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Thais Fagury

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Page 1: Thais Fagury
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Sumário

JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO | ABRIL | EDIÇÃO 45

InstitucionalAno de incertezas e de muito trabalho

pág. 10

EmpresasExperiência e espírito tecnológico

pág. 26

SustentabilidadeCooperados do Prolata receberão equipamentos de proteção individual

pág. 18

3REVISTA ABEAÇO |

Editorial

Oportunidades para 2015A matéria de capa dessa edição traz receitas gourmets de dar água na boca. Todas fei-tas com ingredientes em lata de aço: milho, manteiga, queijo tipo reino e goiabada. Foram criadas por duas blogueiras reconhecidas no meio gastronômico e por uma doceira gaúcha de mão cheia. Cecília Padilha, participou do reality show MasterChef Brasil, transmitido pela TV Bandeirantes; Sandra Reis é uma das organizadoras do Encontro Gourmet, que reúne blogueiras e entusiastas da culinária; e Laura Estima, proprietária do Doce de Laura, estabelecimento localizado na Vila Madalena (SP).

Ainda sobre alimentos em lata de aço, destacamos as pipocas gourmet. Um novo segmento que as fabricantes de embalagens metálicas podem investir. Mais exigen-tes, os consumidores demandam produtos premium e é uma ótima oportunidade de mercado para os associados. Pop Art Pipocas, Gourmet Pop Corn e Pipó Gourmet, são algumas das marcas que reinventaram o milho estourado.

Na seção empresas, entrevistamos Rogério Marins, diretor presidente da Metal-gráfica Iguaçu. Em 2014, a associada arrendou uma parte dos equipamentos da Rojek e, dede então, produz com exclusividade as latas com tampas conhecidas como Abre Fácil.

Conversamos também com alguns associados para compartilhar com os demais o que estão fazendo para reverter o cenário de crise que se encontra o Brasil. Nenhum deles está intimidado. Para ajustar a rota e conquistar novos espaços, estão investin-do em plantas industriais e em diferenciação de produtos.

Boa leitura!

Thais FaguryGerente Executiva

Jornalista Responsável Claudia Reis (MTB 15693)

Gerente ExecutivaThais Fagury

Diretora de ArteLílian Sá

ColaboraçãoEquipe Press à Porter

CapaABEAÇO

CoordenaçãoThais Fagury

ProduçãoPress à Porter Gestão de Imagem

RevisãoPress à Porter Gestão de ImagemThais Fagury

Contato ABEAÇOThais [email protected]

Contato PRESS A PORTERClaudia [email protected]

Pré-impressão e impressãoHawaii Gráfica

Tiragem3.000 exemplares

Impresso em Março de 2015

ABEAÇO Brasil latadeaco #amolatadeaço

A revista ABEAÇO Notícias é editada pela Assessoria de Imprensa Press à Porter sob

coordenação da área de Marketing da Associação Brasileira da Embalagem de Aço - ABEAÇO

2 | REVISTA ABEAÇO

Saúde e gastronomiaReceitas de Chef

pág. 04

AdministraçãoRua Rocha, 167 - Cj. 33

Bela Vista - 01330-000 - São Paulo - SPFone: (11) 3842-9512 / Fax: (11) 3849-0392

www.abeaco.org.brYoutube/TV ABEAÇO Mercado

Um estouro de pipocapág. 14

Inovação e tecnologiaO futuro da lata de aço

pág. 22

Page 3: Thais Fagury

Para mostrar que é possível fazer pratos gourmets e criativos usando alimentos enlatados, a Abeaço Notícias propôs para as blogueiras de gastronomia Cecília Padilha e Sandra Reis e à doceira Laura Estima um desafio: desenvolver re-ceitas a partir de quatro alimentos em lata. Os produtos selecionados foram milho, manteiga, queijo tipo reino e goiabada. Todas aceitaram a proposta e apresen-taram três pratos deliciosos para inspirar chefs de cozinha amadores e profissionais.

Uma das estrelas da primeira edi-ção do reality show MasterChef Brasil, transmitido pela TV Bandeirantes, Cecí-lia trabalha no mercado financeiro, mas se define como uma curiosa na culinária. Desde pequena ela se aventura no fogão e sempre está em busca de cursos e conhe-cimento na área. Para compartilhar suas experiências gastronômicas, criou o blog Yes We Cook.

“Participar do MasterChef foi uma super experiência. É muito bom rece-ber elogios do público. Crianças e adultos torceram por mim. Sem contar a visibili-dade que o Yes We Cook ganhou. Antes do programa o blog já tinha boa audiência, mas depois, ele e as redes sociais bomba-ram”, conta Cecília.

Para ela, o prato mais compli-cado que teve que fazer no MasteChef foi a receita com arraia. Cada partici-pante tinha que cozinhar com um fruto do mar e Cecília acabou ficando com o ingrediente mais complicado. “Eu nun-ca tinha cozinhado arraia e resolvi fazer uma sopa. Este foi meu maior desafio no programa”, afirma. Segundo ela não houve um prato mais fácil, todos foram

4 | REVISTA ABEAÇO 5REVISTA ABEAÇO |

difíceis. E respeitar o tempo máximo de preparo era decisivo. “Mas havia muita coooperação entre os participantes, to-dos se ajudavam”, relembra.

Cecília não tem planos de abrir um restaurante, mas continuará alimen-tando o blog, que mantém há quatro anos. Também não pretende deixar a carreira no mercado financeiro. Mas a gastronomia é sua grande paixão. “Quero continuar com-partilhando minhas receitas e dando dicas ao público que me segue”.

Na receita preparada para Abeaço Notícias, Cecília utilizou leite condensado e queijo tipo reino, todos embalados em lata de aço. O resultado foi uma delicio-sa surpresa: brigadeiro gourmet de queijo reino. Ela também utiliza enlatados no seu dia a dia. “Uso principalmente tomate pelado para fazer molho e leite em pó para minha filha Isabel”, comenta.

A outra convidada da Abeaço No-tícias é a arquiteta Sandra Reis. Há cin-co anos decidiu criar o blog Receitas do Caldeirão da Bruxa Solar. Com o tempo, o blog foi crescendo e hoje tem muitos lei-tores. Ela explica que sua intenção com o blog não é só ensinar a cozinhar, mas fazer com que as pessoas se envolvam com os alimentos e aprendam a se divertir cozi-nhando. Seus leitores sempre interagem com as publicações. “O feedback do público é excelente. Para mim, isso é muito gratifi-cante”, comenta.

Sandra é vegetariana e por isso não há nenhuma receita com carne em seu blog. “Não consumo carne desde os 15 anos. É uma questão de gosto. O sa-bor realmente não agrada meu paladar. Mas eu não fico levantando bandeira.

BRIGADEIRO GOURMET DE QUEIJO REINO, SEMIFREDDO COM BOMBOCADO E QUEIJADINHA COM GOIABADA SÃO AS DELÍCIAS SUGERIDAS PELAS CONVIDADAS DA ABEAÇO NOTÍCIAS.

