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Revista INTRALOGÍSTICA - ED210
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ano
XX
VII • n
úm
ero 210 • m
arço 2008
ISSN 1679-7620
capa dematic.p65 27/2/2008, 17:291
anuncios.p65 27/2/2008, 17:2210
3março 2008 |
Associado à
ISSN 1679-7620
editorial
NUNCA NA HISTÓRIA DESTA REVISTA, E ATÉ MESMO EM MINHA CARREIRA,vi um ano começar com tamanha euforia – até para os não oti-
mistas. Já em janeiro, antes do carnaval, que até ajudou no calen-
dário dos negócios, os pedidos de reposição de estoques do varejo para a
indústria proporcionaram a suspensão das férias coletivas, impulsionaram
a contratação de mão-de-obra, a aquisição de equipamentos, principalmente
de movimentação e armazenagem de materiais, softwares de logística,
desengavetando projetos e novos estudos para os desafios de aumentar a
capacidade instalada, e por aí afora.
Até mesmo a crise norte-americana do subprime, que em princípio as-
sustou a todos, demonstrou dias depois que de fato as perspectivas econô-
micas para 2008 estavam descoladas das turbulências mundiais, graças ao
forte crescimento de nosso mercado interno. E vamos enveredando por
caminhos cada vez mais abertos aos negócios.
Nesta edição, anunciamos algumas novidades em nossa parte editorial,
como as Seções Logística Sustentável, Dicas de Separação, Novos Serviços e
Gestão. Cada uma delas mantém a essência desta Revista de trazer a você,
leitor, o que há de mais atualizado na logística sob várias perspectivas,
como a questão ambiental ou apresentando especialistas para debater de-
terminados temas.
Outro destaque, já que estamos iniciando uma nova Era e desejamos
fazer sempre uma retrospectiva do que foi notícia, é a Seção Há cinco, 10,
15, 20 e 25 anos, um apanhado do que Logística já destacou e transformou
em história em suas páginas. Em uma releitura, Toque de Midas (antes Papo
Afiado) continua destacando as realizações de profissionais de logística e
supply chain, tomando o cuidado de aproximar o leitor da realidade de cada
um dos entrevistados e suas experiências.
Novos artigos e reportagens internacionais da logística dos negócios e
a intralogística dentro das empresas serão o nosso foco. Entretanto, não
vamos ignorar a infra-estrutura de logística, transportes, de tributos, etc.,
contudo sem a ênfase de reportar as notícias que a grande imprensa debate
à exaustão – governo, PAC, PPP, gargalos, apagões – pois tudo isto todos
os leitores já vêem nas mídias.
Nossos repórteres estarão em campo para noticiar a evolução dentro
das empresas, para destacar as experiências de sucesso, incitar reflexões de
melhorias, para informar a evolução da logística e da intralogística, dentro
e fora do Brasil.
Boa leitura e até a próxima edição!
POR REINALDO MOURA,DIRETOR E FUNDADOR
DO GRUPO IMAM
A todovapor
Diretor Responsável: Reinaldo A. Moura
Conselho Editorial: Antonio C. Rezende, Antonio
Francisco Abrantes, Daniel G. Gasnier, Edson Carillo Jr.,
Eduardo Banzato, José Maurício Banzato, Mauro Tomaselli,
Sidney Trama Rago e Wagner Salzano.
Redação: Andréa Espírito Santo – MTb 46219
Sylvia Schandert – MTb 32131
Criação e Edição de Arte: Kátia Oliveira Gomes
Colaboração: Fernanda Naomi Akimoto, Adriana Yabiku,
Moacir Salles Jr.
Impressão: Prol Editora Gráfica
não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos
assinados ou entrevistas. Não publicamos matérias
redacionais pagas. Todos os direitos reservados. Nenhuma
parte do conteúdo desta revista poderá ser reproduzida
ou transmitida, por qualquer meio e de qualquer forma,
sem a autorização do Editor. O anunciante assumirá
responsabilidade total por sua publicidade.
a 1ª revista de Logística, Movimentação e Armazenagem
de Materiais, é uma publicação mensal. Registro no
Cartório de Títulos e Documentos
sob nº 1086, em 16 de abril de 1980.
Redação: Comentários, sugestões, críticas a reportagens,
artigos e releases devem ser encaminhados a:
Rua Loefgreen, 1400 - Vila Mariana | 04040-902 |
São Paulo - SP | fax: (11) 5575.3444
e-mail: redacao@imam.com.br | www.imam.com.br/logistica
Edições anteriores: Para solicitar edições anteriores que
não estiverem esgotadas: imam@imam.com.br
Assinaturas: imam@imam.com.br
Fone: (11) 5575.1400 | Fax: (11) 5575.3444
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Gestão 2006 - 2010
Presidente: Eduardo Banzato
Vice-Presidente: Daniel G. Gasnier
Diretores: Antonio C. Rezende | José Maurício Banzato |
Mauro Tomaselli | Wagner Salzano
faleconosco
editorial 210.p65 25/2/2008, 15:473
36
SÉR
IES Resposta eficiente
Desafios da gestão da cadeia logística
Logística internacionalOs gargalos no embarque de veículos
em navios Ro-Ro
BastidoresHarry Potter e a magia da distribuição
Gestão e negóciosO delicado tema da empregabilidade
Logística enxutaO começo de tudo
12
22
54
60
68
REPO
RTA
GEN
S
Curtas
Literatura técnica
Jogo rápido
3PL
Painel
Há 5, 10, 15, 20, 25 anos...
Novos serviços
Informe-se
Logística sustentável
Novidades internacionais
Teste seus conhecimentos
Dicas de separação
6
26
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48
52
62
67
76
86
93
97
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SEM
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59
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72
78
82
87
92
94
Empilhadeiras de elevação e deslocamento
manuais
Arqueadoras: apoio à unitização
A SMH no mercado de peças de reposição
Toque de midas: conheça o diretor de logística
da Abril
Tudo sobre as embalagens big bags
Conheça as 25 maiores empresas destaque
em supply chain
Dessecantes e seu uso nas embalagens
Pool de paletes contra o lixo industrial
A logística nos supermercados de bairro
Ford, Still e DHL Exel juntas
Segurança e ergonomia
Guindaste instala bases na Ponte Rio-Niterói
Conheça mais sobre os mapas mentais
Separação por luz e produtividade
Empilhadeiras a hidrogênio: realidade
Segurança nas estruturas porta-paletes
Novidades em filmes para paletização
O que é preciso saber sobre guindaste veicular?
CA
PA
REVISTA
ÍNDICENÚMERO 210 MARÇO 2008
DematicConsolidação chega comequipamentos e projetosem sistemas
DematicConsolidação chega comequipamentos e projetosem sistemas
CONFIRA!As seções e séries lançadas nesta edição
82785016
PRÓXIMA EDIÇÃO:Comércio exterior • Condomínios logísticos
indice 210.p65 28/2/2008, 19:154
| janeiro 2008 6
CCCCC U RU RU RU RU R TTTTT A SA SA SA SA S
| março 2008 6
Inauguração
A Belenus, distribuidora de
peças, ferragens e ferramentas,
acaba de inaugurar um sistema
de transelevadores fornecido
pela Ulma em seu CD locali-
zado em Vinhedo, SP. O equi-
pamento tem capacidade para
estocar 35 mil caixas e 10 mil
paletes.
Nova sede
A Empicamp está mu-
dando, a sede. Os telefones não
mudam por enquanto, mas o
novo endereço é:
Rua Dário Freire Meirelles,
nº 175 Campos dos Amarais.
CEP 13082-045 Campinas – SP.
Empilhadeira
A Movicarga acaba de se
tornar revendedora exclusiva
das empilhadeiras da marca
Nissan no Brasil. O investimen-
to inicial no novo negócio foi
de R$ 20 milhões.
Manutenção
Desde novembro, a Somov
responde integralmente pela
manutenção de uma frota de 233
equipamentos da Caterpillar
Brasil em suas operações de
recebimento de peças e com-
ponentes, estocagem, movi-
mentação interna.
Baterias
A CEN, empresa nacional
com 40 anos no mercado de
equipamentos elétricos, acaba
de renovar por mais um ano seu
contrato de aquisição de bate-
rias Saturnia. As baterias tracio-
nárias Saturnia equipam os re-
bocadores da CEN há mais de
15 anos.
Parceria
A Unipac celebra o acor-
do feito com a empresa ameri-
cana Orbis Corporation,
subsidiária da Menasha
Corporation. Com esta parce-
ria, a Unipac torna-se o único
fornecedor de produtos Orbis
no Brasil e na Argentina.
TI
A Uniconsult Sistemas e
Serviços foi escolhida pela
Shuttle operador logístico,
como parceira para o forneci-
mento dos Sistemas de Arma-
zéns Gerais e WMS para a
Gestão do seu centro de dis-
tribuição.
Cross-docking
A Delta Serviços Logísticos
inaugurou mais um centro de
distribuição em Barueri (SP).
Localizado estrategicamente na
rodovia Castello Branco, pró-
ximo à alça Norte do Rodoanel,
o espaço contará com 7 mil m2
dedicados a atividade de
“cross-docking”.
curtas 210.p65 27/2/2008, 17:446
Ao Instituto IMAMRua Loefgreen, 1400 - V. Mariana - CEP 04040-902 - São Paulo - SP ou pelo Fax: +(11) 5575.3444
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GF+GPSL2008 com cupom.p65 20/12/2007, 09:091
| março 2008 8
Vantagens e limitações das empilhadeiras de deslocamento
e elevação manuais
SIMPLES, EFICIENTES E COM
preço bem atrativo. Essessão alguns dos atributosdas empilhadeiras de des-
locamento e elevação manuais. “Sãousuárias desse tipo de equipamentotodas as empresas que tenham pou-cas operações”, afirma o diretor daSAS, Vitor Manuel Marques de Oli-veira.
“Não acredito que haja um perfilde usuário para um determinado equi-pamento e sim uma solução maisadequada para a necessidade de cadacliente. No caso específico de umaempilhadeira manual, o que define aaplicação deste equipamento são osseguintes pontos: baixa freqüência demovimentação diária de cargas, tra-jetos curtos para deslocamentos, re-
gularidade do piso durante o trajeto,além, é claro, da altura de elevação ecapacidade máxima de carga (até1.500 kg)”, afirma o diretor executivoda Dematic, Valério Zorzi Garcia.
É o tipo ideal de equipamento paratrocas de estampos em prensas eestocagem, itens MRO (Manutenção,Reparo e Operações) em almo-xarifados de pequeno a médio porte.
Para dar uma
mãozinha
emp manual.p65 27/2/2008, 17:528
9março 2008 |
Concorrentes
Afinal, este tipo de empilhadeira
substitui quais equipamentos? “A
concorrência nesse segmento de
equipamentos praticamente não
existe. O que existe são outros ti-
pos de empilhadeiras com elevação
eletro-hidráulicas onde não é exigi-
do esforço físico dos operadores
para elevação de cargas. O esforço
fica apenas para o deslocamento da
empilhadeira”, explica o gerente de
vendas da Artama, Sidnei Ferreira.
Para o gerente regional para
América Latina da BT, Norival Ge-
raldo Capassi, concorrendo direta-
mente com as empi-
lhadeiras de deslocamen-
to e elevação manuais
estão os “empilhadores
staker elétricos”. “Esses
equipamentos atual-
mente estão contando
com custos bastante
atrativos, principalmen-
te em função do câmbio
favorável”, analisa.
“Ao meu ver, a
empilhadeira de movi-
mentação e elevação
manuais substitui o tra-
balho braçal”, afirma o
engenheiro da Zeloso,
Rubens Campos Salles.
“Suas vantagens são a
melhoria no processo, ergonomia,
redução de problemas de afastamen-
to por esforço contínuo e repetitivo
e manuseio, além do equipamento
não ser poluente”.
Para o diretor de operações da
Paletrans, Antonio Augusto Pinhei-
ro Zuccolotto, a grande vantagem
das empilhadeiras manuais é o cus-
to. “Trata-se do equipamento mais
barato que existe no mercado que
realize a elevação e empilhamento de
um palete de carga”, explica.
Melhor alternativa?
Mas, a partir de quando passa a
ser desvantagem o uso de em-
pilhadeiras com deslocamento e ele-
vação manuais? “A empilhadeira ma-
nual é mais propícia para um uso não
tão contínuo pois o usuário que tem
operações quase que ininterruptas
teria mais comodidade utilizando
uma elétrica. A elevação também é
mais rápida na elétrica”, explica o di-
retor de vendas da Marcon, Guilher-
me Barion de Almeida.
Passa a ser desvantagem o uso
das empilhadeiras manuais a partir
da necessidade de ganho de tempo
para movimentação e armazenagem
de materiais. “Uma empilhadeira com
elevação manual leva aproximada-
mente três minutos para que o gar-
fo chegue ao seu
curso máximo de
1.700 mm. Já uma
empilhadeira com
elevação eletro-hi-
dráulica, leva em tor-
no de 30 segundos
para que os garfos
alcancem a mesma
altura”, afirma Sidnei,
da Artama.
Novidades
A Zeloso fabrica
a empilhadeira, o ci-
lindro e a bomba hi-
dráulica de elevação
e desenvolveu bom-
bas cuja elevação pode ser no pedal,
ou na mão (através de manivela) com
variação da velocidade de acordo
com a carga. “Preparamos o lan-
çamento de toda a linha de em-
pilhadeiras em aço inox, cuja apli-
cação está voltada para laborató-
rios, indústrias químicas e farma-
cêuticas, alimentícias, entre outras,
podendo ser aplicada solda sanitá-
ria e acabamentos especiais”, afir-
ma Rubens.
Valério, da Dematic, destaca
como diferenciais de seus produ-
tos, pintura eletrostática a pó, que
proporciona maior resistência à
abrasão física e à corrosão; acio-
namento via pedal e manivela; sis-
9março 2008 |
Nossos equipamentos
desta linha têm o selo
da Comunidade
Européia, baixo índice
de quebras, pronto
atendimento de peças
de reposição e uma
variedade de alturas e
cargas que permitem a
escolha do equipamen-
to correto para cada
diferente operação
emp manual.p65 27/2/2008, 17:529
| março 2008 10
| março 2008 10
A BT adotou como padrão uma
bomba chamada “quick lift”. “Esta
reduz em 60% o número de
bombeamentos. Também trabalha-
mos com bombas monobloco, que
reduzem em 40% o esforço de tor-
ção lateral da alavanca”, explica
Norival.
“Nossos equipamentos desta li-
nha têm o selo da Comunidade Eu-
ropéia, baixo índice de quebras,
pronto atendimento de peças de re-
posição e uma variedade de alturas
e cargas que permitem a escolha
do equipamento correto para cada
diferente operação”, afirma
Augusto, da Paletrans.
Para Vitor, a SAS tem três di-
ferenciais. “Melhor dirigibilidade, já
que a direção tem rodas giratórias
que permitem manobras de até
360º, estabilidade da carga com cor-
rente dupla, e velocidade de eleva-
ção com pedal para injeção mais rá-
pida e capacidade até 200 kg”.
EMPILHADEIRA MANUAL É O EQUIPAMENTO
MAIS ECONÔMICO PARA ELEVAÇÃO DE MATERIAIS
tema hidráulico eficiente e resis-
tente com proteção adicional con-
tra carga excessiva. “No projeto de
nossos equipamentos, desenvolve-
mos os seguintes dispositivos:
acionamento para elevação via pe-
dal além da tradicional por alavan-
ca; apoio manual para deslocamen-
to e dirigibilidade; grade mecânica
de proteção ao operador e sistema
hidráulico que impede elevação de
carga acima do projetado (1.000 kg
ou 1.500 kg)”, afirma.
“Na construção de nossos equi-
pamentos são utilizados materiais e
componentes dimensionados à ca-
pacidade de carga de cada equipa-
mento, o que lhes garantem robus-
tez e longevidade. A Artama acre-
dita que o custo-benefício de suas
empilhadeiras se sobrepõe aos cus-
tos com manutenções constantes de
equipamentos com conceitos mais
frágeis de construção, minimizando
os tempos de paradas”, diz Sidnei.
emp manual.p65 27/2/2008, 17:5210
anuncios.p65 27/2/2008, 17:103
| março 2008 12
SÉRIE | resposta eficiente*
1ª PARTE
Diante de um novo cenário, há a necessidade de mudanças
ou atualizações dos formatos e padrões para atender,
com eficiência, às novas exigências dos consumidores
APARTIR DESTA EDIÇÃO DA
Revista Logística, a Asso-ciação ECR Brasil (“Effi-cient Consumer Respon-
se”, Resposta Eficiente ao Consumi-dor), entidade sem fins lucrativos, fun-dada em 1997, que reúne mais de 60empresas associadas e tem como mis-são difundir as ferramentas de Res-posta Eficiente ao Consumidor, passaa desenvolver uma série de 11 arti-gos exclusivos sobre os mais atuaispadrões e processos que permitamaos integrantes da cadeia logística ade-quar custos, aumentar a produtividadee, acima de tudo, oferecer um atendi-mento cada vez mais eficiente ao con-sumidor.
O objetivo é que as idéias aqui ex-postas ao longo deste ano contribu-am de alguma maneira para a criaçãode um canal de debate e proporcio-
nem ganhos em eficiência e em agili-dade para toda a cadeia de abasteci-mento, desde as matérias-primas eprodução, até o abastecimento dasgôndolas.
A proposta é abordar temas comocusto logístico, cadastro de produtos,paletização, impacto da concentraçãode entrega no fim do mês, reposiçãode estoques, promoções, entrega no-turna, padronização de embalagens,radiofreqüência e transporte, entreoutros.
Desafios para
gestão eficienteA definição clássica de logística
apregoa que a mercadoria certa este-ja no lugar certo, na hora certa, naquantidade necessária e ao menor cus-to. É um conceito correto, porém,demasiado genérico para a situação de
mercado que enfrentamos. Com aglobalização, a cada dia surgem no-vos processos e novas tecnologias queprocuram aumentar a eficiência emtodas as fases da cadeia de abasteci-mento. Para se manter permanente-mente atualizadas, as empresas devempadronizar seus procedimentos e sualinguagem de comunicação dentro dascadeias e mercados em que atuam,desde o planejamento do suprimentode insumos e componentes até a en-trega de seus produtos a revendedo-res ou mesmo a consumidores indivi-duais. Nesse sentido, a segmentaçãode mercado tem se mostrado um im-portante instrumento para o atendi-mento de necessidades específicas degrupos de consumidores com carac-terísticas similares. Esse processoatinge toda a cadeia e até mesmo de-fine os lotes de produção e processos
Gestão dacadeia logística:novos desafios
Gestão dacadeia logística:novos desafios
serie ecr 210.p65 27/2/2008, 18:1612
13março 2008 |
de distribuição para poder atender
“clusters” de consumidores, com pro-
dutos e serviços sob medida para suas
necessidades e preferências. Casos de
relações um-a-um podem ser observa-
dos em algumas empresas, como a Dell
Computadores, a qual permite ao con-
sumidor realizar a compra on-line, a
partir da especificação de todas as ca-
racterísticas do equipamento que dese-
ja adquirir. Os fabricantes produzem os
aparelhos sob medida e entregam no do-
micílio de cada cliente. Da mesma for-
ma, muitos fabricantes de automóveis
oferecem um enorme cardápio de op-
ções que permitem personalizações
como modelo, motor, câmbio, cores ex-
ternas e internas, materiais de acaba-
mento, sonorização, acessórios, etc.
A operação de estruturas desse tipo
– voltadas à diferenciação por seg-
mentos – parece ser a direção seguida
em muitos mercados. Isso exige uma re-
taguarda extremamente flexível, na qual
não se opera mais na busca do escoa-
mento rápido e eficiente de uma produ-
ção padronizada, mediante o conceito de
lotes econômicos, mas sim conciliando
um canal de informações precisas do
consumidor ao fabricante, e processos
de produção e distribuição, baseados em
uma logística customizável, desde os fa-
bricantes de insumos até a ponta da
cadeia em questão.
O desafio se torna ainda mais com-
plexo à medida que os investimentos na
plataforma de informações e sistemas
logísticos são limitados por margens ex-
tremamente enxutas, das quais devem
ser extraídos os recursos indispensáveis
para a competitividade dos processos e
empresas, além da manutenção do nível
tecnológico o mais atualizado possível.
Além das questões diretamente re-
lacionadas ao fluxo logístico ágil, exis-
tem novas exigências do consumidor ou
da sociedade, tais como a rastreabilidade
e a garantia de origem. Tanto por inicia-
tiva dos próprios “players” da cadeia,
quanto por imposições legais, busca-se
a transparência e visibilidade com efeti-
va garantia de qualidade de produtos,
13março 2008 |
serie ecr 210.p65 27/2/2008, 18:1613
| março 2008 14
* POR CLAUDIO
CZAPSKI, SUPERINTEN-DENTE DA ECR BRASIL
serviços e processos, para todos os
envolvidos. No mercado europeu, já é
possível dispor de todo o histórico da
mercadoria, como origem, destino,
tempo de estocagem etc. No Brasil,
as ações ainda são tímidas e restritas
a determinadas mercadorias, como
perecíveis e aqueles mais sujeitos a
adulterações, entre eles, os produtos
farmacêuticos. As vantagens da
rastreabilidade são várias ao permitir
que seja possível pesquisar todo o his-
tórico do produto, conhecer sua data
de validade, o fabricante, quando foi
adquirido, qual foi a transportadora e
para quem foi vendido. Ferramentas
para promover o rastreamento já es-
tão disponíveis, mas ainda não encon-
tram “eco” por inúmeras razões, den-
tre elas, a falta de padronização nas
informações trocadas entre fabrican-
tes e varejo.
A rastreabilidade e a garantia de
origem, no entanto, exigem capacita-
ções especiais de quem opera no se-
tor, desde estruturas multifuncionais
das empresas até a união de especia-
listas para oferecer soluções sob me-
dida para cada cliente e mercado.
A responsabilidade pela eficiência
da cadeia, evidentemente, é comparti-
lhada por todos seus integrantes e
traz como requisitos a padronização
e interoperabilidade de sistemas, ca-
dastros e processos, o compartilha-
mento amplo e transparente de infor-
mações, a avaliação de alternativas
tecnológicas (e respectivos custos)
para a construção de modelos eficien-
tes e sob medida para cada situação.
| março 2008 14
serie ecr 210.p65 27/2/2008, 18:1614
anuncios.p65 27/2/2008, 17:127
| março 2008 16
SEJAM FERRAMENTAS PARA
uso manual, sejam equi-
pamentos de aciona-
mento semi-automático
ou totalmente automático, os sis-
temas de arqueação atuam na con-
tenção de volumes e cargas com-
pletas em paletes, assegurando sua
unitização e a integridade durante
o transporte.
Utilizando consumíveis como as
fitas de polipropileno, aço (para apli-
cações especiais, veja quadro nesta
reportagem) ou poliéster, os avan-
ços registrados nestes equipamen-
tos nos últimos anos envolvem o
uso cada vez maior da tecnologia, o
que se traduz em aumento de pro-
dutividade, ou seja, mais volumes
sendo arqueados em menos tempo.
“No caso dos equipamentos au-
tomáticos e semi-automáticos, os
avanços também se referem a me-
Sistemas de arqueação asseguram a unitização de volumes
e a integridade de produtos
nos quantidade de peças – com mais
eletrônica embarcada (CLPs e ser-
vo-motores) o desempenho opera-
cional aumenta, como nos casos de
arqueadoras automáticas com pro-
dução de 70 cintagens por minuto
– e é possível reduzir os custos de
manutenção”, esclarece o gerente
nacional de vendas da Signode,
Marcello Donadio.
A empresa, que tem fábrica em
Cabreúva, São Paulo, acaba de lan-
çar os modelos LBX e HBX da li-
nha X com foco na indústria em
geral e de papelão (LBX) e de pro-
dutos frigorificados (HBX). A
tecnologia neles empregada permi-
tiu redução de 40% de peças, acessó-
rios diferenciados e, no caso dos
consumíveis para a HBX, fitas que
não variam a espessura e a largura,
garantindo maior desempenho. A
Signode tem ainda em seu portfólio
Junto, mas nãomisturadoJunto, mas nãomisturado
MODELO DA LINHA X DA SIGNODE:40% MENOS PEÇAS
arqueadoras.p65 27/2/2008, 18:1716
17março 2008 |
uma paletizadora desenvolvida para o
mercado de papelão que combina pren-
sa, arqueadora e cabeçotes modula-
res para selagem e tensionamento.
“Os insumos ou consumíveis tam-
bém registraram avanços nos últimos
anos. A fita em poliéster, por exem-
plo, substitui a fita de aço em algu-
mas aplicações com muita vantagem
em termos de preço/metro e desem-
penho (resistência e alongamento)”,
destaca o gerente de vendas para
América Latina da Cyklop, Lineu Cal-
deira. “O problema é que, em muitos
casos, os fornecedores trabalham
para atender a exigências medianas,
deixando de lado a qualidade, e as pe-
quenas e médias empresas contribu-
em para perpetuar essa situação quan-
do consideram com maior prioridade
o preço. Os consumíveis são impor-
tantes na hora de comprovar o custo-
benefício da qualidade e desempenho”.
Como exemplo, o gerente cita a fita
de resina de poliéster que a Cyklop está
desenvolvendo com capacidade para 550
N/mm2 (as tradicionais oscilam entre
420 e 440 N/mm2). “Utilizamos as fi-
tas de poliéster desde 1994 e hoje
temos cinco linhas de produção de fi-
tas deste material, em razão do au-
mento da demanda”, afirma Lineu. A
empresa lançou em 2007 uma ferra-
menta de arquear pneumática que
traciona até 500 kgf com conjunto
redutor, conferindo-lhe maior
confiabilidade e menos manutenção.
17março 2008 |
Fitas: os diferentes consumíveis
Aço: aplicações de arquear na siderurgia, (aço, bobinas, etc)
Polipropileno: arqueação de cargas consideradas leves (até 200 kgf)
Poliéster (PET): arqueação de cargas pesadas (acima de 200 kgf), que pedem maior
resistência das fitas, como lingotes de alumínio. Têm maior capacidade de
alongamento e retenção de carga que o polipropileno.
TIPO: USO:
arqueadoras.p65 27/2/2008, 18:1717
| março 2008 18
Fonte: fabricantes
Escolha inteligente
O ideal, segundo os fabricantes
de equipamentos e consumíveis
para arqueação, é que cada cliente
receba uma solução de embalagem
que considere também os serviços
a serem prestados – aí incluídos
treinamento de pessoal para pro-
longar a vida útil da ferramenta e
manutenção.
A indicação de determinado
equipamento para essa ou aquela
aplicação depende de aspectos como
o produto a ser arqueado – dimen-
sões e peso –, condições e modo de
transporte, para avaliar o impacto
na embalagem, além da armazenagem
e demanda, para evitar gargalos.
“O pós-venda e continuidade de
atendimento do fabricante ou dis-
tribuidor da arqueadora e fitas tam-
bém devem ser avaliados”, assinala
o gerente de vendas da Serral-
godão, Carlos Alberto Pilão. Para ele,
conhecer os fornecedores ou fabri-
cantes dos equipamentos, assegurar-
se de que tenham capacidade para re-
alizar a manutenção e fornecer pe-
ças sem deixar parar a produção, é
essencial.
“Entre os serviços que podem
ser oferecidos estão o acompanha-
mento do desempenho da arquea-
dora considerando a forma como
está sendo utilizada, e consumo,
desgaste e fornecimento de peças,
que fazem parte da manutenção pre-
ventiva. Neste segmento, o pós-
venda é um diferencial para os fa-
bricantes, pois é uma maneira de
manter a parceria com o cliente”,
afirma Lineu da Cyklop.
