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5/28/2018 Tipos de Prisao Direito Processual Penal Nestor Tavora
CURSO DE DIRETO PENAL PRISES E LIBERDADES PROVISRIAS
PROFESSOR NESTOR TVORA
AULAS EXIBIDAS NOS DIAS 23, 24, 25, 26 E 27 DE MARO DE 2!
PRISES
Conceito
A priso o cerceamento da liberdade de locomoo, o encarceramento. Pode
advir de deciso condenatria transitada em julgado, que a chamada priso
pena ou, ainda, ocorrer no curso da persecuo penal, dando ensejo priso
sem pena, tambm conhecida por priso cautelar, provisria ou processual.
Formalidades
e execuo
Mandado de priso: em regra, o ttulo a viabili!ar a reali!ao da priso."eve atender aos seguintes requisitos: ser lavrado pelo escrivo e assinado
pela autoridade competente# designar a pessoa que tiver de ser presa pelo
nome, alcunha ou sinais caractersticos# indicar o valor da $iana# ser dirigido
ao respons%vel pela e&ecuo da priso.
'er% passado em duas vias, sendo uma entregue ao preso (in$ormando dia, hora
e o local da dilig)ncia*, $icando a outra com a autoridade (devidamente
assinada pelo preso*. +onsiderase reali!ada a priso em virtude de mandado
quando o e&ecutor, identi$icandose, apresenta o mandado e intima a pessoa a
acompanh%lo. -m se tratando de in$rao ina$ian%vel, a priso pode ser
reali!ada sem a apresentao do mandado, sendo o preso imediatamente
apresentado autoridade que tenha e&pedido a ordem. Restrio de horrio e inviolailidade domiciliar: a priso poder% ser
reali!ada durante o dia ou noite, respeitandose as restries relativas
inviolabilidade domiciliar. /avendo a necessidade de reali!ao da priso
com ingresso domiciliar, seja a casa de terceiro ou da prpria pessoa a ser
presa, o morador ser% intimado a entregar o preso ou a entregarse, vista da
ordem de priso.
Priso emperse!uio: possvel que o capturando empreenda $uga para
ilidir a dilig)ncia, ou para evitar a reali!ao do $lagrante, dando ensejo ao
incio da perseguio. 0esses casos (art. 123, 4 56, +PP*, permitese que a
priso seja reali!ada em outro 7unicpio ou -stado. -m caso de $lagrante, a
autoridade do lugar da priso proceder% lavratura do auto, remetendo o
mesmo ao jui! local, para a$erio de sua legalidade. ' aps, os autos e o
preso sero remetidos comarca origin%ria.
Formalidade
s
e execuo
8 Priso em territ"rio diverso da atuao #udicial : se o in$rator estiver
$ora do pas, a reali!ao da priso deve atender s leis ou tratados que di!em
respeito e&tradio. 9% se o mesmo se encontra no territrio nacional, em
local diverso da jurisdio da autoridade judicial que e&pediu o mandado,
poder% ser deprecada a sua priso, devendo constar da precatria o inteiro
teor do mandado. /avendo urg)ncia, podese dispensar a e&pedio de
precatria, nos termos do par%gra$o nico do art. 1;2, +PP.
8 Priso especial: algumas pessoas, em ra!o da $uno desempenhada, terodireito a recolhimento em quartis ou a priso especial, enquanto estiverem
na condio de presos provisrios.
8 Empre!o de $ora e uso de al!emas: a autoridade policial deve garantir
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o cumprimento do mandado de priso, ou a e$etivao da priso em
$lagrante. < uso da $ora, bem como de algemas, deve ser evitado, salvo
quando indispens%vel no caso de resist)ncia ou tentativa de $uga do preso.
(=er smula vinculante n.55 do '>?*.
8 Re!ime disciplinar di$erenciado: inserido pela @ei n6 53.21B133C, tem
cabimento, tanto aos presos provisrios como de$initivos.a* +abimento: crime doloso constituindo $alta grave e ocasionando a
subverso da ordem ou da disciplina interna do estabelecimento# presos que
apresentem alto risco para a segurana do estabelecimento penal ou da
sociedade# $undadas suspeitas de envolvimento ou participao, a qualquer
ttulo, em organi!aes criminosas, quadrilha ou bando.
b* +onseqD)ncias: recolhimento em cela individual# visitas semanais de duas
pessoas, sem contar as crianas, com durao de duas horas# sada da cela
por duas horas di%rias para banho de sol.
c* "urao: CE3 dias, sem preju!o de repetio da sano em caso de $alta
grave da mesma espcie, respeitado o limite de 5BE da pena aplicada.
Admitese o isolamento preventivo do preso $altoso pelo pra!o de at 53
dias. F o que impropriamente se tem chamado de G"" cautelar.d* Algumas crticas: a insero em G"", sem julgamento de$initivo quanto
pr%tica de crime doloso, $ere a presuno de inoc)ncia# a incluso no G""
em ra!o de o detento representar alto risco para a segurana do
estabelecimento ou da sociedade imputar o Hnus da $al)ncia do sistema
prisional e&clusivamente ao preso, caracteri!ando o direito penal do autor,
vedado em nosso ordenamento jurdico# o ideal ressociali!ador, ressaltado
pelo art. 56 da @-P, $oi esquecido, pois o G"" imprime ao in$rator uma
sano est%tica, onde nada permitido, leitura, esportes, trabalho, jogos etc.
