento da Sala Informatizada: 2003 N° de Computadores em uso: 18 N° de Alunos Matriculados: 552 Nome do Responsável pela SI: Carlos Wendt
SITE 10
EBM Prof. Anísio Teixeira Data da fundação da Escola: junho de 1978 Início do funcionamento da Sala Informatizada: 2010 Nº de computadores desktops em uso: 10 Nº de notebook: 1 1 Lousa Digital Nº de alunos matriculados na Escola: 502 Nome do responsável pela SI: Thais Henn
EBM Virgílio dos Reis Várzea Data da fundação da Escola: dezembro de 2012 Início do funcionamento da Sala Informatizada: NÃO ATIVA Nº de computadores desktops em uso: - Nº de alunos matriculados na Escola: 514 Nome do responsável pela SI: Sandra Dias da Luz
EBM Luiz Cândido da Luz Data da fundação da Escola: 21 de março de 2003 Início do funcionamento da Sala Informatizada: março de 2003 Nº de computadores em uso:16 computadores Nº de alunos matriculados na Escola: aprox. 800 alunos Nome do responsável pela SI: Helena de Oliveira
SITE 11
Carlos Wendt
Especialista em Mídia Educação
carlao.pmf@gmail.com
Marquezam Renato Especialista em Tecnologia Educacional
renatop.pmf@gmail.com
Vilson de Oliveira
Especialista em TIC em Educação
vilson.pmf@gmail.com
Cultura Tecnológica: Avanços e Desafios
O trabalho com as TIC nas escolas
SITE - 1 2
A revolução tecnológica nos colocadiante de uma nova cultura que nos exigeuma adaptação nos modos de ler, pensar eaprender e conseqüentemente de um novoleitor. Diante da importância da uti l ização datecnologia digital como ferramenta paraauxil iar o ensino e as transformações naprática educacional. Porém, somente o uso derecursos tecnológicos não tem asseguradomudanças. É fundamental a intencionalidadedo mediador, a uti l ização adequada eplanejada das tecnologias digitais deinformação comunicação, bem como, oprofessor possibi l itar aprendizagenssignificativas relacionadas ao universo doeducando com a reflexão, a ação e acriticidade, “a criação de ambientes deaprendizagem interativos por meio das TDIC,impulsiona novas formas de ensinar, aprendere interagir com o conhecimento.”(ALMEIDA & VALENTE, 2011 , p. 31 )
As diferentes etapas de mudanças quea sociedade vem passando ao longo dahistória, seja no modo de viver, produzir,pensar, interagir, e comunicar-se, refletemtambém, na maneira como escrevemos,produzimos e comparti lhamos oconhecimento. Novas tecnologias sãoinseridas na Sociedade do Conhecimento(Pierry Levy, 1 995), os relatos históricosreportam que a comunicação humana, nosprimórdios, era estabelecida através dasociedade oral, passando pelas sociedadesescritas, que se caracterizou pelo uso daescrita e pelo advento da imprensa. Nesteaspecto, o conhecimento passou a sertransmitido através de suportes impressos,tornando a leitura l inear, vertical e horizontal.O mundo foi se tornando mais complexo e ohomem passou a necessitar de novastecnologias para a enorme quantidade deinformações que circulavam.
Atualmente, vivemos o terceiro tempo,o da informática, da digital ização dainformação, da tecnologia, em decorrência datécnica, ampliou-se o processo dearmazenamento, produção e transmissão deconhecimento. As inovações tecnológicasestão presentes com o computador, a internet,o celular, o smartfone, o tablet, taisdispositivos, ampliam e dinamizam açõespedagógicas, o conhecimento adquirido nãose restringe apenas as instituições (escola,igreja,famíl ia).
Porém, a escola, com o uso dasmídias, passou a apresentar um papelfundamental: desenvolver a visão crítica doseducandos. Além dessa postura, deveráauxil iar a elaborar que esses cidadãosreelaborem seu mundo através dasinformações oriundos de diferentes suportes.Conforme Fantin (2006, p. 31 ) “a educaçãopara as mídias é uma condição de educaçãopara a cidadania, um instrumento para ademocratização de oportunidadeseducacionais e de acesso ao saber, o quecontribui para a redução das desigualdadessociais. ”
SITE - 1 3
Tão perto e Tão distante
Estamos de fato vivemos as
transformações constantes e frenéticas dos
avanços da tecnologia que invadiram nossas
casas, e que em dado momento foi percebido
que era necessário equipar as escolas com
salas com os aparatos tecnológicos
(computadores), que foram sendo chamadas
de Laboratório de Informática ou Salas
Informatizadas, para que as classes
estudantis tivessem o contato com o mundo
digital . Programas como o ProInfo do
Ministério da Educação veio contribuindo ao
longo desses anos para o equipamento
destas salas com computadores e internet,
mas equipar apenas não é suficiente para a
melhoria da educação no âmbito do uso
pedagógico das mídias. Percebemos cada
vez mais as consequências deste tipo de
ação que digamos, planejada, pouco contou
com o respaldo pedagógico para a transição,
aquisição, e domínio das ferramentas que
viessem auxil iar os docentes
(GIMENEZ,2001 ), e terem seu devido
envolvimento para se tornarem mediadores
da ação mídia-pedagógica.