Já Marcello da Signode reco-
menda que antes de adquirir um
equipamento de arquear, o usuário
Cort
esia
: Furn
axC
ort
esia
: C
yklo
p
Utilizando como consumível as fitas plásticas (poliéster ou
polipropileno), são aplicadas em fábricas onde a produção
seja pequena. As elétricas usam baterias e são indicadas
para arqueamento de cargas até 700 kg, com tração de
300 kgf. Realizam, em uma única operação, tensionamento,
selamento das fitas e corte. Já as pneumáticas são reco-
mendadas para arqueação de cargas de até 1.500 kg e
tração de até 500 kgf.
Utilizadas para fechamento de caixas com fita de
polipropileno. As cargas apresentam peso entre 18 e 25
kg (por caixa). Não dispensam operador em parte do
processo.
Usadas apenas para arqueação de grandes volumes –
acima de 20 a 30 paletes/hora, são aplicadas em linhas de
produção, dependendo do equipamento fazem até duas
arqueações simultaneamente, não oferecem restrições ao
tipo de carga, e dispensam operador no processo. Têm sido
empregadas nas indústrias de papel, latas, garrafas e pai-
néis de madeira.
Arqueadoras manuais:
mecânicas, elétricas
ou pneumáticas
Arqueadoras
semi-automáticas
Arqueadoras
automáticas
Os tipos de arqueadorasTIPO APLICAÇÃO
Cort
esia
: Ser
ralg
odão
arqueadoras.p65 27/2/2008, 18:1718
19março 2008 |
No embarque de produtos para exportação
A Astro Tecnologia também faz
uso de fitas e ferramentas para
arquear cargas embarcadas em
contêineres que serão transpor-
tados em qualquer modo – ro-
doviário, aéreoviário, aquaviário,
ferroviário. De acordo com ex-
plicações do diretor comercial da
empresa, Egidio Melotto, o siste-
ma de embalagem é composto
por fitas de poliéster com fios em
paralelo agregados com
polipropileno aplicadas de for-
ma manual, com auxílio de ferramenta para dar a tensão necessária de contenção.
“Esse sistema se aplica a cargas acima de 500 kg até 2 toneladas. As fitas têm capacida-
de elástica de 7% de seu tamanho para absorver as mudanças que a carga pode sofrer
ao longo da viagem, ou seja, em caso de impacto, uma cinta de 100 cm pode alongar-se
até o limite de 107 cm e depois retornará ao tamanho original de 100 cm”, assinala.
Esse sistema de arqueação é composto por fitas, fivelas, a ferramenta de tensionar e cortar
fitas, e ganchos. Pode ser utilizado para fixação de motores em paletes, amarração de
vergalhões de aço ou veículos industriais em racks e cargas de formato e tamanho
irregulares.
19março 2008 |
também atente para os custos de ma-
nutenção, perdas em processo (desper-
dício de fitas, perda de produção em fun-
ção de paradas para manutenção e cus-
tos de retrabalhos, entre outros). “Co-
nheça bem a sua operação e mais ainda
o seu fornecedor”.
No quesito parcerias de longo pra-
zo, entram em cena os contratos de ma-
nutenção, de fornecimento de consu-
míveis, e o comodato (ou aluguel) dos
equipamentos (que pressupõe um con-
trato de fornecimento dos consu-
míveis). Apesar da percepção indicar que
o mercado hoje adquire mais do que
firma contratos de comodato, as em-
presas ainda se valem deste expedi-
ente para fidelizar o cliente com as
fitas. “Existe espaço para venda e
comodato, mas é preciso avaliar, an-
tes de tudo, o que a operação deman-
da para adotar o sistema de embala-
gem mais adequado e eficiente”, en-
cerra Carlos Alberto da Serralgodão.
Corte
sia
: A
str
o
arqueadoras.p65 27/2/2008, 18:1819
| março 2008 20
Peça qualquer peçaA SMH cresce e conquista o mercado de peças de reposição
para empilhadeiras
CRESCEMOS 34% EM 2007e a expectativa para 2008
é obter um faturamento
30% maior”. A previsão
é do gerente-geral da SMH no Bra-
sil, Newton Santos, que acredita que
ainda há espaço a ser conquistado
no mercado de peças de reposição
de empilhadeiras. A empresa tem
20% de participação neste setor e
cerca de 560 mil itens diferentes à
disposição do cliente. Com a aquisi-
ção da Intrupa, a SMH (Systems
Material Handling) iniciou a
comercialização de peças de reposi-
ção para empilhadeiras européias, até
então indisponíveis pela empresa.
A SMH comercializa peças ori-
ginais, de acordo com os manuais
do fabricante, não necessitando de
adaptações. “Este já era um concei-
to da Intrupa”, afirma Newton.
“Como temos um poder de negoci-
ação maior com os fabricantes de
peças, conseguimos preços menores
que os distribuidores”.
A empresa, que recentemente
quase triplicou sua área, de 650 m2
para 1.650 m2, não teme a concor-
rência chinesa, uma vez que as
empilhadeiras chinesas estão chegan-
do ao Brasil. Segundo Newton, a
SMH também dispõe de peças que
podem atender a esse mercado. “Já
temos as referências de algumas das
marcas deles”.
De acordo com o gerente-geral,
os fabricantes chineses fazem dois
tipos de produtos: os muito bons e
os ruins. “Não tem meio termo. O
Brasil está começando a dar impor-
tância para a qualidade. Não basta
um bom produto. E necessário um
bom pós-venda. O consumidor com-
pra um produto, o serviço e a ga-
rantia. Ninguém pode deixar o equi-
pamento parado por falta de peça”.
Newton acredita que o mercado
está carente de bom atendimento e
mão-de-obra. “O mercado está ama-
durecendo para o consumo de equi-
“
smhl intrupa.p65 25/2/2008, 11:2420
21março 2008 |
pamentos de movimentação e ar-
mazenagem de materiais”.
A SMH está presente em mais
de 300 países, seja com instalações
próprias ou através de representan-
tes. Em alguns países, como no Bra-
sil, conta com centros de distribui-
ção próprios. Em outros, tem lojas
ou representantes.
“O mercado de peças de reposi-
ção é interessante”, afirma Newton.
“Teoricamente, gera um volume
três vezes maior que o parque ins-
talado. Se por exemplo, o mercado
conta com um milhão de
empilhadeiras, significa que o de
peças de reposição é de mais três
milhões”.
O diretor-geral afirma que falta
aos profissionais de manutenção de
empilhadeiras do Brasil a cultura da
manutenção preventiva. “Aqui, a es-
timativa do valor do gasto mensal
para troca de peças é de US$ 150,00
por empilhadeira, mas deveria ser
21março 2008 |
maior. Só pensamos em trocar uma
peça depois que a empilhadeira pára
de funcionar. O barato acaba sain-
do caro”.
Para Newton, para economizar,
uma parcela da população compra
peças de reposição com vistas ape-
nas ao preço, e não à qualidade, até
mesmo para itens de segurança.
“Muitas vezes essas peças estão
fora de especificação”.
A SMH planeja, já no próximo
mês, iniciar o uso do e-commerce
no Brasil. Será possível fazer cota-
ções, pedidos e buscas no site. Para
isso, a empresa está prevendo um
aumento do investimento em es-
toque de 60% e dobrar o fatura-
mento até o final do ano.
NEWTON: “COMO TEMOS UM PODER
DE NEGOCIAÇÃO MAIOR COM OS FABRICANTES
DE PEÇAS, CONSEGUIMOS DISPONIBILIDADE
A UM PREÇO MENOR”
Só pensamos em trocar
uma peça depois
que a empilhadeira
pára de funcionar.
O barato pode sair caro
smhl intrupa.p65 25/2/2008, 11:2421
| março 2008 22
À medida que cresce a quantidade de locais de manufatura
global de automóveis, montadoras sentem crise na capacidade
de armadores
ACADEIA DE ABASTECIMENTO
de veículos novos está
passando por um desen-
volvimento dinâmico que
vem ampliando a visão global dos fa-
bricantes e das transportadoras ma-
rítimas de automóveis. Mercados es-
tabelecidos na Europa e América do
Norte estão mantendo um crescimen-
to positivo e as economias emergen-
tes estão crescendo rapidamente como
centros de produção e consumo.
O resultado do comércio crescen-
te inter e intracontinental de veículos
levou à demanda maior de transpor-
tadoras ro-ro (roll-on - roll-off) que
pode atender às necessidades, não só
para as principais rotas comerciais,
mas também para as menores. O pro-
blema é que a demanda por capacida-
de continua a superar a oferta. As so-
luções recaem não só na introdução
de navios adicionais e maiores, mas
também na maior cooperação entre
os embarcadores.
Fabricantes identificam
os problemas
Os fabricantes de veículos têm di-
versos problemas no uso do trans-
porte ro-ro. Na Mazda Motor
Logistics Europe, a principal preocu-
pação está na necessidade de maior
eficiência no serviço em longo curso,
incluindo menores custos ope-
racionais e melhor confiabilidade no
serviço.
“Os principais problemas são a
combinação entre capacidade e ofer-
ta”, explica Paul Carlton, presidente
da MOL Bulk Shipping USA. “O cres-
cimento contínuo dos mercados como
o do Oriente Médio, América do Sul
e Europa Oriental mudou as neces-
sidades. Devido o crescimento do
volume nos EUA, Europa e Orien-
te Médio, a programação das
transportadoras não é tão fácil
quanto costumava ser devido à dis-
ponibilidade de mão-de-obra nos
portos”.
Alguns problemas são regionais:
Steve Perry, diretor de Supply Chain
da Kia Motors UK, prevê desafios
quando a Kia começar a usar navios
para curtas distâncias para sua nova
fábrica em Zilina, Eslováquia. “Se em-
barcarmos dos portos poloneses pelo
mar Báltico para atender o nordeste
do Reino Unido, haverá problemas
no inverno por causa das condições
climáticas. Outras opções são o em-
barque através dos portos de
Bremerhaven (Alemanha) ou Roter-
dã (Holanda)”.
O mar nãoestá para peixe
O mar nãoestá para peixe
SÉRIE | logística pelo mundo
serie pelo mundo.p65 27/2/2008, 18:2422
23março 2008 |
Serviços com valor
agregado
Na Grimaldi Lines, cujos serviçosincluem rotas regulares entre Euro-pa, Oeste da África e América do Sul,Marcello Di Fraia, executivo seniordo departamento comercial, diz que éde crucial importância para o cresci-mento da base de exportadores e im-portadores de veículos brasileiros aprevenção contra avarias, a garantiade freqüência das rotas, a integrida-de dos horários e a disponibilidade deespaço.
Outros problemas envolvem asflutuações de última hora da produ-ção, os processos com a documenta-ção, as necessidades de programas degarantia da qualidade e a necessidadede parcerias efetivas para o geren-ciamento das dificuldades provocadas
pela falta de infra-estrutura e de servi-ços dos portos brasileiros.
Os fabricantes de veículos funda-mentam o valor da cooperação comas transportadoras marítimas de veí-culos com uma visão de melhoria desua eficiência logística. Robert Strain,diretor de Logística da GM GlobalPurchasing and Supply Chain, na ÁsiaPacífico, conta que a capacidade limi-tada do transporte ro-ro torna vitalpara as transportadoras que traba-lham com a GM identificarem formasde operar com mais eficiência. “A GMavalia mensalmente o desempenho eas propostas para eliminação de per-das de forma pró-ativa com as trans-portadoras ro-ro. Partidas no horá-rio, chegadas no horário, fretes redu-zidas dos veículos e taxas de avariasnos veículos são alguns dos proble-mas em que focamos”, ele conta.
O déficit de capacidade
O déficit de capacidade é o pro-blema mais significativo que os fabri-cantes de veículos enfrentam. AMazda passa por problemas de capa-cidade da Ásia à Europa e parte doproblema é que os navios permane-cem em serviço mais tempo do quedeveriam. A qualidade dos equipa-mentos às vezes resulta em freqüên-cia instável, o que afeta os horários, olead-time e a capacidade.
Trabalhando junto com os fabri-cantes de veículos estão os pres-tadores de serviços logísticos como aBLG Automobile Logistics, emBremerhaven, que presta serviços demovimentação nos terminais eagenciamento de fretes. WolfgangStoever, diretor do departamento devendas e operador de portos contaque a falta de espaço continuará até2008: “embora novos navios estejamsendo construídos, a demanda estácrescendo muito mais rapidamente”,acrescenta.
O déficit existe não só nas rotasprincipais. Na Fiat Brasil, o ‘over-booking’ é o principal problema. De-vido ao volume crescente, as trans-
portadoras mantêm seus maiores na-vios nas rotas principais entre o Ex-tremo Oriente, EUA e Europa e háum déficit significativo de espaço",conta.
O déficir de capacidade está pio-rando para a Fiat devido aos aumen-tos de volume de vários fabricantesde veículos no mundo inteiro. Prevê-se déficits de capacidade da Américado Sul à África, Europa e AméricaCentral. A solução é assinar contra-tos mais longos com as transporta-doras para manter navios maiores emais modernos nessas rotas comer-ciais.
Robert Bob Wade, GerenteCorporativo de Logística Internacio-nal da Toyota Logistics Services(TLS), conta que seus objetivos nouso de transportadoras marítimas deveículos são o desempenho pontual ea prevenção contra avarias, com a me-lhor proposição possível de custo ede valor. Segundo ele, o volume de im-portação dos EUA para a TLS au-mentou drasticamente. Em 2006, aTLS movimentou 863.665 veículos. Ovolume para 2007 foi de quase 1,29milhão de veículos importados, um au-mento de 50%. A TLS espera aumen-tar ainda mais em 2008, embora nãotão drasticamente.
O crescimento das exportações daGM está desafiando as transporta-doras marítimas apesar dos progra-mas agressivos de construção de no-vos navios. Para minimizar o impactodo déficit de tonelagem, é crucial queas transportadoras forneçamcronogramas acurados e trabalhemcom os fabricantes de veículos quan-do não conseguirem cumprir seuscronogramas.
É necessária ainda suficiente co-municação e aviso antecipado de modoa não prejudicar as vendas e receitasdas OEMs (Original EquipamentManufacturer). As OEMs têm asmesmas obrigações de informar àstransportadoras sobre qualquer des-vio em seus volumes de exportação.Somente com a comunicação abertatodas as partes poderão ter êxito.
serie pelo mundo.p65 27/2/2008, 18:2423
| março 2008 24
Coordenação
mais rígida
Para reduzir o déficit de capacida-de, bem como os outros problemaslogísticos, é necessária uma coorde-nação mais rígida entre os fabrican-tes de veículos e as transportadorasmarítimas. Os fabricantes precisamoferecer entregas em ‘just-in-time’para as transportadoras marítimas,pois elas trabalham conforme previ-são. Em casos onde um fabricante deveículos possa, como parceiro de suatransportadora, criar um sistemalogístico contínuo voltado à exporta-ção que forneça a produção em ‘just-in-time’ até o porto, até o navio e atéo mercado, todos ficarão satisfeitos.
Existe muita coordenação entre astransportadoras e os fabricantes deveículos em áreas como transmissãode dados, documentação, cobrança defretes, segurança e qualidade na mo-vimentação, e embora os fabricantesestejam melhorando na previsão eobtendo fornecimento das futurasáreas de produção, estes ainda são osprincipais problemas. A cooperação detodas as partes é essencial para conse-guir uma logística eficiente.
Transportadoras
marítimas ampliam
seus serviços
As transportadoras marítimas es-tão ampliando seus serviços para aten-
der às exigências dos fabricantes deveículos por maior eficiência logística.Na Subaru, Akira Watanabe, gerentede vendas, explica que sua empresacontroladora, a Fuji Heavy Industriescuida da logística de veículos fabrica-dos no Japão destinados aos merca-dos da Europa. Em 2006, a transpor-tadora marítima da Subaru começoua cuidar da logística dos veículos fa-bricados nos EUA, incluindo o trans-porte de portos dos EUA até o portode descarga, desembaraço alfandegá-rio e o transporte até o destino final,o que aumentou a eficiência dalogística.
Existem oportunidades e as van-tagens para as transportadoras am-pliarem seus serviços logísticos. Umexemplo é que as operações nos ter-minais garantem às transportadoras
prioridade para atracação e espaçopara descarga em uma época em queo espaço dos portos está ficando es-casso. Isto é especialmente verdadei-ro na Costa Oeste dos EUA.
A Grimaldi oferece serviçosabrangentes de logística na Itália, Ir-landa, Norte da Europa, Escandináviae Oeste da África. Em contrapartida,na América do Sul, e mais especifica-mente no Brasil, o envolvimento dastransportadoras marítimas está rela-cionado mais com as iniciativas con-juntas de cuidar dos gargalos em ter-ra e dos assuntos relacionados à bu-rocracia.
Em busca
da integração
Com estes problemas solucionados,poderíamos ver uma evolução parauma integração da logística, porémexistem diversas barreiras, incluindoo excesso de burocracia, a falta de le-gislação clara, que permita que osprestadores de serviço logístico rea-lizem entregas com um único conhe-cimento de embarque e a falta de in-vestimento na infra-estrutura portu-ária.
Embora a Mazda use as transpor-tadoras de veículos apenas para otransporte marítimo, Eekhof reco-nhece que os serviços mais abran-gentes deverão aumentar a eficiência.
OPERAÇÕES NOS TERMINAIS GARATEM ÀS TRANSPORTADORAS PRIORIDADE DE ATRACAÇÃO
AS ROTAS COMERCIAIS NÃO PRINCIPAIS COMPETIRÃO POR CAPACIDADE COM AS ROTAS
SIMILARES À MEDIDA QUE A PRODUÇÃO DE VEÍCULOS AUMENTAR
serie pelo mundo.p65 27/2/2008, 18:2424
25março 2008 |
Seria uma vantagem combinar os serviços em águas pro-fundas e nos terminais, embora a Mazda ainda cuidaria dotransporte interno.
No Porto de Southampton (Reino Unido), Ray Facey,gerente do porto, acredita que haverá maior envolvimentodas empresas de navegação na cadeia logística geral, des-de que seja economicamente viável. “Entretanto, pareceque os retornos desta atividade não são especialmenteinspiradores”.
O Porto de Southampton está trabalhando com algunsde seus principais clientes para promovê-lo como uma ins-talação de “consolidação e redespacho”. A intenção é for-necer um intercâmbio adequado entre os serviços de lon-go curso e de curta distância para embarques de veículosnos navios alimentadores nos portos europeus mais pró-ximos. Isto permitiria que os operadores de águas pro-fundas reduzissem o número de escalas em seus itinerári-os economizando com isso tempo e dinheiro.
Algumas montadoras querem tirar proveito das eco-nomias que os ‘hubs’ (portos centralizadores) podem ofe-recer. Outros querem soluções customizadas. Algumas em-presas querem soluções simplificadas que exijam habilida-des que não têm internamente. Assim, eles estão interes-sados em fazer parcerias com empresas que tenham estasespecialidades. Pacotes de serviços da fábrica ao revendedor,controle de faturamento e reclamações, visibilidade do fluxodos produtos e gerenciamento dos eventos da cadeia deabastecimento são alguns exemplos.
Melhorias na eficiência da logística
Embora algumas melhorias na logística ainda estejamnas etapas de planejamento, outras renderam resultadospositivos. A Höegh Autoliners renovou e expandiu recen-temente suas operações nos terminais de Jacksonville eBaltimore nos EUA. Com a inclusão de mais terrenos, suaflexibilidade de prestação de serviços de entrada e saídaaumentou.
De janeiro a setembro de 2007, o desempenho na pon-tualidade das transportadoras da Toyota Logistics Servicesnos EUA ultrapassou 96%, um grande avanço conside-rando que ela usou diversas transportadoras, mais naviosfretados e teve mais variabilidade no tempo em trânsito.
A BLG construiu um ancoradouro para transporta-doras de longo curso e dois ancoradouros para transpor-tadoras de curtas distâncias em Bremerhaven. Ela cons-truirá ainda uma segunda eclusa por volta do final da década.A Grimaldi introduziu cinco navios na rota rumo ao norte apartir do Brasil, lastreando-os através de seu serviço noOeste da África. Com quase o dobro de sua capacidade deelevação, a Grimaldi possibilitou o sucesso do programa delançamento e exportação de novos modelos de carros fabri-cado no Brasil para o mercado do Norte Europeu.
25março 2008 |
serie pelo mundo.p65 27/2/2008, 18:2525
| março 2008 26
LLLLL I T E R AI T E R AI T E R AI T E R AI T E R AT U R AT U R AT U R AT U R AT U R A
TTTTT É C N I C AÉ C N I C AÉ C N I C AÉ C N I C AÉ C N I C A
PARA OBTER OS TELEFONES E WEB MAIL DOS FABRICANTES AQUI MENCIONADOS,CONSULTE O GUIA DE FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS DE MAM.
Distribuidor de
EMPILHADEIRASA Somov foi formada a partir da fusão da Lion, distribui-
dora mundial da Hyster, com a Sotreq, revendedora
Caterpillar. Além de contar um pouco da história da empre-
sa, o catálogo ainda destaca, com fotos, a linha de
empilhadeiras, além dos serviços de locação e contratos de
manutenção. A literatura também aponta a competência dos
colaboradores da Somov na seleção e configuração dos equi-
pamentos.
EMBALAGENSde madeira
SOFTWARESlogísticos
A Infolog Solutions dis-
põe de diversos softwares
para uso logístico. Há catá-
logos individuais para cada
aplicativo: TMS (“trans-
portation management
sytem”, sistema de geren-
ciamento de transportes);
GLS (“global logistics
system”, sistema logístico
global); WMS (”warehouse
management system”, siste-
ma de gerenciamento de ar-
mazéns) e GTS (“goods
traceability system”, sistema
de rastreabilidade de produ-
tos). Cada catálogo destaca
as principais funcionalidades
do respectivo software e
seus benefícios específicos.
A Adezan fabrica emba-
lagens de madeira ou mistas
adaptadas a cada situação. O
catálogo da empresa destaca
os serviços de programar
embalagens, embalar, movi-
mentar, estocar e estufar
contêineres. A empresa, que
utiliza softwares específicos
para projetos e otimizações,
sugere alternativas, com
otimização de custo e apro-
veitamento em contêineres.
Merecem destaque ainda, as
embalagens para transporte
de vidros planos, conten-
tores para exportação,
paletes, caixas desmontáveis
com “bags” plásticos para lí-
quidos, entre outros.
RETÍFICAde motores
A MM Retífica de Moto-
res faz o recondicionamento
de motores veiculares,
empilhadeiras e estacionári-
os nacionais e importados
desde 1967. Traz em seu ca-
tálogo de aplicações em
empilhadeiras sua linha de
motores GLP, gasolina e die-
sel. Atende aos modelos das
marcas Hyster, Yale, Clark,
Mitsubishi, TCM, Nissan,
Komatsu, Toyota, Linde,
Daewoo e Halla, todos des-
critos na publicação. De acor-
do com esta, normalmente
são passíveis de recondicio-
namento peças vitais do mo-
tor, como bloco, cabeçote,
virabrequim, biela e cárter.
| março 2008 26
lit tecnica 210.p65 28/2/2008, 17:4526
anuncios.p65 27/2/2008, 17:116
| março 2008 28
toque de midas
Construtorde soluções
NÃO É À TOA QUE MAURICIO
Abrão Iankis Ajzenberg,
diretor de logística da
Treelog Logística - em-
presa de distribuição de impressos
dedicada ao Grupo Abril – pode ser
visto como um construtor de solu-
ções. Em logística começou formal-
mente em 1991, na extinta Cia. São
Paulo de Petróleo; e o início de tudo
foi nos canteiros de obras, quando
passou a lidar com a gestão dos su-
primentos, logística, distribuição, pos-
tos e terminais próprios, além da ges-
tão dos fretes terceirizados e de uma
pequena frota própria.
A Editora Abril entrou na vida de
Mauricio pela primeira vez em 1982
e, depois, em 1997, quando após um
período, voltou à empresa. Em 2001
assumiu a diretoria de logística da
Dinap (Distribuidora Nacional de Pu-
blicações) e em 2008, foi convida-
do a ocupar esta mesma função na
recém-criada Treelog Logística.
“Apesar de minha formação e da
experiência com a logística dos can-
teiros, foram fundamentais o apoio e
os ensinamentos passados pelos cole-
gas de departamento na ocasião. Atu-
ar num segmento altamente compe-
titivo, às vezes lado a lado, e outras
confrontando as gigantes nacionais e
mundiais do setor, acabou sendo ou-
tra grande escola”.
Um de seus maiores desafios ocor-
reu durante a crise financeira perce-
bida pela empresa no período 2001-
2004. Neste período, sua equipe con-
seguiu reduzir os custos logísticos do
grupo em até 50%, com o mínimo de
impacto em termos de pessoal (de-
missões/terceirizações), com baixo
comprometimento dos níveis de ser-
viço demandados pelas publicações
(que são vitais para seu negócio) e com
a manutenção de um excelente relaci-
onamento com clientes e fornecedo-
res ao longo de toda a cadeia. “Foram
exercícios de foco nos objetivos (ne-
cessidades) aliados à criatividade (a
equipe foi formidável!) no redesenho
de processos, na otimização de recur-
sos e, principalmente, de muita trans-
parência nas ações e resultados”.
Para Mauricio, a qualificação e a
elevação do nível de instrução dos tra-
balhadores, além da introdução a uma
cultura de serviços (com acordos, re-
gras e funções bem definidas) são as-
pectos que não podem ser ignorados
pelos líderes em logística. “Investi-
mento na educação formal dos ci-
dadãos e colaboradores, a definição
de regras claras e razoavelmente
estáveis na legislação (além, é cla-
ro, de seu cumprimento) são um
bom início para derrubar parte dos
obstáculos que temos de enfrentar
diariamente. A economia de merca-
do ajuda no restante”.
O executivo faz questão de ressal-
tar que sua atividade é estimulante sob
vários aspectos, um deles é que a
logística, principalmente em segmen-
tos tão perecíveis quanto o editorial,
não “dá tréguas”: não há marasmo
nem monotonia. No dia-a-dia, o que
torna o trabalho desafiador são o
atendimento das diferentes expecta-
tivas, o cumprimento dos acordos e a
busca pelas melhorias.
“Um objetivo para minha realiza-
ção é o de implementar as operações
da nova empresa com um modelo de
alta flexibilidade de serviços para os
clientes, nível de excelência pautado
por indicadores e colaboradores ati-
vos, felizes e orgulhosos de seu tra-
balho”.
MAURICIO ABRÃO IANKIS AJZENBERG
Formação: engenheiro civil pela Escola Politécnica - USP, pós-
graduado em gerenciamento de empresas pela Fundação Vanzolini
e com MBA Executivo em Marketing pela ESPM.
Idade: 47 anos
Primeiro trabalho em logística: de um ponto de vista formal,
foi como gerente de operações da antiga Cia. São Paulo Distri-
buidora de Derivados de Petróleo, uma distribuidora nacional
de combustíveis (que foi adquirida pela Agip e, mais recentemen-
te, pela BR Distribuidora).
Horas médias de trabalho: em média 9 horas por dia. “Vale
lembrar que, na nossa área de atuação, estamos quase que perma-
nentemente de ‘plantão’”.
Hobbies: viajar em companhia da família, cinema, música, espor-
tes (vôlei , tênis e futebol).
