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THAÍS REGINA DE ASSIS AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA E SUSCETIBILIDADE DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE UROCULTURAS DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE GUARAPUAVA- PR GUARAPUAVA 2013

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THAÍS REGINA DE ASSIS

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA E SUSCETIBILIDADE DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE UROCULTURAS DE UM HOSPITAL

DA CIDADE DE GUARAPUAVA- PR

GUARAPUAVA 2013

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THAÍS REGINA DE ASSIS

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA E SUSCETIBILIDADE DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE UROCULTURAS DE UM HOSPITAL

DA CIDADE DE GUARAPUAVA- PR

Monografia apresentada à Faculdade Campo Real, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina. Orientadora: Prof. Ms. Janaína Ângela Túrmina

GUARAPUAVA 2013

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Assis, Thaís Regina de A848a Avaliação da freqüência e suscetibilidade de bactérias

isoladas de uroculturas em um hospital na cidade de Guarapuava - PR / Thaís Regina de Assis. – – Guarapuava: s.n., 2013.

41 f.: il, 28 cm Monografia (Graduação em Enfermagem) apresentada à

Faculdade Campo Real, 2013. Orientador: Janaína Ângela Túrmina

Bibliografia 1. Urocultura. 2. Infecção Urinária Hospitalar. 3. Resistência

Bacteriana. I. Assis, Thaís Regina de. II. Título. III. Faculdade Campo Real.

CDD 610.73

Elaboração Ficha Catalográfica: Alessandra das Graças de Oliveira – Bibliotecária CRB/9 R.P. 01/2013.

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THAÍS REGINA DE ASSIS

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA E SUSCETIBILIDADE DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE UROCULTURAS DE UM HOSPITAL

DA CIDADE DE GUARAPUAVA- PR

Trabalho de Curso aprovado com média ________, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Biomedicina, no Curso de Biomedicina da Faculdade Campo Real, pela seguinte banca examinadora: _________________________________________ Orientador (a) Presidente (a): Janaína A. Túrmina __________________________________________ Membro: Fernanda Viero Dias __________________________________________ Membro: Michele Fabrícia Tolotti

Guarapuava, ________ de _________ de 2013.

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iv

A você que me deixou fortalecida, como uma mulher guerreira para

seguir na luta;

A você que me esperou todas as noites com um belo sorriso, tirando de

mim toda e qualquer tristeza existente neste percurso;

A você meu anjinho, símbolo do meu amor incondicional, meu maior

incentivo para seguir até o final;

A você minha pequena Ráyre, obrigada por entrar em minha vida no

momento certo para que minha luta tivesse sentido. Mamãe te ama muito.

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v

AGRADECIMENTOS

A Deus, que me fortaleceu cada dia para que esta jornada fosse realizada

degrau por degrau, não deixando desistir do meu objetivo.

Aos meus pais, Deomar e Neusa, que me apoiaram neste trajeto adiando

muitos sonhos e projetos para cuidar de minha filha durante as noites de

estudo, me ajudando assim na busca por um sonho.

Aos meus irmãos Marcos, Jader e Patrícia, que mesmo distante acredito

que oraram muito para que eu alcançasse meu objetivo que hoje se

concretiza.

À minha professora e coordenadora Janaína Ângela Túrmina, que se

desdobrou em meio a tanto trabalho para me ajudar, demonstrando

competência, paciência e me dando confiança para a elaboração deste

projeto. Te admiro muito pela pessoa, pela professora e acima de tudo a

profissional que é. Agradeço por me orientar e pela oportunidade que tive

durante estes anos de aprender com você.

Ao Instituto Virmond que prontamente atendeu liberando a pesquisa.

Agradeço a gentileza, a oportunidade do aprendizado e o apoio pelo

projeto.

Aos meus colegas de sala do curso de Biomedicina: Anajara, Marceli,

Gilvana, Jéssica, Andressa, Carlos Augusto, Carlos Ricardo, Raphael,

Eduardo, Claudemir, Rogério, André, Sheila, Nádia, Janaína e Renan.

Fomos e somos fortes pois, “O valor das coisas não está no tempo em

que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso

existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas

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vi

incomparáveis” (Fernando Pessoa). Independente dos rumos dos nossos

caminhos, estarão comigo, dentro do coração. Obrigada.

Aos meus professores que durante estes quatro anos passaram todo o

aprendizado necessário, que hoje fazem de mim uma biomédica.

A todos que contribuíram para realização deste trabalho, o meu

agradecimento.

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vii

“Existe uma única estrada e somente uma,

E essa é a estrada que eu amo. Eu a escolhi.

Quando trilho nessa estrada as esperanças brotam,

E o sorriso se abre em meu rosto.

Dessa estrada nunca, jamais fugirei”.

(Daisaku Ikeda)

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viii

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ......................................................................................................... iv

AGRADECIMENTOS ................................................................................................. v

LISTA DE TABELAS ................................................................................................ ix

LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................... x

LISTA ABREVIATURAS E SIGLAS .......................................................................... xi

RESUMO .................................................................................................................. xii

ABSTRACT .............................................................................................................. xiii

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 14

1. INFECÇÃO HOSPITALAR E A UROCULTURA .................................................. 17

2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 22

2.1. GERAL ..................................................................................................... 22

2.2. ESPECÍFICO ........................................................................................... 22

3. METODOLOGIA .................................................................................................. 23

3.1. ANÁLISE DOS DADOS .......................................................................... 23

3.2. PROCEDIMENTOS DAS UROCULTURAS ............................................ 23

3.3. ANTIBIOGRAMA .................................................................................... 24

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 26

5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 35

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ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Distribuição do número de episódios de infecção do trato urinário por

