“A Cooperação e a Formação como Factores de Competitividade dos Portos de Língua...

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A segunda sessão plenária do IV Encontro de Portos da CPLP, que decorreu na cidade cabo-verdiana do Mindelo, a 17 e 18 de Novembro de 2011, teve como tema central “A IMPORTÂNCIA DA COOPERAÇÃO E FORMAÇÃO NO ESPAÇO CPLP”.Nesta sessão, o Mestre Manuel Pinheiro, Coordenador do Centro de Políticas Estratégicas do Gabinete do Primeiro Ministro de Cabo Verde , apresentou aos participantes a comunicação “A Cooperação e a Formação como Factores de Competitividade dos Portos de Língua Portuguesa”.Publicamos o powerpoint de suporte à apresentação.

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Alaska Asia

Indian sea

A Cooperação e a Formação como Factores de Competitividade dos

Portos de Língua Portuguesa

Manuel Pinheiro

Mindelo, 17 de Novembro

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Quem somos e Onde estamos?

A Comunidade dos Países da Língua Portuguesa é um grande espaço de encontro de aspirações a um desenvolvimento sustentado para povos que falam a mesma língua, tem uma história comum que os condenou a serem solidários e darem um contributo de valor ao desenvolvimento da humanidade, começando pelas suas próprias comunidades.

Continuação…Cabo Verde e Guiné-Bissau situam-se num grande

espaço físico, humano e económico que é a CEDEAO Comunidade Económica para o Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental ( 250 Milhões de habitantes)

Em particular, no quadro da CEDEAO vimos procurando encontrar mecanismos e meios de estreitamento das nossas relações de cooperação, sendo também é sabida a disponibilidade dos nossos países no sentido de possibilitar entendimentos UE/CEDEAO, num espaço onde também se jogam outras duradouras presenças europeias.

Continuação….No particular de Cabo Verde há ainda a

realçar o espaço de países insulares da Macaronésia em que pautuam especificidades comparativas, com potencial de exploração de relações económicas no âmbito das regiões periféricas da UE.

Continuação….S. Tomé e Princípe encontra-se encravada

nas potencialidades da CEEAC – Comunidade Económica dos Países da África Central, cuja situação geográfica comparativa detém todos os ingredientes para se transformar num potencial de competitividades desde que fortalecidas as energias e recursos no âmbito dos PALOP. Veja-se, pois, a ponte logística aérea que já liga Cabo Verde a Luanda.

Continuação….Angola, Moçambique e Brasil estabelecem pontes com

as Américas e também com outro grande país emergente, a Índia, abraçando a África Austral em que se insere outro grande país emergente, a África do Sul.

Não nos esqueçamos de Goa, Damão e Diu, cujos falantes da língua portuguesa podem constituir uma grande mais valia para prósperas relações económicas com a Índia no quadro da SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral;

Brasil no âmbito do MERCOSUL – Mercado Comum do Sul e a sua afirmação como potencia emergente;

Continuação…Portugal inserido no grande espaço europeu

de vocação maritima;

Portugal é uma voz activa junto dos países da UE, na projecção que desejamos cada vez maior em vários domínios de uma cooperação ampla e duradoura, devendo desempenhar um papel maior no desenho e estabelecimento de um novo quadro relações entre dos países da CPLP com a Europa, com ganhos para todas as partes.

Continuação….Timor Leste encontra-se no sol nascente de

grandes economias emergentes que, certamente, oferecerão oportunidades a não desperdiçar, podendo por isso ser uma grande ponte de relações comerciais com os países irmãos da língua portuguesa noutros espaços geo-económicos, propiciando assim uma cooperação fundamental para uns e outros, no quadro de uma nova ordem económica internacional que se desenha para os próximos tempos.

Continuação….Em ordem a desenvolvermos e conquistarmos

novos espaços de cooperação e de relações comerciais, devemos ter em conta a grande mais valia que Macau, com os seus 538.000 habitantes, pode significar para os nossos países como importante entreposto nas relações económicas e comerciais com a maior potência económica emergente, a China

Um mercado a potenciarNós, estimados em mais de 243 milhões de

falantes da língua portuguesa, não só detemos recursos, conhecimentos e tecnologia, como ainda nos encontramos inseridos em espaços económicos da maior valia, em que as infra-estruturas da nossa localização geoestratégica podem ser constituídas em importantes alavancas competitivas de uma nova ordem económica nas relações internacionais que se desenham para o futuro.

Continuação…A emergência da Comunidade dos Países de Língua

Portguguesa – CPLP é a expressão da vontade de construir um futuro diferente, que seja comum em vários domínios de actividades e de interesses que, cada vez mais, se manifesta como indissociável de novas respostas de cooperação, de solidariedade e de desenvolvimento humano.

A criação da Associação dos Portos de Língua Oficial Portuguesa – APLOP a 13 de Maio último, foi um passo importante na edificaçâo e consolidação da CPLP, na perspectiva de uma inserção competitiva num mundo em mudanças rápidas e profundas pois, as realidades do ambiente global são de um grande impacto das economias dos nossos países e na nossa capacidade de uma visão de longo prazo de transformação económica e da modernidade da nossa cooperação.

Continuição…Daí que a forma como a situação evoluirá nos

nossos países vai depender e muito da eficácia das políticas que formos capazes de programar e implementar, da capacidade de coordenação das nossas estratégias e acções de soluções e respostas tanto às necessidades aprofundarmos a cooperação e alianças e apostar fortemente na capitalização dos Recursos Humanos existentes ( on job training) como também orientar os sistemas de ensino das necessidades e formos capazes de emprestar o nosso conhecimento na identificação de novos sectores de crescimento.