Os desafios estão na introdução e ampliação de uma cultura de servi-
ços e na elevação do nível de qualificação dos colaboradores.“”
toque de minas 210.p65 26/2/2008, 11:3028
29março 2008 |
PARA MAURICIO, A QUALIFICAÇÃO E ELEVAÇÃO
DO NÍVEL DE INSTRUÇÃO DOS COLABORADORES
NÃO PODEM SER IGNORADOS
toque de minas 210.p65 26/2/2008, 11:3029
| março 2008 30
COMO PODEMOS DEFINIR UM
“big bag”? De acordo como diretor industrial daTopack do Brasil, José
Maddaloni, o big bag pode ser defini-do como um contentor flexível desti-nado ao acondicionamento e transpor-te de materiais sólidos em pó ou gra-nulados nos setores agrícola, alimen-tício, químico, petroquímico e de mi-nérios, entre outros. “É um produtode larga utilização nos países de pri-meiro mundo, fabricado em ráfia depolipropileno de alta resistência e te-nacidade, sendo aditivado contra açãodos raios ultravioleta. Dispensa o usode qualquer outro tipo de embalagem,é de fácil manuseio, tanto para cargaquanto para descarga do produto.Para materiais que requerem umaimpermeabilização, existe o modelo
Vantagens dos contentores flexíveis
com filme de polietileno interno, queprotege totalmente o produto en-vasado da contaminação e contatoscom a umidade”, afirma.
A Sanwey, outra fabricante de bigbags, dispõe dos modelos padrão ti-pos A,B, C e D, com capacidade deaté 2.000 kg de carga na “versãoquadrada”, com divisórias queotimizam o espaço do volume quan-do estocado e versão paletizada, quedispensa os tradicionais paletes demadeira. “A capacidade de carga va-ria de 500 kg a 2.000 kg, de acordocom o produto a ser armazenado”,afirma o gerente de marketing daempresa, Yoshito Suzuki. “Enquan-to vazio, o big bag pesa em médiadois quilos, o que reduz o peso totalno cálculo de fretes, assim como oproduto chega ao final do processo
com rapidez e segurança, sem per-da de material”.
O Vinicon, big bag da Sansuy, é cons-tituído de um corpo de formato cilín-drico ou quadrado, um tubo para car-ga, um para descarga e um sistema dealças para içamento, confeccionados comlona sintética de PVC reforçada comtecido de poliéster de alta resistência.Dependendo da necessidade e da utili-zação, o departamento de engenharia daempresa produz big bags sob medida.Em geral, os volumes variam de 700 a2.500 litros.”O Vinicon tem vida útil decinco anos ou 400 viagens, tomando-sealgumas precauções e executando-seconsertos e manutenções periódicas”,afirma o assessor de Marketing da em-presa, João Carlos Birkholz.
O big bag, de acordo com JoãoCarlos, possibilita redução de tempo e
Big soluções
em bagsBig soluções
em bags
big bags.p65 27/2/2008, 18:2930
31março 2008 |
mão-de-obra na operação de carga edescarga, de perdas do produto porrasgos em relação à sacaria comumde papel ou polietileno. “Pode ser es-tocado tanto em locais cobertosquanto ao ar livre e não requer ins-talações complexas para o manuseio.É possível fazer todo o controle dasembalagens em trânsito, desde a ori-gem até o destino final através dalogotipia e da numeração gravadaem cada peça, facilitando assim a suaidentificação correta”, afirma JoãoCarlos.
Os bigs bags podem ser proje-tados para um ciclo de utilização (“oneway”) ou para vários ciclos. “A classi-ficação é determinada pelo fator desegurança, conforme a norma NBR15.009, contentor flexível, requisitose métodos de ensaios da ABNT”, ex-plica o diretor da STD ContainersFlexíveis, José Ricardo Blei Sant’Anna.Os diversos tipos são classificadospor fator de segurança (veja box).
Cuidados no manuseio
Como qualquer tipo de embalagem,os big bags exigem alguns cuidados.“Os principais cuidados no manuseiodevem ser informados pelo fabrican-te por meio de uma etiqueta de iden-tificação presa ao corpo, com a cargamáxima permitida de trabalho, fatorde segurança, código de rastrea-bilidade, instruções de uso e símbolos
gráficos de manuseio”, analisa o dire-tor da STD.
“Para os big bags reutilizáveis,sempre deve ser feita uma inspeçãovisual para verificar a existência dedanos, sendo dada maior atenção àabrasão, cortes e rasgos, degradaçãoultravioleta e/ou ataque químico”, ex-plica José Ricardo, da STD. “Deve serevitada a lavagem com produtos
PEÇAS METÁLICAS EXPORTADAS EM CONTENTORES FLEXÍVEIS (ONE-WAY) COM ECONOMIAS
31março 2008 |
big bags.p65 28/2/2008, 17:3131
| março 2008 32
clorados que atacam a proteção UVdo tecido, diminuindo sua resistência”.
O diretor industrial da Topack afir-ma que existem muitas empresasespecializadas que lavam e recuperambags retornáveis. “O segmento açu-careiro utiliza muito este tipo de servi-ço. É importante homologar empre-sas que prestem este tipo de servi-ço, a exemplo do que acontece com aescolha dos fornecedores de embala-gem, pois o trabalho deles influi dire-tamente na vida útil dos big bags.Fabricamos big bags para acondicio-nar açúcar desde a década de 1980,sendo atualmente responsáveis pelofornecimento de aproximadamente875 mil bags/ano neste setor”, anali-sa José.
Manutenção
A manutenção dos bigs bagsreutilizáveis deve ser feita de prefe-rência por empresas especializadas oupor colaboradores treinados. “Embo-ra o big bag seja reutilizável, caso
BIG BAG PALETE TEM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO BIG BAG, PORÉM EM SUA BASE
FOI CONSTITUÍDA EM FORMATO DE PALETES
Dicas para a ótima utilização dos big bags
ENCHIMENTO
• Antes de iniciar o enchimento, verificar se o big bag está com a sua boca de esvaziamento no fundo da embalagem, devidamente fechada;
• No início do enchimento manter o big bag distante do solo aproximadamente 15 cm, para facilitar o acomodamento do produto;
• No enchimento de produtos que possuírem grãos com aresta ou pontas, apoiar o big bag sobre uma base plana com revestimento de borracha ou
espuma, para amortecer os impactos;
• Não envasar uma quantidade de produto que supere a capacidade de carga especificada na etiqueta de identificação;
• Após o enchimento do big bag, fazer a amarração da boca de enchimento de acordo com as instruções do fabricante a fim de evitar que haja
contaminação ou perda do produto;
• Nunca utilizar o big bag para produtos diferentes àqueles originalmente designados.
MOVIMENTAÇÃO
• Os garfos da empilhadeira devem ser ajustados para a largura do big bag, mantendo as suas alças o mais próximo da vertical;
• O big bag deve ser sempre levantado pelas quatro alças, nunca por menos;
• Não transitar sob o big bag içado;
• O big bag não deve ser arrastado pelo chão;
• O garfo da empilhadeira deve ser mantido na horizontal durante a operação de içamento;
• O garfo da empilhadeira deve ter arestas arredondadas ou ser coberto por um tubo cilíndrico para evitar o desgaste das alças do big bag;
• Evitar freadas bruscas durante a movimentação com empilhadeira;
• O içamento por guincho deve ser feito de tal forma que as alças formem um ângulo maior que 60º em relação à borda do big bag.
TRANSPORTE
• Evitar que os elementos de amarração como cabos de aço, correntes, atritem no corpo dos big bags;
• Evitar exposição dos big bags a intempéries;
• Evitar formação de poças no piso em contato com o fundo;
• Evitar choques do big bag com a carroceria do caminhão;
• Se possível, forrar a carroceria para evitar maiores danos no big bag.
haja a necessidade de reparos, a res-ponsabilidade é do usuário. As al-ças não devem ser reparadas, inclu-sive na sua fixação. A reutilizaçãodos big bags é assegurada pelofornecedor desde que os mesmossejam bem utilizados, não necessi-tando de reparos”, afirma o gerentecomecial da Embark, Aram Oliveira.
A recomendação de Yoshito, daSanwey, é para que sempre se inspe-cione visualmente o contentor para
verificar a possível existência de da-nos. “Recomendamos a elaboração deum ‘check-list’. Se o bag estiver sujopoderá ser lavado, se reutilizável.Existem empresas especializadas emlavagem que fazem a manutenção eeventuais consertos”.
Novidades
A STD obteve, em fevereiro, paraseus big bags, a autorização para ouso do Selo de Identificação da Con-
Fonte: Embark Bag
big bags.p65 27/2/2008, 18:2932
33março 2008 |
33março 2008 |
Classificação por Fator de Segurança (FS):
• Descartável (one way, FS: 5:1): contentor flexível projetado e manufaturado para realizar um
único ciclo de enchimento e esvaziamento;
• Reutilizável (não consertável, Padrão A – FS: 5:1): contentor flexível que não admite consertos
ou reparos, projetado e manufaturado para uso repetitivo e atenuado, com um número
limitado de enchimentos e esvaziamentos;
• Reutilizável (consertável, Padrão B – FS: 6:1): contentor flexível que admite consertos ou
reparos, projetado e manufaturado para uso repetitivo normal, com um número limitado de
enchimentos;
• Reutilizável reforçado (FS 8:1).
Nota: O fabricante não se responsabiliza por big bags consertados ou reparados por terceiros.
Fonte: STD Containers Flexíveis
formidade para o Transporte Terres-tre de Produtos Perigosos, grupos IIe III, conforme Portaria Inmetro nº 250de 16/11/2006 e Resolução ANTT nº420/2004. “Como é um assunto novo,temos orientado nossos clientes sobrea interpretação da legislação pertinen-te a produtos perigosos e a embala-gem desses produtos, verificando se épermitido o uso do big bag para o acon-dicionamento daquele determinadoproduto perigoso”, afirma JoséRicardo.
A Embark lançou recentemente oBig Bag Palete, que foi patenteadopela empresa. “Tem como caracterís-tica a facilidade de movimentação,agilidade de processo e ótimo desem-penho, pois esse produto tem as mes-mas características do big bag, po-rém em sua base foi constituída emformato de palete. O palete ficaacoplado ao big bag”, conta Aram.
A Topack está trabalhando no de-senvolvimento de silos flexíveis e no
melhoramento de alguns produtosjá desenvolvidos. “O Silo Topackfoi projetado para simplificar asoperações de estocagem, carga edescarga de produtos secos a gra-nel. É confeccionado em tecidos depolipropileno de alta resistência etenacidade e com tratamento con-tra a ação dos raios ultravioletas.O tecido é de grande durabilidade,resistência ao atrito e baixa defor-
mação,” explica o diretor industrialda empresa.
Outra novidade é no desenvolvi-mento de matérias-primas mais eco-lógicas. “Empresas como a Braskeme a Dow Química já estão desenvol-vendo um polímero derivado de ál-cool etílico (cana-de-açúcar) para queas resinas utilizadas na fabricação dobig bag se tornem orgânicas”, finali-za Yoshito, da Sanwey.
big bags.p65 28/2/2008, 17:3033
JJJJJOGOOGOOGOOGOOGO R R R R RÁPIDOÁPIDOÁPIDOÁPIDOÁPIDO
| março 2008 34
Wal-Mart e a RFIDReforçando a evolução das iniciativas de RFID no Wal-Mart americano, a empresa
anunciou três novos projetos para uso da tecnologia em seus processos. O primeiro
envolve 700 fornecedores e tem como objetivo instalar etiquetas EPC Gen 2 em caixas de
paletes de produtos expedidos para o CD do Sam’s Club no Texas, EUA. O segundo
projeto é desenhado para incrementar a efetividade das promoções de produtos, e o
terceiro vai determinar se o varejista pode impulsionar vendas em todas as categorias de
produtos, tendo todos os fornecedores de embalagens com etiquetas RFID em instala-
ções piloto.
Obtenha lucro na DISTRIBUIÇÃOPara transformar seu CD em um centro de lucros faça o seguinte:
1. Elimine os retornos dos produtos utilizando a confirmação antecipada de entregas;
2. Pesquise transportadoras que têm rotas diferentes com descontos superiores, combinando duas
ou mais transportadoras dependendo do destino;
3. Quase todo frete é negociável; então verifique se seu sistema suporta cálculos com incentivos;
4. Não repasse todos os incentivos aos clientes e use a diferença para cobrir as despesas de
embarque;
5. Disponibilize informações de rastreamento de veículos e do atendimento de forma automatizada;
6. Tire vantagem dos serviços oferecidos por transportadoras, tais como etiquetagem, embalagens, etc;
7. Ao exportar observe com atenção quem será responsável pelo pagamento dos tributos;
8. Não escolha serviço de encomenda expressa de um ou dois dias se um transporte rodoviário
consegue realizar a entrega em prazo similar;
9. Planeje e revise regularmente relatórios de acompanhamento dos indicadores de produtividade
para identificar pontos de melhoria e/ou não-conformidades.
10. Não ignore transportadoras de cargas inferiores a um caminhão ao otimizar as rotas com um
sistema de múltiplas transportadoras.
Noções de LIDERANÇALiderança não é questão de poder, mas sim de influência. Um líder eficaz consegue
influenciar pessoas a tomarem decisões que sejam boas para si e para a empresa. O
dirigente manda através do poder e da intimidação, enquanto o líder usa a persuasão.
Líderes não confundem atividade com realização: eles iniciam qualquer projeto com o fim
em mente e convencem sua equipe a trabalhar para atingir esse fim.
CADEIAS DE ABASTECIMENTOO desempenho superior das cadeias de abastecimento pode ser usado como arma competiti-
va? Todos pesquisadores afirmam que sim e citam exemplos de empresas que usam o gerenciamento
da cadeia de abastecimento para superar as atividades dos concorrentes. Isso pode envolver o
domínio do mercado para um componente escasso ou a prestação de um serviço de entrega
superior. Sua logística é um ponto fraco ou forte?
jogo rapido 210.p65 28/2/2008, 16:2734
anuncios.p65 28/2/2008, 16:262
| março 2008 36
capa publicitária
Depois do processo de reestruturação, empresa foca
estratégia na consolidação da venda de equipamentos
de movimentação de materiais e sistemas de automatização
AREESTRUTURAÇÃO SOFRIDA
pela Dematic tem rendi-
do resultados para lá de
animadores à filial da em-
presa no Brasil: além da autonomia
para decidir sobre os negócios que
gera na região, as expectativas de
vendas para 2008 são elevadas. Para
se ter uma idéia, seu faturamento sal-
tou de R$ 30 milhões em 2007, ano
do início das mudanças, para um ob-
jetivo de R$ 70 milhões este ano.
“Entre nossas estratégias estão
garantir a continuidade das vendas de
equipamentos de movimentação de
materiais, seguir conquistando clien-
tes, captar novos talentos e manter o
volume de fornecimento de sistemas
de automatização de armazéns”, assi-
nala o diretor executivo da Dematic,
Valério Zorzi. “Consolidação e conti-
nuidade nortearão nossos passos”.
Empilhadeiras: os
“VIPs acessíveis”
A demanda pelos equipamentos de
movimentação de materiais, iniciada
com a importação e venda há seis
meses, ganhou força e vem, segundo
Valério, ajudando a fixar a marca tam-
bém neste segmento. Desde a deci-
são de diversificar sua linha de pro-
dutos com o respaldo de uma marca
amplamente conhecida por sua quali-
dade, ficou clara a intenção de ser
acessível.
“Tivemos o cuidado de mostrar ao
mercado que importamos as
empilhadeiras da China, mas fazemos
o controle de qualidade, garantimos o
pós-venda e a continuidade do atendi-
mento”, aponta o diretor executivo.
“Vender apenas por vender compro-
meteria não apenas a produtividade do
Dematic atingeseus objetivosDematic atingeseus objetivos
cliente como também a imagem sóli-
da de nossa empresa, uma estratégia
no mínimo suicida para quem deseja
abrir portas em outros nichos”.
Apesar do amplo leque de equi-
pamentos de movimentação de ma-
teriais, transpaletes e empilhadeiras
(manuais, semi-elétricas e elétricas)
– é neste momento que a empresa
se sente mais estruturada para rea-
lizar pós-vendas de empilhadeiras
elétricas, que, aliás, são foco de suas
vendas em 2008. Esse preparo se
traduz em maior e melhor qualifi-
cação de profissionais e infra-estru-
tura para manutenção.
Valério conta que o “ponta-pé” ini-
cial dado na feira MOVIMAT não ti-
rou o sentido de realidade que a
Dematic tinha em relação ao novo ne-
gócio, principalmente em se tratando
dos equipamentos elétricos, pois os 33
informe pub 210 cortes.p65 27/2/2008, 16:4336
37março 2008 |
anos de presença no Brasil não po-
deriam ser arranhados por algo que
não tivesse como objetivo o cresci-
mento sustentável.
“Nossos produtos tiveram
grande aceitação no mercado e te-
mos consciência de que deixamos
de realizar algumas vendas, pois ti-
vemos a preocupação de não dar
um passo maior do que podíamos
naquele momento. Eu classifico
essa situação como ‘problema do
bem’: poderíamos ter aproveitado
o valor de nossa marca para ofere-
cer produtos de valor elevado ou
vender além do que poderíamos
atender, mas não o fizemos e ga-
nhamos com isso”, ressalta. “Nos-
sa meta é estar presente também
nas pequenas e médias empresas, o
que abrirá as portas para novos
negócios, e onde não há qualquer
automação, amanhã poderá haver
um de nossos sistemas”.
Sistemas: a “bola
da vez”
O período entre o fim de 2007 e
início de 2008 também foi impor-
tante para impulsionar os projetos
de sistemas automatizados na
Dematic. Com uma atuação mais
fortalecida, a unidade brasileira, que
também é responsável pela Améri-
ca do Sul, revisou seus processos,
mantendo internamente a engenha-
ria de sistemas e de produtos, a
montagem e pós-venda, e tercei-
rizando a fabricação dos componen-
tes e peças.
A terceirização, avalia Valério,
deu à empresa retorno financeiro
vantajoso, na medida em que não
tem mais que se ocupar da manu-
tenção de uma fábrica – os parcei-
ros, que têm maior volume de pro-
dução, podem oferecer um parque
de máquinas moderno e, com isso,
assegurar o atendimento e a quali-
dade exigidas.
“O mercado para os sistemas
automatizados está aquecido, com
projetos sendo impulsionados pelo
bom andamento da economia bra-
sileira (as empresas têm mais opor-
tunidades e tempo para planejar
seus investimentos) e pelo efeito
multiplicador dos profissionais que,
ao migrarem para outras empre-
sas, propagam as experiências po-
sitivas dos sistemas de auto-
matização no ganho de produtivi-
dade”, afirma o diretor.
Outro aspecto que está influen-
ciando os investimentos em siste-
mas automatizados é a expansão da
cultura da automatização das ope-
rações. Empresas de diferentes ni-
chos – farmacêutico, alimentício,
entre outros – estão percebendo
que logística dá retorno, criando
mais valor e competitividade.
Internamente, a Dematic acre-
dita que sua nova condição, com in-
dependência na tomada de decisões,
contribuiu e muito para torná-la ain-
da mais competitiva globalmente no
desenvolvimento dos projetos de
sistemas. Como diferenciais passou
a comercializar seus sistemas em
Real, abriu linha de financiamento
pelo Finame, e estruturou pós-ven-
da no local, aproximando-se dos cli-
entes.
“Os desafios a partir de agora
são continuar a campanha de apre-
sentar o novo portfólio de soluções
ao mercado e manter o ritmo do
avanço em sistemas”, comenta o
executivo, que acrescenta: “nossa
meta é consolidar a imagem de que
podemos fornecer sistemas e equi-
pamentos de movimentação a pre-
ços competitivos e qualidade supe-
rior”, encerra.
PARA VALÉRIO ZORZI, META É CONTINUAR A APRESENTAÇÃO DO NOVO PORTFÓLIO
DE EQUIPAMENTOS AO MERCADO E MANTER O RITMO DO AVANÇO EM SISTEMAS
Conquistando a confiança
Entre as empresas que já adquiriram
equipamentos da linha de produtos
Dematic estão:
Armazenagem automática com
transelevadores: Perdigão; Weg; Selmi e
Tramontina.
Classificadores automático (“sorters”):
Malwee e Sodimac (Chile).
AGV (veículos automaticamente guiados):
Eurofarma.
Sistemas de transportadores contí-
nuos: White Martins; Avon; Fagal (Bolívia);
Distribuidora Santa Cruz; Reval; Drogaria
Pacheco; Concreta Engenharia; Marcopolo,
Arcor, MCM Química, entre outros.
informe pub 210 cortes.p65 25/2/2008, 13:4237
| março 2008 38
TOPSupply Chain
Conheça 25
empresas globais
que conquistaram
a excelência
em suas cadeias
de abastecimento
ACADEIA DE ABASTECIMENTO
está experimentando um
período de rápida mudan-
ça e crescimento de sua
influência. Este ranking sobre as 25
empresas que mais se destacaram em
suas cadeias de abastecimento tem
como objetivo mostrar o quanto di-
nâmico são as transições pelas quais
essas empresas passaram, como tor-
naram suas cadeias um diferencial com-
petitivo, de retorno financeiro e exce-
lência em inovação.
A AMR Research (USA), autora
desta pesquisa, identifica em sua rela-
ção as 25 empresas que melhor sou-
beram balancear estes itens. Cada uma
deve que demonstrar desempenho em
termos de retorno sobre os ativos e
giros de estoque. Cada uma das em-
presas demonstrou liderança na for-
ma de abordagem estratégica dos
princípios de demanda impulsionada
no gerenciamento da cadeia de abas-
tecimento.
Vista por este ângulo, a liderança
em cadeia de abastecimento significa
mais negócios e parcerias do que ape-
nas eficiência. Talvez a mais impor-
tante distinção entre as empresas des-
tacadas neste estudo e as demais seja
a percepção destas empresas de que
o gerenciamento da cadeia de abaste-
cimento é um ingrediente essencial, e
não apenas de excelência operacional,
mas como rápido instrumento e pre-
ciso meio para lançamento de novos
produtos.
Várias empresas desta lista figu-
ram como inovadoras: Apple, Nike, e
outras do segmento farmacêutico. A
Nokia, número um deste ranking, por
trabalhar abertamente com fornece-
dores na inovação de produtos, bem
como em manufatura e reposição, su-
perando o modelo Demand Driven
Supply Network (rede de fornecimen-
to puxada pela demanda) criado pela
AMR Research (veja box, página 40).
O tradicional termo supply chain,
segundo a AMR Research não englo-
ba tudo, tampouco reflete o que ocorre
hoje. O modelo afirma que as empre-
sas precisam transformar a manufatura
com para atividades de inovação e
potencialidades da cadeia para direcionar
a demanda pelos consumidores.
O mais relevante na abordagem
de demanda puxada é a cadeia de va-
lor que as empresas estão empregan-
As TOP 25 globais
Fonte: Revista Modern Materials Handling
top 25.p65 27/2/2008, 18:3238
39março 2008 |
do, seu melhor desempenho finan-
ceiro em termos de retorno de
ativos, margens, e ganhos por ni-
cho de mercado. Após anos de
benchmarking baseado em pro-
cessos de negócios, também foi
adotado um indicador que expres-
sa uma clara correlação entre li-
derança no uso dos princípios da
demanda puxada e indicadores fi-
nanceiros.
Definindo excelência
Excelência é uma questão de vi-
sibilidade, comunicação e processos
confiáveis. Cada cadeia de valor
pode responder rapidamente e efi-
cientemente às oportunidades de-
correntes do mercado ou de uma
demanda do consumidor. Isso sig-
nifica compreender mercados bem
o suficiente para criar e gerenciar
a demanda, e não apenas para cum-
prir pedidos com cadeia enxuta –
Nesta pesquisa, a AMR Research coletou dados internos operacionais que melhor medem a
capacidade de uma empresa de “fazer dinheiro”. Duas dimensões básicas de desempenho
pontuaram o melhor em cadeia de valor: excelência operacional e excelência em inovação.
Os indicadores que a pesquisa utilizou quando definiu os TOP 25 mais da cadeia de abasteci-
mento foram:
1. Excelência operacional;
2. Pedidos perfeitos;
3. Custo total da cadeia de abastecimento;
4. Excelência em inovação;
5. Tempo de agregação de valor;
6. Retorno do desenvolvimento e lançamento de novos produtos.
algo demonstrado com habilidade
pela Apple.
Aliás, a grande história do ano
desses 25 destaques da cadeia de
abastecimento vem da Apple. A li-
ção para os profissionais de cadeia
de abastecimento é que design cri-
ativo e a inovação significam mui-
to. Realizando quase US$ 2 bilhões
de vendas com estoque quase zero
de produto (iTunes) e criando uma
demanda com um forte apelo de
marketing e design, a Apple conse-
guiu consumidores ávidos em uma
cadeia com pouquíssimos produtos
físicos em estoque. A Hewlett
Packard aplicou esta lição ao seu ne-
gócio de PCs com muito sucesso
no ano passado, e a Nike, pelo se-
gundo ano na lista, manteve-se nela.
39março 2008 |
Como fazer dinheiro rápido
top 25.p65 27/2/2008, 18:3239
| março 2008 40
Execução Atividades relatadas no recebimento, expedição e distribuição física.
Gestão Aquisição, terceirização, colaboração, contratos de gerenciamento, qualidade e
risco, e gerenciamento de complexidades
Manufatura Processos e iniciativas relatadas de forma direta ou indireta à manufatura ou
montagem de produtos acabados, incluindo decisões entre “fazer ou comprar”,
manufatura puxada pela demanda
Inovação Capacidade e iniciativas para desenvolver novos produtos. Inclui a descoberta de
novas oportunidades e priorização e rastreamento de oportunidades de negócios
Lançamento Atividades relacionadas aos lançamento e comercialização de novos produtos,
incluindo planejamento do processo de manufatura, precisão da cadeia de abas-
tecimento, design e execução de campanhas de venda e marketing.
Ciclo de vida Gerenciamento de todo o ciclo de vida dos produtos, da concepção até sua
obsolescência.Enfatiza o máximo valor do produto em todos os estágios de matu-
ridade, incluindo pós-venda.
Modelagens da demanda Processo e técnicas através das quais a demanda dos consumidores de uma
empresa é ajustada, incluindo gerenciamento de preço e promoção, programas
de atendimento de demanda e venda cruzada.
Percepção da demanda Técnicas através das quais a demanda do cliente é percebida ou prevista.
Gerenciamento do serviço Atividades relacionadas a serviços de uma empresa, incluindo reposição de peças
e parcerias.
Gerenciamento do desempenho Gerenciamento ativo do desempenho da cadeia, desenvolvimento e manutenção
de programas de indicadores, coleta de dados, interpretação de resultados, e
implementação de ações corretivas
Aplicação de tecnologia Plataformas de aplicações de tecnologias e infra-estrutura usadas para dar su-
porte nas atividades entre cadeias
Planejamento de vendas e operações Processos colaborativos que alinham negócios estratégicos com fornecimento, e
gerenciamento da demanda e produtos.
FORNECIMENTO
12 dimensões da pesquisa de cadeia de abastecimento
PRODUTO
DEMANDA
INFORMAÇÃO
Outro destaque surgido nesta pesquisa refere-se à
batalha pela supremacia travada na indústria de apare-
lhos celulares. Três das 12
primeiras colocadas – Nokia,
Samsung e Motorola – são
fabricantes de celulares.
Com ciclo de vida curto e
grande demanda global, a habilidade de coordenar uma
complexa cadeia envolvendo o design de chips, fabrica-
ção de equipamentos e serviços de telecomunicações são
cruciais para a inovação em todo o mundo hoje.
O que parecia ficção científica há 20 anos tornou-se
real e essas empresas conseguiram sustentar preços
baixos, facilitando o acesso
às suas tecnologias. A lide-
rança da cadeia de abaste-
cimento comandada por
este grupo inclui a colabo-
ração entre-empresas, alta sofisticação no modelo de
atender demanda, e a criação de estratégias de plata-
forma de produto no ecossistema da cadeia de abasteci-
mento.