PRIS%& EM F'()R(*+E
ConceitoA priso em $lagrante a que resulta no momento e no local do crime. F umamedida restritiva de liberdade, de nature!a cautelar e car%ter eminentemente
administrativo, que no e&ige ordem escrita do jui!, porque o $ato ocorre de
inopino.
Esp,cies de
$la!rante
8 Fla!rante pr"prio (art. C31, I e II, +PP*: o agente surpreendidocometendo a in$rao penal ou quando acaba de comet)la. A priso deve
ocorrer de imediato, sem o decurso de qualquer intervalo de tempo.
8 Fla!rante impr"prio (art. C31, III, +PP*: o agente perseguido, logo aps
a in$rao, em situao que $aa presumir ser o autor do $ato. 0o e&iste um
limite temporal para o encerramento da perseguio.
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Esp,cies de
$la!rante
8 Fla!rante presumido (art. C31, I=, +PP*: o agente preso, logo depois decometer a in$rao, com instrumentos, armas, objetos ou papis que
presumam ser ele o autor da in$rao. 0ote que esta espcie no e&ige
perseguio.
8 Fla!rante compuls"rio ou ori!at"rio (art. C35, in fine, +PP*: as
polcias civil, militar, rodovi%ria, $errovi%ria e o corpo de bombeiros militar,desde que em servio, t)m o dever de e$etuar a priso em $lagrante, sempre
que a hiptese se apresente.
8 Fla!rante $acultativo (art. C35 +PP*: a $aculdade legal que autori!aqualquer do povo a e$etuar ou no a priso em $lagrante.
8 Fla!rante esperado:a atividade da autoridade policial antecede o incio dae&ecuo delitiva. A polcia antecipase ao criminoso, e, tendo ci)ncia de que
a in$rao ocorrer%, sai na $rente, $a!endo campana (tocaia*, e reali!ando a
priso quando os atos e&ecutrios so de$lagrados. 0ada impede que o
$lagrante esperado seja reali!ado por particular.
8 Fla!rante preparado ou provocado: o agente indu!ido ou instigado acometer o delito, e, neste momento, acaba sendo preso em $lagrante.
Gessaltese, no entanto a 'mula n6 5JK do '>?: L0o h% crime quando a
preparao do $lagrante pela polcia torna impossvel a sua consumaoM.
8 Fla!rante prorro!ado: a autoridade policial tem a $aculdade de aguardar,do ponto de vista da investigao criminal, o momento mais adequado para
reali!ar a priso, ainda que sua atitude implique na postergao da
interveno.
8 Fla!rante $or#ado: aquele armado, $abricado, reali!ado para incriminarpessoa inocente. F uma modalidade ilcita de $lagrante, onde o nico in$rator
o agente $orjador, que pratica o crime de denunciao caluniosa, e sendo
agente pblico, tambm abuso de autoridade.
8 Fla!rante por apresentao: quem se entrega polcia no se enquadra
em nenhuma das hipteses legais autori!adoras do $lagrante. Assim, no ser%autuado.
FLAGRANTE NAS VRIAS ESPCIES DE CRIME
Crime
permanente
Para +e!ar Goberto Nitencourt, permanente o crime cuja consumao se
alonga no tempo, dependente da atividade do agente, que poder% cessar quando
este quiser. -nquanto no cessar a perman)ncia, a priso em $lagrante poder%
ser reali!ada a qualquer tempo, mesmo que para tanto seja necess%rio o
ingresso domiciliar.
Crimehaitual
< crime habitual aquele que materiali!a o modo de vida do in$rator, e&igindo,
para a consumao, a reiterao de condutas, que por sua repetio, caracteri!ama ocorr)ncia da in$rao. Pela di$iculdade no caso concreto de a$erir a reiterao
de atos, somos partid%rios do entendimento de que no cabe $lagrante nas
in$raes habituais.
Crime de
ao penal
privada e
p-lica
condicionad
a
0esses casos, para a lavratura do auto de priso em $lagrante, dever% haver a
mani$estao de vontade do respectivo legitimado. 'e a vtima no puder
imediatamente ir delegacia para se mani$estar, por ter sido condu!ida ao
hospital ou por qualquer motivo relevante, poder% $a!)lo no pra!o de entrega
da nota de culpa. +aso a vtima no emita autori!ao, deve a autoridade
policial liberar o o$ensor, sem nenhuma $ormalidade, documentando o ocorrido
em boletim de ocorr)ncia, para e$eitos de pra&e.
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Crime
continuado
0a hiptese de continuidade delitiva (art. 5, +P*, temos, indubitavelmente,
v%rias condutas, simboli!ando v%rias in$raes# contudo, por uma $i&ao
jurdica, ir% haver, na sentena, a aplicao da pena de um s crime, e&asperada
de um se&to a dois teros. +omo e&istem v%rias aes independentes, ir%
incidir, isoladamente, a possibilidade de se e$etuar a priso em $lagrante por
cada uma delas. F o que se chama de$la!rante $racionado.
