Drenagem cbh ln

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CONCEITOS BÁSICOS DE

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Paulo Augusto Romera e SilvaEngenheiro do CTH/DAEE

REALIZAÇÃO CBH-LN

A ORIGEM DA ÁGUA NA

NATUREZA

O CICLO HIDROLÓGICO

Precipitação

Evapotranspiração

Escoamento

Superficial Direto

Evaporação

Infiltração (escoamento básico)

PRECIPITAÇÃO

Armazenamento por

RETENÇÃO

Armazenamento na

SUPERFÍCIE

Armazenamento na

SUB SUPERFÍCIE

Armazenamento na

ZONA AERADA

Armazenamento

SUBTERRÂNEO

EVAPORAÇÃO

OS PROCESSOS HIDROLÓGICOS

PRECIPITAÇÃO

Armazenamento por

RETENÇÃO

Armazenamento na

SUPERFÍCIE

Armazenamento na

SUB SUPERFÍCIE

Armazenamento na

ZONA AERADA

Armazenamento

SUBTERRÂNEO

EVAPORAÇÃO

MAIORESCHEIAS

SIMULAÇÃO NOS ESTUDOS DE CHEIAS

ALTERAÇÕES NOUSO DO SOLO

BALANÇO HÍDRICO

• CONCEITO

transformação do ciclo hidrológico em equação.

Pp - Re - Ev - In = Esonde:

Pp = Precipitação

Re = Retenção nas plantas e superfície

Ev = Evaporação

In = Infiltração no solo

Es = Escoamento Superficial

AVALIAÇÃO DE CHEIAS EM

BACIAS HIDROGRÁFICA

• Aspectos envolvidos

• Aplicação da equação do balanço hídrico:

Pp - Re - In = ESDPrecipitação - Retenção - Infiltração = Escoamento

Superficial

1ª SITUAÇÃO

• Quando na bacia existem solo e vegetação em

condições naturais, e a água pode infiltrar-se.

Pp - Re - In = ESD

2ª SITUAÇÃO

...alguns anos depois!!

• A área da bacia foi ocupada por cidade

• Predominando áreas impermeabilizadas com casas, calçadas e ruas pavimentadas

• E a água não pode mais infiltra-se no solo.

Pp - Re - In = ESD

Sabedoria

para avaliar, as

alterações do ambiente!

MENSAGEM 1

HIDROLOGIA

Estudo da Bacia e cálculo da

vazão de cheia HIDRÁULICA

Dimensionamento

do canal

condição de

escoamento

1a PARTE

CARACTERIZAÇÃO DE

BACIA HIDROGRÁFICA

CARACTERIZAÇÃO DE

BACIA HIDROGRÁFICA

OBJETIVOS:

Identificar a bacia hidrográfica

Traçar seu contorno em planta própria

Identificar os parâmetros básicos (primários e secundários)

O ponto de referência é a localização

do projeto que se tem em vista.

Traçar a bacia hidrográfica a partir

deste ponto de referência.

PLANTAS IBGE ESCALA 1:50.000

PROCEDIMENTOS:

- Identificar no mapa as coordenadas UTM do Ponto de Referência

- Identificar os cursos d’água existentes em planta que estejam

associados ao ponto marcado

- Delimitar e marcar em planta a bacia envolvida

- Calcular a área de drenagem da bacia identificada- Método 1 - por composição de figuras geométricas

- Método 2 - por composição e contagem de quadriculas (1x1 cm) em papel milimetrado

- Método 3 - por composição e contagem de quadriculas (0,5x0,5 cm) em papel milimetrado

- Calcular a área de drenagem da bacia identificada (cont.)

