View
2
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS PARA SUSTENTABILIDADE
DEPARTAMENTO DE FÍSICA, QUÍMICA E MATEMÁTICA
THAIS PEREIRA ROSINHA DE OLIVEIRA
ESTUDO DA EVOLUÇÃO DO GRUPO BARREIRAS NA BACIA DE
CAMPOS VIA TERMOCRONOLOGIA POR TRAÇOS DE FISSÃO E U-Pb
EM ZIRCÃO
SOROCABA-SP
2018
THAIS PEREIRA ROSINHA DE OLIVEIRA
ESTUDO DA EVOLUÇÃO DO GRUPO BARREIRAS NA BACIA DE CAMPOS VIA
TERMOCRONOLOGIA POR TRAÇOS DE FISSÃO E U-Pb EM ZIRCÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao
Departamento de Física, Química e Matemática da
Universidade Federal de São Carlos, para obtenção
do título de Licenciatura plena em Física.
Orientador: Prof. Dr. Airton Natanael Coelho Dias
Sorocaba-SP
2018
À Juju e Kiara, o amor e as lembranças que tenho de
vocês ficarão comigo para sempre.
AGRADECIMENTO
Primeiramente gostaria de agradecer aos meus pais, Cleonice e Christovam por todo o amor e suporte que
me deram durante toda a minha vida, nada do que eu fizer chegará próximo de algum dia retribuir tudo isso.
Gostaria de agradecer a minha vó Alda por ser exatamente quem ela é, minha fonte de inspiração e modelo,
fonte de amor, carinho e sabedoria.
Também gostaria de agradecer ao Mário, um novo suporte que surgiu no meio desse caminho e que foi
construído por ele mesmo.
Agradeço a minha tia Aldinha, muito do que sou hoje foi graças a ela.
Um agradecimento especial a minha irmã Thatiana, que sempre ouviu com paciência - e muitas vezes
desconhecimento total - toda vez que precisava falar com ela sobre algo da faculdade.
Agradeço a todos aqueles que são ou foram meus colegas de sala, Bruno, Daniela, Jessica, Kelvin, Luís,
Mariane, Natascha, Nicolas e Ricardo.
Agradeço também a todos os professores da UFSCar que me proporcionaram chegar a esse trabalho final.
Especialmente gostaria de agradecer as professoras Adriana, Fernanda e Maria Gebara por todo o suporte
que forneceram durante o curso, principalmente nessa fase final. O carinho que tenho pelas três ficará para sempre
guardado em mim.
Agradeço a FAPESP pelo suporte financeiro que proporcionou a elaboração desse e de outros trabalhos.
Ao professor Airton gostaria de deixar o meu mais profundo agradecimento. Nos três anos de trabalho
que realizamos, posso afirmar que ele se transformou num grande orientador, não apenas de iniciação científica
ou desse trabalho, mas um grande orientador para a minha vida.
E por último gostaria de agradecer ao Christofer. Obrigada por toda a paciência, amor e carinho, os
últimos anos tem sido bem mais fáceis e bonitos com você ao meu lado.
“No pensamento de um ser humano, uma centena de anos é
um longo tempo. Uma centena de anos atrás, não tínhamos
carros, nem aviões, nem computadores, nem vacinas… Era
um mundo totalmente diferente. Mas, para a Terra, uma
centena de anos não é nada. Um milhão de anos não é nada.
Esse planeta vive e respira em uma escala muito mais vasta.
Não podemos imaginar seus ritmos lentos e poderosos, e não
temos a humildade de tentar. Temos sido residentes aqui por
uma fração de segundo. Se sumirmos amanhã, a Terra não
vai sentir nossa falta.”
(Michael Crichton)
RESUMO
O zircão é um mineral acessório comum em rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. É fisicamente
e quimicamente resistente e pode "sobreviver" por muitos períodos geológicos e, em muitos casos,
fornece um registro de cada evento geológico ao qual foi submetido nesses períodos. Incorpora na sua
estrutura oligoelementos como U, Th e Pb, o que é crucial para análises geocronológicas. Sua capacidade
de reter informações sobre a história térmica de uma área fonte é de valor inestimável para elucidar os
processos geológicos decorrentes de uma variedade de configurações geodinâmicas. Como
consequência, a Termocronologia por Traços de Fissão (TTF) tem sido amplamente utilizada em
combinação com outros métodos de datação radiométrica, como U-Pb para compreender a geo e a
termocronologia de rochas em um ambiente geológico variado: rochas orogênicas de embasamento,
termocronologia utilizando grãos detríticos (fraagmentos de uma rocha pré-existente, os quais são
resultado de processos de erosão ou meteorização delas) em rochas sedimentares para análise de
procedência e análise da história térmica. Este trabalho apresenta uma análise integrada via TTF e U-Pb
em zircão para amostras do Grupo Barreiras na Bacia de Campos. A análise das idades de cristalização
de minerais detríticos (U-Pb via LA-ICP-MS) do Grupo Barreiras pode revelar a evolução da região
adjacente a margem continental no sudeste do Brasil, em especial a distribuição das rochas fonte dos
sedimentos detríticos. As idades dos traços de fissão nos grãos de zircão detríticos ocorrem em quatro
grupos principais, entre (1) 171 e 270 Ma (32%), (2) 274 e 351 Ma (19%), (3) 358 e 429 Ma (14%). e
(4) 127 e 167 Ma (12%). Grupos menores de traços de fissão ocorrem entre 71 e 118 Ma (9%), 433 e
494 Ma (8%) e 502 e 534 Ma (5%). Variações complexas nas idades de traço de fissão em zircão
detrítico estão relacionadas à evolução térmica da crosta continental nas áreas fonte. As idades mais
antigas, entre 534 e 433 Ma (período Cambriano a Siluriano) são atribuídas a processos pós-orogênicos,
após a aglutinação do Supercontinente Gondwana, e estão relacionadas à formação das bacias
intracontinentais dentro da paleoplaca Gondwana. As idades de traços de fissão entre 429 e 274 Ma
(períodos Siluriano a Permiano) estão relacionadas à formação do Supercontinente da Pangeia; enquanto
que a principal faixa etária de traço de fissão, entre 270 e 171 Ma (Permiano a Jurássico), está
relacionada às orogenias na margem oeste do Supercontinente de Gondwana e à ruptura do
Supercontinente da Pangeia. Os traços de fissão de 167 a 127 Ma estão relacionadas à abertura do
Oceano Atlântico Norte e Sul, e as idades mais jovens estão relacionadas aos processos de rifteamento
na Plataforma Sul-Americana. As idades U-Pb indicam como fonte o Cinturão Ribeira-Araçuaí, formada
pelo rompimento da crosta continental (Rodínia Supercontinente) no período Toniano e na abertura
parcial de uma bacia oceânica. Os zircões detríticos têm idades predominantes em torno de 600 Ma,
indicando que eles são derivados, diretamente, de unidades formadas durante os principais estágios da
colisão continental.
Palavras-chave: Termocronologia por Traços de Fissão. U-Pb. Bacia de Campos. Grupo Barreiras.
ABSTRACT
Zircon is a common accessory mineral in igneous, sedimentary, and metamorphic rocks. It is physically
and chemically resistant and can "survive" for many geological periods, and in many cases, provides a
record of each geological event which was submitted in these periods. Incorporates in its structure trace
elements such as U, Th and Pb, which is crucial for geochronological analyzes. Its ability to retain
information about the thermal history of a source area is of invaluable value to elucidate the geological
processes arising from a variety of geodynamic settings. As a consequence, Fission Track
Thermochronology (FTT) has been extensively used in combination with other methods of radiometric
dating, such as U-Pb to understand the geo and the thermochronology of rocks in a variety geological
environment: orogenic basement rocks, thermochronology using detrital grains in sedimentary rocks for
analysis of provenance and thermal history analysis. This work presents an integrated analysis by FTT
and U-Pb in zircon for samples from the Barreiras Group in the Campos Basin. The analysis of the ages
of crystallization of detrital minerals (U-Pb by LA-ICP-MS) of the Barreiras Group can reveal the
evolution of the region adjacent to the continental margin in the southeast of Brazil, especially the
distribution of the source rocks of the detrital sediments. Fission track ages in the detrital zircon grains
occur in four main groups, between (1) 171 and 270 Ma (32%), (2) 274 and 351 Ma (19%), (3) 358 and
429 Ma (14%), and (4) 127 and 167 Ma (12%). Minor fission track age groups occur between 71 and
118 Ma (9%), 433 and 494 Ma (8%), and 502 and 534 Ma (5%). Complex variation in the detrital zircon
fission tracks ages are related to the continental crust thermal evolution in the source areas. Older ages,
between 534 and 433 Ma (Cambrian to Silurian periods) are attributed to post-orogenic processes, after
Gondwana Supercontinent agglutination, and are related to the formation of the intracontinental basins
within Gondwana paleoplate (Paraná, Congo, Parnaíba, Amazonas and Solimões basins). Fission track
ages between 429 and 274 Ma (Silurian to Permian periods) are related to the formation of the Pangea
Supercontinent; whereas the main fission track age group, between 270 and 171 Ma (Permian to Jurassic
periods), is related to orogenies in Gondwana Supercontinent west margin and Pangea Supercontinent
break-up. Fission track ages from 167 to 127 Ma are related to opening of the North and South Atlantic
Ocean, and younger ages are related to rifting processes in the South American Platform. The U-Pb ages
indicate as source the Ribeira-Araçuaí Belt, formed by the rupture of the continental crust (Rodinia
Supercontinent) in the Tonian period and in the partial opening of an ocean basin. The detrital zircons
have ages predominating around 600 Ma, indicating that they are derived, directly, from units formed
during the main stages of the continental collision.
Keywords: Fission Track Thermochronology. U-Pb. Campos Basin. Barreiras Group.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - (A,B) - área de Estudo e Trabalho de Campo; (C) - litoestratigrafia do Grupo Bar-
reiras no Sul do Estado do Espírito Santo; (D) - visão geral do afloramento do tipo de seção. A
variação de cores de avermelhada a laranja deve-se provavelmente a processos pedogenéticos
e às vezes é discordante com a estratigrafia.......................................................................21
Figura 2 - Resumo da metodologia utilizada para as datações por Termocronologia por Traço de Fissão
e U-Pb..........................................................................................................................................23
Figura 3 – Chapa térmica adaptada utilizada para prensar as amostras...................................24
Figura 4 - Traços de fissão espontânea observados ao microscópio óptico: 1500× (A e C) e
1000× (B e D) a seco................................................................................................................25
Figura 5 - Exemplo de decaimento radioativo do 238U em 206Pb. Disponível em: http://blog-
rosaspaloma.blogspot.com/2009/11/decaimentonuclear.html..................................................26
Figura 6 - Imageamento via MEV para auxiliar na datação por U-Pb via LA-ICP-MS.........30
Figura 7 - Radial Plotter e histogramas obtidos por TTF.......................................................48
Figura 8 - Reconstruções paleogeográficas para a crosta continental e oceânica, plataformas e
montanhas para o intervalo de tempo relevante para este trabalho. a) Estágios cenomaniano-
turonianos (100,5 a 89,8 ± 0,3 Ma); (b) estágios Calloviano-Oxfordianos (166,1 ± 1,2 a 157,3
± 1 Ma); (c) estágios Anisiano-Ladinianos (247,2 ± 237 Ma); (d) estágios Tournásio-Viseu
(358,9 ± 0,4 a 330,9 ± 0,2 Ma); e) estágios Dapingianos-Darriwilianos (470 ± 1,4 a 458,4 ± 0,9
Ma); (f) estágio Fortuniano (541 ± 1 a ~ 529 Ma) – modificado de Cohen et al. (2013)...49
Figura 9 - (A) histogramas e densidade de probabilidade das idades U-Pb; (B) - comparação
entre os histogramas e densidade de probabilidade das idades TTF e U-P Radial Plotter e
histogramas obtidos por TTF. ..................................................................................................51
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Valor de Meia Vida de Elementos Radioativos .................................................... 14
Tabela 2 - Principais pontos sobre as metodologias (TTF e U-Pb) utilizadas.........................22
Tabela 3 - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras........................................30
LISTA DE ABREVIATURAS
ca. Cerca de
et al. E outros
Ga Giga anos
Ma Milhões de anos
ppm Partes por milhão
rpm Rotações por minuto
LISTA DE SIGLAS
FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
FCT Fish Canyon Tuff
LA-ICP-MS Laser Ablation Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry
MEV Microscópio Eletrônico de Varredura
MC-ICP-MS Multicollector-Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry
SHRIMP Sensitive High-Resolution Ion Microprobe
TTF Termocronologia por Traços de Fissão
UFPA Universidade Federal do Pará
LISTA DE SÍMBOLOS
Å Ångström
Ar Argônio
Ca Cálcio
Cl Cloro
cm Centímetro
g Grama
H Hidrogênio
Hf Háfnio
Hg Mercúrio
K Potássio
km Quilometro
ln Logaritmo Natural
Lu Lutécio
MeV Mega elétron Volt
Na Sódio
Nd Neodímio
nm Nanômetro
O Oxigênio
Os Ósmio
Pb Chumbo
Rb Rubídio
Re Rênio
Si Silício
Sm Samário
Sr Estrôncio
Th Tório
U Urânio
Zr Zircônio
μg Micrograma
μm Micrômetro
ºC Grau Celsius
® Marca Registrada
± Mais ou menos
≤ Menor ou igual
% Porcento
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 17
2.1 GEOLOGIA DA ÁREA DE ESTUDO ..................................................................... 19
2.2 ANÁLISE INTEGRADA .......................................................................................... 21
3 MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................... 23
3.1 MONTAGEM, POLIMENTO E ATAQUE QUÍMICO DO ZIRCÃO ..................... 23
3.2 EQUAÇÃO DA IDADE ............................................................................................ 26
3.3 ANÁLISES U-PB (VIA LA-ICP-MS) ...................................................................... 28
4 RESULTADOS ............................................................................................................... 31
4.1 IDADES OBTIDAS POR TTF E U-PB DO GRUPO BARREIRAS NA BACIA DE
CAMPOS .............................................................................................................................. 31
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............................................................................. 47
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 53
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 54
13
1 INTRODUÇÃO
Geocronologia é a ciência que estuda o tempo geológico através dos mais variados even-
tos geológicos ocorridos como, por exemplo, o processo de cristalização ou re-cristalização de
rochas e minerais, formação de depósitos de sedimentos e minerais. Para descobrir a idade ge-
ológica de uma rocha, contamos com duas linhas de trabalho: o método relativo ou o método
absoluto (PIMENTEL, 2014).
O método relativo possui uma história mais antiga, sendo baseado nos princípios estra-
tigráficos de Nicolas Steno (1669) e James Hutton (1795). Em sua dissertação intitulada de
“Um Sólido Natural Contido Dentro de um Sólido”, Steno estabelece os três princípios funda-
mentais da estratigrafia (HOLANDA e SOUZA, 2012):
1. Princípio da superposição de camadas: permite fazer a identificação da ordem
de formação dos estratos, pois o estrato mais antigo posiciona-se mais abaixo,
enquanto os mais jovens encontram-se posicionados acima.
2. Princípio da horizontalidade original: devido à gravidade, os depósitos sedimen-
tares se acumulam em camadas horizontais. A presença de uma área com eleva-
ção, por exemplo, indica um soerguimento.
3. Princípio da continuidade lateral: até as margens da bacia de deposição, pode-se
encontrar as camadas sedimentares de forma continua sendo que elas podem se
afinar lateralmente.
Hutton (1795), responsável pelo nascimento simbólico da geologia com o seu livro
“Theory of Earth” (Teoria da Terra), traz que os fenômenos que determinaram a evolução da
Terra são os mesmos que podem ser observados nos dias de hoje.
O método absoluto é baseado nos princípios físicos da radioatividade, o que permite que
se obtenha a idade de rochas com grande precisão. Esse método passou a ser desenvolvido após
a descoberta da radioatividade (nominação dada por Marie Curie), por Antoine Henri Beqcque-
rel, em 1896 (MARTINS e BABINSKI, 1999).
