REVISTA sindlocsp · 6 revista sindloc Em 10 de dezembro de 2012, foi publicada a lei nº 12.741, a...

Preview:

Citation preview

REVISTA

sp

saldo positivo na copa

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Em época de eleições, atenção aos detalhes no contrato de locação

Sindloc-SP realiza sua 1ª Convenção em agosto, na cidade de Itu

sindlocAno XVIII – Edição 159 – 2014

Ao contrário da seleção, setor comemora sucesso na locação nas cidades-sede durante quase todo o campeonato

Job: 20645-002 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 20645-002-Renault-Varejo-AnRv-Sindloc-210x280_pag001.pdfRegistro: 114842 -- Data: 19:07:06 11/04/2013

revista sindloc 3

EDITORIAL

A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Presidente: Alberto de Camargo VidigalVice-Presidente: Eladio Paniagua JuniorDiretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Consultor de Gestão: Luiz Antonio CabralConselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha JúniorProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Bete HoppeRedação: Ana Vasconcelos, Kátia Simões, Leandro Luize e Thalita FaccioloRevisão: Júlio Yamamoto

Diagramação: ECo Soluções em Conteúdo

www.ecoeditorial.com.br

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 -

piratininga@scritta.com.br

Impressão: Gráfica Revelação

Tiragem: 5 mil exemplares

Circulação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastrados

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23 Telefone: (11) 3123-3131

E-mail: secretaria@sindlocsp.com.brÉ permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

EXPEDIENTE

Fizemos a CoPa DaS CoPaS. Graças a nós, não a eles

No jornal alemão Der Spiegel, a bola em chamas caía como um meteoro sobre o Brasil. Os tabloides ingleses afirmavam que os torcedores arriscariam suas vidas se viajassem ao país na época da Copa do Mundo. Todos projetavam uma organização desastrosa, em razão do descaso e amadorismo do poder público. Mas a capacidade de improvisação do brasileiro e as ações bem-sucedidas da iniciativa privada dinamitaram as previsões trágicas.

Nos primeiros quinze dias de competição, o número de turistas em São Paulo foi quase o dobro do esperado. Nos estados das doze cidades-sede, o movimento foi de 270 mil estrangeiros nesse período. Desse total, 63 mil visitaram a capital paulista e devem proporcionar uma receita superior a R$ 1 bilhão para a cidade. E a grande maioria revelou-se surpresa com a qualidade de atendimento e das atrações disponíveis na metrópole. O funcionamento dos aeroportos está deixando pouco a desejar, especial-mente nos terminais mais agitados, como os de Guarulhos.

Antes que o governo federal pegue carona nesse sucesso, saiba que a ampliação estrutural neste ae-roporto foi resultado de um projeto da iniciativa privada. Entre os dias 11 e 16 de junho, que coincidiam com a abertura do Mundial e a estreia das principais seleções, São Paulo registrava 4,1% de atraso nos voos e 8,2% de cancelamentos, índices bem inferiores aos 15% estabelecidos pelas autoridades brasileiras.

Para a nossa presidente, o país está mostrando que a Copa tem de ser feita no padrão Brasil. Mas qual Brasil? Aquele que soube colher dividendos do evento e recebeu os turistas com excelência e hospitalidade ou o que entregou nem metade das intervenções previstas a um mês da competição e que, agora, atesta sua hipocrisia ao reconhecer a falha em mobilizar a iniciativa privada para bancar investimentos nos estádios?

E o que dizer da projeção de 1,16% de crescimento do PIB em 2014, contra 2,5% de 2013? Seria um dos poucos países-sede da Copa a obter um índice menor do que o do ano anterior ao da competição. Com esse número pífio, nosso governo não tem o direito de misturar o êxito da competição com política par-tidária e de utilizar o futebol como instrumento político. Visivelmente, a população está cansada do que aí está. Dilma Rousseff não teve sequer coragem de falar na abertura do torneio. Bastou por a cara para ser vaiada e xingada. Exageros e má educação à parte, temos nesses atos um retrato nítido da insatisfação.

A nós resta torcer e trabalhar para que os futuros governantes tenham a humildade de aprender com a iniciativa privada como se faz a coisa certa e benfeita. Diferentemente do governo atual, que joga a culpa em uma tal elite branca e afirma que governa para o povo, sem sequer dar ouvidos a ele.

Eladio Paniagua JuniorPresidente do Sindloc-SP em exercício

4 revista sindloc

sumáRIO

08 SEToRAvalie os reflexos da Copa do Mundo no desempenho das locadoras.

12 MERCaDoOportunidades e riscos para as locadoras em época de eleições.

aRTIGo22 Elogiar e agradecer afeta o sucesso pessoal e profissional.

PaRCERIa20 Aliança do Sindloc-SP com a Control Motors oferece vantagens as locadoras.

18Governo mantém o IPI reduzido até o fim do ano para tentar salvar indústria automobilística no segundo semestre.

ECoNoMIa

14 LÍDER SEToRIaLPara o presidente do Sindloc do Paraná, Flávio Nabhan, fusões e aquisições vão se tornar tendência no setor para ganhar produtividade.

revista sindloc 5

InfORmAçõEs úTEIs

A produção de veículos amargou uma redução de 16,8% no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2013, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veícu-los Automotores (Anfavea). Em junho, a produção total foi de 215,9 mil unidades, volume 33,3% menor que o do mesmo mês do ano passado. Com o fraco desempenho, a entidade reviu a expectativa para 2014 e agora projeta produção de 3,39 milhões de veículos, o que significa retração de 10% em comparação com 2013 – são mais de 400 mil unidades a menos do que a projeção anterior, que apontava melhora de 1,4% no ritmo das fábricas.