- Método 4 - por subdivisão de coordenadas UTM da

planta IBGE

- Método 5 - balança de precisão

- Método 6 - com o uso de planímetro

- Identificar os pontos com cotas máxima e mínima da bacia

- Traçar o perfil do talvegue principal do curso d’água bacia

- Calcular o Tempo de Concentração da bacia com osparâmetros necessários:

tc = 57 * (L2 / S)0,385

onde:

tc = tempo de concentração em minutos

S = declividade do talvegue da bacia em m/km

L = comprimento do talvegue principal em km

CONCLUSÕES:

Parâmetros básicos

- Área da bacia identificada

- Cota mínima (PONTO DE REFERÊNCIA)

- Cota máxima

- Comprimento do talvegue principal

– Diferença de Nível e declividade(s)

– Tempo de concentração

– Região de localização da bacia

– Postos e informações PLU e FLU disponíveis

Tipos de estudo conforme interesse de cada caso

PARÂMETROS DA BACIA HIDROGRÁFICA

DO CÓRREGO LIMOEIRO

• Área: (km2) 20,25

• Cota Mínima: (m) 386

• Cota Máxima: (m) 496 486 504

• Compr talvegues: (m) 6000 5875 5750

• Declividade: (m/m) 0,01831 0,01700 0,02060

• Vazão média: (l/s) 152

• Vazão Mínima: (l/s) 43

• Tempo concentração:(min) 74 75 68

PARÂMETROS DA

BACIA HIDROGRÁFICA

• Parâmetros “primários”, medição direta:

área, cursos d’água, cotas, comprimentos

de talvegues, tipos de solo, ocupação do

solo, etc.

• Parâmetros “secundários”, calculados:

declividade, coeficiente de forma, tempo de

concentração, etc.

A DECISÃO

DA “CHUVA DE PROJETO”

A MEDIÇÃO E REGISTRO DE

INFORMAÇÕES É REALIZADO

ATRAVÉS DE ESTAÇÕES

HIDROMETEOROLÓGICAS

Estação Hidrometeorológica

• Parâmetros meteorológicos medidos:

– Precipitação

– Temperatura do ar

– Umidade relativa do ar

– Insolação

– Evaporação potencial

– Pressão atmosférica

– Velocidade e direção do vento

ESTAÇÃO HIDROMETEOROLÓGICA

Pluviômetro

• Registra a quantidade

de chuva (mm)

acumulada:

- a cada 24 horas

- a leitura é realizada

às 7:00 horas

da manhã

PERFIL ANUAL DE CHUVAS

166.6

96.8 57.223.0

22.626.5

59.1

109.8

157.3

252.2

172.4

261.1

0.0

50.0

100.0

150.0

200.0

250.0

300.0

350.0

400.0

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Meses

Ch

uva

s (

mm

/me

s)

Pluviógrafo

• Registra a intensidade da chuva (mm/h)

Alturas de Chuvas Máximas registradas

Duração Período de Retorno (anos)

min 2 5 10 15 20 25 50 100 200

10 15,7 22,4 26,8 29,2 31,0 32,3 36,4 40,5 44,6

20 25,7 36,5 43,6 47,7 50,5 52,7 59,4 66,0 72,7

30 32,6 46,3 55,4 60,5 64,1 66,8 75,3 83,7 92,1

60 45,1 63,9 76,4 83,4 88,3 92,1 103,8 115,4 126,9

120 56,7 80,1 95,7 104,4 110,5 115,3 129,8 144,3 158,7

180 62,6 88,4 105,4 115,0 121,8 127,0 142,9 158,8 174,6

360 71,3 100,3 119,6 130,4 138,0 143,9 161,9 179,8 197,6

720 78,6 110,4 131,4 143,2 151,5 157,9 177,6 197,1 216,6

1080 82,6 115,7 137,6 149,9 158,6 165,3 185,8 206,2 226,5

1440 85,3 119,3 141,8 154,5 163,4 170,3 191,4 212,4 233,2

Chuvas máximas em mm

Alturas de Chuvas Máximas registradas

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

0 10 20 30 40 50

Tem

po

de o

co

rrên

cia

Chuvas Máximas registradas em cada tempo

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SITUAÇÕES

E RESPECTIVAS TAXAS DE RISCO

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

0 2 0 0 4 0 0 6 0 0 8 0 0 1 0 0 0 1 2 0 0 1 4 0 0 1 6 0 0 1 8 0 0 2 0 0 0 2 2 0 0 2 4 0 0

Periodo de Retorno (anos)

Ris

co

(%

)

180 anos0,7 %B

2010 anos0,08 %A

Evento correspondenteTaxa de riscoSituações

A decisão da “CHUVA DE PROJETO”

depende da taxa de risco

que podemos (R$) assumir

MENSAGEM 2

Analisar

todo o contexto

da situação envolvida!

