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Revista U de 3 de Setembro de 2012
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www.auniao.com
A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO
150 anos:SERRETAà vista
açores:
autonomia
de entendimento PÁG. 05
edição 34.838 · U 25 · 03 de setembro de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)
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E-mail: clipraia@gmail.com • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919
Área Clínica Médicos
Análises Clinicas
Anestesiologia
Laboratório Dr. Adelino Noronha
Dr. Pedro Carreiro
Cardiologia Dr. Vergílio Schneider
Cirurgia Geral Dr. Rui Bettencourt
Cirurgia Vascular
Podologia
Dr. Fernando Oliveira
Drª Patrícia Gomes
Cirurgia Plástica Dr. António Nunes
Clínica Geral Dr. Domingos Cunha
Medicina DentáriaDr.ª Ana FanhaDr.ª Joana RibeiroDr.ª Rita Carvalho
Dermatologia
Fisiatria
Dr. Rui Soares
Dr.ª Ana Santos
Endocrinologia Dr.ª Lurdes MatosDr.ª Isabel Sousa
Gastroenterologia Dr. José Renato PereiraDr.ª Paula Neves
Ginecologia/Obstetícia
Drª Paula BettencourtDrª Helena LimaDrªAna FonsecaDr. Lúcio Borges
Medicina Interna Dr. Miguel Santos
Medicina do Trabalho Dr.ª Cristiane Couto
Nefrologia Dr. Eduardo Pacheco
Neurocirurgia Dr. Cidálio Cruz
Neurologia Dr. Rui Mota
Neuropediatria Dr. Fernando Fagundes
Nutricionismo Dr.ª Andreia Aguiar
Otorrinolaringologia Dr. João MartinsDr. Rocha Lourenço
Pediatria
Doenças de Crianças
Dr.ª Paula Gonçalves
Dr.ª Patrícia Galo
Pneumologia Dr. Carlos Pavão
PsicologiaDr.ª Susana AlvesDr.ª Teresa VazDr.ª Dora Dias
Psiquiatria Dr.ª Fernanda Rosa
Imagiologia(TAC/ECOGRAFIA/Ressonância Magnética)
Dr.ª Ana RibeiroDr. Miguel LimaDr. Jorge Brito
Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética) Dr.ª Rosa Cruz
Reumatologia Dr. Luis Mauricio
Terapia da Fala Dr.ª Ana NunesDr.ª Ivania Pires
Urologia Dr. Fragoso Rebimbas
03 setembro 2012 / 03
o valorTEXTO / Humberta Augusto | haugusto@auniao.com
Estimar o valor do que quer que seja é difícil. Mas nos tempos que actualmente correm essa parece ser uma tarefa completamente confusa, e, nalguns casos, im-possível. O valor das pessoas, o valor do trabalho, das acções e das relações – está em crise.À semelhança da actual sociedade descapitalizada, empobrecida, precária, receosa e descrente, também a escala de valorização de tudo e de todos baixou.No espaço de poucos anos, retrocedemos em valor. Fi-nanceiro, económico e, temo, social.Sentimos na pele, na carteira, e na mente, um dos pio-res momentos de valorização das capacidades, sobre-tudo, profissionais, da pessoa.Dizem-nos para olharmos tudo pelo lado da oportuni-dade. Mas mesmo o discurso optimista adensa-se e faz calar a boca a quem o apregoa. As fatalidades conse-guem ser desconstruídas. Para sairmos destes que serão os piores anos ao nível da desvalorização social, demanda-se integridade e respeito pelo valor das pessoas, pelo valor do trabalho, das acções e das relações.
SUMÁRIo
pág. 16
NA CAPA...
Descentralizar ou suprimir os feitos históricos e sociais cujas marcas são únicas? É uma das perguntas que sur-gem perante a reorganização administrativa que prevê a extinção, fusão ou agregação de freguesias em todo o território nacional. Na ilha Terceira, a Serreta, no conce-lho de Angra, é exemplo do que poderá acontecer ou não fosse uma freguesia rica em história e cultura mas pobre em número de habitantes. Este ano assinala o seu 150º aniversário e a U assim quis retratar a sua realidade.
regresso a “casa” 06
um pouco de arte por dia 08aproveitar resíduos do leite 10hocus pocus, trá lá lá lá lá 11deolinda 13
todas as vezes que entristeceres 25infância em angola 26
mania de cinema 15aplicações para smartphones 20“communio” sobre democracia 21
EDITORIAL / SUMÁRIO
digi b&w 07
la dame du saint esprit 14as dívidas da dívida 05
alterando rotas 23
03 setembro 2012 / 04
AutonomiA de entendimento
Primeiro ficou-se a saber que o memo-rando de entendimento assinado entre os governos da República e dos Açores determina que o executivo regional dê conhecimento prévio dos documentos previsionais, não aplique medidas com-pensatórias relativas às remunerações e elabore um boletim mensal de execução orçamental.Depois, foi a vez de um relatório da Ins-pecção-geral de Finanças (IGF) referir que a dívida global da Região Autónoma dos Açores, incluindo a administração directa e indirecta, empresarial e local, ul-trapassava 2,3 mil milhões de euros a 31 de Dezembro de 2011, que leva o IGF a prever que a Região necessite, entre 2012 e 2018 (data em que vence o último empréstimo em carteira), mais cerca de 436,7 milhões de euros para satisfazer “obrigações de-correntes da sua dívida pública directa (capital e juros)”. O relatório refere ainda que o orçamento aprovado para 2012 “não assegura o cumprimento do princí-pio do equilíbrio orçamental”, prevendo um défice de 15,6 milhões de euros, além de contemplar uma previsão de receitas fiscais “pouco consentânea” com a evolu-ção do quadro macroeconómico nacional.Por essa razão, a IGF entende que o orça-mento regional para este ano corre “efec-tivos riscos de derrapagem orçamental”, situação que poderá implicar uma “reava-liação permanente e criteriosa da efectiva capacidade de cobertura orçamental”.
MeMorando eM www.PortuGal.Gov.Pt
Escrutinado o acordo de entendimento en-tre os governos da República e dos Açores, o estado da autonomia na região é agora tema que preocupa a vida partidária açoriana.
TROIkA NO PAíSTROIkA NOS AçORESO presidente do Governo dos Açores, Carlos César, já veio dizer que a região “não perdeu autonomia” com o acordo celebrado com o Governo da República, antes “ganhou a integração num con-texto mais global”.Para Carlos César, “sendo o país assistido pela ‘troika’, tem que prestar informa-ção sobre a situação financeira a quem lhe emprestou dinheiro”, acrescentando que, como os Açores se inserem no con-texto nacional, “é importante que haja uma consolidação da informação, que reportem num contexto de transparên-cia a sua situação financeira”.O vice-presidente, Sérgio Ávila, reitera que os Açores “cumprem globalmen-te as metas orçamentais definidas e os compromissos assumidos” e que as contas públicas açorianas “não con-
REVISÃO
reGião sai eM defesa da autonoMia
acordo financeiro assinado
03 setembro 2012 / 05
o executivo açoriano refere que a autonoMia açoriana não estÁ eM causa coM o acordo coM a rePública. a oPosição contesta e anuncia o fiM da MesMa.
tribuir para o défice do Estado, tendo, aliás, dado um contributo positivo para a redução do desequilíbrio orçamental da País”.
AUTONOMIA?As críticas da oposição foram imediatas. O CDS-PP nos Açores, Artur Lima, con-siderou que a autonomia regional “pode estar em causa” com o memorando de entendimento celebrado entre os go-vernos regional e nacional para permitir um financiamento estatal de 135 ME. Artur Lima, o líder do partido, disse que se “trocou a autonomia por um prato de lentilhas”.Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda - Açores acusou o executivo açoriano de “entregar a autonomia nas mãos de bu-rocratas do Terreiro do Paço”. O coordenador regional do PCP nos Açores, Aníbal Pires, disse que o memo-rando “formaliza a suspensão da auto-nomia”, tratando-se do “reconhecimen-to público da falência das políticas do governo do PS” e da “perpetração” de uma “traição ao povo açoriano e que os protagonistas desta insídia foram o PS, o PSD e o CDS”. Por seu turno, Berta Cabral, do PSD – Açores garante que “nunca” irá permitir que “os Açores fiquem reféns de Lis-boa”: “mesmo indo contra o meu parti-do, isso não é uma questão de ir contra ninguém. É uma questão de ir a favor dos Açores”, relembrando que os Aço-res “são uma região autónoma”, com “competências” e “órgãos de Governo” próprios e com uma Assembleia Regio-nal, pelo que “tem que ser respeitada”.
AS dívidasdA dívida
TEXTO / Humberta Augusto / haugusto@auniao.com
Demorou, mas finalmente chegou ao conhecimento público o escru-tínio de todas as condições em que a ajuda financeira aos Açores, por parte do Governo da República, será efectuada. Serão 135 milhões de euros que nos emprestarão para que se possa aba-ter na dívida regional a ser paga numa década.Entre regras, documentos previsio-nais, prazos, boletins mensais, obri-gações e afins, a pergunta que todos fazem, e em particular os partidos, juntando o útil ao agradável na guer-ra pré-eleitoral, vai para autonomia. A política e a administrativa. A da grande luta açoriana que aos ór-gãos e aos representantes institu-cionais açorianos tem sido (e será) tão cara. Contas feitas à ajuda financeira para a dívida da região, resta saber que dívidas políticas e democráticas fi-carão por pagar.
resta saber que dívidas políticas e democráticas
ficarão por pagar?