Apesar dos docentes estarem já
famil iarizados com as tecnologias e seus
frutos; como as redes sociais, eles não
sentem apropriados das condições básicas
para o uso eficiente das salas informatizadas,
e si lenciosamente eles retornam à tecnologia
que se apropriam, o quadro. Um caminho
ideal seria a sensibi l ização, mostrar os
acertos de experiências e as dificuldades com
essas relações, perceber que é um caminho
para se tentar sem medo de fracassar. Que
seu papel de docente não é mais de
transmissor, mas sim de mediador. Este
momento é importante para se repensar,
refletir o seu papel diante deste mundo tão
tecnológico e midiático, e de que forma pode
repensar a sua prática pedagógica a fim de
construir essa nova realidade. Daí a
necessidade das formações para todos os
docentes em todos os níveis da educação.
O computador é uma ferramenta que
desperta autonomia, a criatividade e facil ita a
aprendizagem do discente, para tanto é
preciso investir na formação do docente,
segundo Valente (1 997):
“A formação do professor deve prover
condições para que ele construa o conhecimento sobre
as técnicas educacionais, entenda por que e como
integrar o computador na sua prática pedagógica e seja
capaz de ultrapassar barreiras de ordem
administrativas e pedagógicas. Essa prática possibi l ita
a transição de um sistema fragmentado de ensino para
uma prática integradora de conteúdo e voltada para a
resolução de problemas específicos do interesse de
cada aluno. Finalmente deve-se criar condições para
que o professor saiba contextual izar o aprendizado e a
experiência vivida durante a sua formação para a sua
realidade de sala de aula compatibi l izando as
necessidades de seus alunos e os objetivos
pedagógicos que se dispõem a atingir. ”
Promover a formação constante para
os docentes de áreas seria um passo
importante para a uti l ização desse espaço
pedagógico que a escola disponil iza, espaço
para a construção do conhecimento, da troca ,
da autonomia e da criatividade. Lugar onde
podemos estabelecer diferentes formas de
conexões de diversos assuntos e construindo
de forma singular as conexões do mundo
digital e de conhecimento formal e informal.
Para saber mais acesse:
http: //proinfo.mec.gov.br/
O trabalho com as TIC nas escolas
O trabalho com as TIC nas escolas
SITE - 1 4
O mal-estar Docente
O mal-estar docente que este tópico
quer abranger refere-se aos desafios que os
profissionais, os docentes que atuam dentro
desses espaços vivenciam. O primeiro desafio
que encontramos é a resistência de alguns
docentes de áreas em uti l izar a sala
informatizada e os recursos midiáticos,
sabemos que estes desafios somente serão
superados através da formação contínua,
estruturada, planejada e articulada com as
vivências do seu dia a dia escolar no qual
poderão ajudar a diminuir a resistência do uso
do espaço e seus respectivos recursos. Outro
desafio que os profissionais, os Professores
de Tecnologia da Educação passam, refere-se
ao fato da situação atual dos computadores e
da internet que estão dentro das salas
informatizadas. A grande maioria dos
computadores da rede estão defasados,
alguns são do Pregão de 2005 o que dificulta
o trabalho em muitas vezes, pois estão
constantemente em manutenção. Situação
que causa desconforto, pois temos as
ferramentas porém muitas vezes temos que
lidar com a frustração e a sensação de estar
de mãos atadas sem saber o que fazer.
Diante das dificuldades enfrentadas
diariamente nas salas informatizadas, alguns
docentes ao qual queremos que participem
desse espaço, deixam de uti l izá-lo, pois a
estrututra não permitiria levar a turma que
gostariam de trabalhar pelo número muito
restrito de computadores eficientemente estão
funcionando.