Saúde e gastronomia

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6 | REVISTA ABEAÇO

Saúde e gastronomia

7REVISTA ABEAÇO |

Não como carne porque não quero, mas não tento convencer ninguém a fazer o mesmo”, explica.

Praticidade é a característica da lata de aço que a blogueira mais desta-ca. Ela usa no dia a dia tomate pelado, queijo tipo reino, manteiga, milho, er-vilha, leite condensado e, às vezes, algu-mas conservas.

“Quando a Abeaço Notícias me convidou para criar uma receita eu pensei: vou criar uma receita que utilize os quatro ingredientes - milho, man-teiga, queijo reino e goiabada. Quero brincar com os ingredientes, não vou usar um só. Pensei em criar uma rein-terpretação do tradicional doce Romeu e Julieta e decidi fazer um semifreddo de goiabada com bombocado de milho e queijo tipo reino. O semifreddo tem uma textura entre o sorvete e a mous-se. Comparado ao sorvete ele é mais cremoso e bem menos gorduroso. O bombocado de milho com queijo reino escolhi para dar uma cara mais brasilei-ra ao prato”, explica Sandra, animada com o resultado.

Sandra e Cecília, junto com a amiga Daniella Abolin, são organiza-doras do Encontro Gourmet, evento criado há quatro anos que reúne blo-gueiros e entusiastas da culinária para trocar ideias e novidades do mercado. “O encontro é um sucesso desde sua primeira edição. Este ano o evento está

previsto para setembro, será a 4ª edi-ção. Nosso objetivo é fortalecer a cate-goria”, antecipa Sandra.

A doceira gaúcha Laura Esti-ma também aceitou o desafio e criou uma sobremesa bem brasileira para compartilhar com os leitores da revista: queijadinha com goiabada. Formada em hotelaria e doceira há 22 anos, saiu de Porto Alegre e veio para São Paulo abrir seu próprio negócio. “Minha mãe já trabalhava com culinária lá no sul e, para não competir com ela, vim pra cá”, brinca Laura. No início fornecia doces para restaurantes. Fez isso por três anos e depois abriu sua loja. Hoje é proprie-tária da Doce de Laura, uma simpática e aconchegante doceria localizada na Vila Madalena.

Laura usa vários enlatados, tanto em seu negócio quanto em sua vida pessoal. Seus preferidos são o creme de leite e o abacaxi. “Sempre indico o uso de enlatados. As latas são fáceis de armazenar e não quebram. Assim, quando você derruba alguma coisa, não fica aquele monte de caco na cozinha”, alerta.

Para preparar a queijadinha com goiabada, Laura utilizou mantei-ga, queijo tipo reino e goiabada. “A receita original que vendo na loja não tem goiabada, mas decidi incluir o in-grediente para fazer um prato exclusivo para a Abeaço”.

Brigadeiro Gourmet de Queijo Reino

Ingredientes:

• 80g de queijo reino ralado

• 1 lata de leite condensado (395g)

• Farinha de milho amarela para enrolar ou decorar

Modo de preparo:

1. Rale o queijo reino (fininho);

2. Despeje o leite condensado na frigideira;

3. Adicione o queijo ralado;

4. Em fogo baixo, mexa até o ponto de brigadeiro, ou seja, até soltar da frigideira.

Como servir:

Faça bolinhas e passe-as na farinha de milho ama-rela, ou sirva em potinhos ou forminhas ou colheres com a farinha de milho por cima.

Rendimento:

20 unidades

Grau de dificuldade:

Fácil

Por Cecília Padilha

Yes We Cook | www.yeswecook.com.brinstagram.com/yeswecook | www.facebook.com/yeswecook

Doce de Laura | www.docedelaura.com.brwww.facebook.com/docedelaura

Receitas do Caldeirão da Bruxa Solar | www.caldeiraodabruxasolar.cominstagram.com/caldeiraobruxasolar

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8 | REVISTA ABEAÇO

Saúde e gastronomia

9REVISTA ABEAÇO |

Queijadinha

Ingredientes:

Massa:

• 3 xícaras de farinha de trigo

• 1 xícara de amido de milho

• ¾ de xícara de açúcar

• 3 gemas

• 1 ovo inteiro

• 1 xícara de manteiga

Recheio:

• 2 xícaras de queijo reino

• 1 colher (sopa) de manteiga

• 200 ml de leite

• 3 xícaras de coco seco ralado

• 5 ovos inteiros

• 30 gemas

• 1/3 de lata de goiabada picada

• 1 kg e 200g de açúcar

• 1 colher (sopa) de essência de baunilha

Modo de preparo:

Massa:

1. Em um pote grande, misture os três ingredientes secos (farinha, amido e açúcar);

2. Adicione os ovos e a manteiga. Mexa com a ponta dos dedos até ficar homogêneo;

3. Espalhe a massa em uma assadeira de aproximadamente 45 x 30 cm.

Recheio:

1. Em uma vasilha, coloque as gemas e os ovos. Mexa com um fouet.

2. Acrescente o leite, a baunilha, a manteiga, o coco, o queijo e o açucar. Misture bem.

3. Esparrame o recheio em cima da massa na assadeira. Coloque a goiabada picada em cima.

4. Leve ao forno médio (180°) por aproximadamente 1 hora.

5. Corte em pedaços e sirva.

Rendimento: 30 quadradinhos médios

Grau de dificuldade: Médio

Semifreddo com Bombocado

Ingredientes para o Semifreddo:

• 150 g de goiabada

• 50 ml de água

• 30 ml de suco de limão

• 300 g de chocolate branco em barra, picado

• 4 ovos grandes

• 500 g de creme de leite fresco (35% de gordura)

Modo de preparo do Semifreddo:

1. Em uma panela de fundo grosso, leve a goiabada picada e a água ao fogo médio. Use um garfo para amassar até virar uma pasta. Quando estiver lisa e uniforme, des-ligue o fogo, junte o suco de limão, mistu-rando bem e reserve;

2. Derreta o chocolate em banho–maria ou micro-ondas. No caso do micro-ondas pro-grame inicialmente 1 minuto na potência máxima, mexa bem após esse tempo e, se ne-cessário, programe mais 30 segundos por vez, até que fique totalmente derretido. Misture a pasta de goiabada a esse chocolate e reserve;

3. Coloque os ovos batidos (como para omelete) em uma tigela sobre uma panela com água fervente, sem deixar que o fundo dessa entre em contato com a água. Com o auxílio de um fouet (batedor de arames), mexa vigorosamente e constantemente por 4 a 5 minutos, até adquirir uma tonali-dade amarelo claro. Misture com o passo anterior e bata até esfriar;

Por Laura EstimaPor Sandra Reis

a água) no liquidificador. Passe pela penei-ra, esmagando bem para separar o bagaço. Retorne esse creme ao liquidificador e junte os outros ingredientes. Bata até obter uma mistura homogênea. Despeje na assadeira forrada e coloque-a dentro de outra maior. Despeje água fervente na assadeira de fora até a altura da metade da assadeira de den-tro, para assar em banho-maria;

3. Coloque no forno e asse até que ao espe-tar um palito no meio do bolo, ele saia seco. Retire do forno e aguarde esfriar para de-senformar.