Alguns elementos possuem o seu núcleo atômico muito instável e, por apresentarem
essa característica, recebem o nome de nuclídeos radioativos. Esses elementos buscam
14
transformarem-se em elementos mais estáveis, para isso realizam de forma espontânea uma
emissão de radiação, esses elementos mais estáveis são chamados de nuclídeos radiogênicos.
Assim, um elemento-pai emite uma radiação, sofrendo uma desintegração e se transformando
em um elemento-filho. Com isso temos duas considerações muito importantes para se obter a
idade de rochas (MARTINS e BABINSKI, 1999):
• Rochas possuem minerais em sua constituição, que por sua vez são constituídos
de elementos químicos, sendo que eles podem ou não ser nuclídeos radioativos.
• Os decaimentos radioativos realizados pelos elementos estão ligados à chamada
constante de meia vida, a qual é o tempo decorrido para que o elemento-pai se
transforme no elemento-filho.
É importante ressaltar que a constante de meia vida é diferente para cada elemento ra-
dioativo. Alguns exemplos dos tempos de meia vida desses elementos, juntamente com os seus
elementos mais estáveis, podem ser vistos na Tabela 1:
Tabela 1 - Valor de Meia Vida de Elementos Radioativos.
Fonte: MARTINS E BABINSKI (1999)
Em 1907, Bertrand Boltwood publica, nos Estados Unidos, os primeiros valores calcu-
lados para a idade da Terra, obtidos através da relação de U-Pb. Os valores encontrados estavam
compreendidos entre 410 e 535 milhões de anos (Ma). Em 1929 surge uma nova ferramenta, o
espectrômetro de massa, a qual permitiu o avanço da metodologia isotópica. Entre as décadas
NUCLÍDEOS
RADIOATIVOS
NUCLÍDEOS
RADIOGÊNICOS
MEIA VIDA
(Bilhões de Anos)
Potássio 40 (40K)
Rubídio 87 (87Rb)
Samário 147 (147Sm)
Urânio 235 (235U)
Urânio 238 (238U)
Rênio 187 (187Re)
Argônio 40 (40Ar)
Estrôncio 87 (87Sr)
Neodímio 143 (143Nd)
Chumbo 207 (207Pb)
Chumbo 206 (206Pb)
Ósmio 187 (187Os)
1,3
48,8
106
0,704
4,47
42,3
15
de 1950 e 1960, devido à 2ª Guerra Mundial, elementos enriquecidos passaram a ser produzidos,
o que permitiu que a geocronologia os utilizasse em seus estudos. Assim, os três principais
métodos de datação isotópicas acabaram por se consolidar, sendo eles: o método potássio-ar-
gônio (K-Ar), com o urânio têm-se Urânio-Chumbo (U-Pb) e o Tório-Chumbo (Th-Pb), e o
método Rubídio-Estrôncio (Rb-Sr). A partir dos anos 1970 surgiram mais métodos, como o
Samário-Neodímio (Sm-Nd), Potássio-Cálcio (K-Ca) e Lutécio-Hafnio (Lu-Hf) (POUPEAU,
RIVERA, 1985).
Dentro das metodologias de datação, têm-se a Termocronologia por Traços de Fissão
(TTF), a qual tem como base o acúmulo de traços gerados pela passagem de fragmentos decor-
ridos da fissão espontânea do 238U.
Assim o objetivo deste trabalho é o de realizar uma análise integrada de U-Pb e TTF em
amostras de zircão do Grupo Barreiras na Bacia de Campos. A análise das idades de cristaliza-
ção de minerais detríticos (U-Pb via LA-ICP-MS) do Grupo Barreiras pode fornecer informa-
ções importantes sobre a evolução da região adjacente à margem continental do sudeste do
Brasil, em especial a distribuição das rochas fonte dos sedimentos detríticos. Também a análise
da história térmica de intermediária-baixa temperatura dos minerais detríticos (via TTF em zir-
cão) pode fornecer informações cruciais sobre o desenvolvimento da margem continental bra-
sileira, como a formação das Serras da Mantiqueira e Serra do Mar, das bacias interiores e dos
sistemas petrolíferos das bacias da margem.
A importância da aplicação dessa metodologia em tais amostras de zircão decorre do
fato que a margem continental brasileira possui uma relevância fundamental tanto para a eco-
nomia do país, como para a ocupação territorial. A margem possui uma extensão de mais de
6.000 km entre as fronteiras do Brasil com o Uruguai ao Sul e com a Guiana Francesa ao norte.
O desenvolvimento dessa margem ocorre a partir da fragmentação do Paleocontinente
Gondwana, com o início da formação do oceano Atlântico, a cerca de 130 Ma, e evoluiu até o
presente (MOHRIAK, 2003; TORSVIK, ROUSSE, et al., 2009; GRANOT, DYMENT, 2015).
Os processos envolvidos na formação do Oceano Atlântico incluem o desenvolvimento das
bacias sedimentares da margem continental. Essas bacias contêm os materiais sedimentares
(detritos) que possuem sua origem da denudação continental e estão armazenados na forma de
sequências de rochas sedimentares.
Essas rochas contêm importantes recursos naturais e energéticos, principalmente hidro-
carbonetos na forma de óleo e gás natural (MOHRIAK, 2003). E por sua vez, os sedimentos
detríticos armazenados nas rochas sedimentares das bacias da margem continental brasileira
16
servem como evidência dos processos que ocorreram durante a formação da Plataforma Sul-
Americana (ALMEIDA, 1977).
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Termocronologia por Traço de Fissão, é uma ferramenta comumente utilizada na
compreensão de diversos eventos geológicos e geomorfológicos, sendo exemplos o estudo de
proveniências, processos de exumação e taxas erosivas (CARTER e GALLAGHER, 2004;
DONELICK, O'SULLIVAN, KETCHAM, 2005). Esta é a técnica mais utilizada para recons-
truir a história térmica de rochas em tempos geológicos, pois através dela pode-se obter a idade
de minerais cristalinos e amorfos, como obsidianas, apatita, zircão, epídoto, dentre outros
(GREEN, DUFFY, et al., 1986; CROWLEY, CAMERON, SCHAEFER, 1991; CARLSON,
DONELICK, KETCHAM, 1999; OSÓRIO, IUMES, et al., 2002; BARBARAND, CARTER,
et al., 2003; RAVENHURST, RODEN-TICE, MILLER, 2011; CURVO, HADLER NETO, et
al., 2004; DIAS, TELLO, et al., 2011; DIAS, TELLO, et al., 2010; DIAS, TELLO, et al., 2009;
CURVO, TELLO, et al., 2013). Isto ocorre porque, em geral, estes minerais apresentam em seu
conteúdo algumas partes por milhão (ppm) de urânio.
Através do fenômeno da fissão espontânea do isótopo 238U, ou da fissão induzida decor-
rida de nêutrons térmicos do isótopo 235U, têm-se que dois fragmentos de fissão são emitidos,
seus sentidos são opostos e possuem energias totais (sendo elas compostas pelos fragmentos
leves mais fragmentos pesados) de aproximadamente 170MeV. Como consequência da grande
massa, carga e energia dos fragmentos de fissão, têm-se a alteração da estrutura cristalina destes
minerais a qual resulta na formação de um traço latente (uma zona de rede desarranjada onde
átomos e moléculas foram deslocados pela passagem dos fragmentos). Esses traços apresentam
diâmetros da ordem de dezenas de nanômetros (ou seja, da ordem de angstrons (Å)) e compri-
mento da ordem de micrômetros (cerca de 12 μm).
Esses traços latentes podem ser observados e analisados em um microscópio óptico após
passarem por um ataque químico conveniente. Este ataque tem como finalidade deixar o traço
revelado, com o seu diâmetro agora na ordem de micrômetros, mas sem alterar o comprimento.
A análise da densidade de traços revelados fornece informações sobre a idade do mineral ou
sobre o evento registrado por ele.
Esta metodologia é aplicada a análises de processos geológicos de intermediária/baixa
temperatura, ou seja, uma faixa compreendida entre 200ºC e 320ºC (GARVER, BRANDON,
1994; TAGAMI, GALBRAITH, et al., 1998; CARTER, MOSS, 1999; LIU, HSIEH, et al.,
2001; BERNET, ZATTIN, et al., 2001). A TTF permite, portanto, a compreensão de diversos
fenômenos geológicos, como:
18
i) Processos de denudação nas diferentes situações tectônicas,
ii) Estimativa da idade deposicional máxima,
iii) Estudo de proveniência ou origem sedimentar
iv) Mapeamento da correlação de sequências sedimentares.
Dentre os diversos minerais aos quais pode-se aplicar esta metodologia, temos o zircão,
ZrSiO4. As razões para a sua utilização são muitas, dentre as quais:
I. A necessidade da inserção e aprimoramento da TTF em zircão.
A maioria da comunidade científica utiliza o mineral apatita como fonte de informações
termocronológicas, porém o grande interesse nesse mineral está muito mais relacionado com a
sua aplicação na prospecção de hidrocarbonetos, em relação ao seu potencial termocronológico.
Por isso, hoje há um grande avanço na TTF em apatita, em detrimento da aplicação da metodo-
logia em outros minerais.
II. O zircão é um dos minerais mais importantes para o estudo de proveniência de
sedimentos e história da exumação de cinturões orogênicos
Dentre as razões para esta afirmação está o fato de o zircão ser comumente encontrado
em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Além disso, ele é resistente ao desgaste e à
abrasão e pode ser datado com vários métodos isotópicos com concentrações de valores razoá-
veis de urânio e tório (U-Pb via Laser ablation inductively coupled plasma mass spectrometry
(LA-ICP-MS)), possibilitando uma datação integrada.
III. O zircão tem a capacidade de reter informações sobre a história térmica mais re-
cente de uma área fonte.
Essa capacidade possui um valor inestimável para elucidar os processos geológicos de-
correntes de uma variedade de configurações geodinâmicas. Com isso desempenha um impor-
tante papel na interpretação da composição e história dos sedimentos antigos e modernos.
Devido à sua alta incidência, ocorrendo praticamente em todos os depósitos sedimenta-
res, o zircão fornece um elo crítico para a nossa compreensão da história de origem de um
depósito. Twenhofel (1941) apresentou um trabalho pioneiro sobre as fronteiras entre a mine-
ralogia e a petrologia sedimentar, no qual observou que a simples presença de um zircão detrí-
tico seria extremamente importante para estudos de proveniência de uma bacia sedimentar. A
19
partir de então, o zircão passou a ser reconhecido como uma poderosa ferramenta na compre-
ensão de proveniência e de sistemas de dispersão sedimentar (FEDO, SIRCOMBE, RAINBIRD,
2003).
Uma das vantagens do zircão, frente aos outros minerais, é que os seus grãos podem ser
datados por Termocronologia por Traços de Fissão e U-Pb, metodologias que devido às suas
diferentes sensibilidades térmicas, podem fornecer informações únicas, tanto sobre a idade e
estrutura da fonte de sedimentos, como da evolução da própria bacia.
Como consequência desses resultados, a TTF em zircão tem sido muito utilizada junta-
mente com outros métodos de datação radiométricos, tais como os métodos U-Pb ( (DAVIS,
WILLIAMS, KROGH, 2003; CHEMALE JR., DUSSIN, et al., 2012) e U-Th/He (REINERS,
2005), o que permite compreender a termocronologia de rochas em uma variedade de ambientes
geológicos.
O estudo das idades de cristalização de minerais detríticos em altas temperaturas e dos
processos de intermediária-baixa temperatura que afetaram de forma significativa esses mine-
rais tem um grande potencial para fornecer informações importantes sobre a evolução geológica
e tectônica (DICKINSON, BEARD, et al., 1983; ROSS, PARRISH, WINSTON, 1992;
MCLENNAN, HANSON, 1993; CAWOOD, NEMCHIN, et al., 2003; NAJMAN, 2006;
GARZANTI, ANDÒ, VEZZOLI, 2009; EYNATTEN, DUNKL, 2012) tanto da margem conti-
nental brasileira, quanto da Plataforma Sul-Americana, as quais permitem a construção de mo-
delos aplicados a diversas áreas, inclusive as de grande relevância como a exploração econô-
mica da margem e a ocupação territorial.
2.1 GEOLOGIA DA ÁREA DE ESTUDO
A Bacia de Campos localiza-se na região sudeste do Brasil, entre o alto de Cabo Frio no
estado do Rio de Janeiro e o alto de Vitória no estado do Espírito Santo (MOHRIAK, 2003).
Corresponde a uma típica bacia de margem continental, formada após a fragmentação do Pale-
ocontinente Gondwana. A Bacia de Campos contém inúmeras ocorrências de hidrocarbonetos,
que têm sido parcialmente explorados desde meados da década de 1970, sendo uma das mais
bem estudadas bacias da margem continental brasileira (MILANI, BRANDÃO, et al., 2000).
Apesar de diversos trabalhos terem sido publicados nas últimas décadas, abordando aspectos
distintos da evolução dessa bacia, até o momento nenhum enfocou o estudo dos minerais
20
detríticos que ocorrem nas unidades superiores da Bacia de Campos, como o Grupo Barreiras,
por exemplo.
O Grupo Barreiras consiste em uma unidade sedimentar aflorante na costa brasileira
desde o norte do estado do Rio de Janeiro até o estado do Amapá (ARAI, 2006; MORAIS,
MELLO, et al., 2006). Esse grupo contém sedimentos e rochas sedimentares pouco consolida-
das, depositadas na costa brasileira por processos continentais, costeiros e marinhos entre o
Mioceno e o Plioceno (23,03 a 2,58 Ma) (ARAI, 2006). A análise das idades de cristalização
de minerais detríticos do Grupo Barreiras pode revelar a evolução da região adjacente à margem
continental no sudeste do Brasil, em especial a distribuição das rochas fonte dos sedimentos
detríticos.
Essas rochas podem incluir tanto unidades geológicas de idade Pré-Cambriana dos Éons
Arqueano (4,0 a 2,5 Ga) e Proterozóico (2,5 a 0,54 Ga), quanto unidades formadas no Éon
Fanerozóico (0,54 Ga até o presente). Essas últimas são particularmente relevantes, pois podem
estar associadas aos processos de fragmentação do Paleocontinente Gondwana ou a processos
vulcânicos internos a Plataforma Sul-Americana ocorridos nos Períodos Cretáceo (145 a 66
Ma), Paleógeno (66 a 23,03 Ma) ou Neógeno (23,03 a 2,58 Ma). Por outro lado, a análise da
história térmica de baixa temperatura dos minerais detríticos pode fornecer informações cruci-
ais sobre o desenvolvimento da margem continental brasileira, como a formação das Serras da
Mantiqueira e Serra do Mar, das bacias interiores e dos sistemas petrolíferos das bacias da mar-
gem. Tais informações poderão ser utilizadas para a construção de modelos mais precisos sobre
a evolução da margem brasileira.
21
Figura 1 - (A,B) - área de Estudo e Trabalho de Campo; (C) - litoestratigrafia do Grupo Bar-
reiras no Sul do Estado do Espírito Santo; (D) - visão geral do afloramento do tipo de seção.
A variação de cores de avermelhada a laranja deve-se provavelmente a processos pedogenéti-
cos e às vezes é discordante com a estratigrafia.
2.2 ANÁLISE INTEGRADA
Como dito anteriormente, a Termocronologia por Traços de Fissão pode ser associada
e integrada a outros métodos, desta forma ao adotar uma abordagem de datação combinada,
usando o TTF e U-Pb sobre as mesmas amostras e/ou grãos, é possível superar as limitações de
cada uma e extrair uma quantidade ideal de informações de procedência que se relaciona tanto
com a idade da formação (ou área) geológica de interesse quanto com sua evolução térmica.
22
Enquanto TTF fornece informações, preferencialmente, sobre eventos de média/baixa
temperatura, a metodologia U-Pb registra a idade de cristalização ígnea ou metamórfica de zir-
cões que é fundamental para estudos de proveniência sedimentar (áreas fonte) assim como de-
finição de eventos geológicos de magmatismo, metamorfismo e sedimentação, e eventos de
acresção de crosta nos mais diversos ambientes tectônicos.