INDÚSTRIAA Anfavea reduz a expectativa de produção para 2014

Inflação do Carro registra queda

MANUTENÇÃO

Pelo segundo mês consecutivo, o custo para usar e

manter o veículo teve uma pequena queda, de 0,53%, se-

gundo o estudo Inflação do Carro, da Agência AutoInfor-

me. A pesquisa leva em conta os preços de todos os itens

indispensáveis em cinco segmentos: combustíveis, peças

de reposição, serviços automobilísticos, impostos de cir-

culação e seguros. Depois das altas expressivas do início

de 2014, o índice é motivo de comemoração.

O ano começou com disparo no preço dos combustí-

veis, em especial, o álcool. Se ontem era o vilão pela infla-

ção, agora o álcool é o herói pela deflação. O combustível

ficou 4,55% mais barato na bomba, derrubando o índi-

ce em junho. Já no acumulado do semestre, os itens que

mais pesaram no bolso foram: lavagem simples (5,7%),

alinhamento (4,4%), balanceamento (4,37%), pastilhas de

freio (3,25%) e óleo motor (3,16%).

Elen

arts

/Thi

nkst

ock

Ani

kei/T

hink

stoc

k

Veículos leVes

Ranking Montadora Acum/14 Acum/13 Variação acumulado Participação de mercado

Total 1 584 896 1 709 532 -7,3%

1º Fiat 342 198 380 131 -10% 21,6%

2º GM 279 225 305 478 -8,6% 17,6%

3º Volkswagen 278 684 328 006 -15% 17,6%

4º Ford 143 060 154 652 -7,5% 9%

5º Renault 110 354 102 015 8,2% 7%

6º Hyundai 109 121 99 504 9,7% 6,9%

7º Toyota 84 173 81 350 3,5% 5,3%

8º Honda 61 574 65 128 -5,5% 3,9%

9º Nissan 31 077 37 063 -16,2% 2%

10º Citroën 29 819 32 922 -9,4% 1,9%Fonte: Anfavea

No Ranking de Automóveis e Comerciais Leves da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas das montadoras encolheram 7,3% nos seis pri-meiros meses de 2014. Confira na tabela a seguir:

Quatro grandes perdem terreno no primeiro semestre

RANKING

6 revista sindloc

Em 10 de dezembro de 2012, foi publicada a lei nº 12.741, a Lei da Transparência Fiscal, que instituiu a obrigação para que os for-necedores de bens e mercadorias/prestadores de serviços incluam nas notas fiscais ao consumidor o valor aproximado dos seguintes impostos que influem na formação do preço de produtos e serviços – ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS, COFINS e CIDE.

A indicação do IOF será restrita aos produtos finan-ceiros sobre os quais esse imposto incida diretamente, enquanto que a do PIS e da COFINS será limitada à tribu-tação sobre a operação de venda. Ademais, sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto, deve ser divulgada a contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores.

O projeto de lei também incluía o imposto sobre a renda e a contribuição social sobre o lucro líquido, mas estes tributos foram retirados sob o argumento de que a inclusão destes poderia ser contraproducente ao objetivo de trans-parência da lei, pois os valores recolhidos poderiam divergir conside-ravelmente dos valores informados nas notas fiscais.

Esta lei entraria em vigor seis meses após a sua publicação, de modo que está vigente desde 9 de junho de 2013. Reconhecendo que as empresas precisariam de tempo para se adequar à nova obri-gação, foi estipulado que, nos primeiros 12 meses de vigência, não haveria punição. Passado este prazo, o vendedor das mercadorias/prestador de serviços estaria sujeito às punições previstas no Ca-pítulo VII do Código de Defesa do Consumidor, dentre elas a apli-cação de multa e até a cassação de registro e licença para realizar vendas/prestar serviços.

As penalidades seriam aplicadas a partir de 9 de junho de 2014. Entretanto, no dia 6 de junho foi publicada a medida provisória n° 649/14, a qual estipulou que as fiscalizações serão meramente orien-tadoras até o dia 31 de dezembro, isto é, as multas serão aplicadas apenas a partir de 2015. Como a locação de veículos não é atividade sujeita ao ISS e as locadoras de veículos não emitem notas fiscais aos locatários, esta nova obrigação terá impacto reduzido sobre as atividades das empresas.

Sobre a não emissão de notas fiscais na locação de bens móveis,

DESTaquE DE IMPoSToS em nota fiscal na locação de veículos com motorista

JuRÍDICa

cOLunA

como automóveis, a solução de consulta n° 02/2012, emitida pela Prefeitura de São Paulo, é clara: “Assim sendo, não é permitida a emissão de qualquer tipo de Nota Fiscal de Serviços para as ativida-des de locação de bens móveis, porque não se pode falar em cum-primento de obrigação acessória para documentar atividade que não consta da Lista de Serviços vigente.”

Contudo, em caso de aluguel do carro com o fornecimento de condutor, há prestação de serviços pelas locadoras, estando a ativi-dade sujeita ao ISS, conforme a solução de consulta n° 57/12, tam-bém emitida pela Prefeitura de São Paulo: “Incidência de ISS sobre locação de estruturas de uso temporário, manutenção de equipa-mentos, fornecimento de laudo e locação de caminhão com moto-rista”. Consequentemente, na prestação deste serviço, as empresas deverão emitir a nota fiscal de serviços, que deverá discriminar a influência que os tributos mencionados acima têm na formação fi-nal do preço do serviço.

FeRnAndo souzA de MAndoutor em direito tributário pela universidade de Maastricht, na Holanda , e coordenador da área tributária do escritório Queiroz e lautenschläger Advogados

NN-0023B_210x280.indd 1 5/27/14 4:18 PM

“Sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço

ou produto fornecido ao consumidor, deve ser divulgada a contribuição previdenciária

dos empregados e dos empregadores”

revista sindloc 7

NN-0023B_210x280.indd 1 5/27/14 4:18 PM

8 revista sindloc

sETOR

Foram quase 700 mil turistas estrangeiros passeando pelas ci-dades-sede, um fluxo de mais de 3,5 milhões de apaixonados por futebol que circularam por estádios, ruas, bares e restaurantes du-rante a Copa do Mundo. Enfim, se até a abertura do torneio, em 12 de junho, na Arena Corinthians, muito se criticou os gastos com o evento, depois do pontapé inicial setores como o de locação de veículos passaram a conferir na ponta do lápis os resultados que a competição poderia promover.