MÉTODOS DE

CÁLCULO DE CHEIAS EM

BACIAS HIDROGRÁFICAS

0

5

10

15

20

25

30

35

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36

Sucessão de Eventos Observados

Va

o

Histórico das medições de vazão em um rio

Toda chuva provoca alteração na

vazão do rio, com cheia na bacia.

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Tempo (min)

Va

o (

l/s

)

AVALIAÇÃO DE CHEIAS EM

BACIAS HIDROGRÁFICA

• Aspectos envolvidos

• Aplicação da equação do balanço hídrico:

Pp - Ev - In = ESDPrecipitação - Evaporação - Infiltração = Escoamento

Superficial

1ª SITUAÇÃO

• Se na bacia existem matas e vegetação, e a

água pode infiltrar-se no solo.

Pp - Ev - In = ESD

2ª SITUAÇÃO

...alguns anos depois!!

• A área da bacia foi ocupada por cidade

• Predominando áreas impermeabilizadas com casas, calçadas e ruas pavimentadas

• E a água não pode mais infiltra-se no solo.

Pp - Ev - In = ESD

ROTEIRO DE APLICAÇÃO

Plano de Trabalho

Alguns Conceitos Básicos

• Macro drenagem

É a análise das características (atuais) e da projeção futura da ocupação do solo de cada bacia hidrográfica envolvida na área em estudo, que resulta em um Plano de Ação com as diretrizes estratégicas de médio e longo prazo.

Ex: Cálculo da vazão de cheia de uma bacia hidrográfica

• Micro drenagemÉ a decisão de curto e curtíssimo (emergenciais) prazo para cada projeto que compõe as diretrizes estratégicas, realizando a cada dia a ocupação (futura) do uso do solo

Ex: (1) Requisitos relativos a drenagem urbana a serem incluidos numa decisão

de aprovação de um projeto de loteamento, (2) Projeto para implantação de

galerias de águas pluviais em um bairro ou conjunto de ruas, (3) aprovação

de leis municipais que regulamentem o controle da ocupação do uso do solo

PASSO 1Caracterização de Bacia Hidrográfica • Área (km2)

• Perfil longitudinal

• Declividade média

• Tempo de Concentração

• Coeficiente de Forma

• Localização: para escolha do posto de medição da chuva

• Tipo de solo predominante

• Situação atual da ocupação do solo

• Situação futura da ocupação do solo

• Tipo e importância do projeto em avaliação

• Fotos e registros de relatos locais sobre ocorrências de cheias

• Identificação de aspectos relevantes que influenciam as cheias

PASSO 2Estudo e Decisão da

“CHUVA DE PROJETO”

• Levantamento de informações IDF das chuvas do local

• Decisão da taxa de risco a ser assumida no projeto

(como função do tipo e importância do projeto avaliado)

• Cálculo da “CHUVA DE PROJETO” a ser assumida

• PASSO 2

Avaliação e Decisão da “Chuva de Projeto”

Levantamento de informações sobre o estudo IDF

da chuvas do “Posto do local”

• Nome da Estação (EXEMPLO) XXXXXXX

• Latitude 22º 43’ S

• Longitude 47º 39’ W

• Altitude 500 m

• Período de dados disponíveis 1980 a 1997

PASSO 3Cálculo da Vazão Máxima da Cheia

• A onda de cheia

• O caso real e os métodos de simulação

• O cálculo da Vazão Máxima (Qmax) da cheia

• Comparação do valor simulado com registros e ocorrênciasde cheias do local (sensibilidade na avaliação)

• Propostas e providências para o controle dos aspectos

relevantes que influenciam as cheias

PASSO 3

Métodos de Cálculo de Vazão de Cheia

• Método Racional

• Método I-PAI-WU

• Método KOKEI

• Método NCRS (SCS)

MÉTODO RACIONAL

Permite o cálculo direto da vazão de cheia pela equação

abaixo, para bacias de até 2 km2.

