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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Gestão Ambiental – 2014
Aula 14
Prof. Biól. Leandro A. Machado de Moura lammoura@uol.com.br
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP
Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012) (Revogou a Lei 4771/1965) Área de Preservação Permanente (APP) é uma área protegida, coberta ou não por vegetação naJva, com a função ambiental de preservar: • os recursos hídricos, • a paisagem, • a estabilidade geológica, • a biodiversidade, • facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, • proteger o solo e • assegurar o bem-‐estar das populações humanas.
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP
A RESOLUÇÃO CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006 Dispõe sobre os casos excepcionais, de uJlidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-‐APP. E define os casos excepcionais em que o órgão ambiental competente pode autorizar a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente -‐ APP para a implantação de obras, planos, aYvidades ou projetos de uYlidade pública ou interesse social, ou para a realização de ações consideradas eventuais e de baixo impacto ambiental. ContraparJdas: • Compensação Ambiental • Condicionantes Ambientais • Monitoramento Ambiental • Medidas MiJgadodas
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP
Código Florestal define como APP, as áreas situadas (PELO EFEITO DE LEI): a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água, desde o seu nível mais alto, em faixa
marginal (...) b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou arJficiais; c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura; d) no topo de morros, montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, f) nas resJngas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a parJr da linha de ruptura do relevo, h) em alJtude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação. i) nas áreas metropolitanas definidas em lei.
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Código Florestal define como APP, as áreas situadas (POR ATO DECLARATÓRIO DO PODER PÚBLICO) Além dessas, o Poder Público pode declarar áreas de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural desJnadas a: a) atenuar a erosão das terras; b) fixar dunas; c) formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; d) auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares; e) proteger síJos de excepcional beleza ou de valor cienefico ou histórico; f) asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de exJnção; g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP APP – margem de rios, nascentes e reservatórios
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ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP
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O Código Florestal define a Reserva Legal como: Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-‐se por: (...) III -‐ Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora naJva; A reserva legal é a área do imóvel rural que, coberta por vegetação natural, pode ser explorada com o manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos em lei para o bioma em que está a propriedade. Por abrigar parcela representaJva do ambiente natural da região onde está inserida e, que por isso, se torna necessária à manutenção da biodiversidade local.
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP
O Código Florestal define a Reserva Legal como: O percentual da propriedade que deve ser registrado como Reserva Legal vai variar de acordo com o bioma e a região em questão, sendo:
• 80% em propriedades rurais localizadas em área de floresta na Amazônia Legal;
• 35% em propriedades situadas em áreas de Cerrado na Amazônia Legal,
sendo no mínimo 20% na propriedade e 15% na forma de compensação ambiental em outra área, porém na mesma microbacia;
• 20% na propriedade situada em área de floresta, outras formas de vegetação
naJva nas demais regiões do país; e • 20% na propriedade em área de campos gerais em qualquer região do país.
(Art. 12)
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP
Corredores Ecológicos É instrumento de gestão territorial, pois atuam com o objeJvo específico de promover a conecJvidade entre fragmentos de áreas naturais. São definidos no SNUC como porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquelas das unidades individuais. Os Corredores Ecológicos visam miJgar os efeitos da fragmentação dos ecossistemas promovendo a ligação entre diferentes áreas, com o objeJvo de proporcionar: • deslocamento de animais, • a dispersão de sementes (fluxo gênico), • aumento da cobertura vegetal. São insJtuídos com base em informações como estudos sobre o deslocamentos de espécies, sua área de vida (área necessária para o suprimento de suas necessidades vitais e reproduJvas) e a distribuição de suas populações.