Para a montagem:

1. Utilize um cortador de aro ou outro de sua preferência para fazer a base de bombocado. Disponha o semifreddo sobre essa base e de-core com a calda de goiabada. Sirva a seguir.

Rendimento: 8 a 10 porções

Grau de dificuldade: Difícil

Para marmorizar:

• 150 g de goiabada

• 30 ml de água

• 50 ml suco de limão

Ingredientes para o Bombocado:

• 1 lata de milho verde (com o líquido)

• 1 lata de leite condensado

• 3 ovos

• 2 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente (amolecida)

• ½ xícara (chá) de queijo reino ralado (sem a casca)

• 3 colheres (sopa) de farinha de trigo

4. Em outra tigela, bata o creme de leite até obter picos moles (antes do ponto de chan-tilly). Delicadamente misture esse creme ao restante. Coloque em um pote com tampa e leve ao freezer por 3 horas, ou até o líquido começar a criar consistência;

5. Prepare a pasta de goiabada para mar-morizar seguindo o mesmo processo des-crito no primeiro passo. Aguarde esfriar. (Reserve 1/3 para usar como cobertura na hora da montagem). Coloque, com cui-dado, pequenas porções dessa pasta sobre o creme, utilizando uma faca pontuda. Misture para dar o efeito marmorizado. Retorne ao freezer e aguarde mais 2 a 3 horas até servir.

Modo de preparo do Bombocado:

1. Pré-aqueça o forno a 200 graus Celsius. Unte uma assadeira de 20 x 30 cm (ou equivalente) com manteiga e forre a base e laterais dela com papel manteiga;

2. Bata o conteúdo da lata de milho (com

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Institucional

Ano de incertezas e de muito

trabalhoCOPA, ELEIÇÕES E CRISE HÍDRICA NÃO INTIMIDARAM OS ASSOCIADOS, QUE BUSCARAM ALTERNATIVAS PARA REVERTER O CENÁRIO EM 2015.

O ano de 2015 começou com muitas incertezas para as empre-sas brasileiras. A retração da economia e a falta de confiança no mercado são fatores que afetam diretamente a indústria. A crise hídrica também é apontada como um dos obstáculos para o crescimento. Para ajustar a rota e conquistar espaço, fabricantes de lata de aço estão investindo nas plantas industriais e em diferenciação de produtos.

Um exemplo é a CMP (Companhia Metalgraphica Paulista), fa-bricante de latas para alimentos, óleos e gorduras vegetais e de produtos químicos (tintas, vernizes, colas e solventes), que construiu sua nova fábrica em Cajamar (SP) e conseguiu conquistar novos clientes.

Outras empresas focaram em embalagens de aço mais atrativas no ponto de venda, com formatos diferenciados e impressão litográfica que ressaltam o produto.

Esta é a estratégia da Silgan White Cap, líder global no fornecimen-to de tampas metálicas. A empresa investiu na tampa DEEP®, com lateral mais alta e ampla, que facilita a abertura e o fechamento, oferece maior visibilidade à marca e destaca o produto final na gôndola. “Obviamente

estamos em um momento de recessão e os volumes de produtos premium são mais con-servadores do que os tradicionais. Por isso, uma saída é minimizar os lotes produtivos para atender a um nicho de mercado mais seleto”, ressalta Eliane Romero, gerente co-mercial da Silgan White Cap Brasil.

No segmento de bebidas a forte ten-dência para 2015 é a utilização de latas em tamanhos diversos, principalmente para cer-vejas. Estas novas opções serão fundamentais para aumentar o market share (fatia de mer-cado) em um cenário no qual será registrado aumento da inflação e dos impostos aplica-dos às bebidas frias. A aposta é por buscar oportunidades nas regiões Norte e Nordeste.

“Precisamos evidenciar mais a segu-rança que a lata de aço oferece, sem contar,

é claro, a questão ambiental, por ser uma embalagem que se degrada no meio am-biente em curtos períodos e infinitamente reciclável”, diz Adriano Marson, da CMP.

Outro viés desse segmento são equipamentos que oferecem maior auto-mação, redução no custo de produção e consumo de energia. Uma das empresas que apostam neste campo é a Canpac, que representa fabricantes de máquinas da Eu-ropa, Estados Unidos e Ásia. A companhia aposta em bons projetos para driblar as in-certezas do cenário econômico brasileiro. “Muitos sabem de todas as vantagens da lata frente às demais embalagens, porém isso não é suficiente. Em 2015, deverá ocorrer uma batalha maior para tentar bai-xar o custo”, afirma Fabio Lourenço Sales, diretor da Canpac.

PARA AJUSTAR A ROTA E CONQUISTAR NOVOS ESPAÇOS, FABRICANTES ESTÃO INVESTINDO NAS PLANTAS INDUSTRIAIS E EM DIFERENCIAÇÃO DE PRODUTOS.

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Institucional

REDUÇÃO DE CUSTOS, CONSUMO DE ENERGIA E MELHORA DE PERFORMANCE SÃO INICIATIVAS ESSENCIAIS PARA OBTER SUCESSO NUM MOMENTO DE CRISE COMO O QUE O BRASIL ESTÁ PASSANDO.

A Stipare, companhia de solu-ções para envases e fabricação de em-balagens, também investe em projetos com soluções estratégicas e inovadoras, focando nas reduções de custos e me-lhora de performances. “Acreditamos que 2015 poderá ser um ano positivo, devido a um possível equilíbrio entre necessidades de inovações e redução de custos versus ofertas”, relata Julio Cesar Leone Ferreira, diretor da Stipare.

A Meister, fabricante de emba-lagens de aço de Santa Catarina, espera em 2015 atender a maior número de clientes. Para isso vai investir nos pon-tos de vendas.

A lata de aço tem conquista-do novos mercados e se fomentado em tantos outros graças à sustentabi-lidade de sua cadeia. A lata de aço é 100% reciclável, podendo retornar ao processo de fabricação de novo aço infinitas vezes. “Esse material possui valor pós-consumo capaz de suprir a sua logística reversa. Toda e qualquer usina siderúrgica funciona como planta recicladora”, ressalta Thais Fagury, en-genheira de alimentos e gerente execu-tiva da Abeaço (Associação Brasileira de Embalagem de Aço).

Um ano atípico e de baixo crescimento

O ano de 2014 não foi dos melhores. Jogos da Copa do Mundo mobilizaram o país durante os meses de junho e julho, inviabili-zando ou atrasando diversos projetos. No se-gundo semestre foi a vez do processo eleitoral desacelerar as atividades devido às incertezas dos resultados nas urnas.

Outro fator negativo foi a falta de chuva, que também aconteceu no ano passado e prejudicou as safras, sem falar do consumo recessivo apurado no quarto trimestre, indo na contramão do gasto no período, que histo-ricamente é maior devido às festividades de final de ano.