E. coli durante ................................................................................................. 29

Tabela 2:Perfil de resistência e sensibilidade aos antimicrobianos das cepas de

Escherichia coli ................................................................................................ 30

Tabela 3: Perfil de resistência e sensibilidade aos antimicrobianos das cepas

de Staphylococcus saprophyticus .................................................................... 31

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x

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1:Distribuição de crescimento microbiano em Uroculturas dos

pacientes internados no ano de 2012 em Hospital de Guarapuava. ................ 26

Gráfico 2: Incidência de ITU no ano de 2012 em pacientes internados,

distribuída por sexo .......................................................................................... 27

Gráfico 3: Distribuição das espécies bacterianas mais isoladas em exames de

uroculturas n=256............................................................................................. 28

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xi

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ATCC American Type Culture Collection

CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

CDC Centers for Disease Control

CGLAB Coordenação Geral de Laboratórios

CLSI Clinical and Laboratory Standards Institute

IHs Infecções Hospitalares

INPS Instituto Nacional de Previdência Social

ITU Infecção do Trato Urinário

OPAS Organização Panamericana de Saúde

PCIH Programa de Controle de Infecção Hospitalar

UFC/Ml Unidade Formadora de Colônia por mililitro

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RESUMO

As infecções hospitalares constituem hoje um grave problema de saúde pública, sendo que as infecções do trato urinário ocupam o segundo lugar nas infecções causadas por bactérias adquiridas durante a internação. Diante disto, realizou-se uma pesquisa retroativa de um Hospital da cidade de Guarapuava-PR, avaliando o perfil e sensibilidade das bactérias isoladas de uroculturas, durante o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2012. Através de uma revisão literária de livros e periódicos por meio de pesquisa eletrônica, e análise documental dos registros existentes de pacientes internados que realizaram urocultura, verificou-se o perfil de resistência e sensibilidade das principais bactérias encontradas no ambiente hospitalar. Foram avaliados 256 uroculturas que apresentaram contagem igual ou superior a 100.000UFC/mL, sendo que 69,1% eram mulheres, 19,5% homens e 11,3% crianças de 0 a 15 anos. Deste estudo, a Escherichia coli apresentou uma alta prevalência nos resultados obtidos, com 74,6%, obtendo uma frequência maior no outono. O Staphylococcus saprophyticus foi a segunda bactéria com mais prevalência no estudo, com 4,3%. Dos antibióticos testados para E. coli, a maior taxa de resistência foi encontrada na amoxicilina (38%), seguido de sulfametoxazol+trimetoprim (26%) e ciprofloxacino (20%). Já para S. saprophyticus, a resistência foi para azitromicina, eritromicina (64%) e clindamicina (55%). Um dos motivos que acarretam o aumento da resistência antimicrobiana derivada de pacientes com infecções do trato urinário contraídas no ambiente hospitalar é o uso irracional dos antimicrobianos de forma empírica, bem como prescrições que ocorrem sem o conhecimento dos resultados das uroculturas, prejudicando assim o tratamento, e a situação clínica do paciente.

Palavras-Chave: Urocultura, Infecção Urinária Hospitalar, Resistência Bacteriana.

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xiii

ABSTRACT

Nosocomial infections are now a serious public health problem, and the urinary tract are the second most in bacterial infections acquired during hospitalization. In view of this, we carried out a retrospective study of a Hospital Guarapuava-PR, evaluating the profile and sensitivity of bacteria isolated from urine cultures during the period of January 1 to December 31, 2012. Through a literature review of books and periodicals via electronic discovery, and document analysis existentens records of inpatients who underwent urine culture during the study period, we found the sensitivity and resistance profile of the main bacteria found in the environment hospital. A total of 256 urine cultures showed that score less than 100.000UFC/mL, and 69.1% were women, 19.5% men and 11.3% children 0-15 years. In this study, Escherichia coli showed a high prevalence in the results, with 74.6%, obtaining a higher frequency in the fall. Staphylococcus saprophyticus is the second most prevalent bacterium of the study with 4.3%. Of the antibiotics tested for E. coli, the highest rate of resistance was found in Amoxicillin (38%), followed by sulfamethoxazole and trimethoprim (26%) and ciprofloxacin (20%). As for S. saprophyticus, resistance was to azithromycin, erythromycin (64%) and clindamycin (55%). One of the reasons that cause the increase of antimicrobial resistance derived from patients with urinary tract infections contracted in hospitals, is the irrational use of antimicrobials empirically, as well as prescriptions that occur without the knowledge of the results of urine cultures, thus impairing treatment, and the patient's clinical situation. Keywords: Urine culture, Urinary Hospital Infection, Bacterial Resistance.

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1. INTRODUÇÃO

A preocupação com o controle da infecção hospitalar no ambiente

hospitalar é para os profissionais da saúde um ponto primordial, devendo ser

constante as ações e procedimentos realizados pelo profissional da saúde.

(SANTOS, 2010).

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Brasil

(2000), as infecções hospitalares, constitui hoje um grave problema de saúde

pública. As infecções adquiridas após a internação do paciente, ou que se

manifestam durante a estadia no hospital, mesmo após a sua alta, é definida

como uma infecção hospitalar.

As infecções hospitalares em sua maioria manifestam-se em pacientes

gravemente enfermos, devido ao desequilíbrio em sua microbiota normal e

seus mecanismos de defesa, que pode ser provocado por algumas doenças

responsáveis pela sua hospitalização, procedimentos invasivos ou

imunossupressivos que o doente possa ter sido submetido de forma correta ou

incorretamente. Em consequência, algumas infecções hospitalares conseguem

ser evitadas e outras não, ressaltando que nestas infecções os

microorganismos possuem um papel passivo, cabendo ao homem a

responsabilidade do papel ativo sobre o controle destas infecções (VALLE, et

al., 2012).

