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Slides do artigo apresentado na XXXI Jornada de Iniciação Científica da UFRJ 2009 sob o título: Webjornalismo Audiovisual: um jeito diferente de contar histórias da ciência e da comunicação. Autoras: Bárbara Louise, Carolina Pádua e Lidiane Queiroz.
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Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCHEscola de Comunicação
XXXI Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica
Webjornalismo audiovisual: um jeito diferente de contar histórias da comunicação e das ciências
Bárbara Louise – bolsista de Iniciação Artística e Cultural Carolina Pádua – bolsista de Iniciação Artística e Cultural Lidiane Queiroz – bolsista de Iniciação Artística e Cultural
Orientador: Profª. Drª. Beatriz Becker Escola de Comunicação/UFRJ
ObjetivosRealizar uma reflexão crítica sobre como a linguagem audiovisual pode multiplicar o acesso ao conhecimento científico.
Mostrar se os novos recursos tecnológicos têm gerado mudanças e avanços no tratamento da informação jornalística. A partir disso, buscaremos analisar como os conteúdos científicos podem ser melhor aproveitados e divulgados na web.
Identificar os motivos que levam o projeto TJUFRJ – o telejornal online da Escola de Comunicação, projeto do qual somos bolsistas, a ser considerado como uma experiência inovadora de divulgação científica.
Observar de que maneira as experiências de jornalismo audiovisual se utilizam das Novas Tecnologias para divulgar as ciências, através de um mapeamento de experiências de uso da linguagem audiovisual na difusão científica na televisão e no ciberespaço, investigando de que forma a divulgação das ciências é feita nesses canais bem como que espaço é destinado a ela.
Hipótese
O uso das novas tecnologias na construção das narrativas jornalísticas na web, oferece possibilidades de um investimento maior na contextualização do que na quantidade de informações em relação às mídias tradicionais, mas os sites que aproveitam o potencial do webjornalismo audiovisual ainda carecem de uma gramática própria, que possa aproveitar todo o potencial da convergência e da interatividade. Sendo assim, as infinitas possibilidades da web, se bem utilizadas, podem resultar numa melhoria da qualidade das notícias.
Referênias teóricasPesquisa em Jornalismo
Teorias do jornalismo→ Felipe Pena→ José Marques de Melo→ Nelson Traquina
Jornalismo digital e novas tecnologias → Beatriz Becker e Marcos Henrique Lima → Elias Machado → Poliana Ferrari
→ Manuel Castells
Jornalismo Científico → José Manuel Canavarro
→ Wilson Bueno → Lilian Zamboni
Linguagem Audiovisual e TV de qualidade → Arlindo Machado
→ Beatriz Becker
Instrumentos teóricos
Aproveitamos a contribuição dos autores para definir e esclarecer o conceito TV e telejornalismo de qualidade:
“(...) há telejornalismo de qualidade quando uma cobertura jornalística do Brasil e do mundo representa a pluralidade de interpretações e a diversidade de temas e atores sociais, quando imaginamos que existem novas elaborações e outros modos de construir sentidos sobre o mundo cotidiano na tela da TV, quando aprendemos a pensar com as imagens, e experimentamos, como disse Machado (2001:18), novas poéticas audiovisuais. (BECKER, 2005, p.63)”.
Metodologia
Para alcançarmos nossos objetivos, realizamos um mapeamento dos programas televisivos dedicados à divulgação científica em canais de televisão abertos e por assinatura e dos canais de web que utilizam a linguagem audiovisual para a Divulgação Científica.
Procedemos a uma revisão bibliográfica para sistematizar os complexos conceitos ciência e de divulgação científica.
Metodologia Iremos utilizar cinco categorias para análise, propostas por Becker e Teixeira em artigo apresentado na SBPJOR de 2008:
(1)estrutura narrativa, que indica a forma como o produto jornalístico foi organizado;
(2) enunciadores, que nos permitiu observar como os repórteres e âncoras apresentam o texto e como é construída a credibilidade desses profissionais;
(3) atores sociais, que destaca os entrevistados e todas as vozes que constituem o relato das notícias;
(4) editorialização, que nos proporcionou identificar os temas abordados nas matérias;
(5) visualidade, foi utilizada para investigar os recursos gráficos empregados nas matérias bem como observar de que forma é feita a combinação entre texto e imagem.