In$rao
de menor
potencial
o$ensivo
0as in$raes de menor potencial o$ensivo, ao invs da lavratura do auto de
$lagrante, teremos a reali!ao do termo circunstanciado, desde que o in$rator
seja imediatamente encaminhado aos jui!ados especiais criminais ou assuma o
compromisso de comparecer, quando devidamente noti$icado. +aso contr%rio, o
auto ser% lavrado, recolhendose o mesmo ao c%rcere, salvo se $or admitido a
prestar $iana, nas in$raes que a comportem, ou se puder livrarse solto,
dentro das hipteses do art. C15 do +PP.
SUJEITOS DO FLAGRANTE
Su#eito ativo
F aquele que e$etua a priso# pode ser qualquer pessoa, integrante ou no da
$ora policial. 9% o condutor a pessoa que apresenta o preso autoridade quepresidir% a lavratura do auto, nem sempre correspondendo quele que e$etuou a
priso.
Su#eito
passivo
F aquele detido em situao de $lagrOncia. -m regra, pode ser qualquer pessoa.
-&cees: a* o Presidente da Gepblica somente poder% ser preso com o
advento de sentena condenatria transitada em julgado# b* os diplomatas
estrangeiros podem des$rutar da possibilidade de no ser presos em $lagrante, a
depender dos tratados e convenes internacionais# c* os membros do
+ongresso 0acional s podem ser presos em $lagrante por crime ina$ian%vel.
Ateno para a interpretao dada pelo '>? no in$ormativo n.5CK que entende
que h% perda da imunidade parlamentar para congressista que se a$asta para
e&ercer cargo no Poder -&ecutivo# d* os magistrados s podero ser presos em$lagrante por crime ina$ian%vel, devendo a autoridade $a!er a imediata
comunicao e apresentao do magistrado ao Presidente do respectivo
>ribunal# e* os membros do 7P s podero ser presos em $lagrante por crime
ina$ian%vel, devendo a autoridade $a!er em 1J horas a comunicao e
apresentao do membro do 7P ao respectivo Procuradoreral# $* os
advogados somente podero ser presos em $lagrante, por motivo de e&erccio
da pro$isso, em caso de crime ina$ian%vel, sendo necess%ria a presena de
representante da N*.
(utoridade
competente-m regra, a autoridade policial da circunscrio onde $oi e$etuada a priso a
que possui atribuio para presidir a lavratura do auto.
PROCEDIMENTOS E FORMALIDADES
a* A autoridade, antes de lavrar o auto, deve comunicar $amlia do preso ou pessoa por ele
indicada a ocorr)ncia da priso.
b* Aquele que levou o preso at a presena da autoridade ser% ouvido, sendo suas declaraes
redu!idas a termo, colhida a sua assinatura, e sendolhe entregue cpia do termo e recibo
de entrega do preso.
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c* 0a seqD)ncia, sero ouvidas as testemunhas que tenham algum conhecimento do ocorrido,
e que acompanham o condutor.
d* -m que pese a lei ser omissa quanto a oitiva da vtima nesta $ase, de bom tom que a
mesma seja ouvida, prestando sua contribuio para o esclarecimento do $ato e para a
caracteri!ao do $lagrante.
e* A lei $ala em interrogatrio do acusado (quando deveria $alar conduzido*, o que umaevidente impropriedade, a$inal ainda no e&iste imputao nem processo. < preso ser%
ouvido, assegurandose o direito ao sil)ncio. Admitese a presena do advogado, embora
no seja imprescindvel lavratura do auto.
$* Ao $inal, convencida a autoridade que a in$rao ocorreu, que o condu!ido concorreu para
a mesma e que se trata de hiptese legal de $lagrante delito, determinar% ao escrivo que
lavre e encerre o auto de $lagrante. 0o estando convencida a autoridade de que o $ato
apresentado autori!aria o $lagrante, dei&ar% de autuar o mesmo, rela&ando a priso que j%
e&iste desde a captura. >ambm no permanecer% preso o condu!ido que se livrar solto ou
se $or admitido a prestar $iana.
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In$ra3es
4ue
comportam
a medida
-m regra, a preventiva tem cabimento na persecuo penal para apurao dos
crimes dolosos apenados com recluso. -&cepcionalmente, os crimes dolosos
apenados com deteno comportam a medida, se o criminoso vadio# se e&iste
dvida sobre a identidade e o agente no o$erece elementos para esclarec)la#
se o condenado reincidente em crime doloso# se o crime envolver viol)ncia
domstica e $amiliar contra a mulher.
5ecretao
e sistema
recursal
< jui! pode decretar a priso preventiva de o$cio# atendendo a requerimento do
7P ou do querelante# ou provocado por representao da autoridade policial. A
preventiva ter% cabimento durante toda a persecuo, tanto nos crimes de ao
pblica, quanto nos de ao penal privada, desde que atendidos os requisitos
legais. 0os >ribunais, a medida poder% ser tomada pelo relator, nos crimes de
compet)ncia origin%ria. A medida no poder% ser e&ecutada em at cinco dias
antes e quarenta e oito horas depois das eleies.
0ada impede que uma ve! rela&ada a priso em $lagrante, seja decretada, na
seqD)ncia, a preventiva, se atendidas as e&ig)ncias para a decretao da
medida. >odavia, a preventiva absolutamente incompatvel com o instituto da
liberdade provisria, seja ela com ou sem $iana.
