View
212
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Oscar Medeiros Amorim
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS: UM ESTUDO
SOBRE O CONHECIMENTO E APLICAÇÃO DO CPC PME PELOS
CONTADORES DA CIDADE DO NATAL/RN
Natal/RN
2013
Oscar Medeiros Amorim
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS: UM ESTUDO
SOBRE O CONHECIMENTO E APLICAÇÃO DO CPC PME PELOS
CONTADORES DA CIDADE DO NATAL/RN
Monografia apresentada à Banca
Examinadora da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte como requisito final à
obtenção do título de Bacharel em Ciências
Contábeis.
Orientador: Prof. Msc Joana Darc Medeiros
Martins
Natal/RN
2013
Oscar Medeiros Amorim
CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS: UM ESTUDO
SOBRE O CONHECIMENTO E APLICAÇÃO DO CPC PME PELOS
CONTADORES DA CIDADE DO NATAL/RN
Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis, como parte dos requisitos
para obtenção do título em Bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovada em: 19/12/2013
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________
Prof. Msc Joana Darc Medeiros Martins
Profª Orientadora
___________________________________________________________
Prof. Dr Diogo Henrique Silva De Lima
1º Examinador
___________________________________________________________
Prof. Dr Erivan Ferreira Borges
2º Examinador
A meus pais José Amorim e Marizete, por seu amor
incondicional e por me darem além do dom da vida,
a determinação de encarar os desafios e o caráter
e conduta para conduzir a vida.
A meu irmão, Matheus, por sempre me apoiar e me
proporcionar afeto e palavras de incentivo.
A minha esposa, Juliana, por sua compreensão,
companheirismo e amor.
AGRADECIMENTOS
A Deus, agradeço pela dádiva da vida, por guiar meus passos, minhas
decisões, por iluminar minha vida e me conceder a capacidade de ir em busca de
meus ideais.
A minha mãe, Marizete, por seu incentivo, e investimento em minha
educação. Por seu amor infinito, incondicional, por seu empenho em minha
educação pessoal, por seu zelo em propiciar a mim e a meu irmão uma estrutura de
família e amor e por buscar sempre o melhor para nosso lar. Por me dar suporte,
estímulo e por acreditar nos meus sonhos e ideais e fazer de tudo para que eu
pudesse alcançá-los.
A meu pai, José Amorim, agradeço por jamais ter deixado de me apoiar e
mostrar-me caminhos a seguir, mas nem sempre me levar com suas mãos, e sim
indicar-me a direção e ensinar-me qual a direção seguir. A ele agradeço por seus
ensinamentos, exemplos e condutas que puderam me ajudar a moldar meu caráter,
minha forma de lidar com os problemas da vida e a maneira correta de conduzi-la.
A meu irmão, Matheus Amorim, que por toda a minha vida é meu
companheiro, amigo e confidente, agradeço por ser uma parte de mim e me garantir
que sempre há com quem contar. Agradeço pelos sorrisos, abraços, pelas lágrimas,
pela ajuda, pelo ombro amigo.
A minha esposa, Juliana, agradeço por toda a caminhada vivida até agora
e por encontrar sempre uma maneira de me amparar, acarinhar e me fazer ter mais
fé na vida. Agradeço por seu amor, por sua compreensão e por confiar e acreditar
sempre em mim e meu potencial.
Aos meus amigos que me apoiaram para conclusão deste estudo com
palavras de incentivos, em especial, Euclides Neto, que me incentivou em
momentos desmotivadores.
Aos meus sogros, Telma e José Batista, que me apoiaram para conclusão
deste estudo, em especial, as palavras de cobrança.
A Professora Joana Darc Medeiros Martins, orientadora neste estudo,
agradeço por seu tempo de dedicação e sua busca para otimizar, maximizar,
transmitir conhecimento, paciência, compreensibilidade, pelas suas cobranças e por
tudo que me proporcionou para conclusão deste estudo.
E finalmente, agradeço aos mestres que ao longo da minha trajetória
estudantil e acadêmica me proporcionaram, cada um a sua maneira valiosos
ensinamentos, me oportunizaram tornar-me um cidadão mais ético e comprometido.
DEDICATÓRIA
Dedico este estudo a meu Filho, José Gabriel Pereira Amorim, por me
garantir motivação com apenas um olhar.
RESUMO
Com a globalização, empresas de vários países passaram a elaborar suas
demonstrações financeiras de acordo com o conjunto de normas contábeis
internacionais – IFRS –, emitidas pela Junta Internacional de Padrões Contábeis -
IASB. Em julho de 2009, o referido órgão incluiu as pequenas e médias empresas
neste processo de padronização, a fim de permitir sua ampla comparabilidade nas
tomadas de decisão dos usuários. No Brasil, a norma correlata entrou em vigor com
o Pronunciamento Técnico denominado Contabilidade para Pequenas e Médias
Empresas - CPC PME –, deliberando que a partir de 1º de janeiro de 2010, estas
empresas já se adequassem a este Pronunciamento. O objetivo do estudo é verificar
o conhecimento e aplicação do CPC PME pelos contadores da cidade do Natal/RN.
Os procedimentos metodológicos utilizados caracterizam a pesquisa como
descritiva, com utilização da técnica de levantamento, por meio da aplicação de
questionários aos profissionais contábeis do Município de Natal-RN. A amostra foi
constituída por 42 contadores. A pesquisa demonstra que cerca de 98% das
empresas-clientes atendidas pelos contadores estão sujeitas ao Pronunciamento
Técnico PME, embora 74% dos profissionais contábeis afirmaram conhecer e
entender a referida norma ou algum aspecto da norma. Dos pesquisados, 64%
elaboram as Demonstrações Contábeis em conformidade com a norma PME, onde
60% estão mensurando o ativo imobilizado, com base no Pronunciamento Técnico
PME, porém apenas 19% mensuram ou conhecem o reconhecimento de
instrumentos financeiros com base na resolução CFC 1.255/09. De modo geral os
resultados do estudo evidenciam a necessidade de qualificação profissional para o
cumprimento das exigências do Pronunciamento Técnico PME.
Palavras Chaves: Padrões Contábeis. Pronunciamento Técnico PME.
ABSTRACT
With globalization, companies from different countries started to prepare its financial
statements in accordance with the set of international accounting standards - IFRS -
issued by the International Accounting Standards Board - IASB. In July 2009, that
body included small and medium enterprises in this standardization process, to
enable their broad comparability in decision making by users. In Brazil, the related
standard became effective with Technical Pronouncement called Accounting for
Small and Medium Enterprises - SMEs CPC - acting that from January 1 , 2010 ,
these companies already conform to this pronouncement . The purpose of this study
is to assess the knowledge and application of CPC counters for SME Christmas
town. The methodological procedures used to characterize research as descriptive,
using the survey technique, through the application of questionnaires to accounting
professionals County Natal - RN. The sample consisted of 42 counters. Research
shows that about 98 % of client companies served by accountants are subject to
Technical Pronouncement SMEs, although 74% of accounting professionals said
they know and understand this standard or some aspect of the standard. Of the
participants, 64 % prepare their financial statements in accordance with the SME
standard, where 60 % are measuring the property, based on the Technical
Pronouncement SMEs, but only 19 % know or measure the recognition of financial
instruments based on resolution 1.255 CFC/09. Overall the study findings highlight
the need for professional training for compliance with the requirements of Technical
Pronouncement SMEs.