Essas categorias nos permitiram realizar uma análise televisual, pois nos dão pistas para avaliar se determinado produto jornalístico é de qualidade.
Mapeando a produção científica audiovisual na televisão
Canais de TV aberta:
• Band• Record• Rede Globo• Rede TV• Rede Vida• SBT• TV Cultura
Canais de TV paga:
• Band News• Record News• Globo News• Canal Brasil• Canal Futura• Canal Rural• GNT
Mapeando a produção científica audiovisual na televisão
Rede Globo (65 programas)
Globo Ciência (35 min)
Sábados6h25min
Mapeando a produção científica audiovisual na televisão
TV Cultura (85 programas)
CAMPUS(1h)
Sábados9h da
manhã e reprise
terça-feira, à 1h.
Mapeando a produção científica audiovisual na televisão
Canal Futura (64 programas)
Globo Ciência(35 min)
Domingos 14hReprises
Terça-feira4h45min
22h30minsextas-feiras
16h sábados
21h30min.
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Os canais de web analisados foram:
Portal UOL
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Portal Terra
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Portal iG
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Portal Globo.com
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Análise comparativa
Dos 100 vídeos pertencentes no acervo dos 4 canais da web mapeados, escolhemos quatro matérias que acreditamos terem sido as que mais se aproximaram de um produto audiovisual de divulgação científica de qualidade:
Uol: “Remédios biológicos: nova arma contra doenças”
iG: “Brasil é ponta em estudo de célula-tronco”
Globo.com: “Universo Nano: ciência revolucionária traz conforto para o dia a dia”
Terra: “Guerra nas Estrelas, a Ciência da Ficção- Inteligência”
Análise comparativa
Características comuns dos vídeos:
Estrutura narrativa: Formato televisivo, média de 5´30´´ de vídeo
Enunciadores: âncoras apresentam a notícia. Imagem do repórter
construída como “portador da verdade”. Construção de
credibilidade.
Atores sociais: personagens variados, mas que sempre reafirmam o
que o repórter narra
Editorialização: temas relacionados à melhoria de vida da população
Visualidade: uso de imagens de filme e poucos recursos gráficos
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Falta de um formato próprio
Conceito de “Ciência” generalizado e pouco significativo
.Episódios de desenhos animados
.Previsão do tempo
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Ciência: “A ciência é uma atividade culturalmente e historicamente
interpretada e será a qualidade dessas interpretações que a
distinguem de outra atividade e não as práticas científicas ou os
manuais, isto é, o que distingue a ciência encontra-se nas suas
representações”.
Divulgação Científica: “um processo de recodificação, isto é, a
transposição de uma linguagem especializada para uma
linguagem não-especializada, com o objetivo de tornar o conteúdo
acessível a uma vasta audiência”.
Mapeando a produção científica audiovisual para web
Pouca citação de instituições de ensino e/ou pesquisa
“LEAD Audiovisual”
Poucos recursos de imagem inovadores: Hipertexto, pouca utilização
do potencial de convergência
Temporalidade das narrativas:
Internet X Televisão
Análise comparativa
As novas ferramentas tecnológicas e a quantidade e a velocidade de circulação de informações não tem garantido o aumento da qualidade dos produtos jornalísticos bem como a multiplicação do acesso ao conhecimento.
Os sites que aproveitam o potencial do webjornalismo audiovisual ainda carecem de uma gramática própria, que possa aproveitar todo o potencial da convergência e da interatividade proporcionado pelo ciberespaço.
O projeto TJUFRJ e a Divulgação Científica
Os resultados alcançados nessa pesquisa serviram como diretrizes para que o projeto TJUFRJ produzisse, com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – FAPERJ – 15 matérias de Divulgação Científica sobre as pesquisas de ponta desenvolvidas por diferentes núcleos da UFRJ. A partir dos parâmetros abordados nessa pesquisa, foi possível construir matérias mais contextualizadas e que aproveitassem as características narrativas da web, valorizando o potencial da linguagem audiovisual. As matérias estão disponíveis no endereço www.tj.ufrj.br.
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