As decises interlocutrias que versem sobre priso e liberdade so recorrveis
quando des$avor%veis ao pleito carcer%rio. 0egando a liberdade, normalmente
so irrecorrveis, hiptese em que a de$esa dever% valerse do habeas corpus.
'e o jui! de primeiro grau inde$erir requerimento de priso preventiva, ou
revogar a medida, colocando o agente em liberdade, as duas decises podem
ser combatidas atravs do recurso em sentido estrito. 9% se o jui! nega o pedido
de revogao da preventiva, ou decreta a mesma, estas decises, por aus)ncia
de previso legal, no comportam recurso, cabendo a de$esa invocar a ao de
habeas
corpus. 'e a deliberao do relator, nas hipteses de compet)ncia origin%ria
dos >ribunais, caber% o recurso de agravo, no pra!o de cinco dias, ao teor do
art. C2 da @ei n6 ;.3C;B5223.
Fundamenta
o
< magistrado est% obrigado a indicar no mandado os $atos que se subsumem
hiptese autori!adora da decretao da medida, sob pena de, no atendendo
e&ig)ncia constitucional, reconhecimento da ilegalidade da priso. >emse
admitido, contudo, que o jui! arrime a deciso com os $undamentos tra!idos na
representao da autoridade policial ou na representao do 7inistrio Pblico.
?altando $undamentao e uma ve! impetrado habeas corpus, no haver% a
convalidao da preventiva e supresso da omisso pelas in$ormaes prestadas
pela autoridade ao >ribunal, pois a $undamentao deve e&istir no momento em
que a preventiva $oi decretada.
Revo!ao
A priso preventiva movida pela cl%usula rebus sic stantibus, assim, se a
situao das coisas se alterar, revelando que a medida no mais necess%ria, arevogao obrigatria. "eve o magistrado revogar a medida, de o$cio, ou por
provocao, sem a necessidade de oitiva prvia do 7inistrio Pblico. odavia, uma ve! presentes novamente os
permissivos legais, nada obsta a que o jui! a decrete novamente, quantas ve!es
se $i!erem necess%rias.
(presenta
o
espont6nea
A apresentao espontOnea do agente autoridade ilide a priso em $lagrante,
por aus)ncia de previso legal autori!ando o $lagrante nestas situaes. 0ada
impede, uma ve! presentes os requisitos legais, que se represente pela
decretao da priso preventiva, ou at mesmo pela tempor%ria.
Preventiva 7excludentes
'e pela an%lise dos autos percebese que o agente atuou sob o manto de umae&cludente de ilicitude, a preventiva no ser% decretada.
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de ilicitude
PRIS%& +EMP&R8RI(
ConceitoA tempor%ria a priso de nature!a cautelar, com pra!o preestabelecido de
durao, cabvel e&clusivamente na $ase do inqurito policial, objetivando o
encarceramento em ra!o das in$raes seletamente indicadas na legislao.
5ecretao
A priso tempor%ria est% adstrita cl%usula de reserva jurisdicional, e, em $ace
do disposto no art. 16 da @ei n6 .2E3B52;2, somente pode ser decretada pela
autoridade judici%ria, mediante representao da autoridade policial ou
requerimento do 7inistrio Pblico. A tempor%ria no pode ser decretada de
o$cio pelo jui!, pressupondo provocao.
Caimento
F essencial a presena dofumus comissi delictie dopericulum libertatispara
que a medida seja decretada. < art. 56 da @ei n6 .2E3B52;2 trata da matria,
admitindo a tempor%ria nas seguintes hipteses:
8 (inc. I* quando imprescindvel para as investigaes do inqurito policial#
8 (inc. II* quando o Indiciado no tiver resid)ncia $i&a ou no $ornecerelementos ao esclarecimento de sua identidade#
8 (inc. III* quando houver $undadas ra!es, de acordo com qualquer prova
admitida na legislao penal, de autoria ou participao do indiciado nos
seguintes crimes: a* homicdio doloso# b* seqDestro ou c%rcere privado# c*
roubo# d* e&torso# e* e&torso mediante seqDestro# $* estupro# g* atentado
violento ao pudor# h* rapto violento# i* epidemia com resultado de morte# j*
envenenamento de %gua pot%vel ou substOncia alimentcia ou medicinal
quali$icado pela morte# l* quadrilha ou bando# m* genocdio, em qualquer de
suas $ormas tpicas# n* tr%$ico de drogas# o* crimes contra o sistema
$inanceiro# p* os crimes hediondos e assemelhados, quais sejam, tr%$ico,
tortura e terrorismo, mesmo os no contemplados no rol do art. 56 da @ei n.6
.2E3B52;2, por $ora do 4 J6 do art. 16 da @ei n.6 ;.31B5223 (@ei de +rimes/ediondos*, so suscetveis de priso tempor%ria.
A grande discusso sobre o cabimento da tempor%ria di! respeito ao
preenchimento dos elementos que justi$iquem a decretao da medida. 'o
diversas as correntes sobre o tema, prevalecendo a que admite a tempor%ria
com base no inciso III obrigatoriamente, pois ele materiali!aria a $umaa do
bom direito para a decretao da medida (fumus comissi delicti*, e, alm dele,
uma das hipteses dos incisos I ou II: ou imprescindvel para as
investigaes, ou o indiciado no possui resid)ncia $i&a, ou no $ornece
elementos para a sua identi$icao.