Em linhas gerais, a combinação das duas técnicas aplicadas a zircões detríticos em ro-
chas sedimentares pode, portanto, trazer informações importantes sobre eventos geológicos de
alta e intermediária/baixa temperatura. Informações como: i) cristalização ígnea e metamórfica
de zircões, ii) eventos morfotectônicos (uplift, denudação, etc.), e iii) proveniência sedimentar,
como já citado. Essa análise combinada é utilizada em diferentes tipos de bacia para melhor
entendimento da relação existente entre a origem sedimentar e o preenchimento da bacia
(CARTER, MOSS, 1999). Em alguns casos, é possível identificar eventos de deposição acres-
cionais e de metamorfismo ao longo da margem ancestral (THOMSON, HERVÉ, 2002).
Abaixo (Tabela 2) podemos observar um resumo das metodologias:
Tabela 2: Principais pontos sobre as metodologias (TTF e U-Pb) utilizadas.
TTF U-Pb
Fissão espontânea do 238U ou induzida de
nêutrons térmicos do 235U
Fragmentos emitidos em sentidos
opostos
~170 MeV
Grande massa, carga e energia dos fra-
gmentos altera a estrutura cristalina
Reconstrução da história térmica
Informações sobre eventos de mé-
dia/baixa temperatura
Desenvolvimento da margem continental
Serras da Mantiqueira e Serra do Mar,
bacias interiores e sistemas petrolífe-
ros das bacias da margem
Utiliza o princípio do decaimento radioa-
tivo
As razões isotópicas de 235U/207Pb e
238U/206Pb
A razão é obtida por LA-ICP-MS
Idade de cristalização ígnea ou metamór-
fica do zircão
Eventos de alta temperatura
Definição de eventos geológicos
Fundamental para estudos de prove-
niência sedimentar (áreas fonte)
Informações sobre a evolução da região
adjacente a margem continental do su-
deste
23
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MONTAGEM, POLIMENTO E ATAQUE QUÍMICO DO ZIRCÃO
Figura 2 - Resumo da metodologia utilizada para as datações por Termocronologia por Traço de Fis-
são e U-Pb.
As amostras dos grãos de zircão recolhidas do Grupo Barreiras, pertencente a Bacia de
Campos, foram montadas em Teflon® (PFA) transparente, sendo a temperatura máxima
suportada pelo material de 320ºC.
Para a realização dessa montagem, os grãos selecionados (os quais normalmente têm
um tamanho aproximado, mas buscando a maior diversidade em sua coloração e aparência) são
colocados, com a ajuda de uma lupa binocular (aumento nominal de 40×), com uma ponta fina,
um de cada vez, em uma lâmina de alumínio. Essas lâminas são previamente untadas com graxa
transparente para que os grãos não escorreguem. Desta forma, pode-se manter a face que
contém o eixo cristalográfico C paralelo a lâmina de alumínio. Os grãos são colocados em forma
de matriz, sendo que para essas amostras, as matrizes eram de 10×10.
A lâmina contendo os grãos é colocada em uma estufa até atingir a temperatura máxima
de aproximadamente 320ºC, momento no qual coloca-se um pedaço de tamanho adequado de
teflon (1cm × 1cm) em pé, que é mantido nessa posição com o auxílio de uma pinça até que
fique levemente grudado na lâmina. Após esse processo, o teflon é levemente empurrado em
direção à lâmina, até que fique paralelo a ela. Por fim é exercida uma pequena pressão sobre o
teflon, a qual é feita até que os grãos de zircão fiquem totalmente incrustados nele. Esse
processo foi realizado nas 12 amostras coletadas do local estudado.
24
Figura 3 – Chapa térmica adaptada utilizada para prensar as amostras.
Após a montagem no teflon, a amostra é lixada em um processo de três etapas, sendo
elas:
• Lixa 1200, processo feito manualmente;
• Lixa 2400, processo feito por 4 minutos na politriz (70 rpm);
• Lixa 4000, processo feito por 6 minutos na politriz (70 rpm).
Deve-se ressaltar que o lixamento deve ser feito de forma cautelosa, pois qualquer descuido
no tempo e pressão sobre a amostra pode ocasionar a perda de grãos de zircão.
Em seguida, a amostra foi polida com pasta de diamante de granulometria:
• 1 m, processo feito por 6 minutos na politriz (60 rpm);
• ¼ m, processo feito por 10 minutos na politriz (60 rpm).
O processo de ataque químico foi feito com uma mistura eutética de NaOH:KOH (1:1),
a uma temperatura de 225 oC; os períodos do ataque podem variar de 2 a 10 horas, pois o tempo
de ataque químico depende da característica de cada grão ou amostra (GARVER, 2003). Em
seguida, a montagem do zircão é lavada em HCl a 5%, em um banho de ultra-som durante 15
minutos.
Após o ataque, a amostra vai para a contagem de traços, através da qual pode-se obter a
densidade de traços de fissão espontânea. Para isso, é selecionado um campo, o qual consiste
25
em uma área específica, escolhido aleatoriamente na parte central de cada grão. A Figura 2
mostra os traços de fissão espontânea em aumento nominal de 1500× (A e C) e em um aumento
nominal de 1000× (B e D) a seco.
Figura 4 - Traços de fissão espontânea observados ao microscópio óptico: 1500× (A e C) e
1000× (B e D) a seco.
As tabelas contendo as densidades de traços de fissão estão apresentadas na Seção 4,
juntamente com a sua associação ao conteúdo de U obtido via LA-ICP-MS. Para obter a datação
através de U-Pb via LA-ICP-MS, o ponto e diâmetro exatos para o spot do laser são definidos
a partir do campo usado para obter a densidade de traços nos grãos de zircão (DIAS, TELLO,
et al., 2010) (DIAS, TELLO, et al., 2011) (DIAS, CHEMALE, et al., 2017). É importante
ressaltar que o método do U-Pb é realizado depois da TTF, pois para a obtenção da quantidade
isotópica, é necessário que a área do tiro seja desintegrada, ou seja o método é destrutivo.
26
3.2 EQUAÇÃO DA IDADE
Em relação à obtenção da idade, os métodos de datação radioativa são baseados na
determinação dos átomos pai e seus produtos, mais comumente chamados de átomos filhos,
seguindo uma taxa de decaimento, a qual é dada pela lei de decaimento radioativo. O principal
parâmetro desse processo é a constante de decaimento. A TTF tradicional não difere desses
outros métodos, considerando que o núcleo pai (238U) tem certa probabilidade de decair por
fissão espontânea, tendo como resultado a produção dos traços de fissão (os quais fazem o papel
de átomos filhos, considerando que, para cada fissão ocorrida, um traço é formado).
Figura 5 - Exemplo de decaimento radioativo do 238U em 206Pb. Disponível em:
http://blog-rosaspaloma.blogspot.com/2009/11/decaimento-nuclear.html.
Para obter a idade do mineral, deve-se determinar o número de traços de fissão e o
conteúdo de 238U. No processo de TTF tradicional, as amostras de zircão são irradiadas com
nêutrons térmicos em um reator nuclear, com isso, a irradiação induz as fissões do 235U
27
presentes no mineral. Sabendo que a razão 235U/238U é uma constante da natureza, a medida dos
traços induzidos faz com que possamos determinar o conteúdo do 238U.
Apesar de essa ser a metodologia TTF tradicional, há grandes desvantagens, pois utilizar
a irradiação com nêutrons implica em um longo período de espera necessário para o decaimento
radioativo dos materiais irradiados. O tempo de espera para que possamos manusear uma
amostra radioativa é de, no mínimo, três meses. Além disso, como são materiais radioativos, há
a necessidade de licenças especiais para que as amostras possam ser recebidas nos laboratórios.
Sendo assim, foi utilizado um LA-ICP-MS para se obter o conteúdo de urânio. Esse é
um caminho importante para superar as dificuldades, tornando-se um um objetivo primordial
de pesquisadores da área (HASEBE, WATANABE, 2004; DONELICK, O'SULLIVAN,
KETCHAM, 2005; HADLER NETO, IUNES, et al., 2003; HADLER, J., et al., 2009; CHEW,
DONELICK, 2012; SHEN, DONELICK, et al., 2012; SOARES, GUEDES, et al., 2013.
Com isso, pode-se partir da equação mais geral da TTF:
t =1
λαln [1+
ρSλα
ε238NUC238λf] (1)
Onde: ρS é a densidade de traços de fissão espontânea; ε238 é a eficiência de detecção
mineral, isto é, a razão entre o número de traços de fissão espontânea observados por unidade
de área e os traços de fissão espontânea por unidade de volume do mineral; NU é o número de
238U por unidade de volume no mineral; C238 é a concentração de isotópica do 238U (0,99275);
λα é constante de decaimento alfa (1,55125 X 10-10 a-1 - (LEDERER, SHIRLEY, 1978)); λf é
constante de fissão espontânea do 238U (8,5 X 10-17 a-1 - (HOLDEN, HOFFMAN, 2000)) e t é
a idade em Ma.
Um dos fatores mais complexos de se obter no TTF, a partir do LA-ICP-MS, está
relacionado a eficiência de detecção mineral (ataque químico e eficiências de observação) na
superfície interna do mineral. Estudos desenvolvidos por Hasebe e Watanabe (2004)
determinaram a idade de TTF em amostra padrão, considerando as eficiências de ataque e de
observação de aproximadamente 1. Soares et al. (2013) têm utilizado o comprimento projetado
dos traços de fissão de modo a obter o valor ηq, o que permite alcançar diretamente tal eficiência.
Assim, uma possibilidade de atingir diretamente a eficiência desejada é, a partir da utilização
de uma amostra padrão de idade conhecida. Assim, a equação (1) pode ser reescrita como:
28
ε238 =ρSλα
NUC238λf(eλαt-1)
(2)
Na equação (2), a eficiência de detecção de mineral pode ser determinada utilizando,
por exemplo, a Fish Canyon Tuff, amostra padrão de idade na TTF, com a idade de 27,55 ±
0,24 Ma datada com K-Ar em biotita (LANPHERE, BAADSGAARD, 1997). Por outro lado,
quando a concentração de U é medida diretamente deve-se considerar a relação entre U e o fator
de eficiência. A relação pode ser obtida a partir de:
K (ppm) =ε238NU (3)
Na equação (3), ppm é a concentração de urânio dada em μg.g-1. Assim, a partir das
equações (1) e (3), uma nova equação da idade foi obtida. Uma vez que a constante K é
determinada, a idade de TTF pode ser obtida através de medições de concentração U
subsequentes e pela equação a seguir:
t =1
λαln [1+
ρSλα
K(ppm)C238λf] (4)
As idades obtidas por esta metodologia são apresentadas na Seção 3.3.
As análises TTF foram realizadas no laboratório de microscopia do Grupo TRACKs,
localizado na Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba.
3.3 ANÁLISES U-PB (VIA LA-ICP-MS)
As análises de U-Pb foram realizadas no Laboratório Pará-Isso, na Universidade Federal
do Pará (UFPA), sob a responsabilidade do Prof. Dr. Candido Moura. O aparelho utilizado foi
o Neptune Thermo Finnigan MC-ICP-MS, o qual foi equipado com uma microssonda laser
CETAC-Nd-YAG 213 nm LSX-213 G2.
Os procedimentos analíticos seguiram, de maneira geral, o trabalho de Chemale Jr. et
al. (2012). De maneira simplificada, em seu trabalho para a redução de dados foi utilizado o
software SQUID (LUDWIG, 2001) para os dados SHRIMP e planilha Excel para os dados LA-
MC-ICPMS desenvolvidos. Para a preparação do diagrama e os histogramas de Concordia, o
referido trabalho utilizou Isoplot/Ex (LUDWIG, 2003). Para os histogramas de zircões
detríticos, utilizou-se dados com uma discordância ≤10%.
29
Já neste trabalho, as análises de U-Pb utilizaram o método de bracketing (ALBARÈDE,
TELOUK, et al., 2004) usando a amostra GJ-1. O bracketing consiste em um método de
intercalação de padrões de zircão (tanto antes, quanto depois das amostras). A importância da
sua utilização decorre de sua capacidade de correção do fracionamento e o desvio instrumental
induzidos nas amostras ocasionadas pelo espectrômetro (OLIVEIRA, GIUSTINA, PIMENTEL,
2016). Além disso, a amostra padrão de idade para a TTF, a Fish Canyon Tuff (FCT), será
utilizada como um padrão secundário.
A interferência de chumbo comum (204Pb) e a correção de fundo são normalmente
realizadas monitorando as massas 202 (Hg) e 204 (Hg + Pb) e usando uma composição modelo
de Pb (STACEY, KRAMERS, 1975). Após as correções de Pb em branco e comuns, as razões
e seus erros absolutos (um nível sigma) de 206Pb*/238U, 232Th/238U e 206Pb*/207Pb* foram
calculados usando uma planilha Excel (CHEMALE JR., DUSSIN, et al., 2012). Como o
206Pb*/238U geralmente produz um fracionamento linear, utilizamos o método de interceptação
para fracionamento de Pb/U induzido por laser para corrigir a razão (KOSLER, FONNELAND,
et al., 2002). As razões Th/U são calculadas em relação ao zircão de referência 9150. Para os
índices 232Th/238U e 207Pb*/206Pb*, os valores médios foram utilizados após descartar os outliers.
Os diagramas de Concordia (elipses de erro de 2σ), as idades de Concordia e as idades de
intercepção superior são calculadas usando o software Isoplot/Ex (LUDWIG, 2008).
Na Figura 3 pode-se observar imageamento via MEV (microscópio eletrônico de
varredura) de alguns exemplos de grãos que foram analisados. Esse imageamento auxilia na
datação via U-Pb.
30
Figura 6: Imageamento via MEV para auxiliar na datação por U-Pb via LA-ICP-MS.
31
4 RESULTADOS
Como já mencionado, o zircão tornou-se um dos minerais mais importantes para o
estudo da evolução de bacias sedimentares. Estudos em zircões detríticos via U-Pb são
aplicados aos diferentes tipos de bacia para revelar proveniência sedimentar e correlacionar
sequências sedimentares, determinando as idades deposicionais máximas e/ou os aspectos do
ambiente tectônico. Por outro lado, a TTF em zircão revela a história de baixa-intermediária
temperatura a partir de 200 a 320°C, o que pode proporcionar muita informação sobre os
processos de denudação em diferentes situações tectônicas e, ainda, permite fazer uma
estimativa da idade máxima de deposição.
A combinação das técnicas (TTF e U-Pb) aplicadas a zircões detríticos de rochas
sedimentares, pode, portanto, fornecer informações muito importantes em relação a eventos de
alta- inter- e baixa temperatura como, por exemplo, cristalização ígnea e metamórfica de zircões,
eventos tectônicos (exumação) e de proveniência sedimentar. Embora cada técnica de datação
possa fornecer informações importantes, sempre existirão questões pendentes que
invariavelmente, permanecem devido às limitações de cada método. Ao adotar uma análise
integrada, combinando técnicas para estudar as mesmas amostras e/ou grãos, é possível superar
essas limitações e extrair uma quantidade ideal de informações. As idades encontradas por
ambos os métodos foram obtidas nos mesmos grãos e, mais especificamente, nas mesmas áreas
dos grãos. Os grãos foram datados primeiramente por TTF, usando a nova calibração de Soares
et al. (2013) e, em seguida, pelo método U-Pb via LA-MC-ICP-MS. A seguir são apresentados
os resultados obtidos para as amostras do Grupo Barreiras na Bacia de Campos.
4.1 IDADES OBTIDAS POR TTF E U-PB DO GRUPO BARREIRAS NA BACIA DE
CAMPOS
Nesta área foram analisadas 12 amostras via TTF e U-Pb (ZBG1, ZBG2, ZBG3, ZBG4,
ZBG5, ZBG6, ZBG7, ZBG8, ZBG9, ZBG10, ZBG11 e ZBG12), e os resultados encontram-se
na Tabela 3.
