Crise de 1929 new deal

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No ano de 2008, o desemprego no Brasil estava em torno de 8%. É um índice alto, que causa insegurança entre os trabalhadores. Se uma pessoa da sua família já esteve desempregada, você sabe como é: tudo fica mais difícil.Agora pense num desemprego de 25%, ou mais, na maioria dos países. São milhões de pessoas sem trabalho e sem salário, milhões passando fome.Pois foi exatamente isso que aconteceu a partir de 1929, quando Nova York entrou em pânico e o mundo capitalista ingressou na grande depressão.

AMERICAN WAY OF LIFEAMERICAN WAY OF LIFEApós a I Guerra Mundial, a população dos

Estados Unidos passou por um período de euforia. Durante o conflito, os países europeus tiveram que diminuir sua produção de bens de consumo (roupas, alimentos, etc.) e utilizar as fábricas para produzir armas. Para suprir suas necessidades, passaram a importar produtos fabricados nos Estados Unidos. Isso fez com que a economia norte-americana crescesse muito.

Nos EUA se incentivava a aquisição de bens materiais, como automóveis, rádios, eletrodomésticos, valorizando a vida consumista.

Exaltava-se a família branca tranquila e feliz, a mulher em seu papel de dona de casa submissa ao marido e o homem trabalhador e provedor do lar. Esse modo de vida era chamado de AMERICAN WAY OF LIFE.

Porém, em meados da década de 1920 esse cenário começou a mudar.

Na Europa, países como França e Inglaterra, em recuperação econômica dos efeitos da guerra, diminuíram suas importações de produtos agrícolas e industriais dos EUA. Apesar disso, as empresas estadunidenses não diminuíram sua produção. Nos galpões das fábricas começaram a se formar estoques de mercadorias que deixaram de ser vendidas: CRISE DE SUPERPRODUÇÃO: as fábricas produzem, mas não há compradores. Diante disso as fábricas foram obrigadas a diminuir suas atividades e demitir trabalhadores.

O desemprego, por sua vez, causou a queda do poder aquisitivo da população.

Setor Agrário: com a alta produtividade, o preço dos gêneros caiu; com a perda do poder aquisitivo da população, os produtos deixaram de ser comercializados. Assim, os excedentes foram armazenados, aumentando o custo da produção.

Atividade bancária: Inadimplência. Empresas e agricultores não podiam pagar suas dívidas. Os bancos começam a falir.

Outubro de 1929: a crise atingiu a Bolsa de Valores.Nessa época, era grande o número de pessoas que possuíam ações, cujo valor vinha subindo, o que dava a impressão aos acionistas de que estavam cada vez mais ricos.24/10/1929: grande oferta de ações e falta de compradores, com isso houve queda do valor.

A partir de então, muitos procuravam vender as ações que possuíam por qualquer preço oferecido, o que provocava uma baixa maior ainda. Muitas pessoas ficaram arruinadas. O pânico tomou conta de NY e se alastrou pelo país. Houve inúmeros casos de suicídio. O fenômeno da queda do mercado financeiro ficou conhecido como CRASH ou CRACK (colapso, queda, quebra) da Bolsa de Nova York.

As consequências mundiais da crise

Os efeitos não se restringiram aos EUA. Boa parte dos mercados internacionais havia se tornado dependente da economia estadunidense durante a I Guerra Mundial, principalmente os países que importavam a crédito (aqueles que recebiam empréstimos dos EUA para comprar mercadorias norte-americanas).

Na Europa: Inglaterra e Alemanha foram os países que mais sofreram com a crise.Desemprego: nos EUA 27% da força de trabalho estava desempregada; na Inglaterra 22%; na Alemanha 44%. Em 1932 havia cerca de 30 milhões de desempregados nos países capitalistas.

O Brasil sob o impacto da crise:

Economia brasileira: agrícola de exportação. Café: principal produto vendido no mercado externo

e os EUA eram os maiores compradores.Com a crise, os norte-americanos diminuíram suas

compras; os estoques brasileiros aumentaram e o preço do café caiu muito.

Para salvar a cafeicultura, entre 1931 e 1933 o governo brasileiro comprou milhões de sacas de café e ordenou sua destruição. Com isso, procurava impedir que os preços caíssem ainda mais.

Ao mesmo tempo, alguns fazendeiros deixaram de plantar café e investiram nas atividades industriais. Além disso, os produtos importados se tornaram mais caros e raros, favorecendo a produção industrial nacional.

A reação estadunidense1929: Partido Republicano no

poder – adepto da teoria Liberal (livre mercado e condena a intervenção do Estado na economia). Com a crise, porém, os princípios capitalistas precisavam ser discutidos, além do perigo da influencia do socialismo.

1932: Franklin Delano Roosevelt (1882 – 1945), do Partido Democrata, foi eleito presidente dos EUA.

Ao assumir a presidência, em Março de 1933, Roosevelt anunciou um conjunto de medidas para recuperar a economia, inspiradas na teoria do economista inglês John Maynard Keynes, essas medidas ficaram conhecidas como NEW DEAL (Novo Acordo), previam a intervenção do governo em todas as atividades econômicas, como o controle da produção agrícola e da extração de petróleo e de carvão, cujos preços passaram a ser controlados pelo governo.

Ao mesmo tempo, o governo realizou empréstimos aos agricultores, para que pudessem pagar suas dívidas, e empreendeu a construção de grandes obras públicas para gerar empregos. Criou também o auxílio desemprego e outros programas de assistência social.

Os efeitos do New Deal logo se fizeram sentir:A indústria voltou a produzir e empregar operários. Os agricultores pagaram suas dívidas e se recuperaram.Com a II Guerra Mundial (1939 – 1945), os Estados Unidos passaram a fornecer grande quantidade de produtos aos países europeus. Consolidava-se, assim, a fase de dominação da economia norte americana no mundo.Roosevelt chegou a ser acusado de comunista, por fazer do Estado um agente econômico. Com o sucesso de suas medidas, porém, alcançou enorme prestígio popular, tanto que foi reeleito três vezes para a presidência.

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