Pra9os
8 Gegra geral: K dias, prorrog%veis por mais K dias em caso de comprovada e
e&trema necessidade#8 +rimes hediondos e assemelhados, quais sejam, tr%$ico, terrorismo e tortura
(par%gra$o J6, art. 16, @ei n6 ;.31B5223*: o pra!o da priso tempor%ria de
C3 dias, prorrog%veis por mais C3 dias, em caso de comprovada e e&trema
necessidade.
A prorrogao pressupe requerimento $undamentado, cabendo ao magistrado
deliberar quanto a sua admissibilidade. 0o cabe prorrogao de o$cio. 0a
prorrogao, deve o magistrado ouvir o 7P quando o pedido $or reali!ado pela
autoridade policial.
Procediment
o
a* < jui! provocado pela autoridade policial, mediante representao, ou por
requerimento do 7inistrio Pblico#
b* < jui!, apreciando o pleito, tem 1J horas para, em despacho $undamentado,decidir sobre a priso, ouvindo para tanto o 7P, nos pedidos origin%rios da
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polcia#
Procediment
o
c* "ecretada a priso, o mandado ser% e&pedido em duas vias, sendo que uma
delas, que ser% entregue ao preso, serve como nota de culpa#
d* -$etuada a priso, a autoridade policial in$ormar% o preso dos direitos
assegurados na +?#
e* "urante o pra!o da tempor%ria, pode o jui!, de o$cio, a requerimento do
7P ou de$ensor, Ldeterminar que o preso lhe seja apresentado, solicitar
in$ormaes e esclarecimentos da autoridade policial e submet)lo a e&ame
de corpo de delitoM (4 C6, art. 16*.
$* "ecorrido o pra!o legal o preso deve ser posto imediatamente em
liberdade, salvo se $or decretada a preventiva.
Priso
decorrente
da deciso
de pron-ncia
+abe ao jui!, pronunciando o ru, sendo o crime a$ian%vel, arbitrar o valor da
$iana para concesso ou manuteno da liberdade provisria, sem preju!o da
admissibilidade da liberdade provisria sem $iana, sendo que neste ltimo
caso, ter% que ouvir o 7P (4 16, art. J5C, +PP*.
< jui! decidir%, Lmotivadamente, no caso de manuteno, revogao ou
substituio da priso ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada
e, tratandose de acusado solto, sobre a necessidade da decretao da priso ou
imposio de qualquer das medidas previstas no >tulo IQ deste +digoM (4 C6,
art. J5C, +PP*.
-&igese do magistrado a $undamentao da gesto do c%rcere ou da liberdade
provisria, e a pronncia o momento para rea$irmar os motivos j% e&istentes,
ou detectar as ra!es que apareceram para decretao prisional, que nesta
hiptese, no mais se justi$ica pelos maus antecedentes ou pela reincid)ncia,
que $icam absolutamente superados (@ei n. 55E;2B1333;*, substitudos pelapresena ou no dos $undamentos da priso preventiva. @ogo, priso decorrente
de pronncia, propriamente dita, acabou.
Priso
decorrente
de sentena
condenat"ri
a
recorr:vel
< par%gra$o nico do art. C;, +PP (em virtude da @ei n.6 55.52B3;*, dispe
que na sentena condenatria o jui! Ldecidir%, $undamentadamente, sobre a
manuteno ou, se $or o caso, imposio de priso preventiva ou de outra
medida cautelar, sem preju!o do conhecimento da apelao que vier a ser
interpostaM.
+abendo liberdade provisria, dever% conced)la, com ou sem $iana.
'e o ru responde ao processo em liberdade, a justi$icao da priso tambm
de rigor, e o mvel passa a ser basicamente a presena ou no dos $undamentos
da preventiva, j% que os maus antecedentes e a reincid)ncia como base parapriso $oram revogados.
PRIS%& (5MI*IS+R(+I/(
"e $orma inapropriada, temos dentro do +PP o tratamento da priso de nature!a
administrativa, ligada desta maneira a uma autoridade administrativa e com $ins da mesma
nature!a.
< art. C52 $a! a seguinte previso, contemplando a priso administrativa para:
I 8 contra remissos ou omissos em entrar para os co$res pblicos com dinheiros a seu cargo, a
$im de compelilos a que o $aam (o omisso aquele que dei&a de e$etivar o recolhimento aos
co$res pblicos de valores que tenha recebido em ra!o da $uno, ao passo que o remisso o
que retarda tal entrega*#
II 8 contra estrangeiro desertor de navio de guerra ou mercante, surto em porto nacional (o
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requerimento seria $eito pelo cHnsul do pas a que pertencesse o navio ao jui! $ederal
competente*#
III 8 nos demais casos previstos em lei (a legitimidade para a decretao migrou, ressalvadas
as hipteses constitucionais como a transgresso militar, para a apreciao do judici%rio. 9% os
motivos e os $ins continuam administrativos, mas a legitimidade da medida no mais*.