Método recomendado pelo DAEE/SP (1994)

para bacias de até 2 km2

Q (m3/s) = 0,1667 x C x i x AD

Q - vazão máxima de cheia (m3/s)

C - coeficiente de escoamento superficial

i - intensidade da chuva (mm/min) (*)

AD - área da bacia (ha)(*) quando Tc for menor do que 10 min, adotar 10 min

Permite o cálculo direto da vazão de cheia para bacias de até 200 km2

Q (m3/s) = 0,278 x C x i x A0,9 x K

Q - vazão máxima de cheia (m3/s)

C - coeficiente de escoamento superficial

i - intensidade da chuva (mm/h)

A - área da bacia (km2)

K - coeficiente de dispersão da chuva

Método recomendado pelo DAEE/SP (1994)

para bacias de 2 a 200 km2

MÉTODO I-PAI-WU

Coeficiente

de

Dispersão

da

ChuvaManual de Cálculo de Vazões

DAEE, 1994

Pag. 30

MÉTODO KOKEI

– A onda de cheia é assumida com formato de

triângulo (simulação), sendo estabelecida uma

relação entre a realidade em estudo e o formato

geométrico assumido pela metodologia.

Método recomendado pelo DAEE/SP (1994)

para bacias de 200 a 600 km2

Exemplo de Cálculo

• Caso desenvolvido neste exemplo:

Bacia Hidrográfica de 13 km2 situada na cidade

de XXXXX (SP)

• PASSO 1

Informações da bacia hidrográfica:

– Área (A) 13 km2

– Perfil longitudinal 4,25 km

– Difer. de nível entre extremos (L) 28 m

– Declividade Média (S) 6,59 m/km

– Tempo de concentração (tc) 84min

tc= 57 * (L2/S)0,385

- Localização da Bacia XXXXX

- Tipo de Solo predominante

- Situação atual de ocupação do solo

- Situação futura de ocupação do solo

- Tipo e importância do projeto

em avaliação TR 100 anos

TR = 100 anos, corresponde à taxa de risco de 1% de ocorrência, ou seja, esse evento tem a probabilidade(?) de ocorrer 1 vez a cada 100 anos.

– Fotos e registros de relatos locais sobre

ocorrências de cheias

– Identificação de aspectos relevantes que

influenciam as cheias

– Outros aspectos a serem considerados

Alturas de Chuvas Máximas registradas

Duração Período de Retorno (anos)

min 2 5 10 15 20 25 50 100 200

10 15,7 22,4 26,8 29,2 31,0 32,3 36,4 40,5 44,6

20 25,7 36,5 43,6 47,7 50,5 52,7 59,4 66,0 72,7

30 32,6 46,3 55,4 60,5 64,1 66,8 75,3 83,7 92,1

60 45,1 63,9 76,4 83,4 88,3 92,1 103,8 115,4 126,9

120 56,7 80,1 95,7 104,4 110,5 115,3 129,8 144,3 158,7

180 62,6 88,4 105,4 115,0 121,8 127,0 142,9 158,8 174,6

360 71,3 100,3 119,6 130,4 138,0 143,9 161,9 179,8 197,6

720 78,6 110,4 131,4 143,2 151,5 157,9 177,6 197,1 216,6

1080 82,6 115,7 137,6 149,9 158,6 165,3 185,8 206,2 226,5

1440 85,3 119,3 141,8 154,5 163,4 170,3 191,4 212,4 233,2

macro drenagem

PASSOS PARA USO DO MÉTODO KOKEI

- Caracterização da bacia

- Decisão da taxa de risco a ser assumida no projeto e da “Chuva de Projeto”

- Cálculo da chuva excedente, aquela associada ao CESD (projeção futura da ocupação do solo na bacia, a ser prevista e controlada pela legislação municipal)

- Cálculo do volume da cheia correpondente à chuva excedente para a bacia de interesse (que será a área do triângulo)

- Cálculo de tempo de base do hidrograma de cheia (que será a base do triângulo)

- Cálculo da vazão de cheia da bacia (que será a altura do triângulo)

Exemplo:

– Taxa de risco: de 1%, corresponde o TR = 100

anos

– Tempo de concentração da bacia de 84 min

– Cálculo da “Chuva de Projeto”: 132 mm

– Intensidade 1,571429 mm/min

– Chuva excedente: todas as situações (0 a 100)

– Tempo de base do hidrograma, variando de:

3 x tc, para CESD = 0 até;

2 x tc, para CESD = 100.