Os microorganismos que não inibem concentrações alcançadas no

sangue ou tecido do antimicrobiano, ou apresentam mecanismos de resistência

específica, sem resposta clínica, podem ser definidos como microorganismos

resistentes (MOTA et al., 2005).

A partir do século XX, com a expansão dos antimicrobianos, uma

revolução efetivou o tratamento das infecções. Surtos de infecção por

Staphylococcus aureus, nas décadas de 50 e 60, ou por microorganismos gram

negativos, na década de 70, em alguns países, aumentaram os custos

hospitalares, originando interesse para medidas de controle de infecção

hospitalar, até os dias de hoje (FONTANA, 2006).

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No Brasil, a partir da década de 70, alguns pesquisadores e algumas

instituições se preocuparam com o problema que a infecção hospitalar

causava. Sendo assim, em 1972, o Instituto Nacional de Previdência Social

(INPS), determinou através de Portaria, que fosse criada e organizada

Comissões de Controle de Infecção nos hospitais próprios do Instituto,

desencadeando a formação de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

(CCIH) em muitos deles, obtendo assim números que definiriam a dimensão do

problema no país (OLIVEIRA, 2005).

A partir de 1976, o governo determinou a criação de CCIH nos hospitais

próprios da previdência, porém a medida não teve efeito devido a falta de

fiscalização. Em 1985, com a morte de Tancredo Neves, recém-eleito

Presidente da República, devido a uma infecção pós-cirúrgica, o Ministério da

Saúde implementou ações e projetos que mudariam o panorama e o rumo do

controle de infecção no Brasil, fazendo um levantamento de quais instituições

brasileiras já tinham o CCIH operacionalizadas, capacitando multiplicadores,

realizando intercâmbio de conhecimentos entre os profissionais de saúde,

elaborando manuais e normas técnicas (OLIVEIRA; MARUYAMA, 2008).

Em 1992, o Ministério da Saúde editou a Portaria 930/92 com o objetivo

de definir os princípios para o diagnóstico das Infecções Hospitalares (IHs),

entre outras atribuições Beltrão (2005), determinando que

“todos os hospitais do país, além das comissões,

deveriam também constituir de Serviços de Controle de

Infecção Hospitalar, compreendendo que pelo menos,

um médico e uma enfermeira para cada 200 leitos”

(OLIVEIRA, 2005).

A partir de então, a vigilância epidemiológica passou a ser preconizada

com vistas à execução oportuna de ações de controle, preferencialmente por

meio de busca ativa (SANTOS, 2006).

Em 12 de maio de 1998, através da portaria 2.616, o Ministério da

Saúde emite a obrigação da existência de um Programa de Controle de

Infecção Hospitalar (PCIH) em todos os hospitais do país, como organização e

competências da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, introduzindo

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conceitos e critérios diagnósticos das Infecções Hospitalares, orientando sobre

a vigilância epidemiológica das infecções hospitalares e seus indicadores,

fazendo recomendações sobre a higiene das mãos e destacando a

observância de publicações anteriores do Ministério da Saúde quanto ao uso

de germicidas, microbiologia, lavanderia e farmácia (OLIVEIRA ; MARUYAMA,

2008).

Desde então, avanços significativos na prevenção e controle das IH,

foram observados, como a melhoria dos métodos de vigilância epidemiológica,

das técnicas de assepsia, desinfecção, esterilização e modernização da

arquitetura hospitalar, mas ainda assim, pode-se ver um aumento na

ocorrência das infecções hospitalares. Isto ocorre devido a diversos fatores

como o desenvolvimento econômico e tecnológico, criando uma expectativa no

aumento de vida de pacientes internados como idosos, prematuros, doentes

crônico degenerativo, leucêmicos e portadores de imunodeficiência, os quais

possuem um grau maior para infecções devido o uso de respiradores, cateter

vascular, nutrição parenteral, quimioterápicos e antimicrobianos, favorecendo

assim a multirresistência de bactérias (OLIVEIRA, 2005).

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1. INFECÇÃO HOSPITALAR E A UROCULTURA

Desde que o mais antigo antimicrobiano foi introduzido até o mais

recente, notamos o uso indiscriminado dos antibióticos, resultando assim o

aparecimento de vários microorganismos resistentes, como também outros são

impenetráveis às novas drogas. A resistência destes microorganismos

associados a infecção hospitalar torna-se um agravante, se medidas

profiláticas não forem tomadas, ressaltando que o uso inadequado dos

antibióticos proporciona um aumento de resistência, consequentemente

aumentando o risco de infecção (ANDRADE; LEOPOLDO; HAAS, 2006).

Cerca de 17 a 20 milhões de pessoas morrem por doenças infecciosas

no mundo, sendo que 10 milhões destas adquirem infecção hospitalar, e

aproximadamente 300 mil morrem por este motivo (FERRAREZE, 2007).

Na patologia humana, as infecções causadas por bactérias, ocupam um

lugar de destaque, ocupando o segundo lugar as do trato urinário, logo após as

infecções respiratórias. A maioria destas infecções são debeladas com

tratamento empírico, porém, existem situações que podem ser graves,

colocando a vida do ser humano em risco (RODRIGUES; BARROSO, 2011).

Quando pensamos em resistência bacteriana, somos direcionados para

o ambiente hospitalar, onde aparecem inúmeras amostras isoladas que são

resistentes a uma grande quantidade de antibióticos (CAUMO et al, 2010).

Comumente, as infecções hospitalares são causadas por

Staphylococcus que são resistentes a meticilina, porém é muito importante

identificar o agente causador da infecção, já que certos patógenos precisam de

uma atenção especial, pois em ambiente hospitalar, estes podem causar

grandes surtos (BRASIL, 2007).