Governos e empresas privadas injetaram R$ 26 bilhões em mais de 80 projetos, distribuídos pelas cinco regiões do país. Segundo levantamento do Sebrae, com base nas rodadas de negociações promovidas nas doze cidades-sede, a Copa rendeu cerca de R$ 500

uma Copa para CoMEMoRaRapesar do vexame da seleção Canarinho, fora de campo a Copa do Mundo da Fifa 2014 superou as expectativas e o saldo foi positivo para o Brasil

revista sindloc 9

milhões em negócios para micro e pequenas empresas. A capacidade dos aeroportos foi reforçada em 36%, e a rede hoteleira ergueu 70 novos empreendimentos, somando mais de cinco mil quartos, o que significa um aumento de mais de 20% na oferta de hospedagem no Brasil.

Só em São Paulo, cidade da abertura da Copa, brasileiros e es-trangeiros injetaram R$ 1 bilhão aos cofres do município durante o evento – R$ 300 milhões a mais do que as previsões iniciais da Secretaria Municipal de Turismo. O número de turistas também foi além do previsto: a secretaria esperava 390 mil pessoas, e a cidade recebeu cerca de 500 mil turistas por conta do evento. Os estran-geiros gastaram no período, em média, R$ 4.800, em 8,2 noites de permanência na cidade. Já os brasileiros, apesar de constituírem o maior contingente, desembolsaram e pernoitaram praticamente a metade: R$ 2.500 e 4,46 noites, respectivamente. “As locações de curto prazo cresceram, principalmente com as demandas de última hora. E, nesse caso, como é praxe em qualquer atividade, os preços são mais elevados”, afirma Luiz Antonio Cabral, diretor do Sindloc-SP.

Segundo o relatório “Onde você quiser estar” da Visa, que analisa os gastos dos turistas com os produtos da empresa – transações de crédito, débito e cartões de pagamento pré-pagos – de 12 a 26 de junho (fase de grupos da competição), os estrangeiros gastaram US$ 188 milhões, o que representa um aumento de 152% em relação ao mesmo período do ano passado. Norte-americanos, seguidos de britânicos, franceses e mexicanos foram os que mais consumiram.

Apenas no primeiro sábado da Copa (14/06), os turistas desem-bolsaram cerca de US$ 10,7 milhões no Brasil - o maior gasto de visitantes até agora, principalmente com hotéis (US$ 5 milhões) e restaurantes (US$ 2,5 milhões). Se considerarmos que na Copa das Confederações de 2013 os turistas deixaram no país cerca de US$ 20 milhões, os números da Copa do Mundo impressionam.

MoviMEnto EM dias dE JogosAs expectativas do setor eram de 35% de aumento no movimen-

to das locadoras de automóveis durante a Copa nas cidades-sede, quando comparado ao movimento de locação do turismo de lazer habitual nesta época do ano. Porém, excetuando-se os deslocamen-tos para assistir aos jogos, esperava-se uma forte retração no turismo de negócios, principalmente para as locadoras em cidades que não sediariam jogos.

O setor, contudo, acumulou surpresas positivas. As empresas com foco no aluguel diário registraram 100% de suas frotas locadas nas cidades-sede em grande parte da Copa, especialmente um dia antes e um dia depois dos jogos.

Em razão do evento, as grandes locadoras que operam nas ca-pitais em que se realizaram as partidas investiram no atendimento pessoal e na frota. Não se arrependeram: todas contabilizaram au-mento considerável nas locações.

Segundo Cabral, o balanço geral para o setor é positivo e, na mé-

dia, acima do esperado, apesar da redução no ritmo do comércio e negócios em geral durante o evento. Com novos negócios estag-nados, o mercado terceirizado refreou, e alguns frotistas, não vin-culados por contrato, procuraram as locadoras na expectativa de devolver o veículo, adiando a locação para depois da Copa.

E qual é a lição que fica para recebermos futuros eventos de grande porte? “Temos de nos preparar cada vez mais e estudar em detalhes a característica da demanda”, diz o diretor do Sindloc-SP. “Entender que existe muita demanda de última hora e que ela pode trazer receitas unitárias muito interessantes.”

os números da Copa em SÃo PauLo

turistas na cidade, de 12 a 30 de junho

visitantes estrangeiros (35%), quase o dobro da estimativa inicial

PaÍSES DE oRIGEM DoS ESTRaNGEIRoS: Argentina (31,71%)Chile (17,77%)Uruguai (8%)Colômbia (5%)Estados Unidos (4,18)

GaSTo MéDIo DIáRIo: R$ 585 (estrangeiros); R$ 500 (brasileiro)Alemães gastam mais R$ 425 por diaUruguaios e gregos gastam menos R$ 200

TEMPo MéDIo DE PERMaNêNCIa: 8,2 dias (estrangeiros); 4,4 dias (brasileiros)

347 mil

121 mil

JUnHo

10 revista sindloc

Job: 2014-Fiat-Varejo-Janeiro -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 30375-003-FIAT-PECAS-REV-SINDILOC-JAN-21X28_pag001.pdfRegistro: 140042 -- Data: 18:08:58 07/01/2014

REunIÃO JuRÍDIcA

advogados e empresários discutem a legislação do setor no 2º Encontro Jurídico do Sindloc-SP

Mais de 80 participantes fizeram o sucesso do 2º Encontro Jurí-dico do Sindloc-SP. Em 26 de junho, advogados e empresários as-sociados reuniram-se no Hotel Quality – Golden Tulip, na capital paulista, para trocar experiências e discutir melhorias para o setor.

