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MURO02

ContosCinemaFotografiaMúsicaNotíciaPoesia

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O “depoimento” inéditode Scooby Doo .............................................................6Cães-polícia são funcionáriospúblicos na Noruega ...............................................8Psicologia Canina .....................................................8Portefólio .....................................................................10Simbolismos ..............................................................18O Muro ........................................................................... 20O Anarquismo na Nova Tecnologia ............... 24Depois do Cinema ..................................................30

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Parece que andam aí piratas. Liga-se o telejor-nal para fazer de companhia enquanto se pre-para o refogado e o que se ouve são histórias de barcos atracados em alto mar, de tiros de aviso e de resgates milionários. Vamos a correr de pano na mão, cheio de molho de tomate, e em vez de papagaios, palas e pernas de pau vemos gente a repetir palavras que ouviu repetidas noutros noticiários “do estrangeiro”, vemos anúncios a batatas fritas Pala-Pala e a gelados da Olá. Espe-ramos uma fotografia do pirata já sem espe-rança de ser nos devolvida a imagética de infân-cia e encaramos seres muito jovens, magros, belíssimos mas com ar miserável, armados com kalashnikovs, sempre sedentas, sempre resis-tentes à agua. Rimos das poses de renegados que os novos cães dos mares fazem perante a câmara e corremos para o fogo, que está a chei-rar a queimado. Por milésimas de segundo até pensamos serem as gigantes grutas, cheias de ouro e diamantes e tesouros ainda maiores a serem atacadas pela armada da Rainha, que apenas apoia os piratas do seu reinado: mas não, é mesmo o refogado, vamos ter de acres-centar agua e vai ficar um nojo... O cozinhado desta edição vai saber bem melhor: para a maioria de nós civis o melhor amigo do homem não é o papagaio, e o cão está longe de esgotar as potencialidades que a nossa imaginação tem para lhe associar. Vamos então tirar alguns minutos para ler as curiosi-dades da Mara sobre novas formas de ver o nosso quatro patas, desde testemunhas-chave em casos de polícia complicados como polícias caninos em situações complicadas. Caso o stress se acumule, nada como uma ida ao psi-cólogo para reflectir.

A Maria Kowalski oferece alguns exemplos do seu muito interessante portfólio, aquela palavra ingrata que persegue os designers, oferecendo-nos novas leituras sobre o sagrado e adereços de muito bom gosto, entre outros trabalhos. Exige-se visita imediata ao seu blog mariakowalski.blogspot.com, onde podemos ver com olhos de profissional ou de mero via-jante o nascimento de um novo talento. Viramos a página/rolamos o rato e o mundo torna-se branco e vertiginoso. A Teresa faz do exacto momento em que acordamos um rito de passagem à idade adulta, que inclui uma desconcertante mas estranhamente familiar viagem ao mundo dos espíritos, onde “não existem apagadores, só pó”. Com um sorriso, crescemos com ela.

O André manda-nos idéias semi-soltas, obri-ga-nos no entanto a pegar no bloco de notas: por momentos, vamos imergir-nos num mundo realmente diferente, rejeitar o exótico da con-tra-cultura e absorvê-lo como SABER. Fechamos com uma semi-ida ao cinema, desta feita com o primeiro trabalho de direcção do grande Nicolau Breyner. Se em vez de “grande” dissermos “longo”, estaremos mais próximos do que o Pedro tem para dizer sobre este desperdí-cio de celuloide. Um perfeito texto acompa-nhante para quando o filme sair em DVD e qui-sermos surpreender os nossos amigos com cinema de qualidade...

Se algum conteúdo do muro vos parecer estranho, deslocado, pedante, agreste: lem-brem-se que, dizem, andam por aí piratas...

editoriALMiguelSimões

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O caso que passo a relatar pode não parecer mas corresponde à

realidade, um julgamento em França que pode estar nas “patas”

de uma testemunha diferente do habitual, um cão. O animal foi

“ouvido” no caso para reforçarem a tese do assassinato da sua dona, uma

mulher de 59 anos encontrada enforcada no seu apartamento em

Nanterre, nas proximidades de Paris.

O juíz do caso confrontou um possível suspeito com o cão, que terá sido a única

“testemunha” ocular do crime, no sentido de apurar mais elementos para a investigação.