As infecções do trato urinário apresentam vários quadros clínicos,

afetando diferentes faixas etárias. A ITU afeta cerca de 20 a 30% das

mulheres, sendo que 40% das infecções hospitalares são causadas pelas

infecções adquiridas durante a internação e 80% destas são atribuídas do

cateter urinário. As ITU’s apresentam a maior gravidade em pacientes com

idade mais avançada, em pacientes debilitados devido a doença ou

desnutrição, a colocação de cateteres de drenagem ou a longa permanência na

cama. Assim sendo, é fundamental que o isolamento da bactéria através da

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urocultura e o interesse na sensibilidade do antibiograma tenham prioridade,

considerando que há uma variedade de microorganismos no ambiente

hospitalar e sua identificação é extremamente necessária (LOPES; TAVARES,

2004;BARROS; GLINA; GLINA, 2008; LO et al, 2008).

Devido o trato urinário ser estéril, exceto no período neonatal, a

contaminação por via ascendente por agentes microbianos da flora intestinal,

constitui o mecanismo patogênico mais frequente da infecção urinária. É

considerada infecção urinária qualquer estrutura do trato urinário onde houver

uma invasão microbiana, incluindo bexiga, próstata, sistema coletor ou rins,

sendo que estes microorganismos podem chegar ao trato urinário por três vias:

a ascendente, hematogênica e linfática. A maioria destas infecções ocorrem

por bactérias gram-negativas e em alguns casos podem estar envolvidos com

fungos e vírus (AMADEU et al. 2009).

A urocultura é considerada o padrão ouro para o diagnóstico das ITU’s,

mas existem métodos que auxiliam no diagnóstico como o uso de fitas

reagentes e análise do sedimento urinário. O estudo para identificação do

uropatógeno e o perfil de sensibilidade do antimicrobiano são de grande

relevância, pois podem ser diferentes de acordo com cada localidade, além de

ser de suma importância a vigilância constante sob o aparecimento de novas

cepas resistentes, já que podem causar um grande problema para o clinico na

tentativa de erradicar as infecções causadas pela mesma. Assim, a

multirresistência que ocorre a uma variabilidade de drogas, acarreta no

aumento dos custos para o tratamento da doença no sistema de saúde e nos

próprios hospitais (SILVEIRA et al., 2010).

O uso de antibióticos deve ser adaptada à necessidade do paciente,

sempre acompanhando a evolução do mesmo para a resistência, porém, antes

de se iniciar o uso de antibióticos, a avaliação e a indicação são fundamentais

para continuidade de seu uso clínico. Entretanto, nem sempre isso ocorre, já

que muitas vezes os sintomas são severos e a terapia antimicrobiana deve ser

introduzida imediatamente. Como causa disso o uso indevido dos antibióticos,

devido a prescrição estão proporcionando cada vez mais o aumento da

resistência bacteriana (ARAUJO; QUEIROZ, 2012).

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados

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19

Unidos define como microorganismos resistentes aqueles que apresentam

resistência a mais de uma classe de antimicrobiano. Na perspectiva

laboratorial, a resistência ocorre quando o crescimento bacteriano, na presença

de concentrações séricas de antibióticos se mostram resistentes a duas ou

mais classes de drogas que possam interferir no crescimento daquelas que

seriam habitualmente sensíveis (OLIVEIRA; SILVA, 2010).

Referente à resistência bacteriana, Oliveira (2005) diz que ela pode ser

definida como capacidade de crescimento de uma bactéria in vitro onde o

antibiótico deverá alcançar uma concentração que não cause toxicidade ao

organismo, mas deve-se lembrar que o comportamento in vitro pode ser

diferente do comportamento in vivo.

Na resistência fisiológica, o crescimento bacteriano ocorre em condições

especiais como em biofilmes, através da adesão das bactérias na superfície, o

que dificulta a penetração dos antimicrobianos e origina um ambiente favorável

para trocas genéticas entre os microorganismos. Já a resistência adquirida,

pode ser resultado do uso contínuo de antimicrobianos, onde inicialmente estas

eram sensíveis e tornaram-se resistentes devido à mutações ou à transferência

de material genético (JACOBY, 2008).

Atualmente, existem vários métodos disponíveis e padronizados para

avaliar o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos tanto na execução

quanto na interpretação. O Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) é

o documento referência utilizado pelos laboratórios brasileiros e adotado pela

Rede Brasileira de Monitoramento da Resistência Microbiana, coordenada pela

Agência de Vigilância Sanitária, em cooperação com a Organização

Panamericana de Saúde (OPAS), e em parceria com a Coordenação Geral de

Laboratórios da Saúde Pública (CGLAB)(OLIVEIRA et al., 2010).

O antibiograma tem como objetivo verificar a sensibilidade ou resistência

de um microorganismo, contribuindo para o sucesso terapêutico. O método de

difusão de disco de Kirby-Bauer é o mais utilizado em ambientes hospitalares,

onde um pequeno disco impregnado com antibiótico é adicionado em uma

superfície úmida do ágar onde já está semeado o material coletado (OLIVEIRA,

2005).

Este método é de fácil execução sendo ideal para bactérias de

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20

crescimento rápido, não tendo necessidade de utilizar equipamentos especiais,

além de fornecer uma grande flexibilidade na escolha do número e tipo de

antimicrobianos a serem testados (SEJAS et al., 2003).

Esta seleção de antimicrobianos tem por objetivo fornecer um apoio

adequado na escolha da terapia, promovendo um uso coerente. Porém o uso

de antimicrobianos por tempo muito prolongado de forma incorreta ou

desnecessária, sem evidências clínicas ou microbiológicas consistentes,

acarretam como um fator determinante para o crescimento das taxas de

resistência (GONZÁLEZ, 2002; JACOBY, 2008).