Fonte: AMR Research
A lição para os profissionais de cadeia
de abastecimento é que design criativo
e a inovação significam muito
top 25.p65 27/2/2008, 18:3240
41março 2008 |
Qual é o futuro para este gru-
po? A indústria força as empresas
a envolver desde os fabricantes de
aparelhos de telefone até facili-
tadores de criação de conteúdo
wireless e consumo, aumenta a
colaboração enquanto cada em-
presa mantém grupos de inova-
ção de produto e parcerias mais
sofisticadas para design com par-
ceiros de telecomunicações e en-
tretenimento.
Modelo Demand Driven Supply de demanda orientada ao abastecimento
O QUE HÁ DE DIFERENTE?
SÉCULO 20
Modelo linear, empurrado
SUPRIMENTOS PRODUTO ACABADO DEMANDA
• Demanda empurrada
• Inovação de produto de forma interna
• Otimização determinística
SÉCULO 21
Modelo Circular, autorenovável
OFERTA DEMANDA
INOVAÇÃO
• Demanda puxada
• Voltada à inovação de produtos
• Otimização “probabilística”
41março 2008 |
top 25.p65 27/2/2008, 18:3241
| março 2008 42
UM GANCHO QUE FACILITA
o acondicionamento dosachê de dessecante emcontêineres e outras em-
balagens e a utilização do Tyvek naconfecção de sachês. São as novida-des da SPL Dessecantes em conten-ção de umidade.
A empresa, localizada em Atibaia,no interior de São Paulo, fabricadessecantes para diversas situações deembalagem e proteção contra a umida-de, inclusive para a indústria farmacêu-tica. “Analisamos cada caso e indica-mos a solução mais eficiente”, afirma odiretor comercial da empresa, RobertoJosé Sápia. “Fabricamos os dessecantesembalados em não tecido ou em Tyvek,da marca Dupont, que não solta fibra, éresistente a rasgos e tem a opção deser anti-estático que ainda pode ter con-tato com produtos ingeríveis”.
Entre os produtos de fabricaçãoprópria estão a linha SiliPac, produzi-da com sílica gel, especialmente reco-mendada para utilização com produ-tos farmacêuticos, vitamínicos e ali-mentícios; os ArgiPac, sachês de ar-
Há dessecantes
sob medida para
cada necessidade
Carga livre
da umidade
gila aditivada, solução de baixo custopara proteção de produtos e materi-ais contra a umidade; e o Contai-nerDesibag, solução de baixo custopara proteger cargas acondicionadasem contêineres contra os efeitos pre-judiciais do excesso de umidade. Ele re-duz os riscos de condensação no inte-rior do contêiner ao adsorver (adsor-ção é a fixação de moléculas de umasubstância na superfície de outrasubstância) o excesso de vapor d’água,baixando assim o ponto de condensação.Tem a capacidade de adsorver maisde 75% de seu peso em umidade.
Além dos produtos de fabricaçãoprópria, a empresa passou a repre-sentar, no segundo semestre de 2007,com exclusividade no Brasil, a Buffers,empresa americana de dessecantes.Entre esses produtos estão oAbsorbag, o Absortop e o Absorpole.O Absorbag é ideal para contêineresem geral. É um produto a base decloreto de cálcio que, preso por gan-chos, transforma a umidade do ar emágua líquida, sendo acondicionada emespaço próprio. Adsorve até 2,25 li-tros de salmora/bag. Atua em umafaixa de temperatura entre- 20º C e 90º C. A indicação é de qua-tro a oito bags por contêiner de 20 pés.
O Absortop é ideal para contêine-res com produtos agropecuários esacarias em geral. A base de cloretode cálcio transforma a umidade do arem água líquida, sendo acondicionadaem coletor próprio. Adsorve até qua-tro litros de salmora e são indicadosde dois a quatro unidades por contêi-neres de 20 pés.
Completando a linha, o Absorpoleé ideal para contêineres com produ-tos industriais. O produto a base decloreto de cálcio transforma a umida-de do ar em água líquida, sendo acon-dicionada em espaço próprio, com avantagem de permitir a medição daadsorção ao final da viagem. Adsorveaté dois litros de salmora por unida-de. São indicados de quatro a oitounidades por contêiner de 20 pés.Preso por gancho, encaixa-se na la-teral do contêiner sem “roubar” es-paço interno.
“Treinamos os profissionais denossos clientes para utilizarem o pro-duto com todas as suas potencia-lidades e fazemos o monitoramentode áreas com e sem dessecantes paratestes. O cliente vê os dessecantes e aembalagem como despesa mas na ver-dade, esse custo evita perdas de pro-dutos até que estes cheguem em seusdestinos”, finaliza Roberto.
informe publicitário
spl.p65 27/2/2008, 16:4642
anuncios.p65 27/2/2008, 17:071
| março 2008 44
UM ATRIBUTO IMPORTANTE
da atividade sustentável é
a redução do consumo de
energia. O outro é a re-
dução de lixo. Essa última, recai nos
três “Rs”. Neste caso, cada “r” signi-
fica reduzir, reusar e reciclar.
As empresas precisam buscar for-
mas de redução do volume de re-
cursos que utilizam, especialmente
no âmbito das embalagens descar-
táveis. A regra é usar menos em-
balagem possível na cadeia de abas-
tecimento.
A reciclagem, sempre que pos-
sível, também ajuda a conservar os
recursos não renováveis. Os distri-
buidores de alimentos, especialmente
os atacadistas, têm menos relevân-
cia no que tange ao volume total de
lixos gerados pela cadeia de abaste-
cimento em comparação aos fabri-
cantes e varejistas.
Os atacadistas tendem a não
fracionar as caixas, por isso não des-
cartam, por exemplo, muito papelão
ondulado. E a maior parte das ativida-
des de embalagem cai fora da sua es-
fera de operação.
Algumas empresas tentam redu-
zir o volume de embalagens de filme
esticável que usam, tentando diferen-
tes métodos de cintamento, por
exemplo. E os fornecedores de fil-
mes também estão ajudando na ten-
tativa de encontrar a menor espes-
sura disponível (densidade do plás-
tico) que seja suficiente para a boa
execução do trabalho a fim de redu-
zir as perdas e melhorar a utilização
dos recursos.
Provavelmente o item em que as
empresas podem provocar maior im-
pacto está no reuso de determina-
dos materiais, em especial os paletes.
Em muitos armazéns, os paletes de
madeira descartados representam a
maior categoria de lixo.
O enigma
dos paletes
Existem basicamente dois méto-
dos de controle do descarte de paletes:
mudar para materiais mais robustos
como plástico, ou encontrar formas
de tornar os paletes de madeira mais
duráveis. Um palete em média, con-
segue realizar cerca de 10 viagens até
não ser mais reutilizado. Em seguida,
ele é triturado até virar lasca ou, se
for de material de boa qualidade, pode
virar papel; entretanto, paletes de ma-
deira quebrados não têm muito valor.
Por outro lado, os paletes de plás-
tico são fabricados para suportar en-
tre 150 e 200 viagens em média. O
argumento ambiental em favor de um
sistema de pool de paletes de plástico
Pool de paletes e contentores retornáveis
ajuda a controlar o lixo industrial
Pool de paletes e contentores retornáveis
ajuda a controlar o lixo industrial
Reduzir, Reusar,ReciclarReduzir, Reusar,Reciclar
os 3 “Rs”
os tres rs.p65 27/2/2008, 18:3444
45março 2008 |
é similar ao de outros unitizadores –
conservar os recursos.
Um dos benefícios ambientais intrín-
secos no conceito de um pool de paletes
é que é gerado menos lixo, pois é possí-
vel reusá-los em um número maior de
vezes. Existem muitos paletes que fo-
ram colocados em serviço há vários anos
e que ainda estão em uso.
Os paletes das empresas do pool
duram mais porque são de constru-
ção mais robusta desde o início, e a
empresa que os aluga tem o maior in-
teresse na sua manutenção.
Em 2006, a Chep nos Estados
Unidos distribuiu aproximadamente
220 milhões de paletes. Segundo um
relatório da empresa, que comparou
seu uso e longevidade com os paletes
tradicionais de “madeira bruta”, o uso
da madeira (pintada) da Chep evitou a
geração de cerca de 270.341 tonela-
das de gases poluentes, que contribui-
ram para o efeito estufa.
Qual o melhor: pool de paletes de
madeira ou plástico? Depende a quem
perguntar e também da aplicação es-
pecífica.
A objeção mais freqüente aos
paletes de plástico é o custo. Diz-se
que este problema pode desaparecer
uma vez que as dividirmos os núme-
ros e analisarmos o custo por viagem,
o custo médio de aquisição de um
palete de plástico é seguramente mais
caro, mas a obtenção de algo entre
150 e 200 viagens faz seu custo por
viagem ser menor.
Esta vantagem de custo para o
plástico ainda não leva em conside-
ração fatores que entram no custo
verdadeiro. O plástico dos paletes é
totalmente reciclável. Quando al-
guns destes paletes são danificados
ou não são mais utilizáveis, são
recomprados. E ainda há de se le-
var em consideração a mão-de-obra
extra envolvida na inspeção, reparo
e, eventualmente, sucateamento dos
paletes de madeira.
Embora as empresas estejam fi-
cando mais interessadas no benefício
da sustentabilidade dos paletes de plás-
tico retornáveis, o mais forte argu-
mento a seu favor ainda recai sobre a
economia. A principal limitação dos
paletes de plástico é que eles, em ge-
ral, não fazem sentido na maioria das
operações de varejo. Quando se gas-
ta um valor em um palete de plástico,
temos que ter certeza de obtê-lo de
volta. Se não tivermos 100% de con-
trole sobre os paletes, fica difícil justi-
ficar o investimento.
45março 2008 |
os tres rs.p65 27/2/2008, 18:3545
| março 2008 46
Entretanto, para as operaçõesinternas - movimentação de materiaisdentro de uma instalação, ou entre asfábricas e os centros de distribuição deuma única empresa, por exemplo, ospaletes de plástico são uma soluçãoeconômica e ambientalmente amigável.
No setor de supermercados, elespodem funcionar muito bem para asredes de autodistribuição, onde setem caminhões dedicados de ida evolta entre o centro de distribuiçãoe as lojas do varejo. Algumas em-presas também formam parceriaspara fazerem a troca dos paletes demadeira pelos de plástico.
Necessidades
atendidas
Além dos paletes, existem outrostipos de contentores e embalagenspara embarque retornáveis e dispo-níveis para atender a uma variedadede necessidades específicas.
Os contentores retornáveis nãosão novidade mas, recentemente, ob-serva-se mais empresas automobilísti-cas mudando para as embalagens econtentores retornáveis devido à pre-ocupação crescente sobre o futuro domeio ambiente e um desejo de redu-ção das perdas.
Muitos varejistas (nos EUA), in-cluindo farmácias e supermercados,vêm usando há anos os flip-packs (cai-xas com tampas acopladas) para a
movimentação dos produtos do cen-tro de distribuição às prateleiras daslojas.
Recentemente, um grande abate-douro de frangos começou a usar
contentores de plástico para mo-vimentar seus produtos res-
friados pela cadeia de abas-tecimento. Devido ao am-biente adverso por onde
passam seus produtos, com al-tos níveis de umidade, a empresa
descobriu que o papelão ondualdonão resiste aos rigores da movimen-tação tão bem quanto os conten-tores plásticos.
Também vemos o uso crescen-te de contentores plásticos no setorde hortifruti, onde tem-se produtossendo movimentados o tempo tododo campo até a prateleira do super-mercado no mesmo contentor plásti-co. Muitos destes contentores, algunsdeles colapsíveis, hoje são embarca-dos direto para o chão das lojas eusados como expositores.
Existem ainda centenas de varieda-des de configurações de contentoresreutilizáveis, alguns customizados exa-tamente para aplicações específicas.Outra vantagem sobre os paletes eoutros métodos de embalagem doproduto para embarque, é que elespodem ser projetados especificamentepara proteger os produtos envolvi-dos, resultando em menos avarias elixos.
No geral, os contentores de em-barque reutilizáveis não só fazem bomsentido na política ambiental, mas tam-bém na economia.
Estudos demonstram um retornosobre o investimento em torno de 6 a18 meses, dependendo da cadeia deabastecimento. É uma economia reale imediata. Quando se inclui os bene-fícios ambientais entre outros, o inte-resse passa a ser maior.
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO PARTICIPANDO
DO CURSO “EMBALAGEM INDUSTRIAL E DE
EXPORTAÇÃO REALIZADO PELA UNIMAMNOS DIAS 14 E 15 DE MAIO DE 2008.
EMBALAGEM FLIP-PACK PARA MOVIMENTAÇÃO
DE PRODUTOS DO CD ÀS LOJAS, AINDA
É POUCO UTILIZADO NO BRASIL
| março 2008 46
os tres rs.p65 27/2/2008, 18:3546
assinatura.p65 28/2/2008, 18:331
| março 2008 48
3 P L3 P L3 P L3 P L3 P L
CEVA amplia CD
de Jundiaí e operará
Carrefour em Manaus A Ceva Logistics investirá em projetos de infra-estrutura e
Tecnologia da Informação. A Divisão de Contratos Logísticos inves-
tirá no primeiro semestre deste ano, R$ 15 milhões na ampliação do
seu principal centro de distribuição, em Jundiaí (SP). Com a reforma,
o local será duplicado e terá 25 mil metros quadrados para estocagem
de produtos eletrônicos, bens de consumo e materiais de escritório.
No CD de Jundiaí a Ceva realiza atividades de recebimento,
estocagem, expedição e gestão de transporte para clientes como
Nívea, ABN Amro e Philips. Atualmente, o local tem capacidade para 10 mil posições-palete e após a ampliação esse número crescerá 110%.
“Fizemos uma análise dos mercados de eletro-eletrônicos e ‘fast movement’ e vimos que tinham potencial de crescimento. Resolve-
mos apostar neles. Escolhemos a região de Jundiaí pela proximidade com o Rodoanel e com Campinas, que reúne hoje várias empresas de
high-tech. Essas regiões têm recebido muitos investimentos em logística, como os centros de distribuição das Casas Bahia e Magazine
Luiza”, aposta o diretor de desenvolvimento de negócios da Ceva, Paulo Franceschini.
Entre os diferenciais oferecidos pela empresa no local estão sistemas de gestão de armazenagem, como o WMS Click, entre outros
programas adequados para o regime de armazenagem geral. O CD será adequado aos pré-requisitos da certificação TAPA (Transportation
After Protection Association), criada para a indústria de tecnologia com a finalidade de prover segurança a toda cadeia de abastecimento.
Em 2007, o inventário realizado para um dos clientes que utilizam o CD teve índice de acurácia de 99,86%, graças ao modelo de gestão
utilizado pela empresa.
“A Ceva pretende adotar a separação de itens por voz (“voice picking”) e um novo sistema de gestão de pátios. Tem meta de
crescimento de 10% no faturamento para o ano de 2008 e para alcançar esse número, é preciso oferecer infra-estrutura e soluções para
aumentar as possibilidades de negócios com os clientes atuais e futuros”, destaca Paulo.
Os clientes atendidos no CD de Jundiaí foram responsáveis por 3% do faturamento da Ceva em 2007. Ao final da reforma do espaço,
a expectativa da empresa é alavancar esse número para 6%.
Ainda sobre a empresa, a divisão de Contratos Logísticos anunciou o Carrefour de Manaus como novo cliente do segmento de bens
de consumo. O contrato com a rede de varejo terá início em abril de 2008 e contará com 43 funcionários da Ceva.
Entre as atividades que a empresa realizará no armazém de 12,5 mil metros quadrados estão recebimento, estocagem, separação e
gestão de inventário de milhares de itens, como alimentos, perfumaria, eletrônicos e eletrodomésticos.
“Nosso objetivo na parceria com a Ceva, em Manaus, é usar de sua experiência e aporte tecnológico para ganharmos em qualidade e
produtividade e oferecer um elevado nível de serviço às lojas, com custo competitivo, além de desenvolver no Brasil mais um operador logístico
com o know-how específico no dinâmico setor do varejo supermercadista”, diz Tulio Bolzoni, diretor de logística do Carrefour Brasil.
As boas perspectivas da BDPA BDP International, empresa de gestão logística com atuação mundial, quer dobrar seu faturamento em 2008. A empresa, tem foco nos
mercados químico e petroquímico e faturou US$ 50 milhões em 2007. No último ano, fechou grandes contratos entre Brasil e Argentina,
lançou novos serviços, está contratando novos profissionais e tem plano de inaugurar escritórios regionais.
EXATA LOGÍSTICA terá novas filiaisA Exata Logística pretende, para 2008, quando completa dez anos, expandir sua estrutura de atendimento com novas filiais
e novos centros de distribuição, e alcançar os R$ 80 milhões em faturamento. A expectativa da empresa é alcançar R$ 100
milhões em 2009.
Estão nos planos da Exata para 2008 um investimento de R$ 1,7 milhão em tecnologia da informação a fim de suportar suas operações
logísticas.
3pl 210.p65 27/2/2008, 18:3848
49março 2008 |
McLANE prevê
crescer 20%
em 2008
COLUMBIA adota ações com
foco em inteligência logísticaA Columbia planeja, para 2008, superar os resultados conquistados no último
ano. Volta suas atividades para o cliente e foca seus serviços no conceito de inteli-
gência logística. Para que estes objetivos sejam atingidos, várias ações serão de vital
importância: investimento de aproximadamente R$ 8 milhões em novos equipa-
mentos de movimentação e estocagem; foco na ampliação das ações junto ao setor
químico, farmacêutico, vestuário e eletro eletrônicos, além de serviços logísticos
na área de energia elétrica; continuidade no desenvolvimento do setor de trans-
portes, aumento da frota e novas parcerias; desenvolvimento dos negócios nos
estados da região Sul; implantação de um novo centro de distribuição em Salvador,
junto ao seu porto seco atual e o desenvolvimento no Estado de Pernambuco.
Para alcançar o crescimento de 13% em logística e 57% em “trading” previstos
para 2008, a Columbia aposta em tecnologia. Por este motivo, investiu nesse seg-
mento em 2007 e em 2008 implementa seus novos sistemas de CRM, WMS para
operações do CD e da Trading, o IBT – gestão de propostas, o novo “web tracking”,
além da virtualização dos servidores, que reduzirá o tempo das operações em
aproximadamente 30%,
sem contar a economia
de recursos.
Este investimento fa-
cilitará o dia-a-dia dos co-
laboradores ao integrar
todas as unidades a um
único banco de dados.
Aos clientes, que pode-
rão monitorar sua carga
em qualquer unidade do
grupo, trará maior agili-
dade e visibilidade nos
processos.
A McLane do Brasil prevê crescer
aproximadamente 20% em volume
de negócios em 2008. “Acredita-
mos que a tendência é de cresci-
mento do setor como um todo atra-
vés da consolidação da tercei-
rização logística”, aponta a gerente
de desenvolvimento de Novos Ne-
gócios, Mônica Passos. “O cenário
econômico é favorável, pois a ex-
pectativa é de aumento dos investi-
mentos do exterior, gerando o es-
tabelecimento de novas empresas
no Brasil e prospects para os ope-
radores logísticos. Também prevê-
se um aumento significativo das
importações e a manutenção do cres-
cimento das exportações que geram
impacto direto no crescimento do
setor logístico”, acredita.
AGV Logística
expande em
Goiás
A AGV Logística vai investir cer-
ca de R$ 20 milhões em suas opera-
ções em Goiás. A empresa, que já
conta com uma filial em Goiânia,
anunciou a construção de um novo
centro de distribuição multi-
temperatura nos arredores da capi-
tal. O empreendimento deve gerar
cerca de 120 empregos diretos e vai
abrigar – inicialmente – as operações
logísticas de dez clientes da AGV nas
áreas de saúde animal e humana, en-
tre outras.
EXPRESSO ARAEXPRESSO ARAEXPRESSO ARAEXPRESSO ARAEXPRESSO ARAÇÇÇÇÇAAAAATUBTUBTUBTUBTUBAAAAAreforça atuação na Argentina
O Expresso Araçatuba está reforçando sua estrutura na Argentina, onde atua há
mais de 12 anos. Após três anos no País junto a um parceiro, que era responsável
pela comercialização, a empresa volta a ter uma equipe própria com a contratação
de profissionais para as áreas comercial, administrativa e financeira. As atividades
operacionais, que envolvem armazenagem e transporte, continuarão sendo feitas
por meio de parceiros operacionais.
Os investimentos feitos na Argentina fazem parte da estratégia de expansão da
Internacional Araçatuba, divisão do Expresso Araçatuba responsável pelas vendas
internacionais. A divisão cresceu 37% em 2007 e, para 2008, a expectativa é ainda
mais otimista, chegando aos 45%.
3pl 210.p65 27/2/2008, 18:3849
| março 2008 50
De olho no vizinho
Supermercados de vizinhança como o Todo Dia do Wal-Mart
apostam no reabastecimento diário
OCONSUMIDOR QUER FAZER
uma comprinha básica alimesmo, do lado de casa.Quer um mercado peque-
no e com preço muito bom. Para aten-der a esse desejo, grandes redes desupermercados tiveram que diminuirseus custos logísticos e aprender atrabalhar sem estoque no ponto devenda. “Para oferecer preços baixostodos os dias, a estratégia é operarcom custos baixos. Para isso, tudo épensado: da localização da unidade àformação do mix de produtos (queenvolve tanto itens de marca quantode marcas próprias, e produtos defornecedores regionais), logística eserviços, reforçando o conceito de‘tudo em um só lugar’”, afirma o vice-presidente de logística da rede WalMart, José Paulo Pereira que mantémos mercados Todo Dia neste concei-to. “Isso porque, além de produtos, aslojas Todo Dia também contam comserviços a exemplo da recarga digital
e venda de vale-gás, além de caixa ele-trônico. Também apostamos da mão-de-obra do bairro para atuar nas lo-jas”, completa.
O Wal-Mart tem 19 lojas nesteformato no Nordeste e duas no Su-deste, em São Paulo. No caso da re-gião Nordeste, são 10 unidades emPernambuco e nove na Bahia.
O tamanho das lojas varia, mas emmédia 1.400 m2. Dependendo do ta-manho da loja, o mix varia entre trêsmil e quatro mil itens, entre alimentose não-alimentos. No Todo Dia, o cli-ente encontra não só o sortimentocom itens comuns aos supermercadosde bairro, como também artigoseletroeletrônicos, confecção, utensíliosdomésticos, esportes, perfumaria, pa-daria, açougue, mercearia, entre outros.
Abastecimento
O reabastecimento acontece con-forme da demanda das vendas. E não
há depósito na loja. A estocagem éfeita em racks na parte superior dasgôndolas, o que agiliza pois a reposi-ção dos itens é imediata. Dessa ma-neira, tal procedimento ajuda a redu-zir os custos e permite oferecer pro-dutos com preços baixos. “É bem sim-ples e funcional. Como a estocagemdos produtos é feita na parte superi-or das gôndolas, a reposição dos itenspassa a ser mais ágil, funcional e commenor custo”, afirma José Paulo.
Para isso, o Wal-Mart usa siste-mas de tecnologia da informação de-senvolvidos pela própria empresa ealém de colaboradores próprios, tam-bém utiliza um operador logístico.
“Em Pernambuco, as lojas TodoDia são abastecidas pela central de dis-tribuição da Muribeca, localizada nomunicípio de Jaboatão dos Guara-rapes, na região metropolitana doRecife. A unidade também é respon-sável pelo abastecimento das demaislojas de outros formatos do grupo em
log bairro.p65 28/2/2008, 18:3850
51março 2008 |
Outros no mesmo modelo
Seguindo esse mesmo conceito, a Coop - Cooperativa de Consumo, lançou, em
dezembro de 2007, a Zapt Coop - primeira unidade no formato loja de proximidade.
Segundo o presidente da Coop, Antonio José Monte, está prevista para 2008 a
inauguração de mais oito unidades de distribuição, sendo seis no formato Zapt
Coop, uma unidade convencional e um empório, voltado para consumidores que
buscam produtos diferenciados. O valor de investimentos para este ano é de R$
60 milhões e além das novas unidades de distribuição, será contemplada tam-
bém a construção de um novo centro de distribuição. “Deveremos chegar em
2011 com 23 unidades”, completa.
O projeto Zapt Coop consiste na instalação de unidades compactas em vilas e
bairros do Grande ABC e Interior de São Paulo que tenham concentração urba-
na representativa. Os pontos de distribuição terão entre 500 e mil m² de área
de atendimento, drogaria e mix de 5 mil itens.
Esta primeira unidade terá 700 m² de área de atendimento e um dos grandes
diferenciais é que será abastecida de acordo com as necessidades, sem estoque
no local. Embora o mix de produtos a ser oferecido nas unidades Zapt Coop
seja menor em comparação às demais da rede, isso não significa que os coope-
rados sairão perdendo, pois somente a variedade será menor.
O Carrefour também dispõe de lojas nesse formato, o Dia %, e o Grupo Pão de
Açúcar tem a bandeira Extra Perto. O Dia% trabalha com um sistema de
reabastecimento organizado, simples e totalmente informatizado. Os produtos
são colocados nas prateleiras diretamente em suas embalagens de origem, o
que garante um ganho de tempo de reposição da mercadoria.O Extra Perto
também aposta na maior flexibilidade para conseguir os preços baixos. “O Extra
Perto é resultado de uma série de pesquisas que detectaram um novo nicho de
mercado decorrente de uma mudança no comportamento de compra. Hoje o
consumidor quer, entre as opções de canais disponíveis, ir a uma loja que apre-
sente mix completo de alimentos e sortimento adequado de não-alimentos,
para uma compra ágil, prática e completa, num espaço acolhedor”, conclui o
diretor executivo do Extra, Hugo Bethlem.
Pernambuco e nos estados do Ce-
ará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Alagoas, Maranhão e Piauí. Já as
lojas Todo Dia na Bahia são
reabastecidas pela central de distri-
buição da empresa, em Pirajá. Essa
unidade também atende às demais
unidades de outros formatos, nos
Estados da Bahia e Sergipe”, expli-
ca José Paulo.
Os resultados das operações do
Todo Dia são favoráveis. Tanto que,
no ano passado, esse padrão de loja
recebeu cinco novas unidades no
Nordeste. Foram inauguradas três
novas lojas em Pernambuco e duas
unidades da Bahia. O investimento
para essas unidades chegou a R$
20 milhões.
Desenvolvido a partir das experi-
ências do Balaio (que já foi converti-
do para a bandeira Todo Dia), no
Nordeste, e de bandeiras populares
do Wal-Mart na América Central e
México, o Todo Dia é uma loja de
vizinhança centrada no preço baixo,
localização e atendimento, cujo foco
é o público de baixa renda. Para atra-
ir ainda mais a clientela, normalmen-
te são utilizadas ações publicitárias ao
longo do ano na divulgação dos pro-
dutos e serviços disponíveis. Entre
elas, publicidade em mídia popular
para reduzir o custo e permitir ofe-
recer preço baixo aos clientes; cam-
panhas e ações de marketing, inclusi-
ve no ponto de venda; folhetos sema-
nais de produtos e mídia de rádio.
51março 2008 |
log bairro.p65 28/2/2008, 18:3851
| março 2008 52
PPPPP A I N E LA I N E LA I N E LA I N E LA I N E L
LAND ROVER lança programa piloto de RFIDA divisão Land Rover da Ford Motor Company e a norte-
americana Savi anunciaram um programa piloto que emprega
soluções de identificação por radiofreqüência (“radio frequency
identification”, RFID) ativa, para melhor sincronizar a entrega
de peças oriundas de múltiplos fornecedores para a linha de
montagem principal da Land Rover em West Midlands (Reino
Unido). A Savi, uma empresa da Lockheed Martin e fornecedora
de soluções de gerenciamento de ativos baseado em RFID, está
fornecendo hardware e software RFID para aprimorar a visibi-
lidade, o gerenciamento de estoques e a utilização de ativos, e
para reduzir perdas, interrupções de linhas e o tempo gasto na
localização de peças da montagem. As informações em tempo
real dos ativos etiquetados com RFID são compartilhadas entre
as partes interessadas, e são transmitidas automaticamente para
telefones celulares, assistentes digitais pessoais (PDAs) e software de rastreamento baseado na Internet.