O “depoimento” do cão apelidado pela comunicação social de Scooby Doo (cão

detective dos desenhos animados) realizou-se com o apoio de dois psicólogos que

analisaram as manifestações de comportamento do cão que teria latido frente a

um dos suspeitos do crime.

No entanto, a defesa do réu diz que o testemunho de Scooby não é credível,

sob o argumento de que os dois anos e meio após a morte da dona

correspondem a 17 anos na vida de um cão, o que poderia comprometer a sua

memória do incidente. O julgamento ainda continua sem fim previsto.

Scooby é o primeiro animal do mundo a participar num processo judicial,

teremos cães destes em Portugal…?

by: Mara

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Contrariamente ao que se julga, os psicólogos de cães existem mas as consultas diferem das consultas de psicologia destinadas aos humanos. Na consulta a um paciente canino, o profissional procura decifrar o pro-blema comportamental do cão, pelos latidos excessivos, agressividade e auto-mutilação. As pessoas descre-vem situações que designam como anormal no comportamento do cão e revelam as suas tentativas para solucionar o problema.

Assim que compreende o pro-blema e as atitudes das pessoas frente ao mesmo, o profissional explica o que de facto se passa e o que deve ser feito. O especialista aconselha novos comportamentos e atitudes para os humanos, pro-curando alterar indirectamente o comportamento do animal. A par-tir do momento em que apren-dem como agir, ocorre na maioria das vezes uma mudança positiva no comportamento do cão.

As consultas geralmente realizam-se no local onde o problema ocorre, habitualmente na casa onde vive o cão sendo importante a colaboração e participação das pessoas que normalmente interagem com ele, fornecendo assim dados sobre o comportamento do animal na busca pela solução do problema.

by: Mara

O Supremo Tribunal da Noruega deliberou que os cães-polícia passariam a ser consi-derados funcionários públicos, levando a que qualquer agres-são sobre os agentes caninos fosse punível como se tratasse de um agente policial humano. Na origem desta decisão esteve uma ocorrência a 19 de Maio de 2007, quando um homem assaltou uma casa na cidade de Bergen e foi perse-guido pelo cão-polícia Vera. Quando já se encontrava no chão a ser algemado, o assaltante atingiu o pastor-alemão.

O homem foi condenado pela tentativa de roubo, mas ignoraram o ataque a um funcionário público (cão). Estes veredictos foram recentemente alterados pela decisão do Supremo Tribunal e o arguido arrisca-se a uma pena de prisão de três anos. Portanto, res-peito pela autoridade senão...

PSiCOlOgiA CANiNACãeS-POlíCiA SãO fuNCiONáriOS

PúbliCOS NA NOruegA

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PortefólioPortfólioPortfólioPortfólio

PortfólioPortfólioPortfólioPortfólioPortfólio

Ilustração Pássaro

Ilustração Rita

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Maria Kowalskihttp://mariakowalski.blogspot.com/

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ArtesCénicas

A Cidade

PortefólioPortfólioPortfólioPortfólio

PortfólioPortfólioPortfólioPortfólioPortfólio

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Maria Madalena

Pieta13

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Light Design 1

Light Design 2

PortfólioPortfólioPortfólio

PortfólioPortfólioPortfólioPortfólioPortfólio

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Light Design 3

untitled

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PortefólioPortfólioPortfólioPortfólio

PortfólioPortfólioPortfólioPortfólioPortfólio

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Ilustração Plantas

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SimbolismosNada no rio de sangue de lágrima que por ti choreiDiverte-te com esse conto de fadas onde já fui rei

Não há rancores, ódios, ou seja o que forDa mesma maneira que não há maneira de provocares dor

‘O amor é fogo que arde sem se ver já dizia CamõesAgora é o que Simboliza que diz‘O amor é a mais real das ilusões

É sonhares acordado, com alguém ao teu ladoÉ achares que está certo e ter certesa que é errado

Amor é doença que se alastra a todos de alguma maneiraÉ ver o que há para ver e fingir cegueiraAmor é amor, seja qual for a definição

É o frio que te aquece com luz de escuridão

Tão sozinho e solitário, sofrido sem direcçãoCair e levantar sem darem uma mão

Enterrar no buraco, buraco que eu próprio caveiEnterrar todos aqueles sonhos que um dia sonhei