A busca por novos antibacterianos sejam esses de origem animal,

vegetal ou sintética pode permitir uma melhora no tratamento de infecções

causadas por patógenos resistentes aos mesmos, sendo estas de grande

interesse para a comunidade mundial (FERREIRA, 2010).

Formas de prevenção, políticas de controle de antimicrobianos,

protocolos que padronizam os procedimentos são necessários para

conscientizar os profissionais da área da saúde, para que possam de forma

responsável durante a prática, adotar as medidas básicas de controle as

infecções hospitalares, usando de maneira ponderada os antibióticos ali

permitidos (SANTOS, 2004; KUPLICH et al., 2011).

O fato das ITU’s nem sempre serem de diagnóstico fácil, os exames

laboratoriais aumentam a precisão do diagnóstico, sendo que o primeiro exame

a ser solicitado é o simples de urina, que geralmente, confirma o resultado. Já

a urocultura além de mostrar qual é o agente etiológico da infecção, ele

também mostra através do antibiograma qual é a sensibilidade do agente que

está sendo analisado, trazendo auxílio para a conduta terapêutica. Já em

pacientes sintomáticos, o crescimento de 100 UFC/ml na amostra analisada

confirma a presença de ITU, porém em pacientes assintomáticos é necessária

a presença de mais de 100.000 UFC/ml, já que valores abaixo deste número

podem indicar contaminação bacteriana. O paciente ao apresentar o primeiro

episódio, já faz uso de antibiótico. Em episódios repetitivos de ITU, a urocultura

se torna fundamental para a conduta terapêutica, e o antibiograma se torna

algo complementar para definir a melhor opção antibioticoterápica (BARROS;

GLINA; GLINA, 2008; ARAÚJO; QUEIROZ, 2012;).

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21

Geralmente, os agentes etiológicos de ITUs, são provenientes da

microbiota intestinal, sendo que a Escherichia coli, em infecções comunitárias,

é o agente microbiano mais comum, seguido por Staphylococcus

saprophyticus, Klebsiella spp., Enterobacter spp. e Proteus spp. Pacientes

internados com infecção urinária podem evoluir para uma infecção

generalizada, sendo essencial o início rápido de uma terapia antimicrobiana

para combater o agente agressor, obtendo informações junto à CCIH sobre a

sensibilidade dos microorganismos isolados com mais frequência para que a

terapêutica possa ser instituída até que se obtenha o resultado das culturas

(LOPES; TAVARES, 2004; ALMEIDA; SIMÕES; RADDI, 2007).

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22

2. OBJETIVOS:

2.1. GERAL

o Avaliar a prevalência e perfil de sensibilidade a agentes

antimicrobianos de bactérias isoladas de uroculturas, no período de

01 de janeiro a 31 de dezembro de 2012 em um Hospital da cidade

de Guarapuava- PR.

2.2. ESPECÍFICOS

o Avaliar a frequência de ITUs em pacientes quanto ao sexo e idade;

o Verificar em qual período do ano houve maior incidência de ITU;

o Identificar o microrganismo mais prevalente durante o período

estudado;

o Avaliar o perfil de sensibilidade/resistência das bactérias isoladas de

uroculturas com contagem ≥ 100.000 UFC/mL;

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23

3. METODOLOGIA

A revisão da literatura baseou-se em pesquisas de livros e periódicos

pelo tema objeto desse estudo. Além disso, também foi desenvolvida uma

pesquisa em meio eletrônico, sites de busca específicos como Scielo, Capes e

Google Acadêmico, de dados gerais da área da saúde, na procura de artigos e

publicações técnicas de 2000 a 2013.

Nessas bases, os termos-chave utilizados para a pesquisa eletrônica

foram: urocultura, infecção urinária hospitalar e resistência bacteriana.

3.1. ANÁLISE DOS DADOS

Foi realizada uma análise retrospectiva e quantitativa de dados

existentes nos livros de registros do Laboratório de análises clinicas de um

Hospital localizado na cidade de Guarapuava – PR, das uroculturas realizadas

durante o período de janeiro a dezembro de 2012.

A análise documental do registro de pacientes internados durante o

período foi classificada por agente etiológico e pelo perfil de

resistência/sensibilidade aos antimicrobianos.

As amostras constituíram, na sua maioria, de urina de jato médio, onde

os pacientes foram orientados previamente a realizar a higienização da região

genital, sendo o primeiro jato desprezado. Algumas amostras também foram

constituídas de urina de qualquer jato, como de crianças, que utilizaram o saco

coletor, a urina com sonda vesical e a urina coletada por punção suprapúbica

(HÖRNER et al., 2006; ARAÚJO, QUEIROZ, 2012).

Os estudos microbiológicos foram realizados no Laboratório de análises

clinicas do Instituto Virmond, pertencente à rede do hospital fonte deste estudo.

3.2. PROCEDIMENTO DAS UROCULTURAS

Conforme o Procedimento Operacional Padrão utilizado pelo laboratório

onde se realizou a pesquisa, a amostra coletada foi semeada dentro de duas

horas após a coleta, ou foi refrigerada até o momento da semeadura, podendo

permanecer nestas condições por ate 24 horas. O material foi então semeado,

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por contagem de colônias, em uma biplaca contendo ágar Cled/MacConkey,

através de uma alça calibrada de 0,001mL. Em pacientes com suspeitas de

síndrome uretral aguda, uso de diuréticos, utilizou-se a alça de 0,01mL. Estas

placas foram incubadas em estufa bacteriológica à temperatura de 35-37°C,

por 18-24horas.

