Upload
redacaojornaldocommercio
View
13.989
Download
10
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Informações da holding de origem pernambucana Queiroz Galvão, que completa 60 anos em 2013
Citation preview
RELATÓRIO ANUAL 2012
DESTAQUES 2012 - PRINCIPAIS FATOS
Expresso Monotrilho Leste
A linha 15 do sistema paulistano de transporte, com 24,5 quilômetros de extensão, terá capacidade para receber 500 mil passageiros por dia. É um transporte inovador e sustentável, o primeiro monotrilho de alta capacidade do mundo.
Metrô Barra
A Construtora Queiroz Galvão participa da obra, que expande o Metrô Rio rumo à Zona Oeste da capital fluminense, ligando o bairro de Ipanema (Zona Sul) à Barra, região que vai concentrar os eventos dos Jogos Olímpicos de 2016.
Comperj
Um dos maiores projetos da história da Petrobras também tem a marca da Construtora Queiroz Galvão. A unidade, no estado do Rio de Janeiro, tem papel estratégico na expansão do setor petrolífero no Brasil.
RNEST
A CQG executa a montagem do complexo sistema de interligações entre os equipamentos da refinaria – a mais moderna do país – em construção na região de Ipojuca, Pernambuco.
Plataformas P-55 e P-63
Dois grandes projetos para a indústria nacional de óleo e gás, ambos geridos pelo Comitê Naval e Offshore. A operação de mating (integração) da P-55 foi a maior já realizada por um estaleiro brasileiro.
Parques Eólicos
Com os modernos equipamentos de geração eólica em implantação no Nordeste, o Grupo Queiroz Galvão prepara-se para ocupar um espaço importante no mercado brasileiro de energias renováveis.
Hidrelétricas
Em 2012, a atuação do Grupo Queiroz Galvão na produção de energia ganhou um reforço, com a conclusão da obra da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) Mucuri, no interior de Minas Gerais.
Via Mangue
Outro projeto significativo do Grupo no campo da mobilidade urbana. O novo sistema viário vai ajudar a descongestionar o trânsito da região metropolitana de Recife, capital do estado de Pernambuco.
Países nos quais as empresas do Grupo Queiroz Galvão desenvolvem projetos e negócios
2 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
INDICADORES FINANCEIROS CONSOLIDADOS
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O GRUPO
60 anos de Queiroz Galvão
Valores
A palavra dos Líderes
Empresas do Grupo por
Área de Atuação
Estrutura de Governança
ÁREAS DE NEGÓCIOS
Construção Brasil
Construção Internacional
Gestão de Negócios
Engenharia Ambiental
Desenvolvimento Imobiliário
Naval e Offshore
Exploração e Produção
Óleo e Gás
PROJETOS RESPONSÁVEIS
INFORMAÇÕES
02
03
04
12
15
16
18
19
20
30
36
44
50
58
64
70
76
84
APRESENTAÇÃO
No Relatório Anual 2012 do Grupo Queiroz
Galvão estão reunidas as informações
consolidadas sobre o desempenho das
áreas de negócios do Grupo, as principais
realizações e projetos concretizados
pela companhia e as perspectivas que se
apresentam para o futuro próximo.
Os dados compilados aqui são relativos
ao período entre 1.º de janeiro e 31 de
dezembro de 2012. Como no Relatório
2011, foram seguidos os princípios de
relato da Global Reporting Initiative
(GRI). Para efeito de coleta de
indicadores relacionados a desempenho
econômico, social e ambiental, foram
consideradas as informações prestadas
pela Construtora Queiroz Galvão, que
responde pelo maior faturamento entre
as áreas de negócio do Grupo.
2 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
33
INDICADORES FINANCEIROS CONSOLIDADOS
FATURAMENTO POR ÁREAS DE NEGÓCIOS
4 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Carlos
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Ricardo Maurício
Fernando Antônio AugustoMarcos Roberto
6 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
A economia global não teve um ano
fácil em 2012. A atividade econômica
no país passou por seu período de
menor crescimento desde 2009 – um
aumento no Produto Interno Bruto
(PIB) de 0,9%, inferior ao registrado
em 2011 (2,7%) e bem abaixo das
expectativas. A inflação, que chegou
a 5,84%, foi menor do que a do ano
anterior, mas ainda assim ultrapassou
o centro da meta estipulada. Várias
iniciativas governamentais para
aquecer a economia e estimular a
competitividade foram lançadas,
incluindo a redução da taxa básica
de juros (Selic) e a expansão do
programa federal de concessões em
infraestrutura. Ainda assim, o nível
de investimento e a produtividade
industrial não reagiram. A Formação
Bruta de Capital Fixo (FBCF), índice
calculado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) que
apura o que se investe em máquinas,
bens duráveis e construção civil
no país, caiu pelo segundo ano
consecutivo.
O Grupo Queiroz Galvão comemora, em 2013, 60
anos de fundação. A chegada a este marco histórico é
acompanhada por uma série de mudanças estruturais
e estratégicas consolidadas em 2012, que permitiram
à companhia atravessar com sucesso mais um ano de
turbulência econômica no cenário mundial. Diversificando
suas atividades e reorganizando-se internamente, o
Grupo fortaleceu seus indicadores financeiros e ampliou
seus campos de atuação. A evolução nos resultados em
comparação com 2011 comprova o acerto dos novos
rumos e prepara a Queiroz Galvão para ter um ano ainda
melhor em seu 60.º aniversário.
6 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
2010 2011 2012
Construção
Outras Áreas de Negócios
Evolução do faturamento: Construção x outras Áreas de Negócios
7
Essa conjuntura foi reflexo da crise
financeira mundial, que desde 2008
vem causando perdas pesadas à
economia global. Analistas do cenário
concordam que o pior período já
passou, mas a recuperação ainda é
lenta e sujeita a sobressaltos. Dados
do Fundo Monetário Internacional
(FMI) dão conta de que o PIB mundial
teve um aumento de 3,2% em 2012,
apresentando queda em comparação
com os números de 2011 (3,9%).
O momento, segundo o
FMI, requer austeridade e
prontidão dos governos
para agirem ao primeiro
sinal de desestabilização.
Enquanto os Estados Unidos e o
Japão confirmaram as previsões de
crescimento, a União Europeia passou
momentos difíceis – na zona do euro,
a maior elevação do PIB foi registrada
na Alemanha (0,6%), enquanto a
Espanha chegou a ter uma retração
de 1,5%. A média de crescimento dos
países emergentes foi melhor: 5,5%,
com destaque para o desempenho da
China (8,2%).
Apesar da aridez dos cenários, o
Grupo Queiroz Galvão teve um
2012 positivo. Os bons resultados
na comparação com o ano anterior
devem-se, em parte, à expansão
e à diversificação dos negócios
da companhia. A Construtora
Queiroz Galvão, empresa pioneira
da companhia, segue como a
principal área em termos de
faturamento e resultados. Mas o
aumento da participação de outras
áreas – exploração e serviços
no segmento de petróleo e gás,
empreendimentos imobiliários,
geração e comercialização de
energia, engenharia ambiental,
produção de alimentos, construção
naval – contribuiu para que o Grupo
superasse as dificuldades conjunturais
da economia.
A evolução do processo
de governança gerou duas
novas áreas de negócio, o
que estimulou a sinergia
entre as empresas do
Grupo e propiciou o
aproveitamento de
oportunidades em
mercados aquecidos.
A Queiroz Galvão Gestão de
Negócios (QGGN) surgiu da
fusão de duas outras áreas,
Participações e Concessões (QGPC)
e Desenvolvimento de Negócios
(QGDN). Alguns dos principais
ganhos desse modelo estrutural
foram aumentos na sinergia e na
especialização. Um bom exemplo
foi a constituição de uma empresa
comercializadora de energia para
concentrar os ativos do Grupo
na área, incluindo o portfólio de
energias renováveis, como a eólica
e a da biomassa. Em 2012, entre os
principais resultados das empresas
reunidas na QGGN destacam-se
a produção de alimentos, com o
aumento das vendas de camarão no
mercado interno e a verticalização
da produção de frutas; a concessão
de serviços públicos, que teve
um crescimento substancial da
população atendida pelas empresas
de saneamento do Grupo; e os
investimentos na produção de
cimento, com o início da construção
de uma fábrica no Maranhão e outra
na Bahia.
A busca por novas – e inovadoras
– frentes de negócio orientou os
investimentos na produção de
energias renováveis em 2012. Os
parques eólicos instalados nos
estados do Ceará, Rio Grande do
Norte e Piauí vão posicionar o Grupo
entre os mais relevantes players na
comercialização e no fornecimento
de energia limpa e sustentável,
em conjunto com a exploração do
potencial energético da biomassa, já
em curso, e os estudos para o uso da
energia solar.
Mais inovação, desta vez conjugada
ao cuidado com o meio ambiente,
marcou a introdução de novos
fornos retangulares nas operações
de queima de madeira advinda
de florestas plantadas. Os novos
equipamentos e processos, mais
7
8 Queiroz Galvão Relatório Anual 20128 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
seguros e eficientes, e capazes de
maior produtividade, geraram os
primeiros créditos de carbono da
história do Grupo Queiroz Galvão.
No que tange à gestão das atividades
de construção naval e montagem
de plataformas para exploração
de petróleo, as operações foram
reunidas sob o Comitê Naval e
Offshore. A intenção é fortalecer a
estratégia do Grupo no segmento,
que apresenta elevado nível de
demanda por conta da exploração das
reservas da camada do pré-sal. As
participações no Estaleiro Atlântico
Sul (EAS) e na QUIP S/A estarão
sob a responsabilidade do Comitê.
Nesse segmento, merece destaque
a entrega à Petrobras, realizada pelo
Atlântico Sul, do navio petroleiro
João Cândido; os ganhos de escala
na produção; e a parceria tecnológica
com o estaleiro japonês IHI. Em
2013, o EAS entregou à Transpetro,
no primeiro quadrimestre do ano, o
petroleiro Zumbi dos Palmares. Já o
estaleiro da QUIP realizou em 2012
o histórico mating em dique seco da
plataforma P-55, a maior operação do
tipo já feita no país. Em 2013, a QUIP
prepara-se para entregar à Petrobras
duas novas plataformas, a P-58 e
a P-63.
As boas perspectivas
vindas do mercado
de óleo e gás se
multiplicaram em 2012.
A Queiroz Galvão Exploração e
Produção (QGEP), maior produtora
independente do país, teve um ano
excepcional, com a adição de novos
ativos, o bom desempenho das ações
negociadas na BM&FBovespa e o
excelente desempenho produtivo
do campo de gás natural de Manati
(Bahia).
A Queiroz Galvão Óleo e
Gás (QGOG) manteve a
posição de destaque no
fornecimento de serviços
para empresas do setor
petrolífero, expandindo
sua frota de navios e
plataformas e investindo
fortemente em formação e
capacitação técnica.
O mercado industrial onshore de óleo
e gás ainda proporcionou grandes
projetos à Construtora Queiroz
Galvão, que trabalha na construção do
Comperj − o maior polo petroquímico
da América Latina − e em duas outras
unidades da Petrobras, a Refinaria
Abreu e Lima (Rnest) e a Refinaria
Duque de Caxias (Reduc).
A Construtora também seguiu
desenvolvendo empreendimentos
notáveis, tanto no Brasil quanto no
exterior. Além dos citados avanços
na área de óleo e gás, a empresa
está presente em obras de grande
porte que vão melhorar a vida de
milhões de pessoas: a Ferrovia
Norte-Sul, a expansão do Metrô Rio,
a construção do Monotrilho em São
Paulo, a criação da Via Mangue em
Recife e a Usina Hidrelétrica de Belo
Monte, a terceira maior instalação do
tipo no mundo. No exterior, a marca
Queiroz Galvão vem sendo levada
para diversos países na América do
Sul e no Caribe, na África e no Oriente
Médio, participando de obras de
diversos tipos: rodovias, projetos de
irrigação, redes de abastecimento,
saneamento e hidrelétricas. Essa
gama de atividades comprova a
vocação do Grupo Queiroz Galvão
para tomar parte em importantes
obras de infraestrutura, projetos de
grande porte que ajudam a alavancar
o desenvolvimento das regiões
beneficiadas.
99
O setor imobiliário rendeu expressivos
resultados no ano.
A Queiroz Galvão
Desenvolvimento
Imobiliário (QGDI)
realizou seu primeiro
lançamento em Brasília
e aumentou a oferta de
empreendimentos no Rio
de Janeiro, mantendo
ainda firme presença em
Pernambuco, Bahia e
São Paulo.
Com isso, o valor geral de vendas
(VGV) dos lançamentos da empresa
experimentou um aumento de
78% em relação a 2011, elevação
ainda mais marcante se comparada
com a performance das principais
concorrentes da QGDI, e que permite
projetar um 2013 igualmente bem-
-sucedido.
Boas também são as perspectivas
para a Vital Engenharia Ambiental, o
braço do Grupo dedicado à gestão
integrada de resíduos e a serviços
de limpeza urbana. Em 2012, a
empresa iniciou seu primeiro projeto
de incineração de resíduos perigosos,
em um centro de tratamento (CTR)
de alta tecnologia em Minas Gerais.
Além disso, por meio da companhia
Inova, a Vital passou a executar
serviços de limpeza e conservação do
mobiliário urbano da região noroeste
da cidade de São Paulo, a maior
capital do país, e ainda firmou uma
Parceria Público-Privada (PPP) para
prover serviços de limpeza pública na
capital do Maranhão, São Luís.
O Grupo Queiroz Galvão
comemora seus 60 anos
de existência com a
mesma vitalidade que o
originou. Parte importante
dessa celebração é a
parceria da companhia
com a Orquestra Sinfônica
Brasileira, que conta com
o patrocínio do Grupo
em 2013.
Principal grupo dedicado à música
erudita no Brasil, a OSB fará uma
série de concertos comemorativos
em homenagem ao 60.º aniversário.
O apoio à Orquestra é apenas um
dos projetos que o Grupo promove
visando o desenvolvimento
educacional, cultural e ambiental
da sociedade brasileira, e diversas
dessas atividades estão descritas no
capítulo Desempenho Socioambiental
deste Relatório.
Ao completar seis
décadas, o Grupo Queiroz
Galvão tem o privilégio
de constatar o sucesso de
todas as suas iniciativas,
nas mais diversas áreas
de atuação, graças ao
esforço e à dedicação
de seus cerca de 46 mil
colaboradores.
E graças também à prática dos
valores legados por seus fundadores
– Trabalho, Lealdade, Confiabilidade,
Qualidade –, que atravessam todos
os níveis hierárquicos do Grupo
e o habilitam a prosseguir, sólido
e vitorioso, por muitas e muitas
décadas.
Obras da rodovia Transamazônica
O mês de abril de 1953 é considerado o marco inicial da
trajetória do Grupo, que de uma pequena firma de engenharia
transformou-se em um dos maiores conglomerados
empresariais do Brasil.