Para elucidar melhor as situações de
algumas escolas públicas, recorremos a
reportagem da revista Veja maio de 201 3. A
reportagem tem como título “Banda estreita,
lenta e cara”, aborda sobre o Programa
Nacional de Banda Larga (PNBL) lançado em
201 0, no qual prometida internet rápida para
localizações mais pobres pudessem estudar,
tal anúncio deste programa dizia que até o
ano de 201 4, 4278 municípios de todos os
estados do Brasil estariam cobertos por este
tipo de serviço. A reportagem investigou e
constatou que apenas 56% das cidades estão
cobertas pelo PNBL, e constata que o serviço
não poderia ser chamado de Banda Larga. A
professora da Escola Municipal Machado de
Assim, revela que muitas vezes se vê
obrigada a trabalhar off-l ine, reclama: “ Tenho
dificuladades de abrir sites didáticos para
mostrara aos alunos”.
Sabemos que é possível sim, trabalhar
de modo off-l ine, mas entretanto muitos
professores que fazem seu planejamento
diário recorrem a sites, e programas on-l ine,
para mostrar as simulações de experimentos
cientifícos, pesquisa de imagens sobre
diferentes assuntos que muitas vezes não
estão disponíveis nos l ivros didáticos e
paradidáticos. Ocorre que algumas vezes não
é a falta de sinal de internet que compromete
o trabalho dos profissionais que atuam nas
salas informatizadas, mas sim as repetidas e
repetidas vezes em que os computadores
estão em manutenção. O mal-estar docente
perante o uso das tecnologias de educação e
comunicação perpassa assim aos diferentes
docentes, seja aos que ainda resistem ao uso
do espaço assim como os desafios dos
professores de tecnologia educaional que
diariamente ter que fazer o diagnóstico do
funcionamento dos computadores e da
internet. O discurso não é apocalíptico, mas
sim esperançosos em colocar em prática
aquilo que desejamos: mostrar através do
trabalho a importância do uso pedagógico da
mídia e das tecnologias para as
transformações da sociedade, na inclusão, e
não se furtando de ampliar as possibi l idades
de crescimento dos nossos discentes
conduzidos através da ação transformadora
da prática pedagógica.
SITE - 1 5
HELENA RIZZOPEDAGOGA - ESPECILISTA EMTECNOLOGIA EDUCAIONALhelena.pmf@gmail .com
FABÍOLA MISSELPEDAGOGA - MULTIMEIOS EINFORMÁTICA EDUCATIVAfabiolamissel.pmf@gmail .com
REFERÊNCIA
ALMEIDA, M.E.B. ; VALENTE, J.A. Tecnologiase currículo: trajetórias convergentes oudivergentes? São Paulo: Paulus, 2011 .
ARROYO, Miguel. “O significado da infância”.IN: Simpósio Nacional de Educação Infanti l .Brasíl ia: MEC/SEF/DPE/COEDI, 1 994, p. 88-92.
BARBOSA, Ivone Garcia e Magalhães,Solange Martins Oliveira. Método dialético:uma construção possível na pesquisa emeducação da infânciaLÉVY, Pierre. Aglobalização dos significados. Folha de SãoPaulo, 07/1 2/1 997, Caderno Maiss, p. 5. 3.
BRASIL. Ministério da Educação do Desporto.Secretaria de EducaçãoFundamental.Referencial curricular nacionalpara educação infanti l/ Ministério da Educaçãoe do Desporto, Secretaria de EducaçãoFundamental. – Brasíl ia: MEC/SEF, 1 998.
LEVY, Pierry. As tecnologias da intel igência: ofuturo do pensamento na era da informática.Rio de Janeiro: Editora 34, 1 995. ? Estud.Pesqui. Psicol. , dez. 2004, vol.4, no.2, p.0-0.ISSN 1 808-4281 . Disponível em<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v4n2/v4n2a04.pdf> acesso em 25/junho/2011 .
FANTIN, Monica. Mídia-Educação: conceitos,experiências, diálogos Brasil-I tál ia.Florianópolis: Cidade Futura, 2006. p.25-1 00.
JOBIM, S. S; GAMBA, J.N. Novos suportes,antigos temores: tecnologia e confronto degerações nas práticas de leitura e escrita.Revista Brasileira de Educação; volume 0,
número 21 , páginas 1 04-11 4. Dezembro 2002.
LÉVY, Pierre. A globalização dos significados.Folha de São Paulo, 07/1 2/1 997, CadernoMaiss, p. 5. 3.
LEVY, Pierry. As tecnologias da intel igência: ofuturo do pensamento na era da informática.Rio de Janeiro: Editora 34, 1 995.
Steren dos Santos, B. , Dieter Stobäus, C. ,Mouriño Mosquera, J.J. e Missel de Azeredo,F. (2005). O mal-estar docente perante o usodas tecnologias de informação e comunicação.Revista Electrónica Iberoamericana sobreCalidad, Eficacia y Cambio en Educación, 3(1 ).http: //www.ice.deusto.es/rinace/reice/vol3n1 _e/Steren.pdf. Consultado em (Data).