Key Words: Accounting Standards.Technical Pronouncement SMEs.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 11
1.1. Contextualização e Problema da Pesquisa....................................... 11
1.2. Objetivos da Pesquisa....................................................................... 12
1.2.1. Objetivo Geral........................................................................... 12
1.2.2. Objetivos Específicos............................................................... 12
2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................... 13
2.1. CPC PME........................................................................................... 13
2.2. SESSÕES DO CPC PME.................................................................. 13
2.3 ADEQUAÇÃO AO CPC PME............................................................. 16
2.4 DIFERENÇAS ENTRE CPC PME E CPCS....................................... 17
3. METODOLOGIA...................................................................................... 21
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS.................................................... 23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 34
REFERÊNCIAS............................................................................................. 37
APÊNDICE A – Questionário....................................................................... 40
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa e Problemática
Com o advento do capitalismo como sistema econômico e político houve
uma radical mudança na maneira de organização da sociedade. Estas mudanças
aceleraram o desenvolvimento do comércio e da indústria, onde as fronteiras
geográficas foram sendo rompidas. Com as companhias cada vez maiores e
presentes em muitos países, tendo que reportar suas demonstrações contábeis às
suas matrizes, percebeu-se a necessidade de harmonização nas normas
internacionais que, no Brasil ocasionou diversas transformações estruturais
significativas nos últimos anos, modificando princípios e critérios de reconhecimento
dos ativos e passivos, entre outras importantes alterações.
O amadurecimento de tais transformações culminou na criação do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC), por meio da publicação da Resolução CFC
nº 1.055/05. Dedicado ao acompanhamento, interpretação e adequação das práticas
contábeis brasileiras às normas internacionais existentes, o CPC tem como objetivo
centralizar e uniformizar o processo de produção das normas contábeis, levando
sempre em conta a convergência da contabilidade brasileira aos padrões
internacionais (CFC, 2005).
Destaca-se que, no Brasil, uma das grandes contribuições para essa nova
realidade no campo da contabilidade foi à publicação da Lei nº 11.638/07 e nº
11.941/09, que alteraram a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) e
introduziram conceitos provenientes e convergentes com as normas internacionais
às sociedades anônimas e empresas de grande porte, conforme definição legal.
Muito do conteúdo tratado pelas referidas normativas traz premissas e conceitos
sendo bastante diferente a cultura predominante no país.
À convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões
internacionais, o CPC divulgou, em dezembro de 2009, o Pronunciamento Técnico
PME, denominado Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (CPC PME),
que se aplica à elaboração das demonstrações contábeis das Pequenas e Médias
Empresas (PMEs). Que objetivou a apresentação simplificada de todos os CPCs
12
emitidos para as empresas de grande porte e/ou sociedades anônimas até a data de
sua publicação, num formato mais objetivo e aplicável às PMEs, facilitando a adoção
e interpretação das normas contábeis.
Segundo o CPC PME (CFC, 2009), as entidades sujeitas à aplicação dos
conceitos contábeis estabelecidos são aquelas:
Que não têm obrigação pública de prestação de contas, e
Elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários
externos.
Um estudo internacional feito pelo International Accounting Standards
Board - IASB (2009) - demonstrou que as PMEs representam, em média, 95% do
total das empresas existentes e que são parte relevante da economia dos países.
Então, com essa nova filosofia na forma de elaborar e divulgar seus
dados financeiros ao mercado, o estudo emerge o seguinte problema de pesquisa:
Os profissionais contábeis do Município de Natal-RN, conhecem e atendem o
Pronunciamento Técnico PME?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral do estudo é verificar o conhecimento e aplicação do CPC
PME pelos contadores da cidade do Natal.
1.2.2 Objetivos Específicos
Apresentar as principais características do Pronunciamento PME
Identificar a importância do conhecimento contábil acerca do CPC
PME para pequenas e médias empresas da cidade de Natal.
A presente pesquisa é composta por 5 capítulos: Introdução, Referencial
Teórico contextualizando o CPC PME, Metodologia com aplicação de um
questionário, Descrição e Análise de Dados contextualizando os dados obtidos nos
questionários e Considerações Finais com as conclusões da pesquisa.
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CPC PME
À convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões
internacionais, o CPC divulgou, em dezembro de 2009, o CPC PME, que se aplica à
elaboração das demonstrações contábeis das PMEs. A ação do comitê brasileiro
seguiu a tendência internacional, visto que, em julho de 2009, foi publicado a IFRS
for SMEs.
Que objetivou a apresentação simplificada de todos os CPCs emitidos até
a data de sua publicação, num formato mais objetivo e aplicável às PMEs, facilitando
a adoção e interpretação das normas contábeis.
Segundo o CPC PME (CFC, 2009), as entidades sujeitas à aplicação dos
conceitos contábeis estabelecidos na sessão I, item 1.2, são aquelas:
(a) não têm obrigação pública de prestação de contas; e
(b) elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários externos. Exemplos de usuários externos incluem proprietários que não estão envolvidos na administração do negócio, credores existentes e potenciais, e agências de avaliação de crédito.
2.2 Sessões do CPC PME
O pronunciamento técnico PME em questão é dividido em 35 seções, que
evidenciam pontos, tais como, quais são as empresas que se enquadram na
elaboração e procedimento contábeis da Norma; como elaborar demonstrativos;
mensuração de ativos imobilizados, estoques, instrumentos financeiros e outros
pontos estando descrito resumidamente, a seguir: (CPC, 2009)
Seção 1 – Pequenas e Médias Empresas: descreve as características das PMEs;
Seção 2 – Conceitos e Princípios Gerais: nela, são apresentados e descritos os objetivos das demonstrações contábeis de PMEs e as qualidades que tornam úteis as informações nas demonstrações contábeis. São definidos, também, os conceitos e princípios básicos que suportam tais demonstrações;
Seção 3 – Apresentação das Demonstrações Contábeis: esta seção detalha a adequada apresentação das demonstrações contábeis, o que é
14
exigido para que essas demonstrações estejam em conformidade com o CPC PMEe o que é um conjunto completo dessas demonstrações;
Seção 4 – Balanço Patrimonial: destacam-se a relação de informações que devem ser apresentadas no Balanço Patrimonial e seu formato;
Seção 5 – Demonstração do Resultado e Demonstração do Resultado Abrangente: determina que a entidade apresente seu resultado para o período contábil de reporte – isto é, seu desempenho financeiro para o período – em duas demonstrações contábeis: a Demonstração do Resultado do período ea Demonstração do Resultado Abrangente. Esta seção dispõe sobre as informações que devem ser apresentadas nessas demonstrações e como apresentá-las;
Seção 6 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados: introduz a obrigatoriedade de elaboração das mutações no patrimônio líquido da entidade para um período, tanto na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido quanto, caso condições específicas forem atendidas e a entidade opte, na Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
Seção 7 – Demonstração dos Fluxos de Caixa: obriga e esclarece acerca das informações que devem ser apresentadas na Demonstração dos Fluxos de Caixa e como apresentá-las.