Entre os temas apresentados, destacam-se o andamento dos processos decorrentes das operações Rosa Negra e De Olho na Placa e o acompanhamento do estágio atual das medidas ado-tadas pelo Sindloc-SP em defesa de seus associados. “Debater como cada empresa está conduzindo seus processos individu-almente foi muito produtivo, uma rica troca de experiências”, diz Luiz Antonio Cabral, diretor do Sindloc-SP.

Detalhes e características sobre o novo Programa de Parcela-mento de Débitos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e outros tributos, o funcionamento dos termos de adesão e a análise sobre os prós e contras dessas adesões também estiveram em pauta. Segundo Cabral, aceitar a oferta de parcelamento deve merecer avaliação cautelosa: “O empresário precisa saber que estará abrindo mão de qualquer oportunidade futura de se defender das acusações. Perderá qualquer direito de recorrer”.

Os participantes ainda receberam orientação a respeito da le-gislação sobre protestos de execuções fiscais (multas de trânsito, IPVA e demais tributos). O tema resultou em uma ampla discus-são sobre cobrança de juros em desacordo com a lei. Esse assun-to continuará em estudo, para que se possam avaliar as medidas mais adequadas a serem adotadas, seja pelas empresas, individu-almente, seja pelo Sindloc-SP, representando as locadoras.

Em razão dos inúmeros temas jurídicos de grande interesse para as locadoras, constituiu-se um comitê jurídico, composto de advogados de diversas empresas, que terá a missão de ava-liar todas as questões relevantes e propor eventuais medidas, judiciais ou não, por parte do Sindloc-SP em defesa de seus associados. Em breve, o comitê se reunirá para começar a orga-nizar uma Agenda Jurídica para o Sindloc-SP.

Job: 2014-Fiat-Varejo-Janeiro -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 30375-003-FIAT-PECAS-REV-SINDILOC-JAN-21X28_pag001.pdfRegistro: 140042 -- Data: 18:08:58 07/01/2014

12 revista sindloc

mERcADO

Embalado pelas uRNaSEm algumas regiões, como o Nordeste, as eleições conseguem aumentar a demanda por locação de veículos até 40%

Div

ulga

ção

revista sindloc 13

despesas com transporte em deslocamento de candidato e de pessoal a serviço dos comitês, assim como o aluguel de veícu-los automotivos.

De acordo com a assessoria de comunicação do TRE de São Paulo, os contratos entre os comitês eleitorais, em nome dos candidatos, e as locadoras de automóveis devem conter o valor completo do serviço e informar se os gastos com combustível estão embutidos no valor ou não. O TRE faz o cruzamento das informações que as empresas fornecem sobre os candidatos com as enviadas pelos partidos na prestação de contas.

Mesmo com mais rigor no cruzamento dos dados, o vice-presidente do Sindloc-SP adverte que as locadoras têm de ficar atentas e se certificar muito bem a quem estão alugando seus veículos, seja ele o próprio candidato, seja o representante do comitê eleitoral. “Os maiores cuidados devem ser tomados em relação aos veículos básicos, normalmente adesivados e utiliza-dos pelas equipes de apoio sem cuidado algum, e com as vans, que atuam na área de apoio e logística”, afirma Eladio. “Toma-das as devidas precauções, o caminho é aproveitar o aumento da demanda direta ou indireta.”

Fique aTENTo• Alugue veículos apenas a comi-tês e candidatos com bom retros-pecto de pagamento

• Faça um contrato abrangente, que envolva não apenas as cláusulas de pagamento, mas também as pena-lidades que serão aplicadas em caso de não devolução dos veículos ou de avarias e multas

• Determine no contrato de locação os limites de quilometragem a ser rodada e os custos excedentes, bem como se os gastos com combustível estarão incluídos no valor ou não

Ao traçar o planejamento para 2014, o setor de locação au-mentou suas expectativas de crescimento. E não poderia ser diferente, afinal, este é um ano atípico. Depois de 64 anos, o Brasil sediou uma Copa do Mundo de futebol, o suficiente para atrair turistas nacionais e estrangeiros para as 12 cidades-sedes e, consequentemente, aumentar a demanda por carros aluga-dos. Taça entregue, é hora de olhar com atenção os movimen-tos pré-eleição que, tradicionalmente, garantem às empresas do setor um aumento de contratos.

Os especialistas do setor afirmam que é difícil precisar o que as eleições significam para o faturamento das locadoras de au-tomóveis, uma vez que o mercado de locação cresce pratica-mente nos mesmos percentuais de anos não eleitorais. Todavia, há quem enxergue os anos pares como uma espécie de safra, que garante um faturamento maior para toda a cadeia. Em algumas regiões, a exemplo do Nordeste, a demanda chega a crescer cerca de 40%.

Contudo, entre os setores que mais se beneficiam das ver-bas disponíveis para as campanhas eleitorais são o gráfico, de comunicação e de locação, com destaque ao aluguel de auto-móveis. Vale observar que os gastos de candidatos e partidos políti-cos com campanhas eleitorais no Brasil saltaram de R$ 798 milhões nas eleições presidenciais de 2002 para R$ 4,6 bilhões em 2011, quando ocorreram as últimas eleições municipais. O cresci-mento é de 476%, enquanto a inflação no mesmo período foi de 78%, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

atEnção EsPEcial nEstE PEríodoEmbora efetivamente os contratos de locação aumentem

nos meses que antecedem as eleições, muitas locadoras deixa-ram de atender esse mercado por causa do prejuízo provocado pelo péssimo uso dos carros e pelos altos índices de inadim-plência dos partidos, principalmente quando o candidato per-dia a eleição e, então, as chances de receber ficavam remotas. “Até bem pouco tempo atrás, os partidos não precisavam pres-tar contas dos gastos de campanha, entre os quais a locação de automóveis”, afirma Eládio Paniágua Júnior, vice-presidente do Sindicato das Locadoras de Automóveis de São Paulo (Sindiloc-SP). “Não tinham responsabilidade quanto ao uso. Os carros che-gavam danificados, sem estepe, com muitas multas de trânsi-to. E, em muitas oportunidades, desapareciam. Tinham de ser resgatados em lugares ermos, perigosos, porque os locatários sumiam com os veículos.”

