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Vitiligo e psicossomática

Roberto Azambuja Hospital Universitário de Brasília

Vitiligo é o paradigma de dermatose psicossomática.

Psicossomática

É uma ciência interdisciplinar que integra diversas especialidades da medicina e da psicologia para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre os processos orgânicos e sobre o bem-estar das pessoas.

Doença psicossomática

É a manifestação no físico de uma perturbação situada na esfera emocional da pessoa.

Psicossomática e psicanálise

Os estudos iniciais da psicossomática se apoiaram nas observações e nas explicações da psicanálise. Não havia comprovação física.

Psiconeuroimunologia Robert Ader, 1970

É a ciência que tem demonstrado como mente, emoções, sistema nervoso e órgãos formam um todo indivisível no qual cada parte se comunica com todas as outras partes permanentemente.

Estresse e vitiligo Observações clínicas

Observações da evolução clínica de pacientes com vitiligo indicam que:

• Estresse dificulta a reação ao tratamento

• Eventos estressantes despigmentação de áreas repigmentadas • Fato traumático desencadeamento de vitiligo.

Fatores desencadeantes do vitiligo Pesquisa

• 630 pacientes consecutivos de vitiligo da clínica privada • Sexo masc. 288 (45,71%), sexo fem. 342 (54,28%) • Faixa etária:0-80 anos • Período: 2/1/2008 – 4/3/2011 • Pesquisa anamnéstica sobre possíveis fatores antecedentes à instalação do vitiligo • Fatores pesquisados: ocorrência em familiares de 1º e 2º grau traumatismos da pele queimaduras luz solar traumas emocionais

Fatores desencadeantes do vitiligo Resultado geral

Desconhecido 311 49,365% Estresse pós-traumático 157 24,920% Familiar 73 11,587% Traumatismo físico 67 10,634% Luz solar 16 2,539% Queimaduras 6 0,950% Total 630 99,995%

Fatores desencadeantes do vitiligo. Fatores identificados

Estresse pós-traumático 157 (49,216%) Familiar 73 (22,884%) Traumatismos físicos 67 (21,003%) Luz solar 16 ( 5,015%) Queimadura 6 ( 1,880%) Total 319 (99,998%)

Fatos estressantes relacionados ao início do vitiligo - 1

Perdas (familiares, materiais) 16 Separação 13 Doença grave em familiar 11 Conflitos e insatisfação no trabalho 10 Problemas familiares 10 Relacionamentos conturbados 7 Provas, concursos, vestibulares 6

Fatos stressantes relacionados ao início do vitiligo - 2

Outros: separação dos pais eventos de trânsito dificuldades financeiras nascimento de irmão ou irmã prisão do pai problema pessoal de difícil solução susto enorme crise de ciúme medo muito forte afastamento de pessoa significativa (saudade).

Teoria genética e epigenética

Genes dominantes (ligados)

Vitiligo familiar

Genes recessivos (desligados)

Fatores ativadores externos e internos

Vitiligo em casos isolados

Fatores de influência epigenética

A COMUNICAÇÃO MENTE-CORPO

Evento

Sistema de crenças

Pensamentos facilitadores/ limitantes

Córtex cerebrais

Centros cerebrais

Diálogos internos Representação interna (visual, auditiva, cinestésica)

Sistema límbico-hipotalâmico

Bioquímica (neurotransmissores, neurormônios, neuropeptídios)

Receptores

Emoções

Reação de relaxamento Reação de estresse

Imunoativação Imunodepressão

Saúde/ cura Doença

Tratamentos para o vitiligo

Medicamentos Radiações Manejo do estresse Psicoterapias Autoajuda

Método de autoajuda

Liberação Autoestima Visualização Afirmações

Liberação e autoestima

1. Eu, (nome), decido me desfazer da necessidade mental e emocional que

criou este distúrbio no meu físico.

2, Apesar de esse distúrbio ainda estar comigo eu me aceito e me respeito

profunda e completamente.

Visualização

1. Criar sua imagem com a pele curada.

2. Colocar no seu futuro.

3. Deslocar-se para lá.

4. Ver o que vai ver,

ouvir o que vai ouvir,

sentir o que vai sentir

como se já fosse realidade.

Afirmações

Agora, liberto conscientemente qualquer padrão

mental dentro de mim, que possa, de alguma

forma, expressar-se como distúrbio físico.

Eu ativo o centro de plena potencialidade do

meu inconsciente para colocar em ação todos os

recursos curativos para o meu bem.

Conclusão

Todo tratamento deve ir às origens

do distúrbio em outros níveis, fora

do físico.

À pessoa afetada compete assumir

o controle dos fatores individuais,

que não são atingidos pelos recursos

médicos.

Roberto Azambuja

rda@yawl.com.br

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