REVISÃO
autonoMia endividada?
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EPISCoPAdoRECoRdA “CARÁtER foRtE” dE d. aurélio granada escudeiroo secretário da conferência epis-copal portuguesa (cep) elogiou o “carácter forte e decidido” do anti-go bispo de angra, d. aurélio gra-nada escudeiro, que morreu no passado sábado, 25 de agosto, aos 92 anos, em são miguel.o padre manuel morujão assinala à agência ecclesia que o prela-do juntava a essas características a “amabilidade e cordialidade”.“foi um pastor de zelo incansá-vel, na diocese mais dispersa de portugal, com fiéis em nove ilhas, separadas por um mar em que facilmente há «mau tempo no ca-nal» (título de um romance de vi-torino nemésio, escritor nascido nos açores)”, refere o porta-voz da cep.“impressionava-me a fidelidade e interesse com que participava nos encontros da conferência episco-pal, apesar da sua fraca saúde
nestes últimos anos”, acrescenta.d. aurélio granada escudeiro é ainda recordado como “grande dinamizador” da acção católica portuguesa, “tanto a nível da sua diocese de origem (portalegre - castelo branco) como a nível na-cional”.“recordo que a minha professora primária, natural de viseu, me fa-lou, há poucos anos, com grande estima e admiração de d. aurélio pelas suas acções de formação na acção católica”, conclui o pa-dre manuel morujão.natural de alcains, castelo bran-co, d. aurélio granada escudeiro nasceu a 29 de maio de 1920 e fez os seus estudos nos seminá-rios de gavião, alcains e olivais.ordenado padre em portalegre, a 17 Janeiro de 1943, foi escolhido pelo papa paulo vi para bispo co-adjutor de angra a 18 de março de 1974 e recebeu a ordenação epis-copal a 26 de maio desse ano. a 30 de Junho de 1979 foi nomeado bispo residencial da diocese aço-riana, tendo precedido no cargo a d. antónio de sousa braga. o 37.o bispo de angra recebeu o papa João paulo ii, em abril de 1991, na visita às ilhas terceira e de são miguel. d. aurélio granada escu-deiro apresentou a renúncia ao cargo em abril de 1996; regressou à sua terra natal, mas viria a fixar residência na casa sacerdotal de ponta delgada em maio de 2011.
reGresso a “CASA”TEXTO / Carmo Rodeia
Maria nome de mulher, de mãe e de ilha.Quando lá estou sinto-me em casa.Este ano voltei a cumprir a tradição apenas interrompida nos últimos dois anos. Voltei à Maré. Aos encontros programados e ocasionais que surgem por estes dias, de gentes e cheiros diferentes.Santa Maria é, sem dúvida, a ilha dos cheiros. Da giesta, da macela, do po-ejo, da murta, da cal e do barro. Entre outras coisas, Santa Maria cheira!Desde que conheci os Açores que aprendi a gostar da ilha descoberta por Diogo Silves e que serviu de abrigo a Cristóvão Colombo. Pelo sol, pe-las casas caiadas de branco com barras vistosas e chaminés que anun-ciam o pão quente que está a ser feito, pela secura de algumas zonas áridas e planas, mas, sobretudo, por causa dos marienses. Gente simples, de conversa fácil e sentimentos genuínos que à volta da mesa partilha a amizade com a intimidade e sinceridade que outras paragens açorianas nem sempre proporcionam.O verão devolve à pacatez destas terras atlânticas orientais o cosmopo-litismo outrora perdido. Dos tempos em que Santa Maria contava real-mente: a maior pista aérea dos Açores, a presença das grandes compa-nhias americanas, o Centro de Controlo Aéreo do Atlântico.Num momento em que a coesão entrou no léxico dos políticos, seria bom que Santa Maria fosse olhada de maneira diferente pelas suas potencia-lidades e pela sua história.A Maré pode ser um começo. Realiza-se há 28 anos e nunca foi interrom-pida. Ganhou, por isso, o estatuto de festival de música do mundo mais antigo de Portugal, a par de Paredes de Coura.Gostei de algumas coisas que ouvi este ano mas julgo que há novos de-safios que devem ser agarrados pela Associação que finalmente vai ter uma sede condigna. Além da internacionalização dos artistas sempre bem conseguida, com simpáticas surpresas, a Maré precisa de interna-cionalizar o seu público, colocando-se no roteiro dos festivais de juven-tude que arrastam multidões de jovens, durante o verão pelo território nacional.
OPINIÃO
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diGi b&wTEXTO / Paulo Brasil Pereira
A Leica é um nome grande da história da fotografia, mas a empresa não quer ficar pelo seu passado, a vanguarda e a originalidade fazem parte da sua estra-tégia de futuro.Leica M Monochrom é a primeira câ-mara digital do mundo exclusiva para a fotografia a preto e branco com sensor Full Frame de 35 mm.Os mais nostálgicos podem ver nesta máquina o bom dos dois mundos: o anti-go e o moderno.No exterior as suas linhas clássicas com acabamentos em pele guardam o gran-de sensor especificamente desenhado para preto e branco. A combinação do sistema Leica M com este sensor de 18Mp que é “daltónico” (só vê a preto e
branco), gera fotografias monocromá-ticas de uma qualidade irreal. Os con-trolos tonais podem ser controlados, e ainda permite uma visualização do his-tograma dos dados em bruto, ou seja, sem processamento nem modificação.No caso de querer dar um toque mais Leica, pode usar o sistema telémetro da marca e aplicar directamente nas ima-gens efeitos de tonificação dos filmes a preto e branco (sépia, frio ou selénio).Se for usuário de Leica, pode usar as lentes Leica M, numa máquina com ecrã de 2,5” com cristal de safira, aviso de so-bre/subexposição configurável, ajuste manual de ISSO (100 – 3200).Não é para todos os bolsos mas é uma jóia apetecível.
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Queratoses actínicasE cANcroDA pElE IO PROBLEMAO carcinoma espinocelular é o segundo tipo de cancro da pele mais frequente depois do carcinoma basocelular. Atin-ge, sobretudo, os grupos que estão cro-nicamente expostos ao Sol. Além do Sol, podem estar implicados outros factores cancerígenos como os hidrocabonetos do tabaco, os raios X, a cobalto terapia e o vírus do papiloma humano (HPV). Tem origem na camada superficial da pele e das mucosas. Surge habitualmen-te nas áreas do corpo mais expostas ao Sol (face, lábio inferior, pescoço, dorso das mãos e pernas) e manifesta-se sob a forma de um nódulo, de crescimento rápido, com tendência para ulcerar e sangrar facilmente ou de uma ferida que cresce e não cicatriza apesar do tratamento. O carcinoma espinocelular é localmente invasivo e pode, se aban-donado à sua evolução natural, dar ori-gem a metástases à distância (fígado, pulmões) e provocar a morte.O desenvolvimento do carcinoma es-pinocelular na pele lesada pelo exposi-ção solar é um processo gradual que se manifesta por um espectro de lesões de malignidade crescente, que vão desde a lesão precursora pré-neoplásica, de-nominada de queratose actínica, pas-sando pelo carcinoma espinocelular in situ (limitado à epiderme), carcinoma espinocelular invasivo (quando atinge a
derme) até, no extremo oposto, ao car-cinoma espinocelular metastático.
A jANELA DE OPORTUNIDADEComo anteriormente referido, a quera-tose actínica é uma lesão da pele indu-zida pela radiação ultravioleta que pode progredir para carcinoma espinocelular invasivo. É, de longe, a lesão cutânea com potencial maligno mais comum. O seu diagnóstico e tratamento pode evitar a ocorrência de carcinoma espi-nocelular.A queratose actínica é mais frequente em indivíduos com idade superior a 55 anos, de pele e olhos claros, principal-mente em áreas submetidas a longos períodos de exposição solar (face, lá-bio inferior, área de cálvice do couro cabeludo, dorso das mãos e pernas. Na Austrália, o país com a maior taxa de cancro de pele no mundo, a prevalência de queratose actínica em adultos com idade superior a 40 anos varia entre 40 a 60%. O seu aspecto inicial é uma mancha rosada áspera de cerca de 2-10 mm coberta por escama aderente na sua superfície. Na prática, as quera-toses actínicas identificam-se melhor passando um dedo na pele e sentindo a sua rugosidade característica. Se não forem tratadas, podem tornar-se mais infiltradas e com escama mais espessa de cor esbranquiçada ou acastanhada.
A cada um, folhas de papel e bicos colo-ridos iam sendo atribuídos. Admiração, medo e marasmo! Espalhados por tape-tes e soalhos almofadados, (por esta é que não esperavam) os amigos, aos pou-cos, o desafio abraçaram.Incessantes “Não tenho jeito p’ra isso!” eram proferidos acolá e aqui... transfor-
TEXTO E FOTO / Phillipa Silveira Cardoso*
CIÊNCIA / OPINIÃO
PROBLEMA E jANELA
DE OPORTUNIDADE
TEXTO / Rui Oliveira Soares
(Dermatologista)*
UM poUco DE ArTE por DIA,não SAbE o bEM qUE lhE fAzIA!