O GRUPO
Em 2013, o Grupo Queiroz Galvão completa 60 anos de atuação nacional e internacional
12 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Com uma atuação de sucesso consolidada em diferentes
segmentos e áreas de negócios, a Queiroz Galvão chega
aos 60 anos de existência como uma empresa que
marcou seu nome na história e ampliou sua atuação para
mercados internacionais.
Sediado no Rio de Janeiro, o Grupo
Queiroz Galvão tem como focos
principais a oferta de infraestrutura
e o trabalho em áreas indutoras
do desenvolvimento econômico.
O Grupo congrega hoje mais de
50 empresas nos segmentos de
Construção, Desenvolvimento
Imobiliário, Alimentos, Siderurgia,
Energias Renováveis, Saneamento,
Óleo e Gás, Engenharia Ambiental
e Indústria Naval. Está presente
no Brasil e em mais de 20 países,
na América do Sul e no Caribe, na
África e no Oriente Médio. Seus
empreendimentos geram milhares de
empregos e estimulam o crescimento
das regiões onde são desenvolvidos,
sempre sob os princípios de
responsabilidade socioambiental que
pautam suas ações.
O Grupo nasceu em Recife (PE), a
partir de uma pequena construtora,
fundada no ano de 1953, pelos
irmãos Antônio, Dario, João e Mário
de Queiroz Galvão. Formados
em Engenharia, foram eles que
estabeleceram o negócio e deram
início ao trabalho com obras de
saneamento e pavimentação de
estradas na região pernambucana.
As primeiras obras da Queiroz
Galvão Ltda. foram a construção da
infraestrutura de abastecimento de
água para a cidade de Limoeiro (PE);
a pavimentação das estradas BR-101
Norte, entre Recife e Goiana (PE),
e da estrada de Jundiaí-Termas de
Lindoia, em São Paulo (SP).
Desde o início, a Queiroz Galvão
já demonstrava vocação para o
crescimento. Tanto que, ainda
no ano de 1957, conquistou uma
grande obra ao vencer uma licitação
do Departamento de Estradas de
Rodagem (DER) em São Paulo, o que
A primeira sonda terrestre de exploração instalada na Amazônia, em 1987 Construção da Barragem de Carpina, no estado de Pernambuco
60 ANOS DE QUEIROZ GALVÃO
13
marcou o início de sua expansão no
cenário nacional.
Logo após a chegada ao mercado
paulista, a empresa começou a
difundir seu nome graças à execução
de obras distribuídas de Norte a
Sul do país. Os estados do Paraná,
Espírito Santo e Minas Gerais, por
exemplo, já conheceram a excelência
da engenharia da Queiroz Galvão a
partir da década de 1960.
Foi nesse período que a empresa
atuou no processo de pavimentação
da BR-262, no Espírito Santo, e da
BR-116, no Ceará. A QG participou
ainda da construção da rodovia
BR-376 (Curitiba-Ponta Grossa) e
executou sua primeira obra federal
em Minas Gerais. Foi então, também,
que a empresa passou a se chamar
Construtora Queiroz Galvão S/A.
Na década de 70, a Construtora
participou da Ferrovia do Aço
e colaborou na execução dos
emblemáticos projetos rodoviários da
Transamazônica e da Belém-Brasília,
que marcariam decisivamente
sua trajetória.
Com a fundação da agropecuária Rio
Arataú, no Pará, tem início o processo
de diversificação dos negócios e a
formação do Grupo Queiroz Galvão.
A empresa se lança no mercado
imobiliário com dois edifícios de alto
luxo, localizados no Recife; entra no
segmento hídrico com as barragens
de Tapacurá e Goitá, em Pernambuco;
e, ainda, atua nas obras de construção
do metrô do Rio de Janeiro.
A partir da década de 1980, a QG
multiplicou suas áreas de atuação
e passou a investir na produção
e comercialização de alimentos e
na agricultura irrigada, por meio da
Timbaúba Agrícola S.A., cuja sede
ficava em Petrolina (PE).
É também nessa mesma época
que ocorre a expansão para o setor
de Óleo e Gás, com a abertura da
Queiroz Galvão Perfurações, hoje
Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG).
Ainda na década de 1980, teve início
o processo de internacionalização
da empresa, com a construção da
barragem Paso Severino, no Uruguai.
Construção da Transamazônica, na década de 1970: projeto emblemático para a integração nacional também foi um marco para o Grupo
14 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Nos anos 1990, o Grupo ingressou
no setor de concessões rodoviárias,
com a Concessionária Rio-Teresopólis
(CRT). A Construtora foi apontada
pela revista Exame, por duas vezes
nessa mesma década, como a
melhor empresa do setor, e executou
o projeto da Hidrelétrica Miranda,
no Triângulo Mineiro, da Rodovia
Carvalho Pinto, em São Paulo, e da
Linha Vermelha, no Rio de Janeiro.
O segmento de limpeza urbana foi
expandido; a QG Perfurações adquiriu
duas plataformas marítimas; e as
siderúrgicas Simasa e Vale do Pindaré
foram incorporadas ao Grupo.
No século 21, a atuação do Grupo
no segmento de óleo e gás ganha
força com a entrada em serviço de
plataformas de exploração petrolífera
operadas pela QGOG, como a Gold
Star e a Lone Star, que empregam
alta tecnologia. Surgida em 2010,
a Queiroz Galvão Exploração e
Produção (QGEP) torna-se a primeira
empresa privada nacional autorizada a
operar em águas profundas.
Paralelamente, a diversificação
das atividades se expande com o
estabelecimento da Vital Engenharia
Ambiental – empresa especializada
em manejo de resíduos e limpeza
urbana – e da Queiroz Galvão
Desenvolvimento Imobiliário (QGDI),
dedicada a lançar empreendimentos
imobiliários para vários perfis
de público.
A Construtora intensifica sua
presença internacional, destacando-se
no segmento de montagem industrial
para os setores Petroquímico e de
Óleo e Gás. Hoje, sua atuação no
exterior compreende as regiões da
América do Sul (Argentina, Peru,
Venezuela, e Guiana) e da América
Central (Honduras, Nicarágua,
El Salvador e Panamá), o Caribe
(República Dominicana), a África
(Líbia, Gana, Guiné Equatorial, Gabão,
Angola, Tanzânia e Moçambique)
e o Oriente Médio (Catar e
Emirados Árabes Unidos). Isso
possibilita ao Grupo contribuir com o
desenvolvimento de países como, por
exemplo, Angola.
A Construtora Queiroz Galvão
fecha a década com a conquista,
na Venezuela, de um dos mais
significativos contratos de sua área
internacional: o sistema de Riego
Quíbor. No contexto interno, a QGSA
promove avanços em seu sistema
de governança, que, juntamente
com outras iniciativas, visam a
perpetuidade do Grupo.
60 ANOS DE QUEIROZ GALVÃO
Pavimentação de uma rodovia em Salgueiro, Pernambuco. A construção de estradas deu grande impulso ao Grupo nas décadas de 1960 e 1970
15
Para o Grupo Queiroz Galvão, a boa gestão e a qualidade de seus produtos, serviços e
processos é pautada pela aplicação cotidiana de quatro valores:
Eles orientam o comportamento dos executivos e do
pessoal operacional, o planejamento estratégico das
empresas e as relações com clientes, parceiros e a
população beneficiada pelos projetos do Grupo. Tais valores,
que dão a base intangível para o bom desempenho, não se
alteram com o passar dos anos – são imutáveis.
Também não são objeto de negociação nem de concessões,
seja qual for o motivo. Eles estabelecem os padrões de
moral e ética que definem a administração dos negócios do
Grupo e resumem, em suas definições, a própria identidade
da companhia e a imagem que ela projeta para o mundo e
para seu público interno.
VALORES
Os fundadores: João Antônio e Antônio de Queiroz Galvão. Ao fundo, quadros fotográficos de Mário e Dario de Queiroz Galvão
ConfiabilidadeCumprir todos os objetivos e prazos estabelecidos em
qualquer relação de trabalho, seja com clientes, seja com
os colaboradores. Este valor garante a confiança total
em relação aos projetos, empreendimentos e serviços
oferecidos pelas empresas do Grupo.
TrabalhoÉ o pilar fundamental sobre qual todo o sucesso do
Grupo se ergue. Dedicação e esforço na superação de
desafios, aplicados com correção e honestidade, são
básicos na visão de negócio da Queiroz Galvão.
LealdadeA união entre pessoas é imprescindível para a obtenção
dos melhores resultados. Essa ideia está disseminada por
todo o Grupo Queiroz Galvão, criando a fundação para a
cooperação interna, a boa comunicação e o apoio mútuo
entre os colaboradores.
QualidadeO aprimoramento dos processos e da gestão dos
negócios, bem como da qualificação de seus funcionários
em todos os níveis, é contínuo. As certificações que as
empresas do Grupo recebem nos mais diversos ramos de
atividades são a prova da busca incessante por melhorias
na prestação de serviço e na entrega de produtos.
16 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
A PALAVRA DOS LÍDERES
Ildefonso Colares, Presidente do Comitê Naval e Offshore
“O Grupo Queiroz Galvão prima por seus valores
institucionais. Eles são fruto da filosofia empresarial
e de vida dos seus fundadores e são comungados e
compartilhados por todos. Dessa forma, Confiabilidade,
Lealdade, Qualidade e Trabalho são mais do que
praticados, mas “vividos” por colaboradores e,
especialmente, pelas lideranças. Daí advém um
ambiente empresarial pleno em liberdade de ação e de
comunicação, sempre com um foco responsável nos
resultados. Isso explica muito do êxito alcançado nos
últimos 60 anos, além de indicar um caminho de contínuo
e sólido crescimento para as próximas décadas.”
André Câncio, Presidente da Queiroz Galvão Gestão de Negócios
“Vocação pelo fazer – essa, sem dúvida, é uma das
principais características do Grupo Queiroz Galvão.
Completar 60 anos é um marco para poucos e posso
afirmar, com especial satisfação, que vivenciei um
terço dessa história de realizações. Fui testemunha de
decisões estratégicas. Sempre admirei a capacidade de
realização dos dirigentes e a determinação que contagia
a equipe com os mesmos objetivos. Se for decidido fazer,
será feito. Aliás, muito bem-feito e no menor espaço de
tempo possível.”
Lincoln Guardado, Presidente da Queiroz Galvão Exploração e Produção
“O nome Queiroz Galvão é uma marca que nos dá
conforto e que tem ajudado muito à Exploração &
Produção. Conseguimos realizar muitos projetos e
enfrentar desafios por causa da confiança que o nome
do Grupo transmite. Isso está no nosso DNA. Quem vem
de fora – como eu, que estou aqui há três anos e meio
– aprende muito rapidamente os valores que o Grupo
passa. Para a QGEP, é com júbilo que dizemos fazer parte
do Grupo Queiroz Galvão.”
José Diniz, Presidente da Queiroz Galvão Construction Inc.
“Quando nos apresentamos como uma empresa
que existe há 60 anos, isso causa um impacto muito
significativo nos clientes. Ninguém permanece durante
60 anos no mercado se não tiver muita seriedade. Eu
tenho praticamente a mesma idade da QG, cresci na
mesma região onde a empresa nasceu, em Pernambuco,
e testemunhei sua trajetória de crescimento desde o
começo, sendo que continua crescendo até hoje, com
muita solidez. Quando olhamos esse cenário... 60 anos
já falam por si só.”
17
Petrônio Braz Júnior, Presidente da Construtora Queiroz Galvão
“À luz das mudanças proporcionadas pelo
crescimento do Grupo Queiroz Galvão, o aniversário
de 60 anos representa para a Construtora o início
de um momento novo. A CQG era a ‘mãe’ das outras
empresas; agora, somos mais uma ‘irmã’. Vamos
repensar e redefinir o nosso papel na evolução do
Grupo, mantendo o compromisso de primar pela
reconhecida excelência de nossos trabalhos. Com
esse intuito, buscaremos inspiração nas conquistas do
passado e investiremos nos atributos presentes, para
atingir as condições de alcançar o futuro almejado.”
Leduvy Gouvêa Filho, Presidente da Queiroz Galvão Óleo e Gás
“A história de nossa empresa é marcada pela superação
de desafios ligados a uma complexidade tecnológica
cada vez maior – isso sem abrir mão da excelência
operacional reconhecida por nossos clientes. É
justamente nesse ambiente de negócios que nos
dedicamos de modo especial a manter e difundir os
valores do Grupo Queiroz Galvão, os quais nos foram
legados pelos fundadores. Aliás, tais valores certamente
explicam a trajetória de sucesso percorrida nos últimos
60 anos.”
José Eduardo Sampaio, Presidente da Vital Engenharia Ambiental
“Um dos grandes diferenciais do Grupo Queiroz
Galvão é a relação de confiança estabelecida com os
colaboradores, em especial com as lideranças. Esse
aspecto tem agregado agilidade ao processo decisório
e garantido importantes vantagens competitivas. Essa é,
sem dúvida, uma das características que têm contribuído
de forma significativa para os 60 anos de sucesso da
companhia.”
Frederico Pereira, Presidente da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário
“O meu sentimento ao olhar essa trajetória de 60 anos de
avanços é de grande admiração. Não apenas pelo que foi
conquistado, mas, sobretudo, pela forma como isso ocorreu:
com muito trabalho, lealdade, confiabilidade e qualidade.
Essas quatro fortes palavras que constituem os valores da
organização resumem meu pensamento. A atenção que o
Grupo Queiroz Galvão dá às competências de gestão sinaliza
que a preparação de seus líderes é, foi e sempre será um tema-
-chave. Essa atenção garantiu no passado, garante no presente
e deverá garantir no futuro a forte, crescente e responsável
presença do Grupo em todos os seus mercados de atuação.”
18 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
EMPRESAS DO GRUPO POR ÁREA DE ATUAÇÃO
19
ESTRUTURA DE GOVERNANÇA
Detalhe da futura estação Oratório do Monotrilho, São Paulo (SP). Os novos trens transportarão 500 mil passageiros por dia
Com grandes projetos em infraestrutura e mobilidade no Brasil, a CQG também consolida sua presença em outros países da América do Sul e do Caribe e na África.
Construtora Queiroz Galvão
22 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Construtora Queiroz Galvão Brasil
A diversificada atuação da Construtora Queiroz Galvão
(CQG) – a empresa que foi o marco inicial da fundação
do Grupo, em 1953 – nos mercados público e privado
resultou em um faturamento, em 2012, de R$ 3,93 bilhões.
Houve uma mudança no comando da companhia: Petrônio Braz Jr.,
que até 2012 ocupava a Diretoria Executiva da Construtora Queiroz
Galvão Américas, assumiu a presidência da CQG, substituindo
Ildefonso Colares Filho, que foi designado para o Comitê Naval
e Offshore.
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ): a CQG constrói duas unidades de hidrotratamento
23
Um destaque importante no ano
foi o maior equilíbrio entre as obras
privadas (divididas nos segmentos
industrial e produção de óleo e gás
natural) e os projetos públicos na
composição da carteira da companhia.