(Fonte: MMA, 2014)
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP
Corredores Ecológicos
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP APP – margem de rios, nascentes e reservatórios
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -‐ APP APP – margem de rios, nascentes e reservatórios
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Gestão Ambiental – 2014
Aula 15
Prof. Biól. Leandro A. Machado de Moura lammoura@uol.com.br
EE e REBIO Mogi Guaçu
ROTEIRO DA VIAGEM – 17/05/2014 -‐ sábado: • Saída da Faculdade de Max Planck ás 7:30 • Chegada á REBIO de Mogi Guaçu ás 9:00 • Reconhecimento da área através de trilha (aprox. 2h de caminhada) • Parada para descanso e lanche no local ás 12:00 • Visita á áreas do entorno em processo de regeneração natural e em recuperação
ambiental • Saída da REBIO de Mogi Guaçu ás 15:00 • Chegada á Faculdade Max Planck ás 16:00. Recomendações: • Lanche • Água • Repelente • Protetor solar • Boné • Calça e camiseta de mangas longas • Tênis para caminhada / botas • Perneiras • Bloco de anotações • Câmera Fotográfica
EE e REBIO Mogi Guaçu
Núcleo de Pesquisa Reserva Biológica de Mogi Guaçu Com área de 470 ha, essa reserva é parte da anJga Fazenda Campininha, localizada no distrito de MarJnho Prado Junior, no município de Mogi Guaçu (SP), nas coordenadas geográficas: 22º18ʹ′S e 47º11ʹ′W. Responsável: Ms. João Del Giudice Neto -‐ Titular Dr. Marcos Mecca Pinto -‐ SubsJtuto Endereço: Rua Joaquim Cipriano de Carvalho, s/nº – Bairro MarJnho Prado Júnior CEP 13855-‐000 – Mogi-‐Guaçu – SP – BR Fone: (19) 3841-‐1055
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
Administrada desde 1970 pelo InsJtuto de Botânica (IBt) A Reserva Biológica de Mogi Guaçu é composta por duas glebas denominadas por Área “A” e Área “B. • A Área “A” = 343,42 ha: se apresenta coberta predominantemente por
cerrado, além da mata de maior porte que acompanha o curso dos riachos.
• A Área “B” = 126,63 ha: se apresenta com uma gradação de cerradão para floresta mais densa, que predomina.
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
A alJtude média é 600 metros, com topografia relaJvamente plana. Possui 2 estações bem definidas. Uma seca de inverno, nos meses de abril a setembro, e outra quente de verão, nos meses de outubro a março. A precipitação média anual é 1335 mm. A temperatura média é 20,50ºC. Vegetação Coberta predominantemente por cerrado, com variações do cerradão ao campo, possuindo também matas ciliares. Em suas fisionomias, abriga algumas espécies constantes de listas oficiais de espécies ameaçadas de exJnção como a Eriotheca pubescens (um Jpo de paineira) e as palmeiras Acanthococos emensis (lembra o buriJ) e Euterpe edulis (juçara), entre outras.
EE e REBIO Mogi Guaçu
Possui uma grande diversidade de fauna, destacando-‐se a ocorrência da onça-‐parda (Puma concolor), do tamanduá-‐bandeira (Mymercophaga tridactyla), do lobo-‐guará (Chrysocyon brachyurus), do gavião-‐belo (Busarellus nigricollis) e da perdiz (Rhynchotus rufescens), também constantes de listas oficiais de espécies ameaçadas. A Reserva é dividida em 6 setores, sendo: • 3 deles desJnados à pesquisa não perturbatória, • 2 à pesquisa perturbatória e • 1 às aJvidades de ensino.
EE e REBIO Mogi Guaçu
“ÁREA A” (5 setores) SPNP-‐1 e SPNP-‐2 Dois setores desJnados à pesquisa não perturbatória com áreas respecJvas de 101,12 ha e 41,55 ha, demarcados no local com placas e estacas amarelas. SPP-‐1 e SPP-‐2 Dois setores desJnados à pesquisa perturbatória com áreas respecJvas de 100,00 ha e 43,19 ha, demarcados no local com placas e estacas em verdes. SE Situado entre o setor SPP-‐1 e os setores SPP-‐2 e SPNP-‐2, este setor ficou reservado a cursos de campo ou excursões de interesse didáJco, indicado no local com placas e estacas azuis. Possui área de 57,56 ha. Considera-‐se pesquisa perturbatória aquela que provoca, direta ou indiretamente, alteração profunda na estrutura das comunidades naturais perturbando a dinâmica das interações entre a biota e o meio abióJco, como:
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Áreas Demarcadas para Estudo
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
EE e REBIO Mogi Guaçu
Considera-‐se pesquisa perturbatória aquela que provoca, direta ou indiretamente, alteração profunda na estrutura das comunidades naturais perturbando a dinâmica das interações entre a biota e o meio abióJco, como: • coletas periódicas para esJmaJva de biomassa • coleta de amostras de solo para a reprodução de experimentos em
laboratórios ou estufas • coleta intensiva de sementes ou frutos para análises e estudos
diversos ou para compor estoques de laboratórios de sementes • experimentos de aclimatação e desenvolvimento de espécies
autóctones;
EE e REBIO Mogi Guaçu
Pesquisas não perturbatórias são aquelas que não envolvem interferência na composição e na dinâmica das comunidades naturais, como: • coleta de pequenas amostras de solo para análise ou estudos da
pedofauna e pedoflora • coleta de pequenas porções de material botânico a ser herborizado
para estudos taxonômicos • experimentos envolvendo captura-‐marcação-‐soltura de espécies da
fauna • coleta de folhedo para estudos de degradação ou ciclagem de
nutrientes • estudos fisiológicos que envolvam tomadas de dados através da
instalação de equipamentos, demarcação de “transects” para confecção de diagramas de perfil de vegetação
• estudos etológicos de representantes da fauna local, desde que não envolvam captura ou abate
• estudos fenológicos etc.