32
Tabela 3 - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA
U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD ± σ (%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G1
G1 1.08 19 0.83506 6.44 0.10030 4.78 0.74 0.06038 4.32 - - 616 29 100 - -
G2 0.35 10 0.82918 6.04 0.09999 4.79 0.79 0.06015 3.68 - - 614 29 101 - -
G3 1.17 24 0.83216 5.32 0.10043 3.51 0.66 0.06010 4.00 0.286 5 617 22 102 160 36
G4 0.53 79 0.85687 2.49 0.10232 1.71 0.69 0.06074 1.81 2.156 47 628 11 100 358 27
G5 0.41 12 0.82903 6.31 0.09991 4.68 0.74 0.06018 4.23 - - 614 29 101 - -
G6 0.25 18 0.83015 6.77 0.09972 6.19 0.91 0.06038 2.74 - - 613 38 99 - -
G7 0.38 25 0.83914 4.34 0.10154 3.08 0.71 0.05994 3.06 - - 623 19 104 - -
G8 0.51 78 0.84622 2.50 0.10178 1.65 0.66 0.06030 1.89 2.294 50 625 10 102 385 28
G9 0.51 34 0.83089 3.30 0.09984 2.37 0.72 0.06036 2.30 - - 613 15 100 - -
G10 1.61 126 0.82658 2.22 0.09962 1.37 0.62 0.06018 1.74 2.179 57 612 8 100 230 16
G11 0.51 24 0.83122 6.33 0.10029 4.92 0.78 0.06011 3.97 - - 616 30 101 - -
G12 0.71 88 0.82466 2.53 0.09953 1.64 0.65 0.06009 1.92 1.972 43 612 10 101 296 23
G13 0.54 174 0.81044 2.22 0.09801 1.34 0.60 0.05997 1.77 2.018 44 603 8 100 155 12
G14 0.77 57 0.82992 3.40 0.09971 2.51 0.74 0.06037 2.29 1.933 59 613 15 99 442 29
G15 0.55 26 0.81711 5.07 0.09876 3.37 0.66 0.06001 3.80 - - 607 20 101 - -
G16 0.43 120 0.83275 2.44 0.09991 1.61 0.66 0.06045 1.83 2.026 53 614 10 99 225 16
G17 0.66 45 0.82859 3.66 0.09970 2.87 0.78 0.06028 2.28 1.081 33 613 18 100 316 28
G18 0.62 82 0.82182 2.95 0.09923 1.96 0.66 0.06007 2.21 2.255 59 610 12 101 364 24
G19 0.13 229 0.85651 2.14 0.10230 1.33 0.62 0.06072 1.67 1.453 38 628 8 100 85 7
G20 1.13 293 0.86933 2.19 0.10370 1.36 0.62 0.06080 1.72 1.988 52 636 9 101 91 6
G21 0.38 66 0.86747 3.33 0.10342 2.29 0.69 0.06084 2.42 2.064 54 634 15 100 407 28
G22 1.00 22 0.82432 6.37 0.09964 4.75 0.75 0.06000 4.25 - - 612 29 101 - -
G23 0.67 60 0.82457 3.80 0.09915 2.84 0.75 0.06031 2.53 1.737 53 609 17 99 382 27
G24 0.44 104 0.82173 2.90 0.09920 2.16 0.75 0.06008 1.93 1.278 39 610 13 101 165 13
G25 0.74 24 0.81313 8.23 0.09823 6.40 0.78 0.06004 5.18 - - 604 39 100 - -
G26 0.49 52 0.81522 4.23 0.09833 3.16 0.75 0.06013 2.82 1.663 58 605 19 99 419 28
G27 0.58 80 0.82764 3.19 0.09966 2.34 0.73 0.06023 2.17 1.933 59 612 14 100 320 21
G28 0.36 22 0.80152 7.10 0.09627 4.64 0.65 0.06038 5.38 - - 593 28 96 - -
33
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%)
Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G1
(co
nt.
)
G29 0.85 44 0.82667 4.46 0.10004 3.69 0.83 0.05993 2.52 - - 615 23 102 - -
G30 0.14 91 0.82769 3.38 0.09987 2.61 0.77 0.06011 2.15 2.890 63 614 16 101 414 27
G31 0.65 49 0.82902 4.66 0.09955 3.60 0.77 0.06040 2.96 - - 612 22 99 - -
G32 0.46 75 0.82527 4.15 0.09941 3.30 0.79 0.06021 2.52 2.064 54 611 20 100 361 25
G33 0.57 22 0.80299 9.17 0.09933 7.16 0.78 0.05863 5.74 - - 611 44 110 - -
G34 0.47 69 0.82228 3.68 0.09905 2.81 0.76 0.06021 2.38 1.966 60 609 17 100 372 25
G35 0.34 132 0.78260 2.74 0.09451 2.02 0.74 0.06006 1.86 2.179 57 582 12 96 220 15
G36 0.49 101 0.83151 2.80 0.10036 2.05 0.73 0.06009 1.91 1.999 61 617 13 102 261 17
G37 0.52 109 0.82176 3.04 0.09936 2.29 0.75 0.05998 2.01 2.036 71 611 14 101 247 15
G38 0.82 17 0.81397 8.53 0.09886 6.02 0.71 0.05972 6.04 - - 608 37 102 - -
G39 0.33 127 0.83817 3.05 0.10073 2.38 0.78 0.06035 1.90 2.064 54 619 15 100 217 15
G40 1.52 51 0.73594 3.23 0.09175 2.65 0.82 0.05818 1.85 - - 566 15 105 - -
G41 0.28 176 0.78403 2.31 0.09477 1.57 0.68 0.06000 1.70 1.927 42 584 9 97 147 11
G42 1.10 54 0.80923 3.50 0.09775 2.47 0.71 0.06004 2.48 1.548 54 601 15 99 378 26
G43 0.36 34 0.82234 3.95 0.09940 2.96 0.75 0.06000 2.61 1.311 40 611 18 101 504 40
G44 0.73 22 0.81670 6.80 0.09878 5.52 0.81 0.05996 3.97 - - 607 34 101 - -
G45 0.70 25 0.82688 5.78 0.09968 4.65 0.80 0.06016 3.44 - - 613 28 101 - -
G46 0.46 31 0.81038 5.09 0.09778 3.90 0.77 0.06011 3.27 - - 601 23 99 - -
G47 1.08 58 0.81799 4.76 0.09904 3.50 0.73 0.05990 3.24 1.835 48 609 21 101 416 31
G48 0.68 43 0.81871 3.81 0.09909 3.00 0.79 0.05992 2.35 1.644 43 609 18 101 502 39
G49 0.48 48 0.82169 3.57 0.09902 2.45 0.69 0.06019 2.60 1.606 49 609 15 100 433 32
G50 0.60 38 0.83026 4.84 0.10007 3.75 0.78 0.06017 3.05 - - 615 23 101 - -
G51 0.61 75 0.81197 3.36 0.09822 2.45 0.73 0.05995 2.30 1.638 50 604 15 100 289 21
ZB
G2
G1 1.40 71 - - - - - - - 1.172 46 - - - 220 17
G2 0.70 88 0.82283 2.11 0.09899 1.41 0.67 0.06028 1.57 1.376 18 609 9 99 208 25
G3 0.79 63 0.80471 2.39 0.09804 1.58 0.66 0.05953 1.80 1.784 70 603 10 103 369 23
G4 1.01 54 0.81040 2.47 0.09792 1.65 0.67 0.06003 1.84 0.963 21 602 10 100 238 26
G5 0.55 161 0.79691 1.87 0.09642 1.11 0.60 0.05995 1.50 1.988 52 593 7 99 165 12
34
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G2
(co
nt.
)
G6 0.51 111 0.78369 1.98 0.09479 1.20 0.61 0.05996 1.57 1.778 62 584 7 97 213 14
G7 0.40 280 - - - - - - - 1.540 47 - - - 74 5
G8 0.38 79 0.82347 2.22 0.09940 1.55 0.70 0.06009 1.60 2.018 44 611 9 101 336 26
G9 0.46 108 0.81247 1.94 0.09791 1.17 0.60 0.06019 1.54 2.064 54 602 7 99 253 18
G10 0.90 59 0.81836 2.27 0.09896 1.42 0.62 0.05998 1.78 1.300 34 608 9 101 293 25
G11 0.51 61 0.81499 2.96 0.09825 1.85 0.63 0.06016 2.30 1.835 48 604 11 99 397 29
G12 0.52 133 0.80927 2.16 0.09793 1.24 0.57 0.05994 1.77 1.978 69 602 7 100 199 12
G13 0.48 105 - - - - - - - 1.720 30 - - - 217 20
G14 0.31 94 5.40060 1.02 0.31672 0.56 0.55 0.12367 0.85 2.621 80 1774 10 88
367 21
G15 0.30 137 0.82254 2.22 0.09919 1.28 0.58 0.06014 1.82 1.789 39 610 8 100 174 14
G16 0.78 321 - - - - - - - 1.704 52 - - - 71 5
G17 0.57 108 0.81035 2.19 0.09810 1.25 0.57 0.05991 1.80 1.769 54 603 8 100 218 15
G18 0.41 88 0.82138 2.14 0.09897 1.31 0.62 0.06019 1.68 1.950 68 608 8 100 293 18
G19 0.59 36 0.82632 3.18 0.09929 2.15 0.67 0.06036 2.35 - - 610 13 99 - -
G20 0.66 97 0.82796 2.23 0.09964 1.43 0.64 0.06026 1.71 1.671 51 612 9 100 229 16
G21 0.58 124 - - - - - - - 1.175 41 - - - 127 10
G22 0.42 118 0.77775 2.04 0.09427 1.17 0.57 0.05984 1.67 1.468 32 581 7 97 165 15
G23 0.16 336 0.82578 1.85 0.09949 1.04 0.56 0.06020 1.53 2.064 36 611 6 100 83 7
G24 0.30 130 0.83121 1.94 0.10018 1.12 0.58 0.06018 1.58 1.491 26 615 7 101 153 15
G25 0.47 42 0.81519 2.68 0.09865 2.03 0.76 0.05993 1.75 - - 606 12 101 - -
G26 0.50 117 0.81904 2.01 0.09881 1.26 0.63 0.06012 1.56 1.697 37 607 8 100 193 16
G27 0.90 32 0.83014 3.23 0.09996 2.44 0.76 0.06023 2.10 - - 614 15 100 - -
G28 0.67 70 0.81366 2.39 0.09839 1.60 0.67 0.05998 1.78 1.864 65 605 10 100 348 22
G29 2.46 40 - - - - - - - 1.019 40 - - - 336 27
G30 0.33 54 0.81752 2.27 0.09861 1.48 0.65 0.06013 1.71 1.697 37 606 9 100 409 34
G31 0.37 63 0.82029 2.40 0.09884 1.62 0.68 0.06019 1.76 1.835 40 608 10 100 381 31
G32 0.42 216 0.75468 1.87 0.09214 1.18 0.63 0.05940 1.45 2.236 39 568 7 98 138 11
G33 0.31 37 0.84134 3.22 0.09898 2.43 0.76 0.06165 2.10 - - 608 15 92 - -
35
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G3
G1 0.94 47 0.82505 2.85 0.09932 1.94 0.68 0.06025 2.08 1.921 67 610 12 100 534 33
G2 0.70 55 0.82051 2.59 0.09895 1.64 0.63 0.06014 2.01 1.835 40 608 10 100 436 35
G3 0.95 95 0.90641 2.08 0.10524 1.20 0.58 0.06246 1.70 1.972 43 645 8 93 276 21
G4 0.56 50 0.93234 2.05 0.10700 1.21 0.59 0.06319 1.66 - - 655 8 92 - -
G5 0.53 86 6.13246 1.01 0.32848 0.69 0.68 0.13540 0.74 2.141 28 1831 13 84 328 31
G6 0.73 188 5.25713 0.90 0.29160 0.56 0.62 0.13076 0.70 2.110 46 1650 9 78 150 11
G7 1.32 77 - - - - - - - 2.255 59 - - - 384 26
G8 0.25 100 - - - - - - - 1.966 60 - - - 261 17
G9 0.36 297 0.81713 1.96 0.09828 1.16 0.59 0.06030 1.58 2.064 36 604 7 98 93 8
G10 0.49 345 0.81866 1.83 0.09869 1.09 0.59 0.06016 1.47 1.927 42 607 7 100 75 6
G11 0.29 86 - - - - - - - 2.425 74 - - - 372 22
G12 0.35 112 0.83623 2.00 0.10059 1.20 0.60 0.06029 1.60 - - 618 7 101 - -
G13 0.60 147 0.81142 1.86 0.09766 1.08 0.58 0.06026 1.52 2.615 57 601 7 98 236 16
G14 0.69 78 0.82127 2.19 0.09889 1.60 0.73 0.06024 1.49 1.988 52 608 10 99 334 24
G15 0.46 127 0.84129 1.82 0.10094 1.15 0.63 0.06045 1.41 2.179 38 620 7 100 229 19
G16 0.70 86 0.82757 1.94 0.09955 1.26 0.65 0.06029 1.47 2.064 27 612 8 100 316 31
G17 0.46 129 6.24376 1.21 0.34755 1.00 0.83 0.13030 0.68 2.446 32 1923 19 91 252 23
G18 0.71 125 0.78104 2.06 0.09489 1.22 0.59 0.05970 1.67 2.638 46 584 7 99 279 21
G19 0.79 74 0.81129 2.05 0.09785 1.39 0.68 0.06014 1.51 2.202 48 602 8 99 389 29
G20 0.35 96 4.22848 1.15 0.25747 0.90 0.78 0.11911 0.72 1.988 52 1477 13 76 274 19
G21 0.62 45 0.81792 2.57 0.09896 1.55 0.60 0.05994 2.06 1.514 33 608 9 101 440 39
G22 0.63 215 0.85056 1.81 0.10172 1.05 0.58 0.06064 1.47 2.248 49 625 7 100 140 10
G23 0.35 70 0.82372 2.08 0.09921 1.36 0.65 0.06022 1.57 1.950 34 610 8 100 367 32
G24 0.70 59 0.80902 2.28 0.09756 1.49 0.65 0.06014 1.72 2.385 52 600 9 99 521 37
G25 0.42 74 0.82379 2.36 0.09935 1.68 0.71 0.06014 1.65 2.446 64 611 10 100 433 28
G26 0.59 104 0.81572 1.97 0.09833 1.19 0.61 0.06017 1.56 2.676 70 605 7 99 339 21
G27 0.45 32 0.82757 3.07 0.09927 2.06 0.67 0.06046 2.28 - - 610 13 98 - -
G28 0.46 163 6.36919 0.80 0.33234 0.46 0.58 0.13900 0.65 2.141
56 1850 9 84 175 12
36
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G3
(co
nt.