Com uma grande diversificação em
suas atividades, a Construtora tem
impulsionado negócios para outras
empresas do Grupo, especialmente
nas áreas de infraestrutura, energia
e óleo & gás. Exemplo disso foi a
assinatura do contrato de construção
do Parque Eólico Riachão, em Ceará
Mirim (RN), um empreendimento da
Queiroz Galvão Energias Renováveis
(QGER).
Como principais conquistas no
mercado industrial e privado em 2012,
destacam-se o recorde na instalação
de montagem de tubulações (2.000
T/mês), atingido na construção da
Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em
Pernambuco, e o prêmio de Melhor
Projeto no 3.º Seminário Técnico
Gerencial de Engenharia Petrobras
(concedido ao projeto “Uso da
Modularização e Galvanização na
Construção do Pipe Rack: Ganhos de
Custo e Prazo”), apresentado para a
Refinaria Landulpho Alves (RLAM),
na Bahia.
Já no mercado de infraestrutura,
a CQG consolidou o contrato de
construção da Linha 4 do Metrô Rio
(RJ). Em relação à gestão, foi criada
uma superintendência interna para
estudos e propostas de Parcerias
Público-Privadas (PPPs), um modelo
de contratação cada vez mais
presente na estratégia de negócios da
Construtora desde 2011.
Obras do Monotrilho em São Paulo (SP) Refinaria Abreu e Lima − RNEST, Ipojuca (PE)
24 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
VOCAÇÃO PIONEIRA
Foi com a Construtora que, em 1953, no Recife, nasceu o Grupo Queiroz Galvão. Hoje, 60 anos depois,
a empresa atua nos setores de saneamento, recursos hídricos, portos e aeroportos, rodovias, pontes,
túneis e viadutos, edificações, industrial, hidrelétricas e linhas de transmissão, infraestrutura urbana,
recuperação ambiental, ferrovias e sistemas metroviários. Uma das quatro maiores empresas nacionais
do setor, a Construtora tem em seu currículo obras que proporcionam crescimento econômico e
maior infraestrutura em diversos estados do país, contribuindo para a qualidade de vida de milhões
de pessoas – com melhorias na mobilidade cotidiana, tratamento de água, fornecimento de energia e
transporte interurbano, entre outros aspectos.
Projetos de destaque
Entre os destaques de 2012 na
atuação da Construtora, estão os
avanços significativos no andamento
de obras de grande porte, em setores
como geração de energia, mobilidade
urbana e na cadeia de óleo e gás.
Hidrelétrica de Belo Monte:
Quando for inaugurada, será a
maior usina hidrelétrica instalada
inteiramente em solo brasileiro e
a terceira maior do mundo. Essa
obra monumental, construída no
Rio Xingu (PA), tem capacidade total
instalada de 11.233 MW e deverá,
quando operacional, fornecer uma
média de 4.571 MW – energia
elétrica suficiente para suprir as
necessidades de cerca de 40% dos
domicílios brasileiros. A construção
alcançou as metas de 2012, tendo
atingido a conclusão de 20% do total
das obras civis, e prepara-se para
viver o pico da construção em 2013.
Do total de 250 km para acessos
e estradas de serviço ao longo do
empreendimento, cerca de 170 km já
foram pavimentados.
Rio Barra: a Queiroz Galvão
participa das obras da Linha 4
do Metrô carioca, que vai ligar a
estação de Ipanema à Barra da
Tijuca. A escavação do túnel está
Maquete eletrônica da Hidrelétrica de Belo Monte (PA) Obras da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro (RJ)
25
Trecho da Ferrovia Norte-Sul: quando concluída, a linha férrea vai cortar sete estados
Obras do monotrilho, estação Oratório e Centro de Controle, em São Paulo (SP)
poderão transportar até 48 mil
pessoas por hora, o que os configura
como o primeiro monotrilho de alta
capacidade do mundo.
Ferrovia Norte-Sul: A construtora
avançou nas obras do trecho que vai
ligar o Centro-Oeste ao restante da
ferrovia, possibilitando o escoamento
da produção agrícola por meio dos
portos do Norte e do Nordeste,
que também serão interligados ao
sistema. A CQG trabalha em um
segmento da ferrovia que soma
669 quilômetros, entre Ouro Verde
(GO) e Estrela d’Oeste (SP). Quando
concluída, a linha férrea vai se
estender por 1.980 km e cortará
os estados de Pará, Maranhão,
Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São
Paulo e Mato Grosso do Sul. Em
fevereiro de 2013, a CQG venceu a
concorrência para as obras e serviços
de engenharia para complementação
do Túnel 2 da Ferrovia, em Anápolis,
Goiás.
sob a responsabilidade da CQG e do
consórcio Rio Barra, liderado pela
empresa. Para dar conta do desafio
da escavação no trecho sul do projeto,
saindo de Ipanema, passando pelo
bairro do Leblon e chegando à Gávea,
uma gigantesca tuneladora – o TBM
(tunnel boring machine, ou máquina
perfuradora de túneis) – foi trazida
da Alemanha. O aparato, apelidado
de “tatuzão”, tem 120 metros de
comprimento e a altura de um
prédio de quatro andares, um dos
maiores equipamentos já usados em
construção civil na América Latina. A
obra conta com 1.600 colaboradores
em atividade, número que pode subir
para 2.500 no pico dos trabalhos. O
metrô vai transportar cerca de 500
mil pessoas por dia, que vão gastar
pouco mais de 30 minutos para ir do
Centro da cidade até a Barra da Tijuca,
na Zona Oeste; o mesmo percurso
hoje leva, pelo menos, 1 hora e 20
minutos.
Monotrilho: a Linha 15 do sistema
paulistano de transporte tem a
extensão de 24,5 quilômetros, por
onde passarão cerca de meio milhão
de pessoas a cada dia. O Expresso
Monotrilho Leste é um paradigma do
moderno transporte de massa. Os
trens são feitos de alumínio, tornando-
-os 30% mais leves que os veículos
convencionais. Movidos a energia
elétrica, emitem baixos níveis de
poluição e ruído. Quando estiverem
funcionando à plena capacidade,
26 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Obras da Via Mangue em Recife (PE): o complexo viário vai trazer melhorias para a mobilidade urbana e inclui a construção de conjuntos habitacionais
Via Mangue: Maior obra de
infraestrutura realizada em Recife em
mais de três décadas, a Via Mangue
vai melhorar o trânsito na Zona Sul
da capital pernambucana. Contando
com faixas de rolamento expressas,
sem semáforos ou cruzamentos,
o corredor viário ligará o Centro da
capital pernambucana ao bairro de
Boa Viagem. Quando concluído, terá a
extensão total de 8,87 km, contando
com oito pontes, uma alça de ligação,
uma passagem semissubterrânea
e ciclovias. O impacto positivo
sobre a população recifense não
se restringirá à mobilidade urbana.
Um cinturão de proteção ambiental
vai cercar o manguezal do Rio Pina,
importante ecossistema da região
metropolitana. Além disso, ainda
contempla a construção de três
conjuntos habitacionais, beneficiando
992 famílias que moravam em
palafitas e locais próximos ao trajeto
da via. O projeto faz parte do Plano de
Aceleração do Crescimento (PAC) e
do pacote de mobilidade para a Copa
do Mundo de 2014.
Canal do Sertão: A CQG finalizou
as obras do Canal do Sertão Alagoano,
projeto que levará água para consumo
da população rural e urbana do
estado, beneficiando cerca de 900
mil habitantes em 42 municípios. É a
maior obra de infraestrutura hídrica já
feita no estado de Alagoas e uma das
maiores em toda a região Nordeste.
Os primeiros 65 quilômetros do canal
estão em funcionamento, levando
água para três municípios (Delmiro
Gouveia, Pariconha e Água Branca).
Ao final da obra, o Canal terá 250 km
de extensão total, recebendo água do
Rio São Francisco a uma vazão média
de 32 m³ por segundo. O Canal do
Sertão possibilitará a instalação de
projetos de pecuária e de irrigação
na região, assim como a introdução
de projetos de piscicultura, gerando
renda e fonte de alimentos durante
todo o ano.
Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro (Comperj): Para esse projeto,
um dos maiores empreendimentos
da história da Petrobras, a CQG
está construindo duas unidades
de hidrotratamento (equipamentos
que reduzem o teor de enxofre do
combustível durante a fase de refino,
tornando-o menos poluente) e suas
respectivas subestações de energia
27
Obras da rodovia BR-448, no Rio Grande do Sul: trabalhos intensificados em 2012
Obras do Canal do Sertão, Delmiro Gouvêa (AL): beneficiando cerca de 900 mil pessoas
armazenamento de óleo cru e seus
derivados refinados através de
tubulações, válvulas e bombas, em
operações extremamente precisas. O
projeto é realizado com muita atenção
à segurança: em 2012, a operação
atingiu a meta de 10 milhões de
homens/hora trabalhadas sem
acidentes que gerassem afastamento.
Rodovia BR-448: Os trabalhos
de terraplanagem, drenagem e
pavimentação que a CQG executa na
rodovia (no estado do Rio Grande do
Sul) ampliarão a estrada federal e vão
ajudar a desafogar o tráfego da BR-
-116 – uma das mais importantes vias
de transporte de cargas do país. O
trecho no qual a Construtora trabalha
teve suas obras intensificadas em
2012 e inclui a construção de uma
ponte estaiada sobre o Rio Gravataí
(região metropolitana de Porto
Alegre).
elétrica. O Comperj, que ocupará
uma área de 45 milhões de metros
quadrados, tem papel estratégico
na expansão do setor petrolífero no
Brasil. A instalação vai aumentar a
capacidade nacional de refino de
petróleo pesado e produção de
petroquímicos, com consequente
redução da importação de derivados
e de produtos correlatos. Além disso,
sua produção vai impulsionar toda
uma cadeia de transformação de
produtos petroquímicos de segunda
geração em bens de consumo,
envolvendo componentes para
montadoras de automóveis, materiais
cirúrgicos e eletrodomésticos. Toda
a operação da CQG no Comperj
segue boas práticas de cuidados
ambientais, incluindo tratamento de
efluentes, armazenamento seguro de
produtos químicos e coleta seletiva
de resíduos.
Refinaria Abreu e Lima (RNEST):
Outro projeto de grande porte para a
indústria de óleo e gás, erguido em
Ipojuca (Pernambuco) e que conta
com a participação da Queiroz Galvão.
Maior e mais moderna refinaria do
país, construída com tecnologia
totalmente nacional, emprega
cerca de 9.500 trabalhadores.
A empresa faz a montagem do
complexo sistema de interligações
entre os equipamentos da refinaria
– tubos, pontilhões e subestações.
É um trabalho crucial, unindo as
unidades industriais e as áreas de
28 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
ECONOMIA DE ÁGUA
O compromisso da Queiroz
Galvão com a sustentabilidade
é expresso nas iniciativas que
o Grupo toma para minimizar
impactos ambientais e
aumentar sua ecoeficiência.
Na construção da linha 4
do metrô do Rio de Janeiro,
por exemplo, foram criadas
estações de tratamento da
água resultante das escavações
dos túneis. Em operação desde
o início de 2011, as instalações
garantem o reaproveitamento
de 84 mil litros diários de
água, que são devolvidos aos
equipamentos ou reutilizados
na limpeza das máquinas, do
canteiro de obras ou em outras
necessidades do local. Todos os
efluentes gerados pela obra são
tratados, o que proporcionou o
reaproveitamento de mais de
50 milhões de litros em 2012.
Túnel da Linha 4 do metrô, Rio de Janeiro (RJ)
29
Planejamento estratégico
Uma das ações definidas em 2012
com foco no futuro da Construtora foi
a revisão do planejamento estratégico
da CQG. Entre os principais fatores
considerados para os próximos anos
estão o crescimento da importância
das PPPs, a diversificação da
concorrência e as alterações de
mercado ocasionadas também
por reposicionamentos de clientes
importantes.
A diversificação dos projetos junto
ao mercado privado, a ampliação dos
negócios firmados com governos
estaduais e municipais e o aumento
da participação nas obras para
os Jogos Olímpicos do Rio, em
2016, surgem como oportunidades
prioritárias do período.
desenvolvimento de Pessoas
Para dar conta dos desafios listados
anteriormente, o desenvolvimento de
talentos internos é uma das principais
preocupações da Construtora
Queiroz Galvão. O treinamento e a
capacitação de colaboradores com
foco nas estratégias empresariais,
assim como o desenvolvimento
de suas competências, estão
concentrados na Universidade
Corporativa Queiroz Galvão (UCQG).
A UCQG tem o objetivo de garantir
a competitividade da empresa e
incrementar as potencialidades,
a produtividade e a eficiência.
Também são metas o contínuo
desenvolvimento das pessoas e do
ambiente da organização, a criação de
uma cultura de autodesenvolvimento,
a manutenção de controles claros,
um eficaz sistema de avaliação
e o gerenciamento do centro de
resultados corporativo. Os núcleos
dos cursos são cinco: Academia de
Liderança, Competências Específicas,
Educação Complementar, Projetos
Específicos e Melhores Práticas.
Canteiro de obras da RNEST em Ipojuca (PE): em 2012, a Construtora Queiroz Galvão bateu um recorde na instalação mensal de montagem de tubulações
30 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Um movimento significativo em
2012 foi a entrada da empresa no
Oriente Médio, com a abertura de um
escritório em Dubai. Essa iniciativa
qualifica a companhia a concorrer a
grandes projetos, como o Metrô de
Doha e o Aeroporto de Abu Dhabi.
O plano de obras desenvolvido
pelo Catar e pelos Emirados
Árabes Unidos visa à ampliação da
infraestrutura dos respectivos países
para a Copa de 2022.
Na África, Guiné Equatorial e
Gana já têm obras em fase de
planejamento. Tanzânia, Namíbia,
Quênia, Gabão e Moçambique são
mercados em prospecção e/ou em
fase de conclusão de licitações. O
mesmo ocorre com os Emirados
Árabes Unidos e o Catar. Para os
próximos anos, a previsão de cenários
econômicos positivos nas duas
regiões cria uma expectativa para
uma grande oferta de obras
de infraestrutura.
A atuação na América Latina e no
Caribe foi pautada pela consolidação
da presença da Construtora
Construtora Queiroz Galvão Internacional
Responsável por boa parte do reconhecimento internacional
recebido pelo Grupo Queiroz Galvão, a Construtora Queiroz
Galvão Internacional viu suas operações crescerem em 2012,
especialmente na África e na América do Sul. Para consolidar
a atuação no exterior, foi criada uma nova empresa, unindo
as antigas Diretorias das Américas, África Subsaariana e
Norte da África/Oriente. A companhia resultante passou a
ser comandada pelo presidente José Diniz da Silva Filho.
Países como Angola, Venezuela, Gana e Guiné Equatorial fazem parte
do plano estratégico da Construtora Internacional, pelos resultados que
as operações desenvolvidas têm alcançado e pelo potencial de futuros
negócios. Em Angola, por exemplo, a empresa firmou contratos para a
execução de cerca de 1.500 quilômetros de rodovias, dos quais quase mil já
foram concluídos.