PRIS%& CI/I'
A priso decretada na es$era cvel, ao que ocorre com o inadimplente em alimentos ou do
deposit%rio in$iel (art. K6, @Q=II, +?*, Lser% e&ecutada pela autoridade policial a quem $orem
remetidos os respectivos mandadosM (art. C13, +PP*.
PRIS%& P(R( (/ERI);(ratase de direito incondicional do in$rator, que $icar% em liberdade,mesmo tendo sido surpreendido em $lagrante.
'ierdade
provis"ria
permitida
F admitida quando no estiverem presentes os requisitos de decretao
da preventiva, e quando a lei no vedar e&pressamente.
'ierdade
provis"ria vedadaF vedada quando couber priso preventiva e nas hipteses que a lei
estabelecer e&pressamente a proibio.
'I=ER5(5E PR&/IS>RI( SEM FI(*
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'ierdade
provis"ria
sem $iana e sem
vinculao
er% cabimento nos seguintes casos (art. C15, +PP*:
I 8 0as in$raes cuja pena de multa a nica cominada#
II 8 0as in$raes cujo m%&imo de pena privativa de liberdade, sejaisolada, cumulada ou alternada, no ultrapasse a tr)s meses.
/% mais uma hiptese de liberdade provisria sem $iana e sem vinculao
prevista no art. C35 do +digo de >rOnsito (@ei n.6 2.K3CB522*: L condutor
de veculo, nos casos de acidentes de trOnsito de que resulte vtima, no se
impor% a priso em $lagrante, nem se e&igir% $iana, se prestar pronto e
integral socorroM.
9% a @ei n6 55.CJCB133E (>&icos*, apresenta uma situao peculiar, pois
o usu%rio de drogas, tratado no Ombito da lei dos 9ui!ados, ser%
encaminhado presena do jui! para a lavratura do >+
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A Restri3es
a0 Crimes hediondos e assemelhados Dtr$ico tortura e
terrorismo0 estas in$raes, como j% relatado, no admitem aprestao de $iana (art. K6, Q@III, +?*. +ontudo, por $ora da @ei
n.6 55.JEJB133, alterando o art. 16, II, da @ei n6 ;.31B5223,
passaram a admitir lierdade provis"ria sem $iana.0 Estatuto do desarmamentoo art. 15 da @ei n.6 53.;1EB133C
vedava a concesso de liberdade provisria aos seguintes crimes:
8Posse ou porte ilegal de arma de uso restrito (art. 5E*#
8+omrcio ilegal de arma de $ogo (art. 5*#
8>r%$ico internacional de armas (art. 5;*.
< '>?, apreciando ao direta de inconstitucionalidade (A"IC5C*,
declarou tal vedao incompatvel com o te&to constitucional. 0esta
gide, tais in$raes agora admitem liberdade provisria sem $iana.
c0 Crime or!ani9adoo art. 6 da @ei n.6 2.3CJB522K veda qualquermodalidade de liberdade provisria, com ou sem $iana, Laos
agentes que tenham intensa e e$etiva participao na organi!aocriminosaM. Perceba, pela e&posio acima, que medida de tal
nature!a, vedando de $orma absoluta o instituto, queles que
tenham intensa participao na organi!ao criminosa, $ere a
proporcionalidade e no se arrima com a +arta 7aior.
d0 'ava!em de dinheiroo art. C6, caput, da @ei n.6 2.E5CB522;veda qualquer liberdade provisria lavagem de capitais.
Gepitase o que j% se disse quanto inconstitucionalidade da
vedao absoluta.
e0 Crimes contra a economia popular e de sone!ao $iscalestas in$raes, por envolverem enriquecimento ilcito, no
comportam liberdade provisria sem $iana (art. C53, +PP*,
contudo admitem a prestao de $iana (art. C1K, 4 16, I, +PP*.
'ierdade
provis"riasem $iana e com
vinculao
GA Fundamentao "eve o magistrado sempre motivar a manuteno dapriso em $lagrante, dei&ando claros os motivos que no o levaram
concesso da liberdade provisria, em $ace da necessidade da segregao
cautelar.
>em prevalecido o entendimento contr%rio, sob o $undamento de que a
motivao da manuteno do $lagrante desnecess%ria, a no ser que o
magistrado tenha sido provocado a se mani$estar sobre a concesso da
liberdade provisria.
HA &utras hip"teses de caimento
a* < art. CK3 do +PP prev) a dispensa da prestao de Rana quelesque sejam considerados economicamente hipossuRcientes.
b* < art. E2, par%gra$o nico da @ei n6 2.322B522K, prev) que quele
surpreendido quando da pr%tica de in$rao de menor potencial
o$ensivo, em sendo Limediatamente encaminhado ao jui!adoM ou
assumindo o compromisso de a ele comparecer, Lno se impor%
priso em Sagrante, nem se e&igir% RanaM#
A Sistema recursal
"a concesso da liberdade provisria sem a prestao de $iana cabe o
recurso em sentido estrito. 9% a denegao do instituto curiosamente
irrecorrvel, cabendo o socorro ao de habeas corpus.
