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18 a 24/07/2011 EXCLUSIVO COMÉRCIO 9 São Paulo/SP Uma pesquisa encomendada pelo Mercado Livre à Oh! Panel (São Paulo/SP) aponta que as re- des sociais têm se tornado um fa- tor de influência para a decisão de compra. O estudo, realizado no Brasil, Argentina, Chile, Colôm- bia, Equador e Peru, com 1.258 consumidores, mostra que 79% dos entrevistados acreditam que as opiniões de amigos e conhecidos sobre marcas, produtos e servi- ços são as mais confiáveis. Já para 72,8%, estas mensagens deixadas nas redes sociais são mais rele- vantes do que a de especialistas. Cerca de 58,9% buscam in- formações, antes de com- prar um produto, em sites co- mo Twitter, Facebook e Orkut e, de cada 10 participantes do le- vantamento, quatro disseram se- guir uma marca nestes canais. Estudo mostra que 72,8% acreditam que as opiniões de amigos e conhecidos são as mais confiáveis Redes sociais influenciam cada vez mais na decisão de compras Rio de Janeiro/RJ O comércio varejista apresentou, em maio, variação de 0,6% para o volume de vendas e 0,8% para a re- ceita nominal, na comparação com abril (série com ajuste sazonal), se- gundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - Rio de Janeiro/RJ). Para o volume de vendas, este resultado reverte o sinal negativo do mês anterior, enquanto a receita nominal continua apresen- tando números positivos neste tipo de comparação. Em relação a maio de 2010, as va- riações foram de 6,2% para o volu- me de vendas e de 10,7% na receita nominal. Nos acumulados dos cinco primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, as taxas se estabeleceram, respectivamente, em 7,4% e 9,2% pa- ra o volume de vendas, e em 12,3% e 13,4% para a receita nominal. Na comparação com abril, seis das oito atividades do varejo apresentaram ta- xas de variação positiva para o volu- me de vendas. Na comparação entre os meses de maio de 2010 e de 2011 (série sem ajuste), apenas a atividade de com- bustíveis e lubrificantes apresentou resultado negativo (-2,1%). As de- mais obtiveram aumento no volume de vendas, entre elas a de tecidos, ves- tuário e calçados: 5,6%. O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou cres- cimento em relação ao mês anterior com variação de 1,0% para o volume de vendas e de 0,5% para a receita no- minal, ambas as taxas com o ajuste sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sa- zonal), as variações foram de 12,8% para o volume de vendas e de 14,5% para a receita nominal. No acumula- do do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de 9,2% e 10,5% para o volume, e de 12,1% e 13,4% para a receita nominal, res- pectivamente. Vendas do varejo cresceram 6% no mês de maio Segmento de tecidos, vestuário e calçados teve boa performance Brasil De acordo com a pesquisa, os brasileiros são os que demons- tram mais interesse, com um to- tal de 81% dos usuários se re- lacionando com as marcas nas redes sociais. Entre os motivos estão o interesse em conhecer no- vos produtos e serviços (78,6%) e a procura por ofertas (74,7%). “A maioria dos lojistas não percebe a grande ferramenta de marketing que possuem”, afirma Alexandre Ribeiro, diretor da Ali- gattor Marketing Digital. Segundo ele, as redes sociais ainda não são utilizadas conforme sua real pro- posta. “O Facebook, por exemplo, aqui no Brasil é usado apenas co- mo uma rede de relacionamento entre amigos, diferente do seu pro- pósito original que é criar um ca- nal onde as empresas possam di- vulgar seus produtos”, explica. Postagens De acordo com o especialis- ta, esse meio de divulgação se dá através de “fan pages”, que são micro sites dentro da própria re- de social. “É possível ter o per- fil de pessoa física e nesta pági- na criar outra com a postagem de produtos, por exemplo”, comen- ta Ribeiro. Questionado sobre os conteú- dos a serem divulgados pelos lo- jistas, o consultor destaca a par- ticipação em fóruns de discussão na rede e perfil contendo links que remetam o internauta ao site e/ou loja virtual da empresa. “O que não se deve fazer é limitar as pos- tagens à promoções diárias, sem atrativos e conteúdos interessan- tes”, frisa Ribeiro, sugerindo a criação de blogs contendo artigos, dicas e reportagens sobre os arti- gos vendidos pela loja. iQoncept/Fotolia.com www.boaonda.com.br 51. 3529.8482