O cenário, entretanto, mudou com a determinação do TER, que estabelece que os partidos prestem contas, inclusive, dos carros locados e até do combustível. O artigo 26, da Lei Elei-toral nº 11.300, de 2006, informa textualmente que são consi-derados gastos eleitorais para fins de registro e verificação as

14 revista sindloc

LÍDER sETORIAL

FuSõES e aquISIçõES tendem a crescer no mercado de locações

Para o presidente do Sindloc do Paraná, as pequenas locadoras têm de unir forças para ganhar competitividade, o que leva os processos de fusões e aquisições, tão comuns em outras áreas, a se tornar tendência no setor

na sua opinião, o momento é positivo para o setor?Nem positivo, nem negativo. Acredito que seja um momento

de muita atenção. Trata-se de uma fase de ajustes da economia com o aumento dos juros, dos carros novos no início do ano com a obrigatoriedade da adoção dos freios ABS e dos airbags, e, mais recentemente, pelo retorno de parte do IPI (Imposto sobre Produ-tos Industrializados). O custo operacional está mais alto e o preço da locação na ponta não pode ser calculado na mesma proporção, reduzindo as margens. Em meio a esse cenário, os carros seminovos estão sendo comercializados a preços inferiores aos projetados. O grande desafio do empresário do ramo de locação de automóveis, hoje, é saber como reajustar essa engrenagem.

A concorrência tem aumentado no setor?Eu não diria que o aumento da concorrência seja uma pedra no

caminho. Acredito que o setor passa por um momento de profissio-nalização, não há mais espaço para amadores. É preciso investir em treinamento da mão de obra, em gestão, em processos, na redução de custos. É preciso fazer a lição de casa bem feita, quem não a fizer corre o risco de ser engolido pelo mercado.

Em ano de eleição é preciso ficar de olho nas urnas?Com certeza. O setor precisa se unir, acompanhar de perto a legis-

lação, somar esforços para lutar por suas propostas e investimentos. Se a economia não tiver ajustes ficará feio para todo mundo. Assim, é preciso enxergar quem tem a melhor proposta para a economia na hora de ir às urnas.

como o sindloc tem trabalhado para unir o setor?Acreditamos que só teremos nossas reinvindicações atendidas

se formos fortes. Assim, o Sindloc-PR tem promovido uma agenda mensal para associados com a realização de palestras sobre eco-

nomia, formação correta de preços, legislação, monitoramento de multas, entre outros temas. Os assuntos a serem abordados são re-sultado da própria demanda do setor.

Enquanto em algumas regiões do país os emplacamentos dimi-nuíram, no Paraná eles continuam estáveis. Qual a razão?

Creio que seja pelo próprio desempenho do mercado de locação e pelo bom funcionamento do Detran no estado. O Sindloc-PR tem uma parceria afinada com o departamento. Conseguimos, por exemplo, que para licenciar 500 veículos não seja necessária a emissão de 500 boletos, mas que sejam emitidos por lotes. Isso facilita a vida do frotista.

O movimento de fusão e aquisição tende a crescer no setor? Por quê?

As locadoras paranaenses são especialistas em terceirização de veículos para frotas e nos últimos anos têm enfrentado problemas cada vez maiores para negociar com as montadoras, conseguir bons descontos e trabalhar com boas margens. As grandes redes, justa-mente pelo porte, têm maior poder de compra, de negociação de preços e, consequentemente, apresentam maior competitividade. O segmento de frotas tem muito a crescer no País. Crescemos numa faixa de 15% ao ano, mas tem espaço para expandir quatro vezes mais, se comparado com a Europa e os Estados Unidos. Mas, isso só será possível com profissionalismo e competitividade.

Quais as vantagens apresentadas pelas fusões e aquisições?A robustez, ampliação da frota e o poder de negociação. Ganha-

mos sinergia de equipe e com a multiplicação dos negócios faz-se um amplo aproveitamento dos recursos humanos. A frota ganha e pode-se ampliar a área de atuação.Nós vivemos um processo de fusão e nos tornamos uma das principais locadoras de veículos para terceirização de frotas do Paraná.

Ao desembarcar em Curitiba, em meados dos anos 1990, o empresário Flávio Nabhan tinha por objetivo abrir uma locadora de veículos e tocar o próprio negócio. Aos poucos foi conhecendo melhor o mercado e não demorou a constatar que a vocação da capital paranaense era a terceirização de frotas. Tornou-se um especialista na modalidade, cresceu e formou uma carteira de clientes em todo o Brasil. Sua em-presa, Carrier e Ricci somaram frotas, equipes e experiências e os resultados são muito positivos. Nabhan, atual presidente do sindloc-PR, em entrevista à Revista do Sindloc, fala sobre suas experiências e sobre o mercado de locação.

16 revista sindloc

nOTAs

1ª CoNVENçÃo Do SINDLoC-SP

De 28 a 31 de agosto, o Sindicato das Empresas Locadoras de Ve-ículos Automotores do Estado de São Paulo (Sindloc-SP) realizará sua 1ª Convenção. Nos quatro dias de atividades, palestrantes re-nomados vão apresentar diversos temas de interesse das locadoras.

No tempo livre, os participantes terão a oportunidade de des-frutar momentos de muito lazer e descontração nas dependências do Hotel San Raphael, em Itu (SP), no interior do estado. Reservado exclusivamente para receber esse evento inédito e relevante para o setor, esse local é um empreendimento muito bem aparelhado, que possui ampla infraestrutura para abrigar eventos de grande porte.

Além disso, o hotel passou recentemente por uma reforma total para se adaptar às exigências da delegação russa em sua estada no Brasil, durante a Copa do Mundo de futebol, e ao alto padrão da Fifa.