Seção 8 – Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis: dispõe sobre os princípios subjacentes às informações que devem ser apresentadas nas Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis e como apresentá-las. Adicionalmente às exigências desta seção, quase todas as outras seções do pronunciamento exigem divulgações que são normalmente apresentadas nas Notas Explicativas;
Seção 9 – Demonstrações Consolidadas e Separadas: esta seção define as circunstâncias para as quais a entidade deve apresentar Demonstrações Contábeis Consolidadas e os procedimentos para elaborá-las. Também inclui instruções para a elaboração de Demonstrações Contábeis Separadas e Demonstrações Contábeis Combinadas;
Seção 10 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro: fornece orientação para a seleção e aplicação das políticas (práticas) contábeis usadas na elaboração de demonstrações contábeis. Cobre, também, mudanças nas estimativas contábeis e correção de erros de demonstrações contábeis relativos a períodos anteriores;
Seção 11 – Instrumentos Financeiros Básicos e Seção 12 – Outros Tópicos sobre Instrumentos Financeiros: em conjunto, lidam com o reconhecimento, a reversão, a mensuração e a divulgação de instrumentos financeiros (ativos e passivos financeiros);
Seção 13 – Estoques: determina as práticas para o reconhecimento e mensuração de estoques;
Seção 14 – Investimento em Controlada e em Coligada: trata da contabilização de investimentos em operações de entidades coligadas nas Demonstrações Contábeis Consolidadas e nas demonstrações contábeis de investidor que não é o principal investidor, mas que tem investimento em uma ou mais coligadas;
Seção 15 – Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture): esclarece acerca dos procedimentos que devem ser adotados quando da contabilização de empreendimentos controlados em conjunto nas Demonstrações Contábeis Consolidadas e nas demonstrações contábeis do investidor que não é o controlador, mas que tem participação em um ou mais empreendimentos controlados em conjunto (joint venture);
Seção 16 – Propriedade para Investimento: aplica-se à contabilização de investimentos em terrenos ou edificações que estejam de acordo com a definição de propriedade para investimento e de algumas participações imobiliárias por parte de arrendatário de arrendamento mercantil operacional, que seja tratado como propriedade para investimento;
15
Seção 17 – Ativo Imobilizado: refere-se à contabilidade para ativo imobilizado e para propriedade para investimento cujo valor justo não possa ser mensurado de maneira confiável sem custo ou esforço excessivo;
Seção 18 – Ativo Intangível Exceto Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill): orienta sobre os procedimentos que devem ser adotados para contabilização dos ativos intangíveis, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura e os ativos intangíveis mantidos por entidade para venda no curso normal dos negócios;
Seção 19 – Combinação de Negócios e Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill): trata da contabilidade para combinação de negócios e fornece orientação acerca da identificação do adquirente, da mensuração do valor da combinação de negócios e da alocação desse valor aos ativos adquiridos, passivos e provisões para passivos contingentes assumidos. Aborda, também, a contabilidade para o ágio por expectativa de rentabilidade futura no momento da combinação de negócios e nos momentos subsequentes;
Seção 20 – Operações de Arrendamento Mercantil: trata dos mecanismos de contabilização de todos os arrendamentos mercantis, com exceções;
Seção 21 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes: classifica e categoriza todas as provisões (isto é, passivos de prazo ou valor incerto), passivos contingentes e ativos contingentes, exceto aquelas provisões tratadas por outras seções do pronunciamento;
Seção 22 – Passivo e Patrimônio Líquido: estabelece os princípios para a classificação de instrumentos financeiros, como passivo e patrimônio líquido, e aborda a contabilidade para títulos patrimoniais emitidos para partes individuais ou outras partes atuando nas suas posições como investidores em títulos patrimoniais (isto é, nas suas posições como proprietários);
Seção 23 – Receitas: aplica-se à contabilização de receitas originadas das seguintes transações e eventos: (a) venda de produtos (sejam os produzidos pela empresa com o propósito de venda ou os comprados para revenda);(b) prestação de serviços; (c) contratos de construção nos quais a empresa é o empreiteiro; (d) uso por outros dos ativos da empresa rendendo juros, royalties ou dividendos (ou outra forma de distribuição de resultado);
Seção 24 – Subvenção Governamental: esclarece quais procedimentos devem ser adotados na contabilização das subvenções governamentais. Subvenção governamental é uma assistência pelo governo na forma de transferência de recursos para a entidade, em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas às atividades operacionais da entidade;
Seção 25 – Custos de Empréstimos: determina os procedimentos e rotinas de contabilização dos custos de empréstimos. Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos;
Seção 26 – Pagamento Baseado em Ações: especifica a maneira de contabilizar todas as transações de pagamento baseado em ações;
Seção 27 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos: apresenta o tratamento contábil aplicável por ocasião da redução ao valor recuperável de todos os ativos, com exceções;
Seção 28 – Benefícios a Empregados: determina a forma de contabilização, condições e mensuração dos benefícios a empregados, exceto as transações de remuneração baseada em ações, que são tratadas na Seção 26 – Pagamento Baseado em Ações;
Seção 29 – Tributos sobre o Lucro: para os objetivos do pronunciamento, os tributos sobre o lucro incluem todos os tributos nacionais e estrangeiros que são baseados nos lucros tributáveis, também incluindo tributos como os retidos na fonte, que são devidos por controlada,
16
coligada ou empreendimento controlado em conjunto, nas distribuições para a entidade que divulga as demonstrações contábeis;
Seção 30 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis: determina como incluir as transações em moeda estrangeira e as operações no exterior nas demonstrações contábeis da entidade e como converter as demonstrações contábeis para moeda de apresentação;
Seção 31 – Hiperinflação: seção eliminada do CPC PME;
Seção 32 – Evento Subsequente: define os eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis e dispõe sobre os princípios para reconhecimento, mensuração e divulgação desses eventos;
Seção 33 – Divulgação sobre Partes Relacionadas: determina que a entidade inclua nas suas demonstrações contábeis as divulgações necessárias para evidenciar a possibilidade de que sua posição financeira e patrimonial (seu Balanço Patrimonial) e seu resultado tenham sido afetados pela existência de partes relacionadas e de transações e saldos existentes com tais partes;
Seção 34 – Atividades Especializadas: fornece direcionamento sobre a divulgação contábil pelas entidades de pequeno e médio porte no tocante a três tipos de atividade especializada – agricultura, atividades de extração e concessão de serviços;
Seção 35 – Adoção Inicial deste Pronunciamento: são apresentados, nesta seção, os procedimentos práticos que devem ser observados por ocasião da adição inicial do CPC PME, independentemente das políticas e práticas contábeis anteriormente adotadas.
2.3 Adequação ao CPC PME
Quanto á aplicação integral do CPC PME, o item 3.3 do referido
pronunciamento determina os procedimentos que as entidades deverão:
Fazer uma declaração explicita e sem reservas dessa conformidade nas notas explicativas. As demonstrações contábeis não devem ser descritas como em conformidade com esta Norma a não ser que estejam em conformidade com todos os requerimentos desta Norma.
E para apresentação dos demonstrativos contábeis da Norma a entidade
deve emitir o conjunto completo de demonstrações contábeis, de acordo com o item
3.17, do CPC PME, são as seguintes:
(a) balanço patrimonial ao final do período; (b) demonstração do resultado do período de divulgação; (c) demonstração do resultado abrangente do período de divulgação. A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido. A demonstração do resultado abrangente, quando apresentada separadamente, começa com o resultado do período e se completa com os itens dos outros resultados abrangentes; (d) demonstração das mutações do patrimônio líquido para o período de divulgação; (e) demonstração dos fluxos de caixa para o período de divulgação;
17
(f) notas explicativas, compreendendo o resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias.
2.3 Diferenças entre CPC PME e CPCs
O estudo realizado pela empresa de auditoria e consultoria Deloitte
Touche Tohmatsu Brasil, denominado IFRS para PME ao seu alcance 2011, afirma
que, como resultado dessas simplificações, a versão da IFRS para PMEs é
equivalente a aproximadamente 10% do tamanho e contém apenas cerca de 10%
das divulgações exigidas pela versão completa das IFRSs.
A tabela 1 apresenta em números absolutos, exemplos das diferentes
existentes entre pronunciamentos:
Tabela 1 – Diferenças entre CPC pleno e CPC para PMEs.