Toda chuva provoca alteração na

vazão do rio, com cheia na bacia.

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Tempo (min)

Va

o (

l/s

)

Coeficiente de

Escoamento Superficial Direto

O Método do

Prof. KOKEI

considera a

simplificação

de que o

hidrograma

de cheia seja

um triângulo

para efeito de

cálculo.

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Tempo (min)

Va

o (

l/s

)

• Permite uma analogia comparativa

Entre o Método e as grandezas observadas na realidade

Metodologia(simulação)

Realidade(grandezas a calcular e avaliar)

Área do Triângulo Volume do ESD

Base do triângulo Tempo de Base (tb)

Altura

triânguloQmax

(é o valor desejado)

• Aplicando a geometria do triângulo ao cálculo da vazão máxima (Qmax) temos:

Área do triângulo = (Base x Altura) / 2

Volume ESD = (Tempo de Base(tb) x Qmax) / 2

• Cálculo: Vazão Máxima (Qmáx)esse será o valor a ser usado para dimensionar o canal necessário para escoamento dessa cheia

-

ESD Tempo

base

Tempo base Tempo de

base

Volume

ESD

2 Volume

ESD

Q max

(%) (tb) (min) (seg) (m3x106) (m3x106) (m3/s)

0 3,0 x tc 252 15.120 0,00 0,00 0

10 2,9 x tc 244 14.640 0,15 0,30 20

20 2,8 x tc 235 14.100 0,30 0,60 43

Vazão provável para bacia em sua condição natural ( Bacia Rural)

30 2,7 x tc 227 13.620 0,45 0,90 66

40 2,6 x tc 218 13.080 0.60 1,20 91

50 2,5 x tc 210 12.600 0,75 1,50 119

60 2,4 x tc 202 12.120 0,90 1,80 148

70 2,3 x tc 11.580 1,05 2,10 181

Vazão provável para bacia alterada pela ação humana ( Bacia Urbana)

80 2,2 x tc 185 11.100 1,20 2,40 216

90 2,1 x tc 176 10560 1,35 2,70 255

100 2,0 x tc 168 10.080 1,50 3,00 297

193

Analisando-se tabela acima:

- Bacia na condição natural (ocupação rural)

COM 30% DE ESD

vazão máxima: 66 m3/s

- A mesma bacia com ocupação urbana

COM 70% DE ESD

vazão máxima: 181 m3/s

Todas as vazões foram calculadas para a mesma

“CHUVA DE PROJETO” de 132 mm.

• PASSO 3

Cálculo da Vazão de Cheia - NRCS (SCS)

– Esse método está apoiado na proposição de um “hidrograma unitário” para a bacia

– Esse “hidrograma unitário da bacia”, é estabelecido para uma chuva de 10 mm

– Esse hidrograma, assim obtido, é extrapolado para a chuva de projeto, que nesse caso é o ietograma composto com 6 a 8 períodos de chuva com 10 min cada.

Método recomendado pelo PHD/POLI

para bacias até 600 km2

ATENÇÃO

O uso desses modelos deve ser

orientado por uma cuidadosa

análise prévia de cada caso.

HIDROLOGIA

Estudo da Bacia e cálculo da

vazão de cheia HIDRÁULICA

Dimensionamento

do canal

condição de

escoamento

2a PARTE

AVALIAÇÃO DE ESCOAMENTO

EM CANAIS

(o fundo do vale)

1.- Vazão de Projeto (A)

2.- Informações necessárias

- Definição do trecho a ser estudado

- Declividade do trecho considerado (~ 400 m do ponto)

- Rugosidade do canal de escoamento

- Secção do canal de escoamento

3.- Cálculo da capacidade de vazão do canal (B)

- com uso do programa CANAIS.EXE

4.- Comparação entre (A) e (B)

5.- Assumir a decisão do projeto

AVALIAÇÃO DE ESCOAMENTO

EM CANAIS (fundo do vale)

Método Manning (Robert Manning, 1869)