As etiquetas RFID ativas da Savi são aplicadas aos contêineres tipo ‘stillage’ ao saírem das instalações da fornecedora, e são associadas
às peças de carro carregadas pela transportadora. Leitores fixos de etiquetas são colocados nas plataformas de carga e de descarga, nas
entradas e saídas dos fornecedores e na linha de montagem da Land Rover. Sempre que o contêiner passa por um leitor, o carregamento
é registrado e as informações de sua localização são transmitidas para os usuários designados. Alertas de exceção são enviados quando os
contêineres não chegam no prazo e onde são esperados.
Transporte
CONTEINERIZADOA Maersk Line tem um novo conceito de transporte conteinerizado
de carga, desenvolvido para cargas cuja forma não permite acomodação
dentro do ISO contêiner. O Contrail é um contêiner colapsível de 40 pés
com estruturas laterais que permitem o transporte da carga com até três
metros de altura, e o respectivo empilhamento. Ainda existe uma versão
com estrutura telescópica que permite cargas com até cinco metros de
altura serem transportadas. Rampas laterais facilitam o acesso de veículos
para posicionamento da carga sobre a base do conteiner. As taras são pa-
drão, com 11.500 kg e 12.500 kg para o modelo mais robusto, que permite
o transporte de cargas com 21.000 kg e 30.000 kg, respectivamente.
KBK investe
na exportação
A KBK Plásticos, localizada em Eldorado do Sul, RS,
está apostando no aumento de sua produção de paletes
para exportação em 2008. A empresa, que completou 10
anos em 2007, também vai lançar em todo o território nacio-
nal, suas estantes fabricadas em polietileno de alta densida-
de (PAD) para uso em câmaras frias e depósitos de secos.
Modulares, as estantes são de fácil limpeza, não en-
ferrujam e têm resistência superior para uso em ambien-
tes refrigerados. Outro destaque da empresa são os
paletes plásticos (em polipropileno com fibra vegetal e
polietileno de alta e baixa densidade), com capacidades
que variam conforme o modelo, suportam cargas de
1.500kg para carga dinâmica e entre 3.000 kg a 5.000 kg
para carga estática. Juntamente com as estantes, a KBK
deseja aumentar a produção de paletes para exportação.
painel 210.p65 28/2/2008, 10:5652
53março 2008 |
Plataforma de ELEVAÇÃOmarítima na VALE
A Zeloso de-
senvolveu uma pla-
taforma marítima
de elevação para a
Vale que permite
aos usuários inspe-
cionar os porões
de carga antes da
parada total do na-
vio, reduzindo o
processo de car-
regamento de mi-
nério em algumas
horas. Trata-se de
um elevador telescópico com acionamento hidráulico para ate 24 m (altura neces-
sária para transpor o costado/bordo) do navio vazio. Com capacidade de carga
de 400 kg, (quatro pessoas) a plataforma permite aos fiscais o embarque para
vistoria do navio sem que o mesmo esteja amarrado ao “finger” onde as
correias transportam o minério para os porões do navio.
Sua elevação vertical e movimentação horizontal são controladas por rádio.
Investimentos
MULTILOGA Multilog pretende investir R$ 30 mi-
lhões este ano para ampliação da sua capa-
cidade de estocagem. O investimento no
ano passado foi de R$ 35 milhões e a em-
presa está terminando de entregar cerca
de 35 mil metros quadrados de área cober-
ta. Para 2008, serão 90 mil m2 de área co-
berta, a instalação de cerca de 16 mil posi-
ções-paletes, e a compra de quatro reach-
steakers. Recentemente a empresa
credenciou cerca de 1.000 metros quadra-
dos para a estocagem de alimentos, quími-
cos e medicamentos, junto à Anvisa.. No
ano passado, a movimentação da empresa
cresceu 27% e a expectativa para 2008 é um
acréscimo de 30%.
FERRAMENTAS GERAISampliará Factory Store em
2008Com o objeti-
vo de reduzir cus-
tos, evitar desper-
dícios e otimizar o
processo de aqui-
sição de produtos
para manutenção,
reparo e opera-
ção, a Ferramentas
Gerais criou a Factory Store, que funciona como uma loja personalizada no
atendimento às necessidades específicas da empresa onde está inserida. Cada
estabelecimento é adaptado ao negócio, segmento e porte da empresa.
Hoje, a Ferramentas Gerais tem 30 lojas instaladas dentro do espaço físico
de seus clientes como Klabin Papéis, Sadia, Electrolux, Copesul, e Portobello
Cerâmicas – e planeja abrir mais 15 unidades em 2008. Um dos cases que mais
se destaca entre as Factory Store é o da Portobello Cerâmicas, onde a implan-
tação da Factory Store ocorreu em junho de 2007. A Portobello teve um ganho
substancial em processos com a redução de 64 fornecedores na primeira etapa
do projeto, quando foram inclusos 1.400 itens que geraram uma economia em
imobilização de estoque superior a R$ 300 mil.
VOLVO cresce
no BrasilA fábrica brasileira da Volvo
Construction Equipment comemora um au-
mento de sua produção: foram 1.017 no mer-
cado doméstico, um salto de 57% em relação
a 2006. Localizada em Pederneiras, interior
de São Paulo, a planta está totalmente inte-
grada ao sistema industrial global da marca.
As exportações cresceram 50% no período,
saltando de 1.340 unidades em 2006 para
2.010 equipamentos no ano passado. A fábri-
ca brasileira produz pás-carregadeiras, mo-
toniveladoras, caminhões articulados,
escavadeiras e, desde o ano passado,
minicarregadeiras (veja reportagem em
Logística, edição 207).
painel 210.p65 28/2/2008, 10:5653
| março 2008 54
PODE TER SIDO O EVENTO MAIS
aguardado da história
das publicações. Certa-
mente foi o maior lança-
mento de um livro em um único dia.
Para os milhões de fãs que acompa-
nharam Harry Potter na batalha con-
tra o malvado Lord Voldemort em seus
seis livros anteriores, o auge de tudo
isso - o lançamento da sétima e últi-
ma parte - não poderia ter vindo em
hora mais especial.
Para os milhões de fãs que aguardavam o lançamento
de Harry Potter e as Relíquias da Morte, a venda em 2007
nos Estados Unidos foi uma questão de planejamento
cuidadoso e de execução impecável de logística
As livrarias dos Estados Unidos
permaneceram abertas até tarde da
noite do dia 20 de julho de 2007, mui-
tas oferecendo festas comemora-
tivas, já que aguardaram a meia-
noite para o lançamento de Harry
Potter e as Relíquias da Morte. Em
24 horas, as livrarias convencio-
nais e virtuais venderam juntas 8,3
milhões de cópias do episódio fi-
nal da série de extraordinário su-
cesso da autora J.K. Rowling.
Na distribuição de 12 milhões
de livros dentro do prazo para os
clientes de todos os Estados Uni-
dos e de outros 29 países sob um
manto de rigorosa segurança, a
editora americana Scholastic Inc.,
enfrentou desafios comparados aos
enfrentados por Harry e seus ami-
gos. Estes 12 milhões de livros re-
presentaram o maior projeto de
distribuição de um único livro da
história do setor - superando o re-
bastidores
A magiada distribuiçãoA magiada distribuição
serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4254
55março 2008 |
corde anterior de 10,8 milhões man-
tido pelo sexto livro da série, Harry
Potter e o Enigma do Príncipe (Harry
Potter and the Half-Blood Prince), lan-
çado em 2005. Com milhões de fãs
reservando os pedidos e esperando
a chegada no sábado de manhã ou à
venda em suas livrarias antes do
amanhecer, a não disponibilidade
destes livros conforme o prometi-
do estava fora de cogitação.
Aliás, nem a divulgação anteci-
pada dos livros. A Scholastic ado-
tou as medidas mais rigorosas para
garantir que nenhuma destas cópi-
as escapasse de seu controle. “O
número de pontos de exposição é
muito grande,” conta Andrew
Yablin, vice-presidente de logística
da Scholastic, responsável geral
pela distribuição do livro. “Tenta-
mos minimizar o risco entregando
o livro no menor tempo possível.”
Não foi uma tarefa fácil, dado que
os livros foram transportados por
caminhões, por trens e por aviões - e,
em pelo menos em um caso, a cava-
lo ou carroça em Mackinac Island
no Michigan (EUA). Mas no final
deu tudo certo, conta Andrew. “To-
dos que precisavam receber os li-
vros receberam”.
Nenhum ato
de magia
O sucesso da Scholastic não foi ne-
nhum ato de magia. Ao contrário, foi
um esforço de distribuição cuidado-
samente planejado e executado que
exigiu a rigorosa colaboração entre
os membros da equipe de logística da
empresa e de um grupo de transpor-
tadoras.
O planejamento do lançamento co-
meçou seis meses antes do lançamen-
to, ainda antes da Scholastic termi-
nar de digitar o manuscrito. Inter-
namente na Scholastic, o projeto exi-
giu rigorosa coordenação entre os
membros da equipe de logística e
seus colegas de vendas, compras, ser-
viço ao cliente e produção. Andrew
aponta Ed Swart, diretor de opera-
ções e Francine Colaneri, vice-presi-
dente de produção e suprimentos,
como principais parceiros e membros
da equipe.
A rigorosa colaboração também
se estendeu aos parceiros de logística
da Scholastic: J.B. Hunt, Combines
Express, Yellow Transportation e
ActivAir. A J.B. Hunt, uma das mai-
ores transportadoras rodoviárias dos
Estados Unidos, transportou a mai-
or parte dos livros - cerca de um
milhão de cópias. A Hunt operou em
parceria com a Combined Express,
empresa de logística e transporte ro-
doviário especializada no transporte
de publicações e do varejo. A Yellow
Transportation, maior transportado-
ra de cargas fracionadas, cuidou dos
embarques domésticos. A ActivAir,
expedidora internacional especializa-
55março 2008 |
serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4255
| março 2008 56
da na distribuição de livros e revis-
tas, cuidou dos embarques internaci-
onais para 32 destinos em 29 países.
Andrew observa que várias trans-
portadoras da Scholastic tinham muita
prática na distribuição de Harry
Potter. A J.B. Hunt e a Yellow, por
exemplo, foram envolvidas nos lança-
mentos anteriores de Harry Potter.
A Hunt na verdade conseguiu reunir
a mesma equipe para trabalhar no lan-
çamento mais recente. E a equipe da
Yellow Transportation foi liderada por
Terry Budimlija, diretor de operações
da área de Chicago que também de-
sempenhou a mesma função nos lan-
çamentos anteriores.
Qual foi o plano?Durante os meses que levaram até
o lançamento, cada uma das transpor-
tadoras se reunia freqüentemente
com os gerentes da Scholastic e ela-
borava planos de distribuição detalha-
dos que os gerentes tinham que apro-
var. As transportadoras assinaram
contratos de estrita confidencialidade
até que o projeto fosse concluído.
Os planos foram baseados em di-
versos fatores tais como tempo de per-
curso e, para os embarques internaci-
onais, o desembaraço alfandegário. En-
tre outros assuntos, as transportado-
ras deviam explicar claramente como
elas planejavam equilibrar a necessida-
de de distribuir os livros cedo o sufici-
ente para que os clientes da Scholastic
suprissem seus próprios pontos de ven-
das (ou de seus clientes) com a neces-
sidade de manter os livros nas embala-
gens o maior tempo possível. Elas tam-
bém tiveram que tratar de assuntos
com respeito à segurança e custo.
Andrew, como era de se esperar, deu
atenção especial aos planos das trans-
portadoras quanto à maximização da
densidade dos embarques para
minimizar o número total de embar-
ques e a conta do transporte.
Andrew ressalta o processo de
planejamento com a Yellow como
exemplo de como a colaboração vale
a pena. “A maior diferença desta vez
foi a rara oportunidade da transpor-
tadora sentar-se à mesa e ajudar a
elaborar o plano de logística,” ele ex-
plica. “Seis meses antes, sua equipe de
comando sentou-se comigo e me aju-
dou a otimizar toda a operação.”
Todavia, as reuniões de planeja-
mento não ficaram restritas às equi-
pes de comando das transportadoras.
Mark Calcagni, vice-presidente de
vendas da J.B. Hunt das contas do
nordeste dos Estados Unidos, relata
que as reuniões realizadas pela
Scholastic, Combined Express e Hunt
também incluíam segurança patri-
monial, segurança física, manutenção,
serviço ao cliente e outro pessoal da
Hunt, bem como os gerentes de ope-
rações ferroviárias e rodoviárias.
“Não deixamos ninguém fora da lista
que pudesse estar envolvido com
isso,” afirma.
Com um projeto desta enverga-
dura, explica Calcagni, a Hunt achou
que era essencial envolver todo o seu
pessoal. “Podemos ter toda a tecno-
logia mas tudo se resume em moto-
ristas e as outras pessoas.” Em espe-
cial, Calcagni enaltece Steve Keller,
gerente de operações senior da Hunt
para projetos especiais e Larry Koger,
diretor de operações e de serviço ao
cliente da transportadora, por seus
trabalhos no projeto.
A Yellow Transportation também
considerou importante incluir pesso-
as de todas as áreas da empresa no
processo de planejamento - especial-
mente sua equipe de segurança. “En-
volvemos desde o início para garan-
tir que tivéssemos um bom plano”
analisa o presidente Maynard Skarka.
Carregando tudo ...
Tão logo recebidas as informações
sobre o tamanho e o peso reais do
livro, a Scholastic começou o proces-
so de cálculo dos planos de carga.
“Em seguida, pudemos associar isso
a uma fórmula para ver quantos li-
vros poderíamos colocar em um ca-
minhão e reservar a capacidade,” con-
ta Andrew.
serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4256
57março 2008 |
Entretanto, quando se chegounas particularidades do planeja-mento da carga, os parceiroslogísticos da Scholastic assumiramgrande parte da responsabilidade.Para as cargas fechadas, aCombined Express - que atuoucomo prestadora de serviçoslogísticos terceirizados - trabalhoujunto com a Hunt para a elabora-ção de um plano uniforme: cadacarga de um caminhão completoseria exatamente igual à próxima.As cargas uniformes forampaletizadas, com cada palete em-balado em filme termo-retrátil epapelão na parte de cima e cintado.“Ficou uma embalagem bem fir-me,” conta Andrew. “Tentamos cri-ar uma embalagem de modo quepudéssemos dizer com rapidez seesta foi violada.”
Antes de fechar e selar asportas do semi-reboque, toda acarga foi fotografada. Andrewelogia a Hunt por seu desempe-nho na execução do plano. “AHunt foi fenomenal,” ele conta.“Eles não deixaram cair nenhumacarga.”
Para os embarques de LTL, aYellow Transportation ficou res-ponsável pela carga. Ao contráriodos projetos anteriores, aScholastic e a Yellow concordaramque a transportadora seria respon-sável pela carga e pela contagem,o que tornou a Yellow responsá-vel por qualquer discrepância naentrega. “Trouxemos seu pessoalpara dentro e deixamos que elescarregassem da maneira que qui-sessem,” afirma Andrew. “O planoestava adiantado. Sabíamos quaiscódigos postais eram atendidospor cada terminal e organizamoso fluxo do centro de distribuiçãopor terminal e por caminhão.”
... e distribuindo
tudo
À medida que o lançamento ofi-cial se aproximava, começava o
57março 2008 |
serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4257
| março 2008 58
processo de trans-
porte dos livros
das áreas de en-
cader nação até
os centros de dis-
tribuição realiza-
do pelos princi-
pais revendedo-
res como Barnes
& Noble, Borders
Books e Amazon.
A J.B. Hunt cui-
dava destes em-
barques que
eram todos em
cargas de cami-
nhões comple-
tos que se diri-
giam direta-
mente para os
centros de dis-
tribuição.
O crono-
grama das en-
tregas foi ba-
seado nos cál-
culos de dura-
ção dos percursos feitos pela
Combined Express a partir das grá-
ficas de encadernação. Os embar-
ques para os destinos mais distan-
tes das gráficas saíram antes para
locais de espera a um dia de viagem
dos centros de distribuição dos cli-
entes.
A Hunt manteve todas as suas
carretas em espera nas instalações
das gráficas escolhidas por suas ri-
gorosas seguranças. “Escolhemos
os locais considerados seguros, com
pessoas no local 24 horas por dia,”
diz Calcagni. “Foi uma espécie de ope-
ração secreta. Nós a tratamos pelo
nosso fluxo normal, porém a vigia-
mos de forma diferente.”
No local, a Hunt usou a tec-
nologia de rastreamento e moni-
toramento de semi-reboques da
Terion Inc. para oferecer uma deli-
mitação da área geográfica em tor-
no de cada carreta. Se um caminhão
se movimentasse 3 metros, ele
dispararia um alarme”, diz Andrew.
“Não queríamos depender dos
guardas da portaria. Ele já daria
meia-volta antes de chegar na por-
taria.”
Além das proteções eletrônicas,
o pessoal da segurança inspeciona-
va os selos dos lacres várias vezes
por dia. Logo que as carretas al-
cançaram a estrada, Hunt contou
com seu sistema de rastreamento
via satélite da Qualcomm para
alertar se um caminhão se desgar-
rasse da sua rota prescrita.
Ao todo, cerca de 70% das car-
gas foram transportadas por ro-
dovia. O restante foi transportado
em embarques intermodais, com a
Hunt providenciando o transbor-
do e as ferrovias ao Sul de Norfolk
cuidando do transporte direto de
longa distância por trilhos. Todas
as entregas foram com hora
marcada.
Enquanto isso, no Brasil...
No Brasil, o lançamento da versão em
português do “Harry Potter e as Re-
líquias da Morte” ocorreu no primeiro
minuto de 10 de novembro de 2007,
com tiragem inicial de 400 mil exem-
plares.
Para atender a essa tiragem recorde,
o maior dos sete títulos da série, a
Rocco, editora responsável pela obra
no Brasil, contratou três das maiores
gráficas do País. Só para imprimir o
miolo dos livros foram compradas
420 toneladas de papel certificado
com o selo FSC (Forest Stewarship
Council), ou seja, proveniente de flo-
restas bem manejadas ambiental,
social e economicamente. Para a capa,
a editora comprou outras 24 tonela-
das de papel-cartão. Dezessete car-
retas foram reservadas exclusivamen-
te para carregar o fornecimento de
papel às gráficas.
A assessoria de imprensa da Rocco
não divulgou detalhes da operação no
Brasil, porém, segundo ela, não foi con-
tratado um operador logístico para
esta missão. Os livros foram entre-
gues das gráficas direto às livrarias.
Uma pequena parte foi para o arma-
zém da editora, no Rio de Janeiro.
A distribuição levou cerca de 10 dias
para atender aos pedidos e não havia
um acordo oficial proibindo a venda
do livro antes de 10 de novembro. O
que foi assinado foi um acordo de in-
tenções, que previa o início das ven-
das naquela data em todo o País.
Para marcar esse dia, a editora
disponibilizou displays de pé em for-
mato tradicional e outro em formato
cenográfico, com capacidade para
atender a coleção completa de Harry
Potter e estocar até 48 livros, além
de flyers, móbiles, capas de alarme e
totens para livrarias.
Os seis primeiros volumes da série
venderam 2,5 milhões de exempla-
res no Brasil, e mais de 325 milhões
de exemplares, em 64 línguas, em
todo o mundo.
serie bastidores.p65 27/2/2008, 18:4358
59março 2008 | 59março 2008 |
Dobradinha
de sucessoDobradinha
de sucesso
AFord de São Bernardo do Campo (SP) está repetindo uma fórmula de sucesso no
gerenciamento de sua intralogística: delegou suas operações nas áreas de estamparia,
caminhões e automóveis, exportação CKD, e recebimento de materiais importados à
DHL-Exel. A operação envolve 480 pessoas e provocou a renovação de toda a frota de
empilhadeiras e rebocadores da montadora. A fábrica de São Bernardo opera em um turno, as
operações de CKD em dois, e a estamparia trabalha em três turnos.
O início do acordo entre as empresas foi em Camaçari (BA), onde a DHL-Exel atua desde 2001
nas linhas do Fiesta e do EcoSport. Já naquela época, o operador logístico escolheu a Still como
fornecedor oficial de empilhadeiras e rebocadores por estes equipamentos estarem alinhados, em
sua concepção, com metas de produtividade, por serem adequados a questões ambientais, e por
aliarem modernidade, ergonomia e um contrato vantajoso de manutenção e pós-venda.
“A renovação da frota era necessária e fez parte de nosso plano estratégico para dar maior suporte
às operações. São 85 empilhadeiras (elétricas e a combustão, com capacidades de 1,6 a 7 tonela-
das), 45 rebocadores (com capacidades de 3 a 6 toneladas) e quatro transpaletes elétricos que
foram entregues em prazo recorde – seis meses – e começaram a operar em fevereiro”, explica o
gerente-geral de operações da DHL-Exel alocado na Ford, Mauricio Almeida.
Outra preocupação da Ford para garantir a continuidade de suas atividades a partir da disponibi-
lidade de equipamentos foi elaborar um sólido contrato de manutenção. Segundo Almeida, há uma
equipe dedicada da Still na planta da montadora para gerenciar quatro salas de baterias e para
realizar a manutenção preventiva, corretiva, além de inspeções operacionais dos equipamentos.
“O sistema de reposição de peças garante rapidez no atendimento: com 97% das peças em
estoque no Brasil, a fabricante de empilhadeiras pode disponibilizá-las à Ford em até duas horas,
e o que estiver na Europa vem via DHL em até 72 horas”, assinala o gerente-geral.
Estão operando nas dependências da Ford
empilhadeiras modelo CL 70 e XL 25 (com-
bustão), RX 50, RX 20 e RX 40 (elétricas),
estas últimas com facilidades de manuten-
ção como o acesso lateral às baterias, motor
de corrente alternada – conferindo a elas
maior desempenho com menor necessidade
de manutenção por sofrerem menos des-
gastes –, além de serem mais compactas.
Ford repete parceria
com DHL-Exel e Still
no gerenciamento
de suas operações
intralogística
still.p65 26/2/2008, 14:4859
| março 2008 60
E NEGÓCIOS | rogério lemeGESTÃO
EMPREGO E EMPREGABILIDADE:não é apenas um jogo depalavras. É uma questão decarreira, pois existe uma
importante diferença entre esses doistermos. O profissional que se preocu-pa com o emprego, na realidade, é umprofissional limitado para o mercadoe, conseqüentemente, tem sua carrei-ra igualmente limitada. Isso tem umimpacto ainda maior em áreas relati-vamente novas, como a do profissio-nal de logística. Essa limitação ocor-re, quando o indivíduo está preocupa-do com seu emprego e perde tempo
defendendo a todo custo sua situaçãoatual. Ele está preocupado apenas con-sigo e geralmente não está aberto amudanças.
Devido à velocidade das mudançasque ocorrem no mundo corporativo eà grande concorrência, onde é preci-so fazer mais para atender os clientese por um custo cada vez menor, a fle-xibilidade, a inovação, a criatividade, anecessidade de agregar valor aos pro-dutos e serviços ganham força e sãoum caminho para que as empresaspermaneçam no mercado. Os profis-sionais preocupados com o emprego
não se encaixam nesse perfil. Estra-nhamente, esse profissional pode atéestar envolvido com a empresa, par-ticipando de sua evolução, pensan-do ser insubstituível e que tudo quefaz é o suficiente. O fato é que estarenvolvido não é suficiente para o mer-cado.
Já o profissional preocupado comsua empregabilidade pensa no coleti-vo em vez do individual, busca resul-tados e formas para que sua equipepossa atingir os objetivos orga-nizacionais. Esse profissional desen-volve a sua equipe, delega tarefas, tra-
Quem só se
preocupa com seu
próprio emprego
não está aberto
a mudanças, tem
uma carreira
limitada e perde
tempo defendendo
a todo custo sua
situação atual
empregabilidadeempregabilidade
Você está preocupadocom seuemprego ou
com sua
Você está preocupadocom seuemprego ou
com sua
gestao e negocios.p65 26/2/2008, 14:5260
61março 2008 |
ROGÉRIO LEME É ESPECIALISTA EM GESTÃO COM FOCO EM COMPETÊN-CIAS E AUTOR DOS LIVROS “SELEÇÃO E ENTREVISTA POR COMPETÊNCIAS
COM O INVENTÁRIO COMPORTAMENTAL” E “FEEDBACK PARA RESULTADOS
NA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS PELA AVALIAÇÃO 360º”.
balha seu desenvolvimento pessoal
e promove o desenvolvimento da
sua equipe. Ele também busca cons-
tantemente o aprimoramento de
suas competências e habilidades.
Diferente do indivíduo preocu-
pado com o emprego, o profis-
sional preocupado com a empre-
gabilidade não está envolvido com
a empresa. Ele está comprometi-
do com ela, pois estar envolvido é
fazer o que mandam, enquanto es-
tar comprometido é fazer o que é
preciso, sem a necessidade de re-
ceber ordens.
Ele é um profissional pró-ati-
vo. Seu comprometimento vai além
da empresa, pois
antes de tudo, está
c o m p r o m e t i d o
consigo mesmo e
com sua carreira.
Esse profissional
compreende, por
exemplo, que uma
atualização profis-
sional não é obri-
gação da empresa,
mas sim dele. Ele
investe em seu ca-
pital intelectual.
Isso não significa, obrigatoriamen-
te, assumir todos os custos com a
capacitação profissional, mas a
obrigação de retornar todo o in-
vestimento de capacitação recebi-
do, implementando as mudanças
necessárias em suas atividades e
trazendo inovações para seu am-
biente de trabalho.
O dicionário traz a definição de
empregabilidade como “qualidade
de empregável”. Isso quer dizer
que haverá um emprego para tal
profissional, seja na empresa que es-
tiver atuando ou em outra que vier
a trabalhar e, além disso, ele é e será
indispensável para a organização.
Comece já a se preocupar com
sua empregabilidade, mesmo se
você estiver pensando em mudar
de emprego nos próximos meses
ou considerar que não vale a pena
investir na empresa que está tra-
balhando atualmente. Deixe os pre-
conceitos de lado e comece a agir
já. Você conquistará um amadure-
cimento e crescimento profissional
e levará isso sempre consigo, in-
dependente do local de trabalho.
Quem sabe você
possa redesco-
brir seu atual em-
prego, ou mesmo
sua empresa pos-
sa enxergar ou
r e d e s c o b r i - l o
como profissio-
nal.
Agora, se
você gosta de seu
emprego e da
empresa que tra-
balha, a preocupa-
ção com sua empregabilidade é
obrigatória. Invista em você, em
sua capacitação profissional. Pro-
cure desenvolver suas competên-
cias. Procure ter “feedback” de seus
superiores referente ao seu desem-
penho para superar seus pontos
fracos e investir ainda mais em seus
pontos fortes. Esteja comprome-
tido com a empresa, pois é isso que
o mercado precisa. Fazendo isso,
você terá empregabilidade.
O profissional
preocupado com
a empregabilidade
não está envolvido
com a empresa.
Ele está comprometido
com ela
61março 2008 |
gestao e negocios.p65 28/2/2008, 18:3061
| março 2008 62
HÁ 5, 10, 15, 20, 25 ANOS...