VALENTE, J. A. Formação de profissionais naÁrea de Informática em Educação. In:VALENTE, J. A. (org.). Computadores econhecimento: repensando a Educação.Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 2ª edição,1 998.________ (org.) Formação de professorespara o uso da informática na Escola.Campinas - SP: UNICAMP/NIED, 2003.
A escola como espaço privilegiadode formação de sujeitos críticos eparticipativos da sociedade, precisaestar atenta às mudanças que as novastecnologias provocam em seusestudantes, tornandose um lugar ondeeles percebam seu significado, nãoapenas como obrigação, mas sim comoespaço democrático onde possaminteragir, criar e encantarse; umespaço que valorize e incentive aleitura, tanto impressa como virtual,pois através dela o estudante fortalecea sua identidade. Miguel Rettenmaier(2009: 78) destaca: “a literatura não estáunicamente nos livros, mas se encontra nastelas dos computadores á disposição dessesleitores multimídias, desses (hiper) leitores”.
Este artigo busca refletir sobre aliteratura infantil por meio dosambientes virtuais, pois acreditamosque os mesmos podem contribuirpositivamente no processo deconstrução do gosto pela leitura.
Com a revolução tecnológica e ainfluência dos meios eletrônicos, asdiscussões sobre as práticas de leiturasão retomadas, considerandose amudança de paradigmas. A pluralidadede linguagens que o homem foi capazde desenvolver ao longo de sua históriamostra que as relações humanasmodificamse socialmente ehistoricamente.
Sendo assim, temos no avançotecnológico outro momento históricoque possibilita ao espaço escolar umanova ferramenta que oferece níveisdistintos de significados ao estudante,enriquecendo seu interesse pela leituraem uma existência infinita dediversidades literárias, construindoassim seu conhecimento de leitura deuma maneira prazerosa e interessante.
Os meios de informação ecomunicação desempenham importantepapel no processo de construção sociale os valores que a sociedade cria fazrepensar a função da escola. Cabe àmesma compreender estastransformações e ao educador apreparação para assumir seu papel defacilitador da construção deconhecimentos, levando o estudante aum senso mais crítico, para que omesmo se posicione diante do mundoglobalizado.
Segundo Fantin (2006, p. 36), “épossível não só ensinar com, sobre e atravésdos meios, mas formarespectadores/produtores críticos que negociamos significados, que constroem conhecimento eque interagem de diversas formas”. Astecnologias devem ser um recurso amais na construção de conhecimentos,onde educador e educando construamefetivas aprendizagens.
LEITURA EM FOCO
SITE 16
P r á t i c a s i n o v a d o r a s
d e l e i t u r a
O livro quer ser livre como livre é o pássaro queinventa o seu caminho.
(Thiago de Mello)
A literatura, como
toda manifestação de
arte, é produzida por meios
que são históricos. Assim, em
seus primórdios era indissociável da voz, da
música; com a invenção da escrita, legitima-se como
arte das letras e com o advento dos meios técnicos de
impressão, ganha visualidade e passa a explorar os tipos
gráficos para a criação de sentidos; convoca para seu nicho de
criação a imagem e, hoje, com as novas tecnologias hipermidiáticas,
encontra terreno férti l para outras experimentações. (CUNHA, 2008, p.52)
Nesse sentido, a literatura infantilé uma fonte infindável depossibilidades, pois são inúmeros osgêneros, os temas e os títulos queestão, na atualidade, à disposição dosleitores, principalmente com o apoio datecnologia da informação que ampliou,e muito, a circulação da mesma paratodos os públicos.
A sensibilização para a leituraliterária com diferentes gêneros textuaistornase um caminho para a inovaçãona formação do sujeito. Através do usotecnológico o educador podedesenvolver um processo contínuo eprazeroso no que se refere à construçãode habilidades de leitura e escrita nosestudantes.
A literatura no espaço escolarcontribui para uma relação construtivada criança com o livro e para formaçãoda sua identidade, pois é na escola quea maioria das crianças brasileiras temcontato com a literatura infantil e asnovas tecnologias; fazse necessáriopensar o quanto o professor tornaseresponsável por fazer desse umencontro prazeroso e criativo.
Tornase importante destacar queé fundamental ter um olhar atento aostextos online navegativos, pois neles oleitor é sempre chamado a optar, adecidir que caminho seguir. Cadatrajeto tem uma consequência, cadapercurso, uma nova leitura com textossimultâneos (imagens, escritos,animações, sons).
