HISTÓRIA NATURAL DA DENGUE

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História Natural História Natural da Dengue.da Dengue.

Santarém – Pará/ 2007Santarém – Pará/ 2007H. Vilar

CONCEITO DE DOENÇA:CONCEITO DE DOENÇA:

Doença febril aguda, que pode ser de curso Doença febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente: infecção inaparente, Dengue Clássico apresente: infecção inaparente, Dengue Clássico (DC), Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), ou (DC), Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), ou Síndrome do Choque da Dengue (SCD).Síndrome do Choque da Dengue (SCD).

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AGENTE ETIOLÓGICOAGENTE ETIOLÓGICO

É um vírus RNA. É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Arbovírus do gênero FlavivírusFlavivírus, , pertencente à família pertencente à família FlaviviridaeFlaviviridae..

São conhecidos São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.3 e 4.

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VETORES:VETORES:Aedes aegypti:Aedes aegypti:O aedes aegypti mede menos de um centímetro, vive apenas um mês. Ao O aedes aegypti mede menos de um centímetro, vive apenas um mês. Ao

contrário do pernilongo comum, ataca de dia e não se satisfaz facilmente.contrário do pernilongo comum, ataca de dia e não se satisfaz facilmente.““No caso de uma fêmea infectada pelo vírus, quando ela faz a postura, ela No caso de uma fêmea infectada pelo vírus, quando ela faz a postura, ela

já coloca ovos infectados pelo vírus. Desses ovos, vão nascer mosquitos que já já coloca ovos infectados pelo vírus. Desses ovos, vão nascer mosquitos que já têm o vírus. Isso cria a possibilidade de uma epidemia maior.” (Entomologista têm o vírus. Isso cria a possibilidade de uma epidemia maior.” (Entomologista da Fiocruz, Anthony Guimarães).da Fiocruz, Anthony Guimarães).

Uma única fêmea pode dar origem a 1,5 mil mosquitos. Ela põe os ovos Uma única fêmea pode dar origem a 1,5 mil mosquitos. Ela põe os ovos perto da água parada e nunca em um lugar só. É um jeito de garantir a perto da água parada e nunca em um lugar só. É um jeito de garantir a sobrevivência da espécie. sobrevivência da espécie.

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PERÍODO DE INCUBAÇÃOPERÍODO DE INCUBAÇÃO

Período de Transmissibilidade:Período de Transmissibilidade:

• Intrínseco;Intrínseco;

• Extrínseco.Extrínseco.

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MODO DE TRANSMISSÃOMODO DE TRANSMISSÃO

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RESERVATÓRIO E FONTE DE RESERVATÓRIO E FONTE DE INFECÇÃOINFECÇÃO

A fonte de A fonte de infecção e infecção e

reservatório reservatório vertebrado é o ser vertebrado é o ser

humano. Foi humano. Foi descrito na Ásia e descrito na Ásia e na África um ciclo na África um ciclo

selvagem selvagem envolvendo envolvendo macacos.macacos.

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SUSCETIBILIDADE E SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE:IMUNIDADE:

A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. A A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga). Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) (homóloga). Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe temporariamente. A fisiopatogenia da resposta existe temporariamente. A fisiopatogenia da resposta imunológica à infecção aguda por dengue pode ser primária imunológica à infecção aguda por dengue pode ser primária e secundária.e secundária.

A suscetibilidade, em relação à FHD, não está totalmente A suscetibilidade, em relação à FHD, não está totalmente esclarecida. Três teorias mais conhecidas tentam explicar sua esclarecida. Três teorias mais conhecidas tentam explicar sua ocorrência:ocorrência:

Teoria de Rosen;Teoria de Rosen;Teoria de Halstead;Teoria de Halstead;Teoria integral de multicausalidade.Teoria integral de multicausalidade.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Dengue Clássico;Dengue Clássico; Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):

A Prova do Laço.A Prova do Laço.

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Dengue Clássico (DC);Dengue Clássico (DC); Febre Hemorrágica da Dengue (FHD).Febre Hemorrágica da Dengue (FHD).

DIAGNÓSTICO LABORATORIALDIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Exames Específicos;Exames Específicos; Exames Inespecíficos.Exames Inespecíficos.

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Dor abdominal intensa e contínua.

Vômitos persistentes.

Hipotensão postural.