Entrevista jornal exclusivo julho 2011

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18 a 24/07/2011 EXCLUSIVOComérCio9

São Paulo/SP

Uma pesquisa encomendada pelo Mercado Livre à Oh! Panel (São Paulo/SP) aponta que as re-des sociais têm se tornado um fa-tor de influência para a decisão de compra. O estudo, realizado no Brasil, Argentina, Chile, Colôm-bia, Equador e Peru, com 1.258 consumidores, mostra que 79% dos entrevistados acreditam que as opiniões de amigos e conhecidos sobre marcas, produtos e servi-ços são as mais confiáveis. Já para 72,8%, estas mensagens deixadas nas redes sociais são mais rele-vantes do que a de especialistas. Cerca de 58,9% buscam in-formações, antes de com-prar um produto, em sites co-mo Twitter, Facebook e Orkut e, de cada 10 participantes do le-vantamento, quatro disseram se-guir uma marca nestes canais.

Estudo mostra que 72,8% acreditam que as opiniões de amigos e conhecidos são as mais confiáveis

Redes sociais influenciam cada vez mais na decisão de compras

Rio de Janeiro/RJ

O comércio varejista apresentou, em maio, variação de 0,6% para o volume de vendas e 0,8% para a re-ceita nominal, na comparação com abril (série com ajuste sazonal), se-gundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - Rio de Janeiro/RJ). Para o volume de vendas, este resultado reverte o sinal negativo do mês anterior, enquanto a receita nominal continua apresen-tando números positivos neste tipo de comparação. Em relação a maio de 2010, as va-riações foram de 6,2% para o volu-me de vendas e de 10,7% na receita

nominal. Nos acumulados dos cinco primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, as taxas se estabeleceram, respectivamente, em 7,4% e 9,2% pa-ra o volume de vendas, e em 12,3% e 13,4% para a receita nominal. Na comparação com abril, seis das oito atividades do varejo apresentaram ta-xas de variação positiva para o volu-me de vendas. Na comparação entre os meses de maio de 2010 e de 2011 (série sem ajuste), apenas a atividade de com-bustíveis e lubrificantes apresentou resultado negativo (-2,1%). As de-mais obtiveram aumento no volume de vendas, entre elas a de tecidos, ves-tuário e calçados: 5,6%.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou cres-cimento em relação ao mês anterior com variação de 1,0% para o volume de vendas e de 0,5% para a receita no-minal, ambas as taxas com o ajuste sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sa-zonal), as variações foram de 12,8% para o volume de vendas e de 14,5% para a receita nominal. No acumula-do do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de 9,2% e 10,5% para o volume, e de 12,1% e 13,4% para a receita nominal, res-pectivamente.

Vendas do varejo cresceram 6% no mês de maio

Segmento de tecidos, vestuário e calçados teve boa performance

Brasil De acordo com a pesquisa, os brasileiros são os que demons-tram mais interesse, com um to-tal de 81% dos usuários se re-lacionando com as marcas nas redes sociais. Entre os motivos estão o interesse em conhecer no-vos produtos e serviços (78,6%) e a procura por ofertas (74,7%). “A maioria dos lojistas não percebe a grande ferramenta de marketing que possuem”, afirma Alexandre Ribeiro, diretor da Ali-gattor Marketing Digital. Segundo ele, as redes sociais ainda não são utilizadas conforme sua real pro-posta. “O Facebook, por exemplo, aqui no Brasil é usado apenas co-mo uma rede de relacionamento entre amigos, diferente do seu pro-pósito original que é criar um ca-nal onde as empresas possam di-vulgar seus produtos”, explica.

Postagens De acordo com o especialis-ta, esse meio de divulgação se dá através de “fan pages”, que são micro sites dentro da própria re-de social. “É possível ter o per-fil de pessoa física e nesta pági-na criar outra com a postagem de produtos, por exemplo”, comen-ta Ribeiro. Questionado sobre os conteú-dos a serem divulgados pelos lo-jistas, o consultor destaca a par-ticipação em fóruns de discussão na rede e perfil contendo links que remetam o internauta ao site e/ou loja virtual da empresa. “O que não se deve fazer é limitar as pos-tagens à promoções diárias, sem atrativos e conteúdos interessan-tes”, frisa Ribeiro, sugerindo a criação de blogs contendo artigos, dicas e reportagens sobre os arti-gos vendidos pela loja.

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