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Trabalho realizado pelos
alunos da turma 3.4
Era uma vez um Espanta Pardais, muito simples, que vivia sozinho no
meio de uma seara.
Era feito de palhas secas, com os braços sempre abertos. Usava um
chapéu preto com uma flor e vestia um cachecol muito comprido e um
casaco com remendos de várias cores.
Ele era companheiro, ternurento, gentil, triste, humilde, curioso e muito
sonhador. Sonhava caminhar… na Estrada Larga!
Um dia, farto de estar sozinho e
esquecido, o espantalho avistou uma
linda menina de cabelos verdes e
dourados, que trazia ao ombro um
pássaro verde com penas compridas.
Quis logo saber quem era.
- Eu sou a Menina Primavera, e venho da
Estrada Larga. - respondeu a menina.
- Da Estrada Larga… diz-me tudo o que
sabes sobre isso! - exclamou o Espanta
Pardais muito curioso.
- A Estrada Larga é longe e tem tantas
coisas maravilhosas…
- Eu gostava tanto de ir à Estrada Larga,
mas não posso, só tenho uma perna! -
lamentou-se o espantalho.
- Se o teu desejo é esse, eu ajudo-te a
realizá-lo. - disse prontamente a menina.
A Menina Primavera resolveu ir pedir um
ramo à figueira que existia ali perto.
O Pássaro Verde resolveu ir falar com a Figueira.
Ao chegar, chamou-a mas ela continuava calada. Chamou-a mais uma vez,
mas nem um agitar de folhas. À terceira vez respondeu muito resmungona.
Ela perguntou-lhe o que queria e ele logo começou a contar-lhe o que tinha
acontecido.
Ela deu-lhe o ramo. Maria Primavera e o Pássaro Verde agradeceram-lhe e
correram a entregá-lo ao Espanta Pardais.
Disseram adeus a toda a gente e partiram.
Caminharam os três muito felizes.
Maria Primavera e o Pássaro Verde comiam frutos das árvores e bebiam
água das corolas das flores.
Eles brincavam, riam e saltavam.
Passaram-se muitos dias e a Estrada Larga… nem vê-la!
Já muito cansado, o Espanta Pardais adormeceu.
Quando acordou, viu um menino com asas de abelha que lhe disse que a Maria
Primavera tinha partido.
O Espanta Pardais olhou para todos os lados e não viu os amigos.
- Será que se foram mesmo embora? - pensou.
Ele ficou triste e chorou muito, porque sem a amiga não poderia realizar o seu
desejo. O Menino Abelha tentou consolá-lo e incentivou-o a não desistir.
Sentindo-se cada vez mais só e desesperado, o Espanta Pardais chorou
sem parar até ficar todo ensopado, sem se aperceber que à sua volta um
passarinho saltitava. Cheio de coragem, o passarinho pediu palhinhas ao
Espanta Pardais para construir o seu ninho. Como as palhinhas do corpo
estavam molhadas, ele deu-lhe as que estavam no seu coração. E
começou a sentir-se cada vez mais distante…
De repente o Espanta Pardais sentiu
um grande sono. Ele viu no céu uma
nuvem roxa a crescer, crescer,
crescer. E nos seus olhos
entrou uma borboleta.
Passaram noites e dias.
E vieram outras estações do ano.
Do corpo dele nasceram cogumelos
dourados para os presépios de natal.
Passado algum tempo, entre umas pedras pretas, nasceu uma figueira que
deu folhas verdes e frutos doces.
Deu sombra a quem passava muito cansado e deu abrigo aos passarinhos.
Um dia, no alto da montanha, apareceu um pássaro estranho. Era verde!
Ele vinha com uma menina chamada Maria Primavera.
Quando a menina disse o seu nome, a figueira sentiu um arrepio. Maria
Primavera acariciou-a e disse que a conhecia, explicando-lhe que era a
antiga perna do seu amigo Espanta Pardais. A figueira ficou confusa. Mas a
menina prontamente lhe contou a história toda, dizendo-lhe que com a sua
magia deu vida à perna do seu amigo e que o Chico Estrela a tinha trazido
para aquele lugar e a plantou. A figueira estava feliz, tal como tudo à sua
volta. E lá longe, no meio da seara, a aventura estava prestes a repetir-se…
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