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INTRODUÇÃO
Um comportamento social aceitável e difundido por todo o mundo, reconhecido como doença a
partir do final do século passado. Em 1986 surge, nos Estados Unidos, o primeiro relatório
citando a nicotina como uma droga psicoativa e, em 1997, a Organização Mundial de Saúde a
classificando o tabagismo no grupo dos transtornos mentais e de comportamento
decorrentes do uso de substâncias psicoativas, na Décima Revisão da Classificação
Internacional de Doenças (CID-10). A dependência à nicotina obriga os fumantes a se exporem
a inúmeras substâncias tóxicas, responsáveis por cerca de 50 doenças no homem, sendo,
portanto imprescindível que todos os fumantes sejam aconselhados a parar de fumar.
Cerca de 80% dos fumantes desejam parar de fumar, porém apenas 3% o consegue sem ajuda.
O restante necessita de apoio formal para obter êxito, evidenciando a importância da abordagem
rotineira do fumante pelos profissionais de saúde.
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
O tabagismo é uma doença crônica gerada pela
Dependência da nicotina.
O tabaco é responsável pelo desenvolvimento de pelo
menos 50 outras enfermidades, inclusive o câncer
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 200mil
mortes anuais são causadas pelo tabagismo; e 11%
da nossa população acima dos 18 anos é de fumantes.
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
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O tabagismo é reconhecido pela medicina como doença crônica gerada
Pela Dependência da nicotina, estando, portanto, incluído na Classificação
Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial da Saúde – OMS
O usuário de tabaco é exposto a mais de 4.000 substâncias tóxicas,
muitas delas Cancerígenas.
Essa exposição faz do tabagismo o maior fator de risco isolado de
doenças graves e fatais
CONSIDERAÇÕES GERAIS
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Tabaco:
Importante no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis
como o câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares
Pode causar cerca de 50 outras doenças, especialmente problemas
ligados ao coração e à circulação
CONSIDERAÇÕES
Existem três aspectos da dependência à nicotina que devem ser
considerados ao se atender um fumante:
dependência física
dependência psicológica, e
condicionamentos ao fumar
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DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA
A dependência psicológica é a necessidade de utilizar uma droga
(no caso, a nicotina) para ter a sensação plena de funcionamento do
seu organismo, ou seja, o indivíduo busca no cigarro o alívio de tensões
internas, tais como angústia, sensação de vazio, depressão, ansiedade,
medo, estresse, além de imaginá-lo como um companheiro, em momentos
de solidão. Nestes momentos, não existe necessidade física de nicotina,
porém o fumante utiliza o cigarro, inconscientemente, para obter
sensação de prazer e bem-estar
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CONDICIONAMENTOS
Os condicionamentos ao fumar se caracterizam pelas associações
que o fumante faz com situações corriqueiras. Por estar presente em
sua rotina diária, muitas vezes, durante vários anos, o fumante passa a
incorporar o cigarro a essas situações, tais como:
Lembranças
Ambientes
Locais
Companhias
Pessoas
Lazer
Hobbies
Atividades
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A PANDEMIA DO TABAGISMO
Doença epidêmica que se espalha por todos
os continentes, sendo responsável pela morte
de 100milhões de pessoas no século XX
A proliferação deu-se pela glamorização do
uso do tabaco em todas as suas formas
Fumado – Mastigado – Aspirado (rapé)
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ALERTA MÉDICO
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA)
o Tabagismo é causador de doenças com altos
índices de mortes preveníveis
No ano de 2025 ocorrerão 10milhões de mortes
Ocasionadas pelo uso do tabaco
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-O fumo pode causar câncer em locais do organismo ainda não bem estabelecidos na literatura
previamente existente, tais como: rim, cérvice uterino e medula óssea;
-O fumo interfere na saúde geral do indivíduo. Efeitos adversos do fumo iniciam antes do
nascimento e continuam ao longo da vida.
-O fumo causa catarata e contribui para o desenvolvimento da osteoporose, aumentando assim
o risco de fratura no idoso;
-No período de 1995-1999, o fumo causou 440.000 mortes prematuras nos EUA, anualmente,
levando a 13,2 anos potenciais de vida perdidos nos homens fumantes e a 14,5 anos perdidos
nas mulheres fumantes;
-Mudanças nos cigarros visando reduzir o conteúdo de nicotina não mostram benefícios
aparentes para a saúde pública.
DOS MALEFÍCIOS DO TABACO
MALEFÍCIOS DO TABACO
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Principais órgãos afetados:
Pele
Boca
Cérebro
Coração
Corrente Sanguínea
Estômago
Fígado
Rins
Pulmão
EFEITOS SOBRE A SAÚDE
A avaliação da relação causal entre tabagismo passivo e doenças crônicas respiratórias é difícil,
pois o aparecimento de sintomas clínicos pode ocorrer após 20 anos ou mais de exposição
Estudos sobre asma no adulto e a exposição ao tabagismo passivo procuram determinar a
relação deste como fator de risco e morbidade
Os sintomas respiratórios em adultos são mais frequentes em não tabagistas expostos ao
tabagismo passivo
Masi descreve reduções na função pulmonar em adultos não tabagistas expostos ao
tabagismo passivo
O tabagismo materno e paterno foi associado por especialistas ao diagnóstico de asma
Greer estudou o tabagismo passivo no ambiente de trabalho e o aparecimento de asma por
um período de 10 anos, concluindo ser o tabagismo um fator de risco significante
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A impotência sexual masculina pode ocorrer por diminuição da irrigação sanguínea, motivada
pelos mesmos mecanismos vasculares operantes no tabagismo. Estudo da Associação
Médica Britânica, em 2003, estimou que 120 mil homens fumantes entre 30 e 50 anos de
idade tornaram-se impotentes (apud www.inca.org.br). Na mulher fumante o índice de
fertilidade é significantemente inferior ao da que não fuma.