) G29 0.31 166 7.01380 0.72 0.36947 0.30 0.42 0.13768 0.65 2.255 59 2027 6 92 182 12
G30 0.98 99 - - - - - - - 2.569 56 - - - 341 23
G31 0.89 153 0.94085 1.91 0.10846 1.25 0.66 0.06292 1.44 2.982 91 664 8 94 258 14
G32 0.69 85 - - - - - - - 3.039 106 - - - 466 24
G33 0.90 135 - - - - - - - 2.523 77 - - - 248 15
ZB
G4
G1 0.44 40 0.82088 2.90 0.09903 2.04 0.70 0.06012 2.06 - - 609 12 100 - -
G2 0.67 37 0.81891 2.80 0.09903 2.12 0.76 0.05997 1.82 - - 609 13 101 - -
G3 0.38 93 - - - - - - - 2.294 60 - - - 324 21
G4 0.41 105 0.82016 2.21 0.09893 1.46 0.66 0.06012 1.66 1.644 43 608 9 100 207 16
G5 0.60 128 0.84596 2.28 0.10178 1.59 0.70 0.06028 1.64 1.644 43 625 10 102 172 13
G6 0.48 114 0.85317 2.20 0.10325 1.46 0.66 0.05993 1.65 1.758 46 633 9 105 206 15
G7 1.54 60 0.81998 2.47 0.09891 1.63 0.66 0.06012 1.86 1.638 50 608 10 100 359 26
G8 0.64 32 0.81026 2.85 0.09759 1.96 0.69 0.06022 2.08 - - 600 12 98 - -
G9 0.27 56 3.68312 1.27 0.23645 0.87 0.68 0.11297 0.93 1.573 48 1368 12 74 368 27
G10 0.35 80 0.81216 2.31 0.09822 1.56 0.68 0.05997 1.70 2.752 48 604 9 100 450 33
G11 0.18 155 5.23294 0.92 0.30313 0.57 0.62 0.12520 0.73 2.064 45 1707 10 84 177 13
G12 0.93 149 0.81003 1.93 0.09765 1.20 0.62 0.06016 1.51 2.064 45 601 7 99 185 14
G13 0.83 23 0.81655 3.22 0.09870 2.22 0.69 0.06000 2.33 - - 607 13 101 - -
G14 1.11 25 0.82357 3.84 0.09894 3.05 0.80 0.06037 2.33 - - 608 19 99 - -
G15 0.30 38 3.78326 1.16 0.26415 0.64 0.55 0.10387 0.97 - - 1511 10 89 - -
G16 0.78 95 1.09929 1.82 0.12344 1.06 0.58 0.06459 1.48 1.474 45 750 8 99 208 16
G17 0.62 77 0.82660 2.10 0.09987 1.24 0.59 0.06003 1.69 1.003 35 614 8 102 173 15
G18 0.42 85 0.81671 2.06 0.09883 1.35 0.65 0.05993 1.56 2.228 68 608 8 101 347 22
G19 0.32 58 0.81294 2.52 0.09836 1.74 0.69 0.05995 1.83 1.491 39 605 11 101 338 27
G20 0.37 255 0.92072 1.90 0.10830 1.08 0.57 0.06166 1.56 1.376 48 663 7 100 73 5
G21 0.63 36 0.89927 3.06 0.10638 2.02 0.66 0.06131 2.30 - - 652 13 100 - -
G22 0.65 24 0.93738 7.45 0.10932 5.65 0.76 0.06219 4.86 - - 669 38 98 - -
G23 0.56 146 0.75485 1.99 0.09270 1.14 0.57 0.05906 1.64 1.529
40 571 7 100 140 11
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
37
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G4
(co
nt.
)
G24 0.51 259 0.73876 1.94 0.09075 1.11 0.57 0.05904 1.59 1.540 47 560 6 98 80 6
G25 0.22 56 0.77692 2.55 0.09499 1.72 0.67 0.05932 1.88 1.175 41 585 10 101 277 22
G26 0.32 67 0.81043 2.25 0.09803 1.24 0.55 0.05996 1.87 2.326 71 603 8 100 451 27
G27 0.75 27 0.87639 3.45 0.10454 2.44 0.71 0.06080 2.44 - - 641 16 101 - -
G28 0.26 39 4.21257 1.34 0.25527 0.98 0.74 0.11969 0.90 1.474 45 1466 14 75 491 37
G29 0.44 60 5.22007 1.16 0.31179 0.72 0.62 0.12143 0.92 1.873 49 1749 13 88 406 30
G30 0.74 66 0.81900 2.20 0.09895 1.40 0.63 0.06003 1.70 1.606 49 608 8 101 321 23
G31 0.45 41 0.81970 3.21 0.09858 2.32 0.72 0.06031 2.22 - - 606 14 99 - -
G32 0.91 75 0.75893 2.18 0.09289 1.35 0.62 0.05926 1.71 1.644 43 573 8 99 291 23
G33 1.00 28 1.14475 2.92 0.12500 2.13 0.73 0.06642 1.99 - - 759 16 93 - -
G34 0.46 157 0.80986 1.93 0.09772 1.09 0.57 0.06011 1.59 1.644 43 601 7 99 140 11
G35 0.50 43 0.77872 2.88 0.09475 2.01 0.70 0.05961 2.07 1.749 61 584 12 99 527 35
ZB
G5
G1 0.47 116 0.81265 1.73 0.09832 1.10 0.64 0.05995 1.33 2.156 47 605 7 100 247 18
G2 0.74 363 0.68363 1.87 0.08506 1.33 0.71 0.05829 1.31 2.408 42 526 7 97 89 7
G3 0.33 307 - - - - - - - 2.706 59 - - - 118 8
G4 1.01 96 0.65313 2.00 0.08208 1.39 0.70 0.05771 1.44 2.326 71 509 7 98 318 19
G5 1.26 129 0.76847 1.73 0.09374 1.12 0.65 0.05946 1.32 2.370 31 578 6 99 244 22
G6 0.37 166 0.79650 1.69 0.09786 1.04 0.62 0.05903 1.32 2.615 57 602 6 106 209 14
G7 0.15 193 0.82703 1.71 0.09949 1.15 0.67 0.06029 1.27 2.714 71 611 7 100 187 11
G8 0.56 368 - - - - - - - 2.695 47 - - - 98 7
G9 0.34 125 0.78190 1.82 0.09647 1.19 0.65 0.05879 1.38 1.663 58 594 7 106 178 12
G10 0.50 236 0.85862 1.51 0.10357 1.00 0.66 0.06013 1.14 2.523 55 635 6 104 143 10
G11 0.41 132 0.79376 1.64 0.09759 1.12 0.68 0.05899 1.20 2.561 67 600 7 106 258 16
G12 0.64 42 0.69399 2.57 0.08595 2.05 0.80 0.05856 1.55 532 11 96 - -
G13 1.00 98 0.76089 1.76 0.09427 1.27 0.72 0.05854 1.22 2.599 68 581 7 106 350 22
G14 0.46 97 4.85630 0.84 0.27426 0.63 0.76 0.12842 0.55 1.873 49 1562 10 75 255 19
G15 0.35 155 - - - - - - - 2.255 59 - - - 194 13
G16 0.46 136 0.82873 1.72 0.09933 1.25 0.72 0.06051 1.19 3.326 87 610 8 98 322 18
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
38
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G5
(co
nt.
)
G17 0.90 100 0.79887 1.79 0.09653 1.26 0.71 0.06002 1.27 2.097 64 594 7 98 278 18
G18 0.60 53 0.58654 3.93 0.07514 3.46 0.88 0.05661 1.85 1.462 51 467 16 98 364 26
G19 0.70 94 - - - - - - - 2.163 66 - - - 305 19
G20 0.60 112 - - - - - - - 1.671 51 - - - 199 14
G21 0.19 105 1.28534 1.49 0.13835 0.90 0.61 0.06738 1.19 2.064 63 835 8 98 259 17
G22 1.67 447 0.86244 1.87 0.10385 0.97 0.52 0.06023 1.60 - - 637 6 104 - -
G23 0.36 82 1.10311 1.86 0.12623 0.98 0.52 0.06338 1.59 2.446 64 766 7 106 393 25
G24 1.26 108 0.84111 2.08 0.10119 1.19 0.57 0.06028 1.71 2.294 60 621 7 101 280 18
G26 0.69 62 0.81282 2.15 0.09738 1.27 0.59 0.06054 1.74 - - 599 8 96 - -
G27 0.49 27 0.83181 3.75 0.09982 2.63 0.70 0.06044 2.67 - - 613 16 99 - -
G28 1.31 86 0.64876 2.32 0.08192 1.44 0.62 0.05744 1.81 2.026
53 508 7 100 311 22
G29 0.76 37 0.81604 2.58 0.09889 1.40 0.55 0.05985 2.16 - - 608 9 102 - -
G30 0.50 56 - - - - - - - 2.179 57 - - - 503 34
G31 0.76 72 0.80852 2.35 0.09782 1.45 0.62 0.05995 1.85 2.457 75 602 9 100 449 27
G32 0.65 33 0.81112 2.86 0.09806 1.73 0.60 0.05999 2.28 - - 603 10 100 - -
G33 0.77 67 0.81820 2.46 0.09878 1.54 0.63 0.06008 1.92 2.351 82 607 9 100 456 26
G34 1.03 48 0.74657 3.05 0.09085 2.11 0.69 0.05960 2.21 1.433 50 561 12 95 391 28
G35 0.91 48 0.82597 3.10 0.09981 2.01 0.65 0.06002 2.36 1.900 58 613 12 102 516 35
G36 1.35 152 0.84018 2.06 0.10070 1.20 0.58 0.06051 1.68 2.561 67 618 7 99 224 14
G37 0.35 188 0.84452 2.05 0.10233 1.13 0.55 0.05985 1.71 2.097 64 628 7 105 149 10
G38 0.68 71 0.80548 2.23 0.09760 1.43 0.64 0.05985 1.72 1.233 43 600 9 100 232 18
G39 0.21 111 0.80139 1.94 0.09687 1.13 0.58 0.06000 1.58 1.972 43 596 7 99 235 18
G40 0.69 49 0.79393 2.63 0.09626 1.69 0.64 0.05982 2.02 1.835 48 592 10 99 486 36
G41 0.59 120 1.17951 1.74 0.13060 0.96 0.55 0.06550 1.46 2.294 50 791 8 100 253 18
G42 0.82 32 0.80960 3.88 0.09807 3.04 0.78 0.05988 2.41 - - 603 18 101 - -
G43 0.64 29 0.82432 3.44 0.09929 2.45 0.71 0.06021 2.42 - - 610 15 100 - -
G44 0.55 42 0.79971 3.00 0.09664 1.79 0.60 0.06001 2.41 - - 595 11 98 - -
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
39
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G6
G1 0.53 81 0.82487 1.48 0.09948 1.04 0.71 0.06014 1.04 2.326 71 611 6 100 375 23
G2 0.46 87 0.73553 1.53 0.09043 1.12 0.73 0.05899 1.04 2.431 53 558 6 98 368 26
G3 1.13 34 0.61846 2.48 0.07851 1.83 0.74 0.05713 1.68 - - 487 9 98 - -
G4 1.20 28 0.77617 2.08 0.09442 1.45 0.70 0.05962 1.49 - - 582 8 99 - -
G5 0.41 52 0.81453 1.79 0.09840 1.36 0.76 0.06004 1.16 - - 605 8 100 - -
G6 1.53 30 0.79343 2.47 0.09607 1.68 0.68 0.05990 1.80 - - 591 10 99 - -
G7 0.42 62 0.82081 1.48 0.09901 1.08 0.73 0.06013 1.01 2.026 53 609 7 100 429 30
G8 0.63 129 0.91601 1.38 0.10618 1.01 0.73 0.06257 0.94 2.261 69 651 7 94 233 14
G9 1.06 195 - - - - - - - 1.606 42 - - - 110 9
G10 0.80 66 0.80371 1.54 0.09816 1.10 0.72 0.05938 1.07 1.671 51 604 7 104 335 24
G11 0.70 49 0.79344 1.63 0.09595 1.22 0.75 0.05998 1.08 1.797 47 591 7 98 477 35
G12 0.16 171 0.79719 1.39 0.09671 1.05 0.76 0.05978 0.91 2.556 78 595 6 100 199 12
G13 0.63 35 0.76100 1.68 0.09329 1.23 0.73 0.05916 1.14 - - 575 7 100 - -
ZB
G7
G1 0.60 205 0.81354 1.88 0.09864 1.13 0.60 0.05982 1.50 1.514 33 606 7 102 99 9
G2 0.77 40 0.82181 1.87 0.09942 1.16 0.62 0.05995 1.47 1.223 32 611 7 102 399 36
G3 1.11 47 0.81689 2.64 0.09850 1.95 0.74 0.06015 1.78 - - 606 12 99 - -
G4 0.13 57 0.67299 2.30 0.08417 1.72 0.75 0.05799 1.52 1.422 31 521 9 98 329 30
G5 1.05 70 0.59779 2.21 0.07620 1.63 0.74 0.05690 1.49 1.758 46 473 8 97 330 25
G6 0.73 74 0.81927 1.75 0.09901 1.16 0.66 0.06001 1.31 1.644 43 609 7 101 296 23
G7 1.20 71 4.17220 1.73 0.26018 1.52 0.88 0.11630 0.83 1.175 41 1491 23 78 219 17
G8 0.54 68 0.78938 1.64 0.09577 1.14 0.70 0.05978 1.17 1.300 34 590 7 99 255 22
G9 0.30 51 0.79694 1.94 0.09655 1.49 0.77 0.05987 1.24 1.009 22 594 9 99 263 28
G10 0.41 36 0.85941 2.06 0.10389 1.51 0.73 0.06000 1.40 0.917 20 637 10 106 339 38
G11 0.15 104 1.06183 1.32 0.11751 0.84 0.64 0.06553 1.02 2.110 46 716 6 90 268 20
G12 0.57 81 0.83675 1.54 0.10073 1.03 0.67 0.06025 1.15 1.540 47 619 6 101 251 19
G13 0.97 102 0.84335 1.61 0.10157 1.12 0.70 0.06022 1.16 1.606 35 624 7 102 209 18
G14 0.51 116 - - - - - - - 1.606 49 - - - 184 13
G15 0.71 37 0.86064 1.58 0.10384 1.14 0.72 0.06011 1.09 - - 637 7 105 - -
G16 0.79 111 0.82297 1.49 0.09929 1.08 0.73 0.06011 1.02 1.147
35
610 7 100 138 12
40
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G7
(co
nt.
)
G17 0.48 81 0.83766 1.45 0.10082 1.03 0.71 0.06026 1.02 1.606 56 619 6 101 263 18
G18 1.56 47 0.89171 1.65 0.10552 1.21 0.73 0.06129 1.13 1.249 49 647 8 100 349 25
G19 0.37 126 0.83439 1.47 0.10098 1.06 0.72 0.05993 1.01 1.009 22 620 7 103 108 12
G20 1.40 124 0.85204 1.44 0.10338 0.98 0.68 0.05978 1.06 1.504 59 634 6 106 162 11
G21 0.90 105 0.64273 1.76 0.08272 1.30 0.74 0.05635 1.19 1.311 40 512 7 110 166 13
G22 0.50 78 0.78767 1.49 0.09607 1.14 0.77 0.05946 0.96 0.975 34 591 7 101 167 14
G23 0.24 61 - - - - - - - 1.045 41 - - - 227 18
G24 0.69 39 0.78593 1.98 0.09581 1.53 0.77 0.05949 1.25 0.975 34 590 9 101 332 29
G25 0.29 106 5.85278 0.64 0.32844 0.48 0.75 0.12924 0.42 1.462 51 1831 9 88 185 13
G26 0.39 81 5.01001 1.12 0.29455 0.94 0.84 0.12336 0.61 1.343 41 1664 16 83 221 17
G27 0.47 60 0.87902 1.50 0.10413 1.04 0.69 0.06122 1.09 1.892 66 639 7 99 414 26
G28 0.57 166 0.75993 1.42 0.09356 1.10 0.77 0.05891 0.91 1.278 39 577 6 102 103 8
G29 0.26 83 0.86632 1.55 0.10323 1.14 0.74 0.06087 1.04 1.638 50 633 7 100 262 19
G30 0.81 47 0.79770 1.72 0.09677 1.29 0.75 0.05979 1.14 1.555 61 595 8 100 434 28
G31 0.63 29 - - - - - - - - - - - - - -
G32 0.54 67 6.35216 0.77 0.34783 0.60 0.78 0.13245 0.48 1.274 50 1924 12 90 251 18
G33 0.63 45 0.81422 1.72 0.09861 1.37 0.79 0.05989 1.05 1.462 51 606 8 101 425 30
G34 1.13 36 0.79335 1.96 0.09628 1.51 0.77 0.05976 1.25 1.376 66 593 9 100 494 31
ZB
G9
G1 0.41 85 0.78690 1.68 0.09543 1.30 0.78 0.05980 1.06 1.950 17 588 8 99 304 37
G2 0.77 54 - - - - - - - 1.988 26 - - - 477 47
G3 0.27 79 0.76172 1.69 0.09335 1.31 0.78 0.05918 1.06 2.007 35 575 8 100 334 29
G4 1.26 45 - - - - - - - - - - - - - -
G5 0.43 148 - - - - - - - 2.141 28 - - - 193 18
G6 0.80 118 - - - - - - - 2.638 46 - - - 295 22
G7 0.49 56 0.79431 2.85 0.09664 1.99 0.70 0.05961 2.05 595 12 101
G8 0.37 371 - - - - - - - - - - - - - -
G9 0.29 109 0.80860 2.13 0.09763 1.31 0.62 0.06007 1.67 2.141 28 600 8 99 260 25
G10 0.65 241 0.79854 1.96 0.09668 1.18 0.60 0.05991 1.57 2.638 46 595 7 99 146 11
41
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G9
(co
nt.