Com o patrocínio de Chevrolet, Fiat, Ford, Renault, Volkswagem, além de CN Auto, Control Motors, Segplus e Infosistemas, a con-venção tem vagas limitadas, e as locadoras associadas ao Sindloc-SP poderão inscrever sem custo até dois participantes. Fique atento e antecipe sua inscrição, pois as vagas são restritas.

os proprietários de automóveis não precisam mais comunicar a venda de veículo ao Detran

BuRoCRaCIa

São Paulo sai na frente e facilita a vida dos proprietários de veícu-los registrados no estado, que ficam desobrigados a informar a ven-da ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Com o Decreto nº 60.489, de 24 de maio, a partir de agora os cartórios têm obrigação de comunicar à Secretaria da Fazenda todas as operações de compra e venda ou transferência da propriedade de veículos entre particulares. Também compete aos notários enviar ao Fisco cópia digitalizada, fren-te e verso, do Certificado de Registro do Veículo (CRV) preenchido, com as firmas reconhecidas. E estão proibidos de cobrar emolumen-tos adicionais pelo serviço. Os contribuintes poderão acompanhar o andamento do processo no site do Detran (www.detran.sp.gov.br), e o cartório que não cumprir a determinação estará sujeito a multa. Ry

an M

cVay

/Thi

nkst

ock

revista sindloc 17

A Resolução 461/13 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) foi editada com a finalidade de criar o RENAPTV - Registro Nacional de Posse e Uso Temporário de Veículo. E, conforme prevê a própria resolução, entrou em vigor no dia 1º de maio deste ano. Várias loca-doras têm feito questionamentos a respeito de sua implantação, o que não se deu até o momento.

O RENAPTV foi criado para que houvesse um banco de dados e informações de pessoas físicas detentoras da posse e/ou uso de veículos pertencentes a pessoas jurídicas com a qual tenham celebrado contrato de locação, comodato ou arrendamento. O sistema deveria funcionar da seguin-te forma: por exemplo, a empresa locadora celebra um contrato de locação e alimenta o sistema com as infor-mações tanto do veículo como do locatário detentor da posse e uso do automóvel. Na ocorrência de uma infração, o órgão de trânsito responsável pela multa la-vrada consultaria, nesse banco de dados, se tal veículo está naquela data e hora inserido no RENAPTV. E, lá estando, a no-tificação e a responsabilização iriam diretamente para o locatário, o que evitaria transtornos à locadora quando recebesse a notificação e precisasse indicar ao condutor a infração. Ousamos dizer, de forma muito simplória, que seria uma indicação do condutor desde antes da ocorrência da infração.

Da forma que procuramos ilustrar como seria o funcionamento do RENAPTV, a implantação de tal registro parece bastante simples. Mas devemos reconhecer a imensa complexidade desse sistema para bem cumprir o objetivo para o qual foi criado, o que explicaria também seu atraso. E não temos notícia a respeito da proximidade dessa implantação. Portanto, é importante destacar que, enquanto não estiver em funcionamento, todo o procedimento de indicação do condutor deve seguir os trâmites tradicionais físicos (e não virtu-ais), nos termos da Resolução 404 do Contran, com as cautelas que já abordamos em relação a ela, em especial a indicação de condu-tores que estejam com problemas com a CNH – com documento vencido ou suspenso.

Uma das dúvidas que estão sendo levantadas é que, se a demora por parte do Denatran na implantação do RENAPTV, ou sua não

RENaPTV – Resolução 461 do Contran

TRâNSITo

cOLunA

implantação com a Resolução 461 já em vigor desde 1º de maio, isentaria as locadoras da obrigação de indicar o condutor quando notificadas. Ou então, de alguma forma, forneceria fundamento para anulação de infrações, agravamentos ou outras consequências decorrentes de uma autuação em veículo sob contrato de locação. Nossa orientação e entendimento é que tal alegação não terá su-cesso e que os procedimentos tradicionais devem continuar sendo executados, reiterando o que foi dito anteriormente.

Um ponto importante a ser destacado é que, em nenhum mo-mento, a Resolução 461 estabelece que a multa seja desvinculada do veículo. Apenas não ocorreria o agravamento que decorre da não indicação do condutor/infrator, até porque a indicação seria buscada no RENAPTV.

MARcelo JosÉ ARAÚJo Advogado, presidente da comissão de Trânsito da oAB/PR, consultor do sindloc/sP

“É importante destacar que, enquanto não estiver em funcionamento, todo o

procedimento de indicação do condutor deve seguir os trâmites tradicionais físicos”

18 revista sindloc

EcOnOmIA

Pela segunda vez em seis meses, o Gover-no Federal mudou de ideia na última hora e manteve os atuais descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que in-cidem sobre veículos.

Após reunião com representantes da As-sociação Nacional dos Fabricantes de veícu-los Automotores (Anfavea) e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Auto-motores (Fenabrave) de avaliação do setor no primeiro semestre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação da data na véspera do prazo fixado para a volta das alíquotas aos índices normais. Agora, a redução prevista para terminar em 1º de ju-lho se estende até o final do ano. Na prática, mantém-se o IPI de 3% para os carros popu-lares, que deveria voltar a 7%, e de 9% para os modelos flex até 2.0, que subiria para 11%.

No encontro entre governo e as entidades do setor, que resultou na manutenção da tarifa reduzida de IPI, as montadoras alegaram alta de estoques e redução de 18% na produção em maio, comparada ao mesmo mês de 2013. A medida foi tomada para amenizar as perdas da indústria automobilística no primeiro semestre, o pior em vendas desde 2010, e tentar salvar ao menos parte da receita dos próximos seis meses.

De acordo com dados da Federação

IPI REDuzIDo: para setor,medida afeta bom planejamentoGoverno mantém alíquotas reduzidas até o final de 2014 para minimizar perdas da indústria automobilística nos primeiros seis meses do ano e tentar receita do segundo semestre

Nacional da Distribuição de Veículos Au-tomotores (Fenabrave), de janeiro a junho de 2014, as vendas de veículos caíram 6,54% em relação ao mesmo período do ano pas-sado. No período, a Fenabrave registrou a comercialização de 1,1 milhão de automó-veis, um volume aproximadamente 10% in-ferior ao do mesmo período de 2013.