V (m/s) = (1/n) x (Rh2/3) x (i1/2)V - velocidade de escoamento (m/s)

n - coeficiente de rugosidade do canal de escoamento

Rh - raio hidráulico de secção de escoamento (m)

I - declividade do canal de escoamento (m/m)

Q - vazão do canal (m3/s)

A - secção de escoamento no canal (m2)

Q (m3/s) = V (m/s) x A (m2)

CÁLCULO DA VAZÃO DO CANAL

ESCOAMENTO EM CANAL (fundo do vale)

Hidráullica Básica

Rodrigo Porto

EESC/USP, 1998

Pag. 273

CANAIS

PRESERVAÇÃO E IMPACTO AMBIENTAL

• NÚMERO DE FROUDE

Engenheiro inglês William Froude (1869)

veloc / (grav * altura)1/2 = Fr

AVALIANDO O PERFIL DE UM RIO

745

770

795

820

845

870

895

920

945

0.0 1000.0 2000.0 3000.0 4000.0 5000.0 6000.0

Extensão da bacia (m)

Co

tas

nív

el (m

)

EFEITO DA PRESERVAÇÃO

Meses

Vari

ação

da v

azão

no

an

o

PERFIL DO RIBEIRÃO PIRAÍ (SP)

700

800

900

1000

1100

1200

1300

Co

ta (

m)

PERFIL DO RIBEIRÃO SARACANTÃ (SP)

745

770

795

820

845

870

895

920

945

0.0 1000.0 2000.0 3000.0 4000.0 5000.0 6000.0

Extensão da bacia (m)

Co

tas

nív

el (m

)

CONTROLE

DO

USO DO SOLO URBANO

Situação Normal do Rio

• Existe condição de equilíbrio entre solo e água.

• Baixa velocidade de escoamento, e não há assoreamento ajusante.

• Recarga do rio com garantia de manutenção para os usosda água na bacia na estiagem.

• Na cheia o rio ocupa (invade) as faixas laterais.

Situação do Rio com a Cheia

• Faixa atingida pela cheia

• Ruas e casas que estiverem dentro da faixa demarcada sãoatingidos pelas águas

• Esta é a situação que ocorre durante o momento do “PICODA CHEIA”, ou na “VAZÃO MÁXIMA”

Situação Proposta

• Faixa para cheias de até 1,80 m (acima) do leito menor.

• Diferença de nível MÍNIMA de 2,0 m, entre o nível do leitomenor do ribeirão e o piso das edificações

• Mantem-se a baixa velocidade de escoamento

• Ocupação dessa faixa com equipamentos não construídos

• Ruas e casas fora da faixa demarcada

• Com essa situação PLANEJADA as cheias do rio nãoatingem ruas e casas

Situação Futura Inadequada

• Com o RIO CANALIZADO, não há a condição de equilíbrio.

• Aumenta a velocidade de escoamento.

• Carreamento do solo e assoreamento a jusante.

• É ELIMINADA a infiltração da água das chuvas no solo

• REDUÇÃO DA DISPONIBILIDADE PARA USOS.

• Com a ocupação do solo da bacia, as enchentes do rio podemvoltar a invadir as faixas laterais, atingindo ruas e casasexigindo nova intervenção (obra).

Situação Futura Adequada

• Assentamento de edificações fora da faixa das cheias.

• São mantidas as condições naturais de escoamento e deinfiltração da água no solo.

• Baixa velocidade de escoamento, não há erosão

• Fica garantida a recarga do rio e usos da água na estiagem

• Área urbana destinada para equipamentos não construídos

• Mesmo com a ocupação do solo na bacia, as enchentes dorio não atingem ruas e casas

RESUMO

NãoSustentabilidade no uso da

água

Sim

NãoAtende à condição ambientalSim

Não existeRecarga do rio pelas chuvasBastante alta

SimAssoreamento a jusanteNão

SimProcesso de erosãoNão

AltaVelocidade de escoamentoBaixa

BaixaInfiltração da água no soloAlta

AlteradaCondição de escoamentoNaturais

Rio

canalizado

Item de avaliaçãoRio com o

curso atual

Fatores intervenientes no processo:• Definir e caracterizar a área de estudo

• Assumir a(s) bacia(s) como sistema

• Medidas de controle do uso do solo urbano

• Ocupação urbana atual e expansão futura

• Conhecer e evitar aumento da cheia natural

• Definir e evitar a ocupação das áreas de risco

• Controle permanente

O CONTROLE DA OCUPAÇÃO DO

USO DO SOLO URBANO

Instrumentos locais de controle:

• Plano Diretor: o uso do solo é atribuição municipal (ARTIGO 30 da C.F.)