'I=ER5(5E PR&/IS>RI( ME5I(*+E FI(*
5/28/2018 Tipos de Prisao Direito Processual Penal Nestor Tavora
/% uma srie de obst%culos concesso do instituto, de sorte que parado&almente, em regra,
mais $%cil obter a liberdade provisria sem $iana, do que mediante a prestao da mesma.
Fiana 7 lierdade
provis"ria
mediante $iana
A $iana uma cauo, uma prestao de valor, para acautelar o
cumprimento das obrigaes do a$ianado.
9% a liberdade provisria mediante $iana o direito subjetivo do
bene$ici%rio, que atenda aos requisitos legais e assuma as respectivas
obrigaes, de permanecer em liberdade durante a persecuo penal
etivos da
$ianaNuscase com a $iana obter a presena do agente a todos os atos da
persecuo penal, evitandose os e$eitos deletrios do c%rcere preliminar
/alor da $iana
a* de 5 (um* a K (cinco* sal%rios mnimos de re$er)ncia, quando se tratar
de in$rao punida, no grau m%&imo, com pena privativa da
liberdade, at 1 (dois* anos#
b* de K (cinco* a 13 (vinte* sal%rios mnimos de re$er)ncia, quando se
tratar de in$rao punida com pena privativa da liberdade, no grau
m%&imo, at J (quatro* anos#
c* de 13 (vinte* a 533 (cem* sal%rios mnimos de re$er)ncia, quando om%&imo da pena cominada $or superior a J (quatro* anos.
Podese redu!ir o valor encontrado em at 1BC, dependendo da situao
$inanceira do a$ianado. >anto a autoridade judicial quanto o delegado
podem $a!)lo.
/aver% ainda, pela insu$ici)ncia do montante, a possibilidade judicial,destaquese, de aument%la at o dcuplo. < delegado no tem esta
$aculdade.
/alor da $iana
-m crimes contra a economia popular e de sonegao $iscal, a liberdade
provisria s poder% ser concedida mediante o pagamento de $iana,
analisada pelo magistrado, com valores mais elevados (inciso II* e se a
situao econHmica do ru o recomendar, o quantitativo ainda poder% seraumentado em at 53 ve!es, ou redu!ido em at nove dcimos (inciso
III*.
a* nature!a da in$rao#
b* condies pessoais de $ortuna#
c* vida pregressa#
d* periculosidade#
e* importOncia prov%vel das custas#
Modalidades
de $iana
A $iana pode ser prestada de duas maneiras: por depsito ou por
hipoteca, desde que inscrita em primeiro lugar. < depsito pode ser de
dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, e ttulos da dvida $ederal,estadual ou municipal (art. CC3, +PP*. 9% os bens dados em hipoteca
esto de$inidos no art. 5.JC do +digo +ivil.
&ri!a3es
do a$ianado
A liberdade provisria mediante $iana sempre condicionada, e&igindo
a lei, alm do implemento $inanceiro, uma srie de obrigaes ao
a$ianado, quais sejam: comparecimento perante a autoridade, toda ve!
que $or intimado para os atos do inqurito e da instruo#
impossibilidade de mudar de resid)ncia, sem prvia permisso da
autoridade competente# proibio de ausentarse por mais de oito dias de
sua resid)ncia, sem comunicar quela autoridade o lugar em que poder%
ser encontrado# vedao pr%tica de novas in$raes.
5/28/2018 Tipos de Prisao Direito Processual Penal Nestor Tavora
/eda3es
le!ais
/eda3es do artA B CPP
I 8 nos crimes punidos com recluso, cuja pena mnima seja igual ou
superior a B anosJ
II 8 nas contravenes de vadiagem e mendicOncia (artigos K2 e E3 do
"ecretolei n6 C.E;;BJ5*#
III 8 nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade, se oru j% tinha sido condenado por outro crime doloso, em sentena
transitada em julgado#
I= 8 em qualquer caso, se houver no processo prova de ser o ru vadio#
= 8 nos crimes punidos com recluso, que provoquem clamor pblicoou que tenham sido cometidos com viol)ncia ou grave ameaa pessoa.
/eda3es do artA BG CPP
I 8 aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado $iana
anteriormente concedida ou in$ringido, sem motivo justo, qualquer das
obrigaes impostas para a dispensa da $iana#
II 8 em caso de priso por mandado do jui! do cvel, de priso
disciplinar, administrativa ou militar#
III 8 ao que estiver no go!o da suspenso condicional da pena ou do
livramento condicional, salvo se processado por crime culposo ou
contraveno que admita $iana#
I= 8 quando presentes os motivos que autori!am a decretao da
priso preventiva.