Escritório da CQG em Angola: sucursal investiu na capacitação dos colaboradores
31
Moradora da região próxima à rodovia EN-240 em Angola.
32 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
nos mercados onde já atua,
diversificando o foco das atividades.
Empreendimentos nos setores de
transporte e energia se juntaram à
experiência que a empresa detém
no campo da infraestrutura. Novos
formatos de negócio, como as
parcerias com o poder público
(como no Peru) foram analisados. A
Construtora está presente em seis
países da América do Sul (Argentina,
Chile, Peru, Venezuela, Guiana e
Bolívia) e em cinco da América Central
e Caribe (República Dominicana,
Honduras, Nicarágua, El Salvador
e Panamá).
DESTAQUES DE 2012
Foram consolidados escritórios
em Gana, Gabão e Moçambique, e
abertas representações na Tanzânia,
na Namíbia, no Quênia e na Guiné
Equatorial. Nesta última, a empresa
trabalha na construção da rede de
saneamento e abastecimento de água
da nova cidade administrativa Djibloho,
futura capital do país.
Em Gana, a Construtora Internacional
desenvolve o projeto de um sistema
viário formado por viadutos e
intersecções na capital Accra, que vai
contribuir para melhorar o fluxo do
trânsito na cidade.
Projeto residencial Morabeza em Luanda: desenvolvimento imobiliário
Escritório da CQG em Luanda, Angola: país sedia a maior operação da empresa na África
33
Em Angola, houve a conclusão e
entrega de importantes obras viárias,
que fazem parte do Programa de
Reconstrução Nacional. Na capital, a
empresa participa do programa “Vias
Estruturantes da Cidade de Luanda”.
Também foi inaugurada a Autoestrada
Periférica (Fase 1C). Com extensão de
40 quilômetros, a rodovia é importante
para interligar a região metropolitana
de Luanda e criar novas rotas para
desafogar o trânsito da capital.
Também em Angola, na província de
Benguela, a estrada nacional (EN-250)
Desvio Culango-Balombo, com 115
km de extensão, passa pelo segundo
maior porto do país e possibilita o
escoamento de carga para cidades
importantes, como Huambo, no centro
do país. Em Kwanza Sul, duas estradas
foram concluídas e inauguradas. O
trecho Cachoeira-Gabela-Quibala,
com 123 quilômetros de extensão,
possibilita o acesso à capital da
província. Já a estrada nacional EN-
240, com um trecho pronto de 45
quilômetros de extensão, interliga
as cidades de Quibala, Cariango
e Mussende, importantes para o
escoamento da produção agrícola da
região, além de servir de acesso a
outras províncias.
A Diretoria de Negócios Américas
(DNAM), que cuida da atuação na
América Latina e no Caribe, negociou
em 2012 a participação da Construtora
em dois projetos rodoviários que
serão realizados em 2013, no Peru,
totalizando 130 km.
Em 2012 também foram contratadas
as obras de ampliação da Usina
Hidrelétrica 5 de Novembro, em El
Salvador. O projeto de expansão,
iniciado no começo de 2013, prevê
a instalação de duas novas turbinas
na usina, o que permitirá ampliar sua
geração energética em 80 MW.
Na Venezuela, a DNAM intensifica
o processo de construção de
infraestrutura de irrigação na região
de Quibor, mais um projeto que será
realizado em 2013. Outro projeto de
irrigação está sendo conduzido na
República Dominicana, na província
de Azua.
Ainda no campo hidráulico,
conquistou em 2012 um contrato para
a construção de 180 km do Canal
Figueroa, no Rio Salado, na Argentina.
Em Honduras, a Construtora vai fazer
as obras de um lote de 54 km do novo
corredor logístico do país. A estrada
Canal Seco ligará o Golfo de Fonseca,
no Oceano Pacífico, ao Oceano
Atlântico.
Casas de cultivo do projeto de irrigação em Quibor, Venezuela: atuação na região noroeste do país será intensificada
34 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Produção de tomates em casa de cultivo do projeto de irrigação na região de Quibor, Venezuela: impulsionando a agricultura
qualidade e conformidade
A Construtora Internacional tem um
forte compromisso com os Sistemas
de Gestão de Qualidade adotados
pelo Grupo Queiroz Galvão, em
especial no tocante aos critérios
estabelecidos para gestão ambiental.
Esse direcionamento faz com que
todas as obras estejam com os
licenciamentos ambientais em dia.
Não foram registradas ocorrências,
autos ou multas de natureza
ambiental em nenhuma das obras ou
escritórios da empresa em 2012.
A empresa cumpre plenamente todas
as legislações trabalhistas locais dos
países onde atua. Pratica os princípios
preconizados pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT) e
condena veementemente a prática de
trabalho escravo, análogo e/ou infantil.
Em 2012, não houve registro de auto,
multa ou advertência, de qualquer
espécie, relacionado ao tema
envolvendo as atividades da empresa.
recursos humanos
As operações na África e no Oriente
Médio fecharam 2012 com 2.675
colaboradores (com cerca de 85%
de pessoal local). Nas Américas
do Sul e Central, os projetos em
desenvolvimento contavam, ao final
do ano, com 2.500 funcionários (mais
de 95% deles recrutados localmente).
Em Angola, houve a criação da
Coordenação de Patrimônio Humano,
responsável pela elaboração dos
processos de seleção e treinamento
de profissionais angolanos e
expatriados. Uma ação importante
foi o programa Qualificar Angola,
que promove cursos de capacitação
voltados para os operadores de
máquinas que atuam nas obras
em Luanda. A sucursal investiu na
capacitação de colaboradores ligados
ao setor financeiro e ao departamento
35
de pessoal em um curso básico
de informática, realizado em
parceria com o Centro de Formação
Profissional da Construção
Civil (Cenfoc).
atuação social
Em Angola, onde está a maior
operação do Grupo na África, foram
desenvolvidas, em parceria com o
poder público, ações sociais voltadas
para a melhoria da qualidade de vida
da população vizinha às obras.
Merece destaque a iniciativa da
Universidade Brasil-Angola, fruto de
uma parceria com o Instituto Nacional
das Estradas de Angola (INEA),
que possibilita a jovens angolanos
estudar em universidades brasileiras
e depois retornar a Angola para
aplicar os conhecimentos adquiridos.
O convênio, iniciado em 2007,
compreende bolsa de estudos com
moradia, ajuda de custo, passagens e
todo apoio diplomático para a garantia
de matrícula e documentação no
Brasil.
A Diretoria de Negócios América
patrocinou, em agosto de 2012, a
feira de artesanato de Tintorero, na
Venezuela, um dos mais importantes
eventos culturais do país. Também na
Venezuela, na área que a Construtora
ocupa, na região de Quibor, foi
criado um viveiro de plantas nativas,
que são replantadas, cultivadas e
posteriormente doadas à
população local.
Já na Nicarágua, no entorno das
obras da Hidrelétrica de Tumarin –
projeto iniciado pela Construtora em
2010 – uma experiência-piloto criou
outro viveiro, com a preservação de
espécies nativas e o cultivo
de alimentos.
Rodovia EN-240, em Angola: uma importante via de escoamento para a produção agrícola local
Moinho de vento em parque eólico no Ceará. Quando concluídas, instalações terão capacidade de geração de 197,4 MW
A nova área do Grupo já nasce grande e apresenta resultados expressivos nos segmentos de energia, alimentos, rodovias, cimento, siderurgia e saneamento.
Gestão de Negócios
38 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
A unificação dessas atividades
permite à QGGN compartilhar
ambientes de gestão com outras
áreas e empresas do Grupo, o que
favorece a redução de custos e
otimiza a administração. No âmbito
externo, a nova organização permitirá
melhor negociação na compra de
produtos e nas contratações de
serviços, uma vez que a escala
permitirá obter melhores condições
de custo e atendimento.
Com a criação da QGGN, a
administração dos ativos de geração
de energia do Grupo foi concentrada
sob uma única gestão, também
responsável pela comercialização
de toda a energia produzida pelas
Fornos retangulares com trocadores de calor, no Maranhão. Mais eficientes, novos equipamentos usam matéria-prima de florestas plantadas
QUEIROZ GALVÃO GESTÃO DE NEGÓCIOS
A Queiroz Galvão Gestão de Negócios (QGGN) é uma
área nova no Grupo Queiroz Galvão, que foi concebida
e projetada em 2012, tornando-se operacional em 2013,
resultante da fusão da Queiroz Galvão Participações
e Concessões (QGPC) com a Queiroz Galvão
Desenvolvimento de Negócios (QGDN).
Até 2012, as atividades nos segmentos de energia hidrelétrica,
concessões de rodovias, saneamento e indústria naval ficavam a
cargo da QGPC. Já a QGDN agrupava as empresas de alimentos,
a produção de cimento e a siderurgia, além dos investimentos em
energias renováveis.
39
distintas fontes (hidrelétrica,
eólica, térmica), gerando ganhos
de eficiência, maximizando valor e
mitigando riscos. É um exemplo das
possibilidades de sinergia e soluções
integradas para atividades e produtos
que, antes da criação da nova área,
eram desenvolvidos isoladamente.
investimentos em energia
Interessada em diversificar suas
atividades e investir em diferentes
formas de produção de energia, a
QGGN traçou um plano de expansão
com o qual projeta atingir 1.500 MW
(megawatts) de capacidade instalada
de energia renovável, até o final da
década, com foco principalmente na
energia eólica.
Os três parques eólicos em
construção no Ceará (Taíba, Icaraí
e Amontada) totalizam uma
capacidade instalada de 197,4 MW
(86 aerogeradores) e entram em
operação ainda em 2013. O quarto
parque eólico (Riachão) será no
Rio Grande do Norte e terá uma
capacidade instalada de 145,8 MW
(54 aerogeradores). Sua construção
terá início no 2.º semestre de 2013.
A geração de energia eólica é vista
com muito interesse. Segundo
previsão da Empresa de Pesquisas
Energéticas (EPE), responsável pelo
planejamento da expansão da geração
brasileira, até 2021 a produção
nacional de energia oriunda de fontes
eólicas deve crescer, em média, 30%
ao ano. A QGGN pretende consolidar
sua atuação nesse segmento,
tornando-se um dos maiores players
do mercado de energias renováveis.
Com a conclusão da PCH (pequena
central hidrelétrica) de Mucuri,
localizada na divisa dos municípios
de Pavão e Carlos Chagas, em Minas
Gerais, a QGGN amplia em 20 MW
sua capacidade de geração hidrelétrica.
Outro potencial energético alternativo
já explorado é o da biomassa
renovável, a partir da matéria-prima
residual de florestas de eucalipto e
de diversas culturas de ciclo curto.
Está em curso o aperfeiçoamento da
tecnologia aplicada à biomassa para
usinas flex fuel e o investimento em
novas culturas, como, por exemplo, o
capim-elefante e o cavaco de bambu.
O aproveitamento da energia solar
(utilizando os mesmos sites e a
infraestrutura de conexão já existente
No alto, panorâmica da UHE Santa Clara (MG); acima, as turbinas da usina
40 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
INOVAÇÃO NA SIDERURGIA
Em 2012, 42 fornos retangulares, cada um com capacidade de 100
toneladas, foram instalados em unidades adjacentes às florestas
plantadas que a Queiroz Galvão Siderurgia mantém no Maranhão.
Os novos equipamentos substituíram os antigos fornos circulares,
com aumento da produtividade – todas as etapas do trabalho são
mecanizadas, desde o enchimento com lenha até a retirada do carvão.
Trata-se de uma grande evolução na qualidade das condições de
trabalho, agora mais rápido e seguro. Os novos fornos capturam os
gases emitidos durante a produção de carvão e usam um sistema de
queima mais eficiente, que aproveita melhor a matéria-prima. Com os
fornos retangulares, foram produzidos e homologados os primeiros
créditos de carbono do Grupo Queiroz Galvão. A nova tecnologia reforça
a posição da QGS entre os produtores de carvão vegetal de florestas
renováveis do Brasil, com custos operacionais que possibilitarão mais
competitividade no mercado mundial de ferro-gusa.
nos parques eólicos) também está
nos planos da QGGN, que desenvolve
um projeto-piloto para produção de
energia solar, com capacidade
para 4 MW.
força nos alimentos
Os resultados da produção de
alimentos foram expressivos. A entrada
no mercado interno de frutas, com
a comercialização de uvas padrão
exportação, também marcou a
introdução da marca própria do Grupo
Queiroz Galvão (Timbaúba). Cerca
de 30% da produção de uvas foi
voltada para o consumidor brasileiro,
e a outra parte foi encaminhada para
a exportação, em forma de suco e
in natura, pela primeira vez atingindo
mercados distantes e emergentes,
como o Egito. Em 2013, a meta é
direcionar 40% da produção de uvas
para o mercado doméstico.
A planta agroindustrial de produção
de sucos e concentrados de frutas da
Queiroz Galvão Alimentos, localizada
em Petrolina (PE), foi inaugurada em
2012. A fábrica tem capacidade de
processar 120 toneladas de frutas por
dia, produzindo sucos e concentrados
de manga, acerola, maracujá, abacaxi
e caju, além de água de coco e suco
de uva integral – bebidas naturais
cujo consumo está em ascensão no
mercado interno e externo.
A carcinicultura (criação comercial
de camarões) atingiu um estágio
Concentrado de suco acondicionado para exportação, Fazenda Timbaúba, Petrolina (PE)
41
de maturidade e consolidou-se no
mercado nacional, aproveitando o
aumento de renda da população e o
consequente crescimento do consumo
do crustáceo. Foram 3 milhões de
quilos vendidos para o público interno.
O camarão da marca Potiporã recebeu
em 2012, da rede de supermercados
Carrefour, o selo “Garantia de Origem”,
assegurando a qualidade do produto
nos quesitos sabor, preço justo,
autenticidade, segurança do alimento e
desenvolvimento sustentável.
rodovias
A QGGN é responsável pela
administração de duas concessionárias
de rodovias: a Concessionária Rio-
-Teresópolis (CRT, no estado do Rio
de Janeiro) e a Rodovias Integradas
do Paraná S.A. (Viapar, no estado
do Paraná). Os investimentos em
ampliação, manutenção e melhorias
em segurança na CRT, em 2012,
tiveram como destaque as obras de
construção da terceira faixa da rodovia
no trecho da Serra Fluminense, entre
Teresópolis e Guapimirim. O traçado
foi projetado para dar mais segurança
aos motoristas e causar o menor
impacto possível no meio ambiente.
Também visando à segurança,
em 2012 foram instaladas duas
estações meteorológicas capazes
de monitorar permanentemente as
condições climáticas e emitir alertas
em caso de tempestades. A CRT
executou diversas obras preventivas
e corretivas, como a instalação de
tirantes, contrafortes de concreto e
chumbadores, aplicação de concreto
projetado e revegetação das encostas,
com plantio de espécies nativas.