Publicação CPC/IFRS pleno
CPC/IFRS para PMEs
Norma sobre instrumentos financeiros (IASB) 446 páginas 23 páginas
Demonstrações financeiras 140 páginas 60 páginas
Checklist de divulgação 3.000 itens 300 itens
Fonte: FAVARIN, 2012
Outro estudo realizado pela empresa de auditoria e consultoria Ernest &
Young, denominado PMEs em discussão: IFRS para pequenas e médias empresas
(2010), apresenta as principais diferenças existentes entre os CPCs completos e
aquele destinado às PMEs. Em complemento, a empresa de auditoria e consultoria
PricewaterhouseCoopers também apresentou, por meio do seu periódico Navegador
Contábil (2010), as principais diferenças entre tais pronunciamentos.
Com base nos estudos mencionados, são apresentadas, a seguir, as
principais diferenças entre as versões dos CPCs:
18
Item CPC/IFRS para PME CPC/IFRS Pleno
Custo de Empréstimo Devem ser considerados
como despesa
Na versão integral, os
custos de empréstimos
que são diretamente
atribuídos à aquisição,
construção ou produção
de um ativo qualificado
devem ser capitalizados;
Reavaliação de ativos
imobilizados
Não Permite Permite
Atribuição de novo valor
aos ativos imobilizados
por ocasião da adoção
inicial;
Permite Não Permite
Apresentação de todas as
informações de períodos
anteriores
Não há necessidade
quando a relação custo-
benefício for desfavorável;
Há necessidade
Intangíveis Quando incorridos
internamente (incluindo
todos os gastos para
Atividades de
desenvolvimento e
pesquisa), são
reconhecidos como
despesas
Os custos de
desenvolvimento deverão
ser capitalizados quando
critérios específicos forem
atingidos;
Vida útil dos Intangíveis Ativos intangíveis: devem
ser considerados com
vida útil finita (sendo
amortizados em dez anos,
Ativos intangíveis podem
ter vida útil indefina
quando critérios
específicos forem
19
caso a entidade seja
incapaz de definir uma
estimativa de vida
confiável).
atingidos.
Ágio O ágio é mensurado ao
custo, deduzido da
amortização e perda ao
valor recuperável
acumulada. Se a vida útil
do ágio não puder ser
estimada de maneira
confiável, presume-se que
ela seja de dez anos.
O ágio não é amortizado,
mas testado anualmente
para verificar eventual
perda no valor
recuperável.
Teste de recuperabilidade Não existe
obrigatoriedade anual
(apenas se existir algum
indicador);
Obrigatoriedade anual
Coligadas e controladas Os investimentos em
coligadas são
contabilizados usando
uma das seguintes
políticas contábeis:
- modelo de custo;
- método da equivalência
patrimonial; ou
- modelo de valor justo.
As coligadas são
contabilizadas pelo
método de equivalência
patrimonial. Os modelos
de custo e valor justo são
permitidos apenas nas
demonstrações
financeiras separadas.
Ativos e passivos
financeiros
Não se aplica a:
- participações em
controladas, coligadas ou
Aplica-se
20
empreendimentos
controlados em conjunto
(joint ventures);
- direitos e obrigações de
empregadores previstos
em planos de benefícios a
empregados;
- patrimônio da própria
entidade; ou
- contratos para
pagamentos contingentes
em uma combinação de
negócios (somente no
caso do comprador)
Fonte: FAVARIN, 2012
Embora as diferenças apresentadas caracterizem uma simplificação
comparada às práticas contábeis introduzidas pelos CPC’s completos as alterações
introduzidas e os controles adicionais necessários impactam significativamente no
volume de atividades e controles que deverão ser implementados pelas empresas e
contadores (FAVARIN, 2012).
Segundo o International Federation of Accountants – IFAC um dos
principais benefícios ou vantagens seriam que os “...relatórios financeiros é
proporcionar aos usuários informações pertinentes e confiáveis para a tomada de
decisões” (IFAC, 2012).
21
3 METODOLOGIA
A pesquisa a ser realizada neste trabalho caracteriza-se quanto aos
objetivos como descritiva, sendo que, conforme Gil (2002, p.45), esse tipo de
pesquisa “tem como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno”, haverá a descrição de uma população
específica (formação profissional, atuação profissional). Quanto à abordagem do
problema, essa pesquisa enquadra-se como qualitativa. A pesquisa qualitativa trata
de traduzir outras características do mesmo objeto de estudo em informações
descritivas, sendo analisadas após a coleta, será de campo porque haverá a coleta
de dados com o uso de formulários de entrevistas aplicados aos contabilistas. E
bibliográfica utilizando para embasamento teórico os livros, revistas científicas,
artigos científicos e sites sobre o tema em estudo.
A população deste estudo é constituída por contadores, estabelecidos na
cidade de Natal, que atuam em escritórios contábeis prestando serviços para
pequenas e médias empresas de vários setores da economia.
O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário
endereçado aos contadores. Utilizando a ferramenta denominada Google Docs, cuja
utilização garante sigilo ao respondente, não permitindo a identificação dos
contadores participantes do estudo.
O questionário formulado continha 14 questões fechadas, sendo 2
questões de identificação da população, e 12, com perguntas de classificação, que
objetivaram identificar o nível de percepção dos contadores de Natal acerca do
CPC-PME. Desta forma, a pesquisa limita-se à análise do pronunciamento técnico
emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, o Pronunciamento Técnico
PME, aprovado pela Resolução CFC nº 1.255/09 aplicável às pequenas e médias
empresas.
Neste contexto, a pesquisa analisou se as práticas contábeis adotadas
pelos profissionais contábeis de Natal atendem ao Pronunciamento Técnico PME,
bem como, o conhecimento dos profissionais contábeis sobre as alterações na
legislação e a sua aplicação, além de indagar sobre as percepções das vantagens
22
ou desvantagens para os usuários das informações contábeis a partir da adoção da
Resolução nº 1255/09.
Os dados foram tratados descritivamente, com a finalidade de constatar o
grau de percepção dos contadores sobre o CPC PME. Para atingir esse objetivo,
foram analisadas as respostas apresentadas.
Conforme já comentado, o link do questionário foi enviado para
Contadores de escritórios de contabilidade que prestam serviços Contábeis a
diversos ramos de atividade, selecionados por conveniência e acessibilidade. Os
primeiros questionários foram enviados em 18 de novembro de 2013 e os últimos
questionários recebidos são datados de 01 de dezembro de 2013. Foram recebidas
apenas 42 respostas
23
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
Neste capítulo será apresentada a análise descritiva dos resultados dos
questionários aplicados com os profissionais contábeis.
Tabela 1 - Formação Acadêmica do Profissional
Formação Acadêmica Frequência Frequência Relativa %
Técnico em Contabilidade 2 5%
Bacharel em contabilidade 39 93%
Mestre em contabilidade 1 2%
Mestre em áreas afins a contabilidade
0 0%
Conforme apresentado na Tabela 01, dos contadores que participaram da
pesquisa 93% possuem Bacharel em contabilidade, 5% possuem técnico em
contabilidade e apenas 2% possuem títulos de mestres.
A segunda questão de pesquisa buscou identificar o perfil das empresas
atendidas pelos contadores e identificar são considerados pequenas e médias
empresas, e portanto, obrigadas a elaborar as suas demonstrações contábeis de
acordo com a Resolução CFC nº 1.255/09.