/eda3es le!ais
5emais veda3es
a* Gacismo: por previso do art. K6, inciso Q@II da +?, in$rao
ina$ian%vel, apesar de comportar liberdade provisria sem $iana.
b* +rimes hediondos e a$ins (tortura, tr%$ico e terrorismo*: so
ina$ian%veis (art. K6, Q@III, +?*, mas pela alterao do art. 16, inciso
II, da @ei de +rimes /ediondos, reali!ada pela @ei n.6 55.JEJB133,
passaram a admitir liberdade provisria sem $iana.
c* Ao de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o estado democr%tico de direito: so ina$ian%veis
tais condutas, por $ora do art. K6, inciso Q@I=, da +onstituio do
Nrasil.
d* -statuto do desarmamento (@ei n.6 53.;1EB133C*: o par%gra$o nico
do art. 5J (porte ilegal de arma de uso permitido* e o par%gra$o nico
do art. 5K (disparo de arma de $ogo*, vedavam a admissibilidade de
$iana para tais in$raes. < '>?, contudo, apreciando a A"IC5C,
declarou inconstitucionais esses dispositivos. +omo j% admitiam
liberdade provisria sem $iana, agora passaram a ser tambmin$raes a$ian%veis.
e* +rime organi!ado (@ei n.6 2.3CJB522K*: os agentes que tenham tido
intensa e e$etiva participao na organi!ao criminosa, no sero
admitidos a prestar $iana (art. 6*. < dispositivo tambm vedou a
liberdade provisria sem $iana, o que para ns, por ser vedao
absoluta, no passa pelo $iltro constitucional.
$* +rimes contra o sistema $inanceiro (@ei n.6 .J21B52;E*: o art. C5
veda a admissibilidade de $iana, nos crime contra o sistema
$inanceiro apenados com recluso, se estiverem presentes os
requisitos da preventiva.
g* @avagem de dinheiro (@ei n.6 2.E5CB522;*: o art. C6 veda a
admissibilidade de $iana ao branqueamento de capitais, e tambmimpede a liberdade provisria sem $iana.
5/28/2018 Tipos de Prisao Direito Processual Penal Nestor Tavora
Kuera da $iana
A quebra ocasionada pelo descumprimento injusti$icado das
obrigaes do a$ianado, podendo ser determinada de o$cio ou por
provocao.
+onseqD)ncias:
8 recolhimento ao c%rcere, e$etivandose a priso que $oi evitada pela
prestao de $iana, ou restabelecendose aquela previamentee&istente.
8 perda de metade do valor caucionado, que ser% destinado ao >esouro
0acional (?undo Penitenci%rio 0acional, art. CJE, +PP*. A outra
parte ser% devolvida. 7esmo que ao $inal o ru seja absolvido, a
quebra no revertida.
8 impossibilidade, naquele mesmo processo, de nova prestao de
$iana (art. C1J, I, +PP*.
A deciso pela quebra da $iana comporta recurso em sentido estrito
(art. K;5, =II, +PP*, que ter% e$eito suspensivo apenas quanto aoperdimento da metade do valor prestado em $iana (art. K;J, 4 C6,
+PP*. -sse recurso pode ser interposto at mesmo pelo terceiro que
prestou $iana em $avor de outrem. 9ulgado procedente, a $iana voltaa subsistir, colocandose imediatamente o agente em liberdade, nas
mesmas condies anteriores (art. CJ1, +PP*.
Perda da $iana
>ransitada em julgado a sentena condenatria, no pode o condenado
$rustrar a e$etivao da punio, esquivandose da apresentao a priso,
ou evadindose para no ser encontrado pelo o$icial ou outra autoridade
encarregada de lev%lo ao c%rcere. 'e o $i!er, a $iana ser% julgada
perdida. Aps as dedues (pagamento de custas, de multa, indeni!ao
da vtima*, o que restar ser% destinado aos co$res $ederais (art. CJK,
+PP*.
A deciso que decreta a perda comporta recurso em sentido estrito (art.
K;5, =II, +PP*. >em e$eito suspensivo quanto destinao do valorremanescente (art. K;J, caput, +PP*.
Cassao da $iana
Possibilidades:
8 +oncedida por equvoco (regra*. "eve ser cassada, de o$cio, ou por
provocao. ' o judici%rio pode determinar a cassao.
8 +aso ocorra uma inovao na tipi$icao do delito, reconhecendose
a e&ist)ncia de in$rao ina$ian%vel (art. CC2, +PP*.
5/28/2018 Tipos de Prisao Direito Processual Penal Nestor Tavora
priso. < bem que tinha sido dado em garantia ser% integralmente
devolvido. A deciso que julga sem e$eito a $iana comporta recurso em
sentido estrito, sem e$eito suspensivo. -m $ace de situao de pobre!a, o
agente poder% ser dispensado do re$oro, permanecendo em liberdade, com
pleno e$eito da $iana prestada.
5ispensa da $iana
< art. CK3 do +PP dispe que o jui!, veri$icando ser impossvel ao ruprestar a $iana por motivo de pobre!a, poder% concederlhe a liberdade
provisria, sujeitandoo s obrigaes dos artigos C1 e C1;. 'e o ru
in$ringir, sem motivo justo, qualquer dessas obrigaes ou praticar outra
in$rao penal, ser% revogado o bene$cio.
A dispensa no uma discricionariedade do magistrado, mas um direito
do bene$ici%rio.
Procedimento
-nquanto no transitar em julgado a sentena, admitese o arbitramento
de $iana, at mesmo da pend)ncia de recurso especial ao '>9 ou de
e&traordin%rio ao '>?. A $iana pode ser arbitrada pela autoridade
policial ou pela judici%ria, independentemente da prvia oitiva do 7P.
Execuo+om o advento do trOnsito em julgado da sentena condenatria, os bens
dados em garantia devem ser convertidos em dinheiro, para propiciar o
pagamento das custas, indeni!ar a vtima, e quitar eventual multa.
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