A Viapar anunciou um plano de
investimentos de R$ 1 bilhão a serem
aplicados até 2021, em diversos
projetos de melhoria de vias (a
concessionária administra trechos das
rodovias federais BR-369, BR-158 e
BR-376, além das estaduais PR-444
e PR-317). Em 2012 os investimentos
Operador no vertedouro da PCH Mucuri (MG) Trecho de rodovia administrada pela Viapar, em Maringá (PR)
42 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
somaram R$ 118 milhões, empregados
na construção de 10 km de pista
dupla no contorno da localidade de
Mandaguari, na duplicação da BR-
376, no trecho entre as cidades de
Jandaia do Sul e Apucarana, e também
próximo a Iguatemi, e em restaurações
diversas. Construção de contornos,
implantação de terceiras faixas, vias
marginais, intersecções e restaurações
estão nos planos para 2013.
exPansão no saneamento
As aquisições feitas no setor
de saneamento em 2012 serão
administradas em 2013 pela
QGGN. O grupo Águas do Brasil,
no qual a Queiroz Galvão tem
participação, expandiu suas atividades
incorporando as empresas Foz
Águas 5, na Zona Oeste do Rio de
Janeiro (RJ); Águas de Votorantim,
no município de Votorantim (SP); e
Manaus Ambiental, em Manaus (AM).
Com os novos contratos, o Águas do
Brasil passou a atender um total de
15 municípios, cerca de 6 milhões de
pessoas beneficiadas.
A licitação vencida no Rio de Janeiro
é um dos maiores projetos de
concessão de saneamento do país,
no qual a Foz Águas 5 vai atuar em
conjunto com a Companhia Estadual
de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro
(Cedae), beneficiando 21 bairros. As
metas incluem a construção de 19
estações de tratamento, 2.100 km de
rede coletora e 221 elevatórias.
No interior de São Paulo, a criação da
empresa Águas de Votorantim, em
junho, incluiu a construção de uma
moderna central de atendimento, uma
nova sede operacional e a compra
de equipamentos de última geração.
A concessionária Manaus Ambiental
assumiu os serviços de distribuição
de água, coleta e tratamento de
esgoto na capital amazonense,
comprometida com a modernização
do sistema hidráulico na cidade. O
desafio para 2013 é a acentuada
redução das perdas físicas na rede de
abastecimento, por meio de reformas
e programas permanentes de vistorias.
Escritório da QGER em São Paulo (SP)Estação de tratamento de água SAAB em Niterói (RJ)
43
Bambu: culturas de ciclo curto alimentam usina de biomassa. Este cultivo faz parte dos investimentos da QGGN em energias renováveis
cimento
Com capacidade de produzir 500 mil
toneladas anuais, a fábrica de cimento
que o Grupo Queiroz Galvão constrói
em São Luís (Maranhão) deve iniciar a
produção ainda em 2013. A introdução
da marca Bravo no mercado é
peça fundamental da estratégia de
negócios, que planeja chegar a uma
produção total de 8,5 milhões de
toneladas por ano até 2022 (o que
representaria uma participação de
8% no mercado nacional). O plano
de expansão conta ainda com o
projeto de uma segunda fábrica, a ser
instalada na Bahia, programada para
entrar em funcionamento em 2016,
com uma produção anual de mais de
2 milhões de toneladas.
PersPectivas
Os resultados favoráveis em 2012
apontam um cenário otimista
para a Queiroz Galvão Gestão de
Negócios. As grandes obras de
infraestrutura a serem realizadas no
país ensejam diversas oportunidades,
especialmente no que tange
às concessões para operação
de rodovias, ferrovias, portos e
aeroportos, mas também em setores
como logística e saneamento. Esses
projetos de vulto contribuirão para
promover maior articulação com as
cadeias produtivas e também mais
integração entre os diversos modais
de transporte do país. A QGGN vai
participar dessas “rodadas” de ofertas
públicas e será responsável pela
gestão das concessões conquistadas,
configurando-se como um dos
principais players desse mercado.
Em 2013, a expectativa da QGGN é
de ampliar todas as suas atividades,
reforçando suas marcas, produtos
e serviços no mercado interno e no
exterior. Isso inclui a atuação da área
de negócios na diversificação da
matriz energética nacional. Seguindo
o planejamento estratégico da QGER,
os parques de energia eólica da
empresa iniciam sua produção ainda
em 2013 – permitindo que a QGGN se
destaque ainda mais no fornecimento
de energia limpa e renovável e
contribuindo com o desenvolvimento
sustentável do Grupo Queiroz Galvão
e do país.
Detalhe da nova unidade de incineração de resíduos perigosos em Minas Gerais: marco na história da Vital
Além de usar modernas tecnologias para tratamento de resíduos, a empresa se destaca na limpeza pública de capitais como Recife, São Paulo, São Luís, Natal e Vitória.
Engenharia Ambiental
46 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Exemplos da atuação destacada da
empresa são os municípios de Vitória,
apontada como uma das cidades
mais limpas do país, e São Paulo,
onde a empresa atende a 13 regiões
administrativas e opera 50% de toda
a limpeza urbana da maior capital
brasileira. A Vital registra alto índice de
aprovação entre moradores e usuários
dos serviços nas cidades em
que atua.
Os serviços prestados compreendem
coleta de resíduos sólidos
domiciliares e comerciais, coleta
hospitalar, coleta de entulho, coleta
seletiva, coleta e destinação de Limpeza de monumentos em São Paulo: preservando patrimônios históricos
VITAL
Responsável por uma das maiores áreas de negócios
do Grupo Queiroz Galvão, com faturamento anual de
aproximadamente R$ 1 bilhão e uma concentração de
cerca de 25% do total de colaboradores do Grupo, a Vital
Engenharia Ambiental é uma empresa especializada
em gestão integrada de resíduos, preparada para
administrar todas as fases do ciclo – que vai da coleta até
a destinação final de resíduos, passando pelo transporte
adequado e correto armazenamento.
A Vital executa projetos, licenciamento e implantação de Centros de
Tratamento de Resíduos (CTRs) preparados para receber resíduos
de vários tipos: domiciliares, do trato da saúde e inertes (não
orgânicos). A empresa está preparada para construir e administrar
CTRs com o uso das tecnologias mais modernas do setor no manejo
e na destinação do material coletado. Todas essas operações são
realizadas em conformidade com a legislação ambiental, obedecendo
a rigorosas normas de segurança.
47
PROJETO PIONEIRO
Outro fato marcante em 2012 foi o início da execução do
primeiro projeto de incineração de resíduos perigosos com
assinatura da Vital. Aprovado sem restrições pelo BNDES, o
projeto é um marco na trajetória da empresa. Proveniente das
grandes indústrias, esse tipo de material pertence à chamada
“Classe 1” e exige uma destinação rigorosa e adequada. Devido
ao seu alto grau de patogenicidade, não pode ter outro destino
que não seja a incineração e tampouco pode ser exposto no
ambiente, podendo causar danos à saúde.
Localizado no estado de Minas Gerais, o CTR vai ocupar uma
área total de 50 mil metros quadrados e terá capacidade para
receber um volume equivalente a 2.500 toneladas de resíduos
por mês, estando o material em qualquer uma das três fases da
matéria: sólido, líquido ou gasoso.
resíduos inertes, varrição manual
e mecanizada de vias públicas e
serviços complementares (limpeza de
praias, de feiras e de encostas, poda
e remoção de galhos, manutenção de
parques e jardins, desobstrução de
bueiros, pintura de meio-fio e outros).
conquistas nas caPitais
A grande conquista de 2012 para
a Vital foi a concessão da limpeza
urbana do município de São Luís
(MA), por meio de uma Parceria
Público-Privada (PPP). Ao longo dos
próximos 20 anos, a empresa será a
responsável pela gestão integrada dos
resíduos na cidade, desde o serviço
de coleta até a destinação final,
incluindo o transporte do material
recolhido. Até então, os serviços
eram executados separadamente por
empresas distintas, que não atuavam
de forma articulada.
A modalidade de Gestão Integrada
de Resíduos é uma tendência
nas grandes cidades brasileiras
e um dos maiores focos da Vital
atualmente. Além do serviço de
coleta e destinação do lixo, o projeto
prevê a construção de um Centro de
Tratamento de Resíduos (CTR) em
território maranhense.
A consolidação da empresa Inova,
que começou a funcionar plenamente
em 2012, foi outro acontecimento
relevante. A empresa, que tem
Centro de Tratamento de Resíduos Macaúbas em Sabará (MG)
48 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
participação da Vital, é responsável
pelos serviços indivisíveis da região
noroeste da cidade de São Paulo, que
compreende 13 subprefeituras.
A Inova investe em tecnologia e
capacitação para prestar um serviço
mais eficiente. Na cidade de São
Paulo, a Vital contribui ainda para a
preservação do patrimônio histórico,
arquitetônico e cultural, por meio
da lavagem e conservação de
monumentos.
inovação e efetividade na limPeza
Para otimizar a execução de suas
atividades, a Vital substituiu alguns
processos de limpeza realizados
originalmente de forma manual pela
mecanizada. É o caso da varrição, que
deu espaço para pequenos veículos
motorizados dotados de aspiradores.
A limpeza de monumentos públicos
também ganhou agilidade, graças
ao uso de máquinas que dão mais
eficácia ao procedimento.
O aumento na eficiência da limpeza
urbana nas cidades atendidas pela
empresa é comprovado pela aplicação
periódica de pesquisas qualitativas
junto aos moradores, avaliando a
qualidade, a pontualidade e outros
aspectos do serviço prestado.
Sala de Controle na Eco Urbis. A gestão integrada de resíduos efetuada pela Vital inclui investimentos significativos em tecnologia
A VitAl é responsáVel pelA destinAção finAl AdequAdA de 2/3 dos resíduos coletAdos pelA
limpezA urbAnA no estAdo de minAs GerAis
limPeza em números
por meio dA empresA inoVA, A VitAl é responsáVel por 50% de todA A limpezA
públicA dA cidAde de são pAulo
49
Limpeza urbana em São Paulo (SP): mecanização de processos e equipamentos especiais garantem ganho de eficiência e produtividade
As pesquisas são realizadas
periodicamente e orientam as
diretrizes da empresa na busca pelo
atendimento ideal.
consciência ambiental e gestão de Pessoas
Comprometida com a preservação
do meio ambiente, a Vital promove
ações educativas voltadas para o
público em geral e campanhas de
conscientização na mídia, com a
distribuição de materiais informativos
com orientações sobre, por exemplo,
o acondicionamento correto do lixo
doméstico. Em São Paulo, por meio da
Inova, a Vital investe na sensibilização
e na educação ambiental em escolas,
comunidades, associações e diversas
outras instituições.
Internamente, a empresa desenvolve
um programa educativo que
incentiva a visita regular de grupos
de estudantes para conhecer os
locais onde funcionam os CTRs e o
que acontece ao longo da cadeia de
tratamento dos resíduos coletados.
Como já é tradição no Grupo Queiroz
Galvão, a Vital investe em programas
de formação de profissionais,
recrutando estudantes e recém-
-formados para programas de
trainee. No treinamento, adquirem
conhecimentos técnicos relacionados
ao negócio da empresa e são
preparados para desenvolver seu
potencial como gestores.
No campo da saúde e segurança do
trabalho, além de cumprir com as
exigências que a legislação trabalhista
impõe, a companhia cuida do bem-
-estar de seus colaboradores por
meio de orientações transmitidas por
uma equipe composta de médicos,
técnicos e fisioterapeutas. Os
funcionários recebem informações
sobre ergonomia no ambiente
de trabalho, o que minimiza os
afastamentos decorrentes de
doenças ocupacionais.
Piscina do Hemisphere 360º (BA): primeiro grande empreendimento na orla de Salvador
Lançamentos para públicos diversificados e a expansão para novas praças marcaram a atuação da empresa em 2012, um ano de excelente desempenho financeiro.
Desenvolvimento Imobiliário
52 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO
Com atuação já consolidada no segmento imobiliário
nos estados de Pernambuco, São Paulo, Bahia e Rio de
Janeiro, a Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário
(QGDI) ampliou sua participação em 2012 para o Distrito
Federal, com a multiplicação de produtos voltados para
públicos diversificados.
A contribuição da incorporadora ao portfólio do Grupo pode ser medida
pela sua expressiva participação nos lucros líquidos da holding. Números
preliminares dão conta de que em um intervalo de dois anos, entre 2010
e 2012, a fatia da QGDI subiu de 4% para 10%. A estimativa para 2013 é
que a empresa tenha uma participação ainda maior: próxima dos 13%,
garantindo posicionamento no seleto grupo das maiores do mercado
imobiliário nacional.
O valor geral de vendas (VGV) dos lançamentos da QGDI aumentou
76%, em comparação com os números de 2011, e as vendas contratadas
subiram 28%. No mesmo período, as principais concorrentes da empresa
experimentaram reduções tanto no VGV lançado (uma variação negativa
de 9% a 80%) quanto nas vendas contratadas (baixas de 1% a 48%).
Os dados relativos à concorrência são divulgados publicamente pelas
empresas, na seção de Relações com Investidores de seus websites.
total de unidades lançadas: 3.683 (71% residenciais, 29% comerciais)
metros quadrados construídos em 2012: 526 mil (crescimento de
88% / 2011)
(equivalentes a 127 camPos de futebol)
127 x
Perspectiva da sala de estar de uma unidade do empreendimento Carpe Diem, Brasília: a QGDI chega ao Distrito Federal
53
PORTO DE SUAPE:
SELO INTERNACIONAL
O edifício-sede da administração do Porto de
Suape (localizado em Ipojuca, região metropolitana
do Recife, uma das que mais crescem no país)
está sendo erguido dentro das diretrizes da
Certificação Leed (Leadership in Energy and
Environmental Design, ou Liderança em Design
Energético e Ambiental) Gold, o selo verde com
o maior reconhecimento internacional no setor
da construção civil. A certificação atesta que o
empreendimento seguirá os padrões mais modernos
de sustentabilidade e eficiência energética. Na
mesma região, também está prevista a construção
de torres empresariais, um mall e um hotel.
O ano de 2012 foi mais contido
para muitas empresas do mercado
imobiliário, apesar da contínua
valorização média do metro
quadrado, sobretudo nos locais
onde a QGDI atua. A empresa soube
aproveitar os espaços abertos com
a saída de algumas concorrentes de
determinadas regiões, o que resultou
nos números positivos e expressivos
de 2012. Outro ponto de destaque
é o seu robusto banco de terrenos,
diferencial positivo em relação aos
demais players do segmento.
No campo financeiro, a QGDI obteve
boas captações (funding) junto às
instituições de financiamento e
a gestão e o monitoramento das
operações foram aperfeiçoados,
levando à otimização dos gastos.
gestão de Pessoas
Foram investidas mais de 1.400
horas de treinamento para os
colaboradores, em vários níveis. Para
2013, a empresa fez um mapeamento
com as principais necessidades
dos funcionários de diferentes
segmentos. Em parceria com o Senai
(Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial), destaca-se o programa de
capacitação dentro de dois grandes
canteiros de obras. O objetivo é
trazer mais eficiência ao processo
de aprendizagem, de acordo com as
reais necessidades da empresa, além
de capacitar a mão de obra conforme
os padrões da Queiroz Galvão.