E, neste contexto, marcado pelainteração e pela dinâmica das novastecnologias, ocorre a modificação docomportamento dos leitores, agoradenominados leitoresnavegadores,exigindo adaptações nas práticas deleitura e escrita.
As maneiras de utilizar as novastecnologias a favor da leitura literáriasão enormes, e por exercerem fascíniosobre os estudantes, precisam serutilizadas de forma contextualizada ecom objetivos precisos, contribuindopara o aumento da motivação emaprender.
SITE 17
Elika da Silva: Pedagoga/Especialista em Tecnologia Educacional
email: elika.pmf@gmail.com
Elizabeth A. Antunes: Profª/Especialista em Tecnologia Educacional
email: beth.pmf@gmail.com
REFERÊNCIAS
CUNHA, Maria Zilda. Entre livros e telas – a narrativa para crianças e jovens:
saberes sensíveis e olhares críticos. In: VI Atlântica – Publicações da área de
estudos de literatura de língua portuguesa nº 14/2008. Org. José Nicolau
Gregorin Filho, Maria Zilda da Cunha. N.14 São Paulo, 2008.
DEBUS, Eliane S. Dias. Linguagem e infância III, A escrita e sua historicidade. –
Palhoça: UNISUL Virtual, 2008. Edição – Livro Didático.
FANTIN, Monica. MídiaEducação: conceitos, experiências, diálogos BrasilItália.
Florianópolis: Cidade Futura, 2006.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil brasileira: história &
histórias. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1990.
O Facebook foi criado em 2004 por Mark
Zuckerberg e sua concepção inicial era de uma
plataforma que conectasse os estudantes
universitários americanos. Através dela era
possível estar em contato com colegas de classe e
professores. Também era possível ficar mais
próximo de companheiros de dormitório e amigos
que compartilhavam interesses em comum. Mas a
partir do momento em que a rede passou a ter
mais informações pessoais, o Facebook passou a
ter como objetivo quase que único de conectar
pessoas da cidade, estado e depois do mundo
todo, perdendo assim muito de sua função inicial.
E é dessa forma que os alunos, os jovens
conhecem o Facebook.
Mais do que entreter e socializar, as redes
podem se tornar ferramentas de interação valiosas
para auxiliar no seu trabalho em sala de aula,
desde que bem utilizadas. Enquanto o uso de
email tem caído entre os alunos, a comunicação
pelas redes sociais tem aumentado e nesse
sentido, como plataforma para comunicação, o
Facebook já ocupa um espaço importante na
educação e cada vez mais as redes sociais passam
a fazer parte do cotidiano dos alunos e essa é uma
realidade imutável, pois é dessa forma que as
novas gerações aprenderam a se socializar, não
utilizam emails e muito menos cartas.
"O contato com os estudantes na internet
ajuda o professor a conhecêlos melhor", afirma
Betina Von Staa, pesquisadora da divisão de
Tecnologia Educacional da Positivo Informática.
"Quando o professor sabe quais são os interesses
dos jovens para os quais dá aulas, ele prepara
aulas mais focadas e interessantes, que facilitam a
aprendizagem", diz. Quando o professor opta por
se relacionar com os alunos nas redes, deve
sempre se questionar qual o limite da interação?
O professor deve ou não criar um perfil
profissional para se comunicar com os alunos?
São muitos os receios, mas o educador deve se
questionar se não existem outras formas e não
excluir essa possibilidade.
Uma pesquisa realizada em 2009 nos
EUA por Mazer, Murphy e Simonds, por
exemplo, concluiu que perfis de professores no
Facebook ricos em informações pessoais geraram
motivação prévia dos alunos, aprendizado afetivo
e maior credibilidade para o professor. Outra
pesquisa, de Sturgeon e Walker, também em
2009, concluiu que os alunos têm mais vontade se
comunicar com seus professores se eles
A REDE SOCIAL FACEBOOKnaEducação.
18
já os conhecem no Facebook e de que as relações
entre alunos e professores construídas no
Facebook podem gerar um canal de comunicação
mais agradável, resultando em ambientes de
aprendizagem mais rico e com maior
envolvimento dos alunos. Deveríamos ver de
forma positiva que os educandos queiram se
aproximar dos seus professores e é função do
professor saber direcionar esse contato, servindo
até como exemplo.