Sistemas de ARMAZENAGEMSob o nome LOG&MAM, destacamos há 5 anos os avanços da Águia Sistemas com a criação da
Divisão de Movimentação para crescer num mercado que estava aquecido para equipamentos de
automatização da movimentação de materiais. Naquela época, a empresa firmou parcerias para
atender o que estava fora de seu “core business”, como os sistemas de transportadores contínuos.
Hoje, já existe a NBR 15.524, primeira norma brasileira de sistemas de armazenagem; enquanto
isso, na Águia os avanços em soluções especiais continuam, como o sistema de estocagem por
gravidade (dinâmico) para a indústria de alimentos visando o estoque de grandes volumes de carga.
Cargas PALETIZADASHá 15 anos, a Probel, que hoje está no ramo de colchões, foi destaque na capa de
Logística com o lançamento de equipamentos para envolver cargas. A marca era a Signode, e
os equipamentos e insumos, importados, situação que em 2008 já é bem diferente: a Signode
tem fábrica em Cabreúva, SP, importa equipamentos mas já nacionaliza alguns deles, como as
envolvedoras automáticas desenvolvidas para a indústria de madeiras MDF. A empresa
também fabrica aqui suas fitas e presta serviços em soluções de embalagem.
A partir desta edição você vai conferir tudo o que foi destaque nas páginas
da Revista Logística ao longo de sua existência e como estão hoje os personagens
das reportagens de ontem.
... EM
SUPLEMENTO de LogísticaHá 10 anos, ainda sob o nome Movimentação & Armazenagem, a revista Logística ganhava o
suplemento LOG, com páginas dedicadas às notícias de produtos e serviços de logística para
auxiliar na tomada de decisões. Os destaques eram cases de empresas como a Petrobrás e a
Nike, que estrearam o suplemento. Em 2008, os temas movimentação, armazenagem, embala-
gem de materiais e os cases e boas práticas de logística fazem parte de uma só publicação,
conciliando os temas e agregando ainda reportagens sobre comércio exterior, multimodalidade
e serviços.
retro 210.p65 28/2/2008, 10:5762
63março 2008 |
63março 2008 |
SALTO para o mundoHá 20 anos, a Paletrans destacava sua linha de produtos manuais com fabricação 100% nacional.
Atualmente figuram em seu portfólio transpaletes manuais e elétricos; empilhadeiras manuais, elétricas,
tracionárias e retráteis; além de serviços como locação de transpaletes manuais. Com unidade fabril
localizada em Cravinhos, SP, a Paletrans, parte do Grupo Unihold, juntamente com a Disktrans e a
Paletrans Carretas, exporta seus equipamentos para mais de 20 países e já recebeu por dois anos (2006
e 2007) o Prêmio TOPLog outorgado por esta publicação.
GIGANTE ontem e hojeO CD de peças e acessórios da Volkswagen na ala 21 da planta de São Bernardo do Campo de
25 anos atrás tinha capacidade para movimentar 140 milhões de peças por ano, 93 mil m2 de área
construída em um edifício de dois andares. Era considerado um projeto grandioso. Instalado hoje em
Vinhedo, SP, o CD tem 131.800 m2 tem capacidade de estocagem de 150 mil locações fixas, tem área
dedicada às exportações, agrega mais de 400 fornecedores, e movimenta pelo menos cinco milhões de
peças/mês. O CD recebe 300 mil linhas de pedidos mensais, além de pedidos urgentes de veículos
parados em concessionárias.
retro 210.p65 28/2/2008, 10:5763
| março 2008 64
Ergonomiasem problemas
OMANUSEIO DE MATERIAIS
ocorre em quase todo
local de trabalho. Estu-
dos apontam que exis-
tem mais lesões devido à movimen-
tação manual incorreta do que de-
vido a qualquer outra atividade e re-
presentam mais de um terço de to-
das as lesões com afastamento por
mais de três dias.
A movimentação manual contri-
bui significativamente para as le-
sões conhecidas como DORTs (dis-
túrbios osteomusculares relaciona-
dos ao trabalho), e a maioria está
relacionada com esforços excessi-
vos da coluna, além de outras par-
tes do corpo. Contudo, algumas le-
sões são difíceis de ser relaciona-
das a atividades ou acidentes espe-
cíficos, já que são cumulativas: é um
processo gradual e pode não ser
observado como problema à pri-
meira vista.
Se levarmos em conta as ações
descritas a seguir, elas ajudarão a
evitar essas situações de risco.
Fatores a serem
observados na movi-
mentação manual:
1. As tarefas e o que as envolvem: a
manipulação de cargas está sendo
realizada distante do tronco? A
movimentação ou postura corpo-
ral está insatisfatória? Movimen-
tação de cargas é excessiva? O
movimento de empurrar ou pu-
xar é excessivo? Existe risco de
movimentação brusca? Os perío-
dos de descanso ou de recupera-
ção são suficientes?
2. Quanto às cargas, elas são: pesa-
das? Volumosas ou de difícil ma-
nuseio? Difíceis de segurar? Ins-
táveis ou com conteúdo que tende
a se deslocar? Pontiagudas, quen-
tes ou de alguma outra forma po-
tencialmente danosas?
3. No ambiente de trabalho, observe:
Existem limitações de espaço que
impeçam a boa postura? Existem
pisos desnivelados, escorregadios ou
instáveis? Temperaturas extremas
de trabalho? Condições que pro-
voquem problemas de ventilação
ou rajadas de vento? Más condi-
ções de iluminação?
4. Quanto à capacidade individual:
exige-se força, altura, etc., inco-
muns? Gera-se riscos conside-
ráveis para mulheres grávidas ou
para alguém que tenha algum
problema de saúde? Exige-se in-
formações ou treinamentos es-
peciais para a sua realização da
atividade?
A movimentação manual se apli-
ca a uma ampla gama de atividades,
incluindo o ato de erguer, abaixar,
empurrar, puxar ou carregar. A pre-
venção e o controle dos DORTs na
movimentação manual devem ser
tratados como prioritários.
Em focoA ergonomia nas operações de movimentação
manual de cargas deve ser observada com
atenção para evitar afastamentos. Quando
possível, avaliar a mecanização do processo.
Conhecer os riscos
envolvidos na movimentação
manual é o primeiro passo
MANTENHA A CABEÇA LEVANTADA DURANTE
A MOVIMENTAÇÃOEVITE GIRAR A COLUNA OU RECURVAR PARA OS LADOS. ABAIXE A CARGA
E EM SEGUIDA, AJUSTE-A
segurança na ergonomia corte.p65 27/2/2008, 12:0064
65março 2008 |
Melhor prevenir do que remediar
Primeiramente, deve-se entender e analisar os riscos da movimentação manual e consultar os colaboradores sobre como minimizar estes
riscos. De muitas formas, pode-se oferecer soluções práticas para ajudar a controlar ou eliminar os riscos.
Evite a necessidade de movimentações manuais perigosas até onde for razoavelmente praticável. Verifique se realmente é necessário
movimentar. Estude a possibilidade de automação, especialmente para os novos processos. Pense na mecanização e no uso de equipa-
mentos auxiliares de movimentação como transportadores contínuos, transpaletes, talhas elétricas ou manuais, manipuladores, ou ainda,
empilhadeiras, entre outros.
Avalie o risco de lesão devido a qualquer movimentação manual perigosa que não possa ser evitada. Identifique as formas de tornar o
trabalho menos perigoso, mais fácil e com menor esforço físico. Solicite a ajuda de especialistas nas atividades mais complexas, porém,
em muitas delas, seus colaboradores poderão ajudar. As avaliações podem ser genéricas, mas também poderá haver a necessidade de
se fazer avaliações individuais, por exemplo, em mulheres grávidas ou funcionários com alguma restrição.
BRAÇOS ELEVADOSALINHADOS VERTICALMENTE
E TRONCO ERETO
BRAÇOS ELEVADOSAFASTADOS E EM ÂNGULO
COM O CORPO
TRONCO INCLINADOPARA FRENTE
BRAÇOS ELEVADOSAFASTADOS E EM ÂNGULOCOM O CORPO, QUE DEVE
FICAR INCLINADOPARA FRENTE
ACIMA DOS JOELHOS E/OU ABAIXODA ALTURA DO COTOVELO
CORPO ERETO E BRAÇOSELEVADOS NA ALTURA
DO OMBRO
NA ALTURA DA CABEÇAOU ACIMA
NO NÍVEL DO CHÃO
Colaborou na seção de fotos: Moacir Salles
Reduza o risco de lesões devido à movimentação manual, isto é, reduza o risco até que os custos de prevenção sejam satisfatórios.
Deve-se providenciar auxílios mecânicos quando se for praticável e se o risco identificado na avaliação puder ser reduzido ou eliminado.
Lembre-se que todos os funcionários deverão ser treinados nas técnicas de movimentação manual com segurança.
segurança na ergonomia corte.p65 28/2/2008, 17:5765
| março 2008 66
OVÃO CENTRAL É A REGIÃO
da Ponte Rio – Niterói
onde se registra o maior
número de acidentes e
avarias de veículos. As bases opera-
cionais suspensas foram criadas para
proporcionar às equipes do SOS
Usuário da concessionária maior
rapidez nos atendimentos e na
liberação das pistas após os incidentes.
As obras de construção das bases
operacionais suspensas da Ponte –
começaram em 2007, com toda a
logística de acesso às estruturas e os
serviços feitos pelo mar. Em janeiro,
foram executadas as operações de
instalação das vigas nas laterais da
ponte junto aos trechos de subida do
vão central, nos dois sentidos de
direção, com ajuda de um guindaste
flutuante de 110 metros de altura –
o equivalente a um prédio de 17
andares. Cada viga tem dimensões
expressivas: 80 metros de com-
primento, 4,5 m de largura e peso de
170 toneladas cada.
A instalação das vigas envolveu
algumas variáveis críticas para a
segurança e o sucesso das operações:
o trabalho só pode ser realizado
durante o dia, porque o guindaste não
tinha permissão dos órgãos regu-
ladores da navegação para operar à
noite, embora as condições climáticas
e de maré do período da manhã
fossem mesmo as ideais para os re-
quisitos de precisão e segurança da
obra. Além disso, em caso de uma
inversão nas condições favoráveis de
tempo – a ocorrência de ventos fortes,
por exemplo – toda a operação teria
de ser reprogramada, o que acon-
teceu por duas vezes, por motivo de
tempestades.
Os controladores do Centro de
Controle de Tráfego da Ponte SA
monitoram toda a ponte e seus aces-
sos por meio
de 25 câmeras
de um circuito
fechado de tele-
visão. Quando
uma situação
de emergência
é visualizada,
equipes do
SOS Usuário
24 horas são
acionadas e
podem en-
trar em ação
quase em
tempo real.
Guindaste de 110 metros de altura
instala bases operacionais suspensas
do vão central da Ponte Rio-Niterói
Guindaste de 110 metros de altura
instala bases operacionais suspensas
do vão central da Ponte Rio-Niterói
Ajuda
do
alto
Ajuda
do
alto
guindaste.p65 27/2/2008, 18:4966
67março 2008 |
NNNNNOVOSOVOSOVOSOVOSOVOS S S S S SERVIÇOSERVIÇOSERVIÇOSERVIÇOSERVIÇOS
BUSQUE AQUI SUA SOLUÇÃO
Carga AÉREA globalO que há de novo: a UPS tem novo portfólio global simplificado de envio de carga
aérea, incluindo uma opção expandida de remessas expressas com serviço garantido de
entrega porta a porta.
Resultado: triplica o número de li-
nhas expressas atualmente cobertas pela
empresa e oferece entregas com tem-
pos definidos e garantidos de um a três
dias, incluindo atividades de rotina de
liberação alfandegária, para as principais
áreas metropolitanas.
Volta a fabricação
de LOCOMOTIVAS no BrasilO que há de novo: a
GE anunciou em janeiro o
início da produção de
locomotivas no Brasil. A
empresa tem investido mais
de US$ 100 milhões por ano
na produção em sua fábrica
de Contagem, MG.
Resultado: a ampliação da produção inclui a transferência de equipamentos e
tecnologia de última geração, inclusive para a fabricação de locomotivas AC (corrente
alternada), que permitirá o aumento da capacidade de tração, podendo levar a uma
maior eficiência da malha de transporte ferroviário no País.
Atendimento via CHATO que há de novo: a Jamef Encomendas Urgentes acaba de lançar seu mais novo
serviço on-line: o atendimento via chat, um sistema de comunicação on-line para atendi-
mento e suporte no esclarecimento de dúvidas sobre o posicionamento da carga, previsão
de entrega, confirmação de recebimento de mercadoria, entre outros serviços.
Resultado: possibilita um ponto de contato e troca segura e eficiente de informações
e serviços dentro da Jamef, envolvendo parceiros, clientes e colaboradores, de acordo
com as necessidades de cada um.
RFID em bagagensO que há de novo: a Emirates associou-se a três aeroportos internacionais - Heathrow,
de Londres, o de Dubai e o de Hong Kong - para testar a tecnologia de RFID no manuseio de
bagagem. Este será o maior teste do gênero no transporte aéreo, envolvendo cerca de meio
milhão de malas de vôos da Emirates durante os seis meses de duração.
Resultado: revolucionar o modo como as bagagens são monitoradas e rastreadas, além
de gerar soluções inovadoras para o manuseio do número crescente de bagagem. Em
paralelo, as etiquetas continuarão a apresentar o código de barras tradicional.
67março 2008 |
novos servicos.p65 27/2/2008, 19:0967
| março 2008 68
SÉRIE | logística enxuta*1ª PARTE
A base para a prática
enxuta é o kaizen, que
por sua vez tem o ciclo
PDCA como ponto
de partida. Quanto mais
se souber sobre lean,
melhores e mais
consistentes serão
os resultados
DEPOIS DE CONCORDAR QUE
uma abordagem de ges-tão traz os benefícios es-perados, a questão que
surge é por onde começar. A logísticaenxuta é uma abordagem prática. En-tão, simplesmente comece. Nada deplanejamentos intermináveis (que nor-malmente não são executados). Co-mece por identificar o valor para ocliente. Depois, identifique as perdase trate de eliminá-las.
Este é o primeiro de uma série deonze artigos, nos quais haverá umaprofundamento contínuo dos temas.Por isso, não é necessário ter todo oconhecimento disponível da aborda-gem enxuta (lean) para começar. Àmedida que as ações forem tomadas,as necessidades de conhecimentoscorrespondentes irão aparecendo na-turalmente.
A Toyota levou mais de 25 anospara consolidar o Sistema Toyota de
Produção (TPS), que mais tarde foichamado de JIT e, agora, lean no Oci-dente. Passaram-se mais de 60 anospara que ultrapassasse a GeneralMotors em volume de vendas, embo-ra antes disso já apresentasse maiorlucro do que as três maiores mon-tadoras juntas. Quando ela começoua desenvolver seu sistema de gestãonão havia conhecimento disponível so-bre kaizen, JIT, reposição puxada,kanban, milk run, nivelamento(heijunka), lean e desdobramento daspolíticas (hoshin kanri). Ela simples-mente começou, e não parou mais deintroduzir patamares cada vez maiselevados de desempenho.
O que é preciso
saber desde o início
Embora muitos resultados possamser colhidos rapidamente, a logísticaenxuta é uma iniciativa de longo pra-
zo. Se a sua empresa tiver por pre-missa obter resultados financeiroscom o lean a curto prazo, ela falhará,porque logo terá um dilema entre ainiciativa de curto prazo e a de longoprazo. E quando começar a dar prio-ridade às ações de curto prazo, o ím-peto das melhorias tende a cessar. Abase da logística enxuta é o kaizen(melhoria contínua – que abordaremosna parte 9), o que por si só demandauma mudança de mentalidade.
Valor ao cliente
Se alguém acredita que a empresajá sabe tudo sobre as preferências dosclientes, é bom lembrar que as em-presas em geral estão divididas emcompartimentos (as funções deMarketing, Vendas, Pós-vendas Pro-dução, Distribuição) e que as informa-ções não fluem agilmente entre eles.Mesmo dentro das funções existe uma
O início da
logística enxuta
serie log lean.p65 27/2/2008, 18:2168
69março 2008 |
69março 2008 |
estrutura hierarquizada onde as in-
formações sobre o cliente ficam es-
condidas. Ao começar a procurar
internamente o que o cliente valo-
riza e quais são os problemas, sem-
pre somos surpreendidos com as
informações que aparecem. Fazen-
do uma análise do valor agregado
aos clientes, um gerente de logística
de uma pequena empresa descobriu
com os motoristas/entregadores
que a maioria dos clientes gosta-
ria que estes fizessem sugestões
de reposição, desde que se man-
tivesse um limite mínimo dos es-
toques. A implementação dessa
medida simplificou os controles,
diminuiu as faltas de estoque e au-
mentou as vendas feitas para es-
ses clientes.
Depois de avaliar as informações
sobre os clientes disponíveis inter-
namente, visite o cliente. Não se li-
mite ao pessoal da área comercial,
leve junto pessoal de engenharia,
operações, logística, produção, pós-
vendas, etc. Sintetize as informações
obtidas e comece a agir. Reclamações
e sugestões de clientes valem ouro.
Podem surgir grandes oportunidades,
normalmente no processo de desenvol-
vimento de produtos, processamento
de pedidos e redução de falhas na en-
trega.
Enxergando os fluxos
e eliminando as perdas
Quando há perdas, os fluxos de ma-
teriais tendem a ser interrompidos, a
ter um comportamento irregular e a se
acumular na forma de estoques. Para
mostrar a relação entre perdas e fluxo,
Exemplos de perdas (que não agregam valor), nos armazéns:
• Os pedidos são processados em lote. Todos os pedidos do dia são verificados quanto ao
crédito do cliente antes de serem enviados para o armazém;
• Os produtos chegam em paletes despadronizados, são descarregados e repaletizados
(demora e esforço desnecessários);
• Separadores de pedido esperam reabastecimento do “picking” (falta na área de picking,
mas há no estoque de fundo) para retirar produtos;
• Embarque aguardando item faltante para ser completado (perda de tempo e espaço);
• Produtos aguardando conferência para dar entrada no estoque (perdas de tempo, esfor-
ço e espaço);
• Contagens de produtos por causa de falta de contentores padronizados (esforço desne-
cessário e perda de tempo);
• Descoberta de que há falta de produtos na ocasião da retirada (perda de tempo e esforço).
serie log lean.p65 27/2/2008, 18:2169
| março 2008 70
normalmente é utilizada a analogia do
rio com pedras no fundo. Para as pe-
dras não aparecerem, o nível da água
deverá ser mais alto do que as pedras.
Se o nível de água for pequeno, as pe-
dras emergirão e o fluxo será turbu-
lento. Qualquer objeto sendo condu-
zido pelo fluxo do rio esbarrará se-
guidamente nas pedras e demorará
mais a fazer o percurso. Nessa analo-
gia, as pedras representam as falhas/
perdas e o nível do rio representa o
nível dos estoques. Tal como as pe-
dras no rio atrapalham o fluxo de água,
as perdas atrapalham o fluxo logístico.
Por isso, o efeito observável dos sis-
temas logísticos ineficientes é o eleva-
do nível de estoques. A solução mais
eficaz para melhorar o fluxo é reduzir
as perdas. Eliminar as pedras e baixar
o nível da água. Eliminar as perdas e
incertezas é baixar o nível de estoques.
Nos sistemas logísticos enxutos,
onde é fundamental eliminar as per-
das, pode-se identificar três tipos de
atividades:
1) Atividades que agregam valor.
Exemplo: transporte de produtos
ao cliente;
2) Atividades que não agregam valor
e que ainda são necessárias (devi-
do à tecnologia e aos recursos atu-
ais). Exemplo: estocagem de pro-
dutos de alta movimentação e de-
manda regular em estruturas por-
ta-paletes para posterior retirada
e abastecimento da área de picking.
3) Atividades que não agregam valor
e que podem ser eliminadas imedi-
atamente. Exemplo: o separador
confere as quantidades quando en-
trega para a expedição e a expedi-
ção reconfere (duplicidade de con-
ferências).
Acompanhe o fluxo dos pedidos e
dos produtos (desde a entrada do pe-
dido até o recebimento dos produtos
pelos clientes) juntamente com o pes-
soal das áreas envolvidas. Acompanhe-
os como se estivesse viajando junto
com o pedido e com o produto. Iden-
tifique as perdas. Depois, trate de eli-
mina-las imediatamente. Inicialmente,
há uma dificuldade maior em classifi-
car as perdas como elimináveis. A ten-
dência é achar justificativas para não
eliminá-las:
1) “Lean é antigo, eu já conheço” – co-
nhecer não é suficiente, é preciso
praticar. Esse tipo de pensamento
causa deficiência de aprendizagem;
2) “Não tenho tempo” – lembre que o
papel do gerente é dedicar mais da
metade do seu tempo às melhorias;
3) “Não posso eliminar esta ativida-
de, ela é importante” – de que for-
ma diferente podemos fazê-la?
Você está deixando de fazer o mais
importante (eliminar perdas)
4) “Não temos dinheiro para inves-
tir” – geralmente a eliminação das
perdas não exigem investimento;
5) “Vai piorar a produtividade” – pro-
vavelmente você não está identifi-
cando corretamente as perdas.
Se você ainda não consegue enxer-
gar as perdas, aprofunde seu conheci-
mento em “lean”.
Checklist
1) Comece já. Você já começou, sua
empresa já começou?
2) Ao cabo de uma semana você deve
ter identificado pelo menos uma
dezena de perdas.
3) Em duas semanas você deve ter
eliminado pelos menos uma gran-
de perda. Se você não chegar até
aqui, reveja sua atitude no traba-
lho (passa mais tempo lidando com
a rotina; “apagando incêndios”; não
tem tempo; considera que o pes-
soal não vai colaborar).
4) Se a sua empresa estiver focada em
apresentar resultados de curto pra-
zo para “inglês ver”, e não vai mu-
dar, avalie sinceramente as pers-
pectivas futuras. Esse tipo de em-
presa reage contra melhorias re-
ais. Se você está interessado so-
mente em resultados de curto pra-
zo, as melhorias serão, provavel-
mente, transitórias.
5) Se você conhece o ciclo PDCA (Plan
- Do - Check - Act) e nunca utilizou,
utilize-o de fato.
6) Continue aprendendo cada vez mais.
Continue reduzindo perdas e agre-
gando valor. As melhorias não têm fim.
Até o próximo mês!
Saiba desde o início
1) É fundamental que a opção pelo lean seja declarada pelo presidente da empresa,logo de início. As iniciativas podem começar com a gerência, mas o ‘presidente’ deveentender o que é lean e dar total suporte às iniciativas;
2) Alguém na empresa com conhecimento e liderança deve fazer o papel de agente damudança. Se isso não é possível, busque ajuda externa;
3) Atitude: vá onde o valor está sendo criado - no cliente, no embarque, no armazém, noalmoxarifado, na fábrica. Saia do escritório, fale com as pessoas, veja você mesmo;
4) Esteja preparado para mudar seu posicionamento sobre produtividade (a fim deparar equipamentos e pessoas quando não estão agregando valor) sobre tamanhosde lotes econômicos de compras e de embarque;
5) Aprenda a enxergar os fluxos de produtos, de materiais e de informações e asperdas relacionadas;
6) Não compre tecnologia antes de avaliar e eliminar as perdas dos processos que vocêpensa em automatizar. Aproveite o retorno sobre o investimento que a abordagemenxuta oferece;
7) A prática enxuta libera recursos (pessoas, tempo e equipamentos). Jamais demitaalguém por causa das melhorias obtidas. Seria um revés muito grande para a trans-formação enxuta.
* POR ROGÉRIO
BAÑOLAS DA PROLEAN
LOGÍSTICA ENXUTA
serie log lean.p65 27/2/2008, 18:2270
| março 2008 72
Ferramenta de construção e gestão de conhecimento está se
popularizando rapidamente
Em focoO mapa mental é uma forma de representar
graficamente as idéias — na redação deste
artigo, por exemplo, a técnica foi adotada.
VOCÊ JÁ PAROU PARA
refletir que o mundo
empresarial fica cada dia
mais complexo, e as
pessoas parecem estar se perdendo
em um oceano de informações?
Nossos pensamentos parecem se
perder nesta complexidade sem fim,
não é mesmo? Pois existe uma
ferramenta que pode ajudar estes e
inúmeros outros desafios: Chama-se
mapa mental (“mind map”).
Mapa mental é uma técnica gráfica
que organiza e comunica visualmente
as relações entre idéias, alternativas,
conceitos e informações de uma forma
estruturada. Trata-se de uma ferra-
menta para análise e síntese, que facilita
a assimilação e registro de conhecimento,
em virtude de sua forma hierárquica.
Como a figura da página 73 mostra,
é uma representação esquemática de
um pensamento irradiante, pois do
tópico central partem conexões
ramificadas, como um neurônio ou
árvore, possibilitando assim o
reconhecimento e a construção
dinâmica de conhecimento.
Aqueles que estudam (e cole-
cionam) os mapas mentais afirmam
Você jáouviu falar
em mapasmentais?
Você jáouviu falar
em mapasmentais?
mapas mentais fig.p65 28/2/2008, 19:2472
73março 2008 |
s?s?
Exemplo de mapa mental usado para elaborar este artigo
73março 2008 |
que é uma abordagem mnemotécnica e multisensorial, pois
combina diferentes estímulos, tais como palavra, letra, cores,
símbolos, sons, formas, imagens, desenhos, fotos e até vídeos.
Em termos de ergonomia cognitiva, podemos afirmar
que estes mapas facilitam a aquisição, compreensão,
codificação, arquivo, integração e utilização da informação,
mapas mentais fig.p65 28/2/2008, 19:2673
| março 2008 74
mas o mais importante mesmo é
que envolve as pessoas no processo
criativo de forma divertida e natural.
Entre os benefícios, os mapas
possibilitam melhor comunicação,
melhorando a colaboração em
equipe. Também facilitam pro-
cessos criativos, ampliando nossos
modelos mentais (como pensamos),
e ainda melhoram a memorização.
Possibilitam aprender a aprender,
viabilizando as organizações
aprendizes, pois as empresas
somente serão efetivamente capazes
de aprender quando tiverem
habilidade de colecionar, dispo-
nibilizar e utilizar o conhecimento
de seus colaboradores.
Neste tema, um dos maiores
expoentes é Tony Buzan, psicólogo
e guru em criatividade, que é
considerado o pai dos “mind maps”,
termo criado no final da década de
1960. Quando postulou suas Leis
da Cartografia Mental, seu recado
era de que pretendia orientar, mas
não limitar, propondo os seguintes
princípios:
• Ênfase: causar o maior impacto
possível;
• Clareza: comunicar com palavras-
chave e linhas de conexão;
• Associação: estabelecer relações
através de setas, cores, códigos, etc;
• Influência: as características
pessoais e estilo do autor lhe dá
relevância e significado indivi-
duais.
No papel, os mapas mentais
podem ser elaborados seguindo os
seguintes passos:
1. Identificar o tema central no
centro da folha;
2. Identificar os braços principais;
3. Identificar os ramos secundários;
4. Usar palavras curtas, formas,
figuras, cores, símbolos...
Também já existem softwares
especializados para produzir mapas
mentais. Estes softwares permitem
realizar um “brainstorming”
colaborativo entre diversas pessoas
e, com o passar do tempo, ir
acrescentando mais tópicos, ou
ainda conectar os tópicos com
conteúdo multimídia, aprimorando
ainda mais a visibilidade.
Por tudo o que aqui apresen-
tamos, e concluindo, acreditamos
que esta é uma ferramenta com
muito a contribuir com qualquer
processo de melhoria ou inovação,
treinamento, padronização, etc,
sendo portanto de interesse geral.
Experimente e constatará que vale
a pena. Bom proveito.