• Na omissão da lei municipal é o loteador quem define o critério de ocupação (R$)

• Plano de Macrodrenagem

• Normas técnicas para microdrenagem

• Controle na origem do aumento da cheia

• Manual de Gestão impondo as diretrizes na aprovação de loteamentos

• Educação: difusão e informação na decisão

Implantação de um processo permanente e unificado de gestão de

drenagem urbana que envolva:

1) a gestão e controle do uso do solo (urbano e rural);

2) a gestão do uso da água para abastecimento urbano;

3) o controle de ações emergenciais;

4) planejamenti de melhorias do sistema de macro drenagem e;

5) normas para obras de micro drenagem.

Questões orientadoras:

- técnico com capacitação em drenagem urbana;

- a gestão das ações e obras do sistema pelo SEMAE;

- evitar projetos que visem a canalização de córregos e;

- garantir a sustentabilidade ambiental da região.

RECOMENDAÇÕES (1)

• Definir e reservar as áreas consideradas de risco;

• Propor projeto de lei com as áreas de risco de cheia, visando seu

controle, nos termos das leis federais 6766/1979 e 10.257/2001.

• Elaborar normas de orientação para novos e melhoria dos antigos

sistemas de drenagem de águas pluviais;

• Elaborar Plano Emergencial de Obras de microdrenagem,

identificando as situações consideradas críticas;

• Elaborar e propor à Câmara Municipal projeto de lei tornando

obrigatória a retenção em novos loteamentos;

• Realizar o controle da ocupação do solo nos novos parcelamentos;

• Implantar controle que evite a ocupação das áreas de risco de

inundação;

• Recuperar as nascentes e a proteção dos cursos d’água;

• Implantar uma dinâmica de educação ambiental, garantindo

envolvimento da cidade nessas decisões.

RECOMENDAÇÕES (2)

CONTEÚDOS

DO PLANO DE MACRODRENAGEM

• O contexto do Plano

• Objetivos

• Critérios e diretrizes

• Descrição das etapas e atividades

• Custos

• Cronograma

RECOMENDAÇÕES (3)

USO DAS ÁGUAS DA CHUVA

O ESTADO DE SÃO PAULO

Caderno Construção

12 de junho de 2005

• Prefeitura Municipal de São Paulo, Lei 13.276/2002

• Prefeitura Municipal de Santo André, Lei 7.606/1997

• Prefeitura Municipal de Guarulhos, Lei 5.617/2000

• Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Lei 9.520/2002

• Governo do Estado do Rio de Janeiro, Lei 4.393/2004

• Prefeitura Municipal de Curitiba, Lei 10.785/2003

• Prefeitura Municipal de Pato Branco, Lei 2.349/2004

• Prefeitura Municipal de Foz de Iguaçu, Lei 2.896/2004

CASOS DE INTERESSE

BIBLIOGRAFIA

Botelho, M. H. C, Águas de Chuvas, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 1984

Brasil, Lei Federal 10.257, Estatuto das Cidades, Congresso Nacional, Brasilia, 2001

Departamento de Águas e Energia Elétrica, Manual de Cálculo de Vazões, PERH, São Paulo, 1994

Martinez, Jr. F., Estudo de Chuvas Intensas do Estados de São Paulo, CTH/DAEE, São Paulo, 1998

Porto, Rodrigo, Hidráulica Básica, REENGE/EESC/USP, São Carlos, 1998

Righetto, A M., Hidrologia e Recursos Hídricos, REENGE/EESC/USP, São Carlos, 2000

Tomaz, P, Aproveitamentos de Água de Chuva, Navegar Editora, São Paulo, 2003

Tucci, E. M. C. E outros, Drenagem Urbana, ABRH, UFRGS, Porto Alegre, 1995

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