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mando-se em risinhos e silenciosos mer-gulhos em criativos mundos, registando o momento.Ao passear os olhos pelos projectos em progresso, pequenos profetas pareciam. Energias dançavam. Ar de maresia e in-censo pela janela espreitavam. O espa-ço assim pintado, tão bem! Movimentos coloridos de olhos, de mãos, de corações abertos. Cada um levantou-se em esboço sorri-dente! Prendeu o registo na alva parede. Todos admiraram os riscos gerados e em colectivo contemplaram a amálgama de cores, desenhos e dizeres. Comentava-
se, dedos apontavam e risos brotavam. Tamanha luz, vida que num instante se criou. E, para isso... bom... para isso ape-nas caneta e papel bastou!A Arte, a Arte tem destas coisas. É isto e tudo o mais. É expressão! Preenche, oferece e recebe. Retribui...transborda...realiza! É viagem, é partilha. Impulso cós-mico, enlace. Assume-nos. Revela-nos.Une almas, une mentes! Lava a alma, mi-nhas boas gentes!A Arte é Poder. É Amor!Um pouco de arte por dia, não sabe o bem que lhe fazia!
*www.facebook.com/PhillipaDaSilveiraCardoso
MoNTrA
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MONTRA / OPINIÃO
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21 janeiro 2012 / 09
MONTRA / OPINIÃO
im dit, veniendae simaximod molorpo ressund igendis non conessit reperae cuptatur? Siminte voluptur? Poreium am, quas mi, voluptus, as porrorenis pra dolut quam, quia derum, natibus-to illa nonecea cusdam alignimporro que ex etum ut lam lam aut laborias pedignimenis excea volorro ma der-natquam aut molesequata dis repuda sam resera voleceriae id magnimpos sum sincit quas alitemod et ipsundi-tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim dem simus eicit qui aut aut expelit as et porio. Offictur? Illaut quatur sa a lendam Aniatur aut modi cuptat
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APROVEITAR
resíduos
Do lEITE
TEXTO / EA / LUSA
Investigadores da Uni-versidade do Minho desenvolveram uma solução para recuperar e valorizar resíduos da indústria de lacticínios, transformando soro de queijo em produtos usados na alimentação ou cosmética, e está prevista a instalação de uma unidade no Brasil. Uma informação do Departamento de En-genharia Biológica da Universidade do Minho refere que a biorrefina-ria adopta um processo tecnológico que permite obter 11 novos produtos destinados aos sectores alimentar, farmacêutico e agrícola.O projecto, desenvol-vido em parceria com a Biotempo – Consul-toria em Biotecnologia, definiu uma tecnologia que recupera e trans-forma os restos em vá-rios produtos de valor acrescentado, como concentrados proteicos para o sector alimentar, prébióticos, bioetanol, lactose refinada e água ultrapura para a indús-tria farmacêutica, bem como sais para a indús-tria agrícola.
A biorrefinaria está em fase de testes e a Uni-versidade do Minho prevê para este ano a construção de uma uni-dade à escala industrial, no Brasil.“Está previsto um in-vestimento de cerca de 35 milhões de euros e, numa fase mais adian-tada, alargar a tipologia de resíduos a tratar e a instalação desta biorre-finaria em outros países do mundo, incluindo Portugal”, avança o co-municado.A unidade terá capaci-dade para tratar dia-riamente um milhão de litros de resíduos, principalmente soro do queijo, mas também lei-te e iogurte estragados ou fora de prazo. As águas residuais re-sultantes da lavagem de máquinas e camiões e a biomassa produzida se-rão introduzidas numa unidade de digestão anaeróbia e transfor-madas em biogás utili-zado para produção de energia eléctrica.
CIENTISTAS DO MINHO TRANSFOR-MAM RESÍDU-OS DE LAC-TICÍNIOS EM PRODUTOS úTEIS
CIÊNCIA
03 setembro 2012 / 11
Hocus PocusTrá lá lá lá lá
TEXTO / joaquim Neves
O Pico foi esco-lhido para santu-ário de toda mí-tica criatura, que foge da loucura do homem dito civilizado.
Entre matas e rochas negras, que este Pico negro ergue do mar, há charme na Aldeia da Fonte, lugar de passagem de viajantes de todo o mundo. Casas de pe-dra, telhas da terra, antigo com moderno, diverso sereno. jardins calmantes, terra-ços e restaurante. Cheiros temperos nu-ances do mundo misturam-se por arte e magia, nalgum caldeirão, varinha mágica, triturador, grelhador, fritadeira, forno e fogão, em do que há nesta ilha já se pode chamar de iguaria.Dos duendes, elfos e outros dados a ma-gia, este é o restaurante que eu também escolheria. Não por não ser feiticeiro, mago ou druida, trol por vezes mas para isso nem preciso desta sabedoria. Basto ir a algum lugar, cear, cheirar, provar, mastigar e mil ideias imaginar.Como de todos é bem sabido, Pico foi escolhido para santuário de toda míti-ca criatura, que foge da loucura do ho-mem dito civilizado. Perdeu a fantasia e reencontra-a aqui. Porque estão aí, só não aparecem, nem ajudam a laborar, caíam-lhes as finanças, ASAE e seguran-ça social. Por isso deixam tudo por nossa conta a não ser num instante a pedido
MESA
aldeia da fonte
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de algum nosso anjo, que participem no nosso encanto. Prefiro comer na esplanada abraçado por todo o verde que consigo visualizar, ainda cheirar o mar e a terra com chuva no ar.Hocu Pocus, trá lá lá lá lá, olhe o menu atentamente, escolha das especialidades ou da comida chinesa, indiana ou inter-nacional, até da vegetariana, também há pratos novos todos os dias no menu, e pi pá plun, aparecem após alguns minutos, enquanto entretido a provar aperitivos e entreténs do palato, manteiga da Prai-nha, Verdelho, que têm que fazer parte do repasto. Pode ainda degustar um pouco do mun-do, por isso sugiro que se for com amigos peça as especialidades seguintes e divida por todos. Como entradas: crepes chine-ses; camarão ao sal; tarteletes de queijo e fiambre; linguiça; gambas grelhadas com molho de manteiga. Ou uma sopa: de ninhos de andorinha; barbatana de tubarão; legumes. Seguido de um peixe ou um chop-suey de lulas; Talvez entre garfadas de marisco no fer-ro quente, gambas picantes e filetes de peixe à Aldeia da Fonte, paelha de maris-co por encomenda, bacalhau à joão Por-to, espadarte com molho mordomo ou com molho de marisco, arroz de marisco, espetadas do mar à Aldeia da Fonte, pol-vo à moda do Pico, pargo assado no for-no à Duarte por encomenda. Para a carne comece com pato à Pequim, porco agri-doce, galinha com amêndoas, linguiça caseira e torresmos, espetada de carnes mistas com ananás, escalopes de vitela com champignons, frango cordon bleu, bife à regional, cabidela de frango caseiro por encomenda. Nos doces não deixe de provar: maçã Fá-si, lichias, cassata de frutos secos, pudim de mel, crepes com gelado de baunilha e delícia de maçã.Possivelmente verá duendes, fadas e até madrinhas. Mas vai gostar.
Receita
redã e redon´s
Restos do almoço e restos de ontem são quase norma na cozinha. “É pre-ferível fazer mal que estragar” – lema da nossa sociedade poupada, mas criativa a novas coisas, como por exemplo, as bratkartoffeln que tanto gosto. Solução, geralmente, é passar restos por um refogado. Acrescen-tar um pacote de natas que mascara tudo muito bem, mais uns temperos, um novo acompanhamento com promessas de novas sobras. Sala-dinha acompanhante ou envolver tudo numa máscara de ovos tam-bém é uma solução muito praticada, senão não haveriam sido criadas as tortilhas, pataniscas e peixinhos da horta. Mais coisas boas: roupa velha e consequentes recheios para novas coisas. Carnes seja de que tipo for vão para refogados e recheios para empadão, strogonoff algo tipo bolo-nhesa. Folhados, crepes e empadas. Legumes incorporados em quiches e tartes. Salve-se da sopa ou pudim de legumes. Batata vira bratkartoffeln ou puré que por sua vez vira bolinhos ou pastéis panados e fritos para outra coisa qualquer ou tortilhas. Máscaras: ovos, natas, tomate, bechamel. Quanto a sopas: sopas requentadas chegam a durar uma semana. Con-sequências, fermentação, levemente azedo… Mas há que poupar. Que tal pensar em quantidades de alimentos certas, reais e realmente necessá-rias para uma refeição, já poupa nos absurdos da parafernália disponível para emagrecer. Para não haver des-perdício, tanto no prato como aquele depositado no corpo, gordura é um investimento caro de mais, cujos re-sultados da poupança você fica sem-pre a perder. Moralidade: Coma fres-co, só o suficiente, não desperdice, poupe-se você é capaz de merecer ser saudável.