POR DANIEL GASNIER
DIRETOR DO GRUPO
IMAM
| março 2008 74
mapas mentais fig.p65 28/2/2008, 18:3774
anuncios.p65 27/2/2008, 17:148
IIIII N F O R M EN F O R M EN F O R M EN F O R M EN F O R M E ----- S ES ES ES ES E
| março 2008 76
PLATAFORMA niveladoraA plataforma niveladora de docas modelo MKS-6000 PND-ME da
Marksell é utilizada em docas de carga/descarga, servindo de ponte
entre a doca e o veículo, ajustando para compensar a alteração e a
variação da altura do piso da carroçaria, permitindo o acesso de carri-
nhos, transpaletes, etc. Com capacidade de 6.000 kg distribuídos (3.000
kg por eixo espaçado, bi apoiada), a plataforma quando em repouso ao
nível do piso permite o trafego normal sobre a plataforma.
RACK aramadoA Artok desenvolveu uma solu-
ção específica para a movimentação e
estocagem de componentes auto-
motivos. O rack metálico aramado
para transporte de condensadores e
radiadores foi projetado para a mo-
vimentação de materiais e de difícil
acomodação que necessitam de uma
proteção mais adequada – os forne-
cedores podem reduzir considera-
velmente as avarias, diminuindo os
prejuízos causados por embalagens
deficientes. Por outro lado, o rack
também proporciona agilidade na operação, podendo ser utilizado diretamente na
linha de produção. Suas medidas externas: 1.170 mm (comprimento) x 940 mm (largu-
ra) x 1.160 (altura).
BALANÇASA Toledo está lançando uma balança para
facilitar o processo de pesagem de
animais de pequeno e grande
portes. O MGR Campo é sim-
ples de operar e permite fácil
visualização das informações. O
equipamento é também robusto,
pode se comunicar com computadores,
tem um grande display que mostra informa-
ções de peso e apartação (leve, médio e gordo). É um equipamento leve que pode ser
levado com facilidade de um local para outro por uma pessoa apenas, podendo ser
instalado pelo próprio usuário. Tem capacidade de 500 kg para animais de pequeno porte
e de 3 mil kg para animais de grande porte.
PORTASA Rayflex lança a Dock Door,
porta flexível para docas que pode
ser instalada em grandes vãos, pro-
porcionando excelente vedação e
funcionalidade em terminais de car-
gas de centros de distribuição, ar-
mazéns, depósitos. São fabricadas
em tecido vinílico com trama de
poliéster reforçado, auto-extin-
guível, anti-estática, e elevada re-
sistência (por exemplo, a cor-
rentes de ar até 100 km/h, pressão
até 20 kg/m2). A operação de aber-
tura e fechamento da portas é elé-
trica com moto-redutor.
informese 210.p65 27/2/2008, 15:5876
77março 2008 |
Implemento RODOVIÁRIOA Pastre tem em seu portfólio
o Bitrem Multi-uso, que além de ser
basculante pode ser carregado pelas
laterais e por cima. Na prática, signi-
fica que o produto pode transportar
cargas à granel, ensacados, paleti-
zados, entre outros. Com Peso Bru-
to Total Combinado (PBTC) de 57
toneladas, tem um sistema de bande-
ja lateral para escoamento, com aber-
tura e fechamento acionado por ci-
lindros hidráulicos de dupla ação e tampas na parte traseira para descarga em tombadores.
O implemento tem ainda grades no lado direito da caixa traseira, com abertura tipo
sanfona, para colocação de sacarias ou paletes.
CAMINHÃOA Agrale tem em seu
portfólio de veículos o Agrale
13.000, um modelo de maior ca-
pacidade, com Peso Bruto Total
(PBT) de 13.000 kg. O novo ca-
minhão foi desenvolvido princi-
palmente para aplicações urbanas,
como o transporte de cargas
fracionadas, além de viagens ro-
doviárias de curtas e médias distâncias, para bebidas, hortifrutigranjeiros, materiais de
construção, etc. Entre as principais novidades está o câmbio de seis marchas sincroniza-
das que permite engates mais suaves e precisos.
EMBALAGEM de proteçãoA Best-Pack oferece com ex-
clusividade na América do Sul o Air-
Paq, uma linha de embalagens de pro-
teção amplamente utilizada e valida-
da nos EUA, Europa e Ásia. O Air-
Paq é capaz de adaptar-se as diver-
sas formas e possibilita desenvolvi-
mento de projetos personalizados,
substituindo diretamente os vários
tipos de embalagens pré-moldadas:
isopor (poliestireno expandido), espuma de poliuretano e espuma de polietileno. Seu
conceito de fabricação, através de filmes flexíveis e canais independentes de ar, confere
a esta embalagem maior qualidade em embalagens de proteção.
informese 210.p65 28/2/2008, 17:4677
| março 2008 78
Em focoO tempo de separação de pedidos pode ser
reduzido sem perda da acuracidade por meio
de métodos e sistemas que auxiliem o proces-
so, por exemplo a separação com o apoio da
luz.
Com a velocidade e o volume maiores de pedidos,
além da pressão por redução de custos, só
o treinamento para aumentar a produtividade
e a acuracidade não é o bastante
PEDIDOS MAIS FREQÜENTES
com menos itens por pe-
dido e maior flutuação no
volume, combinados com
a pressão por parte da gerência para
a redução de custos, estão fazendo as
empresas contratarem mais funcio-
nários temporários. Infelizmente, a
contratação e o treinamento constan-
tes estão resultando em aumento da
rotatividade, maiores custos de trei-
namento, mais erros e menos produ-
tividade. Essa situação está provocan-
do a redução da acurácia e da produ-
tividade da separação dos pedidos, e
conseqüente aumento dos custos. Es-
tas tendências não poderiam vir numa
época pior. Mas não se desespere!
Existe uma luz no fim do túnel.
O caminho para a
melhoria
A maioria das operações de sepa-
ração de pedidos é feita manualmen-
te, um por vez ou em lotes de pedi-
dos, cada lote tendo a mesma quanti-
dade de pedidos. Recentemente, um
gerente de armazém pediu a um
separador de pedidos que usasse um
“pedômetro”, um aparelho que mede
a distância percorrida, por um dia
durante a separação dos pedidos dos
clientes. Para surpresa de todos, o
separador de pedidos caminhou 9,6
km nesse dia, após a conversão.
A separação de pedidos pode ser
a atividade com mão-de-obra mais in-
tensiva em seu armazém, com até 75%
do tempo de separação sendo gasto
em atividades de deslocamento. Para
combater essa situação e manter a
acurácia e a produtividade a níveis ele-
vados, ao mesmo tempo que se man-
tém os custos de mão-de-obra redu-
zidos, as empresas estão buscando
processos e tecnologias alternativas.
São viáveis altos ganhos de pro-
dutividade nas separações e de
Há luz no fim
do túnel
Há luz no fim
do túnel
separacao por luz.p65 27/2/2008, 14:4178
79março 2008 |
acurácia dos pedidos e reduções de custos, com retorno de investimento
rápido, com a mudança da forma de separação de seus pedidos, bem como
das ferramentas usadas. Este artigo investigará a combinação das duas solu-
ções produtividade-melhoria, oferecendo rápido retorno de investimento em
menos de um ano, separação em lotes com carrinho e sem papéis, usando
uma solução de separação por luz.
Separação de pedidos em lotes
Uma vez que até 60% do tempo dos separadores de pedidos é gasto para
caminhar, quanto mais pedidos separados, menos tempo de caminhada o
separador de pedido gastará. Por isso, a separação de mais de um pedido por
vez pode reduzir drasticamente o tempo de caminhada e aumentar a produ-
tividade.
Na separação de pedidos em lotes, são agrupados vários pedidos em lo-
tes. Um separador de pedidos separa todos os pedidos dentro do lote em um
79março 2008 |
Caminhando
Separando
Procurando
Anotando
Exemplo da ecomposição do tempo de separação de pedidos
60%25%
10%
5%
SMART CAR AJUDA A SEPARAÇÃO POR LOTES
Fonte: IMAM Consultoria Ltda.
separacao por luz.p65 27/2/2008, 14:4179
| março 2008 80
só percurso usando uma lista de
separação consolidada. Normal-
mente, o separador usa um carri-
nho de separação de múltiplos ní-
veis mantendo uma caixa no car-
rinho para cada pedido. Os siste-
mas mais eficientes variam os ta-
manhos dos lotes dependendo da
média das separações por pedi-
do ou do volume dos itens por
pedido.
A separação de pedidos em
lotes reúne um grupo de pedi-
dos, digamos seis pedidos, e or-
ganiza os itens destes pedidos
na seqüência de localização do
layout do armazém, permitindo
ao separador fazer uma única vi-
agem usando uma “folha resu-
mida dos pedidos do lote” e um
carrinho de separação, permitin-
do ao funcionário separar os seis
pedidos e colocando-os em um
carrinho de separação. Usando
esta folha, o separador é dirigi-
do até um local de separação, in-
formado da quantidade a sepa-
rar e quanto colocar em qual lo-
cal do carrinho.
Separação
orientada por luz
Nas últimas duas décadas, a se-
paração orientada por luz provou ser
uma das tecnologias usadas para ofe-
recer maior velocidade e acurácia e
reduções de custo na separação de
pedidos. Os módulos tradicionais de
estanterias dinâmicas e orientadas
por luz oferecem a maior capacidade
de fluxo e acurácia para as seções
com produtos de giro rápido. Con-
tudo, para os grandes armazéns com
grande número de SKUs e baixo giro
de estoque, ou operações com um
investimento mínimo, o sistema de
estanterias dinâmicas e orientado por
luz pode ser proibitivo em termos de
investimento.
Comece com o carrinho de sepa-
ração orientada por luz com RF que
empregue soluções de hardware e
software que possam ser remodela-
das para os seus carrinhos de sepa-
ração de pedidos existentes. Este sis-
tema transmite os pedidos de um
computador para o controlador do
carrinho usando radiofreqüência e
| março 2008 80
PICKING TO LIGHT AUMENTA O DESEMPENHO DA SEPARAÇÃO
separacao por luz.p65 27/2/2008, 14:4180
81março 2008 |
leds luminosos no carrinho, permitin-
do a separação sem papéis.
O carrinho de separação em lotes
direcionado por luz com RF contém
um controlador montado na frente
do carrinho e leds luminosos nas pra-
teleiras. O controlador direciona o
separador de pedidos até um local do
armazém e indica a quantidade de
itens para separação de todos os pe-
didos do carrinho para esse item. Ao
mesmo tempo, o led acende no display
do carrinho a quantidade que cada pe-
dido no carrinho precisa desse item.
O carrinho contém uma bateria que
dura até 60 horas e um indicador de
bateria no controlador que indica a
carga da bateria e pode ser carrega-
da durante a noite.
Vantagens
adicionais
Em virtude do separador conec-
tar-se a um carrinho ao iniciar a se-
paração dos pedidos, o computador
do carrinho pode registrar o tempo
de início da atividade. Uma vez que
o computador sabe quantos pedidos
e quantas linhas o separador de pe-
didos atende, são gerados relatórios
de produtividade de mão-de-obra de-
A separação de pedidos
pode ser a atividade
com mão-de-obra
mais intensiva em
seu armazém
talhando as linhas e os pedidos por
hora. Com os novos dados, a gerên-
cia consegue quantificar os funcio-
nários, bem como identificar as ne-
cessidades de treinamento.
Pelo fato do sistema saber a fre-
qüência com que um item é separa-
do de um determinado local, a velo-
cidade ou as freqüências dos rela-
tórios das separações ficam dis-
ponibilizadas. Com os novos dados,
a gerência consegue gerenciar e
locar as caixinhas de forma pró-ati-
va, relocando os itens de giro mais
rápido e os de giro mais lento.
Para as empresas que desejam
aumentar a produtividade da sepa-
ração dos pedidos, melhorar a
acurácia dos pedidos, simplificar o
treinamento e reduzir os custos de
mão-de-obra, o carrinho de sepa-
ração em lotes direcionada por luz
com RF oferece uma solução eco-
nômica, fácil de implementar e pro-
porciona rápido retorno de inves-
timento, em geral menos de seis
meses.
81março 2008 |
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO PARTICIPANDO
DO CURSO “TÉCNICAS E MÉTODOS DE SEPA-RAÇÃO DE PEDIDOS”, REALIZADO PELA
UNIMAM NO DIA 16 DE MAIO DE 2008.
separacao por luz.p65 27/2/2008, 14:4181
| março 2008 82
Em focoJá existem empilhadeiras que utilizam células
de combustível como fonte de energia princi-
pal. A questão é: quando esta tecnologia estará
disponível para uso em massa?
A energia do
hidrogênioFabricantes vêm
tentando utilizar
o hidrogênio como
fonte de energia
viável desde
o início do
século 19, mas
as tecnologias
concorrentes
e suas próprias
limitações estão
protelando seus
esforços
COM O NOVO MILÊNIO,surge uma nova oportu-
nidade para a energia do
hidrogênio e um recome-
ço, em grande parte graças às aplica-
ções na movimentação de materiais.
Embora tenha havido muito sensaci-
onalismo sobre fontes alternativas de
energia e como elas mudarão o mun-
do automotivo em uma outra gera-
ção, hoje estão sendo colocadas vári-
as tecnologias de células de combus-
tível para funcionar nas fábricas e cen-
tros de distribuição, embora a maio-
ria seja de forma experimental.
A Toyota, por exemplo, saiu na
frente com um protótipo de
empilhadeira movido a células de com-
bustível, o FCHV-F. A Toyota está
hidrogenio cortes.p65 28/2/2008, 18:2582
83março 2008 |
pesquisando e desenvolvendo ativa-
mente tanto a tecnologia híbrida de
células de combustível de hidrogênio
quanto a de gasolina. A decisão so-
bre quando ou se estas tecnologias
serão introduzidas será tomada no
devido tempo com base na aceitação
e na disponibilidade destas tecnologias
no mercado.
A Hydrogenics implementou cé-
lulas de combustível ativadas por hi-
drogênio em duas empilhadeiras da
Hyster que foram usadas nas opera-
ções do dia-a-dia durante três meses
em uma fábrica de automóveis da GM
no Canadá. As empilhadeiras eram
modelos movidos à bateria e foram
convertidas para tecnologia de hidro-
gênio com uma unidade de energia
híbrida de células de
combustível colocada
no compartimento de
bateria existente. Foi
incluído contrapeso
adicional nos veículos,
já que a bateria fazia
parte do contrapeso.
O hidrogênio foi
gerado no local graças
ao equipamento de re-
a b a s t e c i m e n t o
HySTAT que produz
hidrogênio através da
eletrólise, dividindo as
moléculas de água em
oxigênio e hidrogênio.
Na GM, este proces-
so ocorreu dentro do prédio da manu-
fatura. A Hydrogenics também forne-
ceu suas unidades de energia de células
de combustível a outras fabricante de
empilhadeiras como Still.
No geral, os especialistas concor-
dam que as células de combustível de
hidrogênio estarão acionando as
empilhadeiras antes dos automóveis.
Entretanto, seja para o mercado de
movimentação de materiais, seja para
o mundo automotivo, existem vários
obstáculos a superar antes que o hi-
drogênio possa ser facilmente arma-
zenado e distribuído.
Executivos da Linde Material
Handling salientam que embora seja
certo que o uso atual dos combustí-
veis fósseis como principal energia
mudará, isto poderá levar muitos
anos. As empilhadeiras movidas a di-
esel e GLP são o sustentáculo da mo-
vimentação de materiais nas aplica-
ções industriais externas e isto pro-
vavelmente continuará por um futu-
ro previsível, não haverá uma grande
explosão com respeito à introdução
de energias alternativas.
Serão desenvolvidos vetores de
energias renováveis e usados em pa-
ralelo com as fontes de energia de
combustível fóssil ‘negro’. Enquanto
isso, embora os combustíveis
ambientalmente mais corretos sejam
desenvolvidos para uso comer-cial, é a
tecnologia híbrida que assumirá po-
sição de destaque.
As empilhadeiras a
células de combustível
exigem mínima re-
carga e significativa-
mente menos manu-
tenção do que as empi-
lhadeiras elétricas,
cujas baterias devem
ser periodicamente
carregadas, reabas-
tecidas de água e
substituídas. Além dis-
so, o sistema híbrido de
células de combustível
garante fornecimento
de combustível e de-
sempenho constan-
tes, eliminando a redução de tensão
na saída quando as baterias descar-
regam. Atualmente, os custos dos
materiais das pilhas de células de
combustível são elevados e o ciclo
de vida destas pilhas não está a um
nível aceitável: as empresas que ado-
tarem esta nova tecnologia preci-
sarão instalar tanques de combus-
tível de hidrogênio e postos de
reabastecimento. E esta infra-estru-
tura pode sair caro.
Os pesquisadores concluíram que
os carrinhos hidráulicos são atualmen-
te mais competitivos para as aplicações
com células de combustível do que as
empilhadeiras com operador a bordo.
83março 2008 |
Não se pode deixar
em despercebido o fato
de que, por exemplo,
a armazenagem
do hidrogênio em alta
pressão será um desafio
para a área
de engenharia. Por isso,
as opiniões diferem
quanto ao provável
prazo de adoção
hidrogenio cortes.p65 28/2/2008, 18:2583
| março 2008 84
Nas empilhadeiras com operador
sentado, o modelo a células de com-
bustível foi ligeiramente mais caro
para operar do que sua contraparte
operada por bateria. Os cálculos leva-
ram em conta o valor líquido atual do
custo total de propriedade e de ope-
ração do sistema ao longo de um ci-
clo de vida de 15 anos com os custos
do hidrogênio a US$ 5 por kg. O cus-
to da empilhadeira com operador sen-
tado, movida a células de combustí-
vel, foi de US$ 129.118. O custo da
empilhadeira com operador sentado,
movida por duas baterias, foi de US$
115.631. O custo do transpalete elétri-
co movido por duas baterias foi de US$
145.193. O custo do modelo a células
de combustível foi de US$ 76.075.
Como os transpaletes usam célu-
las de combustível menores, o custo
da substituição das células de combus-
tível teve menor impacto no custo do
ciclo de vida ao longo de 15 anos. Além
disso, o custo da troca das baterias
tem um impacto significativo na
competitividade das células de com-
bustível contra as alternativas a ba-
teria. Resultado final: maiores custos
de mão-de-obra e longos tempos de
substituição das baterias tornam as
células de combustível mais atrativas.
Onde o setor conseguirá chegar da-
qui para frente?
Os fabricantes precisam focar na
durabilidade das células de combustí-
vel para que os proprietários não te-
OS COMPONENTES DA CÉLULA DE COMBUSTÍVEL (PILHA DE CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL, TANQUE
DE HIDROGÊNIO DE ALTA TEMPERATURA, ETC.) DA EMPILHADEIRA FHCV-F DA TOYOTA SÃO
MONTADOS EM UMA ÚNICA ESTRUTURA MODULAR TIPO CARTUCHO QUE PODE SUBSTITUIR AS BATERIAS
NOS MODELOS ELÉTRICOS
nham que substituí-las com freqüên-
cia, apontam alguns especialistas. A
questão da durabilidade virá da
melhoria da vida útil das membranas
e as economias de produção virão da
redução da quantidade de platina en-
contrada nas células de combustível.
A célula de combustível carrega a
carga básica contínua. Em um carro,
o híbrido envolve uma bateria e um
motor que liga e desliga dependendo
de quando ele é necessário. Em uma
empilhadeira, que tem uma carga flu-
tuante quando o veículo está em uso,
o mesmo é válido. Não é possível se
livrar das baterias, mas pode-se ter
uma fonte eficiente de combustível de
energia elétrica estável para recarga
dessa bateria ou até mesmo para li-
geira suplementação quando ela tiver
que fornecer alguma potência.
Gerenciando
o combustível
Isto nos traz a um dos problemas
mais cruciais para que as células de
combustíveis funcionem nos centros
de distribuição e fábricas dos Esta-
dos Unidos: a infra-estrutura do hi-
drogênio. Ela se resume em duas es-
tratégias: fabricar ou comprar. Mark
Schiller, vice-presidente de desenvol-
vimento de negócios da Proton
Energy Systems, vê os centros de
distribuição como o próximo merca-
do-alvo de sua empresa para o consu-
mo de hidrogênio.
| março 2008 84
hidrogenio cortes.p65 28/2/2008, 18:2584
85março 2008 |
A tecnologia da Proton usa a ele-
trólise para gerar hidrogênio da água.
A empresa está procurando viabilizar
a sua tecnologia central de geração de
hidrogênio para o abastecimento de
empilhadeiras e aplicações de energia
de reserva que usam fontes renováveis
de energia tais como a solar e a eólica.
Para atender a este mercado,
Schiller conta que a Proton está se
preparando para produzir mais de 100
quilogramas de hidrogênio por dia. O
usuário ideal seria um armazém com
150 empilhadeiras ou mais. Esta frota
usaria entre 150 e 220 quilogramas de
hidrogênio por dia em três turnos. Cada
empilhadeira exigiria dois reabasteci-
mentos a cada 24 horas de operação.
A Proton conta com a Cellex e a
General Hydrogens para argumentar
a favor das células de combustível nas
empilhadeiras. Ela também trabalha
com os usuários finais para convencê-
los de que a fabricação de hidrogênio
no local faz sentido.
Outras entidades estão dedicando
recursos para tornar segura essa
transição para uma infra-estrutura do
hidrogênio. A Edison Materials
Technology Center, patrocinou o tra-
balho em um sensor de hidrogênio.
Pelo fato do hidrogênio ser inflamá-
85março 2008 |
volução dos combustíveis nos equipa-
mentos de movimentação de materiais.
Assim como em qualquer tecno-
logia emergente, o ritmo das mudan-
ças é rápido e tempestuoso, porém
com a tecnologia de células de com-
bustível é óbvio que este não é o caso
de ‘se’, mas ‘quando’.
Mas quando esse caso das células
de combustível de hidrogênio parecer
claro, deveremos considerar mais o
seguinte: os veículos movidos a hidro-
gênio podem ser limpos no que diz
respeito às emissões, porém quando
o próprio hidrogênio é gerado (seja
do gás natural, da água ou de qual-
quer outro composto adequado), o car-
bono ainda é produzido. A solução defi-
nitiva seria extrair o hidrogênio usan-
do eletricidade extraída de fontes
renováveis tais como energia solar,
eólica ou das ondas. Até lá, ironicamen-
te, a produção deste combustível ver-
de continuará a aumentar a nuvem ne-
gra. E esta parece crescer cada vez mais.
O ritmo das mudanças é
rápido e tempestuoso,
porém com a tecnologia de
células de combustível
é óbvio que este não é o
caso de ‘se’, mas ‘quando’
vel, até as pequenas concentrações
devem ser detectáveis.
Os fabricantes de empilhadeiras só
estão começando a mostrar as car-
tas no que diz respeito às células de
combustível de hidrogênio e as técni-
cas híbridas. Este é claramente só o
começo do que poderia ser uma re-
hidrogenio cortes.p65 28/2/2008, 18:2585
| março 2008 86
LLLLLOGÍSOGÍSOGÍSOGÍSOGÍSTICTICTICTICTICAAAAA S S S S SUSUSUSUSUSTENTTENTTENTTENTTENTÁÁÁÁÁVELVELVELVELVEL
POR UM MUNDO MELHOR
PROJETODESPOLUIRavança em
2008
Reduzir a emissão poluentes das
frotas de caminhões que circulam no
país é o principal objetivo do Despoluir
- Programa Ambiental da Confede-
ração Nacional do Transporte. Atual-
mente, 19 estados têm o Despoluir
implementado. O programa já atendeu
888 empresas e realizou 21.261
aferições até o fim de 2007.
O Despoluir promove o uso de
energia limpa pelas empresas de
transporte e caminhoneiros autôno-
mos e estimula a adoção de normas
ambientais relativas às emissões de
poluentes por veículos.
As unidades do Despoluir são
equipadas com opacímetros (equi-
pamentos que analisam a fumaça
emitida por motores a diesel) e
verificam a emissão de poluentes dos
veículos, com o objetivo de reduzir a
poluição e o gasto de combustível, con-
forme determina o Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama).
VOLKSWAGEN testa mistura
de 5% de BIODIESELBIODIESELBIODIESELBIODIESELBIODIESELA Volkswagen Caminhões e Ônibus está testando a mistura de 5% de biodiesel ao
diesel convencional em três caminhões VW Worker 26.260E da fabricante de concreto
Engemix em Barra Mansa (RJ).
Recentemente, o governo federal tornou obrigatória a adição de 2% de biodiesel ao
diesel convencional em todo o País, e determinou testes para a mistura de 5%, seguindo
recomendações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
(Anfavea).
Em Barra Mansa, os caminhões Volkswagen transportam concreto para a construção
civil, numa média de 2 mil quilômetros rodados por mês. Os testes no Sul Fluminense com
modelos da marca, equipados com motores eletrônicos, começaram em dezembro de
2007 e durarão um ano.
OURO VERDE desenvolve
programa SÓCIO-AMBIENTAL
Coleta SELETIVA na RAMOSA Ramos implementou uma série de medidas voltadas para o controle da poluição.
Em todas as unidades da empresa funciona o sistema de coleta seletiva do lixo que,
após passar por uma triagem inicial, é separado e encaminhado a empresas de reciclagem.
Materiais como papel, papelão e óleo são vendidos e o lucro é revertido para o Grêmio
Recreativo na própria empresa (SP), que reinveste o valor em benefícios para os colabo-
radores.
Os pneus inutilizados são encaminhados a uma usina de produção, que os utiliza na
composição do asfalto, tornando-o mais durável e menos agressivo aos veículos.
Para o futuro, a Ramos planeja a neutralização da emissão de carbono.
A Transportadora Ouro Verde e a Guardian do Brasil implementaram um projeto para
coleta e reciclagem de sucatas de vidros, geradas nas vidraçarias da região Sul do país.
O pátio da Ouro Verde, em Curitiba (PR), dispõe de uma usina de reciclagem de
vidros. As vidraçarias mantém as sucatas em recipientes apropriados para a Ouro Verde
realizar as coletas. Estas ocor-
rem duas vezes por semana, em
um veículo específico. Periodica-
mente a sucata é transportada
para a cidade de Porto Real (RJ),
sede da empresa Guardian do
Brasil, onde o material é
reaproveitado. São transporta-
das 27 toneladas de sucata de
vidro por viagem realizada, che-
gando a 250 toneladas por mês.
log responsavel 210.p65 27/2/2008, 15:0686
87março 2008 |
Qual o graude segurança
de suas estruturasporta-paletes?
São muitas as ameaças à segurança desses equipamentos
Em focoExistem muitas áreas de um processo de
armazenagem onde a segurança é crítica.
Siga as recomendações do texto e mante-
nha a segurança.
AS IMAGENS DESTA REPOR-tagem provavelmentelembrarão a maioria dosleitores sobre aspectos
que se vê com muita freqüência, nor-malmente em armazéns ou instalaçõesde estocagem.
O que provoca este tipo de avaria?Bem, as principais ameaças à seguran-ça das estruturas porta-paletes são:
a) Mudança dos níveis das vigassem analisar o efeito da carga sobrea estrutura. Geralmente, quanto mais
alta a posição do primeiro nível deviga, menos carga a estrutura supor-tará.
Portanto, antes de mudar as posi-ções das vigas, deve-se consultar o fa-bricante ou fornecedor para confir-mação (por escrito) de que a mudan-ça proposta é aceitável e dentro da ca-pacidade da estrutura. (Ver Figura 1).
b) Vãos livres de movimentaçãoinadequados entre as cargas dospaletes e a estrutura, entre as cargasdos paletes e a parte de baixo da viga
e entre as próprias cargas paletizadas.É padrão especificar um vão livre mí-nimo de 75 mm. Entretanto, quantomaior o vão livre, mais segurança paraa operação.
| março 2008 87
seguranca nas estruturas cortes.p65 27/2/2008, 19:0387
| março 2008 88
As cargas estocadas forçadamentenas estruturas porta-paletes provoca-rão danos às colunas e ou às traves-sas de reforço da estrutura.