Com esta finalidade foi criado o Groups
of Schools com o objetivo de levar o Facebook
de volta ao campus colocando à disposição de
escolas e universidades, um novo tipo de perfil de
rede social, destinado especialmente a
instituições de ensino que permite que os
estudantes e membros de uma determinada
comunidade acadêmica troquem arquivos, criem
eventos e compartilhem mensagens. Tudo em um
ambiente fechado, que só permite a participação
de pessoas autorizadas. Para fazer parte das
comunidades do Groups of Schools, o usuário
precisa informar um endereço de e-mail com
domínio da instituição.
Para os educadores que tem receios
quanto ao utilizar seu facebook pessoal à
ferramenta Groups of Schools não incorpora
automaticamente os grupos escolares já existentes
no Facebook, portanto, as instituições que já
possuem perfil na rede terão que se cadastrar na
nova ferramenta. Apesar de milhares de grupos
de instituições de ensino já existirem no
Facebook, agora eles estarão organizados, com
um endereço próprio e com ferramentas para
melhorar a comunicação entre seus membros.
Possibilidade que antes só existiria se as escolas
que desejavam criar comunidades exclusivas
precisariam recorrer a aplicativos, possuir uma
intranet e teriam de desembolsar em média uns
50.000 reais para manter um ambiente restrito e
Groups for Schools
permite que alunos,
professores e funcionários
de instituições troquem
informações em um
ambiente fechado.
1 9
uma equipe para alimentar informações e
cadastros de seus alunos, professores e
funcionários.
Os professores estão reconhecendo que
precisam ter um melhor entendimento sobre o
Facebook, conhecer e entender essa tecnologia
para que sejam capazes de atender às
necessidades educacionais dos alunos de hoje,
utilizando de forma planejada, para que essa e
outras tecnologias não se transformem em um
processo sem significados, onde o professor é o
mediador que controla até onde pode se
relacionar, socializar, compartilhar, a
consequência será estimular seus alunos a serem
bons 'cidadãos digitais'.
Groups for Schools e suas possibi l idades
O aluno criando o seu perfil e os recursos
básicos, já irá poder fazer muita coisa. O mural
foi aperfeiçoado, esta mais parecido com um
microblogs, oferece um stream de textos, notas,
imagens, vídeos, avaliações, comentários,
eventos e etc dos seus amigos, mostra também as
atualizações de páginas que você curte e dos
grupos a que você pertence. O mural pode servir,
portanto, de espaço de comunicação e de
discussão, e alunos e professores podem ser
marcados, para incentivar a leitura e sua
participação. Mensagens internas servem também
como um importante canal de comunicação, e
eventos podem ser utilizados para lembrar-se de
eventos, prazos e provas. É possível criar grupos
abertos, privados e fechados, o que ajuda a
preservar a privacidade de seus membros e dos
temas discutidos. Quando alguém posta algo no
grupo, como um link para um artigo, uma questão
ou uma atividade, outros membros receberão uma
mensagem do Facebook com a atualização e o
professor que é o mediador, sempre poderá saber
quem e quando acessou e com o que contribuiu.
Uma ótima ferramenta para alunos e professores
trabalharem em projetos colaborativos. É possível
também utilizar notas e comentários, além de
vários outros recursos, como fóruns de discussão.
Você pode, por exemplo, criar uma página para
sua disciplina e seus alunos podem curtir páginas
que outros criaram. Entretanto, ao contrário de
grupos, as páginas não podem ser fechadas ou
secretas, ou seja, tudo o que for postado em uma
página torna-se automaticamente público.
Hoje em dia quase que todas as revistas
educativas ou não, se utilizam das redes sociais
para divulgar suas matérias, uma sugestão
interessante é que a página da instituição
educacional curta páginas de terceiros com
conteúdos educacionais interessantes de ler e
compartilhar. Algumas sugestões: Discovery
Channel Global Education, Encyclopaedia
Britannica, NASA e National Geographic
Education.
Além desses recursos básicos, há vários
outros aplicativos que podem ser utilizados em
perfis, no mural, em grupos e em páginas no
Facebook, por exemplo, o SlideShare, que
permite que você faça upload e compartilhe
20
apresentações de slides. Outro recurso muito
interessante é a possibilidade rápida para elaborar
questionários para pesquisas.
Outro recurso muito interessante é o Docs,
que permite a criação colaborativa de documentos
de texto. Entretanto, o documento tem que ser
criado, editado e salvo no Facebook, ou seja, não
são permitidos (no momento) nem upload nem
download.
Na verdade, esse é um dos pontos
negativos do Facebook, a impossibilidade de
upload e compartilhamento de documentos, como
pdfs, documentos de texto e planilhas. No
máximo é possível criar links para esses arquivos,
fora do Facebook, o que já facilita também.