Apesar das dificuldades, as empresas do segmento contornaram a situação e apre-sentaram novos produtos ou iniciaram pro-jetos que serão concluídos em 2015. “Aten-demos a muitos clientes, ultrapassamos nossos objetivos e superamos todas as expectativas para o ano”, afirma Evelin Silva, analista de vendas da Meister, ao se referir a 2014.

A Oderich Embalagens Metálicas, fabricante de latas e conservas, também regis-trou aumento das vendas com incremento em exportação. De acordo com Marcos Oderich, diretor comercial, o grande volume vendido para o mercado externo se deve principalmen-te ao consumidor fora do Brasil, que tem uma maior preocupação com a reciclagem e escolhe naturalmente produtos em latas de aço.

Para incentivar o aumento do con-sumo interno a empresa está investindo em tecnologia abre-fácil. “Entendemos que um dos principais atributos da embalagem de aço valorizado pelos brasileiros é a facilidade na abertura. Por isso investimos neste quesito

nas embalagens para merenda escolar, por exemplo”, conta o executivo.

No segmento de bebidas o ano foi caracterizado por uma acomodação de demanda e oferta após a chega-da de duas novas fábricas de latas de alumínio na região Nordeste do país. “Estamos trabalhando junto a nossos clientes para garantir o market share da lata de aço na região”, diz Fábio Aquino Araújo, gerente comercial da Cia Metalic Nordeste, que possui a única planta brasi-leira fabricante de embalagem de aço para bebidas.

Fotos: Shutterstock

REVISTA ABEAÇO |

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15REVISTA ABEAÇO |14 | REVISTA ABEAÇO

Mercado

Um estouro de pipoca

O mercado de produtos e serviços do país vem crescendo e se reinventando para entrar na onda da gourme-tização. Mais exigentes, os consumidores demandam produ-tos premium que entreguem sabores exóticos e apresentações luxuosas. Do lado dos fabricantes, isto significar atribuir va-lor diferenciado a produtos antes comuns, buscando margens de lucro maiores. É o caso da pipoca: essa delícia simples e tradicional transformou-se em petisco de luxo graças à cria-tividade de chefs-pipoqueiros e às lindas embalagens de aço que as acondicionam.

A pipoca gourmet, já conhecida há tempos em pa-íses dos Estados Unidos da América e Europa, chegou ao mercado nacional em 2009 apresentando diferentes e sofis-ticados sabores com a cara do povo brasileiro. Nada de sal e manteiga. A onda é comer pipoca nos sabores caramelo com castanha-de-caju, cheddar, curry e mostarda, chocolate belga, limão com pimenta, algodão doce e doce de leite com coco, entre muitas outras propostas.

Vendidas em diversos estados do país, é possível encontrá-las em shoppings, quiosques gourmet e até food trucks, com layouts diferenciados e inovadores. Os cuidados vão desde a exposição do produto e decoração do ambiente até o uniforme dos funcionários. As empresas existentes buscam oferecer ótimas experiências gustativas, atendimento impecável e opções para presente.

Para agregar ainda mais ao produto vendido, as marcas utilizam latas de aço para envazar esta nova mara-vilha gastronômica. Muito chamativas e com design dife-renciado, as embalagens complementam a sofisticação do produto e o mantém fresco por até um mês, dependendo do sabor.

Natasha Pedrotti, sócia da marca paulistana Pop Art (www.popartpipocas.com.br), explica que as van-tagens na utilização do aço para embalar os snacks não estão apenas em manter a qualidade do produto, mas em

presentear o consumidor. “A maior vantagem é que as pes-soas podem ficar com a lata e usá-la para o que quiserem, seja para decorar, presentear ou apenas guardar de lem-brança. É uma forma de ins-pirar a criatividade de cada um”, explica Natasha.

“O ano de 2015 será nosso primeiro no mer-cado e queremos aproveitá-lo. Explorar diversos ca-nais de crescimento para consolidar a marca, interagir com nosso público e inovar cada vez mais com os nos-sos sabores”, explica Natasha Pedrotti.

Os sócios da Gourmet Pop Corn (www.gour-metpopcorn.com.br), Rafael Peccin e Marcos Valério dos Santos, trouxeram a ideia para o Brasil em 2009, logo depois de uma viagem aos Estados Unidos da América, onde conheceram o snack diferenciado. A marca comercializa seus produtos no Rio Grande do Sul e está presente em dez pontos de venda, distri-buídos nas cidades de Porto Alegre, Gramado, Novo Hamburgo, Canela e São Paulo.

A PIPOCA TRANSFORMOU-SE EM PETISCO DE LUXO GRAÇAS À CRIATIVIDADE DE CHEFS-PIPOQUEIROS E ÀS LINDAS EMBALAGENS DE AÇO QUE AS ACONDICIONAM.

Novidades no mercadoRecém-lançada no mercado, a marca Pop Art Pipocas apresenta lindas latas de aço para envasar seus produtos. Muito coloridas, as embalagens são fabricadas pela Metalgráfica Itaquá e com litografia feita pela Theoweiss, empresa nacional especializada em pré-impressão e fotolito para latas metálicas. Já o design ficou por conta da agência americana Moxie Sozo, responsável por toda a arte gráfica da marca. Tudo na loja combina criatividade com ingredientes autênticos.

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Natasha e Thalia Pedrotti, irmãs e sócias da Pop Art;

As latas coloridas guardam sabores inusitados como azeite de oliva e alecrim, cocada queimada e churros.

Lançada no mercado em dezembro de 2014, a Pop Art Pipocas atende clientes de diversas idades, ávidos por novidades e que buscam ingredientes pre-mium. Sua primeira loja foi aberta no Shopping Cida-de Jardim e oferece ao público seis sabores muito ori-ginais: azeite de oliva e alecrim, brownie, café, cocada queimada, goiabada e churros. Além dos tradicionais ocupantes do cardápio, produzem edições limitadas para datas especiais, como pipoca de caipirinha para o carnaval e em breve um novo sabor para a Páscoa. As opções estão disponíveis em três tamanhos e embala-gens sendo o pequeno servido em um cone de papel, o médio embalado em um saquinho zip e o grande en-vasado em lata com design exclusivo. Os valores variam de R$ 12 a R$ 55.

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Mercado

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AS PIPOCAS SÃO VENDIDAS EM DIVERSOS ESTADOS DO PAÍS EM SHOPPINGS, QUIOSQUES GOURMET E ATÉ FOOD TRUCKS, COM LAYOUTS DIFERENCIADOS E INOVADORES.

Experiência

1) Quais foram suas inspirações para trazer ao mercado brasileiro a pipoca gourmet?Trabalhei durante muitos anos com o mercado de luxo, passei por empresas de cosmético e tecnologia e após minha experiência no exterior fazendo pós--graduação em marketing de luxo na Europa decidi inovar e começar meu próprio negócio. Apreciadora de alimentos gourmet, comecei a pesquisar produ-tos com os quais poderia trabalhar para um público que já estava acostumada a atender. Fã de pipoca, imaginei como seria a experiência e decidi avaliar a ideia. Viajei para os EUA e Europa a fim de conhecer os lojas existentes e os variados sabores.