As cargas paletizadas, com menosde 75 mm de vão livre entre a partede cima da carga e o lado de baixo daviga logo acima, fazem com que a vigaseja desencaixada ao se tentar remo-ver um palete. (Ver Figura 2).
c) A atitude das pessoas às estru-turas porta-paletes e à aceitação dasavarias. Muitos operadores de empi-lhadeiras e gerentes de armazém pres-supõem que existe um fator de segu-rança projetado para o equipamento.
É claro que existe tal fator de se-gurança, porém fatores de segurançapressupõem a perfeição, que os com-ponentes se mantenham livres de ava-rias, que os paletes sejam posicionadoscorretamente nas vigas e que a insta-lação não tenha sido desviada de seuprojeto original.
Alguém também poderá dizer:“essa coluna vem sendo danificada hámuito tempo”. Isso até pode ser, po-rém você consegue dizer quando elaruirá por completo ou provocará umgrande acidente?
Qualquer avaria aos componentesdas estruturas porta-paletes reduz suacapacidade de carga. A avaria enfra-quece progressivamente a estruturaaté finalmente ela desmoronar mes-mo sustentando apenas uma carga detrabalho normal.
d) Travas de segurança não ins-taladas nas vigas. São componentesde baixíssimo custo, porém em ter-mos de segurança elas talvez sejamas mais importantes. A omissão ficapor sua conta e risco! A trava de se-gurança é destinada a evitar que a vigasobre uma carga de palete seja levan-tada verticalmente e desencaixada pelacarga, por baixo. Imagine se a travade segurança não fosse instalada: dois- talvez três - paletes de 1.000 kg ca-indo da estrutura porta-paletes. Es-tes acidentes podem matar, por issoas travas de segurança devem ser ins-taladas.
e) Operadores de empilhadeira.Sem dúvida, eles provocam a maioria
das avarias aos componentes da es-trutura porta-paletes e raramente pa-recem conscientes das conseqüênci-as. Certamente, os conscientes tomammais cuidado e, o que é mais impor-tante, relatam qualquer incidente aseus supervisores ou gerentes.
Pode-se argumentar que o treina-mento de operadores de empilhadeirasexistente deva ser expandido para in-cluir aspectos tais como operações evãos livres para movimentação e asconseqüências dos danos nas estru-turas porta-paletes.
As seções com paredes finas elaminadas a frio, das quais são feitasos componentes das estruturas por-ta-paletes, são totalmente diferentes
Figura 1 - Capacidade de carga da estrutura
O AUMENTO
DOS CENTROS ENTRE
VIGAS REDUZ
A CAPACIDADE
DE CARGA
DA ESTRUTURA
A alturados paletes
ao níveldo piso
aumentoupara
1325 mm
Alturados paletes1025 mm
Capacidade totalda estrutura = 8000 kg
Capacidade residualda estrutura = 7200 kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
1000Kg
100% 85 a 90%
1200
1200
1200
1200 12
0012
0012
0015
00
Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service
seguranca nas estruturas cortes.p65 27/2/2008, 19:0488
89março 2008 |
das seções laminadas a quente de sus-tentação de prédios que vemos todosos dias. Uma empilhadeira em direção
à coluna de um prédio resultará emsérias avarias à empilhadeira e ao ope-rador. Inversamente, 4,5 toneladas de
Figura 2 - Vãos livres para movimentação
ALTURAS DA VIGA
C
A B A
DIMENSÕES A B C
Até 3000 mm 75 75 75
3000 - 6000 mm 75 75 100
6000 - 9000 mm 100’ 100’ 125’
9000 - 12000 mm 100’ 100’ 150’
empilhadeira colidindo com uma es-trutura porta-paletes poderá resultarno desmoronamento dessa estrutura.
f) Limpeza e organização deficien-tes não significa que temos que polire tirar a poeira.
É extremamente importante ga-rantir que os paletes ou contentoressobre rodas não sejam abandonadosnos corredores, pois eles reduzem oespaço de operação das empilhadeiras.O resultado em geral é uma colisãocom um componente da estruturaporta-paletes, provocando avarias oupossíveis desmoronamentos.
Detritos deixados nos corredorespodem causar acidentes não apenasenvolvendo os equipamentos mecâni-cos de movimentação, mas tambémos pedestres que podem tropeçar ouescorregar. Por exemplo, um aciden-te ocorre onde uma empilhadeira foijogada para fora de seu curso devidoa um pedaço de filme termo-retrátildeixado no corredor. Quando a
ESTAS DIMENSÕES PODEM AINDA
SER REDUZIDAS EM DETERMINA-
DAS CIRCUNTÂNCIAS,
POR EXEMPLO, EM OPERAÇÃO
DE ESTOCAGEM AUTOMÁTICA
Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service
89março 2008 |
seguranca nas estruturas cortes.p65 27/2/2008, 19:0489
| março 2008 90
empilhadeira passou sobre a área, o
operador perdeu o controle e a empi-
lhadeira foi de encontro à estrutura
porta-paletes, provocando sérias ava-
rias à coluna da estrutura.
g) Estabilidade da carga e condi-
ções do palete são também fatores
importantes para o fornecimento de
um local de trabalho seguro.
A blocagem é um método de
estocagem normalmente utilizado, po-
rém tem havido várias situações onde
os paletes desmoronaram e por pou-
co não atingem as pessoas. A pilha
deve se manter reta e adequada para
manter a segurança da blocagem. De-
verão ser realizados cálculos para o
estabelecimento que o palete de baixo
possa sustentar o palete ou os paletes
de cima. Cargas de paletes instáveis
não devem ser blocadas. Esta é uma
afirmação óbvia, porém regularmen-
te ignorada.
A condição e a estabilidade da car-
ga do palete dentro de estruturas por-
ta-paletes é igualmente importante.
Um palete sobre o outro susten-
tado por uma viga não é aceitável
exceto se existir um sistema de tra-
balho para garantir que a capacidade
de carga na viga não seja ultrapassa-
da. (Ver Figura 3).
A condição do palete também é im-
portante. Paletes danificados não de-
vem ser empregados em estruturas
porta-paletes ou em blocagem.
h) Qualidade dos reparos das es-
truturas porta-paletes. Já dissemos
que as estruturas porta-paletes devem
ser inspecionadas e mantidas regular-
mente e que o que ameacem o uso
seguro das instalações de estruturas
porta-paletes deve ser eliminado. Mas
o que dizer do reparo das estruturas
porta-paletes?
Como regra geral, todos os com-
ponentes danificados das estruturas
porta-paletes devem ser substituídos
por outros iguais, exceto se o fabri-
cante aconselhar ao contrário e por
escrito.
O corte das seções danificadas e a
junção em outra seção não é um re-
paro aceitável e nem a soldagem de
seções diferentes.
Certifique-se de que seu repara-
dor/instalador seja um profissional
competente.
Obviamente, pressupomos que a
equipe de reparo das suas estruturas
porta-paletes seja competente. Veri-
fique se ela é de fato.
i) Características dos vãos: deve-
se afixar informações sobre as estru-
turas porta-paletes, na forma de avi-
sos de dados da carga no final de cada
fileira de estruturas porta-paletes.
Eles informam claramente não só as
capacidades máximas das vigas, mas
também as capacidades máximas das
estruturas porta-paletes e a altura até
o primeiro nível de viga.
Estes avisos devem ser providen-
ciados para todas as novas instalações,
preferencialmente pelo fabricante.
Orientações
conclusivas
Existem muitas áreas de um pro-
cesso de armazenagem onde a segu-
rança é crítica. A seguir um resumo
das principais áreas:
• Na compra de equipamentos, ga-
ranta que eles sejam projetados e
instalados de acordo com as nor-
mas de segurança;
• Antes de alterar suas estruturas
porta-paletes, consulte o fabrican-
te ou fornecedor para garantir que
essa alteração seja segura;
• Estude a possibilidade de aumentar
os vãos livres para movimentação;
• Treine os operadores das empilha-
deiras em como lidar com elas e
as conseqüências das avarias nas
estruturas porta-paletes;
• A instalação das estruturas por-
ta-paletes deve ser inspecionada,
pelo menos uma vez ao ano, de pre-
ferência totalmente independente
de qualquer fabricante, fornecedor,
instalador ou reparador e siga seu
conselho;
• Estabeleça um programa de ma-
nutenção preventiva para as estru-
turas porta-paletes e paletes, inclu-
indo um inspetor interno treinado
para reparar danos nas estruturas;
• Proteja a estrutura das avarias;
• A limpeza e conservação devem ser
mantidas com alto padrão;
• Os avisos de capacidade devem
ficar à mostra.
Figura 3 - Deflexão da viga
Deflexão
3000 mm
VãoDeflexão máxima =
200
As vigas que têm deflexão permanente foram supersolicitadas
e devem ser substituídas.
Exemplo 3000 mm de vão= 15 mm de deflexão máxima
200
Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service
seguranca nas estruturas cortes.p65 27/2/2008, 19:0490
anuncios.p65 28/2/2008, 18:019
| março 2008 92
Leveza
e economia
APESAR DE SER COMERCIALIZADO
há sete anos no Brasil, o
Winpack ainda não é
conhecido por todos. Trata-
se de um filme para cargas paletizadas
que tem como principais características
a resistência, maior retenção da carga e
qualidade na aplicação, além de não
requerer a utilização de aparelhos ou
equipamentos específicos para aplicação.
“O Winpack se encaixa na mesma
classificação que os filmes stretch
(esticáveis) e o shrink (encolhíveis), mas
tem características próprias”, afirma o
diretor comercial da AG Remy, que
fabrica e comercializa esse filme no
Brasil, Plínio Marcos da Silva. “Entre
elas destacam-se a resistência a avarias
no transporte, diminuindo a perda dos
rolos, e o fato das bobinas serem mais
leves não exige esforço físico para
aplicação, o que permite o uso da mão-
de-obra feminina”, completa.
Concorrente
dos filmes stretch
e shrink, Winpack ganha
boa aceitação no mercado
Outra característica do Winpack é
ser ideal para aplicação a baixas
temperaturas, onde a retenção da carga
permanece inalterada, ao contrário do
filme stretch, que “vidra” e impede a
paletização. O Winpack se ajusta
completamente à carga e tem
durabilidade de seis meses.
A economia é a característica mais
citada pelos usuários: utiliza-se menos
plástico para fazer a proteção de uma
carga. De acordo com o gerente de
logística da Mega Forte, Marcílio de
Moura, a empresa obteve redução de
30% nos custos. “Os benefícios foram
em todos os sentidos: o filme é bem
mais fácil de manusear devido ao peso
da bobina, que é mais leve. Gasta-se
menos filme para obter o mesmo
resultado”, afirma.
O Pão de Açúcar realizou alguns
testes práticos com o Winpack, tanto
na área resfriada frigorificada quanto
na carga seca. Como os resultados
atenderam às expectativas, foi feito um
piloto. “Fizemos uma compra grande
para medirmos realmente o
resultado, não só financeiro mas
também o operacional”, explica o
gerente de armazenagem, Maurício
Paniquar. “Obtivemos uma redução
de custos de 30%: tivemos a
satisfação dos colaboradores da área
com relação ao manuseio do produto.
Tivemos uma redução de perdas em
função das outras bobinas se
danificarem muito facilmente
quando caiam no chão e conseguimos
garantir que o produto continue
chegando com qualidade às lojas. O
palete é colocado dentro de um
caminhão que oscila muito, e o
produto tem de chegar bem agrupado
nas lojas”.
O gerente de qualidade da ID
Logistics no Brasil, Marcos Eduardo
de Albuquerque Oliveira, utiliza o
filme da AG Remy há quatro anos. “O
produto tem rendimento de 10 a 15%
superior e deu à empresa um ganho
médio de produtividade de 15% em
relação ao stretch, uma vez que é muito
fácil de manusear”, afirma Marcos. “Se
houver um rompimento no filme, ele
não se prolonga”.
O operador logístico atua no
principal centro de distribuição do
Carrefour e garante que o Winpack
tem boa elasticidade. “Temos uma
heterogeneidade de itens embalados
com o filme da AG Remy, desde
produtos de perfumaria a elétrico-
eletrônicos e o produto funciona muito
bem” conclui.
Ag remy.p65 28/2/2008, 18:0092
93janeiro 2008 |
IIIII N T E R N A C I O N A I SN T E R N A C I O N A I SN T E R N A C I O N A I SN T E R N A C I O N A I SN T E R N A C I O N A I S
Empilhadeira a
COMBUSTÃOA MIC [Fone: ++ 49 40 6948-1503]
tem em seu portfólio empilhadeiras a
combustão a diesel e GLP com motores
robustos, estabilidade de operação con-
ceito ergonômico cuidadosamente plane-
jado. O motor funciona com o princípio
de câmara de pré-combustão – a combustão suave ocorre com gases de exaustão limpos,
sem teor de fuligem visível. As empilhadeiras têm capacidade de até 3.500 kg, baixa
emissão de ruídos e realiza empilhamentos até 5 metros.
MANIPULADOR de cargasA Schmalz [Fone: ++ 49 0 7443 2403 0]
oferece equipamentos para manipulação de
cargas com controle de válvulas solenóides,
dispositivos de sucção e válvulas de verifica-
ção de segurança. Para aplicações onde são
necessários pontos variados de sucção, como
por exemplo, a manipulação de caixas de pa-
pelão, é possível ajustar os módulos de suc-
ção para realizar a pega e a movimentação.
Como opcional a empresa oferece sistemas de controle de pressão para minimizar o uso
de ar comprimido quando em manuseio de cargas não porosas.
MESA elevatóriaCom posicionamento preciso e repetitivo,
a mesa elevadora Aero-Lift da AeroGo
[Fone: +1 206 575-3344] move cargas pesadas
de forma segura e ergonômica. A mesa elevadora
combina o posicionamento com um elevador
do tipo tesoura vertical ajustável, oferecendo
aos operadores movimentação contínua durante
as atividades. A mesa protege a carga durante a
operação e pode ser usada como isolador de vibrações em algumas aplicações.
PALETIZADORESde alta
velocidadeO modelo TT-H50I faz a paletização de cai-
xas, sacarias e bandejas até 50 unidades por
minuto. Desenvolvido pela Top Tier [Fone: ++
1 (503) 353-7388], tem uma estrutura que abas-
tece os paletes abaixo da mesa. Está disponível com dispensador automático de paletes,
painéis automáticos ou inserções de liners, concomitante a sistemas de aplicação de
filmes esticáveis e etiquetagem.
NNNNN O V I D A D E SO V I D A D E SO V I D A D E SO V I D A D E SO V I D A D E S
93março 2008 |
internacionais 210.p65 28/2/2008, 18:2093
| março 2008 94
Quando o homemé o elo mais fracoNa elevação e transferência de cargas, não é apenas a carga o
alvo de atenção durante as atividades
GUINDASTE VEICULAR É
como um guindaste mo-
torizado composto de
uma coluna que gira em
torno de uma base com um sistema
de lança fixado no topo da coluna. O
guindaste normalmente é montado
sobre um veículo (incluindo platafor-
ma) e é destinado a carga e descarga.
Embora os guindastes veiculares
tornem a carga e a descarga mais fá-
ceis, mais rápidas e mais seguras do
que um veículo sem esse equipamen-
to, riscos existem. Eles ocorrem prin-
cipalmente quando o operador está:
• Operando o guindaste.
• Dirigindo o veículo;
• Acessando locais com desvíveis;
Operando o guindaste
Existem dois principais riscos ao
se operar o veículo: a segurança dos
estabilizadores e do guindaste propri-
amente dito. Se um guindaste vei-
cular é equipado com dispositivos de
travamento para prender cada
estabilizador (seja com um ou dois dis-
positivos separados), o operador do
guindaste deve usá-los conforme des-
crito no manual de operação. A res-
ponsabilidade por esta medida sem-
pre será do operador do guindaste.
O uso dos estabilizadores é uma
parte da fixação das cargas que um
motorista de caminhão tem que reali-
zar várias vezes ao dia. Este procedi-
mento deve ser conhecido, fácil e na-
tural para ele.
Quando o sistema da lança de um
guindaste veicular tiver que ser man-
tido na plataforma de carga ou no topo
da carga durante o transporte, deve-
seguranca outro.p65 28/2/2008, 18:2294
95março 2008 |
É praticamente impossível
para os proprietários
monitorarem os operadores
no local. A única solução
e o treinamento contínuos
rá existir um dispositivo de alerta dealtura.
Normalmente, ao passar sob umaponte baixa, a lança pode atingir a pon-te e o guindaste e a carga serãoprojetados para fora do veículo. Quemé o responsável pela eliminação desterisco: o fabricante, o prestador de ser-viço ou o embarcador? O fabricantedeve eliminar ou reduzir os riscos aomáximo. Em seguida, ele deve adotaras medidas de proteção necessáriasem relação aos riscos que não pos-sam ser eliminados. Finalmente, eledeve informar os usuários dos riscosresiduais.
O risco de atingir uma ponte podenão ser eliminado, mas reduzido coma instalação de um dispositivo de aler-ta de altura. Então, de quem é estaresponsabilidade?
A obrigação é responsabilidade dofabricante projetar e construir o guin-daste veicular de tal forma que o sis-tema da lança poderá ser deixado na
plataforma de carga. É res-ponsabilidade do pres-
tador de serviço, transportadoras everificar se o fabricante entregou umguindaste sem um dispositivo de alertade altura - o prestador de serviço vaicompletar este guindaste. Além dis-so, o instalador deve acrescentar in-formações sobre o dispositivo de aler-ta de altura no manual de operação,pois ele pode acrescentar um disposi-tivo indicador e mudar o uso do guin-daste.
rio do veículo deverá ir até uminstalador autorizado e solicitar ainstalação de um alerta de altura.
Acessando os locais
de controle
Muitos guindastes veiculares sãoequipados com uma estação de con-trole elevada, como por exemplo,um assento alto ou plataforma. Ooperador tem que subir no veículopara usar o guindaste e, em segui-da, descer.
Tropeços, escorregamentos e que-das são acidentes típicos. Um em cadatrês acidentes envolve estas quedas deum veículo. Os motivos destes aciden-tes são:• Acesso inadequado e/ou;• Iluminação inadequada;
A responsabilidade pelo acessoadequado fica por conta do instalador.Todos os instaladores conhecem asexigências quanto à segurança nosdegraus e escadas? Talvez alguns fa-bricantes devam garantir que seusinstaladores estejam mais familiariza-dos com a normas de segurança.
O ponto decisivo ainda está nochamado ‘três pontos de apoio si-multâneo’ de cada acesso: as duasmãos e um pé ou os dois pés e umamão. É claro que a responsabilida-de pelo uso do acesso é do operadordo guindaste. Sabemos que muitosacidentes acontecem por causa dossaltos ou subidas sobre a roda ou cubo
da roda em vez do uso do acessodesignado.
Se o instalador entregar um guin-daste veicular sem o alerta de alturae a tansportadora quiser deixar osistema da lança na plataforma decarga por qualquer motivo, é obri-gação da transportadora instalar umdispositivo de alerta de altura. En-tretanto, ele é proibido de fazer isso,pois o manual da operação diz queesta é uma condição de trabalho
para a qual o guindaste nãopoderá ser usado. Por
isso, o proprietá-
Em focoFabricantes de guindastes vei-
culares, bem como empresas
usuárias e operadores dividem
as responsabilidades na ope-
ração correta, instalação de re-
cursos de segurança e
monitoramento do uso e ope-
ração. O treinamento contínuo
é o fator crítico para a manu-
tenção da segurança.
seguranca outro.p65 28/2/2008, 18:2395
| março 2008 96
Operando guindastes
Ao operar um guindaste veicu-
lar, a estabilidade é extremamente
importante para a segurança no
trabalho. Para o operador, a esta-
bilidade depende principalmente:
• Da operação dentro da curva de
carga;
• Da correta utilização dos esta-
bilizadores;
• De um piso firme;
• Do veículo na horizontal ou na
inclinação permissível.
Os inspetores de segurança sus-
tentam constantemente a idéia do
reforço da segurança ao máximo.
Segundo eles, e até o momento pa-
rece completamente verdade, o ho-
mem ainda é o elo mais fraco de
todo o sistema.
Os níveis de responsabilidade
Para o aumento da segurança em guindastes veicular em caminhões são necessá-
rias:
• Os fabricantes devem estar sempre cientes da hierarquia de segurança, come-
çando pela eliminação ou redução ao máximo dos riscos na etapa de projeto.
• Os proprietários dos veículos devem assumir suas responsabilidades pelo trei-
namento, treinamento e mais treinamento de seus operadores.
• É muito importante que o fabricantes e o instaladores consigam provar - por
exemplo, através da nota fiscal de venda e da documentação do guindaste,
quais recursos especiais o proprietário solicitou e quais foram instalados na
época da aquisição ou locação. Isto será especialmente importante após um
acidente.
| março 2008 96
seguranca outro.p65 28/2/2008, 18:2396
97março 2008 |
TTTTTESTEESTEESTEESTEESTE SEUSEUSEUSEUSEU
CCCCC O N H E C I M E N T OO N H E C I M E N T OO N H E C I M E N T OO N H E C I M E N T OO N H E C I M E N T O
34º teste - Planejamento dos Recursos de Capacidade (CRP)
1. Qual das afirmações a seguir se aplica ao CRP (“capacityrequirements planning”)?a) É uma operação independente; que não depende de outras
atividades de planejamento e controle.b) Pode ser usado para identificar as condições de sobrecarga
provocadas pelos planos de produção.c) Contribui para a redução do “lead time” inconstante.d) É mais usado normalmente na produção sob encomenda.
2. Qual das alternativas a seguir é uma informação de entra-da para o CRP?a) Relatório de carga por ordem de serviço.b) Programa revisado das liberações dos pedidos para manufa-
tura.c) Dados de disponibilidade de estoque.d) Programa de manutenção preventiva.
3. Qual das alternativas a seguir é uma informação de saídado CRP?a) Dados para roteirização;b) Relatório de carga da ordem de serviço;c) Programa de manutenção preventiva;d) Centros de trabalho sobrecarregados.
4. As alternativas para aumento da capacidade incluem:a) Acréscimo de turnos;b) Programação de horas extras;c) Acréscimo de equipamentos;d) Todas as anteriores.
5. Qual das alternativas a seguir descreve melhor o concei-to de capacidade infinita?a) A carga não permite que a capacidade seja excedida durante
o processo de acumulação.b) Ela suporta a programação progressiva, mas não a programa-
ção retroativa.c) Ela é mais complexa do que a carga finita.d) As cargas de cada período para um centro de trabalho são
acumuladas sem considerar a capacidade.
6. Qual das alternativas a seguir é uma vantagem do CRP?a) Oferece visibilidade distribuída no tempo sobre as diferen-
ças entre carga e capacidade.b) Exige pouco tempo de processamento do computador.c) Mostra claramente o efeito das revisões no programa-mes-
tre no alcance do equilíbrio.d) Se aplica igualmente a qualquer tipo de ambiente de produção
7. Em relação à flexibilidade da capacidade, quais das afir-mações a seguir são verdadeiras?I. A flexibilidade qualitativa se aplica às pessoas e não às
máquinas.II. A flexibilidade quantitativa das máquinas é afetada
pela flexibilidade qualitativa dos funcionários.III. A flexibilidade quantitativa é afetada pelo nível de uti-
lização.IV. A flexibilidade qualitativa é aumentada com o treina-
mento da força de trabalho occasional.a) I e II.b) II e III.c) II, III e IV.d) I, II, III e IV.
8. A aplicação da técnica de programação orientado à capa-cidade oferece quais dos resultados a seguir?I. Extensão do “lead time” uniformemente distribuída
para todos os pedidos.II. Cada pedido carregado é programado dentro de um
“lead time” mínimo.III. Máxima utilização dos centros de trabalho geralmen-
te bem utilizados.a) II.b) III.c) I e II.d) II e III.
9. Na programação do fluxo do processo, as seqüências deprocesso são programadas usando-se a programação re-troativa, a programação progressiva, ou a programaçãomista. Isto significa:a) É programado primeiro um estágio intermediário quando o
gargalo principal se move para um equipamento desse está-gio.
b) O primeiro estágio é programado em primeiro lugar.c) O último estágio é programado em primeiro lugar quando o
primeiro estágio é limitado apenas pelo abastecimento demateriais.
d) Qualquer destes métodos pode ser usado.
10. Identificando um conflito de sobrecarga de recursos oprogramador deve:a) Recusar o pedido de qualquer dos clientes.b) Permitir que um dos pedidos programados atrase e depois
resolver com os interessados.c) Instruir a produção para resolver o conflito por sua conta.d) Nenhuma das anteriores.
Repostas da edição anterior: 1,b; 2,d; 3,d; 4,b; 5,d; 6,a; 7,b; 8,b; 9,a; 10,b.
serie teste seus conhecimentos 210.p65 28/2/2008, 18:3597
| março 2008 98
dicas de separação
| março 2008 98
NA SEPARAÇÃO DE PEDIDOS OS TERMINAIS MÓVEIS E OS PCS QUE
operam com dados via rádio-freqüência são conectados no sis
tema de gerenciamento do armazém (WMS, “warehouse
management system”). Para identificar os produtos movimenta-
dos, os terminais utilizam um leitor de códigos de barras integrado ou podem
ser conectados a um leitor externo.
Função
O sistema de dados via rádio-freqüência deve cobrir toda a área do arma-
zém e permitir que todos os terminais móveis, portáteis e instalados nas
empilhadeiras se comuniquem com o sistema de gerenciamento. Qualquer mo-
vimentação do estoque é registrada em tempo real de modo que não há neces-
sidade de listas de separação impressas.
Benefícios
Devido a conexão “on-line” com cada terminal instalado nas empilhadeiras, o
sistema de gerenciamento do armazém consegue alocar o pedido da separação
diretamente ao operador de empilhadeira de acordo com sua posição dentro do
armazém naquele determinado momento. Isto reduz o número de viagens ‘va-
zias’ e leva ao incremento substancial da eficiência das empilhadeiras. Além
disso, a leitura dos códigos de barras do item e da posição de estocagem evita
erros durante o recebimento, relocação e abastecimento, bem como durante a
separação dos pedidos. Isto reduz drasticamente os erros de separação, por
sua vez, aumenta a acurácia das entregas e reduz os custos.
Terminais
móveisTerminais
móveis
dicas de separacao 210.p65 28/2/2008, 18:3398
SEQÜÊNCIA SUGERIDA PARA EXIBIÇÃO:
Ergonomia: Técnicas de Levantamento de
Carga
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Métodos Ergonômicos para Manuseio de
Materiais
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Uma Visão Lógica do Manuseio de Materiais
VID100 – 20 min. – R$ 150,00
Ergonomia e Segurança na MAM
VID059 – 20 minutos – R$ 150,00
Segurança e Ergonomia
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Proteção das Costas nas Atividades de
Manutenção
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O Fator Humano na Movimentação
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Treine e retreine
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Segurança nas Empilhadeiras Especiais para Estocagem e
Carrinhos Elétricos Porta-Paletes (Transpaleteiras)
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Regras para Operação de Empilhadeiras de Mastro Retrátil
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Sete Pecados Mortais: Acidentes Comuns com
Empilhadeiras
VID080 – 18 minutos – R$ 150,00
Reciclagem de Operadores de Empilhadeiras
VID128 - R$ 350,00
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
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1/3 dos Acidentes
envolve MAM
Ergonomia_Seguranca_anuncio.p65 25/2/2008, 16:481
movimat2008+seminarios.p65 22/2/2008, 10:111
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