MESA
Hocus Pocus
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deolIndATEXTO / António Dacosta*
1. tira as roupas raparigamostra as vergonhasque issovoa voa asa brancanão se faz vestida
tens pele de pão doceseios do picoum ventre de baíafalta-te o navioe a caneca de vinho
mito mitagruta grotao escaler vai partir despacha-te raparigacome e cala
2. deolinda que de mim és rainhamove essa pedra e diz-mepor que fogem os peõesde que servem estes ismos
sequestrada no teu reinovê os ardentes cavaleirosda janela onde os chamassubir as escadas e escadas descer
rainha de rei sem tronoas rendas que fazes e desfazesos fios com que te enlaçassão o ouro do teu pescoço
deolinda finda o teu tecervem comigo olhar o mar
* pintor e poeta açoriano
(n. 1914, angra; m. 1990, paris)
PALAVRAS
EnvE-lhEcErEmsEgu-rança II
03 setembro 2012 / 14
TEXTO / Direcção Geral do
Consumidor
Retomamos na edição de hoje, novos conselhos da brochura “Envelhe-cimento Activo e em se-gurança”, lançada pela Direcção Geral do Con-sumidor (DGC).Assim, dentro do domicí-lio, mais em concreto na sala de estar, recomen-da-se que sejam preferi-das “as passadeiras e os tapetes antiderrapantes
ou fi-xos ao c h ã o p a r a evitar q u e -das”.M a s h á m a i s conselhos: certifique-se que a mobília onde eventu-almente se apoia é estável e segura; não coloque fios elétricos debaixo de carpetes ou tapetes; não utilize os aquecedores para secar roupa e mantenha-os afastados de cortinas e móveis; e não utilize brasei-ras a carvão em salas fechadas ou pouco arejadas e mantenha limpas a chaminé e condutas de saída de fumos, de modo a evitar intoxicações por inalação de monóxido de carbono.já na cozinha, a brochura alerta para que se ilumine bem a cozinha, especialmente nas áreas do fogão, lava-loiça e bancada; que se mantenha o chão seco para evitar quedas; para não se colocar materiais inflamáveis perto do fogão; para não se desligar o esquentador e apagar o fogão, sempre que se au-sentar; para se utilizar as botijas de gás na posição vertical, fechando-as bem no final de cada utilização; para se limpar regularmente o exaustor e os filtros; e para se desligar a tomada aos electrodomésticos mais pequenos quando não estão a ser utilizados.“Não se esqueça de que a instalação e manutenção dos aparelhos de combustão devem ser feitas de acordo com as instruções do fabricante e, no caso dos aparelhos a gás, por profissionais credenciados”, recorda ainda a brochura.
CONSUMO/OPINIÃO
viaGens ao cerne das coisas xvii
la daMe du saint esPrit
Estava em Paris em trabalho mas tinha trocado cor-respondência com o famoso Psicólogo Social Serge Moscovici (“pai” das Representações Sociais) e man-dara-lhe o meu endereço lá. Estávamos, eu e a minha colega, no restaurante do hotel ao pequeno-almoço quando me foi anunciada uma chamada telefónica de um sr. Moscovici. Combinámos encontro para falar do Espírito Santo e fui verificando o crescer do seu inte-resse! Percebi quão estranho lhe parecia ver a matéria que ele tinha criado em laboratório e que andara a es-tudar durante mais de dez anos (a influência das mino-rias activas), ali “ao natural”, nas minhas descrições do Culto do Espírito Santo! Mas o seu entusiasmo travou ao constatar as dificuldades, o desinteresse local (da própria Universidade), acabando a lamentar-se por “estar tão velho” para encetar novo trabalho, embora fosse o que maior gosto lhe daria… Fui à EHESS, Écol-le des Hautes Études onde ele, já jubilado, ainda tinha um gabinete de atendimento, mais uma ou duas vezes e, tanto lá como em Portugal (no ISCTE, onde também colabora) falámos, discutimos e concordámos ser o Culto do Espírito Santo um campo de estudo extraor-dinário para as ciências sociais. Moscovici ainda tentou encarregar desta investigação um seu ex aluno, que estava em Espanha, mas ir para os Açores (onde para mais, não se esboça nenhum interesse) não é fácil. O certo é que, sempre que volta ao ISCTE, Moscovici pergunta pela “Dame du Saint Esprit”…
*Historiadora
PSICóLOGO
ESP.º SANTO ENTUSIASMA
TEXTO / Antonieta Costa * / antonieta_c@hotmail.com
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É como a montanha russa, quer se an-dar nela mais vez. E que tal escalpelizar mais uma lista de filmes? Desta feita a responsabilidade é da revista “Cinema-nía”, do país de “nuestros hermanos”, número de maio. Os leitores votaram em massa no twiter, no face, por e-mail, além de alguns críticos de cinema.Surpresas? O Cavaleiro das Trevas em segundo lugar. Trata-se de uma vela-da declaração de intenções, a de atirar beijos a Hollywood. Ámen. O filme só se salva pelo joker e o resto é pobrezinho, desde o argumento à voz forçada de Bale (só o Clint Eastwood sabe fazer voz de durão sem fazer rir).Pulp Fiction nº3? É um filme que trouxe ar fresco aos thrillers policiais: os heróis são fulanos que conversam desbraga-damente sobre seja o que for e cruzam-se histórias desligadas. Um marco do cinema mas será melhor que Sacanas sem Lei, 61? O problema é que este últi-mo foi vendido como produto de guerra quando é um filme sobre o amor ao ci-nema. A primeira cena dura 23 minutos que parecem 5 ou 6 apenas. It’s a bin-go!O Império Contra-Ataca” da saga Guer-ra das Estrelas em sexto. Qualquer um dos 3 originais ficaria bem nesta lista: há um antes e um depois destes filmes em ficção científica porque, passe o cliché, Star Wars foi um universo que surgiu e um objeto de culto do cinema mainstre-am.Casablanca em sétimo? Uma boa sur-presa e justiça ao filme que toda a gen-te cita (mal) de memória, uma vez que a voz nasalada de Bogart apenas diz: -play it Sam! Qualquer filme que mis-ture géneros tão bem (será um noir? Uma história de amor? Guerra?) e em que uma simples frase (os suspeitos do costume) dê origem a outro filme é um peso pesado da sétima arte e sete aqui é mesmo perfeição!
A Origem nº 15? Vamos poupar as pala-vras e assim será menos doloroso para todas as partes envolvidas; senhores realizadores americanos; sabemos que gostam de efeitos especiais e que gos-tam de esposas falecidas, podem deixar de misturar as duas coisas por favor? Ah... Nolan nasceu em Inglaterra? Não se nota. Este parágrafo aplica-se tam-bém a Gladiador, nº 24.E Ridley Scott sabe o que é cinema: por cada Gladiador e Reino dos Céus há um Alien, 52 ou um Blade Runner, 16. Onde aqueles pecam por terem ornamento excessivo e conteúdo algo simplório, estes figuram entre a nata dos seus respetivos géneros. Como não vi o novo Prometeu não posso assegurar que a ficção científica seja a excelência do re-alizador, mas parece ser assim.Em Busca da Arca Perdida nº 56? Bem, numa lista de Hollywood, até devia ser mais alto... trata-se do início da comé-dia de aventuras em registo tecnologia de ponta. Deu origem a cerca de 3 mi-lhões de imitações e uns clipes musicais dos Duran Duran; um james Bond mais culto e menos elitista ao mesmo tempo. Fórmula que se tornou genérica e isso conta a seu favor. Até porque Spielberg já fez um pouco de tudo, com resultados diversos.Surpreende a ausência da obra-prima de Almodóvar: Fala com Ela. Poucas vezes o subversivo Pedro revelou o seu mundo particular de forma apelativa: aqui faz-nos sentir que lhe devemos al-guma coisa.Registe-se que Os Ladrões de Bicicletas fica aqui no lugar 196. Ora isso é simpá-tico porque o filme é de 1948 e é italia-no. Fora isso, é uma das experiências de cinema que vale para a vida e que não é possível sobrevalorizar: devia ser obri-gatório em todas as escolas do mundo.Se ainda não o viu apresse-se: é para ontem.
MAnIA dEcinema
OPINIÃO
TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros
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sErrETaÀvIsTa
DESTAQUE
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Parte da história da freguesia da Serreta, conce-lho de Angra do Heroísmo, que completa este ano os seus 150 anos, é feita de Fé e Festa. O Santuá-rio de Nossa Senhora dos Milagres, elevado pela Diocese de Angra em 2006, o tradicional piqueni-que na Mata, durante a chamada “Segunda-feira da Serreta”, no mês de Setembro, e a Sociedade Filarmónica Recreio Serretense, incluída nas mais antigas dos Açores, constituem as maiores refe-rências daquela localidade no noroeste da ilha Terceira. Outra referência é o registo de uma erupção sub-marina entre os anos 1998 e 2001, na conhecida Baixa da Serreta. Para trás, a história regista igual-mente uma erupção naquela área, mais perto da costa, mas em 1867, isto é, cinco anos depois da elevação da Serreta a freguesia, marcado como um período de intensa sismicidade. Mas, naturalmente, nem tudo são maravilhas da natureza ou do divino ou, ainda, convívios festi-vos. Dali há também o reconhecimento público da antiga Estalagem de arquitectura moderna, que albergou em 1971 George Pompidou e Richard Ni-xon, então presidentes da França e dos Estados Unidos da América, respectivamente. Nos dias de hoje, o edifício encontra-se em estado avan-çado de degradação e vandalismo. E, não menos importante, a futura Casa Mortuária, orçada em 200 mil euros, cuja obra de construção ficou pela metade. Pela metade poderá ficar agora a própria fregue-sia face à nova Lei Nº22/2012 promulgada pelo Governo da República, que prevê a possibilidade de extinção, fusão ou agregação de freguesias em todo o território nacional. Entretanto, a U fez-se à estrada não em peregri-nação mas em passeio, por onde foi descobrindo uma paisagem de mar; o verde das serras; nevo-eiro e cheiro a terra lavrada.