Deixar para traz tudo o que foiDeixar para traz o que podia ter sido

Deixar para traz tudo o que foi lembradoDeixar para traz tudo o que foi esquecido

Por um momento apenas gostaria de voltarPor um momento apenas gostaria de correrPor um momento apenas poder-te abraçar

Por um momento apenas poder te verMas não posso, está enterrado

Enterrado o nosso passadoEnterrei o que passei e gostei a teu ladoGostava de te poder ter mais uma vezDe te poder dizer o que não consegui

De arriscar sem porquêsDe sentir o que não senti

Lenços brancos de despedida limpam lágrimas de alegriaLágrimas não de um ‘adeus’ mas de um ‘até um dia’

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Aquela dor que dói mas que tu queres que doaAquela bela melodia por tão mal que soa

Aquele arrepio que te arrepia a espinhaAquele que te acompanha quando estás sozinha

Aquela mão que te arranha e te deixa marcadaAquele que te odeia e por quem és amada

Aquele frasco de perfume que perdeu o cheiroAquela furia do mar num pequeno ribeiro

Aquele Inferno de onde se vê o ParaísoAquele golpe que não podia ser mais preciso

Aquele que nunca te vai deixar por mais que possas crer

Aquele que foi tudo mas que já não volta a serAquele mundo sem ti onde aprendi a viver

by: Simbolizante

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O Muro

As gotas de chuva são lágrimas do céu, choradas por milhares

de pessoas que já nos deixaram. Umas boas e outras más, daí

é que vem a chuva ácida. Mas se a chuva são lágrimas, aquele

muro para o qual olho não passa de um rosto pelo qual rolam as

lágrimas.

É estranho, porque as lágrimas são quentes e grossas, são

bonitas gotas que provém do interior humano. Mas quando a chuva

é miudinha, são lágrimas fininhas e melosas, que humidificam mais

do que molham e isso talvez seja normal dado que são lágrimas

de espíritos.

Os espíritos não têm corpo, são etéreos, a sua falta de

matéria, de carne, de sangue ou de corpo fazem com que as suas

lágrimas não sejam tal belas como as nossas.

Mas continuo olhar para o muro e o muro continua a olhar para

mim, bem de frente ele olha altivo para esta pessoa pequena que

sou.

Apesar de ser pequena consigo transpô-lo, posso

trepá-lo, ou trepava se hoje os espíritos não

tivessem resolvido chorar tanto.

As suas lágrimas

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protegem o

muro que goza por eu

não conseguir trepá-lo como faço todos

os dias, mesmo quando tenho medo de uma ou outra

lagartixa que gosta de apanhar Sol.

Querido e adorado Sol. Por onde andas tu? Já há tempo demais

que não te sinto beijar o meu corpo, que não te vejo magoar

os meus olhos, que não brinco com a minha sombra que este mau

tempo me roubou.

Já nem me lembro de ter sombra, e eu tinha sombra. O muro

lembra-se dela. A minha sombra brincou muitas vezes contra o

muro, corria sobre ele e trepava mais depressa do que eu. Agora

nem sombra tenho. Talvez os meus poderes viessem do Sol, talvez

só consiga ser forte contra o muro se houver um motivo que me

faça sorrir.

Lembro-me tão bem de ser pequena demais para o trepar, continuo

pequena mas agora já o venço, quer dizer, quando tenho o Sol

para me ajudar.

Estou tão farta da chuva e do muro, este obstáculo que tenho á

minha frente.

Mas se não posso trepá-lo, se chove tanto, posso sempre tentar

sentar-me em frente a ele e imaginar o que desejar. Posso até

imaginar a minha sombra contra o muro.

Minha querida sombra, por certo da próxima vez que te vir

estarás tão crescida, tão diferente que vou pensar que não és

tu.

Então olhei para o lado e deitado no chão estava o corpo de um

menino gordinho de cabelo claro.

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Aquele que se sentava na mesma carteira que eu no sexto ano.

Olhou para mim com o seu olhar de morto. Da boca saíam gritos

em sussurros e tinha as mãos sujas de pó de apagador. O pó era

vermelho como pó de tijolo, era sangue solidificado com que

tinha escrito o seu nome no muro.