Tabela 2 – Perfil dos Clientes
Nível médio de faturamento anual das empresas atendidas com a prestação de serviços contábeis
Frequência Frequência
Relativa %
até 3.6 milhões 29 69%
entre 3,6 e 48 milhões 12 29%
acima de 48 milhões 1 2%
De acordo com a tabela 2, 69% dos clientes atendidos pelos contadores
possuem faturamento até 3.6 milhões, e 29% entre 3,6 e 48 milhões. Isso demonstra
que a maioria das empresas clientes dos profissionais pesquisados são micro e
pequenas empresas.
Observa-se também que 98% dos clientes dos participantes da pesquisa
possui faturamento até 48 milhões.
24
A terceira questão foi desenvolvida no sentido de verificar se os
profissionais contábeis (respondentes) têm conhecimento sobre o Pronunciamento
Técnico PME aplicada exclusivamente às pequenas e médias empresas, conforme a
Tabela 3.
Tabela 3 - Conhecimento do conteúdo do CPC PME
Conhecimento sobre o Pronunciamento Técnico PME
Frequência Frequência
Relativa %
Tem conhecimento de todo o conteúdo do CPC PME
4 10%
Familiarizado com as determinações, mas desconhece sua íntegra
10 24%
Domina apenas alguns poucos aspectos do pronunciamento
17 40%
Apenas ouviu falar ou leu algo a respeito 7 17%
Desconheço o Assunto 4 10%
Identificou-se entre os profissionais contábeis participantes da pesquisa,
conforme a Tabela 03, 40% domina apenas alguns poucos aspectos do
pronunciamento, e que 24% estar se familiarizado com o pronunciamento. Destaca-
se que 74%, possui alguma percepção do pronunciamento técnico. O resultado
sinaliza para a fragilidade nos conhecimentos dos profissionais que já são obrigados
a sua aplicação através da resolução CFC 1255/2009.
A quarta pergunta buscou identificar para quais empresas o contador está
elaborando as demonstrações contábeis de acordo com o Pronunciamento Técnico
PME. O resultado da pesquisa está demonstrado na Tabela 4.
Tabela 4 - Elaboração das demonstrações contábeis de acordo com o
Pronunciamento Técnico PME Na elaboração
Elaboração das demonstrações contábeis de acordo com o Pronunciamento Técnico PME
Frequência Frequência
Relativa %
Empresas que não tem obrigação pública de prestação e contas e elaboram demonstrações para
16 38%
25
fins gerais
Empresas com papéis negociáveis no mercado de ações
2 5%
Todas as empresas 11 26%
Nenhum das alternativas 13 31%
Conforme se observa na tabela 4, dos contadores que participaram da
pesquisa, 38% afirmam que elaboram as demonstrações contábeis de acordo com
pronunciamento técnico, são empresas que não tem obrigação pública de prestação
e contas e elaboram demonstrações para fins gerais. 5% informou que são
empresas com papeis negociáveis no mercado de ações, 26% não analisam as
características das empresas verificando se são classificadas como PMEs, e
elaboram as demonstrações contábeis de acordo com o pronunciamento técnico
PMEs. Os outros 31% para elaboração demonstrações não se enquadram em
nenhuma das alternativas, logo afirmam que não adotam a norma.
Evidencia-se que 31% desconhece a sessão 1 que pequenas e médias
empresas são empresas que não têm obrigação pública de prestação de contas. O
que possibilitará a elaboração de demonstrações contábeis e sua evidenciação sem
as devidas adequações obrigatórias.
A quinta pergunta questionou os profissionais contábeis, quanto à
elaboração e obrigatoriedade das demonstrações contábeis para as PMES de
acordo com o Pronunciamento Técnico PME a partir do exercício findado em 2010.
As respostas são apresentadas na Tabela 05.
Tabela 5 - Elaboração das Demonstrações Contábeis e conhecimento dos
profissionais contábeis quanto à obrigatoriedade do Pronunciamento Técnico
PME a partir de 2010
Elaboração das Demonstrações Contábeis e conhecimento dos profissionais contábeis quanto à obrigatoriedade do Pronunciamento Técnico PME a partir de 2010
Frequência Frequência
Relativa %
Elaboro e sei da obrigatoriedade a partir do exercício 12 29%
26
2010.
Sei da obrigatoriedade, mas adoto somente algumas alterações.
10 24%
Sei da obrigatoriedade, mas não elaboro as demonstrações de acordo com o Pronunciamento Técnico PME.
14 33%
Não sei da obrigatoriedade, portanto, não adoto as exigências do Pronunciamento Técnico PME.
6 14%
Conforme se observa na Tabela 05, dos profissionais contábeis que
participaram da pesquisa, 29% sabem e estão elaborando as demonstrações
contábeis para as PMEs, atendendo a obrigatoriedade do Pronunciamento Técnico
PME; no entanto, 24% dos participantes sabem da obrigatoriedade, mas afirmam
que adotam apenas algumas alterações. Outros 33% disseram saber da
obrigatoriedade da norma a partir do exercício de 2010, mas não adotam as
exigências; 14% disseram não saber da obrigatoriedade do Pronunciamento Técnico
PME, portanto não adotam as exigências desta norma contábil.
Outra questão da pesquisa, teve por objetivo verificar quais as
demonstrações contábeis são elaboradas pelos contadores de Natal, para as PMEs
para fins gerais, o resultado é apresentado na Tabela 06.
Tabela 6 - Demonstrações contábeis elaboradas para as PMEs
Quais as demonstrações contábeis elaboradas para as PMEs
Frequência Frequência Relativa %
Balanço Patrimonial e DRE 5 12%
Balanço Patrimonial, DRE e Demonstração dos Fluxos de caixa
8 19%
Balanço Patrimonial, DRE, Demonstração dos Fluxo s de caixa, Demonstração do Resultado Abrangente, Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido e Notas Explicativas
27 64%
Não são elaboradas nenhuma destas demonstrações
2 5%
27
De acordo com a Tabela 6, 12% dos participantes da pesquisa disseram
elaborar apenas o Balanço patrimonial e a DRE para as PMEs; 19% elaboram
Balanço Patrimonial, DRE e Fluxo de Caixa. Outros 64% elaboram Balanço
Patrimonial, DRE, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Resultado
Abrangente, Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido e Notas Explicativa
se 5% disseram não elaborar nenhuma destas demonstrações.
Evidencia-se que 64% dos participantes elaboram todas as
demonstrações obrigatórias para as PMEs, com base na Resolução CFC nº
1.255/09.
Questionou-se aos profissionais contábeis participantes sobre a forma de
mensuração dos ativos imobilizados, conforme tabela 07.
Tabela 07 – Mensuração dos ativos imobilizados
Quanto à mensuração dos ativos imobilizados Frequência Frequência Relativa %
Considera o valor histórico deduzindo o custo depreciado
8 19%
Reconhece apenas pelo valor histórico 4 10%
Considera o menor valor entre o valor contábil e o valor histórico
5 12%
Mensura inicialmente pelo custo original, e nos exercícios seguintes, pelo custo menos depreciação acumulada e perdas por redução do valor histórico de ativos acumulados
25 60%
Na Tabela 07 observa-se que 19% dos participantes consideram o valor
histórico do bem deduzindo o seu custo já depreciado, 10% afirmaram que
contabilizam pelo valor histórico, 12% consideram o menor valor entre o valor
contábil e o valor histórico e 60% mensuram pelo custo original no período da
aquisição e pelo custo menos depreciação acumulada e perdas por redução do valor
histórico de ativos acumulados, nos exercícios seguintes.
Analisando-se as respostas obtidas, 60% dos participantes estão
mensurando o ativo imobilizado adequadamente, com base no Pronunciamento
Técnico PME ou possui o devido conhecimento da norma, porem não aplica.