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texto e fotos / sónia bettencourtsonia@auniao.com
Para a Serreta, o ano de 1862 significa não só data de elevação a freguesia mas também de independência face às loca-lidades limítrofes, nomeadamente Doze Ribeiras e Raminho. Passou-se um século e meio. E é isso mesmo que se assinala: o 150.º aniversário desde a sua existência na história e no tempo integrados nos regis-tos do concelho de Angra do Heroísmo e
de toda a ilha Terceira. Contudo, antes dessa efeméride, o sen-timento religioso já se fazia notar ou não estivéssemos a falar da devoção a Nossa Senhora dos Milagres. A partir da altura em que a imagem foi transferida da igreja das Doze Ribeiras para a sua ermida na Serreta, em 1842, e, mais tarde, para a igreja paroquial, a freguesia foi-se reco-nhecendo como tal através da veneração da sua actual padroeira.Hoje, e sabendo-se que a 10 de Setembro de 1849 teve lugar a primeira tourada à corda na Serreta, numa segunda-feira, a dita freguesia do Noroeste, localizada a 22 kms de distância do centro da capital da ilha, tornou-se sinónimo de Fé e Festa. Trata-se de uma interligação, portanto, que todos os anos levam àquela zona cen-tenas de forasteiros dos quatro cantos da ilha Terceira, em peregrinação ou mesmo de transporte, para integrar um encontro de gerações e promessas. São círios quei-mados no tocheiro, no pátio exterior da igreja, e, a cada chama ao vento, uma nova esperança se forma no coração dos fiéis. Desde a constituição da Irmandade dos “Escravos da Senhora”, em 1764, por um grupo de fidalgos, passaram-se séculos até a Paróquia de Nossa Senhora dos Mila-gres da Serreta receber o estatuto canóni-co de Santuário Diocesano, em 2006, pelo Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga. Um reconhecimento que detecta no pro-gresso do caminho da Fé o maior dos seus milagres.
DE PROFUNDISDa geologia também se faz a história. No caso da Serreta, o último acontecimento trata uma erupção submarina, no baixio da Serreta, a cerca de 300 metros de pro-fundidade, data dos finais de 1998 prolon-gando-se a actividade por três anos. Mas, anos antes, em 1867, há registo de
outra erupção na mesma zona mas mais perto da costa, o que terá provocado um período de sismicidade bastante signifi-cativo. O evento de há 14 anos foi relatado, pri-meiramente, pelos pescadores. A lava ori-ginou blocos que subiam à superfície. De acordo com os trabalhos de investigação científica, eram ocos, alguns de grande di-
mensão, e libertavam gás do seu interior. Uma fumarola que, segundo os especia-listas, surgia pelo contacto violento de di-ferentes temperaturas. As pedras mantinham-se por breves ins-tantes sobre o mar, mas logo afundavam, algumas depois da sua explosão, as quais libertavam um odor forte a enxofre. Crê-se que o agora conhecido e reconhe-cido, pelo menos na comunidade científica, Vulcão da Serreta esteja menos perturba-do. À primeira vista, embora sempre com as suas águas naturalmente agitadas, a zona em referência mantém-se tranquila. Haverá, um dia, novos fenómenos vulcâ-nicos? É uma pergunta que reside no se-gredo das profundidades.
NIXON E POMPIDOUA inauguração da antiga Estalagem da Serreta, obra de arquitectura moderna da autoria de joão Correia Rebelo, remon-ta a 1969. Vista privilegiada sobre o mar, paredes-meias com o Parque Natural da freguesia, e uma envolvência que apela ao descanso e à tranquilidade. Mas não foi o suficiente para garantir a sua actividade. Talvez a distância do centro da comuni-dade e da metrópole; o isolamento entre a
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outrora estalaGeM de renoMe
Parque natural Para Piquenique
vegetação; ou, ainda, a escassez de meios de transporte público. Contudo, a unidade hoteleira agora em estado avançado de degradação e vanda-lismo, ficou na história por ter albergado os presidentes da França e dos EUA, Ge-orge Pompidou e Richard Nixon, respecti-vamente, em 1971, por ocasião da Cimeira Atlântica. Pelo meio, após o encerramento, o edifício acolheu a “Association Le Patriarche” du-rante os anos 80, uma instituição vocacio-nada para o tratamento e recuperação de toxicodependentes, que estava represen-tada em vários países da Europa. O projecto não se manteve ali e a Estala-gem da Serreta, outrora projecto ambi-cioso, ficou-se apenas pelas referências históricas e arquitectónicas. Em 2007, a Assembleia Legislativa dos Açores, avançou com a classificação de interesse público.
MÚSICA PARA TODOSA Sociedade Filarmónica Recreio Serre-tense é a mais antiga, em actividade, da ilha Terceira. Formada em 1873, e inte-grando uma escola de música a partir de 1994, a banda conta actualmente com 40 músicos entre 10 e 70 anos de idade. Re-presentam cerca de 13% da população da freguesia da Serreta. É marco cultural e familiar. E já com traba-lho gravado e registado em CD´s. Primam os pasodobles e os ritmos musicais con-temporâneos. Menos ritmo tem o núcleo populacional. Segundo os Censos 2011, a Serreta regista um pouco mais de três centenas de habitantes. Não será por isso que deixará de ter certas valências, por um lado, como não será por isso que deverá usufruir de todos os espa-ços e infra-estruturas face a localidades onde a dinâmica social se revela superior. É exemplo a futura Casa Mortuária, cuja obra de construção parou em 2010, por falta de verba. São 200 mil euros totais traçados com linhas arquitectónicas mo-dernas. Até ao momento, a Serreta não dispõe de espaço próprio para as exé-quias. E, dado o “alto voo” financeiro em causa, a realidade é ainda uma miragem. Aliás, a realidade sempre que estimada costuma impor-se duas vezes mais.
SUPRESSÃO A nova lei Nº22/2012 foi promulgada pelo Governo da República prevendo a extin-ção, fusão ou agregação de freguesias em todo o território nacional.Essa reforma da administração local po-derá ser encarada como um novo desafio ou como uma supressão feita a régua e esquadro. Recorde-se que o Poder Local foi criado em 1976 com o objectivo de aproximar os cidadãos do representante máximo da sua própria comunidade. Há a realidade e esta, açoriana, contém características muito específicas na qua-lidade de Região Ultra Periférica. Descentralizar ou suprimir os feitos histó-ricos e sociais cujas marcas são únicas?