2) De que forma as latas de aço apareceram como opção para embalagem?Durante a viagem, pesquisei inúmeras embalagens e suas vantagens de conservação. Conheci latas de todos os tamanhos e formatos, que envasam de cookies a chás e decidi utilizar a lata de aço como solução de presente e conservação. Com a ideia formada busquei junto aos fornecedores as melhores tecnologias e chegamos a uma decisão: as latas Ploc Off ®. Escolha certa que nos ren-deu prêmios no segmento de embalagens de aço e que se tornaram excelentes opções de presente.

ADRIANA LOTAIF Proprietária e idealizadora da Pipó Gourmet

As premiadas latas gourmet

No ramo de pipocas gourmet as latas de aço entraram para ficar e encantar. Entre as empresas que utilizam esta embalagem, a Pipó Gourmet recebeu dois prêmios consagrados no segmento.

O primeiro foi o 23° Prêmio Brasileiro de Embalagens da Embranews – Troféu Roberto Hiraish 2014 - na categoria marketing e desing, conquistado por adotar a embalagem de aço Ploc Off da Brasilata, empresa brasileira de embalagens de aço, que oferece um sistema de fechamento exclusivo com tampa plástica e abertura simplificada. Mesmo após a primeira aber-tura da lata, o produto é conservado com todas as suas propriedades naturais, pois o seu fechamento garante a vedação total da embalagem podendo ser aberta por diver-sas vezes durante o consumo. Além disso, a embalagem conta com forte apelo visual, o que chama a atenção dos consumidores nas gôndolas dos revendedores.

“Essa embalagem é perfeita para o seg-mento, pois mantém a pipoca mais fresca e conserva suas propriedades por mais tempo, o que facilitou a comercialização do produto em diversos estados e em e--commerces”, explica Adriana Lotaif.

Já o Prêmio da Conferência Latino Americana de Embalagens – 18ª edição Latincan, foi conquistado na categoria de tampas e fecha-mentos de produtos pela inovação no mercado. A tampa é de plástico e proporciona facilidades para os consumidores. Sua abertura e fechamento são práticos e com excelente desempenho na conserva-ção do produto.

Os rótulos das latas da Pipó foram produzidos pela agência paulistana Yo e são aplicados pela empresa de acordo com a demanda existen-te. São dois tamanhos diferentes: a lata grande de um litro e a pequena de meio litro que estão disponíveis em todos os sabores nos pontos de venda.

Fora as latas tradicionais da marca, ainda são produzidos rótulos perso-nalizados para empresas e eventos. As opções oferecidas são diversas e variam de acordo com a imagina-ção do cliente. “Nossa intenção é sempre satisfazer os desejos e suprir as necessidades de nossos clientes, amigos e parceiros”, conta Adriana.

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O cardápio conta com 12 opções de sabores, alguns ti-picamente brasileiros: caramelo, chocolate, doce de leite com coco, castanhas de caju, canela, pé de moleque, algodão doce, doce de leite, cheddar, parmesão, manteiga e natural. A em-presa disponibiliza três opções personalizadas de embala-gens como saquinhos de plástico recicláveis, baldes e latas de aço. Em datas comemorativas e para eventos fechados, a Gourmet Pop Corn também inova nas litografias das em-balagens de aço, oferecendo novos layouts de acordo com a necessidade do cliente. Os preços variam de R$ 8 a R$ 25.

“Em 2015, pretendemos abrir mais 10 lojas em outras regiões do País. Visamos um crescimento de pelo menos 100% neste ano”, explica Rafael Peccin.

A Pipó Gourmet (www.pipogourmet.flavors.me/), inaugurada em 2013 pelos sócios Fernando Nazareth e Adriana Lotaif, atende a um público de paladar refinado, com sabores diferenciados e ingredientes sofisticados. Os sabores oferecidos são trufa branca; curry e mostarda; lemon pepper; caramelo e flor de sal; caramelo, coco e noz pecan; canela cristalizada e chocolate belga 54% cacau. Hoje a empresa conta com duas lojas próprias em São Paulo e mais 31 pontos de venda distribuídos nos estados de São Paulo, Piauí, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Ceará e Bahia, além de três revendedores online (IBacana, Flores Online e Conceito Store). Suas latas de aço são decoradas com rótulos adesivos impressos digitalmente, com preços que variam entre R$ 29,90 e R$ 32,90.

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Nem tudo foi tão simples quanto parece. Para que o projeto pudesse chegar ao atual momento, no qual as cooperativas passam a vender os resíduos de aço coletados, a Wise Waste teve que enfrentar alguns trâmites burocráticos de coleta de docu-mentação para cadastro.

“Por conta da falta de estrutura das cooperativas, tivemos que trabalhar de forma personalizada com cada uma. Por exemplo, dedicamos tempo para ir a cartórios para garantir que os documentos tivessem firma reconhecida. Além disso, para garantir a utilização dos EPIs que serão doados, medimos pessoalmente a numeração dos calçados de cada cooperado. Isso foi necessário porque, no passado, muitas cooperativas já receberam EPIs com nume-ração incorreta”, conta.

A Wise Waste faz, agora, o monitoramento do projeto. “Percebemos que intervenções pontuais têm resultado pouco relevante. Por isso realizamos cerca de duas visitas por mês a cada cooperativa para acompanhar o andamento dessa ação”, pontua André. Um ano após o projeto entrar em campo, será realizada uma reciclagem no treinamento, identificando lideranças internas no grupo de coo-perados, que serão multiplicadores da capacitação.

Para o gerente da Wise Waste, a experiência com o Prolata tem sido gratificante. “De antemão podemos dizer que pelo fato de estarmos direto em contato com as cooperativas, temos sido muito bem recebidos. Nos preocupamos com detalhes e isso faz com as cooperativas e cooperados tenham maior aderência ao projeto”.

Trabalho personalizado

Conquistando novos parceiros

O projeto já começa a conquistar outras parcerias. Foi formalizada parceria piloto como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de Cuiabá com o objetivo de melhorar a capacitação dos cooperados. A parceria com o Prolata prevê a realização de trabalho de capacitação das cooperativas com diferentes consultorias.

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Você Sabia?A Wise Waste já capacitou

mais de 700 cooperados em 50 cooperativas, nas 11 cidades sedes da Copa do Mundo que

fazem parte do projeto.

O projeto Prolata Recicla-gem, iniciativa que tem o apoio e patro-cínio da Abeaço (Associação Brasileira de Embalagens de Aço) e da Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), entra agora em sua segunda fase. Após um ano de treinamento e capaci-tação dos catadores das 50 cooperativas participantes, a Abeaço e Abrafati farão doação de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos participantes com apoio da Gerdau. O objetivo é aumentar a segurança dos cooperados, zelando por sua saúde e, ao mesmo tempo, incremen-tar a produtividade.

O trabalho está sendo coordena-do pela Wise Waste, empresa responsável pela elaboração e implementação do trei-namento dos cooperados e a perspectiva é de que os equipamentos de proteção sejam entregues já no mês de abril.