)
G11 0.67 39 0.89671 3.23 0.10569 2.32 0.72 0.06154 2.25 - - 648 15 98 - -
G12 0.96 9 3.76254 3.80 0.25623 2.07 0.54 0.10650 3.19 - - 1471 30 84 - -
G13 0.44 99 1.00776 1.82 0.11489 1.03 0.57 0.06362 1.49 2.064 18 701 7 96 275 33
G14 2.17 122 - - - - - - - 2.294 20 - - - 250 28
G15 0.44 24 1.27768 2.23 0.13452 1.21 0.54 0.06889 1.87 - - 814 10 91 - -
G16 0.41 118 5.44494 0.85 0.31175 0.49 0.58 0.12667 0.70 2.523 22 1749 9 85 283 30
G17 0.51 77 1.32838 1.85 0.14164 1.12 0.61 0.06802 1.47 2.798 61 854 10 98 476 31
G19 0.54 177 0.70557 1.88 0.08744 1.17 0.62 0.05852 1.48 2.408 21 540 6 98 181 20
G20 0.76 137 0.82401 1.79 0.09906 1.11 0.62 0.06033 1.41 2.179 19 609 7 99 212 24
G21 0.69 47 0.80590 2.82 0.09756 2.19 0.78 0.05991 1.78 - - 600 13 100 - -
G22 0.39 160 - - - - - - - 2.370 31 - - - 197 18
G23 0.53 103 0.91418 2.14 0.10674 1.35 0.63 0.06211 1.67 2.466 43 654 9 96 315 24
G24 0.27 59 4.61193 1.34 0.26807 0.97 0.72 0.12478 0.92 2.294 30 1531 15 76 508 47
G25 0.66 32 2.20514 3.30 0.19570 2.64 0.80 0.08172 1.97 - - 1152 30 93 - -
G26 0.38 82 0.87840 1.79 0.10411 1.10 0.62 0.06119 1.41 2.466 43 638 7 99 396 31
G27 0.31 125 0.76772 2.05 0.09189 1.48 0.72 0.06060 1.42 2.217 29 567 8 91 235 22
G28 0.35 79 4.95383 1.04 0.28864 0.70 0.68 0.12447 0.76 1.682 22 1635 11 81 281 30
G30 0.41 176 - - - - - - - 2.523 22 - - - 191 20
G31 0.46 41 5.62338 1.44 0.32315 1.11 0.77 0.12621 0.93 - - 1805 20 88 - -
G32 0.60 196 - - - - - - - 1.663 29 - - - 114 11
G33 0.55 124 0.85432 2.09 0.10169 1.31 0.63 0.06093 1.63 2.477 54 624 8 98 266 18
G34 0.77 90 0.85286 2.03 0.10201 1.18 0.58 0.06064 1.65 2.638 46 626 7 100 384 29
G35 0.57 282 0.80794 1.87 0.09733 1.04 0.56 0.06020 1.55 2.122 37 599 6 98 101 8
G36 0.50 86 0.95937 1.93 0.11111 1.06 0.55 0.06262 1.61 2.661 58 679 7 98 407 27
G37 0.34 120 0.92980 2.31 0.10907 1.63 0.71 0.06183 1.63 2.294 40 667 11 100 254 20
G38 0.46 51 0.99998 2.09 0.11509 1.14 0.55 0.06302 1.75 - - 702 8 99 - -
G39 1,06 29 0,87332 3,24 0,10413 2,04 0,63 0,06083 2,52 - - 639 13 101 - -
G40 0,49 73 - - - - - - - 2.294
40 - - - 413 33
42
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G9
(co
nt.
)
G41 0.38 124 4.82984 1.14 0.27679 0.84 0.74 0.12656 0.77 2.523 55 1575 13 77 270 19
G42 0.65 66 0.73265 2.50 0.09027 1.77 0.71 0.05886 1.76 2.294 30 557 10 99 456 42
G43 0.44 118 0.78119 2.39 0.09433 1.76 0.74 0.06006 1.61 2.523 22 581 10 96 283 30
G44 0.57 97 5.18994 1.43 0.29915 1.17 0.82 0.12583 0.82 1.950 34 1687 20 83 266 23
G45 0.61 66 1.52594 2.63 0.15214 1.69 0.64 0.07275 2.02 2.351 41 913 15 91 468 37
G46 0.32 219 0.85501 1.80 0.10169 0.95 0.53 0.06098 1.52 2.924 51 624 6 98 178 13
G1 0.98 53 0.63558 1.74 0.08086 1.30 0.75 0.05701 1.15 1.577 55 501 7 102 394 27
G2 1.65 62 0.63714 1.71 0.08043 1.31 0.77 0.05745 1.10 1.881 82 499 7 98 398 23
G4 0.46 16 2.01628 1.48 0.17034 1.09 0.74 0.08585 1.00 - - 1014 11 76 - -
G5 0.86 46 0.78945 1.55 0.09603 1.16 0.75 0.05962 1.03 1.835 72 591 7 100 513 31
G6 0.73 43 0.60645 1.87 0.07740 1.41 0.76 0.05683 1.23 1.697 74 481 7 99 516 31
G7 1.13 29 0.75895 1.97 0.09334 1.57 0.80 0.05897 1.19 - - 575 9 102 - -
ZB
G1
0
G9 0.75 30 0.82245 1.71 0.09921 1.30 0.76 0.06012 1.10 - - 610 8 100 - -
G10 0.23 43 4.21930 0.66 0.25630 0.46 0.70 0.11940 0.47 - 1471 7 76 - -
G12 0.72 18 4.16840 0.81 0.28870 0.59 0.73 0.10472 0.55 - - 1635 10 96 - -
G13 0.24 28 0.84238 1.95 0.10100 1.49 0.76 0.06049 1.26 - - 620 9 100 - -
G14 0.53 48 0.84917 1.69 0.10190 1.27 0.75 0.06044 1.11 1.707 67 626 8 101 465 29
G15 0.69 35 4.53103 0.84 0.30920 0.66 0.79 0.10628 0.51 1.433 50 1737 12 100 528 38
G16 0.27 49 0.84506 1.94 0.10088 1.49 0.77 0.06076 1.24 1.347 47 620 9 98 359 27
G17 0.27 177 0.79606 1.30 0.09697 1.02 0.79 0.05954 0.81 1.950 51 597 6 102 147 11
G18 0.78 34 0.84428 1.84 0.10136 1.39 0.76 0.06041 1.20 1.376 60 622 9 101 531 35
G19 0.57 14 0.83013 2.76 0.09986 2.23 0.81 0.06029 1.63 - - 614 14 100 - -
G20 0.80 21 0.73596 2.23 0.09061 1.81 0.81 0.05891 1.30 - - 559 10 99 - -
G21 1.13 20 0.76869 2.21 0.09378 1.71 0.77 0.05945 1.40 - - 578 10 99 - -
G22 0.31 108 5.33703 1.13 0.32001 1.02 0.91 0.12096 0.48 1.555 61 1790 18 91 193 13
G23 0.55 64 0.90843 1.46 0.10672 1.21 0.83 0.06174 0.81 1.478 58 654 8 98 305 20
G24 1.05 27 0.87735 1.98 0.10389 1.56 0.79 0.06125 1.21 1.078 47 637 10 98 512 38
43
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G1
1
G1 0.85 67 0.81638 2.88 0.09871 1.99 0.69 0.05998 2.08 1.233 43 607 12 101 243 19
G2 0.47 120 0.83553 2.37 0.10026 1.48 0.62 0.06044 1.85 1.758 23 616 9 99 196 21
G3 0.43 45 0.85156 4.01 0.10223 3.34 0.83 0.06041 2.22 1.555 61 627 21 101 455 30
G4 0.96 95 0.82241 2.36 0.09938 1.55 0.66 0.06002 1.78 1.720 45 611 9 101 242 18
G5 0.54 94 0.83218 2.44 0.10041 1.52 0.62 0.06011 1.91 2.163 66 617 9 102 302 19
G6 0.51 83 0.83581 2.85 0.10057 1.95 0.68 0.06027 2.08 1.239 27 618 12 101 198 19
G7 0.38 46 0.82286 3.74 0.09926 2.67 0.71 0.06012 2.62 - - 610 16 100 - -
G8 0.44 424 0.90208 2.16 0.10790 1.33 0.62 0.06064 1.70 - - 661 9 105 - -
G9 0.74 65 0.82616 3.30 0.09956 2.50 0.76 0.06019 2.16 1.376 18 612 15 100 281 33
G10 0.42 143 0.81358 2.08 0.09829 1.14 0.55 0.06004 1.74 1.606 21 604 7 100 150 16
G11 0.41 134 4.25636 1.72 0.25912 1.41 0.82 0.11913 0.97 1.651 36 1485 21 76 165 14
G12 0.35 111 4.73948 1.34 0.28597 0.97 0.72 0.12020 0.92 - - 1621 16 83 - -
G13 0.94 58 0.85371 2.75 0.10199 1.83 0.67 0.06071 2.05 - - 626 11 100 - -
G14 0.76 151 0.93454 1.97 0.10914 0.99 0.50 0.06211 1.71 2.150 75 668 7 99 484 29
G15 0.63 92 0.94772 2.06 0.11138 1.01 0.49 0.06171 1.80 2.370 31 681 7 103 209 19
G16 0.33 104 0.82955 2.25 0.09998 1.35 0.60 0.06018 1.79 1.697 37 614 8 101 244 20
G17 0.36 60 0.80835 2.51 0.09820 1.71 0.68 0.05970 1.84 1.835 32 604 10 102 235 21
G18 0.86 63 0.83722 2.50 0.10046 1.59 0.64 0.06044 1.92 - - 617 10 100 - -
G20 0.35 86 5.65772 1.17 0.34665 0.83 0.71 0.11837 0.82 1.950
51
1919 16 99 298 21
G21 0.57 20 1.90344 4.03 0.17648 2.24 0.56 0.07822 3.35 - - 1048 24 91 - -
G22 1.49 50 0.77436 2.73 0.09488 1.99 0.73 0.05919 1.87 1.548 54 584 12 102 405 28
G23 0.49 187 0.71660 2.43 0.08943 1.66 0.68 0.05811 1.77 1.835 48 552 9 103 131 10
G24 0.33 224 0.74368 2.25 0.09131 1.59 0.71 0.05907 1.59 2.523 77 563 9 99 151 9
G25 0.38 262 0.75036 1.94 0.09222 1.10 0.57 0.05901 1.60 - - 569 6 100 - -
G26 0.22 54 0.86720 2.28 0.10320 1.38 0.60 0.06094 1.82 - - 633 9 99 - -
G27 0.16 244 0.89044 2.59 0.10448 1.36 0.53 0.06181 2.20 2.141 56 641 9 96 118 8
G28 0.45 82 0.91724 2.79 0.10821 1.60 0.57 0.06148 2.28 1.720 30 662 11 101 277 26
G29 0.38
116 0.82843 2.67 0.09926 1.42 0.53 0.06053 2.26 2.102
55 610 9 98 241 17
44
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G1
1 (
con
t.)
G30 0.66 57 0.86861 2.85 0.10384 1.68 0.59 0.06067 2.30 1.835 56 637 11 101 422 29
G31 0.23 101 4.60526 1.27 0.27976 0.53 0.42 0.11939 1.15 1.758 69 1590 8 82 232 14
G32 1.01 24 1.81254 3.83 0.17585 2.18 0.57 0.07476 3.16 - - 1044 23 98 - -
G33 0.13 163 4.44462 1.55 0.26784 1.05 0.68 0.12035 1.14 1.743 38 1530 16 78 143 12
G34 0.21 77 3.60550 2.22 0.22933 1.81 0.81 0.11403 1.29 2.294 60 1331 24 71 392 26
G35 0.32 121 - - - - - - - 1.697 37 - - - 187 16
G36 0.93 90 0.83785 2.16 0.10067 1.37 0.63 0.06036 1.67 1.697 74 618 8 100 251 15
G37 0.23 218 0.89650 1.90 0.10572 1.21 0.64 0.06150 1.46 1.376 36 648 8 99 85 7
G38 0.46 45 - - - - - - - 1.032 36 - - - 302 26
G39 0.43 34 1.20455 3.15 0.13237 1.89 0.60 0.06600 2.53 1.319 46 801 15 99 507 38
G40 0.57 48 1.20722 2.34 0.13279 1.61 0.69 0.06593 1.70 1.507 46 804 13 100 410 31
G41 0.32 11 1.14290 4.90 0.12727 3.68 0.75 0.06513 3.24 - - 772 28 99 - -
G42 0.63 95 0.89661 1.93 0.10751 1.15 0.60 0.06048 1.55 1.032 36 658 8 106 145 12
G43 0.29 95 0.75392 2.30 0.09221 1.70 0.74 0.05930 1.56 1.491 52 569 10 98 210 15
G44 0.29 95 0.75426 2.42 0.09224 1.82 0.75 0.05930 1.60 1.638 50 569 10 98 230 17
G45 0.37 26 0.89389 2.92 0.10565 2.01 0.69 0.06136 2.12 - - 647 13 99 - -
G46 0.64 45 0.89595 2.62 0.10616 1.56 0.60 0.06121 2.10 1.802 55 650 10 101 523 36
G47 0.34 113 2.13346 1.79 0.17136 1.20 0.67 0.09030 1.33 2.018 44 1020 12 71 236 18
G48 0.31 69 0.93701 2.02 0.10973 1.19 0.59 0.06193 1.64 1.743 38 671 8 100 331 27
G49 0.39 137 0.82782 1.96 0.09991 1.24 0.64 0.06009 1.51 1.507 46 614 8 101 148 11
G50 0.27 1413 3.17684 2.51 0.21571 2.19 0.87 0.10681 1.21 - - 1259 28 72 - -
G51 0.24 198 0.83566 1.79 0.10050 1.01 0.57 0.06031 1.47 1.656 65 617 6 100 112 7
G52 0.26 93 0.87786 1.90 0.10448 1.09 0.57 0.06094 1.56 1.644 43 641 7 101 234 18
G53 0.30 65 0.82214 2.37 0.09872 1.78 0.75 0.06040 1.57 1.720 45 607 11 98 351 27
ZB
G1
2
G1 0.73 11 0.81997 3.15 0.09884 2.10 0.67 0.06017 2.34 - - 608 13 100 - -
G2 1.67 32 0.66382 2.76 0.08364 1.90 0.69 0.05756 2.00 - - 518 10 101 - -
G3 0.96 28 0.83497 2.58 0.10062 1.64 0.64 0.06019 1.99 - - 618 10 101 - -
G4 0.90 37 0.79745 2.52 0.09689 1.69 0.67 0.05969 1.86 - - 596 10 101 - -
45
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G1
2 (
con
t.)