Como ele gostava de limpar o quadro, pedia sempre às

professoras para o fazer no final das aulas.

Gosto estranho, mas era um prazer da vida que já não vai voltar

a poder ter.

No mundo dos espíritos não existem apagadores, só pó.

Percebi que as lágrimas que humidificavam o muro também eram

dele.

Levantei-me e de repente já não precisava de sombra e o muro

tinha ficado tão mais pequeno.

Não passava de uma pequena saliência no chão. Eu tinha crescido

mais do que o muro.

Não existiam barreiras, conseguia ultrapassá-las.

Existem tantas coisas que nos podem fazer voar por cima destes

muros, a saúde, o amor, o carinho o prazer de viver e de estar

vivo são armas poderosas contra a muralha do negativismo.

Escrevi este texto numa folha amarela e colei-o por todos os

muros existentes no mundo. Todos ruíram, todos tombaram, um a

um, e eu vi finalmente o Sol, aquele que consegue brilhar na

noite mais escura, aquele que me faz sorrir mesmo à chuva.

O Sol abriu-se e transformou-se no teu sorriso…

by:Teresa Nascimento

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Contactos para Festas e Eventos AQUI

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1. Neuromancer de William Gibson. O termo Cyberpunk provem da corrente de ficção científica que esta obra gerou.

2. Nos anos 80, ainda antes do Neuroman-cer, em 81, tínhamos a obra-prima cha-mada de Blade Runner e que veio inspirar o Cyberpunk com igual pujança. Até, uma década a seguir, o Exterminador 2, no seu conceito, e hoje em dia temos o Matrix! São os mais famosos.

O Anarquismo na Nova Tecnologia (o surgimento do Cyberpunk)

3. A moda Cyberpunk é o desperdício de criatividade dos que poderiam ser Cyber-punks, cujo físico e estética se encontra entre os mundos, no grande Totem cha-mado computador.

4. Um Cyberpunk, anarquista infiltrado, depois de acabar a universidade plantava uma bomba-vírus, quebrando as paredes dos quartéis do poder privado.

“a consensual hallucination experienced daily by billions.”

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5.www.well.com/~hlr/vcbook/vcbookbiblio.html

6. O Ninjitsu já passou à história, agora o novo “Modo Silencioso” é dos japoneses otakus.

7. Eu como sou gótico e atrasado, ainda sou amigo dos golems e do Frankenstein, será que esta na altura de redefinir o Raio?

8. http://www.eff.org/

9. O Anjo é um Puer Aeternus de consciência idosa, e o Cyberpunk é um lógico que sofre do síndroma de Peter Pan. O erro de J. M. Barrie foi ter posto o pirata no lado errado.

10. Será o Social Engeneering o futuro Grande Olho cuja luz descobre todos os vermes para todos os olhos? O Homo Veritas em convulsão no seu ovo.

11. http://www.planetanews.com/autor/MICHEL%20MAFFESOLI

12. Lenin definia a modernidade como a electricidade e as mentes soviéticas. Diga-se da pós modernidade “informatica e esoterismo”!

13. Tudo começou com os Phreaks, os piratas das linhas telefónicas, aqueles designados a roubar a tecnologia do con-trole estatal e do controle industrial como Prometeus deu a Chama ao homem. Os hackers são os phreaks dos computado-res, e o Cyberpunk o movimento social e cultural do seu produto.

14. André Breton escreveu: «A vida ver-dadeira está ausente, já dizia Rimbaud. Este será o instante a não deixar passar para a reconquistar. Em todos os domí-nios, eu penso que será necessário apor-tar a esta busca toda audácia de que o homem seja capaz.» E Breton acres-

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centa: «Fé persistente no automatismo como sonda, esperança persistente na dialética (aquela de Heráclito, de Mestre Eckhart, de Hegel) para resolução das antinomias que desafiam o homem, reco-nhecimento do acaso objectivo como índice de reconciliação possível dos fins da natureza e dos fins do homem aos olhos deste último, vontade de incorpora-ção permanente ao aparelho psíquico do humor negro que, a uma certa tempera-tura pode ter o papel de válvula, prepara-ção da ordem prática a uma intervenção sobre a vida mítica, que, na maior escala, figura de limpeza. »

15. Michel Zeraffa tentou resumir assim a teoria de Breton: «O cosmos é um cripto-grama que contém um decriptador: o homem.»

