SEMINÁRIO INTERNACIONAL Eles e elas no emprego e no trabalho: questões de justiça e de saúde

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL Eles e elas no emprego e no trabalho: questões de justiça e de saúde ETUI-FPCEUP. Segurança e Saúde no trabalho: a discriminação enquanto factor de risco Porto, 23 e 24 de Janeiro de 2014 Fernando Gomes Departamento Segurança e Saúde no Trabalho da CGTP-IN. - PowerPoint PPT Presentation

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL

Eles e elas no emprego e no trabalho: questões de justiça e de saúde

ETUI-FPCEUP

Segurança e Saúde no trabalho:

a discriminação enquanto factor de riscoPorto, 23 e 24 de Janeiro de 2014

Fernando Gomes

Departamento Segurança e Saúde no Trabalho da CGTP-IN

As mulheres na sociedade (1)As mulheres na sociedade (1)

1.52,2% da população residente;

2.5,5 milhões de acordo com os Censos 2011;

3.Em 2011 55% população feminina na idade activa 25-64 anos;

4.Esperança média de vida 82 anos;

5.As mulheres casam e são mães cada vez mais tarde e tem menos filhos;

Fonte: INE-Recenseamentos gerais da população de 2001 e 2011.

As mulheres na sociedade (2)As mulheres na sociedade (2)

1.Asseguram a maior parte das licenças de acompanhamento parental (Após Dec. Lei 91/2009

de 9 Abril);

2.57,7% Licença parental inicial;

3.82,6% Licença parental alargada;

4.91,3% Faltas para assistência a filhos (2010);

Fonte: INE, EU-SILC-Inquérito às condições de vida e rendimentos

As mulheres na família As mulheres na família

1.A taxa de emprego das mulheres era no 3.º trim. 2013 de 46,1%; Em 2011 era de 48%;

Fonte: INE-Estatísticas do emprego

As mulheres no mercado de trabalhoAs mulheres no mercado de trabalho

1.A taxa de desemprego das mulheres era no 3.º trim. 2013 de 15,9%; Homens de 15,3%;

Fonte: INE-Estatísticas do emprego

As mulheres no desempregoAs mulheres no desemprego

1. As mulheres sofrem mais com o desemprego;

2. As mulheres sofrem mais com a precariedade;

3. A maior parte das tarefas domésticas está a seu cargo;

4. E na sinistralidade laboral? Será que as mulheres também sofrem mais os seus efeitos?

Podemos afirmar que:Podemos afirmar que:

1.O n.º de acidentes com as mulheres tem vindo a aumentar nos homens a diminuir

As mulheres e os acidentes de trabalho (1)As mulheres e os acidentes de trabalho (1)

1.Aumentam o n.º de acidentes nos sectores e profissões onde predomina a mão de obra feminina;

2.Agravou-se a situação de desprotecção das mulheres face aos riscos;

As mulheres e os acidentes de trabalho (2)As mulheres e os acidentes de trabalho (2)

Se a realidade fosse ditada pelas estatísticas, diria que desde 2006 não há doenças profissionais;

Evolução dos sectores de actividade e tipologia de riscos profissionais que vitimam as mulheres faz-nos crer que esta tendência se tem agravado desde 2006;

Doenças profissionais objecto de reparação pelo Centro Nacional Protecção Riscos Profissionais

Fonte: Segurança Social

As mulheres e as doenças profissionaisAs mulheres e as doenças profissionais

  2001 2005 2006

 Mulheres

 453

 2230

 1987

 Homens

 867

 1394

 1590

Elementos discriminatórios na reparação de acidentes de trabalho e doenças profissionais:

A reparação dos danos por sinistro laboral funciona melhor para os acidentes do que para as doenças;Seguros - AcidentesSegurança Social – Doenças profissionais (Empresas)

A ineficácia da Segurança Social e do CNRP neste domínio é conhecida;

A reparação (1)A reparação (1)

Os homens sofrem mais acidentes do que as mulheres;

As mulheres sofrem mais doenças do que os homens; 

Estatísticas da Segurança Social/Março a Novembro de 2013

Os homens encontram mais probabilidade de reparação do seu sinistro do que as mulheres;