G5 0.24 71 0.87261 1.83 0.10412 1.05 0.57 0.06078 1.50 2.036
71 639 7 101 376 23
G6 0.57 36 6.46626 1.16 0.37051 0.87 0.75 0.12657 0.76 - - 2032 18 99 - -
G7 0.37 61 0.86805 1.98 0.10405 1.27 0.64 0.06051 1.52 2.026 53 638 8 103 434 30
G8 0.89 94 0.82297 1.92 0.09962 1.23 0.64 0.05991 1.47 1.950 68 612 8 102 275 17
G9 0.84 54 0.83766 2.17 0.10055 1.34 0.62 0.06042 1.71 1.978 69 618 8 100 480 30
G10 0.79 34 1.00205 2.75 0.11495 1.86 0.68 0.06322 2.02 1.376 42 701 13 98 524 41
G11 0.43 67 5.56280 0.93 0.34526 0.55 0.59 0.11686 0.75 1.540 47 1912 10 100 303 22
G12 1.04 37 0.93612 2.38 0.10981 1.53 0.64 0.06183 1.82 - - 672 10 101 - -
G13 1.28 28 0.87143 3.30 0.10362 2.41 0.73 0.06099 2.25 - - 636 15 99 - -
G14 0.31 211 0.83973 1.78 0.10106 1.07 0.60 0.06026 1.42 1.697
37 621 7 101 108 9
G15 0.57 19 1.20079 3.00 0.13221 1.75 0.58 0.06587 2.44 - - 800 14 100 - -
G16 0.73 66 0.85625 1.97 0.10270 1.24 0.63 0.06047 1.54 1.560 34 630 8 102 310 27
G17 0.56 143 0.87328 1.79 0.10423 1.05 0.59 0.06077 1.44 1.835 48 639 7 101 171 13
G18 0.77 173 0.85402 1.88 0.10259 1.08 0.58 0.06038 1.54 1.881 41 630 7 102 146 12
G19 0.40 125 0.81686 1.98 0.09828 1.17 0.59 0.06028 1.60 1.769 54 604 7 98 189 13
G20 0.78 84 0.83467 2.03 0.10031 1.22 0.60 0.06035 1.62 1.873 49 616 8 100 294 21
G21 0.36 151 0.76286 1.96 0.09187 1.15 0.59 0.06022 1.59 1.769 54 567 7 93 156 11
G22 0.44 53 0.83367 2.22 0.10223 1.42 0.64 0.05915 1.71 1.114 34 627 9 110 281 24
G23 0.65 244 3.13410 1.35 0.22588 0.98 0.73 0.10063 0.93 1.911 25 1313 13 80 105 11
G24 0.35 26 1.85338 2.58 0.17904 1.68 0.65 0.07508 1.96 1.055 23 1062 18 99 522 55
G25 0.26 111 2.87056 1.33 0.19228 0.95 0.72 0.10828 0.92 1.797 47 1134 11 64 215 16
G26 1.37 29 1.02257 2.93 0.11742 2.22 0.76 0.06316 1.92 - - 716 16 100 - -
G27 0.40 129 0.96408 1.83 0.11029 1.01 0.55 0.06340 1.52 1.245 38 674 7 93 129 11
G28 0.24 85 2.10325 1.50 0.17155 0.85 0.57 0.08892 1.23 1.606 42 1021 9 73 251 20
G29 0.30 73 2.49681 1.49 0.18818 1.02 0.68 0.09623 1.09 1.720 45 1112 11 72 313 24
G30 1.25 96 1.04703 1.90 0.12072 1.10 0.58 0.06290 1.55 1.933 59 735 8 104 265 18
G31 0.69 38 0.94349 2.34 0.11034 1.53 0.65 0.06201 1.77 - - 675 10 100 - -
G32 0.82 39 0.93971 2.23 0.10979 1.14 0.51 0.06208 1.92 - - 672 8 99 - -
46
Tabela 3 (cont.) - Dados de TTF e U-Pb das amostras do Grupo Barreiras.
DADOS LA-ICP-MS DADOS TTFF IDADES (Ma)
Grão
Th/UA U
ppm
Razão IsotópicaB ρS X 106
cm-2 NS
U-Pb in situ TTFG
207Pb/
235U
± σ
(%)
206Pb/
238U
± σ
(%) RhoC
207Pb/
206PbD
± σ
(%) Idade (± 2σ)
%
ConcE Idade (± σ)
ZB
G1
2 (
con
t.)
G33 0.59 185 - - - - - - - 2.179 57 - - - 157 11
G34 0.08 101 - - - - - - - 1.835 56 - - - 241 16
G35 0.43 146 0.79418 1.80 0.09768 0.96 0.53 0.05896 1.53 1.697 37 601 6 106 155 13
G37 0.27 87 0.96613 1.81 0.11226 1.02 0.56 0.06242 1.50 1.881
41 686 7 100 285 23
G40 0.49 67 6.38808 0.87 0.36731 0.43 0.49 0.12614 0.76 1.663 29 2017 9 99 329 31
G41 0.97 57 1.20085 1.79 0.13159 0.90 0.50 0.06619 1.54 1.663 58 797 7 98 380 26
G42 0.59 19 1.15473 2.44 0.12899 1.35 0.55 0.06492 2.03 - - 782 11 101 - -
G43 0.78 16 0.98373 3.70 0.11401 2.47 0.67 0.06258 2.76 - - 696 17 100 - -
G44 0.31 113 2.36614 1.50 0.20280 1.09 0.73 0.08462 1.03 2.122 37 1190 13 91 249 21
G45 0.17 121 0.93631 1.62 0.11002 0.87 0.54 0.06173 1.37 1.180 36 673 6 101 131 11
47
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Na Tabela 2, as legendas relacionadas aos dados possuem os seguintes significados:
• A: razões Th/U foram calculados em relação ao zircão de referência GJ-1 - Th/U =
232Th/238U*0,992743.
• B: correção normalizada por background do fracionamento Pb/U e pelo padrão de
referência; 207Pb/235U calculado utilizando (207Pb/206Pb)/(238U/206Pb*1/137,88).
• C: Rho é a correlação de erro definida pelo quociente dos erros propagados do
206Pb/238U e da razão 207Pb/235U.
• D: normalização para o padrão GJ-1 em relação ao Pb comum.
• E: grau de concordância = (idade 206Pb/238U*100/idade 207Pb/206U).
• F: ρS, densidade de traços de fissão espontânea; NS, número de traços contados para
determinar ρS.
• G: as idades por traços de fissão são obtidas usando a equação absoluta. Ainda, os erros
das idades são calculados 2 sigma para U-Pb e 1 sigma para TTF; e a idade concordante
é calculada após o programa Isoplot (LUDWIG, 2008) para zircões com discordância
<10%.
Os resultados da Tabela 2 foram plotados (Figura 4) em dois softwares de análise
estatística: Radialplotter (GALBRAITH, 1990) (VERMEESCH, 2009) e Isoplot (LUDWIG,
2008). Especificamente, o Radial Plotter (VERMEESCH, 2009) é um programa vastamente
utilizado pela comunidade de TTF. Trata-se de um aplicativo simples para gerar gráficos
radiais. O programa foi desenvolvido, exclusivamente, para parcelas radiais e não executa
outras funções para a redução ou interpretação de dados. Utiliza-se de uma validação
poissoniana para avaliar a possiblidade de grupamentos de dados. De forma complementar, o
software Isoplot apresenta os resultados na forma de histograma e usa validação gaussiana para
mostrar a distribuição das atividades obtidas.
As idades TTF indicam quatro grupos principais, entre 171 e 270 Ma (32%), 274 e 351
Ma (19%), 358 e 429 Ma (14%) e 127 e 167 Ma (12%). Grupos menores em TTF ocorrem
entre 71 e 118 Ma (9%), 433 e 494 Ma (8%) e 502 e 534 Ma (5%) - Figura 4.
48
Figura 7: Radial Plotter e histogramas obtidos por TTF.
As idades são mais jovens do que as idades U-Pb, porém mais velhas do que as idades
deposicionais e portanto, revelam a história térmica da área fonte. Têm-se quatro grupos
principais obtidos, sendo eles: 370 Ma (Devoniano Superior), 244 Ma (Triássico Médio), 149
Ma (Jurássico Superior) e 100 Ma (Cretáceo Superior). Eles estão relacionados ao padrão de
uplift do Supercontinente Gondwana e sua transição para a Plataforma Sul-Americana. As
idades TTF do Devoniano Superior estão associadas à orogenia Acaliana, formada pela colisão
do terreno Chilenia com margem proto-andina do Gondwana. As idades Triássico Médio estão
relacionadas a uma fase extensional dentro do Supercontinente Gondwana, gerando várias
bacias abortadas. As idades do Jurássico Superior podem estar ligadas ao rifteamento da
Laurásia e à formação do Oceano Atlântico Norte ou aos estágios iniciais rifting do Gondwana
e à configuração do Oceano Atlântico Sul. As idades mais jovens estão relacionadas aos
estágios finais do rift do Supercontinente de Gondwana e à transição para a crosta oceânica no
Oceano Atlântico Sul. A sequência evolutiva pode ser visualizada na Figura 5.
49
Figura 8: Reconstruções paleogeográficas para a crosta continental e oceânica, plataformas e
montanhas para o intervalo de tempo relevante para este trabalho. a) Estágios cenomaniano-
turonianos (100,5 a 89,8 ± 0,3 Ma); (b) estágios Calloviano-Oxfordianos (166,1 ± 1,2 a 157,3
± 1 Ma); (c) estágios Anisiano-Ladinianos (247,2 ± 237 Ma); (d) estágios Tournásio-Viseu
(358,9 ± 0,4 a 330,9 ± 0,2 Ma); e) estágios Dapingianos-Darriwilianos (470 ± 1,4 a 458,4 ±
0,9 Ma); (f) estágio Fortuniano (541 ± 1 a ~ 529 Ma) – modificado de Cohen et al. (2013)
50
Vale ressaltar que as idades TTF em zircão apresentadas neste trabalho, e que
previamente foram apresentadas no relatório para a FAPESP, são originais. A bibliografia
apresenta dados extensivos de TTF em apatita (KARL, GLASMACHER, et al., 2013)
(JELINEK, CHEMALE, et al., 2014) (OLIVEIRA, JELINEK, et al., 2016) (OLIVEIRA,
JELINEK, et al., 2018), mas dados de zircão na margem continental são escassos e
especificamente nesta área nenhum dado foi encontrado.
Os dados obtidos nos artigos supracitados apresentam idades de TTF em apatita que
intersectam os dados de TTF em zircão. Jelinek et al. (2014) reportam que as idades entre 130
e 90 Ma são encontradas comumente na região e este resultado estaria relacionado ao
desnudamento da margem impulsionado pelo rift continental. Esta é a mesma interpretação
sugerida nesse estudo para essa faixa de idades. Oliveira et al. (2018) reportam idades entre 116
± 10 Ma e 285 ± 19 Ma obtidas na Bacia de Campos. Mais ao sul desta área de estudo, Karl et
al. (2013) reportam idades centrais de TTF em zircão em torno de 255 Ma. Estes resultados
ficam dentro do pico mais proeminente na distribuição de idades apresentadas neste relatório
(veja Figura 4 e Tabela 1).
Associado às idades TTF, os histogramas da Figura 6 apresentam as idades U-Pb obtida
para as mesmas amostras. No canto superior direito tem-se a informação sobre o número de
grãos analisados. A linha sólida indica a probabilidade relativa. Das 364 idades concordantes
de zircão (Figura 6 (A)), 73% ocorrem no intervalo de tempo entre 540 e 655 Ma. Têm-se que
a maioria dos grãos de zircão formados na Era Neoproterozóica, durante a montagem do
Supercontinente Gondwana. Alguns grãos apresentavam idades em torno das Eras
Neoproterozoica, Mesoproterozoica e Paleoproterozoica. A Figura 6 (B) mostra a superposição
dos dados de TTF e U-Pb. É possível notar (como esperado) que os eventos térmicos
identificados pela TTF são posteriores às idades de cristalização dos zircões depositados na
bacia.
51
Figura 9: (A) histogramas e densidade de probabilidade das idades U-Pb; (B) - comparação
entre os histogramas e densidade de probabilidade das idades TTF e U-Pb.
As idades U-Pb de zircônio indicam que os grãos detríticos são derivados exclusiva-
mente do cinturão Ribeira-Araçuaí. Esta unidade tectônica foi formada pelo rompimento da
crosta continental (Rodínia Supercontinente) no período Toniano (entre 1000 e 850 Ma) e a
abertura parcial de uma bacia oceânica. Após a tectônica extensional, o período primário de
encurtamento crustal se desenvolveu entre 650 a 540 Ma com a subducção da crosta oceânica
e a colisão continental. Os estágios finais levaram à formação do Supercontinente Gondwana.
Rochas metamórficas ígneas e de alto grau formadas durante os estágios de compressão, asso-
ciadas à deformação dúctil (ALKMIM, MARSHAK, et al., 2006).
Esta região tem sido relativamente estável durante a evolução do Gondwana e depois
do Pangea Super-Continente de cerca de (ca.) 540 Ma até ca. 130 Ma, quando o Oceano Atlân-
tico Sul começou a se formar. Grãos de zircão detrital têm predominantemente ca. 600 Ma,
indicando que eles são derivados diretamente de unidades formadas durante os principais está-
gios da colisão continental.
A B
52
53
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo proposto para este trabalho de conclusão de curso foi alcançado. Os resulta-
dos obtidos mostram que o Grupo Barreiras possui uma evolução térmica complexa que está
ligada diretamente à evolução do supercontinente Gondwana e da plataforma Sulamericana.
A análise das idades de cristalização de minerais detríticos (U-Pb via LA-ICP-MS) do
Grupo Barreiras indicou que a distribuição das rochas fonte dos sedimentos são oriundos dire-
tamente ao Cinturão Ribeira-Araçuaí. Isso significa que os dados de U-Pb mostram certa esta-
bilidade.
No entanto, as idades em TTF em zircão (dados originais) indicam que o desenvolvi-
mento da margem brasileira ocorre a partir da fragmentação do Paleocontinente Gondwana,
com o início da formação do oceano Atlântico, a cerca de 130 Ma, e evolui até o presente. Tais
processos geológicos ocorridos na formação do Oceano Atlântico incluem o desenvolvimento
das bacias sedimentares da margem continental. Essas bacias contêm os materiais sedimentares
(detritos) que possuem sua origem na denudação continental. Os dados apresentam concordân-
cia com os resultados obtidos por outros pesquisadores em TTF aplicado na apatita. Isso forta-
lece a conexão entre o desenvolvimento da margem continental brasileira, como a formação
das Serras da Mantiqueira e Serra do Mar, das bacias interiores e dos sistemas petrolíferos das
bacias da margem. Por conta disso, estes resultados estão sendo avaliados com mais profundi-
dade para submissão do artigo “Provenance of Cenozoic sequences of the Barreiras Group,
southeastern Brazilian continental margin, reveal the source area thermal structure”. Este tra-
balho está em fase final de preparação e será submetido à revista A1.
Algumas questões ainda ficam abertas como a evolução em baixa temperatura da Bacia
e possíveis efeitos da alteração de relevo e como isso pode interferir nos reservatórios petrolí-
feros. Essas respostas poderão ser obtidas com o aprofundamento da pesquisa, utilizando outras
técnicas como U-Th/He em zircão e apatita e reflectância de vitrinita.
Assim, uma quantidade significativa de dados foi obtida, houve avanço metodológico,
pois a análise integrada se fortalece como uma poderosa ferramenta para o estudo da evolução
de bacias sedimentares e, finalmente, houve amadurecimento científico, pois estes resultados
foram apresentados em congressos nacionais e internacionais e um trabalho submetido a uma
revista internacional.
54
REFERÊNCIAS
ALBARÈDE, F. et al. Precise and Accurate Isotopic Measurements Using Multiple-Collector
ICPMS. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 68, n. 12, p. 2725-2744, Junho 2004. ISSN
0016-7037.
ALKMIM, F. F. D. et al. Kinematic Evolution of the Araçuáı-West Congo Orogen in Brazil
and Africa: Nutcracker Tectonics During the Neoproterozoic Assembly of Gondwana.
Precambrian Research, v. 149, p. 43-64, 2006. ISSN 0301-9268.
ALMEIDA, F. F. M. D. O Cráton do São Francisco. Revista Brasileira de Geociências, v. 7,
n. 4, p. 349-364, 1977.
ARAI, M. A Grande Elevação Eustática do Mioceno e sua Influência na Origem do Grupo
Barreiras. Geologia Série Científica, v. 6, n. 2, p. 1-6, Outubro 2006. ISSN 2316-9095.
BARBARAND, J. et al. Compositional and structural control of fission-track annealing in
apatite. Chemical Geology: Isotope Geoscience section, v. 198, p. 107-137, Julho 2003. ISSN
0009-2541.