Para a identificação dos microorganismos, é analisado a quantidade

crescida em cultura, sendo que a interpretação é realizada conforme o

desenvolvimento das espécies, ou seja, em contagem superior a 105 UFC/mL,

identifica-se e faz uso do antibiograma. Já culturas onde há crescimento de três

ou mais espécies, há indícios de contaminação, sendo o material assim

descartado. Quando há crescimento de duas espécies, a amostra passa

também por teste de sensibilidade aos antibióticos, sendo que a análise do

parcial de urina também poderá auxiliar entre uma infecção ou uma

contaminação. Um fator importante para a contagem das culturas é saber se o

paciente já estava fazendo uso empírico de antibióticos, já que estes podem

diminuir sensivelmente a contagem de colônias (PILONETTO; PILONETTO,

1998).

Resumidamente, o procedimento para identificação de microorganismos

no exame de urocultura é composto por: interpretação da lâmina de Gram de

gota não centrifugada, identificação do microrganismo isolado em cultura,

número de colônias que cresceram durante o plantio primário e o perfil de

suscetibilidade a antimicrobianos. Estes resultados serão lançados no livro de

registro de pacientes do setor de Microbiologia (COSTA, 2009).

3.3. ANTIBIOGRAMA

Os exames de urocultura foram submetidos ao teste de sensibilidade a

agentes antimicrobianos por difusão com disco, de acordo com as normas do

NCCLS (ALMEIDA; SIMÕES; RADDI, 2007). Já o controle de qualidade com

cepas ATCC (American Type Culture Collection), cujos resultados de provas

bioquímicas e teste de sensibilidade a antimicrobianos tem resultados

conhecidos, foram realizados conforme os procedimentos operacionais do

Instituto Virmond, que tem como objetivo verificar a eficácia dos testes e se

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25

necessário, realizar ações corretivas e preventivas. As cepas utilizadas pelo

laboratório de análises clinicas do Instituto Virmond são as cepas de

Escherichia coli derivada ATCC 25922 e Staphylococcus aureus derivada

ATCC 25923.

Os seguintes antimicrobianos foram testados: ácido nalidíxico, amicacina

(AMI) 30µg, ampicilina (AMP) 10µg, ampicilina+sulbactam (ASB) 10µg/10µg,

azitromicina (AZI) 15µg, aztreonam (ATM) 30µg, cefalotina (CFT) 30µg,

cefazolina (CFZ) 30µf, cefepime (CPM) 30µg, cefotaxima (CTX) 30µg,

ceftazidima (CAZ) 30µg, ceftriaxona (CRO) 30µg, ciprofloxacino (CIP) 5µg,

clindamicina (CLI) 2µg, cloranfenicol (CLO) 30µg, eritromicina (ERI) 15µg,

gentamicina (GEN) 10µg, emipenem (IPM) 10µg, levofloxacino (LVX) 5µg,

meropenem (MER) 10µg, nitrofurantoína (MIT) 300µg, norfloxacino (NOR)

10µg, penicilina (PEN) 10un, piperacilina+tazobactam (PPT) 100/10µg,

rifampicina (RIF) 5µg, sulfametoxazol+trimetoprim (SUT) 23,75/1,25µg,

tetraciclina (TET) 30µg, e vancomicina (VAN) 30µg.

A escolha dos antibióticos foi realizada mediante a clínica dos pacientes.

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26

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2012, foram

realizados exames de urocultura em 1702 pacientes de um Hospital de

Guarapuava, PR, sendo, 85% (1446) com resultados negativos e 15% (256)

com resultados positivos. Estes resultados foram obtidos de todos os doentes

que no momento da colheita da urina estavam internados em algum setor do

Instituto Virmond.

Os resultados foram considerados positivos quando as amostras de

urocultura apresentaram contagem de colônias igual ou superior a 100.000

UFC/mL.

Gráfico 1: Distribuição de crescimento microbiano em Uroculturas dos pacientes internados no ano de

2012 em um Hospital de Guarapuava.

Positivas15%

Negativas85%

Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasil (2013),

uroculturas realizadas sem informação clínica específica, e que possuam uma

contagem abaixo de 105UFC/mL, também devem ser consideradas possíveis

causas de ITU, sendo comumente encontrado entre grávidas, recém-nascidos

ou com infecção urinária de repetição.

Dos resultados positivos para urocultura, 69,1% (177) eram mulheres,

19,5% (50) homens e 11,3% (29) crianças de 0-15 anos, conforme ilustrado no

gráfico 2.

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27

Gráfico 2: Incidência de ITU no ano de 2012 em pacientes internados, distribuída por sexo.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Segundo, e Almeida, Simões e Raddi (2007), Oliveira e Silva (2010);

Rodrigues e Barroso (2011) pacientes do sexo feminino são mais suscetíveis a

este tipo de infecção por diversos fatores fisiológicos, dentre eles a

proximidade da uretra feminina com o ânus, menopausa, alterações anátomo

funcionais da bexiga, relacionadas ou não a multiparidade, facilitando assim o

acesso de microorganismos da microbiota perineal para a bexiga.

Os resultados obtidos neste trabalho corroboram com dados da

literatura, onde relatam a prevalência de ITUs em mulheres.

Quanto aos microrganismos isolados nas uroculturas com contagem

igual ou superior a 100.000 UFC/mL, a bactéria encontrada com maior

frequência foi a Escherichia coli com 74,6% (191) dos exames, seguido de

Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus saprophyticus ambas com 4,3% (11),

Enterococcus sp, com 3,9% (10), Proteus mirabilis, com 2,7% (7), Enterobacter

agglomerans, Proteus vulgaris, Staphylococcus coagulase negativa com 1,6%

(4), Citrobacter freundii e Klebsiella oxytoca com 0,8% (2). Aeromonas

hydrophila, Enterobacter gergoviae, Klebsiella ozaenae, Klebsiella

sp.,Pseudomonas aeruginosa, Serratia liquefaciens, Staphylococcus aureus,

Staphylococcus epidermidis e Streptococcus pneumoniae foram isoladas em

apenas uma amostra cada 0,4 % (1) (Gráfico 3).