Hipotensão arterial.

Pressão diferencial < 20 mmHg (PA convergente).

Hepatomegalia Dolorosa.

Hemorragias importantes.

Extremidades frias, cianose.

Pulso rápido e fino.

Agitação e/ou letargia.

Diminuição da Diurese.

Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia.

Aumento repentino do hematócrito.

TRATAMENTO:TRATAMENTO:Dengue Clássico: Analgésicos e antipiréticos, Dengue Clássico: Analgésicos e antipiréticos,

hidratação oral.hidratação oral.

Obs.: Não devem ser usados medicamentos Obs.: Não devem ser usados medicamentos com ou derivados do ácido acetilsalicílico e anti-com ou derivados do ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não hormonais.inflamatórios não hormonais.

Febre Hemorrágica da Dengue:Febre Hemorrágica da Dengue:

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICAVIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

NOTIFICAÇÃO:NOTIFICAÇÃO:•Por ser uma doença de notificação compulsória, todo Por ser uma doença de notificação compulsória, todo

caso suspeito e/ou confirmado, deve ser comunicado ao caso suspeito e/ou confirmado, deve ser comunicado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica, o mais rapidamente Serviço de Vigilância Epidemiológica, o mais rapidamente possível. Este deverá informar, imediatamente, à equipe de possível. Este deverá informar, imediatamente, à equipe de controle vetorial local para que tome as medidas necessárias controle vetorial local para que tome as medidas necessárias ao combate do vetor. A periodicidade da notificação é ao combate do vetor. A periodicidade da notificação é determinada pela situação epidemiológica. Em situações determinada pela situação epidemiológica. Em situações epidêmicas, a coleta e o fluxo dos dados devem permitir o epidêmicas, a coleta e o fluxo dos dados devem permitir o acompanhamento da curva epidêmica, com vistas ao acompanhamento da curva epidêmica, com vistas ao desencadeamento e avaliação das medidas de controle.desencadeamento e avaliação das medidas de controle.

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICAVIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA(CONTINUAÇÃO)(CONTINUAÇÃO)

FICHA DE INVESTIGAÇÃO FICHA DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICAEPIDEMIOLÓGICA

VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA:VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA:•Determinação e/ou acompanhamento dos níveis de Determinação e/ou acompanhamento dos níveis de

infestação vetorial;infestação vetorial;•Intensificação do combate ao vetor.Intensificação do combate ao vetor.

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICAVIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA(CONTINUAÇÃO)(CONTINUAÇÃO)

MEDIDAS PREVENTIVAS:MEDIDAS PREVENTIVAS:•Acompanhamento dos índices de infestação Acompanhamento dos índices de infestação

do do Aedes Aegypti;Aedes Aegypti;•Vigilância;Vigilância;•Implantação de vigilância ativa de casos e do Implantação de vigilância ativa de casos e do

vírus;vírus;•Coleta de dados clínicos e epidemiológicos.Coleta de dados clínicos e epidemiológicos.

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICAVIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

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CONSIDERAÇÕES:CONSIDERAÇÕES:

•É do maior centro da produção de vacinas do mundo e É do maior centro da produção de vacinas do mundo e um dos mais antigos laboratórios de pesquisas imunológicas um dos mais antigos laboratórios de pesquisas imunológicas em Lyon, na França, que sai a maior esperança de vacina em Lyon, na França, que sai a maior esperança de vacina contra a dengue. contra a dengue.

•Uma engenharia biológica. Tem um núcleo do vírus que Uma engenharia biológica. Tem um núcleo do vírus que provoca a febre amarela, mas a invólucro é a do vírus da provoca a febre amarela, mas a invólucro é a do vírus da dengue atenuado. Não um, mas os quatro que provocam a dengue atenuado. Não um, mas os quatro que provocam a doença. doença.

•O primeiro teste feito com 100 adultos que nunca foram O primeiro teste feito com 100 adultos que nunca foram expostos à dengue, não poderia ser mais promissor: todos expostos à dengue, não poderia ser mais promissor: todos produziram anticorpos contra o vírus. produziram anticorpos contra o vírus.

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FIMFIM18

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAREFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias. Guia de Bolso. 5ª ed. rev. Brasília: e parasitárias. Guia de Bolso. 5ª ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.Ministério da Saúde, 2006.

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