BERNET, M. et al. Steady-State Exhumation of the European Alps. Geology, v. 29, p. 35-38,
2001. ISSN 1943-2682.
CARLSON, W. D.; DONELICK, R. A.; KETCHAM, R. A. Variability of Apatite Fission-
Track Annealing Kinetics: I. Experimental Results. American Mineralogist, Chantilly, v. 84,
p. 1213-1223, 1999. ISSN 0003-004X.
CARTER, A.; GALLAGHER, K. Characterizing the Significance os Provenance on the
Inference of Thermal History Models from Apatite Fission-Track Data - A Synthetic Data
Study. In: BERNET, M.; SPIEGEL, C. Detrital Termochronology - Provence Analysis,
Exhumation and Landscape Evolution of Moutain Belts. Boulder: The Geological Society of
America, v. 378, 2004. p. 7-23. ISBN 9780813723785.
CARTER, A.; MOSS, S. J. Combined Detrital-Zircon Fission-Track and U-Pb Dating: A
New Approach to Understanding Hinterland Evolution. Geology, v. 27, n. 3, p. 235-238,
1999. ISSN 1943-2682.
CAWOOD, P. A. et al. Linking Source and Sedimentary Basin: Detrital Zircon Record of
Sediment Flux Along a Modern River System and Implications for Provenance Studies. Earth
and Planetary Science Letters, v. 210, n. 1-2, p. 259-268, 2003. ISSN 1385-013X.
55
CHEMALE JR., F. et al. Unravelling a Proterozoic Basin History Through Detrital Zircon
Geochronology: The case of the Espinhaço Supergroup, Minas Gerais, Brazil. Gondwana
Research, v. 22, p. 200-206, 2012. ISSN 1342-937X.
CHEW, D. M.; DONELICK, R. A. Combined Apatite Fission Track and U-Pb Dating by LA-
ICPMS and its Application in Apatite Provenance Analysis. In: SYLVESTER, P.
Quantitative Mineralogy and Microanalysis of Sediments and Sedimentary Rocks. [S.l.]:
Mineralogical Association of Canada Short Course, v. 42, 2012. Cap. 12, p. 219-247.
COHEN, K. M. et al. The ICS International Chronostratigraphic Chart. Episodes, Beijing, 36,
n. 3, Setembro 2013. 199-204.
CRICHTON, M. Jurassic Park. 3ª. ed. São Paulo: Aleph, 1990. 466 p. ISBN 978-85-7657-
215-2.
CROWLEY, K. D.; CAMERON, M.; SCHAEFER, R. L. Experimental Studies of Annealing
of Etched Fission Tracks in Fluorapatite. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 55, p. 1449-
1465, Maio 1991. ISSN 0016-7037.
CURVO, E. A. C. et al. On Epidote Fission Track Dating. Radiation Measurements, v. 39, n.
6, p. 641-645, Junho 2004. ISSN 1350-4487.
CURVO, E. A. C. et al. Zircon Fission Track and U-Pb Dating Methods Applied to São Paulo
and Taubaté Basins Located in the Southeast Brazil. Radiation Measurements, v. 50, p. 172-
180, 2013. ISSN 1350-4487.
DAVIS, D. W.; WILLIAMS, I. S.; KROGH, T. E. Historical Development of Zircon
Geochronology. Reviews in Mineralogy and Geochemistry, 53, n. 1, Janeiro 2003. 145-181.
DIAS, A. N. C. et al. Micro-Raman Spectroscopy and SEM/EDX Applied to Improve the
Zircon Fission Track Method Used for Dating Geological Formations. Journal of Raman
Spectroscopy, v. 40, p. 101-106, 2009. ISSN 1097-4555.
DIAS, A. N. C. et al. Zircon Fission Track and U-Th-Pb in situ Dating of Rio Paraná
Formation, Parana Basin, Brazil. Revista Mexicana de Física, Distrito Federal, v. 56, n. 1, p.
16-21, 2010. ISSN 0035-001X.
56
DIAS, A. N. C. et al. Fission Track and U-Pb in situ Dating Applied to Detrital Zircon from
the Vale do Rio do Peixe Formation, Bauru Group, Brazil. Journal of South American Earth
Sciences, v. 32, n. 2, p. 298-305, Março 2011. ISSN 0895-9811.
DIAS, A. N. C. et al. A New Approach for Electron Microprobe Zircon Fission Track
Thermochronology. Chemical Geology, v. 459, p. 129-136, Maio 2017. ISSN 0009-2541.
DICKINSON, W. R. et al. Provenance of North American Phanerozoic Sandstones in
Relation to Tectonic Settings. Geological Society of America Bulletin, v. 94, n. 2, p. 222-235,
1983. ISSN 1943-2674.
DONELICK, R. A.; O'SULLIVAN, P. B.; KETCHAM, R. A. Apatite Fission-Track Analysis.
Reviews in Mineralogy and Geochemistry, New York, 58, Janeiro 2005. 49-94.
EYNATTEN, H. V.; DUNKL, I. Assessing the Sediment Factory: The Role of Single Grain
Analysis. Earth-Science Reviews, v. 115, p. 97-120, Agosto 2012. ISSN 0012-8252.
FEDO, C. M.; SIRCOMBE, K.; RAINBIRD, R. H. Detrital Zircon Analysis of the
Sedimentary Record. Reviews in Mineralogy and Geochemistry, 53, Janeiro 2003. 277-303.
GALBRAITH, R. F. The Radial Plot: Graphical Assessment of Spread in Ages. International
Journal of Radiation Applications and Instrumentation. Part D. Nuclear Tracks and
Radiation Measurements, v. 17, n. 3, p. 207-214, 1990. ISSN 1359-0189.
GARVER, J. I. Etching Zircon Age Standards for Fission-Track Analysis. Radiation
Measurements, v. 37, n. 1, p. 47-53, Fevereiro 2003. ISSN 1350-4487.
GARVER, J. I.; BRANDON, M. T. Fission-Track Ages of Detrital Zircons from Cretaceous
Strata, Southern British Columbia: Implications for the Baja BC Hypothesis. Tectonics, v. 13,
n. 2, p. 401-420, Abril 1994. ISSN 1944-9194.
GARZANTI, E.; ANDÒ, S.; VEZZOLI, G. Grain-size Dependence of Sediment Composition
and Environmental Bias in Provenance Studies. Earth and Planetary Science Letters, v. 277,
n. 3, p. 422-432, Janeiro 2009. ISSN 1385-013X.
GRANOT, R.; DYMENT, J. The Cretaceous Opening of the South Atlantic Ocean. Earth and
Planetary Science Letters, v. 414, p. 156-163, Março 2015. ISSN 0012-821X.
57
GREEN, P. F. et al. Thermal Annealing of Fission Tracks in Apatite: 1. A Qualitative
Description. Chemical Geology: Isotope Geoscience section, v. 59, p. 237-253, Julho 1986.
ISSN 0168-9622.
HADLER NETO, J. C. et al. Dating by fission track method substituting the nuclear reactor
by an ICPMS. Proceedings of the IV South American Symposium on Isotope Geology.
Salvador: [s.n.]. 2003. p. 77-80.
HADLER, J. C. et al. Experimental Study Of A Methodology For Fission-track Dating
Without Neutron Irradiation. Radiation Measurements, v. 44, p. 955-957, 2009. ISSN 1350-
4487.
HASEBE, N.; WATANABE, H. Heat Influx and Exhumation of the Shimanto Accretionary
Complex: Miocene Fission Track Ages From the Kii Peninsula, Southwest Japan. The Island
Arc, v. 13, n. 4, p. 533-543, Novembro 2004. ISSN 1440-1738.
HOLANDA, E. C.; SOUZA, V. D. Laboratório de Paleontologia da Amazônia. Site do LaPA,
2012. Disponivel em:
<http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2095>. Acesso em:
18 Dezembro 2018.
HOLDEN, N. E.; HOFFMAN, D. C. Spontaneous fission half-lives for ground-state nuclides
(Technical Report). Pure and Applied Chemistry, v. 72, n. 8, p. 1525-1562, Janeiro 2000.
ISSN 1365-3075.
HUTTON, J. Theory of the Earth. Edimburgo: Royal Society of Edinburgh, 1795.
JELINEK, A. R. et al. Denudation history and landscape evolution of the northern East-
Brazilian continental Margin from Apatite Fission-Track Thermochronology. Journal of
South American Earth Sciences, v. 54, p. 158-181, 2014. ISSN 0895-9811.
KARL, M. et al. Evolution of the South Atlantic Passive Continental Margin in Southern
Brazil Derived From Zircon and Apatite (U-Th-Sm)/He and Fission-Track Data.
Tectonophysics, v. 604, p. 224-244, Setembro 2013. ISSN 0040-1951.
KOSLER, J. et al. U-Pb Dating of Detrital Zircons for Sediment Provenance Studies - A
Comparison of Laser Ablation ICPMS and SIMS Techniques. Chemical Geology, v. 182, p.
605-618, 2002. ISSN 0009-2541.
58
LANPHERE, M. A.; BAADSGAARD, H. The Fish Canyon Tuff, a Standard for
Geochronology. Earth & Space Science News, v. 78, p. 326, 1997.
LEDERER, C. M.; SHIRLEY, V. S. Table of Isotopes. 7ª. ed. New York: John Wiley and
Sons, v. 1, 1978. 1632 p. ISBN 0471041807.
LIU, T.-K. et al. Thermo-Kinematic Evolution of the Taiwan Oblique-Collision Mountain
belt as Revealed by Zircon Fission Track Dating. Earth and Planetary Science Letters, v. 186,
n. 1, p. 45-56, Março 2001. ISSN 1385-013X.
LUDWIG, K. R. SQUID 1.02, A User Manual, a Geochronological Toolkit for Microsoft
Excel. Berkeley Geochronology Center Special Publication. Berkeley. 2001.
LUDWIG, K. R. User's Manual for Isoplot 3.00: A Geochronological Toolkit for Microsoft
Excel. Berkeley Geochronology Center Special Publication. Berkeley. 2003.
LUDWIG, K. R. A Geochronological Toolkit for Microsoft Excel. Berkeley, p. 75. 2008.
MARTINS, V. T. D. S.; BABINSKI, M. Geociências USP. Site do Instituto de Geociências
USP, 1999. Disponivel em: <http://www.igc.usp.br/index.php?id=304>. Acesso em: 19
Dezembro 2018.
MCLENNAN, S. M. . H. S. . M. D. K.; HANSON, G. N. Geochemical Approaches to
Sedimentation, Provenance, and Tectonics. In: JOHNSSON, M. J.; BASU, A. GSA SPECIAL
PAPERS Processes Controlling the Composition of Clastic Sediments. [S.l.]: Geological
Society of America, v. 285, 1993. p. 21-40.
MILANI, E. J. et al. Petróleo na Margem Continental Brasileira: Geologia, Exploração,
Resultados e Perspectivas. Revista Brasileira de Geofísica, v. 18, n. 3, p. 352-396, Setembro
2000. ISSN 1809-4511.
MOHRIAK, W. U. Bacias Sedimentares da Margem Continental Brasileira. In: BIZZI, L. A.,
et al. Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. Brasília: CPRM, 2003. Cap. 3, p.
87-94.
MORAIS, R. M. O. D. et al. Fácies Sedimentares e Ambientes Deposicionais Associados aos
Depósitos da Formação Barreiras no Estado do Rio de Janeiro. Geologia Série Científica, v.
6, n. 2, p. 19-30, 2006. ISSN 2316-9095.
59
NAJMAN, Y. The Detrital Record of Orogenesis: A Review of Approaches and Techniques
Used in the Himalayan Sedimentary Basins. Earth-Science Reviews, v. 74, n. 1-2, p. 1-72,
Janeiro 2006. ISSN 0012-8252.
OLIVEIRA, C. H. E. D. et al. Thermotectonic history of the Maastrichtian reservoir in
Campos Basin. Marine and Petroleum Geology, v. 93, p. 331-343, Maio 2018. ISSN 0264-
8172.
OLIVEIRA, C. H. E. et al. Thermotectonic History of the Southeastern Brazilian Margin:
Evidence from Apatite Fission tTack Data of the Offshore Santos Basin and Continental
Basement. Tectonophysics, v. 685, p. 21-34, Julho 2016. ISSN 0040-1951.
OLIVEIRA, F. V.; GIUSTINA, M. E. S. D.; PIMENTEL, M. Chronus: Um novo suplemento
para a redução de dados U-Pb obtidos por LAMC-ICPMS. Universidade de Brasília. Brasília,
p. 108. 2016.
OSÓRIO, A. M. A. et al. Fission-Track Dating of Macusanite Glasses Using Natural Uranium
and Thorium thin Films Neutron Dosimetry. Geotemas, Pau dos Ferros, v. 4, p. 125-127,
2002. ISSN 2236-255X.
PIMENTEL, M. M. SIGEP - Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos. Site
da SIGEP, 2014. Disponivel em:
<http://sigep.cprm.gov.br/glossario/verbete/geocronologia.htm>. Acesso em: 18 Dezembro
2018.
POUPEAU, G.; RIVERA, A. Introdução à Geocronologia Isotópica dos Tempos Pré-
Quaternários. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Rio de
Janeiro, 1985. 165.
RAVENHURST, C. E.; RODEN-TICE, M.; MILLER, D. S. Thermal Annealing of Fission
Tracks in Fluorapatite, Chlorapatite, Manganoanapatite, and Durango Apatite: Experimental
Results. Canadian Journal of Earth Sciences, v. 40, n. 7, p. 995-1007, Fevereiro 2011. ISSN
1480-3313.
REINERS, P. W. Zircon (U-Th)/He Thermochronometry. Reviews in Mineralogy &
Geochemistry, 55, 2005. 151-179.
ROSS, G. M.; PARRISH, R. R.; WINSTON, D. Provenance and U-Pb Geochronology of the
Mesoproterozoic Belt Supergroup (Northwestern United States): Implications for age of
60
Deposition and pre-Panthalassa Plate Reconstructions. Earth and Planetary Science Letters,
v. 113, n. 1-2, p. 57-76, Setembro 1992. ISSN 1385-013.
SHEN, C.-B. et al. Provenance and Hinterland Exhumation from LA-ICP-MS Zircon U–Pb
and Fission-Track Double Dating of Cretaceous Sediments in the Jianghan Basin, Yangtze
Block, Central China. Sedimentary Geology, v. 281, p. 194-207, Dezembro 2012. ISSN 0037-
0738.
SOARES, C. J. et al. Novel Calibration for LA-ICP-MS-Based Fission-Track
Thermochronolog. Physics and Chemistry of Minerals, v. 41, n. 1, p. 65-73, Dezembro 2013.
ISSN 1432-2021.
STACEY, J. S.; KRAMERS, J. D. Approximation of Terrestrial Lead Isotope Evolution by a
Two-Stage Model. Earth and Planetary Science Letters, v. 26, n. 2, p. 207-221, Junho 1975.
ISSN 0012-821X.
TAGAMI, T. et al. Revised Annealing Kinetics of Fission Tracks in Zircon and Geological
Implications. In: HAUTE, P. V. D.; CORTE, F. D. Solid Earth Sciences Library. Ghent:
Kluwer Academic Publishers, v. 10, 1998. p. 99-112.
THOMSON, S. N.; HERVÉ, F. New Time Constraints for the Age of Metamorphism at the
Ancestral Pacific Gondwana Margin of Southern Chile (42-52°S). Revista Geológica de
Chile, v. 29, n. 2, p. 151-165, Dezembro 2002. ISSN 0716-0208.
TORSVIK, T. H. et al. A New Scheme for the Opening of the South Atlantic Ocean and the
Dissection of an Aptian Salt Basin. Geophysical Journal International, v. 177, n. 3, p. 1315-
1333, Junho 2009. ISSN 1365-246X.
TWENHOFEL, W. H. The Frontiers of Sedimentary Mineralogy and Petrology. Journal of
Sedimentary Petrography, v. 11, p. 53-63, 1941.
VERMEESCH, P. RadialPlotter: A Java Application for Fission Track, Luminescence and
Other Radial Plots. Radiation Measurements, v. 44, n. 4, p. 409-410, Abril 2009. ISSN 1350-
4487.
Recommended