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28

Gráfico 3: Distribuição das espécies bacterianas mais isoladas em exames de uroculturas n=256.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

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29

Em estudos realizados no período de 2001 a 2007 em uroculturas,

74,9% resultaram na presença de Escherichia coli como principal agente

causador das ITU e 25,1% para outros microorganismos causadores de ITU.

Assim sendo, a E. coli é a estirpe mais prevalente nas infecções urinárias dos

pacientes internados. (PIRES et al., 2007; AMADEU et al., 2009; RODRIGUES;

BARROSO, 2011).

Em outra pesquisa realizada com 159 pacientes no ano de 2009 por

Araújo e Queiroz (2012) 58,75% das uroculturas apresentaram bactérias de

Escherichia coli e 8,12% de Klebsiella pneumoniae, seguidas da Proteus

vulgaris e Proteus mirabilis correspondendo a 5,63% dos casos cada uma.

Outros agentes constituíram 21,87% das amostras.

A proporção da frequência da E. coli também prevaleceu em todos os

meses, sendo que no período do outono (março a maio) houve um aumento

significativo das ITU’s, com 57 resultados positivos, aparecendo na sequência

a primavera com 49, verão com 47 e inverno com 38 exames positivos, como

mostra a tabela 1:

Tabela 1: Distribuição do número de episódios de infecção do trato urinário por E. coli durante o período estudado

MESES E. coli %

MARÇO 31 16%

30% ABRIL 17 9%

MAIO 9 5%

JUNHO 13 7%

20% JULHO 7 4%

AGOSTO 18 9%

SETEMBRO 12 6%

26% OUTUBRO 21 11%

NOVEMBRO 16 8%

DEZEMBRO 8 4%

25% JANEIRO 24 13%

FEVEREIRO 15 8%

Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

Um estudo realizado por Silva et al. (2007), demonstrou que a

prevalência de uroculturas positivas, apresentou maior frequência no período

do inverno. Uma justificativa para o aumento da ITU em determinados períodos

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30

poderia ser a pouca ingesta de água, implicando assim na concentração da

urina e seus componentes, diminuindo assim o fluxo urinário, que tem como

função auxiliar a eliminação de microorganismos da uretra, porém, os cuidados

para a prevenção da ITU devem ser feito o ano todo, já que este tipo de

infecção não possui correlação com nenhum período sazonal e sim com

hábitos higiênicos e fatores fisiológicos (MIMS et al., 1999; AB SAÚDE, 2013).

Este estudo ainda apresenta o perfil de resistência e sensibilidade aos

antimicrobianos das bactérias que obtiveram maior prevalência durante a

análise dos dados, sendo estas: Escherichia coli e Staphylococcus

saprophyticus. O perfil de resistência e sensibilidade a antimicrobianos destas

principais cepas, isoladas de infecção urinária podem ser observados nas

tabelas 2 e 3, respectivamente.

Tabela 2: Perfil de resistência e sensibilidade aos antimicrobianos das cepas de Escherichia coli

Escherichia coli 191 uroculturas positivas

Antimicrobiano Sensível Resistente

Ampicilina 36% 38%

Sulfametoxazol + Trimetoprim 38% 26%

Ciprofloxacino 64% 20%

Tetraciclina 50% 18%

Cefalotina 70% 17%

Levofloxacino 51% 16%

Ác. Nalidíxico 31% 15%

Norfloxacino 38% 10%

Cloranfenicol 69% 10%

Cefazolina 74% 9%

Ampicilina + Sulbactam 35% 8%

Gentamicina 52% 7%

Ceftriaxona 82% 3%

Cefepime 75% 3%

Nitrofurantoína 34% 2%

Ceftazidima 40% 2%

Aztreonam 32% 2%

Piperacilina + Tazobactam 58% 1%

Imipenem 85% 1%

Amicacina 81% 1%

Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

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31

Tabela 3: Perfil de resistência e sensibilidade aos antimicrobianos das cepas de Staphylococcus saprophyticus

Staphylococcus saprophyticus 11 uroculturas positivas

Antimicrobiano Sensível Resistente

Azitromicina 36% 64%

Eritromicina 36% 64%

Clindamicina 36% 55%

Levofloxacino 55% 36%

Oxacilina 45% 36%

Gentamicina 64% 27%

Sulfametoxazol + Trimetoprim 45% 27%

Tetraciclina 64% 18%

Penicilina 64% 18%

Ác. Nalidíxico 9% 9%

Ampicilina + Sulbactam 9% 9%

Ceftazidima 9% 9%

Cloranfenicol 82% 9%

Nitrofurantoína 64% 9%

Norfloxacino 45% 9%

Rifampicina 64% 9%

Vancomicina 91% 9%

Ampicilina 9% 0%

Cefalotina 9% 0%

ciprofloxacino 73% 0%

Tetramicina 9% 0%

Fonte: Arquivo Pessoal, 2013.

A Escherichia coli, apresentou uma alta sensibilidade à Imipenem (85%),

Ceftriaxona (82%) e Amicacina (81%), e resistência à Ampicilina (38%)

Sulfametoxazol+Trimetoprim (26%) e Ciprofloxacino (20%). Já o

Staphylococcus saprophyticus foi sensível aos antimicrobianos Vancomicina

(91%), Cloranfenicol (82%) e Ciprofloxacino (73%), e resistente à Azitromicina

e Eritromicina (64%), Clindamicina (55%).