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DirectorMarco Bettencourt Gomes
EditoraHumberta Augusto
Redacçãojoão Rocha, Humberta Augusto,
Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt
Design gráficoFrederica Lourenço
PaginaçãoIldeberto Brito
Colaboradores desta ediçãoAdriana Ávila, Antonieta Costa, António Dacosta,Carmo Rodeia, Frederica Lourenço, joaquim Neves, josé júlio Rocha, Leocádia Regal, Luís Filipe Miranda, Paulo Brasil Pereira, Pedro Caneco Costa,Phillipa Cardoso, Rildo Calado e Teodoro Medeiros
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revista“communio”SobREDEMocrAcIA
A primeira edição de 2012 da revista “Communio” é dedicada à “Democra-cia”, termo que segundo o texto de apresentação é difícil de precisar devi-do às «múltiplas apropriações que dele se têm feito».«A crise que presentemente vivemos e os novos modelos sociais e políticos que se anunciam levam-nos a analisar criticamente o conceito de democracia, perspectivando-o quer nas suas raízes, conquistas e possibilidades quer nas suas limitações e efeitos perversos. É esta a pretensão do presente número da “Communio”.Inicia-o um texto de josé Pedro Serra, Atenas. A democracia na Grécia Anti-ga. Com ele remontamos ao país, na Antiguidade Clássica, onde o termo demokratia designava a soberania do povo, opondo-se ao domínio de um grupo de poderosos. A democracia tal como os gregos a entenderam e con-cretizaram é aqui analisada na sua gé-nese, na sua prática, nas instituições que acolheu, nas teorizações políticas a que deu origem, nas críticas que oca-sionou, sendo visíveis as diferenças no que respeita ao modo como hoje a en-caramos.Trazendo-nos para um domínio mais vasto no qual se insere a práxis demo-crática, Adriano Moreira debruça-se sobre a actividade política, sublinhando a nobreza que lhe é inerente. Em A dig-nidade da política insere o exercício do poder governativo numa escala de va-lores, nela relevando dois paradigmas que designa por maquiavélico e ético. Se o primeiro se associa a um conjunto de procedimentos enganadores onde domina a falta de autenticidade, o se-gundo insere-se na procura de uma nova diplomacia global, destinada a conciliar o mundo e a restaurar padrões comuns de dignidade na política, assen-tes na concordância entre o discurso e a prática, numa permanente busca de paz para os nossos dias.Ainda no domínio da práxis democrática inscreve-se o artigo de Herbert Schlö-gel. Para assegurar, nos regimes de-mocráticos, estabilidade e justiça social
requer-se a prática das virtudes demo-cráticas, entre elas as virtudes cardeais, defende o Autor em A democracia vive das virtudes e com as virtudes.No texto O povo é quem mais ordena?, josé Manuel Pureza analisa a democra-cia do nosso tempo em função de mo-vimentos pendulares nos últimos dois séculos. O Estado liberal foi o primei-ro. Nele a democracia surge limitada diante da prevalência do mercado. Em segundo lugar temos a afirmação dos welfare states conferindo à democracia um entendimento amplo, assente num contrato social de camadas sociais até então arredadas do campo da decisão e implementação das políticas públicas. Hoje vivemos o auge de um terceiro movimento, marcado sobretudo pela
TEXTO / Secretariado Nacio-
nal da Pastoral da Cultura
TEOLOGIA
anÁlise crítica da deMocracia
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descoincidência entre o espaço da decisão política e o espaço da decisão económica. O que determina uma nova retracção do espaço democrático e mina o campo da representação políti-ca, esvaziando as orientações nacionais e substituindo-as por padrões globais de governação desenhados por entida-des difusas e sem escala.É também sobre o nosso tempo e so-bre o modo como este possibilita (ou impossibilita) uma vivência democrá-tica que se situa o artigo de Guilherme Oliveira Martins, Uma crise com lições muito urgentes. A posição de Bento XVI na encíclica Caritas in Veritate é uma re-ferência a partir da qual analisa a crise que actualmente vivemos, sublinhando as razões que a provocaram e frisando a desvalorização efectuada pela econo-mia sobre uma ética da utilização dos recursos disponíveis.Na sequência de estudos anteriormen-te desenvolvidos, joão Maria André alerta-nos para a importância do factor multicultural que nenhuma das actuais democracias poderá ignorar. Em Mul-ticulturalidade, democracia e direitos humanos I (um ensaio cuja segunda parte será publicada no próximo núme-ro da Communio) lembra-nos a recor-rência do factor multicultural ao longo da história dos homens, evidenciando os processos fecundos de interacção mas também os conflitos e guerras que dele derivaram. A multiculturalidade é apresentada como resposta a mundivi-dências etnocêntricas e como desafio à tradição de um modelo de democracia inspirado numa matriz liberal, apelando para uma de direitos e exigindo o seu reconhecimento para que se possa con-cretizar uma noção justa de cidadania.Na perspectiva de que a democracia suporta diferentes olhares e interpre-tações, Hans Schelkshorn em A Europa e a revolta árabe analisa o fenómeno da “primavera árabe”, contrastando o entusiasmo e a coragem dos povos em que tal movimento ocorreu com a ati-tude de reserva letárgica (e por vezes também cínica) da política e da opinião
pública europeias. Tece também con-siderações sobre a possibilidade de os povos árabes serem capazes de cons-truir um Estado de direito democrático, lembrando Camus (L’homme révolté, 1951), para quem “o escravo que toda a vida recebeu ordens, subitamente acha mais uma insuportável”. A concluir estes diferentes olhares so-bre a democracia, um texto emblemá-tico – o discurso do Papa Bento XVI ao Parlamento Federal Alemão em 22 de Setembro de 2011, durante a sua via-gem apostólica à Alemanha. As ques-tões que nos propõe este seu escrito – Os Fundamentos do Estado Liberal de Direito – levam-nos a reflectir sobre a necessidade de colocarmos no coração da política “um compromisso em prol da justiça e, assim, criar as condições de fundo para a paz”.
TEOLOGIA
do esPaço deMocrÁtico
nova retracção
PréMio world Press PHoto 2011, siMbólico da PriMavera Árabe
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ALTERANDORotAS
O centro a cra-tera o cerne de explosão senti-das no auge da fusãoConcentrei-me num pontoFinal faiscante de promessasFirmes de aventura.Firo o vértice da cúpula construída Em dias de suspensa duraçãoNo ápice da vertigem insegura.De súbitoO centro a cratera o cernede explosão sentidasno auge da fusão.
De onde viestePássaro do sulÀ procura deste pontoInicial e vário?
Sobrevoaste terra e marAlterando rotasPrevistas nas cartas interioresDa cativa consciência.
Encontraste o rumoSob o rumor da raiva- acesa na escura derrotaSempre vital –InesperadamenteNum sopro irrealDe vida contingenteOcasional.
TEXTO / Leocádia Regalo
FOTO / Pedro Caneco Costa
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ToDAS AS VEZES Que entristeceres
PeLo entardecer adentro
Não posso dizer que sou um mau condutor. O contrário também não. Gosto de automóveis e, por isso, acho-me, às vezes, um daqueles seres humanos masculinos com uma espécie anedótica de superfi-cialidade, semelhante à dos que gostam de pesca, caça, dois jogos seguidos de futebol, etc. E que pensam que as mulheres são super-ficiais porque só pensam em novelas, perfumes, vida alheia e corpos danónicos.Em 1995 ainda rezava nos montes da nossa ilha Terceira, coisa que já não faço agora por puro comodismo: rezo nas capelas, na igreja, em casa. Rezei laudes na Serra do Cume. Hora Intermédia na Serra de Santa Bárbara. Ofício de Leitura na Rocha do Chambre. Vésperas no Pico Alto. Completas na Lagoa do Negro, num pico, duas da manhã, sobre uma paisagem iluminada pela lua onde nuvens e montes diziam que o céu era mesmo por ali. Amo com veemência todas as ervas da minha terra. E as pessoas que as cultivam ou que delas se esquecem. Ser terceirense é um dom imerecido.A 22 de Novembro de 1995 decidi rezar, junto ao mar, a Liturgia das Horas, num fim de manhã sedoso de Novembro. Estava nos Biscoitos, nas pedras encapeladas do Belo Abismo. Uma onda mais alta decidiu estragar-me a oração e molhar o livro e eu regressei, com uma dose intrínseca de frustração, para casa. No caminho, como quase sempre acontecia, aumentei a velocidade que os meus 26 anos permitiam. Ti-nha os óculos molhados dos salpicos da água do Abismo. Procurei, no porta-luvas, um qualquer pano que me limpasse os óculos. 70 ou 80 à hora (perdoem-me). Perdi o controle do meu queridíssimo Starlet AN-61-10. Embateu violentamente contra uma rocha, não sem antes desbravar uns pés de hortênsia no desespero de controlar a inofen-siva viatura.Antes do embate, prevendo o iminemtíssimo futuro, agarrei-me, com as forças que não tinha, ao volante. Não me lembro do embate. Lem-bro-me de voar para trás, numa explosão de vidros, de fumo e de ba-rulho. De levantar a cabeça. O volante disforme. O pedal da embraia-gem em cima do pedal do travão, que, por sua vez, estava por cima do pedal do acelerador. A camisa rasgada pelo cinto de segurança.Saí do carro e rezei. Porque não havia outro modo de dizer fosse o que fosse: “Saí nu do ventre da minha mãe, nu para ele voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou... Bendito seja o nome do Senhor”. Foi isso que decorei, de coração, do 3º capítulo do livro de job. Uma paz imen-sa invadiu-me a alma naquele episódio. Como se Deus, naquela hora, me viesse dizer absolutamente nada: só me viesse apertar contra o Seu peito infinito.Não tinha nada naquele tempo. Era um puto entusiasmado com a for-ça da juventude e dava tudo por isso. Não punha – nunca pus – reser-vas á minha fé peregrina. Valeu-me na altura, o padre jorge Reis que não teve medo de nada. Esteve comigo e, no dia seguinte, obrigou-me a conduzir o seu velho carro cinzento para vencer o pânico que se sente depois de um acidente de automóvel. A amizade não se mede aos palmos. Muito menos aos centímetros.Uma pessoa mandou-me, secretamente, um cheque de 120 contos, para ajudar-me na minha inicial miséria. O seu nome é Aurélio Grana-da Escudeiro, Bispo de Angra.
OPINIÃO
TEXTO / Pe. josé júlio Rocha
uma
ÍnTIma
vIagEm
À mInha
InfâncIa
Em angola
Esta noite, sonhei, pela enésima vez, com o meu pai. O costume: ele vivo, sempre vivo, muito vivo. Neste sonho, ele estava sentado no sofá maior, com o Tomás en-costado ao seu ombro esquerdo, e a Filipa ao colo, a dar-lhe beijinhos e a oferecer-lhe gar-galhadas. Elogiou-lhe a mãe.Quando acontece so-nhar com ele, acordo sempre com túmidas saudades e uma agu-da nostalgia. Saudades dele, muitas saudades, e a nostalgia provocada pela lembrança das coi-sas telúricas: os chei-ros intensos, as cores garridas e dominantes, os sabores deliciosos e singulares dos frutos da terra, ou as imagens deslumbrantes do pôr-do-sol africano.