28
O próximo questionamento aos profissionais contábeis foi sobre os
procedimentos adotados quanto ao reconhecimento dos instrumentos financeiros,
conforme a Tabela 08.
Tabela 08 - Reconhecimento dos instrumentos financeiros
Quanto ao reconhecimento dos instrumentos financeiros
Frequência Frequência Relativa %
Valor justo ou valor de mercado 18 43%
Custo da operação 8 19%
Inicialmente pelo valor justo de mercado e posteriormente pelo custo da operação
11 26%
Nenhuma das alternativas 5 12%
Conforme apresentado na Tabela 08, 43% reconhecem os instrumentos
financeiros pelo valor justo ou valor de mercado, 19% pelo custo da operação, 26%
reconhecem inicialmente pelo valor justo de mercado e posteriormente pelo custo da
operação e para 12% nenhuma das alternativas.
Conforme estabelecido na Resolução CFC 1.255/09, um ativo ou passivo
financeiro deve ser reconhecido pelo custo da operação, incluindo os custos de
transações, exceto quando constitua uma transação financeira. Uma transação
financeira pode acontecer com a venda de bens e serviços, se o pagamento for
postergado ou financiado a uma taxa de juros que não seja a de mercado. Dos
participantes da pesquisa apenas 19% reconhecem pelo custo da operação.
A questão a seguir evidencia a forma de contabilização das transações e
eventos contábeis pelos profissionais contábeis. A tabela 09 evidencia as repostas
obtidas.
Tabela 09 - Contabilização das operações de acordo com o princípio da
essência sobre a forma
Com relação a contabilização das operações de acordo com o princípio da essência sobre a forma
Frequência Frequência Relativa %
29
Obedecendo a forma legal 9 21%
Analisando a realidade 16 38%
De acordo com sua essência 15 36%
Nenhuma das alternativas 2 5%
Conforme se observa na Tabela 09, dos participantes da pesquisa 21%
contabilizam as transações e outros eventos obedecendo à forma legal, 38% dos
profissionais analisam a realidade econômica que a empresa está inserida. Outros
36% estão contabilizando observando a essência, o que sugere que estão
priorizando a realidade econômica, 5% optaram por nenhuma das alternativas.
As transações e outros eventos devem ser contabilizados e apresentados
baseando-se na sua essência e não meramente a forma legal. Este princípio visa
proporcionar o aumento na confiabilidade das demonstrações contábeis, pois deve-
se observar a realidade econômica da empresa. Dos respondentes 36%
contabilizam as transações observando a essência sobre a forma, de acordo com o
pronunciamento técnico PME.
A questão seguinte questionou os profissionais contábeis quanto ao
reconhecimento dos estoques. O resultado pode ser observado na Tabela 10.
Tabela 10 - Reconhecimento dos estoques
Quanto ao reconhecimento dos estoques adota: Frequência Frequência Relativa %
Menor valor entre o custo e o preço de venda estimado
6 14%
Pelo valor de custo histórico 15 36%
Pelo preço de venda estimado 0 0%
Menor valor entre o custo e o preço de venda estimado, deduzindo ainda as despesas ocasionadas pela venda
21 50%
De acordo com a Tabela 10, 14% dos participantes reconhecem os
estoques pelo menor valor entre o custo e o preço de venda estimado, 36% pelo seu
valor de custo histórico, nenhum reconhecem pelo preço de venda estimado. E 50%
30
reconhecem os estoques pelo menor valor entre o custo e o preço de venda
estimado, deduzindo as despesas ocasionadas pela venda.
De acordo com CFC nº 1.255/09, os estoques devem ser reconhecidos
pelo menor valor entre o custo e o preço de venda estimado, diminuindo os custos
para completar a produção e as despesas com vendas. Por meio das repostas
obtidas 50% dos participantes atendem a resolução CFC nº 1.255/09 quanto às
alterações no reconhecimento de estoques, portanto os valores monetários de
estoque dos outros 50% apresentado nas demonstrações contábeis estão incorretos
com base no pronunciamento técnico PME.
Questionou-se os participantes sobre os critérios utilizados na
depreciação dos ativos imobilizados e a contabilização da baixa destes bens,
conforme a Tabela 11.
Tabela 11 - Critérios de depreciação dos itens do ativo imobilizado
Critérios de depreciação dos itens do ativo imobilizado
Frequência Frequência Relativa %
considerando um tempo estimado fixo para cada grupo de ativo imobilizado
4 10%
A contabilização da depreciação inicia quando o bem entra em operação até o final de sua vida útil, independente se o item estiver ocioso no período.
19 45%
A contabilização da depreciação inicia quando o bem entra em operação até o final de sua vida útil, analisando o período de ociosidade do bem no período
18 43%
Nenhuma das alternativas 1 2%
Conforme a Tabela 11 quanto aos critérios de avaliação dos itens dos
ativos imobilizados, 10% dos participantes consideram um tempo de vida útil fixa
para cada grupo do imobilizado, 45% considera a depreciação do bem quando entra
em operação até o final da vida útil, independente se o item estiver ocioso. 43%
iniciam a contabilização da depreciação quando o bem entra em operação até o final
de sua vida útil, considerando períodos ociosos durante a utilização do bem, 2%
optaram por nenhuma das alternativas.
31
O Pronunciamento Técnico PME estabelece que o cálculo da depreciação
deve ser analisado o tempo de vida útil do bem e considerar os períodos de
ociosidade, ou seja, a durabilidade do bem e o período que não é utilizado também
precisam ser considerados. Diferente da legislação fiscal que obriga a utilização de
taxas fixas.
A questão a seguir questionou sobre a percepção dos profissionais
contábeis sobre as principais consequências das alterações introduzidas pela
Resolução CFC nº 1.255/09.
Tabela 12 - Percepção das principais consequências do Pronunciamento
Técnico PME
Principais consequências do Pronunciamento Técnico PME
Frequência Frequência Relativa %
Vantagens na interpretação das informações 6 14%
Vantagens quanto aos resultados apresentados 8 19%
Informações mais detalhadas e confiáveis 26 62%
Tornou o entendimento dos resultados mais complexos
2 5%
Observa-se na Tabela 12 que as principais alterações percebidas pelos
profissionais contábeis participantes da pesquisa, refere-se às vantagens de
interpretação das informações, para 14% dos respondentes, vantagens quanto aos
resultados apresentados para 19%; outros 62% consideraram que a aplicação da
norma proporciona informações mais detalhadas e confiáveis e 5% concordaram
que o entendimento dos resultados se tornou mais complexo.
Outra questão de pesquisa teve como objetivo verificar qual o maior
impacto observado pelos profissionais em relação aos serviços prestados. O
resultado é apresentado na tabela 13.
32
Tabela 13 - Em relação ao serviço prestado, qual o maior impacto observado a
partir do Pronunciamento Técnico PME.
Em relação ao serviço prestado, qual o maior impacto observado a partir do Pronunciamento Técnico PME
Frequência Frequência Relativa %
Custos dos serviços prestados 4 10%
Qualificação dos profissionais 28 67%
Rotinas contábeis 7 17%
Relação com o cliente 3 7%
Conforme observa-se na Tabela 13, os principais impactos observados
para 10% dos respondentes se refere aos custos dos serviços prestados; e para
outros 67% a qualificação dos profissionais contábeis; outros 17% dos participantes
afirmam que se refere a mudança na rotina dos escritórios de contabilidade e 7%
disseram que o maior impacto está na relação com os clientes.
Questionou-se aos participantes em relação à preparação do profissional
para aplicação do CPC PME. Os resultados são apresentados na tabela 14.
Tabela 14 - A classe contábil está preparada para aplicação do CPC PME?