Merece menção a boa taxa de
retenção de talentos formados pela
própria empresa, em um momento
em que o setor vive uma fase de alta
rotatividade da mão de obra.
54 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
EMPREENDIMENTOS DE
DESTAQUE EM 2012
Diversos lançamentos em 2012
ajudaram a fortalecer o posicionamento
nos estados brasileiros. Em
Pernambuco, as torres Maria Isadora e
Maria Isabela tiveram todas as suas 254
unidades, de 64m2 cada uma, vendidas.
O empreendimento localiza-se em Barra
de Jangada, na região metropolitana de
Recife, a cerca de 20 km de Suape.
No Rio de Janeiro, a empresa lançou
o Absolutto, um empreendimento
comercial com 746 unidades, localizado
na Avenida das Américas – na Zona
Oeste da cidade, região que é o principal
centro do desenvolvimento imobiliário na
capital fluminense. O empreendimento
teve 98% de unidades vendidas em
apenas um mês, consolidando a marca
QGDI no Rio de Janeiro.
Na Bahia, o Hemisphere 360º, primeiro
grande empreendimento imobiliário
da orla de Salvador, constitui-se,
atualmente, na maior obra da QGDI,
com 11 torres projetadas, cinco delas
lançadas em 2012.
Uma das torres do Hemisphere 360º (na foto do alto) e uma das varandas do empreendimento: projeto é a maior obra da QGDI
55
Em São Paulo, o Premiere Morumbi,
empreendimento econômico localizado
em Paulínia, teve suas 376 unidades
totalmente vendidas. Em 2013, a QGDI
lança seu primeiro empreendimento
Slim em São Paulo: o Villa Matão,
em Sumaré. A marca Slim foi criada
para atender à demanda crescente
no mercado brasileiro por imóveis
econômicos. O segmento é composto
por imóveis com preços mais acessíveis,
localizados em regiões de crescente
valorização, priorizando áreas verdes e
com infraestrutura de lazer. Em Jundiaí,
três lançamentos ajudaram a consolidar
a marca QGDI no interior do estado:
Solar do Japi, Morada do Japi e Infinity.
Com o lançamento do condomínio
Carpe Diem, em Taguatinga Norte, a
QGDI marcou em 2012 sua chegada
ao Distrito Federal. O Carpe Diem
segue o conceito de condomínio clube,
combinando áreas de lazer e um mall
capaz de abrigar até 36 lojas.
Premiere Morumbi, em Paulínia (SP): empreendimento de perfil econômico no interior do estado foi sucesso imediato de vendas
Absolutto Business Towers, Rio de Janeiro (RJ) Infinity, Jundiaí (SP)
56 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Pátio Campo Grande, Rio de Janeiro (RJ)
PRÊMIOS DE 2012
Nacionais
A QGDI recebeu o Troféu Ademi 2012 em duas categorias:
Em Pernambuco: Dona Sylvia, um empreendimento localizado
no endereço mais nobre de Recife, a Avenida Boa Viagem, na
categoria quatro quartos master.
No Rio de Janeiro: Pátio Campo Grande, localizado na Zona
Oeste da capital carioca, foi premiado na categoria projeto
comercial de pequeno porte, modalidade que premia o
empreendimento mesmo antes de sua edificação.
Internacional
Prêmio Internacional recebido pela regional
da Bahia com o empreendimento Orizon
View House, da International Property Awards
Americas, em Londres. Nas categorias
Arquitetura Residencial Múltipla (Architecture
Multiple Residence) e Arquitetura de Escritório
(Office Architecture).
sustentabilidade
Atenta às exigências e a uma
tendência cada vez mais crescente
no mercado mundial, a QGDI busca
constantemente o conhecimento e a
adoção de práticas mais sustentáveis
em seus projetos, com destaque
para os que preveem a segregação
de resíduos; a produção limpa, sem
agressão ao meio ambiente e à mão
de obra; e que propõem o consumo
racionalizado de água e energia.
A preocupação com essas questões
rendeu à empresa o Selo Procel de
Economia de Energia, que estimula
a fabricação e a comercialização de
produtos mais eficientes, contribuindo
para o desenvolvimento tecnológico e
a preservação do meio ambiente.
Com o intuito de aumentar a
eficiência e a mecanização no trabalho
da QGDI, a área de Engenharia
desenvolveu modelos pré-moldados
para alguns empreendimentos
específicos. Os modelos, que usam
paredes de concreto, possibilitaram
o redirecionamento de mão de obra
para outras atividades nos canteiros.
57
PersPectivas
Confiante na sua assertividade e
estratégia no mercado imobiliário,
a QGDI estima manter, em 2013, o
patamar de lançamentos em nível igual
ao atingido em 2012 e ampliar suas
vendas contratadas em 8%. Dentro
dessa fatia, estão públicos de diferentes
segmentos e um novo mercado
consumidor, constituído pela classe C,
que deve absorver até 2014 mais 12
milhões de pessoas, de acordo com
estudos da Fundação Getulio Vargas.
Para alcançar esse novo público, a
empresa está atenta às suas demandas
e trabalha em busca de traduzir os
objetos de desejo desse público.
A estratégia de distribuição geográfica
deverá ser mantida e o planejamento
de expansão para os próximos anos
seguirá um plano de penetração nos
mercados atuais, com o objetivo de
ganhar mais market share, bem como
gerar mais caixa positivo.
Práticas adotadas Para economia de água
Uso de hidrômetros individUais nas constrUções.
Utilização de caixas de descarga acoplada com acionamento dUplo estágio.
instalação de aeradores nas torneiras.
Práticas adotadas Para economia de energia
sistema de controle de ilUminação por sensores de presença nas circUlações dos halls, das escadas e áreas comUns. comando setorizado de ilUminação nas garagens.
lâmpadas econômicas em áreas comUns e led em locais de Uso intenso de ilUminação.
motores econômicos de alta performance.
eficiência energética com a frenagem do elevador (exemplo empresarial cícero dias).
Utilização de bombas de recalqUe de alta eficiência.
conforto térmico: priorização de cores claras nas fachadas, diminUindo a absorção de calor (menor Uso de ar-condicionado).
Escritório da QGDI em São Paulo (SP): em 2012, empresa aperfeiçoou processos de gestão e o monitoramento de suas operações
Prova de mar do navio Zumbi dos Palmares, entregue à Transpetro pelo Estaleiro Atlântico Sul
Criada em 2012, a área comanda a construção naval e a montagem de plataformas de exploração – setores em alta em função das reservas de petróleo do pré-sal.
Naval e Offshore
60 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
NAVAL E OFFSHORE
Criada em agosto de 2012, a área de Naval e Offshore,
antes ligada à estrutura da Construtora Queiroz Galvão
e à área de Participações e Concessões, ganhou vida
própria em função da crescente demanda dos dois
setores – construção naval e montagem de plataformas
de exploração –, aquecidos com os investimentos
necessários para a exploração das reservas petrolíferas
da camada do pré-sal. Em dezembro, foi criado o
Comitê Naval e Offshore, com o objetivo de fortalecer a
governança e a estratégia da área.
No setor de Offshore, dois estaleiros, o QUIP (Estaleiro Honório
Bicalho, em Rio Grande, Rio Grande do Sul) e o Atlântico Sul (EAS,
em Ipojuca, Pernambuco), trabalham na construção de, ao todo,
quatro plataformas (todas com previsão de entrega para 2013), sete
navios-sonda e 22 navios petroleiros. As quatro plataformas serão
responsáveis por uma produção diária de 700 mil barris de petróleo.
Até 2020, a previsão é de que o Brasil esteja na lista dos maiores
produtores mundiais de petróleo. A área Naval e Offshore do Grupo
Queiroz Galvão pretende continuar a liderar a retomada da indústria
nacional em ambos os segmentos, consolidando a gestão dos setores
e garantindo a qualidade operacional em dois sites (nas regiões
Nordeste e Sul) com um diferencial tecnológico.
quiP
Com sede e estaleiro próprio em
Rio Grande (RS), a QUIP é uma
empresa na qual a Queiroz Galvão
tem participação, junto a outras três
companhias. O estaleiro da empresa
foi responsável por uma das mais
importantes realizações de 2012 em
sua área: a operação de união do
convés (deck box) com o casco da
plataforma P-55, processo conhecido
como mating (“integração”), um
dos procedimentos mais complexos
e ambiciosos na construção desse
tipo de equipamento. A operação foi
totalmente realizada no Estaleiro Rio
Grande e marcou o primeiro mating
“seco” feito no Brasil – normalmente
a união entre as duas partes da
plataforma é feita no mar (o chamado
“mating molhado”). Também foi o
maior procedimento desse tipo já
feito no país.
Os números do mating seco da P-55
representaram o atingimento de
recordes na elevação (57,2 metros) e
no peso (17 mil toneladas). Planejada
durante três anos, a operação contou
com a participação de cerca de
500 profissionais.
Fundada em 2005, a QUIP teve como
primeiro grande desafio a construção
da plataforma P-53 para a Petrobras.
Para isso, formou um qualificado
time de profissionais e tornou-se a
61
primeira empresa 100% brasileira
a desenvolver o projeto básico de
uma plataforma. O trabalho dos
profissionais da QUIP envolveu a
responsabilidade do desenvolvimento
da engenharia de detalhamento e
do suprimento, assim como das
compras de componentes, supervisão
dos fornecedores e construção e
montagem da plataforma, com o
seu comissionamento, testes de
desempenho e, quando necessário, a
operação assistida.
Ao projeto da P-53 somaram-se os
das plataformas P-55, também para a
Petrobras, e P-63 para a joint-venture
Petrobras-Chevron. Esta última está
em fase final de conversão do casco.
estaleiro atlântico sul
O EAS ocupa importante posição
tanto em Offshore quanto no
segmento Naval. No primeiro, presta
serviços na construção da plataforma
P-62, sob encomenda da Petrobras.
Na área Naval, o Atlântico Sul tem
colaborado com o renascimento
dessa indústria e, em particular,
com o Programa de Modernização
e Expansão da Frota, da Transpetro,
com a encomenda de construir 22
petroleiros de 24 mil toneladas e
sete navios-sonda (drill ships). Desse
conjunto de petroleiros, o primeiro, o
João Cândido, foi entregue em maio
de 2012; o segundo, o Zumbi dos
Palmares, foi entregue em maio de
2013. A expectativa é que, a partir
Construção e movimentação da plataforma P-55: operação de integração, realizada pela QUIP, foi a maior já feita por um estaleiro no Brasil
62 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
da construção do quarto petroleiro, o
EAS alcance o ritmo de produção de
cinco navios por ano, o que garantiria
o uso de 100% da atual capacidade
instalada do estaleiro.
Merece destaque, entre as
realizações de 2012, a negociação da
parceria tecnológica entre a empresa
japonesa Ishikawajima-Harima Heavy
Industries (IHI) e o EAS, firmada em
junho. A IHI será o estaleiro consultor
da EAS e acompanhará as operações
de todas as embarcações em
construção, incluindo os drill ships,
cujos projetos foram iniciados
em 2012.
Fruto da parceria entre a Queiroz
Galvão e o grupo Camargo Corrêa,
o EAS foi o primeiro grande
empreendimento da retomada da
indústria naval brasileira e é o maior
estaleiro do hemisfério sul do planeta.
Localizado no Porto de Suape, em
Ipojuca, no estado de Pernambuco, o
EAS contou com investimentos de R$
1,8 bilhão e tem capacidade instalada
de processamento da ordem de 160
mil toneladas de aço por ano.
gestão de Pessoas
Hoje, um dos grandes desafios
das indústrias Naval e Offshore é
incorporar mão de obra especializada,
tanto em quantidade quanto em
qualidade. É necessário, então,
desenvolver critérios de competências
e habilidades necessárias para os
trabalhadores da área e reter talentos.
Uma das principais ações do
EAS nesse campo foi a criação
do Centro de Desenvolvimento
Humano (CDH), para proporcionar
aos colaboradores da empresa
um processo de aprendizagem
profissional permanente, uma das
diretrizes estratégicas de gestão
do conhecimento do Estaleiro. O
Centro tem capacidade de atender
simultaneamente 500 pessoas, com
cursos e capacitações variados,
Navio-tanque Zumbi dos Palmares, no Estaleiro Atlântico Sul: parte de um conjunto de 22 petroleiros a ser entregue nos próximos anos
63
Plataformas P-55, P-63 (ao fundo) e P-58, no estaleiro QUIP (RS): empresa tem expertise em projetos de grande porte (foto: QUIP S.A.)
atendendo ao compromisso de
investir nas pessoas por meio da
ampliação de seus conhecimentos,
talentos e potenciais. De seus
laboratórios, saem formados técnicos
das áreas de solda, caldeiraria e
tubulação, mecânica, instrumentação
elétrica e metrologia, entre outras.
desenvolvimento social
Fortemente comprometido com o
desenvolvimento social e humano
do país e, em particular, da região
onde está instalado, o EAS, além
de gerar empregos, desenvolve
uma série de projetos voltados para
a educação. O destaque vai para
o ensino profissionalizante, como
os projetos Educação, Nascedouro
de Talentos, Tatuoca e Ondas da
Leitura. O programa Vida Solidária
incentiva a atuação dos colaboradores
do Estaleiro junto à comunidade,
especialmente em iniciativas de apoio
a escolas, creches e ações de saúde.
Além das ações sociais, o EAS
mantém vários programas de
sustentabilidade ambiental. Todos os
resíduos gerados pelas atividades
do Estaleiro são analisados e
descartados sem trazer risco à
natureza, o que inclui a reciclagem de
tintas e óleos e o envio do entulho a
centros de tratamento apropriados.
O impacto das atividades do EAS no
mar e nas águas fluviais é monitorado
com medições de qualidade e
acompanhamento de espécies bio-
indicadoras, como ostras e ouriços-
-do-mar. Em parceria com o Instituto
Brasileiro do Patrimônio Histórico
(Iphan), são realizadas vistorias nos
trabalhos de instalação do Estaleiro na
Ilha de Tatuoca, visando a preservação
de informações arqueológicas que
possam existir no local.
Análise sísmica no escritório da QGEP no Rio de Janeiro (RJ)
Única empresa independente brasileira a operar na área deexclusão do pré-sal, a QGEP diversificou de forma significativa seu portfólio com a aquisição de novos ativos.
Exploração e Produção
66 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO
Em 2012, a QGEP Participações S. A., única empresa do
Grupo a ter ações negociadas na BM&FBovespa, viveu
um ano de excepcionais resultados. Maior produtora
independente de óleo e gás no país naquele ano, a
companhia enriqueceu e diversificou seu portfólio,
iniciando o processo de consolidação de sua estrutura
organizacional e operacional para enfrentar os desafios
de operar em águas profundas na zona de exclusão do
pré-sal. E experimentou um aumento significativo em
seus principais indicadores financeiros e operacionais em
relação ao desempenho de 2011.