O Projeto Facebook nas Escolas
demonstra que o que importa não são apenas os
conteúdos, nem os meios ou suportes, mas a
reengenharia dramática que pode proporcionar
em uma sala de aula, a essas novas gerações tão
imediatistas e desestimuladas.
GGrroouuppss ppaarraa eessccooll aass
21
1 - Peça informações: Ao invés de utilizar a
Wikipédia, procure por especialistas que tenham
perfil na rede e possam ajudar você. Além disso,
hoje quase todas as revistas e sites possuem um
facebook onde usam a rede para ficar mais
próximo do leitor.
1 - Veja vídeo-aula: Diversas universidades de
vários países diferentes disponibilizam vídeos de
aulas ou palestras em suas páginas online.
3- Museus: Indique páginas de museus,
galerias de arte e exibições para que seus alunos
possam enriquecer ainda mais o uso do Facebook
e entrem em contato com diferentes conteúdos
educacionais.
4- Contato pessoal: os estudantes podem entrar
em contato com parentes distantes para fazer
pesquisas genealógicas ou com personalidades
locais para discutir matérias tratadas em sala de
aula.
5- Falar com autoridades: Políticos,
governantes e outras instituições também podem
ser contatados pelos alunos para despertar a
participação política e o ensino de valores de
cidadania e democracia.
6- Jogos Educacionais: Muitos dos jogos
disponíveis no Facebook são educacionais. Você
pode estabelecer metas e fazer um campeonato
interno entre os alunos.
7- Pesquisas: É comum que os professores
solicitem entrevistas ou pesquisas com o público
aos estudantes. Você pode levar essa pesquisa
para a rede social e aumentar ainda mais o
alcance da investigação.
8- Livros: peça para que os alunos
compartilhem no Facebook suas opiniões e
análises sobre os livros que você pediu para
lerem.
9- Nota extra: Organize uma pequena gincana
com os alunos e passe atividades relâmpago pela
rede social para que eles realizem dentro de um
prazo limitado. Além disso, você pode postar
atividades extras, sem que haja limitação de
tempo ou gincana.
10- Notícias: Se você for professor de
geografia, por exemplo, e estiver tratando de
geopolítica, pode pedir aos alunos que reúnam as
principais matérias sobre o tema e compartilhem
em suas páginas para gerar discussões e debates.
As mais comentadas poderão virar assunto em
sala de aula para maior desenvolvimento.
11 - Documentar: Em aulas de biologia onde
os alunos estudam o desenvolvimento das
plantas, você pode montar um projeto de
documentação desse projeto.
50dicas de como elaboraraulas utilizando o FACEBOOK
22
A cada dia, ou uma vez por semana, o aluno
conta sobre sua plantinha e como ela está se
desenvolvendo.
12- Causas: a rede social possibilita a criação
de grupos para defender causas. Estimule seus
alunos para que se reúnam e façam um
movimento, projeto, etc. Eles podem procurar
por problemas nas áreas em que vivem ou ao
redor da escola.
13- Clube do livro: fomente a leitura por meio
da criação de clubes do livro online.
14- Etiqueta online: dê dicas e instruções
sobre como se comportar online, segurança na
internet, como evitar fraudes e golpes, como
funciona a polícia em crimes cibernéticos e como
denunciar possíveis abusos e outros crimes
online.
15- Galeria online: os alunos podem reunir
diversos conteúdos, artísticos ou não, e
desempenhar o papel de curadores a partir de
determinado tópico.
16- Exercícios: em épocas de prova, você
pode postar exercícios e atividades para que os
alunos pratiquem os conteúdos que serão
cobrados.
17- Notícias da escola: peça aos alunos que
sirvam como fontes de notícias e postem na
página da escola ou da sala quais são os
próximos eventos ou provas. Você pode separar
uma pessoa específica para essa função.
18- Dia do bichinho: Para descomplicar uma
situação presencial, você pode fazer o “Dia do
bichinho de estimação” online. Peça aos alunos
que enviem fotos de seus animais e algumas
informações, com histórias curiosas sobre eles.
19- Vídeos: você pode armazenar vídeos de
aulas, palestras ou outros conteúdos relevantes
para criar uma videoteca virtual acessível para os
alunos e pais.
20- Álbuns de fotos: Quando houver passeios
ao zoológico ou outros locais, você pode criar
álbuns com as fotos da excursão e compartilhar
com os estudantes.
21 - Escrita colaborativa: Você pode montar
uma atividade de escrita colaborativa onde cada
aluno faz parte do texto. O resultado pode ser um
pequeno livro ou apostila.
22- Idiomas: conecte seus estudantes com
pessoas de todo mundo. Se você é professora de
inglês ou espanhol e possui amigos do exterior
que falam essas línguas, organize bate papos para
que os estudantes possam praticar os idiomas.