A classe contábil está preparada para aplicação do CPC PME?
Frequência Frequência Relativa %
Sim 2 5%
Não, de 1 a 2 anos 15 36%
Não, de 2 a 3 anos 6 14%
Não, de 3 a 4 anos 14 33%
Não, 5 anos ou mais 5 12%
De acordo com tabela 14, 5% dos respondentes estão preparados para
aplicação da norma, outros 36% não estão, apenas em 1 a 2 anos estarão
preparados; 14% não estão, apenas em 2 a 3 anos estarão preparados, 33% de 3 a
4 anos e outros 12% em 5 anos ou mais estarão preparados para aplicação da
norma.
Diante dos resultados da pesquisa observa-se que a Resolução CFC nº
1.255/09, embora já vigente ainda precisa ser estudada e interpretada, visando sua
33
adoção pelos profissionais contábeis. E embora vigente desde 2010, a pesquisa
demonstrou que nem todos os profissionais contábeis estão cumprindo na íntegra
suas determinações para com o registro e evidenciação contábil, conforme o
Pronunciamento Técnico PME.
34
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado objetivou analisar o conhecimento e aplicação dos
contadores acerca do CPC PME.
Por meio dos procedimentos metodológicos descritos, bem como com o
apoio das bibliografias apresentadas, foi realizada uma pesquisa empírica com o
intuito de evidenciar a concepção dos contadores, de Natal, sobre o CPC PME.
Segundo estudo internacional realizado pelo IASB (2009) quando das
pesquisas para a elaboração do pronunciamento contábil para as PMEs, estas
representam 95% do total das empresas existentes e são parte relevante da
economia dos países. O que justifica que a analise de práticas contábeis a essas
empresas é de extrema relevância.
Para sua realização, foi aplicado um questionário e as respostas obtidas
foram tratadas descritivamente. Teve-se o retorno de 42 questionários válidos e os
resultados foram analisados. Dessa forma, analisou-se se as práticas contábeis
adotadas pelos profissionais contábeis atendem ao Pronunciamento Técnico PME,
bem como, a percepção das principais mudanças para os prestadores de serviços
contábeis do Município de Natal, a partir da Resolução CFC nº 1.255/09.
O resultado demonstrou que 93% dos respondentes são bacharéis em
contabilidade, e 98% dos clientes atendidos pela prestação dos serviços contábeis
se enquadram com PME.
Uma das questões de pesquisa abordou sobre o conhecimento e
entendimento da Resolução CFC nº 1.255/09 pelos profissionais contábeis, as
respostas evidenciam que apenas 10% dos profissionais afirmaram conhecer e
entender o Pronunciamento Técnico PME. No entanto percebe-se, que os
profissionais que dominam alguns aspectos ou conhecem, não os aplica, isso foi
observado em 74% dos participantes.
Quando questionados, quais são as empresas que são aplicáveis o CPC
PME apenas 38% afirmam que é aplicável à empresas que não tem obrigação
publica de prestação de contas e elaboram as demonstrações para fins gerais, e
quanto a obrigatoriedade do pronunciamento técnico a partir de 2010 apenas 29%
elaboram e sabem da obrigatoriedade.
35
Outra constatação se refere à elaboração das demonstrações contábeis,
64% dos profissionais contábeis afirmaram elaborar os demonstrativos conforme o
Pronunciamento Técnico PME, contemplando o Balanço Patrimonial, DRE,
Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido e Notas Explicativas.
Quanto à mensuração dos ativos imobilizados a pesquisa de campo
evidenciou que 19% dos participantes consideram o valor histórico do bem
deduzindo o seu custo já depreciado, 10% afirmaram que contabilizam pelo valor de
custo histórico e 12% mensuram pelo custo original no período da aquisição e pelo
custo menos depreciação acumulada e perdas por redução do valor histórico de
ativos acumulados nos exercícios seguintes. Analisando-se as respostas obtidas,
60% dos participantes estão mensurando o ativo imobilizado adequadamente, com
base no Pronunciamento Técnico PME ou possui o devido conhecimento da norma,
porem não aplica.
Dos participantes da pesquisa apenas 19% reconhecem que os
instrumentos financeiros pelo custo da operação incluindo os custos de transações,
exceto quando constitua uma transação financeira, conforme estabelecido na
Resolução CFC 1.255/09 aplicada exclusivamente as PME.
Questionados sobre o principio essência sobre a forma, dos profissionais
contábeis que colaboraram com a pesquisa, 36%, afirmaram que contabilizam as
transações observando a essência sobre a forma, de acordo com o Pronunciamento
Técnico PME, onde as transações e outros eventos devem ser contabilizados e
apresentados baseando-se na sua essência e não meramente a forma legal.
Quanto à avaliação e reconhecimento dos estoques, conforme a
Resolução CFC nº 1.255/09 os estoques devem ser reconhecidos pelo menor valor
entre o custo e o preço de venda estimado, diminuindo-se os custos para completar
a produção e as despesas com vendas. Por meio das respostas obtidas 50%
atendem ou conhecem está exigência do Pronunciamento Técnico PME.
Atendendo a resolução CFC nº 1.255/09 estabelece que o cálculo da
depreciação deve ser analisado o tempo de vida útil do bem e considerar os
períodos de ociosidade, ou seja, a durabilidade do bem e o período que não é
36
utilizado também precisam ser considerados. É observado que 43% atendem ou
conhecem está exigência.
A pesquisa constatou ainda que principais alterações percebidas pelos
profissionais contábeis participantes da pesquisa, quanto à adoção do
Pronunciamento Técnico PME, refere-se obtenção de informações mais detalhadas
e confiáveis, todavia ressaltam impactos percebidos quanto as rotinas contábeis dos
serviços prestados, a necessidade de qualificação dos profissionais contábeis e que
a classe contábil estará preparada para aplicação do CPC PME num período de 2
anos ou mais.
Fatores de limitação do estudo, pois, a pesquisa não identificou fatores
inibidores à adoção do CPC PME, como, por exemplo, o custo-benefício da
implantação.
Já entre as contribuições que se espera alcançar com este estudo
destacam-se os aspectos voltados à conscientização do profissional contábil, do
Município de Natal, e à discussão sobre os fatores motivadores à adoção do CPC
PME.
Diante dos resultados da pesquisa observa-se que a Resolução CFC nº
1.255/09, que regulamenta o Pronunciamento Técnico PME, embora vigente desde
2010 para a contabilidade das PME, ainda não possui adoção integral pelos
profissionais contábeis do Município de Natal. A pesquisa evidencia pontos de
conhecimento dos profissionais contábeis bem como a necessidade de qualificação
profissional visando o entendimento desta Norma.
Recomenda-se novos estudos que contemplem maior abrangência da
amostra, visando compreender quais são as dificuldades da adoção, de cada
sessão, haja vista que na pesquisa realizada 74% dos participantes possui algum
conhecimento da norma, porém como foi verificado não há aplicação integral das
práticas contábeis conforme exigências do Pronunciamento Técnico PME.
.
37
REFERÊNCIAS
FAVARIN, Matheus Carlo. Um Estudo Sobre Os Estágios De Adoção Do Cpc Pme
Sob A Óptica Da Teoria Institucional. 2012. 88f. Dissertação (Mestrado em
Controladoria Empresarial) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo,
2012. Disponível em:
<http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/PUBLIC/UP_MACKENZIE/servicos_educac
ionais/stricto_sensu/Ciencias_Contabeis/Dissertacoes/Matheus_Carlos_Favarin.pdf>
. Acesso em 26/10/2012.