Com um faturamento de R$ 462 milhões (e R$ 83 milhões de lucro
líquido) em 2012, a QGEP é a única empresa privada brasileira a
operar na área de exclusão do pré-sal da Bacia de Santos, além de
ser qualificada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) para atuar como operador A, o que possibilita
a operação em todos os ambientes, de águas rasas a ultraprofundas.
Áreas de operação da QGEP no litoral brasileiro
ativos
A QGEP opera exclusivamente no Brasil
e detém as seguintes concessões:
Manati: localizado na Bacia de
Camamu-Almada, no litoral da Bahia, a
QGEP tem a participação majoritária no
Campo, de 45%. Até o momento, é a
principal fonte de receita da companhia
e responsável por seu fluxo de caixa.
Em 2012, a produção média diária do
campo foi de 6,1 milhões de metros
cúbicos de gás natural, consolidando
a sua posição como um dos maiores
produtores do Brasil.
BM-J-2: fica no litoral sul da Bahia,
na Bacia de Jequitinhonha: 100% dos
direitos de exploração pertencem
à QGEP, que é operadora do bloco.
A perfuração do prospecto Alto
de Canavieiras será retomada em
2013. A expectativa é de um volume
prospectivo riscado de 94,1 milhões
de BOE (barris de óleo equivalente),
a partir dos estudos de interpretação
sísmica e geoquímicos.
BM-S-8: situado na Bacia de Santos,
é o bloco onde está situado Carcará.
Em agosto de 2012, a QGEP divulgou
a confirmação da descoberta de uma
expressiva coluna de óleo, de 31º API
− petróleo leve e de alta qualidade,
com excelentes características de
permeabilidade e porosidade.
A coluna total de hidrocarbonetos do
67
PMNT-1, plataforma no campo de Manati (BA): consolidado como um dos maiores produtores de gás natural do país
bilhões de barris de óleo in situ. Essa
operação marca o início da atuação
da QGEP como operadora em águas
ultraprofundas. Além disso, o bloco
apresenta potencial exploratório na
seção pré-sal, onde a QGEP planeja
perfurar o prospecto de Piapara
em 2014.
BM-C-27: a concessão está localizada
em águas rasas, na porção nordeste
da Bacia de Campos, a 70 quilômetros
da costa. Em 2012, a QGEP junto à
Petrobras adquiriu 30% dos blocos
C-M-122, C-M-145 e C-M-146,
transação essa que ainda depende de
aprovação da ANP. O BM-C-27 possui
um prospecto de pré-sal já identificado:
Guanabara Profundo, que deverá ser
perfurado em 2014.
Camarão Norte: o campo,
localizado na Bacia de Camamu
(BA), foi declarado comercial em
2009. As acumulações da área
aguardam a definição do plano de
desenvolvimento. A participação da
QGEP é de 45%.
BM-CAL-5: no bloco, situado na
Bacia de Camamu-Almada, foram
feitas duas descobertas, Copaíba e
Jequitibá. Em 2012, a QGEP devolveu
Jequitibá e continua a estratégia de
avaliação da descoberta de Copaíba.
Um poço adicional será perfurado
em 2014, para avaliar a descoberta
de Copaíba, que tem recursos
contingentes (em óleo) estimados em
21,9 milhões de BOE.
poço, de pelo menos 471 metros de
altura, é uma das maiores do Brasil.
A QGEP possui 10% de participação no
Bloco, que é operado pela Petrobras.
BM-S-12: nesse bloco, também
na Bacia de Santos, a QGEP planeja
reentrar no poço descobridor Ilha Bela
(1-SCS-13), perfurado em 2008, com
o objetivo de realizar uma avaliação
adicional. A operação está prevista
para 2014.
BS-4: também localizado na Bacia
de Santos, a QGEP possui 30% de
participação, adquiridos em 2011 por
meio de um acordo de farm in. A QGEP
é operadora deste bloco, formado
pelos campos de óleo pesado (entre
14 e 16º API) de Atlanta e Oliva, que
possuem volume total superior a 2
68 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Outro ganho é o aumento de
potencial de produção de médio e
longo prazos, especialmente no que
se refere ao Campo de Atlanta, que
tem o primeiro óleo esperado para
o final de 2014/início de 2015, e a
descoberta de Carcará, considerada
transformacional para a companhia.
Localizada no bloco BM S-8, na zona
de exclusão no pré-sal da Bacia de
Santos, Carcará deve entrar em
produção em 2018, uma vez que
a perfuração, concluída em 2012,
identificou uma coluna de 471 metros
de óleo de excelente qualidade.
O ativo na Bacia de Campos, por sua
vez, reforça o portfólio da companhia e
propicia acesso a conhecimento
geológico fundamental para uma
eventual entrada em novos projetos
na região. Em 2012, a escassez
de chuva e a consequente maior
demanda de gás natural pelas usinas
termelétricas possibilitaram um
excelente aproveitamento do gás
extraído do Campo de Manati, que,
após um período de manutenção em
2011 (durante o qual a produção foi
interrompida), voltou a operar a toda
capacidade, com seus seis
poços produtores.
A expectativa para 2013 é de um
investimento de cerca de US$
160 milhões em exploração e no
desenvolvimento do sistema de
produção antecipada do Campo
de Atlanta.
A companhia está em uma posição
financeira favorável para participar da
11.ª rodada de licitações da ANP, no
intuito de ampliar e diversificar seu
portfólio de ativos.
BM-CAL-12: bloco localizado na
Bacia de Camamu-Almada deverá ter
seu primeiro poço pioneiro perfurado
em 2014, tendo como objetivo o
prospecto CAM#01. Aguarda-se ainda
a emissão da licença ambiental do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama).
estratégia
As aquisições de participação realizadas
nos últimos anos nos ativos BS-4,
BM-S-8 e BM-C-27 possibilitaram à
empresa alcançar alguns objetivos
estratégicos, como o crescimento com
a operação em águas profundas, o
posicionamento na área premium do
pré-sal da Bacia de Santos e a presença
na Bacia de Campos, a maior bacia
produtora de óleo e gás do país.
69
Colaboradores no escritório da QGEP, no Rio de Janeiro: profissionais altamente qualificados, pautados pela ética e pelo respeito ao meio ambiente
governança e resPonsabilidade socioambiental
A QGEP é a única empresa do Grupo
Queiroz Galvão constituída como
uma sociedade anônima de capital
aberto e incorpora em sua gestão
a observância a elevados padrões
de governança e a sólidas bases
éticas. A governança corporativa
da QGEP segue os princípios de
transparência, equidade, prestação de
contas e responsabilidade corporativa
recomendados pelo Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa
(IBGC). A companhia ainda atende
às melhores práticas de mercado
ao integrar o segmento do Novo
Mercado da BM&FBovespa.
As atividades da QGEP são pautadas
nos princípios da ética, das boas
práticas de governança corporativa
e do respeito ao meio ambiente.
Com esforços para figurar entre
as companhias com os melhores
resultados no segmento de E&P e
entre as melhores empresas para
se trabalhar no Brasil, seu time de
profissionais é altamente qualificado.
A política da companhia encoraja as
iniciativas de responsabilidade social,
a geração de empregos, a contratação
de serviços e uma operação
comercial que seja referência em
integração e excelência. A QGEP
está comprometida a agir de forma
responsável e segura para minimizar o
impacto ambiental e beneficiar as
comunidades no entorno de
suas atividades.
Comprometida também com
a transparência e a gestão
responsável, a empresa publicou
o seu primeiro Relatório Anual
de Sustentabilidade, referente ao
ano fiscal de 2011, já no modelo
preconizado internacionalmente pela
Global Reporting Initiative (GRI).
Além de seguir as diretrizes de seu
Código de Conduta Ética, elaborado
de maneira participativa com todos
os seus colaboradores, e do seu
Sistema de Gestão Integrado (SGI), a
empresa é signatária do Pacto Global
da Organização das Nações Unidas
e do Pacto Nacional pela Erradicação
do Trabalho Escravo, criado pelo
Instituto Ethos de Empresas
e Responsabilidade Social, a
Organização Internacional do Trabalho
e a ONG Repórter Brasil.
Navio-sonda Laguna Star, segundo de sua categoria a ser operado pela QGOG
A QGOG é pioneira e líder na prestação de serviços de perfuração de óleo e gás em áreas remotas no Brasil, incluindo as águas ultraprofundas do pré-sal.
Óleo e Gás
72 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
ÓLEO E GÁS
Com atividades contínuas desde 1981, a QGOG é uma
empresa líder na perfuração offshore e onshore e na
operação de FPSOs. É uma das maiores prestadoras de
serviços de perfuração e produção no setor de óleo e gás
no Brasil.
A Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG) consolidou-se nos últimos anos
como uma das principais prestadoras de serviços de perfuração offshore
e onshore e produção com unidades de FPSO (navio-plataforma flutuante
de produção, com capacidade de armazenamento e escoamento) no
mercado brasileiro. A companhia opera plataformas marítimas e navios de
perfuração de última geração, além de sondas terrestres para exploração
nas regiões mais remotas. Em 1980, quando a empresa foi criada, o Brasil
tinha uma necessidade urgente de impulsionar a descoberta de novos
campos de petróleo, em um cenário de crise energética global. A partir
de 2006, a companhia iniciou uma nova fase, focada em intensificar
sua participação no mercado de águas profundas e ultraprofundas,
aproveitando as oportunidades do pré-sal e as perspectivas de
crescimento do setor.
Prova de mar do FPSO Cidade de Paraty Plataforma de perfuração offshore Alpha Star
73
Mapa de operações da QGOG − distribuição da frota
tecnológico, é o segundo da categoria
a ser operado pela companhia.
O primeiro, Amaralina Star, foi
incorporado à frota alguns meses
antes, em setembro de 2012.
A entrada em operação dessas
unidades marca a expansão e a
diversificação da QGOG, diferenciais
de uma companhia que alia inovação
tecnológica – com o uso dos
mais modernos equipamentos de
navegação e perfuração – a equipes
especializadas, com alto nível de
treinamento. As duas unidades foram
projetadas para operar em águas
ultraprofundas, com lâmina d’água
de até 3 mil metros e poços de até
12 mil metros de profundidade, o
que as habilita a atuar nas áreas do
pré-sal brasileiro. Ambas operam
para a Petrobras, em contrato com
duração inicial de seis anos e opção
de renovação pelo mesmo período.
Boa parte dos 180 tripulantes de
cada navio-sonda foi selecionada
em escolas técnicas brasileiras e
treinada por intermédio do programa
CapacitAÇÃO, da QGOG.
A companhia encerrou 2012 com
um portfólio que inclui 12 sondas de
perfuração offshore, oito delas em
operação e quatro em construção,
incluindo o navio-sonda Brava Star,
com entrega prevista para o final de
2014. Quatro unidades FPSO (três em
construção e um, o FPSO Capixaba,
em operação, contratado pela
Petrobras) e nove sondas onshore
completam a lista.
A chegada do navio-sonda Laguna
Star, ao final de 2012, coroou
as realizações do ano. O navio,
construído com alto padrão
74 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Prêmios e novos contratos
Em outubro de 2012, na cidade de
Manaus (AM), a QGOG foi uma
das vencedoras do Prêmio Sesi
Qualidade no Trabalho, que reconhece
as práticas de gestão e valorização
dos colaboradores nas empresas
brasileiras. A QGOG ficou em primeiro
lugar na categoria Ambiente Saudável
e Seguro, com o Programa Alerta, e
foi premiada com menção honrosa
na modalidade Gestão de Pessoas,
por seu trabalho na divulgação
dos benefícios e incentivos aos
colaboradores.
Também em Manaus, a QGOG
comemorou os seus 25 anos de
atuação em operações de perfuração
terrestre na Amazônia. As atividades
começaram em outubro de 1987,
com o início da operação da primeira
sonda helitransportável na região. Ao
final de 2012, operava oito sondas
na região de Urucu (AM), cinco delas
helitransportáveis. As atividades
empregavam 723 colaboradores ao
final de 2012, entre os que operam
as sondas de perfuração terrestre
e os que atuam na base. O trabalho
na Amazônia reforça a presença da
QGOG no seleto grupo de empresas
com expertise em operações em
áreas remotas.
Em 2012, a QGOG fechou um
contrato de prestação de serviços
de perfuração com a Shell. No
mesmo ano, o consórcio com
a participação da companhia foi
escolhido para executar o projeto do
FPSO Cidade de Ilhabela, para operar
na Bacia de Santos. A conquista
reforça a estratégia da QGOG
rumo à consolidação como player
no segmento de FPSOs. O Cidade
de Ilhabela é a terceira unidade da
parceria com a SBM Offshore, uma
das maiores operadoras de FPSOs
do mundo.
Em agosto, numa parceria com a Sete
Brasil, foram assinados contratos
para afretamento e operação de três
sondas semissubmersíveis: Urca,
Bracuhy e Mangaratiba, parte do
pacote de 28 sondas negociadas
pela Sete Brasil com a Petrobras. A
expectativa é que a primeira delas
a ser operada pela QGOG entre
em atividade em 2016. As outras
duas sondas têm previsão de início
de atividades em 2018 e 2019,
respectivamente.
A renovação dos contratos de
cinco sondas terrestres operadas
pela companhia sinaliza uma
boa perspectiva para o futuro; o
crescimento no mercado onshore é
um dos objetivos da QGOG para os
próximos anos.
Outras aspirações para o futuro
próximo incluem a expansão das
atividades de perfuração em águas
ultraprofundas e das atividades de
produção dos FPSOs, buscando
consolidar a posição entre os líderes
de mercado na prestação de serviços
de perfuração para o setor de óleo
e gás, sem perder o foco no alto
padrão de qualidade, na performance
operacional e no bem-estar de
seus colaboradores.
Ponte de comando do navio-sonda Laguna Star: treinamento e alta tecnologia
75
QG-IX: sonda de perfuração onshore na Amazônia. Em 2012, a QGOG comemorou 25 anos de atividades na região de Urucu (AM)
Assessment Incident Zero (RAIZ),
voltado à garantia da sustentabilidade
das atividades e à mitigação
dos riscos operacionais. Nessa
fase, foram unificados conceitos
relacionados à gestão de risco e ao
desenvolvimento de autodiagnósticos,
que vão gerar planos de ação voltados
para o SGI (Sistema de Gestão
Integrado) e, consequentemente, a
diminuição dos riscos.
Com a intenção de garantir a
sustentabilidade do negócio, a
QGOG avalia os impactos e gerencia
sistematicamente os potenciais
riscos ambientais, de segurança e de
saúde associados às suas atividades,
agindo para sua minimização e
controle. A Segurança, pilar principal
da companhia, orienta – ao lado dos
valores do Grupo Queiroz Galvão
(Trabalho, Confiabilidade, Lealdade e
Qualidade) – as atividades da QGOG
e faz da companhia uma referência
em boas práticas na prestação de
serviços em seu segmento.