Cada cooperado receberá de um a três itens de cada EPI necessário ao traba-lho. O kit é composto por: par de botas, meia, luva de látex, luva de raspas de couro, chapéu australiano (proteção contra o sol), capa de chuva (para os que trabalham na rua), abafador de ruído (para os que traba-lham na prensa), camiseta, protetor auricu-lar e protetor solar.

Desde o lançamento do projeto, a Wise Waste, responsável pela elaboração de um trei-namento de melhoria de performance na triagem de resíduos, já capacitou mais de 700 cooperados em 50 cooperativas, nas 11 cidades sedes da Copa do Mundo que fazem parte do projeto: São Paulo, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Natal, Salvador, Recife, Fortaleza, Cuiabá, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A capacitação teve por objetivo dar melhores condições para que os cooperados possam garantir um produto final melhor e de mais valor para o mercado que compra.

De acordo com André Kenji, gerente de operações da Wise Waste, o primeiro passo foi a realização de um diagnóstico para verificar as reais

Cooperados do Prolatareceberão equipamentosde proteção individual

Sustentabilidade

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Das 50 cooperativas participantes do Prolata Reciclagem, 11 já efetuaram suas primeiras vendas de sucata para a Gerdau, totalizando aproximadamen-te 280 toneladas de aço entre outubro de 2014 e fevereiro de 2015. Como o material é vendido diretamente para a Gerdau, sem intermediário, há impacto positivo na renda das coo-perativas, que pode até dobrar. “Um bom exemplo é uma cooperativa do Distrito Federal que teve incremento de R$ 8 mil em receita no último mês”, comemora André.

Toda a fase burocrática para iniciar o processo de vendas para a Gerdau ficou aos cuidados da Wise Wa-ste. A Gerdau possui um padrão

Aumento de renda

para compra que contempla envio de documentação para liberação do cadastro para a venda. “Nossa equipe de campo vai às cooperativas e solicita toda a documentação. Porém, quando a documentação não existe ou a coo-perativa tem alguma dificuldade para captar, nós auxiliamos para garantir que o processo flua”, diz André. Passada essa fase burocrática, as co-operativas passam a ser fornecedoras homologadas para a Gerdau.

Em uma cooperativa de Fortaleza, o aumento de receita chegou a R$ 900,00. Em São Paulo, de cerca de R$ 2 mil. E, em Salvador, as coopera-tivas tiveram em média um incremen-to de R$ 3 mil mensais.

Para estimular os cooperados a participarem dos treinamentos de capacitação, o Prolata promoveu o pagamento de uma bolsa e doou um kit lanche para cada um. “O objetivo foi mostrar às cooperativas que o projeto é sério e preocupa-se com os cooperados. Isso fez com que eles se sentissem parte do projeto e con-fiassem em nosso trabalho”, avalia o gerente da Wise Waste.

Estímulo àparticipação

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Sustentabilidade

Fotos: Divulgação

Sustentabilidade

Lançado em 2012, a Prolata Recicla-gem é uma associação sem fins lucrativos que visa aumentar a reciclagem de embalagens de aço pós-consumo. O programa abrange, dentre outras atividades, a inclusão de cooperativas de materiais recicláveis.

Para participar do projeto, as cooperati-vas passaram por um diagnóstico situacional e tiveram que corresponder aos requisitos legais de operação, como ter CNPJ e emitir notas fiscais, além de estarem licenciadas pelas prefeituras lo-cais. Ao fim dessa etapa, das 105 avaliadas, 50 cooperativas foram selecionadas em 12 cidades.

As cidades contempladas na primeira fase do projeto foram escolhidas com base nos critérios da PNRS (Política Nacional de Resí-duos Sólidos).

necessidades das cooperativas e o grau de capacitação. Nesta primeira etapa foi aplicado um questionário que contemplou uma série de questões sobre a infraestrutura da cooperativa e o estado de equipamentos de triagem; documentação, como a existência de um estatuto formal e composição da diretoria; e aspectos sociais dos coope-rados, quantos são, quanto ganham em média e que con-dições de trabalho encontram no dia a dia.

“Fazemos isso com nosso time de campo que tem a visão real de como isso deve ser tratado. Tomamos o cuidado de abordar os cooperados com linguagem sim-

ples, para que o impacto da intervenção no resultado da pesquisa seja o menor possível”, ele explica.

Atualmente o projeto está na fase de implanta-ção das vendas do aço coletado para a Gerdau. “Estamos fazendo os últimos ajustes da plataforma digital para ges-tão do projeto que poderá indicar automaticamente os resultados para os órgãos legais e os associados”.

Segundo André, as cooperativas têm múltiplos benefícios por participar da iniciativa. “Além de ter a compra do aço garantida por um valor superior ao do mercado, elas recebem ferramentas para melhorar a administração e organização”, ressalta o gerente da Wise Waste.

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Inovação e Tecnologia

A lata de aço vem evoluindo há mais de 200 anos para garantir cada vez mais praticidade e segurança aos produtos envasados. Versátil, atende a vários setores, de alimentos e bebidas a produtos químicos, se apresenta em diferentes formatos e tamanhos, com diversas aberturas e com litografias que podem elevá-la a uma obra de arte.

Os fabricantes de latas de aço não são sim-plesmente produtores de embalagem. Vão além: são fornecedores de soluções para fabricação de embalagens metálicas. E o Brasil, como acompanha todo esse desenvolvimento? Está atualizado às ten-dências? Exporta inovação e tecnologia? A Abeaço Notícias levantou informações sobre o cenário fora

do País para ajudar os empresários nacionais a bus-carem novas oportunidades de negócios.

Para Julio Cesar Leone Ferreira, diretor da Stipare, companhia de soluções para envases e fabricação de embalagens, o mercado mundial está atravessando um ótimo momento em matéria de inovações para embalagens metálicas, como as latas para alimentos, com tecnologias que podem mudar em definitivo os sistemas de abertura e os rumos daqui para frente.

O Direct Sealing é uma das tecnologias de abertura que já está sendo testada. Consiste numa membrana especial resistente e segura aplicada di-retamente ao corpo da lata. Garante praticidade ao

uso e, ao mesmo tempo, hermeticidade ao produto. Esse sistema traz maior facilidade e segurança princi-palmente para crianças e idosos, evitando possíveis aci-dentes domésticos. “A novidade representa significati-va redução de custos na produção se comparados com as latas de fácil abertura já existentes”, conta Ferreira.

Também há tecnologia para aprimorar o galão de tinta e aerossóis. A lata de tinta conta com fabrica-ção de anéis e tampas em montagem simultânea que são alimentados por folhas de flandres inteiras, com altíssima produtividade. O sistema oferece redução de custos na produção desses componentes por conta da possibilidade de reduzir a espessura do material.

Já na área de aerossóis, a inovação vem dos Estados Unidos da América, onde as embalagens são produzidas em duas peças em diferentes alturas e diâmetros. Há ainda estudos para fornecimento de equipamentos de alta velocidade para a realização de relevos, em formatos cilíndricos, tornando as latas pre-mium, o que ajuda a evidenciar produto e marca.