LIMA, Alexandrine Costa De Albuquerque; ALMEIDA, Suênia Graziella Oliveira De;
Et al. Adoção das IFRS no Brasil: Um Estudo Empírico sobre a Percepção dos
Auditores Fiscais da Receita Federal. Disponível em:
<http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos132013/87.pdf>. Acesso em
09/10/2013.
PRADO, Thiago Alberto Dos Reis; TEIXEIRA, Bruno Ricardo; Et al. A UTILIZAÇÃO
DO PRONUNCIAMENTO DO CPC PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS:
um estudo nas cidades de Araguari, Uberaba e Uberlândia – MG. Disponivel em:
<http://www.ead.fea.usp.br/semead/14semead/resultado/trabalhosPDF/149.pdf>.
Acesso em 16/11/2013
ROWER, Gerson Roberto; BORDIGNON, Andrea Carla; KRUGER, Silvana Dalmutt.
Contabilidade Para Pequenas E Médias Empresas: uma análise das práticas
adotadas pelos profissionais contábeis. 12º Congresso USP de Controladoria e
Contabilidade, São Paulo/SP 26 e 27 julho de 2012. Disponível em:<>. Acesso em:
08/11/2013
International Federation of Accounts. Apoio Da IFAC a Um Conjunto Único De
Normas De Auditoria: Auditorias De Entidades De Pequeno E Médio Porte.
Disponivel em:
<http://www.ibracon.com.br/downloads/pdf/policyPositionPaper_2_Final.pdf>.
Acesso em: 17/12/2013.
38
Deloitte. IFRS para PMEs ao seu alcance 2011: Um guia para o amadurecimento
dos conceitos do padrão contábil global. Disponivel em:
<http://www.deloitte.com.br/publicacoes/2007/Pocket_PME.pdf>. Acesso em:
17/12/2013.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDAE. RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.255/09.
prova a C – Contabilidade para Pequenas e dias mpresas.
isponível em .cfc.or .br sis eb sre docs .doc >. Acesso em:
04/09/2013
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDAE. RESOLUÇÃO CFC Nº 1.055/05. Cria
o COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – (CPC), e dá outras
providências. Disponivel em:
<http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1055.doc>. Acesso em: 21/10/2013.
BRASIL. Presidência da República. Lei complementar 123, 14 de dezembro 2006.
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera
dispositivos das Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1º de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001 , da Lei
Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nº 9.317, de 5 de
dezembro de 1996 , e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponível em:
<http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.h
tm>. Acesso em: 04/09/2013
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 11.638 de 27 de dezembro de 2007.
Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº
6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte
disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11638.htm> Acesso em 04/09/2013.
40
APÊNDICE A - Questionário
Contabilidade para pequenas e médias empresas: um estudo
sobre a percepção dos contadores de Natal acerca do
CPC/PME
Prezado (a) respondente, sou Oscar Medeiros Amorim, Graduando do Curso de Ciências
Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. No momento, realizo um
estudo que objetiva identificar a percepção dos contadores de Natal acerca do
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO PME – CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E
MÉDIAS EMPRESAS, com a finalidade de identificar as práticas adotadas pelo contador
Natalense atende adoção do Pronunciamento Técnico pelas Pequenas e Médias empresas de
Natal, tendo como orientadora a Profª. Mst. Joana Darc Medeiros Martins.
Assim sendo, peço-lhe especial atenção em responder o questionário, cujo tempo estimado de
05 a 07 minutos.
Por fim, ressalto que a identidade dos respondentes será mantida em sigilo e que os dados
coletados serão tratados estatisticamente.
Agradeço antecipadamente sua participação.
Oscar Medeiros Amorim
*Obrigatório Formação Acadêmica *
Técnico em Contabilidade
Bacharel em contabilidade
Mestre em contabilidade
Mestre em áreas afins a contabilidade
Nível médio de faturamento anual das empresas atendidas com a prestação de serviços contábeis *
até 3.6 milhões
entre 3,6 e 48 milhões
acima de 48 milhões
Conhecimento do conteúdo do CPC PME *
Tem conhecimento de todo o conteúdo do CPC PME
Familiarizado com as determinações, mas desconhece sua íntegra
Domina apenas alguns poucos aspectos do pronunciamento
Apenas ouviu falar ou leu algo a respeito
41
Desconheço o Assunto
Elaboração das demonstrações contábeis de acordo com o Pronunciamento Técnico PME * Na elaboração das demonstrações contábeis observa-se:
Empresas que não tem obrigação pública de prestaçãode contas e elaboram demonstrações
para fins gerais
Empresas com papéis negociáveis no mercado de ações
Todas as empresas
Nenhum das alternativas
Elaboração das Demonstrações Contábeis e conhecimento dos profissionais contábeis quanto à obrigatoriedade do Pronunciamento Técnico PME a partir de 2010 *
Elaboro e sei da obrigatoriedade a partir do exercício 2010
Sei da obrigatoriedade, mas adoto somente algumas alterações
Sei da obrigatoriedade, mas não elaboro as demonstrações de acordo com o Pronunciamento
Técnico PME
Não sei da obrigatoriedade, portanto, não adoto as exigências do Pronunciamento Técnico PME
Quais as demonstrações contábeis elaboradas para as PMEs *
Balanço Patrimonial e DRE
Balanço Patrimonial, DRE e Demonstração dos Fluxos de caixa
Balanço Patrimonial, DRE, Demonstração dos Fluxo s de caixa, Demonstração do Resultado
Abrangente, Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido e Notas Explicativas
Não são elaboradas nenhuma destas demonstrações
Quanto à mensuração dos ativos imobilizados *
Considera o valor histórico deduzindo o custo depreciado
Reconhece apenas pelo valor histórico
Considera o menor valor entre o valor contábil e o valor histórico
Mensura inicialmente pelo custo original, e nos exercícios seguintes, pelo custo menos
depreciação acumulada e perdas por redução do valor histórico de ativos acumulados
Quanto ao reconhecimento dos instrumentos financeiros *
Valor justo ou valor de mercado
Custo da operação
Inicialmente pelo valor justo de mercado e posteriormente pelo custo da operação
Nenhuma das alternativas
Com relação a contabilização das operações de acordo com o princípio da essência sobre a forma *
Obedecendo a forma legal
Analisando a realidade
42
De acordo com sua essência
Nenhuma das alternativas
Quanto ao reconhecimento dos estoques adota: *
Menor valor entre o custo e o preço de venda estimado
Pelo valor de custo histórico
Pelo preço de venda estimado
Menor valor entre o custo e o preço de venda estimado,deduzindo ainda as despesas
ocasionadas pela venda
Critérios de depreciação dos itens do ativo imobilizado *
considerando um tempo estimado fixo para cada grupo de ativo imobilizado
A contabilização da depreciação inicia quando o bem entra em operação até o final de sua vida
útil, independente se o item estiver ocioso no período.
A contabilização da depreciação inicia quando o bem entra em operação até o final de sua vida
útil, analisando o período de ociosidade do bem no período
Nenhuma das alternativas
Principais consequências do Pronunciamento Técnico PME *
Vantagens na interpretação das informações
Vantagens quanto aos resultados apresentados
Informações mais detalhadas e confiáveis
Tornou o entendimento dos resultados mais complexos
Em relação ao serviço prestado, qual o maior impacto observado a partir do Pronunciamento Técnico PME *
Custos dos serviços prestados
Qualificação dos profissional
Rotinas contábeis
Relação com o cliente
A classe contábil está preparada para aplicação do CPC PME? *
Sim
Não, de 1 a 2 anos
Não, de 2 a 3 anos
Não, de 3 a 4 anos
Não, 5 anos ou mais
Recommended