Depois de acordar, le-vei um longo tempo na cama, a recordar-me de momentos inesque-cíveis: ele a levar-me, pequenino, pela mão, a fazer chichi durante a noite; ele a nadar comi-go nas águas mornas da praia da Caotinha; ele a rir-se de mim, por me ver todo borrado de fuli-gem, a ajudar um mecâ-nico da sua oficina; ele a ver-me matraquear na máquina de escrever do seu escritório, e a fazer comboios intermináveis de clipes; eu sentado nas suas pernas, muito cuidadoso, a manejar o volante do carro, du-rante os regulares pas-seios nocturnos; ambos nas exaltantes manhãs de caça, ele a ajeitar-me a caçadeira no om-bro, para eu atirar a uma perdiz; os dois a pescarmos, à beira-rio, com prazer e dolência, enquanto cheirávamos o odor inesquecível que o Sol provoca ao secar a terra, depois de uma chuva torrencial; a ver-mos, em família, os fil-mes em “super 8”, de quatro curtos minutos, com as imagens das fé-rias de Março; os dois sentados na varanda, ao finalzinho da tarde, e eu a vê-lo fumar o seu ca-chimbo, intensamente perfumado pelo aroma da mistura de três taba-cos; ele a explicar-me a estupidez do racismo ou da discriminação social; a visitarmos, aos domingos, as palhotas dos seus empregados pobres e negros, e ele
PARTIDAS
TEXTO / Luís Filipe Miranda
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U. G. A. • Contribuinte nº 512 066 981 • Rua da Palha, 11-17 • Angra do Heroísmo • Aut. Minist. 2-3-88 • 1 bl. c/ 50x3 ex. • 6-2008 Os bens/serviços foram colocados à disposição do cliente nesta data
Rua da Esperança, 44-A
9700-073 Angra do Heroísmo
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M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —
A B R I LS — 4 11 18 F —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 F 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 P — —
M A I OS — 2 9 16 23 30T — 3 10 17 24 31Q — 4 11 18 25 —Q — 5 12 19 26 —S — 6 13 20 27 —S — 7 14 21 28 —D F 8 15 22 29 —
J U N H OS — 6 R 20 27 —T — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —Q 2 9 16 F 30 —S 3 F 17 24 — —S 4 11 18 25 — —D 5 12 19 26 — —
J U L H OS — 4 11 18 25 —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 24 31 —
A G O S T OS 1 8 F 22 29 —T 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —Q 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —S 6 13 20 27 — —D 7 14 21 28 — —
S E T E M B R OS — 5 12 19 26 —T — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —S 2 9 16 23 30 —S 3 10 17 24 — —D 4 11 18 25 — —
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PU
BLIC
IDA
DE
a ouvir atentamente as queixas habituais das mulheres, enquanto eu brincava com o enorme rol de filhos; ou os dois a caminho de casa, eu com apenas doze anos, após ter feito a primei-ra greve às aulas no Li-ceu, e ele a ensinar-me, com uma serenidade e sabedoria iluminadas, os obrigatórios Deveres da Democracia e da Li-berdade, depois de eu ter aprendido e aplica-do primeiro e depressa demais apenas os Direi-tos.É uma glória ter tido um pai assim – ainda que por tão pouco tempo.
O COSTUME: ELE VIVO, SEMPRE VIVO, MUITO VIVO. NESTE SO-NHO, ELE ES-TAVA SENTA-DO NO SOFÁ MAIOR
PARTIDAS
os dois a PescarMos, à beira-rio,
coM Prazer e dolência
Rua da Rosa, 199700-171 Angra do HeroísmoTelefone: 295 214 275Fax: 295 214 030
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Rua da Rosa, 19 | Apartado 49
9700-171 ANGRA DO HEROÍSMO
Tel. 295 214 275 | Fax 295 214 030
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M A R Ç OS — 7 14 21 28 —T 1 E 15 22 29 —Q 2 9 16 23 30 —Q 3 10 17 24 31 —S 4 11 18 25 — —S 5 12 19 26 — —D 6 13 20 27 — —
A B R I LS — 4 11 18 F —T — 5 12 19 26 —Q — 6 13 20 27 —Q — 7 14 21 28 —S 1 8 15 F 29 —S 2 9 16 23 30 —D 3 10 17 P — —
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J U N H OS — 6 R 20 27 —T — 7 14 21 28 —Q 1 8 15 22 29 —Q 2 9 16 F 30 —S 3 F 17 24 — —S 4 11 18 25 — —D 5 12 19 26 — —
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03 setembro 2012 / 28
“o que vale a pena ser feito vale a pena ser bem feito.”
nicolas Poussin
cArTooN
óCIOS / OPINIÃO
AS MAIS VIStASONLINE
Pelo CDS/PPEDUARDA BORBA LIDERA LISTA NA GRACIOSA
Esta quarta-feira pelo funeral SINOS DOBRAM NOS AÇORES POR D. AURÉLIO GRANADA ESCUDEIRO
questionário
O ACORDO DE FINANCIAMEN-TO COM A RE-PúBLICA É PO-SITIVO PARA A REGIÃO?
siM 22 (30,56%)
não 50 (69,44%)
total: 72 (100%)
ENTRETENIMENTO / OPINIÃO
07 maio 2012 / 28
“Citação e/ou frase aqui.”
AS MAIS VISTASONLINE
A MA-ÇONARIA INFLU-ENCIA A POLÍTICA PORTU-GUESA?
QUESTIONÁRIO
SIM
NÃO
CARTOON
Título Aqui
Título Aqui
YUP / PAULO ARRAIANOTEXTO / Frederica Lourenço
Na fluidez orgânica de linhas, persona-
gens, formas, cores e composições que
formam o universo visual de Paulo Ar-
raiano, reside uma dualidade que funde o
natural e o artificial, natureza e urbanida-
de, emergência e criação. Na intersecção
entre estes dois mundos aparentemente
opostos e exclusivos, conseguiu estabe-
lecer um novo equilíbrio que emerge da
energia primitiva que flui entre um e o
outro e se encontra na raiz da linguagem
visual que criou e que expressa de forma
tão intensa. Neste universo, o abrangen-
te nom de guerre Yup é uma exclamação
I am a fan of
de positividade, uma exortação à vida de
forma intensa, ao movimento primordial
que é canalizado através dessas mesmas
linhas, desses mesmos meridianos que
expressam o sujeito do desenho na sua
forma mais pura e essencial.
Paulo Arraiano vive e trabalha em Cascais.
Vive a tempo inteiro como Artista Plástico
e Visual e tem exposto o seu próprio tra-
balho de forma regular, muitas vezes em
projectos colectivos. Divide o seu tempo
entre o desenho, a pintura, o surf, o skate
e a prática de Shiatsu e Qigong.
www.pauloarraiano.com
03 setembro 2012 / 29
As obras distinguidas com prémios e menções hon-rosas no World Press Cartoon 2012 vão estar expos-tas até 16 de Setembro nos Casinos Estoril e Lisboa.
até 16 setembro
Os cartoons estarão pa-tentes na galeria de arte do Casino Lisboa e no átrio do Casino do Esto-ril, entre os quais os de-senhos do cubano Ares e do norueguês Egil Nyhus,
CASInoS lISboA E EStoRIl
que venceram, ex-aequo, o Grande Prémio.Arístides Guerrero foi premiado com um cartoon, “no qual se vê um bombardeamento com bombas em forma de tocha da estátua da Liberdade”.Egil Nyhus foi premiado na categoria Caricatura, com um retrato de Dominique Strauss-khan, “apresenta-do como um porco-mealheiro atrás das grades”.
ROTEIROS da baleação
Serão lançados em breve cinco roteiros sobre o pa-trimónio baleeiro imóvel do arquipélago. Esta será uma das “consequências imediatas” da elaboração do Inventário do Património Baleeiro Imóvel dos Açores, que o Governo contratualizou no ano passado com o Observatório do Mar dos Açores (OMA.Através do OMA, e agrupando algumas ilhas, os ro-teiros vão permitir que qualquer visitante possa fa-zer um percurso ao longo da ilha e ter um contacto directo com os sítios e com os locais onde existiram actividades ligadas à baleação.O trabalho agora entregue ao Governo pelo OMA, na sequência do contrato celebrado em fevereiro do ano passado, inventaria 186 itens, maioritariamente localizados nas ilhas do Pico (43), São Miguel (30), Faial (24) e Flores (23). Os restantes itens estuda-dos situam-se nas ilhas Graciosa (20), São jorge (15), Terceira (15), Santa Maria (11) e Corvo (cinco).
localizada na Hor-ta a “casa Manuel de arriaga” é um imóvel originário do séc. xviii, clas-sificado de interes-se Público, que foi a residência do 1o Presidente da re-pública Portugue-sa.com projecto de arquitectura de rui Pinto e ana robalo | arquitetos, pro-grama museoló-gico do Museu da Horta e projecto museográfico de rui filipe e claúdia zimmermman, este equipamento cul-tural evoca a insig-ne figura faialense, Manuel de arriaga, que ali nasceu e viveu grande par-te da sua juventu-de, destacando-se as suas várias va-lências funcionais: espaços para a ex-posição de longa duração e projec-ção de filme, expo-sições temporárias, consulta de docu-mentação digitali-zada e biblioteca, sala polivalente e reduto verde.a casa Manuel de arriaga, para além de fixar a memó-ria do primeiro Presidente da re-pública e o seu tempo, projecta-se na substância dos seus ideais e valo-res republicanos, como um núcleo moderno de refle-xão e de estímulo à participação cí-vica.