Segundo Mantega, vários motivos, entre os quais o encarecimento do crédito e a Copa do Mundo de futebol influenciaram negativamente nos índices, “apesar da com-petição estar sendo um sucesso e de ser boa para o País, foram sete dias úteis a menos, o que influenciou as vendas”. “Temos de to-mar as medidas para viabilizar um segundo semestre melhor”, justificou o ministro.

Segundo o diretor da Localiza de Ribeirão Preto, Marce-

lo Fernandes, a maior dificuldade nas al-terações das regras do jogo é ter de ad-ministrar surpresas.

“É difícil se preparar, planejar a renovação

de frota, especial-mente a venda de seminovos. Impac-

ta muito na depreciação dos veículos, um dos maiores custos das locadoras e que é altamente influenciado pelas medidas go-

vernamentais”, diz. “Tem de acertar ou errar por palpite, baseado mais na intuição do que em características técnicas.”

A gAngoRRA do IPIEsta é só mais uma decisão no mesmo

sentido. O primeiro corte no tributo para ativar o setor remonta a 2008, em razão da crise financeira. Em 21 de maio de 2012, quando a produção caiu acima de 10% e as vendas despencaram cerca de 3%, o Gover-no usou do mesmo expediente para limar as alíquotas da metade até zero. De lá para cá, o Governo lançou mão do mesmo re-curso, pelas mesmas razões, outras cinco vezes – esta é a sexta.

O desconto no IPI, que chegou a zerar as alíquotas, deveria durar apenas três meses e voltar a patamares normais em setembro de 2012. Resultado: uma corrida para aprovei-tar as ofertas e um agosto recorde de ven-das, com a comercialização de mais de 405 mil veículos leves. Com o sucesso, a redução foi esticada até dezembro, registrando mais de 343 mil licenciamentos de veículos de passeio e utilitários leves.

As perdas estancaram mas a produção não alavancou. Assim, o início de 2013 mar-cou uma alta nas alíquotas, acenando com a volta do IPI cheio. O valor do imposto para os veículos populares pulou de zero para 2%, enquanto o valor para a faixa que concentra o maior volume do mercado, os carros até 2.0, subiu de 5,5% para 7%.

O plano do Governo era retomar as ta-rifas cheias no primeiro trimestre do ano passado. Mas de novo o Governo optou por manter as alíquotas do IPI até o final de 2013 para minimizar os resultados negati-vos do setor.

Em 2014 a novela continuou e em janeiro as tarifas subiram de novo, ainda sem atingir as tarifas cheias: agora, o IPI é de 3% para os carros populares e 9% para os modelos até 2.0.

Agora, é torcer para que o governo man-tenha a palavra e não prorrogue mais o pra-zo, afinal, conforme diz o diretor da Localiza, “nenhum empresário pode fazer projeção na base da sorte”.

Marcelo Fernandes

Job: 738-SINDLOC-JETTA -- Empresa: Almap BBDO -- Arquivo: JOB 738-16338-45.71 21X28-JETTA ANUN LOCADORAS SIMPLES-JR-Folder_pag001.pdfRegistro: 150233 -- Data: 15:23:39 17/07/2014

20 revista sindloc

munDO

A renovação da frota é importante para se pensar em redu-ção de custos, já que, passada a vida útil de cada veículo, pode ser mais custoso para o frotista mantê-lo funcionando com as possíveis falhas do que repassá-lo. Para orientar o mercado de locadoras nesse sentido, o Sindloc firma parceria com a Con-trol Motors, empresa especializada em mobilização e desmobi-lização de frotas corporativas, e mostra as condições especiais em relação às práticas do mercado. Segundo Roberto Bottura, diretor comercial da Control Motors, “passado o período de vida útil de uma frota – baseado em uma conta feita a partir de tempo de contrato, custo do veículo, depreciação do bem e quilometragem rodada –, é hora de iniciar a desmobilização”. Bottura explica ainda que, no caso da locadora isso se traduz no tempo de contrato que ela tem com o seu cliente (terceiri-zação de frota) e com isso o carro fica no período do contrato e ele depois é desmobilizado. “No caso do Rent a Car, os carros ficam no mínimo 12 meses por conta da legislação de ICMS e após esse período podem ser desmobilizados e vai da ocupa-ção desse veículo versus a sua quilometragem.”

Após tomada a decisão de que já é tempo de “aposentar” o veículo, contar com uma análise profissional é mais do que essencial para decidir o destino da desmobilização. “Alguns veículos podem ser vendidos para o consumidor final, outros podem ser repassados para lojas, e existem aqueles que seguem direto para desmanche. Uma visão do especialista no assunto ajuda a determinar essas fases”, explica. Pontos estéticos e me-cânicos serão avaliados pela empresa especializada, bem como o canal de venda a ser destinado. Bottura afirma que, muitas vezes, vale reparar o veículo antes de colocá-lo à venda, uma vez que o custo para arrumá-lo é menor do que o valor da de-preciação do automóvel.

Para realizar boa venda na renovação da frota, o especialista recomenda manter o histórico do veículo sempre completo. “É como um pedigree do carro: quanto mais informação se tiver sobre ele, melhor. O frotista poderá vender, então, tanto para lojista quanto para o consumidor final.”

quando desmobilizar minha FRoTa?Sindloc firma parceria com a Control Motors, empresa especializada em desmobilização de frota, que avalia e indica qual a melhor hora de renová-la

A sustentabilidade financeira da empresa ganha muito com a renovação da frota, e é preciso experiência para de-terminar como será a venda do veículo. O diretor da Con-trol Motors lista quatro motivos pelos quais a terceirização do serviço de avaliação faz diferença:

logísTIcA ReVeRsAo primeiro passo para a desmobilização da frota é retirar os veículos dos domínios da empresa e seus colaboradores e centralizá-los num espaço para pátio de forma bem orga-nizada. Assim, para a retomada e parqueamento, a terceiri-zação deixa o custo de transporte e logística mais acessível.

seleÇÃo dos cARRosna desmobilização de frota, nem todos os carros têm o mesmo destino: eles podem ser vendidos para o consumi-dor final, repassados para lojas, continuar na frota ou seguir para desmanche.