A reparação (1)A reparação (1)

Também no domínio do risco profissional encontramos factores de discriminação: Os riscos emergentes vitimam mais mulheres do que homens; - Stress- Lesões Musculo-esquelécticas Não há nenhum caso de reparação do stresse, depressão crónica ou outra doença psicossocial enquanto doenças profissionais

A discriminação face ao risco (1)A discriminação face ao risco (1)

 As situações de stress, assédio moral ou outro risco psicossocial só encontram alguma reparação no regime geral da segurança social; A maioria das doenças por Lesão Musculo-Esqueléctica não consta da Lista Nacional de Doenças Profissionais;

As mulheres ou trabalham doentes ou são atiradas para situações de miséria absoluta por falta protecção;

A discriminação face ao risco (2)A discriminação face ao risco (2)

O Stresse O Stresse (Inq. Fundação Dublin)

Em 2005 – 20% Trabalhadores acreditava que a sua saúde estava em risco devido ao stresse relacionado com trabalho:

Contratos precários; novas formas contratos trabalho; sentimento insegurança no emprego; horários trabalho longos; intensificação do trabalho;

Difícil conciliação entre vida profissional e privada.

Em 2002 – UE 15 – Custo económico estimado em 20 mil milhões euros (Comissão Europeia)

Os riscos psicossociais emergentesOs riscos psicossociais emergentes

Estudo sobre os factores de stresse em meio laboral nos transportes rodoviários de mercadorias, comércio e serviços:

São factores de stresse para as mulheres nos três sectores:

1.O risco ser despedida;

2.A organização do trabalho;

3.Problemas com as chefias;

4.A baixa remuneração que as faz viver com dificuldades;

Estudo CGTP-IN, CCP (ACT)Estudo CGTP-IN, CCP (ACT)

Estudo CGTP-IN, CCP (ACT)Estudo CGTP-IN, CCP (ACT)

  SexoTransporte Serviços

Comércio

É frequente, por razões de trabalho, conduzir em condições de risco e tensão

Feminino 2,21 1,95 1,84

Masculino 4,08 2,56 1,20

Está-se frequentemente envolvido em complicações e problemas legais

Feminino 2,84 2,02 1,48

Masculino 2,27 2,08 1,06

Há claramente o risco de ser despedido

Feminino 4,53 2,85 2,62

Masculino 2,82 2,15 2,16

O modo como o trabalho está organizado torna difícil cumprir as obrigações da nossa vida

Feminino 3,68 3,20 2,80

Masculino 3,30 3,06 1,94

Tem-se atritos com as chefiasFeminino 3,89 2,06 3,36

Masculino 3,07 1,33 1,96

A remuneração que temos faz-nos passar por dificuldades financeiras, de vez em quando

Feminino 4,32 3,58 4,16

Masculino 3,53 3,58 3,27

•Constatamos assim que as mulheres estão mais expostas a diversos riscos pelo tempo de ocupação na família e no trabalho;

•Que esses riscos tem consequências nefastas na sua vida;

•Que a reparação das doenças profissionais que afectam maioritariamente as mulheres é quase inexistente ao contrário dos acidentes trabalho que afectam maioritariamente os homens;

•Que os custos da reparação das doenças recai sobre a sociedade em geral, quando devia recair nas empresas do mesmo modo como acontece com os acidentes de trabalho;

Conclusões (1)Conclusões (1)

Que a melhoria das condições de trabalho das mulheres é, acima de tudo, um imperativo de igualdade;

Que o combate aos riscos causadores das doenças profissionais e acidentes de trabalho é um imperativo da sociedade;

Este tem sido o trabalho da CGTP-IN; da sua Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens; dos milhares trabalhadores eleitos representantes para a Segurança e Saúde no trabalho (85%);

A prevenção é mesmo solução!A prevenção é mesmo solução!

Conclusões (1)Conclusões (1)

Segurança e Saúde no trabalho:Segurança e Saúde no trabalho:

a discriminação enquanto factor de a discriminação enquanto factor de riscorisco

Porto, 23 e 24 de Janeiro de 2014

Fernando Gomes

Departamento Segurança e Saúde no Trabalho da CGTP-IN

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