As realizações de 2012 são resultado
da estratégia de desenvolver projetos
e ações que garantam a continuidade
dos bons resultados operacionais
e financeiros, consolidando o
protagonismo da QGOG no
competitivo mercado de óleo e gás.
Com projetos orientados por estudos
e análises criteriosas, a companhia
reforça o compromisso de praticar um
crescimento sustentável.
gerenciamento de riscos
Em 2012, a QGOG começou a
Jornada Educacional do Projeto Risk
Orquestra Sinfônica Brasileira no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ): patrocínio marca os 60 anos do Grupo
Ao investir em projetos sociais, atividades culturais e no cuidado com o meio ambiente, o Grupo Queiroz Galvão reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Projetos Responsáveis
78 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
INTEGRAÇÃO SOCIAL
A Queiroz Galvão patrocina ou apoia projetos no campo
da educação, do cuidado com a saúde e da capacitação
profissional. É mais uma contribuição do Grupo para a
qualidade de vida dos cidadãos das comunidades onde
está presente.
Profissionalização na rnest
O canteiro de obras da Construtora
Queiroz Galvão em Ipojuca, onde
está sendo erguida a Refinaria Abreu
e Lima (RNEST), dispõe de uma
escola de formação de técnicos que
está promovendo grandes ondas de
profissionalização na região. Até mil
pessoas por mês são atendidas pelos
cursos, que formam profissionais
como soldadores, montadores
e lixadores.
Projeto mãos interligadas
Também ligado às obras na RNEST,
esse projeto destina a oficinas de
costura da região uniformes já sem
condições de uso pelos operários
e que seriam descartados. As
cooperativas usam as roupas como
matéria-prima e confeccionam toucas,
sacolas de transporte e sacos de
lixo, entre outros itens – que são
comprados pela própria CQG.
Projeto Saúde Criança (Rio de Janeiro, RJ): CQG participa de reforma de casas
saúde criança
A Associação Saúde Criança Renascer
desenvolve um trabalho com as
famílias de crianças internadas no
Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.
O objetivo é evitar que, após a alta,
os pacientes retornem a condições
precárias de tratamento, alimentação
e higiene, que provocam sucessivas
recaídas. Parceira da associação
desde 2002, a CQG participa de
projetos de reforma e construção de
casas para as famílias.
som da serra
Parceria entre a Concessionária Rio-
-Teresópolis e o Grêmio Recreativo
Musical Guapiense, desenvolve
atividades artístico-pedagógicas,
usando a música popular como base
para programas educativos. Voltado
para crianças e jovens, promove a
formação de músicos e organiza
palestras educacionais, incentivando
a valorização da cidadania. Já
formou mais de 300 alunos, com
instrumentos doados pela CRT.
79
urbanismo na linha 4
Na construção da Linha 4 do Metrô
Rio serão conservados monumentos
urbanos, áreas verdes e espaços de
lazer para crianças e idosos. Quase
todas as árvores serão preservadas,
e as que precisarem ser removidas
serão levadas para um horto, sendo
reconduzidas ao mesmo ponto no
final da obra.
viva vôlei
O projeto, promovido pela
Confederação Brasileira de Voleibol
(CBV), conta com o apoio da QGEP
desde 2011. Em 2012 atendeu 200
crianças em dois núcleos, Canavieiras
e Campinhos, no estado da Bahia,
apostando na inclusão social por meio
da prática do esporte. A iniciativa tem
o apoio institucional da Organização
das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (Unesco).
saúde e informação
no ceará
As comunidades do entorno dos
parques eólicos que a Queiroz
Galvão Energias Renováveis
(QGER) está construindo no
Ceará têm sido beneficiadas por
vários projetos. Os moradores das
cidades de Icaraí e São Gonçalo do
Amarante participaram de atividades
informativas sobre os benefícios e
o potencial da energia eólica. Em
parceria com o Sesc, a QGER montou
uma unidade de tratamento dentário
que atendeu mais de 1.200 crianças.
Outro investimento é a implantação
de hortas sustentáveis, cuja produção
será destinada à merenda das
escolas públicas.
oficinas e estágios em magé (rj)
A CRT apoia a Sociedade Pestalozzi
de Magé, dando incentivo a oficinas
de informática e marcenaria que
ajudam no desenvolvimento e na
inclusão social de pessoas com
deficiência. Para o mesmo público, a
Concessionária mantém um programa
de estágio.
Projeto Viva Vôlei (Canavieiras, BA): esporte e inclusãoHorta comunitária em Icaraí (CE): com o apoio da QGER
80 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Obras da Linha 4 do Metrô Rio: investimento em iniciativas sustentáveis e preservação da natureza
INICIATIVAS AMBIENTAIS
Conjugar o desenvolvimento econômico e o respeito
à natureza e ao homem é um objetivo permanente da
Queiroz Galvão. Conheça algumas das iniciativas que
o Grupo tomou em 2012 para preservar ecossistemas e
minimizar os impactos de suas atividades.
assegurando que os parâmetros
previstos sejam observados.
Programa de Ruídos e Vibrações:
monitora os níveis de ruídos e
vibrações emitidos pela construções,
evitando desconforto e estresse
aos moradores.
Estação de Tratamento de Água:
o sistema reutiliza toda a água
empregada nas escavações e que
seria descartada. Na estação, a água
é analisada, para verificar se atende
a parâmetros de qualidade, e retorna
aos equipamentos.
Programa de Monitoramento e
Conservação da Biodiversidade:
estudos contínuos sobre a integridade
da fauna e da flora nas áreas
de interferência.
Central de Reciclagem: materiais
como papelão, papel e plástico
descartados nos canteiros passam
por triagem, são acondicionados e
destinados a cooperativas
de reciclagem.
Prêmio lagoa viva
No Rio de Janeiro, o Consórcio
Construtor Rio Barra, integrado pela
Queiroz Galvão, recebeu o Prêmio
Lagoa Viva de honra ao mérito
socioambiental, por suas atividades
na construção da Linha 4 do Metrô
Rio. A premiação homenageia
entidades representativas,
personalidades e órgãos públicos que
cultivaram boas práticas ambientais e
ecológicas em 2012. Entre as ações
implementadas, destacam-se:
Estações de Monitoramento da
Qualidade do Ar: acompanham a
qualidade do ar no entorno das obras,
81
de influência direta da atividade
da companhia, de forma que as
mesmas obtenham conhecimento
e habilidades para contribuir com a
gestão dos recursos pesqueiros, em
benefício de seu próprio sustento
e de sua comunidade. Já o PMDP
trabalha para fornecer subsídios para
avaliação da influência da atividade
de perfuração sobre a produtividade
pesqueira local, por meio do
monitoramento dos desembarques
pesqueiros em Ilhéus, Una,
Canavieiras e Belmonte.
Projeto de monitoramento de Praia/encalhes (PmP)
Também conduzido na região
que compreende Ilhéus, Una,
Canavieiras e Belmonte, o PMP
faz o monitoramento e registro
das ocorrências de encalhes de
animais marinhos nas praias desses
municípios, promovendo seu resgate
e reabilitação, sempre que possível.
fauna viva
Os animais silvestres nativos do
entorno da rodovia BR-116, alguns
deles em processo de extinção,
são alvo das ações do projeto,
realizado pela CRT em conjunto
com o Parque Nacional da Serra
dos Órgãos (Parnaso). O trabalho
envolve o resgate, o cadastramento
e o monitoramento dos animais
atropelados na via. Reformas de
segurança para diminuir o número de
mortes – como a instalação de telas
nos acostamentos, para impedir que
os animais cruzem a via – também
são contempladas.
carta de sensibilidade socioambiental
Em 2011, a QGEP decidiu orientar
recursos provenientes da produção
do Campo de Manati para projetos
em benefício da região da Bacia de
Jequitinhonha, onde está o Bloco
BM-J-2. Durante o ano de 2012, um
total de R$ 2.875.000 foi investido
em estudos sobre a região costeira
de Una, Canavieiras e Belmonte, que
abriga ambientes como manguezais,
estuários de rios, restingas e praias.
Os dados serão usados na construção
de uma Carta de Sensibilidade
Socioambiental, que mostrará as
áreas com maior sensibilidade
ambiental, e uma análise da influência
das mudanças climáticas sobre a
região, a partir de cenários previstos
pelo Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC).
Projeto de comPensação da atividade Pesqueira (PcaP) e Projeto de monitoramento de desembarque Pesqueiro (PmdP)
Parte dos investimentos no
desenvolvimento das comunidades
da região de Jequitinhonha, litoral sul
da Bahia, o PCAP é uma das ações
da QGEP. O objetivo é implementar
medidas compensatórias para as
comunidades pesqueiras da área
Barcos em Canavieiras (BA): projeto de monitoramento de desembarque pesqueiro
82 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
Preservação na serra fluminense
Com o Programa de Recuperação
de Áreas Degradadas (Prad), a
CRT promove a recuperação do
meio ambiente da Região Serrana,
com a proteção de taludes pelo
revestimento vegetal de encostas,
evitando erosões e deslizamentos.
A Concessionária também faz o
levantamento florístico nas margens
da rodovia, para a substituição
de espécies exóticas por outras,
nativas da Mata Atlântica. A Base
de Manutenção e Conservação, em
Guapimirim, mantém um horto com
cerca de 150 mil mudas de plantas
nativas da região.
reserva Particular em carnaubais
A Queiroz Galvão Alimentos, empresa
da área de Gestão de Negócios
(QGGN), conquistou em 2012 a
certificação de Reserva Particular de
Patrimônio Natural (RPPN) para uma
área de 600 hectares, no município
de Carnaubais, no Rio Grande do
Norte. A RPPN é uma unidade de
conservação particular, criada e
mantida pela empresa e reconhecida
pelo Instituto Estadual de Florestas
(IEF) e pelo Ibama. A certificação
assegura a preservação permanente
da área.
Projeto Fauna Viva em Teresópolis (RJ): preservação do ecossistema
AÇÕES CULTURAIS
Concertos de música
erudita, pintura, shows: a
disseminação da cultura
para a sociedade também
é fundamental para a
Queiroz Galvão, que apoia
ações importantes em
várias áreas.
Patrocínio à orquestra sinfônica brasileira
O Grupo Queiroz Galvão é o
patrocinador, em 2013, da série
Turmalina Pianistas, da Orquestra
Sinfônica Brasileira. O ciclo de
quatro concertos trará ao Brasil três
consagrados pianistas do cenário
internacional: a americana Simone
Dinnenstein, a britânica Angela Hewitt
e a francesa Hélène Grimaud, além
do brasileiro Jean-Louis Steuerman.
Além disso, a OSB vai se juntar às
comemorações pelos 60 anos de
atividade do Grupo, realizando três
concertos comemorativos, dois deles
em Recife, no Parque Dona Lindu
(um dos quais, aberto ao público) e
outro no Theatro Municipal, no Rio de
Janeiro. O solista convidado será o
cantor pernambucano Lenine.
Fundada em 1940, a OSB é o mais
tradicional conjunto sinfônico do
país. Foi pioneira nas turnês de
divulgação da música erudita pelo
Brasil e também é reconhecida como
83
e flautista Derico (do Programa do
Jô) e o pianista Sergio Sciotti, o
grupo Lilian Carmona Band, o pianista
Márvio Ceribelli e o guitarrista
Victor Biglione. Os ingressos foram
gratuitos.
exPosição ‘revendo reverón’
Entre outubro de 2012 e fevereiro de
2013, a Queiroz Galvão patrocinou
a mostra Revendo Reverón – O
Relâmpago Capturado, dedicada à
obra de Armando Reverón (1889-
-1954). Considerado o maior talento
das artes plásticas da Venezuela
durante a primeira metade do século
20, Reverón produziu pinturas e
esculturas que lhe valeram renome
internacional. Sediada no Museu
Nacional do Conjunto Cultural da
República (Brasília), a exposição
foi visitada por cerca de 30 mil
estudantes, que tiveram contato
com um acervo de 174 obras, entre
pinturas, fotografias, esculturas,
objetos e desenhos.
a primeira orquestra brasileira a realizar
excursões no exterior.
Portinari – exPosição e site
O projeto Portinari: Arte e Meio
Ambiente, que a QGEP patrocina
desde 2011, teve seu ponto alto
durante a Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio +20). Cerca de
60 mil pessoas, entre elas 11 mil
estudantes, estiveram no espaço
Armazém da Popularização para
conhecer o trabalho: reproduções
digitais de algumas das mais
importantes obras de Cândido
Portinari. Foram distribuídos 7.500
cadernos de atividades para crianças
de idades entre 4 e 10 anos, 3 mil
jogos da memória para crianças e
adolescentes, além de 300 cadernos
pedagógicos para professores de
escolas públicas. A QGEP expandiu
ainda mais a divulgação da obra do
pintor ao patrocinar o website Projeto
Portinari (www.portinari.org.br).
O espaço virtual cataloga toda a obra
do artista, incluindo também cartas,
fotografias, periódicos e depoimentos.
1.º maringá jazz festival
A primeira edição do evento, do qual
a Viapar foi a principal patrocinadora,
aconteceu em Maringá (PR), em
junho de 2012. A cidade recebeu o
Duo Sciotti, formado pelo saxofonista Quadro Meninos no Balanço, uma das obras em destaque no Projeto Portinari
84 Queiroz Galvão Relatório Anual 2012
INFORMAÇÕES
Coordenação Geral
Comunicação Institucional do
Grupo Queiroz Galvão
Redação e Edição
Report Comunicação
Projeto Gráfico
The Way Up Design
Revisão
Assertiva Produções Editoriais
Fotografia
Ari Versiani
Acervo Fotográfico Queiroz Galvão
Acervo Fotográfico Atlântico Sul
Acervo Fotográfico QUIP
Pré-impressão e Impressão
Burti
Tiragem
2.800 exemplares em português
1.500 exemplares em inglês
1.000 exemplares em espanhol
200 exemplares em francês
Contatos sobre o RA 2012
Diretoria de Comunicação Institucional
QUEIROZ GALVÃO S.A.
Rio de Janeiro
Rua Santa Luzia, 651, 7.º e 8.º andares
Centro Rio de Janeiro RJ Brasil 20030 041
Tel. / Fax +55 (21) 2131 7100
São Paulo
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 360, 17.º andar
Itaim Bibi São Paulo SP Brasil 04543 000
Tel. / Fax +55 (11) 3131 1100
Os demais endereços dos escritórios do Grupo Queiroz
Galvão no Brasil e no exterior estão disponíveis para
consultas no site www.queirozgalvao.com
As demonstrações financeiras das áreas de atuação
estão disponíveis para consultas no site
www.queirozgalvao.com
Este relatório foi impresso em papel fabricado com madeira de reflorestamento certificada com o selo FSC ® Forest Stewardship Council ® (Conselho de Manejo Florestal) e de outras fontes controladas. A certificação segue padrões internacionais de controle ambiental e social.