Existem evidências de que a mulher fumante chega à menopausa alguns anos antes que as
não fumantes, provavelmente, devido aos efeitos na desregulação hormonal provocada pelos
produtos do tabaco.
O tabagismo influencia negativamente na saúde sexual e reprodutiva dos adultos nos seus
vários aspectos, desde a impotência masculina, diminuição da fecundidade da mulher, maior
morbimortalidade da gestante e feto, assim como maior taxa de mortalidade perinatal. O
cigarro reduz em cerca de 40% as chances de a mulher engravidar.
IMPOTÊNCIA SEXUAL E DISTÚRBIOS DA
REPRODUÇÃO HUMANA
EFEITOS NOCIVOS NO AMBIENTE DE
TRABALHO
O tabagismo ativo está associado ao desenvolvimento de asma
ocupacional
Jindal observou que asmáticos adultos expostos ao tabagismo
passivo apresentavam taxa mais elevada de absenteísmo no trabalho
O tabagismo passivo, juntamente com outras exposições ambientais
e/ou ocupacionais, além de fatores genéticos, são responsáveis
por 10% da mortalidade atribuível à DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)
Há previsão de que a DPOC será a quarta causa mais importante de
doença, que leva à incapacidade física, no ano 2020
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SOBRECARGA ECONÔMICA E SOCIAL
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A prevalência, morbidade e mortalidade da Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC são variáveis em
diferentes países. Geralmente estão associadas à
prevalência do tabagismo.
A DOENÇA (DPOC) resulta em sobrecarga econômica e
social que está aumentando continuamente
DADOS ALARMANTES SOBRE O TABAGISMO
Mais de 5milhões de mortes a cada ano provocadas
por doenças associadas ao uso fumo (6 mortes/s)
Apenas no Brasil mais de 200mil mortes a cada ano
são causadas pelo tabagismo
Entre 1990-2015 houve uma queda de 55,0%
(aproximadamente) no consumo do tabaco entre os
brasileiros (as)
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A PREVENÇÃO É O CAMINHO
A nível mundial foi o Brasil que registrou a
maior redução geral na prevalência do
tabagismo diário
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TABAGISMO NO BRASIL - EPIDEMIOLOGIA
Prevalência do tabagismo entre mulheres e jovens, grupo em que houve
aumento
Um terço da população mundial com 15 anos ou mais é de fumantes
Um terço da população adulta é de fumantes
O tabagismo é inversamente associado ao nível socioeconômico
O maior índice de redução do tabagismo tem ocorrido nas classes sociais
mais elevadas
Cerca de 200mil óbitos por ano são atribuídos ao tabaco
Em: Araújo, 2004
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CONCLUSÃO
Dada a dimensão dos DANOS, conclui-se que os fumantes impõem
elevados CUSTOS sanitários com relação à própria SAÚDE e à saúde dos
outros, sem contar com a AGRESSÃO causada ao Meio Ambiente.
Os RISCOS e DANOS justificam medidas para a proibição do tabagismo
em locais públicos e de trabalho, campanhas educacionais para se evitar a
exposição do VÍCIO no meio domiciliar e para encorajar o abandono do
FUMO, lembrando que o sucesso destas medidas depende da correta
implementação do binômio Legislação-Educação.
Portanto, faz-se necessário maior compromisso por parte do Poder Público,
Médicos e Sociedade no intuito de alcançar um mundo livre do tabaco.”
11/08/2017 20J.Gretzitz
REFERÊNCIA
Global Burden of Disease 2015 – Estudo publicado pela revista científica “The Lancet “(2017)
Carvalho LMT, Pereira EDB. Morbidade respiratória em crianças fumantes passivas. J. Pneumol 2002;28:8-14
Masi MA, Hanley JA, Ernst P, et al. Environmental exposure to tobacco smoke and lung function in young adults.
Am Rev Resp Dis 1988:138:296-9
Greer JR, Abbey DE, Burchette RJ. Asthma related to occupational and ambient air pollutants in nonsmokers.
J Occup Med 1993;35:909-15
Jindal SK, Gupta D, Singh A. Indices of morbidity and control of asthma in adult patients exposed to
environmental tobacco smoke. Chest 1994;106:746-9
https://www.news-medical.net/health
28th Surgeon General Report – publicado em 27 de maio de 2004.
Diretrizes para Cessação do Tabagismo - Jornal brasileiro de pneumologia. vol.30 suppl.2 São Paulo Aug. 2004
http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132004000800002
11/08/2017 21J.Gretzitz
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