Porque Cooperar e Para que?

Cooperar para vencer a dinâmica da Globalização ou fazer alianças para poder competir.

A competitividade dos Portos de um país confunde-se com a competitividade de uma nação.

A competitividade não passa só pelos factores de produção básicos mas pelas diferenças tecnológicas, o factor qualidade dos seus Recursos Humanos e os métodos de concorrência.

Abordagem Integrada…As Actividades Portuárias podem ser consideradas como um

grande Unidade Industria e Prestação de Serviços.

Nenhuma Nação é competitiva se não houver uma interação entre os sectores ou por outras palavras a formatação de Clusters em todos os sectores afins.

Esta teoria tem como unidade de análise a indústria. Preconiza que nenhuma nação é competitiva em todos os sectores e, como as economias de cada país são muito especializadas,

O sucesso de cada país depende da forma como as empresas de sectores inter-relacionados (os clusters) se organizam e competem a nível global. O Portos é a células Centrifuga de todo processo de desenvolvimento de uma nação ou região.

Formatação em rede para competir:Para avaliar a competitividade de um país, é necessário analisar os

quatro factores de uma nação que garantem a constituição de vantagens competitivas (isto é, o que Porter denomina de modelo do “Diamante da Vantagem Competitiva Nacional”):

 1. Condições de factores (como os recursos humanos avançados, infra-

estruturas técnicas e outros factores de produção competitivos);

2. Condições de procura (como o grau de sofisticação dos consumidores); 3. Sectores relacionados e de suporte (existência de fornecedores,

distribuidores e Negócios relacionados nos locais competitivos);  4. Estratégia, estrutura e rivalidade empresarial (formas de organização

e gestão das actividades, existência de concorrência forte).

Cooperação ou Alianças Estratégicas ?

Yoshino e Rangan (1995) defendem na sua obra Strategic Alliance que nenhuma empresa é uma ilha e que num mundo interdependente, toda e qualquer empresa tem de raciocinar em termos de trabalho com os outros se quer concorrer no mercado global.

Apesar de estarmos em presença de Uma Associação de Portos com a sua especificidade num Contexto afinidades de pertença Cultural, linguística, etc etc. A Cooperação deve ser vista no quadro de Aliança Estratégica.

 O conceito de aliança estratégica surgiu nos anos 80, tendo-se

tornado uma das fórmulas de internacionalização mais usadas. Teixeira e Diz (2005) referem que actualmente as alianças estratégicas têm constituído as formas de internacionalização mais importantes nas zonas mais desenvolvidas.

Necessidade ou não de alargamento da visão ?E no quadro da estratégia de fazer das infra-estruturas

portuárias um factor estratégico da competitividade dos nossos países, deve-se ter em consideração os objectivos económicos que prosseguimos, a inserção geoeconómico em que cada um se situa, as oportunidades que cada uma das nossas grandes regiões propiciam num amplo mais vasto de relações Norte-Sul e Sul-Sul.

A tarefa é considerável, mas necessária, orientando a formação dos recursos humanos para domínios próprios dos sectores afectos ao desenvolvimento portuário, em particular os de vocação marítima, entre outros, a formação em naútica, a pesca, a reparação naval, o hub, o bunkering e a mais variada prestada de serviços.

Continuação…A valorização dos recursos próprios da nossa

vocação marítima exige uma boa conjugação de competências técnicas e científicas, para que possamos operacionalizar os elementos de uma visão global e estratégica que deverá partir deste encontro. Permitam-me, pois, realçar três domínios de complexidade diversa, impondo elevada especialização de recursos humanos:

Continuação…A economia marítima, nas suas diferentes

valências, é fundamental para se gerir com oportunidade e previsibilidade as tendências do comércio internacional em função da evolução dos mercados de produção e de consumo, implicando posicionamentos qualificados e competitivos das comunidades portuárias, a que se deve juntar a importante matéria da organização e métodos administrativos da economia do mar

Um grande esforço que se impõe aos nossos países decorre de várias premissas:Uma vontade política expressa de avançar com uma política de

reforço das relações económicas e alianças entre os nossos Portos como uma das respostas aos desafios que se coloca a economia internacional coloca;

Caracterizar as potencialidades que cada um dos nossos países detém, bem como a caracterização dos espaços competitivos em que integram, por forma a determinarem o seu posicionamento estratégico;

Estudar e caracterizar como integrar o potencial de cada um dos nossos países, na perspectiva do reforço da competitividade de cada um e do conjunto dos países, seja no respectivo espaço de integração, seja no espaço mais amplo global;

Operacionalizar os meios e os recursos para uma aliança Estratégica

Questionamento no que se refere ao desenvolvimento de uma estratégia dos recursos humanos: Face a esses desafios, permitam-me deixar à vossa

consideração o seguinteQue cultura de organização e estratégias de economia

marítima face ao novo ciclo de desenvolvimento mundialComo lidar com a concorrênciaO papel estratégico dos recursos humanos, como factor

crítico do sucessoPlaneamento estratégico dos recursos humanosQue necessidades de formaçãoQue Alianças Estratégicas necessárias e qual é o grau

de entusiasmo para construir uma nova ordem económica nas nossas sub-regiões

FIMRecomenda-se :

uma aposta forte na formação designado por on job-training e programas de formação de curto prazo para toda pirâmide das cooperações;

Utilizar e Orientar os Programas de Formação de Base das Instituições de Formação Superior e a nivel d

Passar da Cooperação para a Aliança Estratégica utilizando e mobilizando recursos a favor dos Portos Membros;

Afirmação dos Portos nas Regiões onde estão inserido; insere.

OBRIGADO !

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