Em estudo realizado por Menezes et al. (2009), no ano de 2007, a E. coli

obteve resistência aos mesmos antibióticos pesquisados neste estudo:

Ampicilina (87,9%), Sulfametoxazol+Trimetoprim (70,9%) e Ciprofloxacino

(21,3%). Em outra pesquisa desenvolvida por REIS et al. (2012) no período de

janeiro a dezembro de 2011, a E. coli também apresentou resistência aos

antibióticos Ampicilina (49,6%), Sulfametoxazol+Trimetoprim (33,9%) e

Ciprofloxacino (27,6%).

A E. coli apresentou resistência ao Sulfametoxazol+Trimetoprim que

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32

segundo Bail, Ito e Esmerino (2006), já vem acontecendo desde a década de

1980, sendo limitado seu uso somente frente ao resultado do antibiograma, já

que a o mesmo fica inapropriado para a terapia empírica. Koch et al. (2011) cita

que em “1999 a Sociedade Americana de Doenças Infecciosas sugeriu que o

sulfametoxazol+trimetoprim deve ser indicado para o tratamento empírico de

ITU somente nas regiões onde a prevalência de resistência bacteriana a este

antibiótico for inferior a 20%”.

A ampicilina também vem sendo reportada em estudos anteriores com

taxas de resistência significativa em microorganismos gram-negativos, sendo

que esta resistência é justificada devido a produção de beta-lactamase e por

alterações nas proteínas de ligação das penicilinas das bactérias. Porém estes

antimicrobianos não são recomendados para tratamento de ITU, devido a

resistência e alta recorrência comparados a outros antimicrobianos (POLETTO;

REIS, 2005; RABELLO et al. 2011).

Em 1998, a Escherichia coli apresentou uma das frequências mais

baixas de resistência bacteriana e esse dado pode ser visto de forma positiva,

se levarmos em consideração que Escherichia coli é ainda a bactéria mais

frequentemente isolada em pacientes com ITU. Como exemplo podemos citar

uma pesquisa realizada em 2002, onde cientistas brasileiros realizaram uma

pesquisa na cidade de São Paulo, identificando 4.372 ITU, das quais, 723

(16%) apresentaram resistência ao antibiótico ciprofloxacino. (OLIVEIRA;

SILVA, 2010; FRAYSSINET, 2011).

Segundo Guidoni e Toporovski (2001) a infecção do trato urinário tem

grande prevalência na infância, sendo que no 3º e 4º ano de idade atingem um

pico elevado, mas é considerado grave quando acomete lactentes e, em

especial, os neonatos. Na adolescência, novamente volta a prevalecer

justamente quando as alterações hormonais beneficiam a colonização vaginal

por bactérias, nefritogênicas que migram para a área periuretral, elevando-se

ao trato urinário, causando infecção. Neste período, destacam-se as infecções

por Staphylococcus saprophyticus, principalmente em adolescentes

sexualmente ativas.

Em um estudo realizado com 331 cepas de Staphylococcus

saprophyticus, 37,7% foram resistentes a eritromicina e 1,5% a clindamicina.

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33

Esta resistência se deve a dois mecanismos: bombas de fluxo e modificação do

antibiótico à junção do antibiótico ao ribossomo. As bombas de expulsão são

específicas para macrolídeos de 14 e 15 átomos e estreptograminas do tipo B.

A clindamicina e os macrolídeos de 16 átomos não são substratos de expulsão

por estas bombas. Estes são chamados de fenótipo MSB e está codificado pelo

gene msrA (MARTÌNEZ; RUÍZ; PÉREZ, 2008).

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34

5. CONCLUSÃO

Os resultados deste trabalho permitem concluir que: As maiorias das

uroculturas positivas são de mulheres, sendo que a Escherichia coli, foi o

microorganismo encontrado com mais frequência, tal como evidenciado pela

maioria dos estudos, seguida de Staphylococcus saprophyticus;

As maiores taxas de resistência da E. coli, foram apresentadas pelos

antibióticos amoxicilina, sulfametoxasol+trimetoprim e ciprofloxacino. Já para

os antimicrobianos que apresentaram um melhor desempenho face a E. coli

foram imipenem, ceftriaxona e amicacina, devido às suas baixas taxas de

resistência.

Para os S. saprophyticus, as taxas de resistências apresentadas foram

Azitromicina e Eritromicina, Clindamicina, apresentando sensibilidade aos

antibióticos vancomicina, cloranfenicol e Ciprofloxacino.

Um dos motivos que acarretam o aumento da resistência antimicrobiana

derivada de pacientes com infecções do trato urinário contraídas no ambiente

hospitalar é o uso irracional dos antimicrobianos de forma empírica, bem como

prescrições que ocorrem sem o conhecimento dos resultados das uroculturas,

prejudicando assim o tratamento, e a situação clínica do paciente.

Embora ocorram prováveis mudanças na frequência das bactérias

responsáveis pela infecção do trato urinário, assim como na resistência aos

antibióticos, uma análise das uroculturas de pacientes com ITU permitem que

um tratamento mais adequado. Uma das soluções para a prevenção e

diminuição da resistência bacteriana, seria a realização de estudos periódicos,

Outra forma de evitar a resistência bacteriana, seria a conscientização sobre o

uso indiscriminado ou a automedicação, diminuindo assim a resistência

bacteriana, e como consequência, aumentando as opções terapêuticas para

tratamento da infecção urinária.

Embora a ANVISA tenha proibido a venda de antibióticos sem uma

prescrição médica, é necessário que profissionais de saúde tenham a

consciência de que os medicamentos só devem ser prescritos se realmente

necessários, sendo utilizada apenas para fins terapêuticos.

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35

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