TRAnsPARÊncIA nos RePARos“Se o carro estiver com ‘perda total’, é claro que não é re-comendável repará-lo antes de vender. Mas, muitas vezes, vale arrumá-los para melhor negócio.” Ao terceirizar o pro-cesso de desmobilização, aumentam as chances de taxa maior na recuperação do investimento.

cAnAIs de VendAsão desenvolvidos diversos canais de distribuição, como venda presencial, venda online, mercado para lojistas e ou-tros. Ao optar por uma empresa especializada, é possível verificar os ganhos em velocidade de venda, gerando dimi-nuição de custos operacionais.

Por que TERCEIRIzaR a aVaLIaçÃo do VEÍCuLo DE FRoTa?

22 revista sindloc

O “Reconhecimento” é um dos fatores de sucesso mais importan-tes para nós, mortais. Pouco adianta atingirmos um determinado su-cesso se não formos reconhecidos. Há até aquela piada de que um sujeito vivia solitário numa ilha e salvou a Sharon Stone de um nau-frágio, ficando sozinho com ela na ilha por duas semanas. Depois des-se tempo, ele pediu a ela que se vestisse de homem e desse a volta na ilha. Encontraram-se do outro lado da ilha e ele virou-se para ela (vestida de homem) e disse: - Zé! Você não vai acreditar no que eu vou lhe contar. Estou sozinho numa ilha com a Sharon Stone!

Estar com a Sharon Stone numa ilha, sozinho, poderia ser muito bom, mas era preciso que alguém soubesse disso, isto é que alguém “reconhecesse” aquele feito. Da mesma forma em nossa empresa. É preciso que chefes e colegas percam o medo de elogiar, de “reconhecer méritos” nas pessoas. Temos a tendência de repetir comportamentos que nos são positivamente reforçados e o valor do reconhecimento está justamente aí. Quando “reconhecemos” um valor, esse valor tende a multiplicar-se tanto para a pessoa que foi alvo de nosso reconhecimento quanto para as demais pessoas. Assim, o reconhecimento é fundamentalmente importante para o sucesso pessoal e profissional de qualquer pessoa.

Um “muito obrigado”, um bilhete de reconhecimento, uma carta, um cumprimento sincero valem muito e nós sabemos disso. Temos que perder o medo de agradecer e reconhecer nos outros pessoas que nos auxiliam e nos ajudam a obter o que queremos. Ninguém vence sozinho. Sabemos disso. E se sabemos disso, é necessário tam-bém saber “reconhecer” isso com ações concretas de “reconheci-mento” e gratidão.

Vejo diretores, gerentes, supervisores, pais e mães que têm medo de elogiar. Ainda existem “superiores” que acham que “chefiar” é en-contrar erros, punir. Inseguros na sua chefia, essas pessoas vivem a buscar alguma coisa para criticar. É preciso que nos acostumemos a pilhar nossos subordinados fazendo as coisas certas para que possa-

ARTIGO

o ser humano precisa de RECoNhECIMENTo

“Temos que perder o medo de agradecer e reconhecer nos outros

pessoas que nos auxiliam e nos ajudam a obter o que queremos.

Ninguém vence sozinho”

luiz Marins (www.marins.com.br)Antropólogo e escritor

mos reforçar esses comportamentos por meio de elogios. Quando uma pessoa só é cobrada pelos seus erros, vai desenvolvendo uma autoestima baixíssima e os erros começam a multiplicar-se, até que a pessoa começa a acreditar não ser capaz de acertos até mesmo nas coisas mais simples.

Faz parte também do reconhecimento dar crédito a quem re-almente merece. Assim, também tenho visto chefes que “furtam” idéias de seus subordinados dizendo serem aquelas ideias de sua propriedade, ao invés de creditá-las ao verdadeiro autor. Um chefe que tem o hábito (sic) de furtar ideias de seus subordinados acabará ficando isolado, pois nenhum de seus colaboradores virá com ideias novas com o medo de tê-las furtadas pelo chefe. Por incrível que possa parecer, essa é uma prática muito comum de chefes inseguros que não compreendem que sua chefia será, a cada dia, mais valori-zada quanto mais suportada pelo seu pessoal subordinado.

Há tempos atrás, um chefe precisava “bajular” seus superiores para manter-se no cargo. Hoje parece ser o oposto. Ele precisa ser apoiado pelos seus subordinados para manter-se. E esse suporte será maior quanto maior for a capacidade de um chefe em ofere-cer reconhecimento ao trabalho, esforço, dedicação e comprometi-mento de seus subordinados.

Pense nisso. Sucesso!

revista sindloc 23

Res

peite

os

limite

s de

vel

ocid

ade.

Imag

ens

mer

amen

te il

ustra

tivas

, com

alg

uns

itens

opc

iona

is. R

ubik

’s C

ube

®

HSD - AIR BAG DUPLOE FREIOS ABS DE SÉRIE

RODAS DE LIGA LEVE 15”

DIREÇÃO HIDRÁULICA

fiat.vc/unoSAC 0800 707 1000

Leo B

urne

tt T

ailo

r M

ade

Procure o departamento de Vendas Diretas nas concessionárias.

HSD - AIR BAG DUPLOE FREIOS ABS DE SÉRIE

AR-CONDICIONADO

excelente relacao custo-beneficio

otimo valor de revenda

Baixo custo de manutencao

- --

-

--

28771-002-FIAT-NOVOUNOCUBO-210x280-Sindloc.indd 1 7/10/13 2:39 PM