EE e REBIO Mogi Guaçu
Pisoteios constantes podem, em longo prazo, perturbar profundamente o ecossistema e uma pesquisa, inicialmente de caráter não perturbatório, pode-‐se tornar de efeito prejudicial. Assim, para o bom andamento de todos os trabalhos, deve-‐se ter sempre em mente a menor perturbação possível.
EE e REBIO Mogi Guaçu
CRITÉRIOS PARA USO DOS DIFERENTES SETORES • Setor de Ensino fica reservado a cursos de campo ou excursões de
caráter didáJco, podendo também servir à instalação de pesquisas não perturbatórias, desde que seja lembrada a circulação constante de alunos e visitantes.
• Pesquisas de ordem não destruJva poderão ser desenvolvidas em qualquer setor das Áreas “A” ou “B”. Pesquisas perturbatórias só serão permiJdas nos setores SPP-‐1 e SPP -‐2.
• Fica totalmente proibida, em toda a área, qualquer pesquisa ou estudo que envolva a instalação de armadilhas para captura de animais de médio e grande portes (aves, roedores, tatus, veados, etc.) que se desJne ao transporte para laboratório ou seu sacri~cio, em virtude da reduzida dimensão da área para estudos dessa natureza.
EE e REBIO Mogi Guaçu
CRITÉRIOS PARA USO DOS DIFERENTES SETORES • Os pesquisadores e/ou docentes interessados em uJlizar a área
deverão encaminhar, ao Diretor do Núcleo de Pesquisa Reserva Biológica de Mogi Guaçu, o~cio em papel contendo o Jmbre da InsJtuição a que são filiados, especificando suas intenções e cópia do projeto de pesquisa ou ensino (indicar número de alunos, professores e monitores que parJciparão da aJvidade).
• Toda documentação será avaliada pelo Diretor do Núcleo de Pesquisa
Reserva Biológica, que emiJrá seu parecer, estabelecendo o setor a ser uJlizado conforme cada caso que venha a receber aprovação, acompanhando da autorização correspondente. Havendo dúvidas sobre os efeitos danosos à conservação da flora e fauna locais, o Diretor da Unidade poderá solicitar o parecer da Diretoria do Centro de Pesquisa Jardim Botânico e Reservas que, a seu critério, poderá encaminhar o projeto para análise do Conselho Técnico do InsJtuto de Botânica.
EE e REBIO Mogi Guaçu
Entorno
EE e REBIO Mogi Guaçu
Entrada
EE e REBIO Mogi Guaçu
Áreas em Recuperação
EE e REBIO Mogi Guaçu Relatório de campo (até 25/05) – até 5 laudas (s/ fotos) – individual: • Introdução (localidade/data/horário da visita/objeJvos) • Roteiro percorrido • Desenvolvimento (Principais pontos observados, breve caracterização) • Conclusão • Fotos (opcional) (apresentação, português, vocabulário, coerência) Relatório B (ausentes na visita técnica) (até 25/05) (5 laudas s/ fotos) – individual : -‐ Análise CríJca do Plano de Manejo • Introdução (sobre a Rebio) • Desenvolvimento -‐ Escolha um tema para desenvolver (avalie, criJque, proponha, discuta) • Conclusão • Mapas e fotos (opcional)
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