CULTURA
WorlD prESS CARtoon
PU
BLIC
IDA
DE
GrIMESTEXTO / Adriana Ávila
Claire Boucher é uma jovem Canadiana de 24 anos, deu as primeiras pisadas na música quando ainda es-tudava na faculdade em Montreal onde se envolveu no parâmetro da música eletrónica. Em 2010 edita o seu primeiro álbum de originais Gei-di Primes com um ímpeto toque de experimental e darkwave. No mesmo ano lança outro álbum intitulado Halfaxa também com uma sonoridade de certo modo abstrata, recorrendo à voz como instrumento princi-pal.Esta artista, tem referências e influencias de nomes
VISIonS 2012
como, Cocteau Twins, How to Dress well, entre outros.No presente ano lançou o seu mais recente disco Vi-sions, recheado de temas em muito adequados ao sa-bor de uma esplanada no verão.http://www.myspace.com/boucherville
a tempestade dYlan“Tempest”, o 35.º disco de originais de Bob Dylan, vai chegar ao mercado português a 10 de Setembro. Produzido por jack Frost, o disco inclui dez novas canções e tem em “Duquesne Whistle”, o primeiro “single” disponível. O novo álbum assinala os 50 anos do primeiro disco de Bob Dylan, lançado em 1962.
cAMINHoS do CInEMAO festival Caminhos do Cinema Português está até 15 de Setembro de 2012 a receber inscrições de fil-mes e argumentos para selecção nas secções: Sec-ção Competitiva, Ensaios Visuais e Coimbra Filma-se. Do cinema de escola aos profissionais todos têm direito à exibição das suas obras num espírito de comunhão com os diferentes públicos.As inscrições dos filmes e a consulta dos regula-mentos são feitas através do site oficial em www.caminhos.info.
Piano a quatro mãosIrina Semenova e Diana Botelho Vieira deixam o convite para assistir a uma viagem através do tem-po, com Rachmaninov, Barber e Gavrilin, deixar cor-rer a imaginação e “dançar” uma Valsa e um Tango, “passear” de Barcarola, maravilhar-se com os sons dos Sinos, ou deliciar-se com um Romance, entre outros momentos.A 14 DE Setembro, pelas 21h30, no Salão Nobre do Teatro Micaelense.
CULTURA
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03 setembro 2012 / 31
oPInIonarticle HEadLi-
NETEXTO / nome jornalista
To etur modioruptas dolorem abo-rehe niatin eum et esti bla qui cuscim lisi dolupta ectur? Am, vide estrupt atureped mos sus que voluptas dolor mi, omnihici consecum dolorectium ipsaper chitatet ommolup tiberci psumque doloreptas imusam facese-que volorru ptiant demquat ibernat. Fugitaquis dolorep udigend ucius. In-tio omnis a volentur alitiorum escipsa ecuptatus iunt volupisqui beatem-porrum et ut destibus alis sequibus destiis eost, saest ut que nonsequi nes rem vollacc atecae rem solliatius sunto et ium ad qui debit, veniasp isquament, que sequi alitius restiae volupta ecepudis milicip sandus et facid mo tem volluptis dolentures evelluptatur res sequi occum rem-ped quat in parci re labo. Ro intem-po rporem volorum videsto tet utem ium dolorro ium rerum eium ipit, que sum a dolupic tem quodit et alitat imoloru ptatqua eritinv endunt quia
doloreium est, offictur, eosantumene saerum, es maios voleceperum faci nectatur repedig enditibus modi cor sitatur, cum hil ipsae quias sapissunt. Obitatur recabor am harum fuga. Otatemque incil intur aspe verovitam iur moluptatur, con pelest maximil lo-rest, omnis re voloribea derum sinciis dis prem. Nam doloristrum aut harum dolorror si odis dit minum eumquia debis maximolores nonsed et qui blab imos aut omnisquam sectia pe Ugia doluptur sum sequia aut et re, quaersperum nia dolo occum
MoBIlE ArT nA PRAIA
III Encontro deIII Encontro deIII Encontro de
Escaladores do AtlânticoEscaladores do AtlânticoEscaladores do Atlântico
7 a 10 de Setembro de 2012
Ilha Terceira - Açores
Dia 07 Dia 07 Dia 07 --- Recepção aos participantesRecepção aos participantesRecepção aos participantes
Escalada na zona do ChupaEscalada na zona do ChupaEscalada na zona do Chupa---Cabras (Escalada Desportiva e bloco)Cabras (Escalada Desportiva e bloco)Cabras (Escalada Desportiva e bloco)
Escalada na sala indoor da associaçãoEscalada na sala indoor da associaçãoEscalada na sala indoor da associação
Percurso Pedestre Monte BrasilPercurso Pedestre Monte BrasilPercurso Pedestre Monte Brasil
Dia 08 Dia 08 Dia 08 --- Escalada na zona da chanoca e Workshop de escaladaEscalada na zona da chanoca e Workshop de escaladaEscalada na zona da chanoca e Workshop de escalada
Escalada na zona dos BiscoitosEscalada na zona dos BiscoitosEscalada na zona dos Biscoitos
Jantar convívio, e visualização de videoJantar convívio, e visualização de videoJantar convívio, e visualização de video
Percurso PedestrePercurso PedestrePercurso Pedestre
Dia 09 Dia 09 Dia 09 --- Escalada na zona de S. Barbara (Ponta Gorda)Escalada na zona de S. Barbara (Ponta Gorda)Escalada na zona de S. Barbara (Ponta Gorda)
Jantar convívio e entrega de lembranças aos participantesJantar convívio e entrega de lembranças aos participantesJantar convívio e entrega de lembranças aos participantes
Percurso PedestrePercurso PedestrePercurso Pedestre
Dia 10 Dia 10 Dia 10 --- Viagem de Regresso a Casa !!! Viagem de Regresso a Casa !!! Viagem de Regresso a Casa !!!
Desconto em viagens interilhas & Alojamento/Refeições no Regimento de Guarnição n.º 1 Desconto em viagens interilhas & Alojamento/Refeições no Regimento de Guarnição n.º 1 Desconto em viagens interilhas & Alojamento/Refeições no Regimento de Guarnição n.º 1
Apoios: Organização:
5 Sectores de escalada desportiva5 Sectores de escalada desportiva5 Sectores de escalada desportiva 2 Sectores de escalada de bloco2 Sectores de escalada de bloco2 Sectores de escalada de bloco 3 Percursos Pedestres para os caminheiros3 Percursos Pedestres para os caminheiros3 Percursos Pedestres para os caminheiros CONTACTOS: montanheiros@montanheiros.com Telefone: 295212992CONTACTOS: montanheiros@montanheiros.com Telefone: 295212992CONTACTOS: montanheiros@montanheiros.com Telefone: 295212992
MUITA ANIMAÇÃO !!!MUITA ANIMAÇÃO !!!MUITA ANIMAÇÃO !!!
I Encontro de Montanhismo
A Academia de juventude e das Artes da Ilha Terceira, em parceria com a Associação Cultural Burra de Milho, promove, de 3 a 6 de Setembro, o Workshop “Mobi-
WorKsHop
le Media & Art” na ilha Terceira.Esta iniciativa pretende recorrer a diferentes meios para a captação de imagem e sua edi-ção, tendo em conta questões associadas à literacia nos média, à
desconstrução das imagens veiculadas na Internet e nos média tradicionais através da criação artística.O workshop irá dividir-se numa sessão de conceitos base, exercícios práticos e posterior apresentação à comunidade do trabalho realizado, através de uma mostra recorrendo a ferramentas disponibilizadas naInternet.
a secção de esca-lada da associação os Montanheiros, está a organizar o iii encontro de escaladores do atlântico que con-ta com o apoio da atlânticoline, do regimento de Guarnição no1 e da federação Portu-guesa de Monta-nhismo e escalada (fPMe).o evento terá lu-gar entre os dias 7 e 10 setembro, em cinco sectores de escalada desporti-va e dois sectores de escalada em bloco.as inscrições estão abertas até ama-nhã e deverão ser por mail indicando: nome completo, bi, contacto telefóni-co e indicação se pretendem aloja-mento/refeições.
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OPINIÃO / AGENDA
OPINIÃO / AGENDA
07 maio 2012 / 31
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Projectado para ser a maior loja de mobi-liário e design da Ásia, localiza-se ao lon-go de Bencoolen Street, a zona das artes e do entretenimento de Singapura. Este “cubo de vidro” completa um conjun-to de 3 edifícios, sendo a única unidade construída de raíz. As grandes marcas do design contemporâneo (com a Kartell, a B&O ou Giorgetti) integram este projec-to, que permite aos visitantes, muito mais do que a simples compra de mobiliário - experiências inesquecíveis.
TEXTO / Rildo Calado
WORLDARCHITEC-
TUREFESTIVAL
2012
WAF AWARDS 2012
Shortlist 2012
Categoria: Edifícios completos
Subcategoria: New and Old
Projecto: Space Asia Hub
Localização: Singapura
Atelier WOHA Architects
www.woha-architects.com
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