Quanto ao tamanho das embalagens, sempre houve oportunidade dos fabricantes se diferenciarem nos diversos tipos de aplicação. Porém, no Brasil, a maioria das empresas utiliza formatos específicos em número reduzido para facilitar e baratear o processo. Esse comportamento pode inviabilizar o crescimento. No ramo da litografia, a performance de aplicação vem aumentando. Atenção às impressões 3D, que estão conquistando clientes.

Ferreira conta que existem muitos maquiná-rios que ainda não vieram para o Brasil. O equipamen-to para fabricação do Direct Sealing não aportou no País, pois é uma tecnologia nova que está sendo testa-da. Mas muito em breve a máquina chegará por aqui. Os equipamentos para produção de componentes si-multaneamente também estão em testes e chegarão no Brasil mais adiante. “Quando falamos de relevo, não

Serviços Premiados

A Metpack é uma feira internacional que destaca as principais ino-vações na indústria de embalagens metálicas. Em 2014, Matriruiz S.L., KBA Metalprint GmbH e Soundronic Groupe foram as estrelas do Prêmio Inovação Metpack.

A Matriruiz S.L. levou o troféu Ouro pelo Spider Head Liner, um robô delta para a produção de finalizadores de latas que atende às ex-pectativas da indústria oferecendo maior flexibilidade ao processo. Essa é a principal linha de revestimento criada e patenteada pela empresa.

O robô possui três articulações capazes de desenhar qualquer coordena-da. O equipamento substitui a tradicional tintura e lavagem do sis-tema de revestimento corrigindo possíveis falhas. É um sistema que reduz perdas, considerando que a aplicação do composto é feita por meio de um injetor elétrico que permite revestimento limpo e preciso. O equi-pamento possui ainda um sistema automático de limpeza e um sistema automático de finalização de corte. Com isso não é preciso parar a linha de produção em nenhuma das etapas.

Spider Head Liner é facilmente adaptável a qualquer linha de produção e totalmente programável via touchscreen, o que otimiza a configuração do parâmetro de formato de finalização bem como a velocidade do revestimento. Características que oferecem ao processo velocidade linear de 2m/s.

A KBA Metalprint GmbH ficou em segundo lugar na premiação por conta do HighEcon drying oven, forno de secagem para pintura de fo-lhas de metal extremamente finas. A máquina permite o manuseio de folhas abaixo de 0,100mm. A tecnologia desenvolvida garante econo-mia de energia e mais eficiência.

Já a Soundronic Groupe recebeu o prêmio Bronze pela máquina Soucan 2000 series. A máquina de soldagem para fabricação de latas para ali-mentos leves se destacou por ser ecológica, possuir design inovador e ter alta velocidade para também processar folhas finas de metal.

Para fabricar uma lata de aço é preciso entender quais componentes são essenciais na sua origem. Sem fer-ro e carbono, a lata não existira. O aço é uma liga destas duas substâncias. O carvão também tem papel importante na primeira fase de fabricação do aço de-nominada redução. A segunda e terceira etapas são chamadas de refino e de laminação. Com a evolu-ção da tecnologia, essas três fases estão tendo seus tempos reduzidos, assegurando maior velocidade na produção. Um ganho para todos os fabricantes.

Do ferro ao aço

da lata de açoO futuro

Fotos: Divulgação

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Inovação e Tecnologia

Segundo a Canpac, que representa fabri-cantes de máquinas da Europa, EUA e Ásia, o mercado brasileiro é extremamente competitivo. “Sabemos que na Europa, EUA e Ásia o consumo per capita é muito maior que no Brasil. Isso se deve ao poder aquisitivo dos brasileiros e ao fato de embalagens alternativas, como o plástico e o pouch, possuírem preços mais atrativos que a lata de aço”, diz Fabio Lourenço, diretor de vendas da instituição. “Muitos sabem de todas as vantagens da lata frente às demais embalagens. Porém isso não é suficiente. Deve ocorrer uma batalha maior para tentar baixar o custo”, completa o executivo.

Para Lourenço, os fabricantes de latas tam-bém precisam investir mais em automação e novas tecnologias, uma vez que o cenário não está positivo.

Atualizar o maquinário é uma forma de se diferenciar: o custo de produção é reduzido con-sideravelmente, pois é preciso menos operadores; o consumo de energia também diminui se com-parado aos equipamentos da década de 70 e 80, sem falar na alta produtividade. Isso não se aplica somente à fabricação de latas, mas também na im-pressão e envernizamento. “A Canpac possui uma nova tecnologia de envernizamento que é capaz de reduzir em até 40% o consumo de gás estufa de se-cagem e sabemos que hoje a energia tem um gran-de impacto no custo produtivo”, conta Lourenço.

No mercado europeu, a Soudronic e a KBA Metalprint trabalham em conjunto com uma grande usina para redução da espessura do aço a fim de obter uma lata com preço mais competitivo. Atualmente já é possível imprimir folhas e fabricar latas com espessura de 0,10mm. O mercado do Brasil não fabrica folhas de flandres em espessuras abaixo de 0,14mm.

Lourenço comenta que, com relação ao sistema de abertura, a Soudronic desenvolveu um equipamento chamado Uniseal, que fabrica tampas peel off, feitas com materiais compostos que permite selagem perfeita em produtos autoclavados. Aqui no Brasil algumas empre-sas estão testando essas tampas. Na Europa, várias em-presas que envasam frutas, pescados, patês, entre outros, já utilizam a tampa e obtêm sucesso.

O que fazer para competir? Outra forma de bancar a competição acirrada é investir em litografia. Na Europa, EUA e Ásia, boa parte das empresas possuem equipamentos com quatro, seis e oito cores em somente uma passada. “Aqui no Brasil, há máquina com no máximo quatro cores. O processo é bem mais econômico quando é possível im-primir com somente uma passada.”

Para os brasileiros entrarem na competição de fato, o ideal é seguir a tendência mundial: fabricar latas com custos reduzidos, diminuindo a espessura do aço e investindo em maquinário de alta produtivi-dade. “É uma questão de tempo as novidades estarem aqui no Brasil. Os fabricantes de latas acompanham de perto todas as tendências do mercado internacio-nal”, finaliza.

Fotos: Divulgação

temos as melhores máquinas porque o mercado nacional não está disposto a pagar soluções de excelência, o que eleva os custos e encarece o produto final”, diz o executivo.

Segundo Ferreira, diferente de muitos outros países, o Brasil vem passando por dificuldades no mercado de lata de aço, como por exemplo, no setor de alimentos. “Outros tipos de embalagens vêm ganhando terreno por serem mais baratos. Isso faz com que os fabricantes se desestimulem a investir em novas tecnologias. Além disso, os fabricantes lo-cais deveriam promover mais intercâmbios com fabricantes de outros países. Talvez tivessem mais oportunidades de tra-zer tendências e mostrar o know-how do Brasil.”