23- Participação: para alunos que são mais
tímidos ou não gostar de falar em público, você
pode organizar atividades de participação online,
onde eles se sintam mais a vontade para interagir.
24- Aniversários: Use o Facebook como
lembrete de aniversários, feriados e outras
comemorações.
25- Mantenha-se atualizado: Seus e-mails
podem ser ignorados, mas você pode manter o
controle de quem leu seus recados pedindo aos
alunos de “curtam” aquilo que você postar.
26- Livros: Marque livros para download que
os alunos podem utilizar para leitura
complementar ou obrigatória.
27- Instruções: deixe instruções para
trabalhos disponíveis online para consulta.
23
28- Celebre: quando determinados projetos
forem finalizados, você pode celebrar o
desempenho da sala ou determinado grupo ou
pessoa.
29- Cursos: esse aplicativo permite a
administração de cursos no Facebook.
30- CiteMe: os alunos podem usar esse
aplicativo para fazer citações de maneira
adequada.
31 - Booktag: Compartilhe livros e peça que
os alunos comentem nesse aplicativo.
32- Universidades: as universidades possuem
páginas online que facilitam o acesso de futuros
estudantes e informações.
33- Calendar: esse é o aplicativo que permite
a criação de calendários online.
34- Knighthood: Esse jogo promove a prática
da leitura de maneira divertida e dinâmica.
35- Mathematical Formulas: os professores
de matemática podem passar esses recursos para
os alunos estudarem fórmulas e soluções.
36- Sebos: procure por grupos de sebos ou
outras lojas para que os alunos possam adquirir
materiais mais baratos.
37- Webinairia: capture vídeos para sua aula.
38-JSTOR Search: artigos e conteúdos
acadêmicos podem ser procurados nesse
aplicativo.
39- Homework Help: esse aplicativo oferece
ajuda para alunos em suas lições de casa. Por ser
em inglês, pode ser usado nas tarefas de inglês.
40- Word of the Day: use essa ferramenta
como fontes para encontrar palavras ou dias
históricos e compartilhar com os alunos.
41 - Zoho Online Office: Compartilhe e
armazene documentos nesse aplicativo.
42- Notely: Muito bom para fins
educacionais, ele é usado para organizar
documentos e notas.
43- Language Exchange: ajuda seus alunos a
se conectarem com línguas estrangeiras e
praticarem.
44- Typing Test: aplicativo que ajuda os
estudantes a desenvolver suas habilidades de
digitação.
45- Quiz Monster: essa ferramenta ajudar
você a montar questionários online.
46- Grupos de estudo: esse aplicativo foi
desenvolvido para criar o ambiente perfeito para
grupos de estudo. .
47-Slideshare: compartilhe apresentações,
documentos, fotos e outros conteúdos por meio
dessa ferramenta.
48-WorldCat: Essa ferramenta permite que
você faça pesquisas, partilhe fontes e mais.
49- Hey Math! Challenge: Esse aplicativo
ajuda os alunos a entender conceitos de
matemática mais complexos.
50- Flashcardlet: Com essa ferramenta você
criar seus próprios cartões de estudos para que os
alunos usem na hora dos estudos.
Celebre: quando determinados projetos forem
finalizados, você pode celebrar o desempenho da
sala ou determinado grupo ou pessoa.
24
http://canaldoensino.com.br/blog/como-usar-o-facebook-na-educacao
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/05/25/936671 /100-maneiras-usar-facebook-em-
sala-aula.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/facebook-lanca-guia-para-ajudar-professores-a-usar-midia-
social,a4f9dceae77ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
http://institutoparamitas.org.br/dicas-de-como-usar-o-facebook-na-educacao/
Referência Bibliográfica
Catia Regina Bernardes Fernandes
Bacharel em Pedagogia com habilitação em Tecnologia Educacional e Educação à Distância (EaD) pela
UNIVALLI - Universidade do Vale do Itajaí. Especialização em Gestão Educacional pela ACE -
Associação Catarinense de Ensino.
Thais Henn
Licenciatura plena em Educação Artística com habilitação artes plásticas pela unoesc.
Especialização em Arte e Tecnologia pela UNIESC. Especialização em Tecnologias Educacionais pela
UNIESC.
Autoras
25
http://aeuropanasnossasmaos.wordpress.com/2010/01/07/contacapa/
NTM -Núcleo de Tecnologia Municipal
Visita ao nosso blog:http://nte-floripa.blogspot.com
Revista Digital Eletrônica
------------------------------------------
Recommended