16. Wiener, pai da cibernética, juntou a física probabilística, a filosofia e a neuro-logia num só. Ele falava de quantida-de, hoje o Cyberpunk fala de qualidade.

17. Primeiro a informática era res trita a projectos militares, e primeiro era utilizada para estruturar e organizar. Depois de Wiener começou a revolução do micro-computador, a partir daqui o computa-dor acessível ao indivíduo, então como instru mento íntimo de lazer, depois, com a Deusa Internet... cada um de nós pode conquistar o mundo. A Mente é o Caduceu, o Computador o Espelho Mágico.

by:Andre Consciencia

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100% wrestling, 0% trapalhice

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100% wrestling, 0% trapalhice

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Bom, para mim, dizer que o filme é mau, é um elogio.. Já é um elogio chamar a isto um filme português, feito pelos nossos, e que envergonha tanta outra sétima arte lusa como "Aquele Querido Mês de Agosto" ou "A Outra Margem".

Ainda estou para perceber como é que alguém não se apercebeu da asneira que fez ao rodar aquele filme, como é que na ante-estreia puderam dizer que o filme é óptimo e que Ni-colau Breyner tem uma brilhante es-treia na realização... Não tem não, é bom que volte à representação onde já é tão monótono, mas ainda assim, bom. Mas vou agora ser mais espe-cífico:

Cláudia Vieira disse numa entrevista, e toda cheia de orgulho, que o filme foi feito em 24 dias. É que ela própria mostra neste filme a sua escola repre-sentativa feita "à pressa", a sua escola "Morangos com Açúcar". Já Pedro Lima, mostra aquilo que é, um actor pouco versátil, sempre com a mesma cara, com os mesmos gestos, com as mesmas reacções, uma "seca" portanto. Sofia Apa-

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rício confirma que nunca devia ter optado por uma carreira de modelo e de representação. Eu cá não per-cebo muito de moda, mas tendo em conta o que ela faz neste filme.. Bom, chamar-lhe actriz é um erro. No en-tanto, uma medalha de ouro para as prestações de Vítor Norte, José Rapo-so, Nicolau Breyner, José Wallenstein e para a menina com Trissomia 21 que encantou o público. O problema é que as participações destes actores foram curtas, quando comparadas com o protagonismo (mal) atribuído a outros actores.

Quanto à história, simplesmen-te horrível de tão previsível que era. Um argumento fraquissimo, diálogos com deixas fora de tempo, interpreta-dos com pouco ênfase pelos actores, uma história repetida e que desiludiu, e muito. A banda sonora tem poucas

músicas. A principal é bastante boa, muito bem composta, mas a forma como é aplicada no filme é ridícula, o que deita tudo a perder. O filme é grande, é um sofrimento.. Nunca mais acabavam aquelas duas horas que retratavam uma produção de 24 dias feita à pressa, feita sem jeito nem dedicação. Quanto à realização de Breyner, volto a sublinhar que foi um fracasso, tendo em conta que todos os fracassos referidos anteriormente só terem acontecido com aprovação do realizador. Positivo apenas o facto de ter conseguido transmitir aquilo que pretendia, a ética e a moral entre a Máfia, mas de facto, é uma ideia re-petitiva e gasta. A tentativa de "ameri-canizar" o filme é triste, não façam isto outra vez, a sério.

Sei que está muita gente a afluir às salas para ver este filme, sei que

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muitos dizem estar muito bom. Mas por favor, vamos ser sinceros e es-quecer que o filme é português, passar à frente, ao "Second Life" que vai levar com público muito mais exigente e chateado devido a este fracasso, apoiado claro, pela TVI, que consegue sempre ser o apoio das melhoras coisas... Mas isso agora são outras conversas.

EXAME:

Realização: 3/10Actores: 3/10Argumento/Enredo: 1/10Banda Sonora: 3/10Duração/Conteúdo: 1/10Transmissão da principal ideiado filme para o espectador: 2/10

MÉDIA GLOBAL: 2,3/10

Informação

Título original: ContratoAno: 2009Realização: Nicolau BreynerActores: Cláudia Vieira, Pedro Lima, Nicolau Breyner

by: Pedro Gonçalves

depoisdocinema.blogspot.com

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