A embalagem de aço tem grandes desafios em nos-so país. Se avaliarmos o mercado dos EUA e da Europa, há matéria-prima com espessuras menores, maiores volu-mes, mais variedades e, consequentemente, latas muito mais

competitivas. “Acredito que o mercado brasileiro poderá passar por um processo de fusão e talvez oferecer uma gama maior de produtos em lata, mudando seu perfil de fabricante para fornecedor de soluções de embalagens metálicas. Para isso será necessário acreditar nas tendências, inovar, criar e oferecer formatos distintos, fazer bench-marking e adquirir tecnologia para exaltar a diferenciação de pro-duto”, explica Ferreira.

Mesmo com um cenário favorável à ino-vação e à tecnologia em países desenvolvidos, o Brasil cria e desenvolve ideias. “Tivemos um lin-do exemplo de inovação mundial como o lançamen-

to do sistema Abre Fácil, da Rojek”, comenta o di-retor da Stipare.

Um exemplo de sucesso é um dos fabricantes locais de máquinas que exportou para a América La-tina. A fabricação de maquinário para latas é bastante complexa devido à existência de muitos periféricos que compõem a montagem. Tudo isso requer altos investi-mentos. Não há apenas um equipamento de um forne-cedor: são muitos fornecedores e vários equipamentos para concluir a operação total, o que dificulta o apri-moramento. O oposto do que acontece na Europa, que possui know-how incomparável no setor. O continente atende ao mercado mundial de latas e está em constante evolução. Investe fortemente em inovação e tecnologia e trabalha com engenharia de ponta. Para reforçar esse sucesso, a cultura de consumo na Europa também é muito maior, o que ajuda a manter todo o processo.

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Empresas

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Experiência e espírito tecnológico

No mundo das latas de aço, poucas compa-nhias tiveram tanta capacidade de se reinventar quanto a Metalgráfica Iguaçu S.A. Até 2003, a empresa, que é a única companhia de capital aberto no segmento, lide-rava o mercado de latas para óleos comestíveis, então sua única linha de produtos. Com a invasão de garrafas PET, a Iguaçu percebeu que seria necessário iniciar um grande ciclo de investimentos em novos equipamentos e tecnolo-gia para diversificar a produção. E foi o que a companhia fez, dando início a uma nova era em sua história.

Hoje, a empresa é focada na produção de latas para o setor alimentício. Em seu portólio, destacam-se as latas cilíndricas de três peças em quatro diferentes diâmetros, latas duas peças para patês e pescados e latas tronco piramidais para corned beef. Outra estrela é a lata tipo AbreFácil® Rojek, produzida sob licença com ex-clusividade pela Iguaçu.

A qualidade dos produtos e a diversidade de mo-delos atraiu novos clientes. Antes concentrada em um único mercado, a Iguaçu tornou-se fornecedora de latas

para carnes, pescados, cafés, vegetais, entre outros itens, para atender a algumas das mais respeitadas produtoras de alimentos do mundo, como Cargill, Heinz, Bunge, Danone, Angelo Auricchio, Cacique, Goiás Verde, Marfrig, JBS, Predilecta, Bonduelle e Gomes da Costa.

Com mais de oito bilhões de latas produzi-das ao longo de sua história, a Metalgráfica Iguaçu S.A. foi fundada em 1951. Tem 64 anos com o fres-cor de uma menina. Suas duas unidades de produ-ção - a matriz, situada em Ponta Grossa, no Paraná, e uma filial em Goiânia, no estado de Goiás – estão plenamente equipadas para a fabricação de embala-gens de aço.

Rogério Marins, diretor presidente e diretor de relações com investidores da Metalgráfica Iguaçu, destaca o investimento tecnológico da organização. “Possivelmente é a empresa com a menor idade média dos equipamentos e, segundo comentários do merca-do, nosso laboratório de controle de qualidade não tem similar no país”, afirma.

ExperiênciaROGÉRIO MARINS Diretor Presidente e Diretor de Relações com Investidores da Metalgráfica Iguaçu S.A.

Com o entendimento de qualidade como um conceito amplo e base para o sucesso, o diretor presidente da Metalgráfica Iguaçu S.A., Rogério Marins, conta para a Abeaço Notícias um pouco mais so-bre a participação da organização no mercado e também ressalta os benefícios da lata de aço.

1) Quais são os valores que a Iguaçu acredita?Acreditamos nas relações éticas de longo prazo e na busca inces-sante de qualidade superior de nossos produtos e serviços. Além disso, buscamos remunerar nossos acionistas adequadamente.

2) Quais foram as últimas novidades em embalagem de aço da Metalgráfica Iguaçu?Não tivemos nenhuma novidade. Nós fazemos a linha tradicio-nal. Possuímos o registro industrial do design de lata que utili-za tampa em diâmetro 70mm e fundo 73mm, com o objetivo de melhorar o empilhamento das latas nos pontos de venda. O uso acabou virando regra do mercado.

3) Quais são os benef ícios em conservar os produtos em latas de aço?Disponibilidade de produtos fora da safra, o longo prazo de va-lidade, a qualidade do produto final para consumo é melhor que o produto in natura preparado em casa e principalmente a pra-ticidade, já que a tendência mundial é o uso cada vez maior de produtos já processados.

Fotos: Divulgação

A empresa também se diferencia por ser pioneira em de-senvolver a lata para alimentos em espessura 0,12mm. “Esta lata foi fabricada com aço importado, uma vez que o mercado nacional não fabrica folhas de flandres em espessuras abaixo de 0,14mm”, diz Ma-rins. “Pelo fato de sermos a única fornecedora deste tipo de lata, os clientes não adotaram esta especificação, apesar de ser bastante eco-nômica”, completa o executivo.

A preocupação com o meio ambiente também está presente no dia a dia da companhia. Além de possuir as certificações ISO 9001 e ISO 14001, que envolvem práticas ambientais, a Iguaçu investe na sustentabilidade também em seus equipamentos. “Nossas estufas li-tográficas possuem pós-queimadores, reduzindo as emissões atmos-féricas a níveis muito aquém do permitido pela legislação”, destaca Marins. “Toda a água de lavagem das impressoras e envernizadoras é tratada para separação dos produtos litográficos. A água resultante é reaproveitada e o produto litográfico separado é vendido para re-aproveitamento na fabricação de novas tintas e vernizes”, completa.

Em 2014, a Metalgráfica Iguaçu arrendou uma parte dos equipamentos da Metalgráfica Rojek e, desde então, produz com ex-clusividade as latas com tampas conhecidas como AbreFácil®. Ma-rins explica que o motivo que levou a Iguaçu a fechar esse acordo foi a busca de escala. “A participação de mercado que tínhamos na lata de aço não era suficiente para uma operação rentável. O fabricante encontra-se, há muitos anos, pressionado pelos custos de matérias--primas, insumos, altas nos salários, custos de capital e a carga tribu-tária do país. Nossa expectativa, com essa ação, é dobrarmos a receita em 2015 e termos lucro satisfatório no exercício”, ressalta o executivo.

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